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ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA - 10º PERÍODO - 2021/01

ALUNO: Daniel De Jesus

RA: 01650000928

RESENHA CRÍTICA SOBRE O LIVRO “ÉTICA A NICÔMACO” - CAPÍTULO II

Neste capítulo Aristóteles se aprofunda no debate sobre virtude, suas espécies e origem e
segundo ele a ela se apresenta de duas formas, sedo intelectual e moral, enquanto a virtude
intelectual se adquire através do ensino, a virtude moral é dada através do hábito, ou seja, pelo
exercício, assim como ocorre nas artes.

Trazendo aos dias atuais a virtude intelectual, seria a formação intelectual, aquela que
aprendemos na escola e posteriormente em uma faculdade, de forma que através de uma boa
formação se formará um bom profissional. Quanto à virtude moral, que seria a formação do
caráter, entendemos que a base, ou a “escola” inicial é a família, de forma que bons atos dos
pais e responsáveis geram bons exemplos a ser seguido pelos mais novos, que por
consequência contribui para a formação de uma sociedade mais justa.

O autor destaca também que as virtudes não são com os sentidos, paladar, olfato, etc. os quais
nascemos com eles, mas que surgem com a prática reiterada. No que diz respeito as nossas
instituições judiciárias, pode se destacar que, conforme o autor os legisladores tornam bons os
cidadãos através de boas regras, e que se assim não o fizerem, falham em sua missão.

As práticas das virtudes, ou seja, as práticas intelectuais e morais devem ser estabelecidas
dentro de uma regra que seja justa, segundo o autor tais regras devem ser encaradas na
verdade como princípios, que interfira de forma abrangente e não especifica e nem de forma
determinada ou fixa, mas que possa conduzir o indivíduo de maneira que chegue ao um
resultado aproximado, justo e coerente para cada situação.

Aristóteles segue dizendo que a virtude moral está diretamente relacionada aos prazeres e
dores que sentimos, de modo que à medida que o individuo controla seu prazer ou suporta a
dor, decisões corretas são tomadas e a virtude moral se fortalece.
Novamente é destacado que a virtude se prospera através do exercício, não bastando apenas
conhecer as normas ou princípios, mas se trata na verdade de praticar.

O autor passa então a definir o que seria virtude, e afirma que no ser humano, ou em sua
“alma” a três tipos de espécies de coisas, que são: paixões, faculdades e disposições de caráter
a virtude, porém, deve pertencer a uma destas. As paixões são descritas como os sentimentos
mais extremos do ser, medo, a audácia, á inveja, a alegria, a amizade, o ódio entre outros, que
no geral são sentimentos relacionados com a dor e o prazer, a virtude não esta aqui, as
faculdades seriam as nossas predisposições em sentir paixões, então a virtude também não se
encontra aqui. A virtude, portanto, estaria nas disposições de caráter, já que não se encontra
nas duas outras espécies.

Definido que a virtude é uma disposição de caráter, passa-se a definir que disposição de
caráter é essa, de modo que a tal disposição está relacionada a escolha e novamente é preciso
chegar um meio termo, ou a um ponto de equilíbrio para que essa escolha seja boa e não má,
ou seja, nossas escolhas devem estar voltadas para o bem, desta forma a disposição de caráter
do individuo se acostumaria com isso, se tornando numa sabedoria prática.

A virtude é uma prática individual e deve ser bem concreta, buscando o meio termo das
atitudes, ou melhor, dizendo o equilíbrio, assim podemos, por exemplo, afirma que entre o
medo e a confiança, a coragem é o meio-termo, entre a audácia e a covardia, a cautela, entre o
prazer e a dor, a temperança e assim por diante.

O autor esclarece que por vezes nos confundimos em relação ao que é extremo ou faltoso, e
explica que isso ocorre por conta do que popularmente chamamos de “ponto de vista” e
exemplifica, que para o bravo, parece atrevido aos olhos do que é covarde e o liberal parece
pródigo aos olhos do avarento e assim se segue para com as outras condutas analogicamente.

Por fim, Aristóteles conclui que a virtude moral é a busca do meio termo, entre dois vícios em
que um lado é extremo e outro faltoso, de forma que se deve buscar a mediana, porque essa é
natureza da virtude.

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