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INTRODUÇÃO À REALIDADE DO
MERCADO DE TRABALHO; VIVÊNCIA
NO ATENDIMENTO EM PODOLOGIA
EM CONSULTÓRIO E/OU CLÍNICA
116 minutos
Aula 1 - Introdução à Podologia
Aula 2 - Mercado de trabalho da podologia
Aula 3 - Fundamentos do Atendimento
Aula 4 - Evitando acidentes de trabalho no atendimento clínico
Referências
Aula 1

INTRODUÇÃO À PODOLOGIA
 Nesta aula, você compreenderá como a sua profissão tem grande importância na área da saúde,
conhecendo sobre o conceito e a história da podologia, de modo a entender como a formalização do

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podólogo é importante para atuação, assim como os limites de atuação clínica e a legislação da área.

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28 minutos

INTRODUÇÃO
Nesta aula, você compreenderá como a sua profissão tem grande importância na área da saúde, conhecendo sobre o
conceito e a história da podologia, de modo a entender como a formalização do podólogo é importante para atuação, assim
como os limites de atuação clínica e a legislação da área.

A podologia é uma das profissões mais antigas do mundo e, segundo registros, surgiu há cinco milhões de anos, quando o
homem ficou em posição ereta. Assim que começamos a caminhar, a anatomia do corpo passou a apresentar variações,
havendo a necessidade de recorrer a práticas rudimentares para manter o equilíbrio e facilitar a locomoção em condições
mais seguras.

Acompanhe comigo e conheça muito mais sobre esse assunto!

CONCEITO E HISTÓRIA
A origem da palavra podologia deriva do grego podo, que significa pé, e logos, que significa razão. Desse modo, podemos
considerar a podologia como sendo a ciência que estuda a saúde dos pés, atuando de maneira a prevenir, diagnosticar e
tratar suas alterações e repercussões em relação ao corpo humano.

Os pés são considerados a base do corpo humano. Estão localizados na parte mais distal dos membros inferiores, os quais
são capazes de suportar o peso do corpo e promover seu movimento, proporcionando um exercício com inúmeras
atividades que ampliam o movimento praticado.

Você já se perguntou quando a podologia começou a ser praticada? E por que começaram a prestar tanta atenção na região
dos pés? Veremos, agora, sua história e aprender como a podologia surgiu.

Há 5 milhões de anos atrás, a podologia se tornou necessária quando o ser humano ficou em posição ereta (figura 1). As
primeiras civilizações, na China e no Egito, afirmam que, quando começamos a caminhar, os desnivelamentos e acidentes
geográficos dos terrenos afetaram nossas extremidades inferiores, provocando malformações e, até mesmo, infecções.
Assim, houve a necessidade de recorrer a práticas rudimentares para manter o equilíbrio e facilitar a locomoção em
condições seguras.

Figura 1 | Evolução humana


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Fonte: Pixabay.

No decorrer da história a podologia teve várias nomenclaturas diferentes. Em 54 d.C., na antiga Roma, a esposa de Nero
tinha o soldado Cayus como seu calista oficial. No antigo Egito, as pirâmides retratam em imagens um calista fazendo o
tratamento de um indivíduo; soldados romanos também faziam tratamento em seus pés depois que voltavam do campo de
batalha (GOLDCHER, 2007; PIEDADE, 2008).

Por volta de 1700, a literatura cientifica iniciou seus aprofundamentos nos estudos da podologia, isso se deu devido a
publicação do primeiro livro, intitulado de L’art de Soigner Les Pieds, escrito por Laforest, um francês conhecido como o
Calista. No livro, constavam esclarecimentos sobre calos, verrugas, hiperqueratoses, infecções de unhas e ainda ilustrações
de instrumentos que eram utilizados no início desse século (VENTURI, 2009).

No reinado de Luís XVI e Maria Antonieta se fazia essencial a presença de um calista na corte. No ano de 1850, foi
inaugurada a primeira clínica voltada para o atendimento da podologia dentro de um Hospital em Milão, com o precursor
da podologia moderna, Anselmo Briziano e, em 1881, foi escrito o livro La Pediatria e Cirurgia Conservadora (PIEDADE,
2008).

Na França, o convento dos Sacerdotes da Ordem de Santa Ana, abrigava uma moça que ajudava os menos afortunados,
cuidando de seus pés. Desse modo, as pessoas passaram a evocar Santa Ana para ajudar em situações voltadas aos pés, e
foi então conhecida como a padroeira dos trabalhos exercidos em pés e unhas (JUSTINO, BOMBONATO, JUSTINO, 2019).

Chineses especializados em cirurgias emigraram para França onde obtinham honorários mais elevados que os franceses,
pois estudavam durante muitos anos junto a seus professores, assim estavam habilitados para realizar a prática de
cuidados com os pés dos pacientes (PIEDADE, 2008).

Com o passar dos anos, a área da podologia foi obtendo maior crescimento e se tornando uma área muito promissora,
ainda mais, quando o profissional da podologia é conhecedor da teoria e da prática.

A FORMALIZAÇÃO DO PODÓLOGO
A podologia chegou à América do Sul no século XIX, no Uruguai, com o pedicuro francês Puyamerou, seguido pelo italiano
Digiuli e pelo espanhol Carmona. No Brasil, há registros de que, em 1890, havia um profissional exercendo a profissão. Em
arquivos da Associação Brasileira de Podólogos (ABP), encontrou-se um anúncio do jornal O Estado de São Paulo, de 21 de
 setembro de 1890, anunciando o seguinte: “Luiz Keller, Operador de calos, unhas encravadas e deformadas. Rua de S.
Bento, 59, interior, n° 1 onde acaba de abrir um modesto gabinete para o exercício de sua profissão, sendo encontrado das

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11 horas da manhã às 4 da tarde” (VENTURI, 2009, p. 13).

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Em 1930, chegou ao Brasil a organização americana Dr. Scholl, fundada por Frank J. Scholl, com sua primeira loja
inaugurada no Rio de Janeiro, seguida por São Paulo. No Brasil, Dr. Scholl nomeou como quiropatia o tratamento dos pés
realizado com as mãos. Os profissionais realizavam o curso, com duração de dois a três meses, com aulas teóricas e
práticas na própria organização do Dr. Scholl. Após o término do curso, o aluno já começava a trabalhar nas lojas ou
concessionárias do Dr. ScholI, o que foi praticado até 1978.

