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Sofia Maestrello de Micheli

MEMORIAL
docente

2
Pedagogia
PUC- Campinas
Sofia Maestrello de Micheli

Campinas – São Paulo


2023
1 | P á g i n a
dedicatória

Dedico este trabalho à minha família


que sempre esteve presente nos meus
piores momento e que me fizeram
superá-los de forma lúdica e sensível,
dedico também às pessoas que
estiveram ao meu lado nesta longa
trajetória acadêmica.

2 | P á g i n a
resumo
O presente memorial domina uma abordagem autobiográfica
de meus percursos escolares e profissionais, e reflexões
expressivas que versam destacar a minha compreensão
inseridos no universo escolar e educativo, complementando-os
com os meus conhecimentos singulares e pluralizados dento do
contexto educacional, relacionando e viabilizando minha
reconstrução de uma nova visão lançada sobre o papel da
docência caracterizando minhas respectivas subjetividades
sobre uma educação pautada na formação de uma sociedade
desprovida, em sua grande maioria, da alfabetização básica.

PALAVRAS CHAVE: Memorial, educação, alfabetização,


docência.

3 | P á g i n a
sumário
1 INTRODUÇÃO..........................................................................5
2 APRESENTAÇÃO.....................................................................8
2.1 Fase inicial da escolarização sistematizada: educação
infantil............................................................................................9
2.2 Experiências no ensino fundamental: a aprendizagem da dor
e do constrangimento....................................................................11
2.3 Rumo as novas metodologias: a nova forma de ver a
educação e a educação do amor....................................................13
2.4 Experiência no mundo docente universitário.....................14

4 | P á g i n a
1

introdução

5 | P á g i n a
“A criança está completamente imersa na infância
a criança não sabe que há-de fazer da infância
a criança coincide com a infância
a criança deixa-se invadir pela infância como pelo sono
deixa cair a cabeça e voga na infância
a criança mergulha na infância como no mar
a infância é o elemento da criança como a água
é o elemento próprio do peixe
a criança não sabe que pertence à terra
a sabedoria da criança é não saber que morre
a criança morre na adolescência
Se foste criança diz-me a cor do teu país
Eu te digo que o meu era da cor do bibe
e tinha o tamanho de um pau de giz
Naquele tempo tudo acontecia pela primeira vez
Ainda hoje trago os cheiros no nariz
Senhor que a minha vida seja permitir a infância
embora nunca mais eu saiba como ela se diz.”
- Ruy Belo.

Acredito que ao começar este presente memorial preciso citar algum poema, já que a literatura
sempre se fez presente em minha infância e ao longo do crescimento da minha maturidade até os anos
atuais. Este belo poema de Ruy Belo (1933 – 1978), poeta português que se tornou uma das principais
vozes literárias de sua geração, faz reflexão sobre o que significa, afinal, ser criança.
Segundo Ruy, a infância se manifesta como uma espécie de encantamento que nos domina
completamente, moldando a forma de como vemos o mundo, mesmo estando limitada ao pouco que
conhecemos. Ele reflete que a criança, ainda não sabendo dos perigos que corre, ela é mesmo assim
corajosa, sendo está a sua sabedoria.
Fazendo paralelo do seu eu adulto, o eu-lírico procura um pouco da inocência e da curiosidade
que tinha no passado, ainda que saiba que as vivências de antes não vão se repetir. Ele relembra dessa
época de descobertas variadas. Ao final, o eu-lírico termina com uma prece, pedindo à Deus que
continue colocando surpresas e transformações em seu caminho.
Ao citar este poema presumo que traz certas questões como a memória e o afeto da infância,
sendo está a intensidade da duração deste período, afinal a memória é o suporte essencial de uma
identidade individual e coletiva, e o processo da oralidade de nossas recordações é a forma de registro que
possuímos acerca da nossa trajetória. Esta narrativa é construída e reconstruída segundo as nossas
perspectivas presentes e, ao mesmo tempo, constitui a base do vislumbre do nosso futuro (KESSEL, 200-).
Portanto, aqui, além da funcionalidade e narrativa de ser parte integrante do conteúdo exigido
para a conclusão de curso de graduação em Pedagogia, terá o compromisso de informar minha
trajetória escolar e profissional enquanto estudante, emitindo e envolvendo minhas dificuldades e dores
ao longo do processo. Tive que passar o passei para a maturidade, sejam elas frustrações, insatisfações,
traumas obtidos em um ambiente escolar, sabendo agora de sua importância, afinal a dor sempre será
pedagógica, fazendo com que disso eu extraia o mérito dessa passagem para concluir um curso de grau
superior, proporcionando-me uma visão ampla do mundo.

