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Pensamento
Filosófico
G2 O Humano e o Fenômeno Religioso
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Niilismo
A Etimologia da palavra vem do termo latim “nihil” que significa “nada”. Assim sendo,
esta filosofia consiste na crença do nada, na crença no vazio. É uma atitude que nega
uma relação aos princípios religiosos, morais, políticos ou sociais. Ou seja, não há
verdades absolutas. Para quem segue esta filosofia, não existe qualquer possibilidade de
sentido ou significado da existência humana, considera que as crenças e os valores
tradicionais são infundados e que não há qualquer sentido ou utilidade na existência. O
niilismo geralmente é associado a Friedrich Nietzsche, um filósofo alemão do século
19.
Friedrich Nietzsche
A partir deste impasse, o filósofo apresenta a ideia do Übermensch (palavra alemã para
“super-herói”). Übermensch define o ser humano ideal para Nietzsche: um homem
capaz de criar seu próprio sentido de vida. Esse ser estaria completamente desprendido
da fé, entendendo que, no final, ele mesmo é o único responsável pela sua trajetória na
vida. Nietzsche, entretanto, via isso como um objetivo distante para o homem da época,
que estava extremamente imerso na ideologia cristã e na cultura europeia. Portanto, o
filósofo acreditava que ainda não existiam Übermensch no mundo. Este arquétipo,
contudo, se encaixa perfeitamente na descrição atual do ateu: uma pessoa que não
acredita na existência de um sentido divino.
Albert Camus
Albert Camus (1913–1960) foi um jornalista, dramaturgo, diretor e romancista franco-
argelino. No entanto, mesmo tendo negado o título diversas vezes, é tido na
contemporaneidade como filósofo. Isto é devido às contribuições importantes e
vigorosas que fez para uma amplitude de questões da filosofia moderna. Contudo, a
obra que mais revela a sua natureza anti-teísta, é o seu ensaio filosófico denominado “O
Mito de Sísifo”. É nesta obra que Camus apresenta a sua ideia mais conhecida, o
conceito do Absurdo, e articula sua metáfora igualmente famosa de que a vida é como o
esforço inútil de Sísifo. A história é baseada em um mito grego antigo onde o
personagem de Sísifo, tendo aborrecido profundamente os deuses, é condenado, por
toda a eternidade, a empurrar uma pedra montanha acima, apenas para que ela role de
volta para baixo ao atingir o topo. Cada vez, Sísifo deve descer e começar de novo.
Esta, para Camus, seria a pior punição possível, um trabalho árduo, eterno e sem
sentido.
A preocupação central da metáfora em O Mito de Sísifo está no que Camus chama de "o
absurdo". Ele afirma que há um conflito entre o que o ser humano espera do universo,
seja isso um significado ou uma ordem, e o que encontramos no universo: o caos. O
absurdo, portanto, é definido como uma tensão metafísica da consciência humana: uma
necessidade urgente por um sentido de vida em um universo indiferente. Assim sendo, o
absurdismo de Camus é definido pela rejeição de que exista qualquer propósito que
engloba o todo da humanidade.
Conclusão
Por fim, vale ressaltar que o estudo do niilismo de Nietzsche e do absurdismo de Camus
não são, de forma alguma, uma pré-condição para o ateísmo. É bem possível acreditar
na existência de uma divindade, se identificar com uma fé e, ao mesmo tempo, acreditar
que a existência não tem um proposito pré-definido ou concebido por um Deus.
Contudo, não podemos negar as características filosóficas do ateísmo. Devido a isto,
acreditamos que muitos devem ter se descoberto ateus através do estudo da filosofia.
Bibliografia