No que se refere à legalização da profissão do podólogo, na época denominado calista ou pedicuro,


Podo's (2008) destaca: decorridos alguns anos, foi oficialmente legalizada a profissão exercida pelos
enfermeiros propriamente ditos e pelos seguintes profissionais: parteiras, massagistas, duchistas,
calistas ou pedicuras, onde no Parágrafo Único da Lei publicada, lia-se: “Os profissionais acima
enumerados passarão a ser denominados: enfermeiras obstétricas, enfermeiros massagistas,
enfermeiros duchistas, enfermeiros pedicuras”.
— (VENTURI, 2009, p. 13)

A profissão de podologia passou a ser considerada como atividade relacionada à medicina em 1957, e o Serviço Nacional de
Fiscalização da Medicina e Farmácia (SNFMF), órgão integrante do Departamento Nacional de Saúde (DNS), passou a
fiscalizar tudo o que se relacionava ao exercício da medicina e de atividades afins, em suas várias modalidades. Em 04 de
dezembro de 1964, foi fundada a Associação Brasileira de Pedicuro (ABP), tendo como finalidade unir toda a categoria
profissional, incentivando-os em todos os sentidos. Assim, iniciou-se na ABP os primeiros cursos de ensinamentos práticos
e teóricos para o exercício da profissão (VENTURI, 2009).

Em 1965, uma comissão da ABP realizou uma visita ao relator da Lei de Diretrizes e Bases, do Conselho Estadual de
Educação do Estado de São Paulo, com o intuito de saber a qual categoria profissional a profissão de podologia havia sido
anexada na lei. Para a surpresa de todos, foi informado que a profissão era inexistente para o órgão oficial, pois não existia
legislação federal alguma a esse respeito, e foram orientados sobre como agir para obter a legalização e a regulamentação
da profissão (VENTURI, 2009).

Em 1975, a ABP começou a trabalhar para que a profissão se desligasse do Sindicato dos Barbeiros, quando foi
determinado pela Comissão de Enquadramento Sindical que os profissionais se filiassem ao Sindicato dos Profissionais de
Enfermagem, Técnicos, Duchistas, Massagistas e Empregados em Hospitais e Casas de Saúde de São Paulo. Era recolhido
imposto sindical dos profissionais da pedicuria junto a esse sindicato que, posteriormente, passou a não aceitar os novos
profissionais como sócios, o que levou os pedicuros a começarem a fazer o recolhimento dos impostos diretamente no
Ministério do Trabalho (VENTURI, 2009).
LIMITES DE ATUAÇÃO CLÍNICA E LEGISLAÇÃO
Muitas pessoas confundem o trabalho de um podólogo com o de um pedicuro, embora o papel dos dois profissionais seja
 trabalhar para manter os pés saudáveis. O podólogo é um profissional da área da saúde cuja função é promover a saúde
dos pés. Ele precisa ter uma formação técnica na área para ser capaz de identificar e tratar doenças dos pés, como

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calosidades, rachaduras no calcanhar, unha encravada, olho de peixe e frieiras.

Já o pedicuro realiza atividades relacionadas ao embelezamento dos pés e unhas, por meio da limpeza, higienização e

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esmaltação. Contudo, é muito comum que os clientes peçam aos pedicuros que desencravem unhas. No entanto, o
podólogo é o profissional mais indicado para isso, pois é capaz de lidar com doenças dos pés, além de possuir
conhecimentos sobre processos inflamatórios e infecciosos, biossegurança e patologias dos pés. A Figura 2 ilustra um
podólogo em atendimento.

Figura 2 | Podólogo em atendimento

Fonte: Pixabay.

Desde 2005, o deputado José Mentor (PT-SP), com o apoio de entidades que representam os profissionais e os cursos de
podologia no Brasil, vem lutando pela regulamentação profissional dos podólogos para que eles tenham seus direitos
garantidos por lei, com reconhecimento da profissão e profissionais aptos a exercer a função, oferecendo um serviço de
qualidade para a população. O projeto do deputado, que já foi aprovado na Câmara dos Deputados e por comissões do
Senado, passará por ajustes no texto. Após, o projeto retornará para votação das mudanças feitas pelo Senado, na Câmara.

No estado de São Paulo, o exercício da podologia foi regulamento em junho de 2018, com a Lei no. 16.763, de 11 de junho

de 2018 (SÃO PAULO, 2018), publicada no Diário Oficial Estadual, mas apenas para o estado paulista. Para regulamentar a

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profissão de podólogo em todo o Brasil, tramita no Congresso Nacional um projeto de lei (PL nº 6.042/2005, na Câmara, e
PLC no. 151/2015, no Senado) (BRASIL, 2015) de autoria do deputado federal José Mentor, de São Paulo. A legislação

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paulista especifica as condições para que o profissional seja considerado podólogo e estabelece um conjunto de normas
que precisam ser seguidas para o exercício da função e para o funcionamento dos estabelecimentos.

Em relação aos deveres do podólogo, foi decretado que a utilização de produtos no estabelecimento de prestação de
serviços deve possuir registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A realização de procedimentos de
higienização, desinfecção ou esterilização de materiais no estabelecimento, bem como o acondicionamento desses
materiais de acordo com as normas sanitárias vigentes e o acondicionamento de lixo contaminado para incineração ficam a
cargo do profissional de podologia.

É obrigatório o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs), como luvas, touca e máscaras descartáveis, óculos de
proteção e jaleco de manga comprida com punho. Deve-se garantir a manutenção das fichas de cadastro de usuários,
mantendo-as atualizadas e disponíveis para eventual vistoria, contendo os dados completos do paciente, bem como o
serviço realizado, observações e assinatura do responsável.

Como requisito da vigilância sanitária, o exercício do profissional de podologia deve ocorrer em local apto para
procedimentos vinculados à saúde, com posse de alvará e licença de funcionamento, possibilitando, assim, o préstimo de
seus serviços em clínicas de estética, estabelecimentos que ofereçam serviços e produtos de podologia, associações,
hospitais, unidades básicas de saúde, domicílios ou como profissional autônomo.

VÍDEO RESUMO
O profissional de podologia estuda a saúde dos pés com o propósito de prevenir e tratar lesões, além de recomendar aos
pacientes os cuidados posteriores ao tratamento, como o tipo de calçado a ser usado, a maneira de cortar as unhas, os
tipos de cremes e tratamentos mais adequados. O podólogo deve ter conhecimentos em fisiologia, patologia, anatomia,
microbiologia e imunologia.

Por isso, acompanhe o vídeo e descubra mais sobre o assunto!

Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.

 Saiba mais
Para ampliar seus conhecimentos sobre os temas, leia o artigo científico de Plais et al. (2021), cujo objetivo geral é
determinar o processo de formação e desenvolvimento das úlceras venosas nos membros inferiores; e, como objetivos
específicos, o artigo traz: conhecer as possibilidades de atendimento aos pacientes portadores de úlceras venosas;
explanar a respeito da importância da nutrição como coadjuvante na busca de uma terapia mais efetiva; apontar a
importância dos profissionais de saúde nestas lesões, destacando o podólogo.