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Nesta perspectiva, irei abordar as relações estabelecidas entre as fases que marcaram minha
educação infantil até meu ingresso na universidade, realizando essas relações com fatos teóricos obtidos
ao longo desta minha trajetória, desencadeando novas considerações sobre as práticas pedagógicas,
para que a análise da trajetória e o olhar próprio como professor e para a educação em sua totalidade.
A dinâmica da narrativa será construída nos respectivos ordenamentos:
I. No primeiro tópico informarei a minha breve passagem pela educação infantil, falando sobre as
minhas passagens dos mecanismos lúdicos que recebi neste trajeto, tanto dentro de minha casa quanto
na instituição escolar;
II. Seguindo a trajetória entrará a pauta do ensino fundamental, evidenciando os métodos
caracterizado como “a aprendizagem da dor e do constrangimento”, época esta, a mais doida e
proporcionadora de grandes ensinamentos para a minha maturidade;
III. Na terceira destacarei os métodos encontrados no ensino médio condizentes com o retrato da
educação, minha redescoberta para o ensino da pedagogia, de como a educação é o instrumento certo
de mudar o mundo e incorporando neste tópico minhas experiências com a pandemia no ensino e o
distanciamento, desencadeando reflexões;
IV. Por último, o quarto tópico expressarei a minha chegada ao mundo docente, contanto um pouco
da minha primeira entrada em uma universidade no módulo EAD e a mudança de universidade e o
processo de reestudo no período pandêmico.

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apresentação

8 | P á g i n a
Sou a mais velha de três filhos. Meu pai, Daniane, e minha mãe, Ana Lúcia, casaram-se em Nova
Odessa, SP, mas nasci em Campinas. Morei por muito tempo em Nova Odessa, interior do estado, que
faz divisa com Americana e Sumaré, que ficava perto de ambos meus avós por parte de pai e de mãe.
Sempre tive mais contato com a minha avó materna.
Minha mãe, professora de fundamental II e ensino médio, tinha uma escola de inglês em Sumaré, a
Greenlife, uma escola de inglês que abrirá junto com minha tia, irmã da minha mãe, Ana Paula. Porém,
ela desejou vender a escola, já que meu irmão havia nascido asma. Atualmente, ela trabalha em uma
escola particular em Sumaré, a Escola Integrada Educativa, ela (minha mãe) é conhecida por ser uma
professora muito competente e rígida, adjetivos estes que dou, por ter sido uma de suas alunas.
Acredito que minha vocação para a docência tenha vindo dela, já que sempre foi alvo de minha
inspiração, tenho grande respeito e admiração por minha mãe.
Antes dela ingressar na atual instituição escolar que trabalha, desenvolveu um sistema de ensino que
vai do infantil ao ensino médio, utilizando os contos de fadas para a leitura e produção de texto, que
foi um grande sucesso. Ela aplicou com excelência os primeiros desenvolvimentos na escola Externato
Rio Branco em São Paulo capital, no Colégio Maria Peregrina (São José do Rio Preto), Colégio
Americana, Rede Municipal de Hortolândia, Escola Municipal José de Anchieta (Sumaré), aplicou na
Editora BrinqueBook e na Escola Integrada Educativa, sendo este último a finalização do projeto e a
inauguração da plataforma de educação Grafiame. Motivo de grande orgulho e deslumbre, que tenho
com tanto prazer de dizer que trabalho ao lado dela, como suporte.
Confesso que será um grande prazer descrever essas memórias e reflexões sobre a minha trajetória
escolar até o presente trajeto universitário, expondo o sentido existencial da minha história de vida
junto com esse caminhar da plataforma. Assim, em conjunto com esses fatores vou expor a minha
trajetória escolar em seu cotidiano, legitimando o desenvolvimento dessas narrativas fazendo com que
este presente memorial ganhe seu empenho como tal, que trata, de fato, o conto da minha formação
profissional.
Através dessa narrativa, trarei reflexões sobre esse trajeto dividindo-os nas determinadas formações
acadêmicas e suas fases determinadas.

2.1 Fase inicial da escolarização sistematizada:


educação infantil

As minhas primeiras fases na escolarização sistematizada, foi no jardim de infância/educação


infantil, desse momento tenho vagas lembranças, consigo descrever alguns flashes e alguns momentos
que me fazem refletir atualmente, em que, posso associar alguns desses momentos com outras crianças,
porventura passaram ou estão passando.
De primeiro momento, me lembro vagamente do espaço em si, afinal de contas tinha 3 anos de
idade, mas como primeira imagem eu tenho da faixada da escola que tinha um trem, além disso, que é
bem marcante, lembro da minha sala de aula, com janelas grandes e carteiras retângulas apertadas e
pequenas.