PLAIS, K. et al. A atuação do podólogo na equipe multidisciplinar e o impacto das úlceras venosas na qualidade de vida

dos pacientes. Revista Ibero-Americana de Podologia, v. 3, n. 1, p. 1-4, 2021. Disponível em:

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https://iajp.com.br/index.php/IAJP/article/view/55/52. Acesso em: 12 maio 2022.

Além disso, há outro artigo científico muito interessante de Lídia Guaraciaba Ferreira et al. (2021). Este estudo tem

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como objetivo geral evidenciar o papel da Podologia na melhoria da qualidade de vida dos pacientes com acromegalia
e gigantismo.

FERREIRA, L. G. et al. A Atuação da Podologia na Melhoria da Qualidade de Vida dos Pacientes com Acromegalia e
Gigantismo. Revista Ibero-Americana de Podologia, v. 3, n. 1, p. 1-5, 2021. Disponível em:
https://www.iajp.com.br/index.php/IAJP/article/view/59/56. Acesso em: 12 maio 2022.

Aula 2

MERCADO DE TRABALHO DA PODOLOGIA


Nesta aula, você conhecerá ainda mais sobre a profissão do podologista, de modo a compreender como
essa atividade pode ser realizada.
26 minutos

INTRODUÇÃO
Nesta aula, você conhecerá ainda mais sobre a profissão do podologista, de modo a compreender como essa atividade
pode ser realizada. Além de aprender sobre a atuação do podólogo no mercado de trabalho e em quais áreas ele é apto a
atuar, você conhecerá sobre a podologia preventiva e sua importância para a saúde dos pés.

Os pés são a base de sustentação do nosso corpo: suportam todo o nosso peso e são responsáveis por conseguirmos ficar
de pé e por nossa locomoção. Por estes motivos, estão sujeitos a muita tensão e desgaste e podem ser afetados por
calosidades, rachaduras, problemas nas unhas e doenças na pele, entre outros males. Com isso, a profissão de podologia
exerce seu diferencial no cuidado, tratamento e prevenção dessa região tão importante do nosso corpo.

PROFISSÃO PODOLOGISTA
O profissional em podologia tem papel importante no cuidado e no tratamento dos pés, compondo uma equipe de
atendimento multidisciplinar da área da saúde. Ele contribui na investigação, na prevenção, no diagnóstico e no tratamento
das alterações que afetam os pés e, por isso, repercutem no nosso organismo.

O podólogo é um profissional da saúde, e que com o seu conhecimento em fisiologia, patologia, anatomia, microbiologia e
imunologia poderá atuar auxiliando, tratando e buscando a podologia conservadora do paciente, a fim de o ajudar na
prevenção de possíveis podopatologias. Portanto, irá diagnosticar, prevenir, investigar, estudar e tratar as alterações que
afetam os pés e as suas consequências no organismo humano.

Suas atividades têm o objetivo de prevenir e tratar lesões nos pés e aconselhar pacientes sobre os cuidados que devem ser
tomados, como por exemplo, o tipo de calçado a ser usado, como a forma correta de cortar as unhas ou quais cremes e

medicamentos são mais adequados de acordo com o que cada paciente precisa.

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A podologia dedica-se ao estudo do pé em diversas áreas como:

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• Dermatopodologia (alterações da pele e unhas).

• Ortopodologia (ortopedia do pé).

• Biomecânica (estudo estático e dinâmico do pé).

• Podologia Infantil (tratamento do pé na criança).

• Podologia Desportiva (estudo funcional do pé do desportista).

• Podologia e pé de risco (pé diabético, pé reumático, entre outros).

• Podologia Geriátrica (intervenção no pé do idoso).

• Podologia Preventiva (prevenção em diversos âmbitos: desporto, diabetes, reumatismo).

Dentre as patologias mais comuns tratadas por um podólogo, podemos citar:

• Alterações da pele.

- Úlceras, Feridas, Fissuras.

- Verrugas, Papiloma vírus.

- Pele seca e descamativa.

- Excesso de transpiração e mau cheiro.

• Alterações das unhas.

- Unhas encravadas (onicocriptose).

- Micóticas (onicomicose).

- Engrossamento excessivo das lâminas ungueais (onicogrifose).

• Alterações do pé.

- Alterações biomecânicas (esporão do calcâneo, fascite plantar, pé cavo, pé plano/ chato).

- Estudo da marcha (caminhar incorreto e/ou com dor).

- Deformidade dos dedos e joanetes.

- Dismetrias e heterometrias (pernas de diferentes tamanhos).

- Palmilhas, próteses e elementos ortopédicos personalizados.


• Pé do adulto.

- Pé reumático.

 - Pé com alterações vasculares (exemplo: obstruções circulatórias – isquemia).

- Pé com alterações neurológicas (Exemplo: degeneração de nervos periféricos - neuropatias).

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- Pé do idoso (alterações pertinentes ao processo de envelhecimento).

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• Pé diabético.

- Feridas e úlceras típicas.

- Alterações vasculares e neurológicas.

- Alterações de sensibilidade e percepção à dor.

- Infecções em vários graus.

- Alterações estruturais (musculares, articulares e ósseas).

- Palmilhas preventivas e corretivas.

• Pé da criança.

- Apoio incorreto dos pés.

- Juntar os joelhos.

- Cansaço excessivo dos pés.

- Alterações dérmicas.

- Dores generalizadas.

- Má formação congênita (pé zambo; espinha bífida).

• Pé do esportista.

- Lesões e traumatismo (entorses, tendinite, contusões).

- Estudo da marcha.

- Estudo do apoio do pé.

- Palmilhas personalizadas.

É importante que o profissional especializado em podologia tenha habilidades manuais, interesse pela área da saúde e
goste de cuidar de outras pessoas. Algumas das principais atividades desenvolvidas por um podólogo são:

• Elaborar exame físico minucioso nos membros inferiores.

• Analisar o calçado do paciente e identificar se existem pontos de atrito ou desgastes irregulares.

• Diagnosticar doenças dos pés.


• Higienizar e realizar a correção das unhas quebradas e/ou danificadas.

• Remover possíveis detritos (sujidades por exemplo).

 • Remover e prevenir o surgimento de calos e calosidades.

• Remover o excesso de onicofose (excesso de pele que se forma embaixo / lateralmente às lâminas ungueais).

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• Confeccionar órteses plantares (dispositivos feitos sob medida para cada paciente e que são utilizados para correções,

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compensações e alívio de dores).

• Efetuar a podoprofilaxia (que consiste no correto corte das unhas e na retirada de calosidades e fissuras com o objetivo de
prevenir doenças).

ATUAÇÃO DO PODÓLOGO NO MERCADO DE TRABALHO


Os nossos pés são o nosso principal meio de transporte, são a nossa base. Eles nos levam para todos os locais e nos
sustentam ao longo dos dias, fornecem informações e sensações, como pisar no chão, calcular a temperatura da água e do
solo.

O cuidado com os pés não é um hábito comum, e, facilmente, deixamos de perceber como eles são fundamentais para a
saúde do nosso corpo. Ao observarmos nossos pés, podemos perceber a distribuição da pressão na superfície plantar, que
pode revelar informações tanto sobre a estrutura e a função dos pés quanto sobre o controle postural de todo o corpo em
condições saudáveis ou patológicas.

Portanto, a área de saúde e bem-estar dos pés é uma das mais promissoras no mercado de trabalho. A busca por
qualidade, o aumento da expectativa de vida e a diversificada oferta de cuidados especiais para atletas, idosos ou pessoas
com doenças crônicas, como diabetes, faz com que o podólogo seja um profissional bastante requisitado e valorizado.

Um podólogo pode atuar em clínicas, hospitais, salões de beleza e, até mesmo, como autônomo. Ele costuma atender
pacientes de qualquer idade. As especializações podem ser realizadas em algumas áreas, tais como:

• Podopediatria: é o tratamento e cuidado com o pé de crianças, que é bastante flexível, visto que sua estrutura ainda está
sendo formada. Um dos principais objetivos da podopediatria é assegurar o correto crescimento dos pés e evitar problemas
posteriores.

• Podogeriatria: é o cuidado com os pés de pessoas idosas, aliviando as alterações nos pés causadas pelo processo de
envelhecimento.

Pé de Risco: tratamento de pessoas com pé diabético. Uma simples lesão pode evoluir para um quadro mais complexo e,
por isso, é necessário o acompanhamento sistemático de um podólogo. O profissional nesta área também trata dos pés de
pacientes que sofrem de insuficiências vasculares, neurológicas e metabólicas.

• Podologia Desportiva: tratamento dos pés de pessoas que praticam esportes. O esforço repetitivo e a sobrecarga
aumentam a probabilidade do aparecimento de lesões nos pés. Um podólogo especializado nesta área estuda os
movimentos de diferentes práticas desportivas para tratar dos pés e prevenir as lesões.
• Podologia Laboral: trata dos pés de trabalhadores. O profissional analisa cada paciente, entendendo as condições de
trabalho e, assim, indica os melhores tratamentos, cuidados e equipamentos que auxiliam na busca de um resultado
promissor. Um profissional desta área orienta os pacientes quanto ao tipo de calçado que deve ser usado e o mais
 adequado para cada atividade e formato dos pés.

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• Podologia Preventiva: o profissional atua para prevenir doenças relacionadas aos pés, tais como exemplo as unhas
encravadas (onicocriptose), frieiras (micoses), rachaduras (hiperqueratose), micose (onicomicoses), bolhas, odores, entre

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outras.

Para que o profissional da podologia consiga obter destaque no mercado de trabalho e tenha seu nome reconhecido entre
os pacientes, ele necessita atuar de maneira ética, responsável e buscando sempre um aprofundamento no conhecimento
dentro de sua área de atuação. Ademais, deve prestar um atendimento coeso, seguindo os princípios de observação,
análise e averiguação. Estes objetivos são alcançados quando o podólogo realiza uma boa anamnese, buscando identificar o
que o paciente possui e como o poderá auxiliar da melhor maneira possível, indicando o melhor tratamento disponível para
a patologia identificada.

O profissional que consegue atender o paciente da melhor maneira possível, identificando as necessidades dele, obterá
melhores resultados e conseguirá se destacar no mercado de trabalho.

PODOLOGIA PREVENTIVA (ORIENTAÇÃO E AÇÃO EDUCACIONAL)


Para os podólogos, assim como para os profissionais de saúde, não é novidade o quanto parte expressiva do trabalho é
voltada para ações de natureza educativa com os pacientes. A título de exemplo, observam-se duas dessas dimensões
presentes na consulta clínica: a explicação dada ao paciente dos nexos entre seus problemas e queixas com a suspeita
clínica, na etapa diagnóstica; e a orientação dos cuidados requeridos, uma vez estabelecido o projeto de intervenção com
base no diagnóstico.

A comunicação via expressão verbal e não verbal é parte intrínseca do encontro entre humanos e um componente social
básico de qualquer relação, inclusive da conexão entre profissional da saúde e paciente. Como tal, a interlocução é sempre
determinada pelo contexto em que se dá e assume caráter multidimensional, expresso por seu conteúdo e sua dimensão
relacional, que são seus aspectos inseparáveis. O conteúdo diz respeito às informações que se quer transmitir e se realiza
na linguagem verbal, enquanto a dimensão relacional se refere ao modo como a interação se dá, ou seja, o tipo de conexão
que se estabelece entre as pessoas (seja de autoridade, de interesse, etc.).

A educação e a comunicação são domínios cada vez mais requeridos dentro dos diferentes níveis de atenção em saúde,
com especial importância na atenção primária à saúde pela relevância que assumem na promoção da saúde e prevenção
de doenças. Mas a educação e a comunicação são campos de conhecimento que ganham também destaque nas práticas
assistenciais em que o autocuidado tem um papel relevante, como ocorre com diversas enfermidades crônicas.

Uma primeira e importante reflexão diz respeito ao modo como são usualmente efetivadas as práticas educativas e a
comunicação nos serviços, pois elas têm sido alvo cada vez maior de questionamentos, nos quais são arguidas a validade, a
efetividade e a ética dessas práticas. De um lado, há quase um consenso de que a transmissão de informações ao paciente
resultará na correspondente mudança de comportamento, em função do conteúdo informado.
Usualmente, acredita-se que a adoção de comportamentos não saudáveis é decorrência exclusiva da ignorância dos
pacientes acerca dos riscos e dos determinantes do adoecimento. É como se certos hábitos que possam resultar em danos,
como comer demais, embebedar-se ou fumar, fossem ações comandadas apenas por decisões racionais e lógicas, sem
 influência de padrões sociais e culturais. Também se entende, geralmente, que, uma vez feita uma adequada transmissão
de informações, utilizando-se meios apropriados (um discurso “correto”, um folder ou cartaz com linguagem e design

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adequados etc.), estarão garantidas a adequada interação e, portanto, a desejada mudança de comportamento do
paciente.

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O podólogo deve orientar seu paciente sobre cuidados que serão imprescindíveis para o tratamento proposto a fim de
obter melhores resultados, mas também precisa aconselhar sobre meios de evitar o surgimento daquela patologia relatada.
Para isso, ele deve ter conhecimento sobre surgimento, causas e desenvolvimento de patologias, com o intuito de melhor
orientar o paciente sobre os cuidados necessários para evitar o aparecimento ou agravamento da enfermidade.