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Aqui, pelo menos, inicia certo descontentamento com a minha memória por justamente não
conseguir lembrar com clareza essa fase da minha vida, lembro de fatores que me marcaram fora desse
contexto escolar, foram mais familiares. Pelo menos, pelos relatos de minha mãe, nunca tive muito
problemas para ir à escola e sempre fui muito “boazinha” (de acordo com ela mesma) e comportada
nesse ambiente.
Nessa mesma época, fui inserida na escola de inglês da minha mãe, a Greenlife, portanto o contado
com essa língua acabou influenciado muito nas minhas percepções sobre outras línguas além da minha
materna. Portanto, esse contato com a metodologia acabou me auxiliando atualmente para a
aprendizagem de língua, como hoje, o japonês.
De acordo com Paulo Freire (1999) descreve como devemos conceber o ambiente escolar,

“Escola é… o lugar onde se faz amigos não se trata só de prédios, salas, quadros, programas, horários,
conceitos... Escola é, sobretudo, gente, gente que trabalha, que estuda, que se alegra, se conhece, se estima.
O diretor é gente, o coordenador é gente, o professor é gente, o aluno é gente, cada funcionário é gente. E a
escola será cada vez melhor na medida em que cada um se comporte como colega, amigo, irmão. Nada de
´ilha cercada de gente por todos os lados´. Nada de conviver com as pessoas e depois descobrir que não tem
amizade a ninguém nada de ser como o tijolo que forma a parede, indiferente, frio, só. Importante na
escola não é só estudar, não é só trabalhar, é também criar laços de amizade, é criar ambiente de
camaradagem, é conviver, é se ´amarrar nela´! Ora, é lógico... numa escola assim vai ser fácil estudar,
trabalhar, crescer, fazer amigos, educar-se, ser feliz.”

Paulo Freire traz bem explícito neste poema, de como que o aluno deve se sentir dentro da
instituição escola, de como esse ambiente é de grande importância, proporcionando aos alunos um
bem-estar, e era justamente essas sensações que tive nesse estágio de minha vida. A escola se voltava
para o método de: aula proposta (currículo escolar), aula preparada, aula dada, aula assistida e aula
estudada, e obviamente o momento de brincadeiras. Acredito que com esse método me fez gostar de
estudar e fazer certas separações de tempo.
Em 2006 meu irmão, Heitor, nasceu. Lembro que fiquei com muito ciúmes dele, algo que é natural
para essa idade, considerando que fui filha única até os meus 4 anos de idade.
Bom, após ficar 4 anos na instituição Pintando o 7 me mudei para o Colégio Bandeirantes, em
Americana, na época tinha 5 anos de idade, que permaneci apenas 1 ano, não me lembro claramente o
método que eles utilizam, em termos de aula, já que passei muito pouco tempo nessa escola. Recordo-
me de alguns feitos nesta escola, quando a professora Regina (sempre vou me lembrar dela, já que ela
me ajudou a sair do banheiro que ficou trancado) nos levou até a cozinha da escola para fazer uma
omelete, ela nos ensinou a fazê-lo, também tive aulas de balé, visitamos o laboratório de química da
escola, e que nas sextas podíamos levar um filme que gostávamos e assistíamos em uma sala (tipo de
cinema só que com puffs). Essas foram as breves lembranças que tive neste período.
Depois me mudei para o Colégio Americana quando tinha 6 anos de idade, no qual fiquei até o 8º
ano do Ensino Fundamental, portanto posso falar que cresci e me desenvolvi como cidadã nessa
instituição, que sempre vou guardar com carinho em meu coração com tantas experiências que tive
nessa escola que me alegro a lembrar (também tive maus momentos).
A primeira lembrança que tenho quando é mencionado essa escola era o vasto campo de futebol,
que bem ao fim dele havia um pequeno “sítio”, com galinhas, galos, patos e coelhos. Adorava ficar
entre o meio deles, sempre gostei de animais desde que me conheço por gente.