Essa orientação pode ser feita de modo expositivo, relatando como cuidar diariamente dos pés, como hidratar, massagear,
quais cosméticos devem ser utilizados, além de indicar os sapatos adequados para o formato dos pés, meias corretas, e
verificar a biomecânica do paciente – e caso necessário, encaminhá-lo a outro profissional da saúde correspondente ao
tratamento.

VÍDEO RESUMO
A podologia é uma profissão promissora, mas quem a exerce ou pensa em atuar deve ter em mente que estamos falando
de uma atuação dentro da área da saúde e que representa um cuidado intenso com a saúde do paciente, buscando sempre
meios e formas de prevenir e tratar.

Por isso, acompanhe o vídeo e descubra mais sobre o assunto!

Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.

 Saiba mais
Para ampliar seus conhecimentos sobre os temas, leia o artigo científico de Oliveira et al. (2019), que traz o objetivo de
avaliar a eficácia de meias impregnadas com biocerâmica no processo de dor, causado por fascite plantar.

OLIVEIRA, B. R. et al. Uso de meias impregnadas com biocerâmica para o tratamento de fascite plantar. Revista Ibero-
Americana de Podologia, v. 1, n. 2, p. 65-68, 2019. Disponível em:
https://iajp.com.br/index.php/IAJP/article/view/11/16. Acesso em: 12 maio 2022.

Além disso, é recomendada a leitura deste outro artigo científico de Gontijo et al. (2021), cujo objetivo é evidenciar a
importância do acompanhamento de um podólogo para a prevenção de complicações do pé diabético, bem como para
orientar os pacientes caso elas ocorram.
GONTIJO, G. A. et al. Ulcerações arterial e venosa em pés diabéticos: atuação da podologia na prevenção. Revista
Ibero-Americana de Podologia, v. 3, n. 1, p. 292-298, 2021. Disponível em:
https://iajp.com.br/index.php/IAJP/article/view/54/51. Acesso em: 12 maio 2022.

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Aula 3

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FUNDAMENTOS DO ATENDIMENTO
Nesta aula, você conhecerá um detalhe muito importante dentro de uma clínica de podologia ou local de
atendimento: o atendimento ao paciente, o individuo mais importante na situação.
27 minutos

INTRODUÇÃO
Nesta aula, você conhecerá um detalhe muito importante dentro de uma clínica de podologia ou local de atendimento: o
atendimento ao paciente, o individuo mais importante na situação. Por isso, é necessário que o profissional da podologia
saiba sobre qual é o conceito de atendimento, como deve ser traçado o perfil dos profissionais de atendimento e como é
importante a qualidade do atendimento ao paciente.

Essa é uma das atividades de maior relevância em uma empresa no que diz respeito ao trato com o paciente. Por isso, é um
tema importante para as organizações, estando presente em diversas discussões. Trata-se da forma como todos os
funcionários interagem com o cliente, ou seja, o público. Fazem parte desse processo todas as pessoas que mantêm algum
tipo de relacionamento com a empresa.

CONCEITO DE ATENDIMENTO
Falar de atendimento ao público, ou atendimento ao paciente, é falar da importância que se deve dar às pessoas. Elas
precisam de atenção tanto quando lidam com outras pessoas (ocasião em que procuram atingir o maior nível de
observação direcionada a si próprias) quanto em relação àquilo que estejam esperando de alguém – nesse caso, significa
que a outra pessoa tem mais conhecimento.

O ato de atender o público é realizado diariamente: atende-se ao telefone, ao chamado pelo nome, em resposta às
perguntas dos familiares, às perguntas de alguém desconhecido, mas que está perdido na cidade (VAVRA, 2013). Todos nós
atendemos algo a todo o momento, faz parte da rotina, mas nem sempre prestamos atenção, pois é uma ação automática
que não necessita de muito raciocínio.

O atendimento ao público vem da necessidade de cada indivíduo de perceber que precisa reconhecer seus quereres,
identificar as expectativas de solução e possibilitar o conhecimento, o novo, o algo a mais que seria impossível adquirir
sozinho (ZIKMUND, 2007).

Figura 1 | Cordialidade e profissionalismo no atendimento ao paciente: início do processo de conquista


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Fonte: Shutterstock.

O atendimento ao público é considerado tão abstrato que até os autores têm dificuldade em definir, claramente, do que ele
se trata. Antes de tudo é preciso diferenciar público e paciente, pois são termos que trazem muitas interpretações errôneas.

A palavra “atendimento” vem do verbo “atender”. De acordo com o dicionário Michaelis:

Dar ou prestar atenção; escutar, ouvir. 2. Estar atento; atentar; observar. 3. Dar audiência a;
receber. 4. Dar despacho favorável a; acatar; aprovar; deferir. 5. Tomar em consideração; levar em
conta; considerar. 6. Dar atenção a; acatar; escutar; ouvir; respeitar. 7. Dar atendimento a; prestar
auxílio; socorro; acudir; socorrer.

— (ATENDER, 2022)

A partir dessas definições, percebe-se que o funcionário e/ou profissional que realiza o atendimento precisa de, no mínimo,
conhecimento daquilo que o paciente espera. Porém, o que ele espera? Em primeiro lugar, ser ouvido. Aprender a ouvir o
paciente é o primeiro passo para que exista a possibilidade de auxílio, de socorro e de observação. Além disso, é preciso
aprovar, entender e respeitar o que o paciente está falando, pedindo e expressando. O atendimento trata-se de prestar
auxílio, acudir, socorrer, ou seja, é dar uma solução.

O primeiro e mais importante passo para o atendimento é deixar o paciente à vontade para se expressar e dar detalhes da
sua necessidade e de seus anseios, de forma que o atendente possa compreendê-lo para prestar um atendimento de
qualidade (VASCONCELOS, 2008). Só é possível falar em atendimento de qualidade quando se sabe, com detalhes técnicos,
o que o outro quer.
Na área médica, por exemplo, uma reclamação frequente é que o atendimento é feito de forma muito rápida. Nesse caso,
suponha que haja uma fila muito grande, com uma estimativa de tempo de atendimento que não se consegue cumprir. Por
isso, possivelmente o médico – que é o funcionário – fará menos perguntas e, consequentemente, tentará finalizar o
 atendimento o mais rápido possível, o que torna seu serviço precário (TAJRA, 2015).

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Segundo Silva e Zambon (2007), quanto mais hábil for o profissional, mais experiente e mais bem treinado ele será, pois,
dessa forma, pode identificar as necessidades e começar o envolvimento de solução, antes mesmo de o paciente terminar

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de desenvolver o seu raciocínio e definir a sua necessidade. Saber fazer um atendimento rápido não quer dizer ser ineficaz.
As técnicas de desenvolvimento e percepção das necessidades fazem que a prática seja aperfeiçoada.

PERFIL DOS PROFISSIONAIS DE ATENDIMENTO


O perfil de trabalho corresponde às características que o profissional deve ter ou adquirir com o objetivo de desempenhar
bem a sua função. O perfil mostra as habilidades, competências e técnicas que precisam ser estudadas e treinadas. Porém,
nem tudo pode ser aprendido (ROBBINS; DECENZO; WALTER, 2009).

Mas o que é necessário para ser um bom profissional de atendimento? Primeiro: paciência. Depois, saber ouvir e estar
preparado para acolher o que os outros falam. Em geral, o paciente, quando se dirige ao funcionário, não sabe exatamente
do que precisa. Ele reporta sua necessidade aparente, mas não conhece o que deve ser feito.

Uma reclamação, sugestão ou informação pode ser solicitada da mesma forma, sem diferenciar se o paciente está irritado,
feliz ou perdido. Quando ele começa a falar, nem sempre tem todo o conhecimento de que precisa para se fazer entender.
Reconhecer aquilo que o paciente quer é o principal objetivo do profissional do atendimento. Para isso, é necessário calma,
paciência e, a partir do conhecimento, saber ouvi-lo e passar a ele as informações.

O paciente traz ao profissional o que é identificado por ele e qual é, na opinião dele, a providência a ser tomada diante de
cada um dos motivos que forem por ele mencionados. Ele quer uma solução, que pode não ser a mais correta. Então, o
profissional tem a função de mostrar ao paciente aquilo de que ele precisa, deve ter a noção do que ele quer, ao passo que,
se ele pede algo e não for entendido, vai se sentir frustrado e surgirá um desgaste para ambos os lados. Por isso, ter
paciência é a característica mais marcante dentro do atendimento.

De acordo com Vasconcelos (2008), outra característica essencial é saber ouvir. Todos passam por situações em que se
desligam do mundo; por maior que seja o barulho ao redor, as pessoas “desligam” e não ouvem. A questão de o paciente
ouvir e prestar atenção no que lhe é dito é primordial para começar a entender o problema. Se o atendimento não
consegue identificar o problema, o paciente fica insatisfeito e, posteriormente, compartilha com outras pessoas a sua má
impressão sobre os serviços envolvidos (VAVRA, 2013).

Em geral, pessoas insatisfeitas automaticamente procuram um culpado. Deduzem sê-lo o profissional, a empresa, o
Governo, o mundo – menos si próprias. Ninguém imagina que a falta de comunicação e expressão – que surge quando não
se sabe expor o problema e, por conseguinte, não se consegue a solução desejada – pode ser a causa do problema.

No contexto do atendimento, foca-se na definição completa da habilidade de imaginar-se no lugar do paciente,


compreender seus sentimentos, desejos e ideias, e interpretar padrões não verbais de comunicação (WAGNER;
HOLLENBECK, 2006).
Imaginar-se no lugar do paciente é permitir responder à seguinte questão: O que eu gostaria que fosse feito para mim? Se
eu estivesse no lugar daquele individuo, como seria a solução que eu estaria esperando? Ou seja, fazer para o paciente
aquilo que gostaria que fosse feito para você. Para isso, é importante entender o que o paciente diz, literalmente e nas
 entrelinhas.

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Colocar-se no lugar do paciente e perceber o que ele quer é uma boa estratégia a ser agregada ao perfil do atendimento. O
perfil do atendente empático faz o paciente sentir-se seguro e confiante.

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QUALIDADE DO ATENDIMENTO
A qualidade do atendimento está diretamente relacionada com a resposta que será dada ao paciente, público ou
consumidor. É muito importante resolver o problema do paciente, mas também é imprescindível ouvi-lo a fim de lhe passar
a segurança de que ele terá uma solução diante da sua queixa/problema.

Qualidade, qualidade total, qualidade do atendimento, normas da qualidade, política da qualidade, ISO 9000. Todas essas
expressões foram e ainda têm sido utilizadas nas empresas desde a década de 1980 (REGINA, 2010). Com a globalização e a
movimentação de mercadorias entre países, a necessidade de certificação de qualidade foi inserida no mundo dos
negócios. A competitividade e o aumento das exigências pelos pacientes a trouxeram para dentro de todos os setores da
empresa (WAGNER; HOLLENBECK, 2006).

A partir disso, a qualidade de atendimento foi a consequência lógica da modernização. Ela está diretamente relacionada à
forma como o profissional se comunica com o seu público e requer conhecimento técnico, administrativo e reconhecimento
pessoal de como realizar tal ação (SANTOS, 2015).

O paciente sempre precisa de algo; do contrário, não acionaria o atendimento. Por isso, não se pode simplesmente ignorar
a informação que o paciente passa. Ele deve ser atendido com calma e com a maior eficiência possível.

Não se deve mentir nem criar expectativas irreais. Tudo o que for falado a ele precisa ser pensado e analisado
criteriosamente para que ele consiga identificar o que precisa. A empresa, clínica, centro ou hospital, por sua vez, deve
identificar qual resposta pode ou não ser dada ao paciente. Mesmo quando ele está muito irritado, o atendente não deve
diminuir sua estabilidade emocional. Tentar resolver o problema da explosão de sentimentos com mentiras e propor
soluções impossíveis trará mais danos do que soluções (SANTOS, 2015).

Deve-se sempre lembrar de que isso estaria apenas tirando a exposição de briga inicial e criando uma exposição em escala
maior quando o paciente descobrisse que o que foi prometido não será realizado. O processo de reconhecimento e
identificação do problema, e o que pode e não pode ser feito, deve ser tratado com honestidade e clareza. Deve-se passar
pelo prisma da coerência e da seriedade. Além disso, é importante se envolver com o paciente para que ocorra um vínculo
de relacionamento.

Assim, eventos futuros necessários para o entendimento e a aplicação da solução serão interpretados como atitudes
positivas do próprio paciente para com o atendimento. Na qualidade do atendimento, deve-se estabelecer o limite entre o
que é certo e o errado; aquilo que o paciente quer e o que se deve fazer. Nunca estabeleça parâmetros impossíveis. A
questão da qualidade não é relacionada a coisas incríveis e extraordinárias, mas, sim, com a simplicidade de solução.
A preocupação com a qualidade é um assunto que surgiu no Brasil na década de 1990. Com a abertura do mercado
internacional e a consequente globalização, bem como a criação do Código de Defesa do Consumidor, a estratégia
mercadológica das empresas passou do foco na produção para o foco no paciente (SILVA e ZAMBON, 2007; TAJRA, 2015). O
 atendimento de qualidade é o que tem contado para o crescimento das empresas. Saber utilizar esse instrumento para o
bem do negócio é fazer que as empresas busquem novidades, experiências e humanização.