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Além disso, sempre tive muito apreço por minhas professoras nesta idade, deve ser por conta que
minha mãe é uma. O engraçado é que as professoras que tive no Colégio Americana, eu lembro da
grande maioria elas, diferentemente das minhas demais instituições escolares anteriores (com exceção
do Colégio Bandeirantes) que não consigo me recordar.
No Colégio Americana eu tive muito contato com a natureza, portanto fui inserida no contexto da
Educação Ambiental muito cedo, com o cuidado e respeito aos animais em conjunto com projetos de
sustentabilidade (que posteriormente quando estava no Ensino Fundamental tive ainda mais contato
em minha casa, já que minha mãe desenvolveu projetos voltados para a Educação Ambiental, a
empresa denominada IEMA que foi reconhecida e ganhou um prêmio pelo Empreendedorismo
Socioambiental, a empresa se encerrou em 2015).
E logo, nessa trajetória ganhei o meu 2º irmão em 2008, Vitor, com que recebi com mais
tranquilidade e carinho.
Portanto, são essas as minhas vastas lembranças que tive nessa época.

"A infância não é um tempo, não é uma idade, uma coleção de memórias, é quando ainda não é demasiado
tarde, quando estamos disponíveis para nos surpreendermos e nos deixarmos encantar."
Mia Couto.

2.2 Experiências no ensino fundamental: a


aprendizagem da dor e do constrangimento

De primeira instância, sempre que é mencionado o ensino fundamental a minha memória se volta
ao vasto gramado verde do campo de futebol e a areia do parque de minha escola. Mas também, as
minhas dores no meu processo de formação, o bullying.
Desde cedo, fui ensinada que brigar era algo que poderia sempre ser evitado, que há outros
meios de resolver as discussões ou problemas em si, portanto por hábito tentei ser pacifica e guardar
tudo para mim, mesmo sendo intimidade de sistemática, causando-me angústias e humilhação que levo
até hoje para minha vida, submetendo-me a inseguranças, que até hoje tento combate-las.
Enfim, na questão de processo de ensinamento tive ótimos professores que até hoje fico
surpreendida do quanto aprendi graças a eles, isso em sua grande maioria no Ensino Fundamental I,
seja a educação ambiental, financeira, então tive uma metodologia de excelência, nesse período, em
conjunto aos ensinamentos dentro do meu ambiente familiar.
Nessa mesma época minha mãe estava desenvolvendo seus primeiros esboços do que seria a
empresa Grafiame consolidada hoje, portanto ela viajava muito para São Paulo capital, mas nada a
impedia de nos educar nesse processo, com leitura de contos de fadas e suas percepções das nossas
dificuldades nas diversas matérias, o que sempre nos ajudava.
Foi também durante essa época em que meus pais se separaram, então justamente por esse
acontecimento, minha memória se perde e só consigo me lembrar a mais do Ensino Fundamental II, já
que não foi uma separação agradável. Portanto, irei relatar as minhas memórias dessa fase.

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A maior parte de minha memória foi durante o minha 7ª e 8ª série, já que foi nesses dois períodos
que mudei meu comportamento radicalmente, passei de uma garotinha inocente que se submetia a
fatores de dor e constrangimento à uma que conseguia se expressar direito e saber o que quer. Mas para
passar drasticamente de personalidade, a dor e o constrangimento fizeram com que isso fosse possível,
já que a dor, de acordo com Leandro Karnal, é pedagógica.

“Nós não nos acostumamos mais com a dor, com a dimensão trágica da
existência ou com o fato de que, talvez, eu não seja tudo aquilo que
disseram que ei seria.”

Lembro-me como se fosse ontem, a professora de português tinha proposto fazer uma peça de
teatro baseada em um livro que não consigo me lembrar, mas tratava sobre a diferença e diversidade na
sociedade. Porém, nada ela explicou como adaptar uma prosa para teatro, o que me deixou
extremamente aflita, já que não houve um aprofundamento de como é o processo de alterações
necessárias para se adequar a tal gênero textual.
Como não houve instruções adequadas, obviamente foi um desastre. Meu grupo tirou más notas
e a grande maioria me culpou pelo déficit, foi assim que amadureci. Apesar dos meus amigos virarem
as costas para mim, apesar dessa dor e constrangimento, a transposição desse sentimento e reversão de
ensinamento me fizeram evoluir como pessoa, e justamente cai naquilo que Karnal cita, que a educação
vem por meio da dor.
Outras lembranças que tenho ainda desse contexto que ocorreu na 7ª série não poderia ocultar
outra situação que me chateou profundamente, foi durante as aulas de português (minha matéria
preferida), minha professora tinha certa postura conservadora de educar, já que desenvolvia suas
metodologias voltada somente para repassar os conteúdos de forma geral, ou seja, sem a identificação
de problemas e dúvidas que poderiam surgir aos alunos ao longo desse processo, pois tratava os que
não tinham facilidade com a disciplinas como “preguiçosos”, “lentos”. E hoje, com o olhar que tenho,
esse fato de banalizar a dificuldade de cada aluno os rotulando de “preguiçosos” é o caminho que o
professor se apoia por justamente ser o mais fácil, e isso implica que não há desenvolvimento no aluno
diante daquela matéria e não a identificação dos alunos com dificuldade, exterminando a possibilidade
da busca por um método que ajude tanto os que tem dificuldade e enriqueça aqueles que já sabem um
pouco a mais, já que fica mais fácil somente rotular de “morosos” do que buscar e conhecer o real
motivo que alguns desenvolviam-se bem e outros não.
E era justamente o que ocorria e ficava por assim mesmo, hoje consigo admitir que não era parte
desse grupo rotulado, já que sempre gostei muito de estudar, e percebi que o meu desinteresse se dava
pelo fato de não conseguir entender a disciplina em si por justamente essa posição da professora, por
isso faço paralelo com o que o autor Rubens Alves faz:

Espero que haja um dia em que os alunos serão avaliados também


por sua ousadia de seus voos... pois isso também é conhecimento.

Portanto, a avaliação deveria ser baseada em acompanhamentos, diagnósticos e não em


simplesmente julgamentos finais ou qualificações de desenvolvimento educacional do indivíduo. Esta
prática de avaliação nos remete a uma posição de estagnação nos elementos de melhoria que auxilie no
processo de ensino-aprendizagem não permitindo a consolidação dos diversos potenciais reflexivos da
realidade, sejam elas na esfera individual e coletiva, assim essa forma da avaliação se caracteriza como
uma grande aliada do modelo liberal e conservador.

12 | P á g i n a
Já no meu 8º ano troquei de sala, e fui estudar de manhã (já que estudei no período da tarde por
muito tempo), e essa troca me fez liberar e ausentar-me de muitos empecilhos que impediam-me de
evoluir, comecei a me encontrar como pessoa no mundo, fiz amizades que irei levar para o resto de
minha vida, e a sala em si era acolhedora, diferentemente da do 7ª ano que segregava.
No 9ª ano, acabei me mudando de escola, fui estudar na instituição Escola Integrada Educativa
em Sumaré, estava com 14 anos quando me mudei. Fiquei extremamente abalada com essa mudança,
mas foi para um bem maior. Apesar dessa dor, tive aulas com minha mãe, que fez com que eu me
apaixona-se de vez pela educação.

2.3 Rumo as novas metodologias: a nova de ver


a educação e a educação do amor

Mudança de escola para a Integrada Educativa, tentativa de adaptação ao material escolar, bem
como a socialização;
Aulas com minha mãe;
2º ano no EAD, por conta da Pandemia e suas diversas dificuldades;
Nesse mesmo ano comecei a trabalhar na Grafiame _ o que me fez enxergar como montar um
material didático e como exercer a função de professor em sala de aula, o que posteriormente iria
me ajudar;
No meio do ano, comecei a dar aula de piano, como empreendedora em meu condomínio por
influência e sugestão de minha mãe;
3º ano um desastre, ainda no EAD e começo de uma flexibilidade entre presencial e on-line, mas
acabei ficando somente no on-line;
Final de ano prestei somente UNICAMP e ENEM, não passei na universidade, porém gabaritei em
Língua Portuguesa;
Em 2022 consegui meu 1º emprego e tive o contato com o material da UNIP em Licenciatura de
Letras;
Estudei por 4 meses na UNIP e fiquei 2 meses no meu 1º emprego;
Continuei a dar aula de piano, e foi nesse momento em que percebi que queria Pedagogia, meu
amor por dar aula para as crianças era maior do que por Gramática.

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2.4 Experiências no mundo docente universitário
Como mencionado, tive a 1º experiência no mundo docente universitário na UNIP, o material era
muito confuso, e as aulas não ajudavam muito, por isso acabei desistindo;
No final de 2022 resolvi prestar somente a PUC Campinas e acabei passando por conta da minha
nota de redação;
Entrando na experiência de vida universitária presencialmente.

14 | P á g i n a
2.1 Fase inicial da escolarização sistematizada:
educação infantil

2.2 Experiências no ensino fundamental: a


aprendizagem da dor e do constrangimento

2.3 Rumo as novas metodologias: a nova de ver


a educação e a educação do amor

2.4 Experiências no mundo docente universitário

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