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VÍDEO RESUMO
Na podologia, assim como em todas as áreas da saúde, o atendimento ao paciente deve ser totalmente humano, dedicado
e ético, pensando sempre no fato de que, quando procura atendimento, o indivíduo não está bem e pode estar passando
por uma situação que o desestabilize. Com isso, é importante se ater a como tratar, de primeiro momento, o paciente e na
sequência que se dará no seu cuidado.

Acompanhe o vídeo!

Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.

 Saiba mais
Para ampliar seus conhecimentos sobre o tema, faça a leitura do capítulo 5 do livro didático escrito por Tajra (2015), o
qual traz técnicas de atendimento e relacionamento com o cliente. Você entenderá porque, cada vez mais, as
organizações têm se preocupado com os clientes e a importância deles para a sustentabilidade das empresas em
longo prazo. Conhecerá também algumas técnicas para a elaboração de pesquisas de satisfação dos clientes internos e
externos como uma metodologia de diagnóstico organizacional. Serão apresentadas algumas modalidades de como
essas pesquisas poderão ocorrer, e, por fim, a institucionalização de um processo de recebimento e tratamento de
reclamações de clientes.

Todas essas informações terão como referencial atender cada vez melhor os clientes, promover as mudanças
organizacionais e cumprir as exigências do Código de Defesa do Consumidor e dos diversos estatutos reguladores da
sociedade em que vivemos.

TAJRA, S. F. Gestão em Saúde: Noções básicas, práticas de atendimento, serviços e programas de qualidade. São
Paulo: Saraiva, 2015. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788536528014/epubcfi/6/14[%3Bvnd.vst.idref%3Dchapter01]!
/4. Acesso em: 2 mar. 2022.

Além disso, faça a leitura do capítulo 1 do livro didático escrito por Santos (2015). Você conhecerá a 1 História e o
conceito do atendimento domiciliar, e as principais noções que envolvem esse tipo de atendimento.

SANTOS, N. C. M. Atendimento domiciliar: estrutura física, aspectos legais e operacionalização do serviço. São Paulo:
Érica, 2015. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/978-85-365-1545-8/pageid/11.
Acesso em: 2 mar. 2022.
Aula 4

EVITANDO ACIDENTES DE TRABALHO NO ATENDIMENTO


 CLÍNICO
Nesta aula, você conhecerá um tema muito importante dentro da área da saúde, relacionado ao trabalho e

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atendimento em uma clínica de podologia, hospital, sala, centro ou qualquer outro local de atendimento.

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28 minutos

INTRODUÇÃO
Nesta aula, você conhecerá um tema muito importante dentro da área da saúde, relacionado ao trabalho e atendimento em
uma clínica de podologia, hospital, sala, centro ou qualquer outro local de atendimento. Evitar acidentes de trabalho no
atendimento clínico é de extrema importância e ajudará profissional e paciente a estarem em segurança e de acordo com
normas e exigências da vigilância sanitária.

A incidência de acidentes no trabalho, embora seja grave e faça parte de várias estatísticas negativas, parece ainda não
chocar e indignar nossa sociedade. A abordagem da legislação, com direitos e deveres que ela estabelece, e, ainda, a
inserção de elementos para avaliação da necessidade do uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) pelos próprios
trabalhadores fazem do conhecimento sobre este tema um instrumento indispensável.

OBRIGAÇÃO LEGAL
Considera-se acidente de trabalho o infortúnio decorrente do trabalho que se enquadre na definição legal. Assim, se o
acidente ocorrer durante a atividade laboral e em decorrência dela, mas não se enquadrar nas disposições legais, não será
entendido como tal (NASCIMENTO, 1990).

A proteção coletiva e individual dos trabalhadores é um dever impostergável do empregador que, ao não a cumprir, poderá
ser responsabilizado civil e criminalmente pelos danos causados ao empregado.

A responsabilidade civil consiste na reparação a que se obriga a pessoa que causou danos a outra, em consequência de
lesão à sua moral ou ao seu patrimônio (ALVARES, 1996). A arguição da responsabilidade civil é da iniciativa particular do
ofendido, e, nesse caso, o Estado criou esse instituto com o objetivo de restabelecer o equilíbrio econômico-jurídico
rompido pelo dano causado. Essa responsabilidade é definida pela aplicação ao caso concreto da legislação comum (Código
Civil) (OLIVEIRA, 1997).

No Direito brasileiro, a responsabilidade civil por acidente do trabalho se baseia em duas hipóteses:

• Culpa por ato ilícito.

• Violação de uma obrigação preexistente (OLIVEIRA, 1997).

Na culpa por ato ilícito, é preciso que a vítima comprove, na Justiça comum, que o acidente que o atingiu decorreu de ato
culposo (negligência, imprudência e imperícia) e que a culpa seja atribuída à empresa ou a um dos seus prepostos. A prova
poderá ser buscada por meio de perícia técnica, documentos ou testemunhas.
A responsabilidade criminal resulta na obrigação de suportar pena ou sanção decorrente da prática de ato vedado em lei
penal. A arguição da responsabilidade penal é da iniciativa do Estado e tem como finalidade a preservação das boas
condições do convívio social contra o ato perverso do criminoso, obrigando-o a adaptar-se às exigências da vida coletiva e
 em sociedade (CAMARDELIA, 1989; CORRÊA, 1999).

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A obrigação de reparar o dano não decorre, simplesmente, da vontade de prejudicar, mas porque ocorreu a violação do
ordenamento jurídico, resultante de ação ou omissão. Cumpre registrar os seguintes conceitos constantes do art. 186:

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• Negligência: é a falta de cuidado, de solicitude, de atenção com que se deve cercar os atos para evitar repercussões
indesejáveis.

• Imperícia: é definida como o descumprimento das regras aplicáveis às artes ou ofícios.

• Imprudência: é a precipitação, o abandono das cautelas normais que deveriam ser observadas em quaisquer atividades.

Sendo arguida e demonstrada a culpa do empregador, o lesado e/ou acidentado terá direito à reparação dos danos
sofridos. A indenização variará de acordo com a extensão dos danos, podendo compreender das despesas com tratamento
médico-hospitalar e o ressarcimento dos dias que deixou de trabalhar até a pensão vitalícia.

Responsabilidade criminal: O acidente (Figura 1) de trabalho causado por culpa da empresa ou de seus prepostos.

Figura 1 | Acidente de trabalho por queda

Fonte: Shutterstock.

O empregador que não adotar as medidas de segurança e higiene do trabalho a fim de proteger seus empregados contra
os riscos de acidentes do trabalho e/ou doenças profissionais e do trabalho, seja por meio de medidas de proteção coletiva
ou de EPIs, além das sanções legais por não cumprir as Normas Regulamentadoras da Portaria no 3.214/1978, do Ministério
do Trabalho e Emprego, responderá por crimes de homicídio, lesões corporais ou crimes de perigo comum (BRASIL, 2015).
Deve ser ressaltado que o empregador que não cumprir as normas de segurança e higiene do trabalho incide em
contravenção penal.


NR-6 – NORMA REGULAMENTADORA DOS EPIS

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A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), Brasil, Ministério do Trabalho (1978), com relação aos EPIs, estabelece que:

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Art. 166: A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, equipamento de
proteção individual adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento,
sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de
acidentes e danos à saúde dos empregados.

Art. 167: O equipamento de proteção só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do
Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho.

A proteção individual do trabalhador contra os riscos ocupacionais é obrigatória e de responsabilidade do empregador,


conforme estabelece a Norma Regulamentadora no 6 (NR-6), da Portaria no 3.214/1978, do Ministério do Trabalho e
Emprego, sempre que as medidas de proteção coletiva mostrarem ser inviáveis ou não oferecerem completa proteção
contra os agentes de acidentes de trabalho e/ou doenças profissionais.

A Norma Regulamentadora no 6 (NR-6), da Portaria no 3.214/1978, é o instrumento legal que define e regula o uso e a
aprovação dos EPIs, seja de fabricação nacional ou estrangeira.

A seguir, para melhor orientação sobre a base legal dos EPIs, acompanhe algumas orientações sobre o texto atual da NR-6
(NR-6, Portaria MTb n.º 3.214, de 08 de junho de 1978, p. 1-4):

NR-6 – Equipamento de Proteção Individual (EPI)

6.1 – Para os fins de aplicação desta Norma Regulamentadora – NR –, considera-se Equipamento de


Proteção Individual – EPI – todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador,
destinado à proteção de riscos susceptíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.

6.1.1 – Entende-se como Equipamento Conjugado de Proteção Individual todo aquele composto por
vários dispositivos, que o fabricante tenha associado contra um ou mais riscos que possam ocorrer
simultaneamente e que sejam susceptíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.

6.2 – O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou importado, só poderá ser


posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação – CA, expedido pelo órgão
nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e
Emprego.
6.3 – A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em
perfeito estado de conservação e funcionamento.

6.4 – Atendidas as peculiaridades de cada atividade profissional, e observado o disposto no item



6.3, o empregador deve fornecer aos trabalhadores os EPI adequados, de acordo com o disposto no

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Anexo I desta NR.

6.4.1 – As solicitações para que os produtos que não estejam relacionados no Anexo I, desta NR,

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sejam considerados como EPI, bem como as propostas para reexame daqueles ora elencados,
deverão ser avaliadas por comissão tripartite a ser constituída pelo órgão nacional competente em
matéria de segurança e saúde no trabalho, sendo as conclusões submetidas àquele órgão do
Ministério do Trabalho e Emprego para aprovação.

6.5 – Compete ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho –


SESMT –, ouvida a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA – e trabalhadores usuários,
recomendar ao empregador o EPI adequado ao risco existente em determinada atividade.

6.5.1 – Nas empresas desobrigadas de constituir SESMT, cabe ao empregador selecionar o EPI
adequado ao risco, mediante orientação de profissional tecnicamente habilitado, ouvida a CIPA ou,
na falta desta, o designado e trabalhadores usuários.

6.6 – Responsabilidades do empregador.

6.7 – Responsabilidades dos trabalhadores.

6.8 – Responsabilidades do fabricante e/ou importadores.

6.8.1.1 – Os procedimentos de cadastramento de fabricante e/ou importador de EPI e de emissão


e/ou renovação de CA devem atender aos requisitos estabelecidos em Portaria específica.

6.9 – Certificado de Aprovação – CA.

6.10 – Revogado.

6.11 – Da competência do Ministério do Trabalho e Emprego/TEM.

6.12 – Revogado.

COMENTÁRIOS À NR-6
Das disposições da NR-6 – Equipamento de Proteção Individual (EPI), cumpre ressaltar os seguintes aspectos:

Proteção coletiva
A NR-6 determina que o EPI será obrigatoriamente usado sempre que as medidas de proteção coletiva se mostrarem
tecnicamente inviáveis ou não oferecerem completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho e/ou doenças
profissionais e do trabalho (EQUIPE ATLAS, 2016). Por esse princípio básico, infere-se que toda empresa deve buscar
implantar a proteção coletiva e só deve utilizar EPIs se for impossível implementar a proteção coletiva, seja por motivos
técnicos ou econômicos.

Posto isso, quando ocorrerem condições adversas no ambiente de trabalho, geradas por agentes agressivos, como ruídos

excessivos; presença de fumos, névoas, vapores tóxicos ou irritantes; poeiras que afetam a visão ou as vias respiratórias;

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ou, enfim, a possibilidade de que a integridade física e a saúde do trabalhador sejam afetadas por qualquer agente
agressivo presente no ambiente de trabalho e que não seja possível eliminá-lo ou neutralizá-lo por meio da proteção

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coletiva, serão utilizados, obrigatoriamente, os EPIs adequados a cada atividade dos trabalhadores a fim de lhes propiciar a
devida proteção a sua saúde e integridade física.

Recomendações técnicas do EPI adequado


Caberá ao Serviço Especializado de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) recomendar ao empregador o EPI (figura 2)
adequado ao risco existente nas diferentes atividades da empresa.

Figura 2 | Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)

Fonte: Shutterstock.

Nas empresas desobrigadas de possuir o SESMT, a recomendação sobre o EPI adequado a ser adquirido caberá à Comissão
Interna de Prevenção de Acidente (Cipa). Nas empresas que não possuírem Cipa, cumprirá ao empregador buscar a
orientação técnica necessária – por exemplo, na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), na Fundacentro
ou em qualquer órgão especializado no assunto (BRASIL, 2015).
Certificado de Aprovação (CA)
O EPI deve apresentar, em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome comercial da empresa fabricante ou importador e o
número do Certificado de Aprovação (CA).

O Certificado de Aprovação (CA), condição legal para a comercialização do EPI, expedido pelo Ministério do Trabalho e

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Emprego (MTE), tem validade máxima de cinco anos e indica que o Equipamento de Proteção Individual, seja de fabricação
nacional ou estrangeira, foi submetido a ensaios em laboratório especializado, onde foi comprovada sua eficiência em

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oferecer proteção adequada contra os riscos para os quais foi construído. Vencido o período de validade do CA, o fabricante
deverá providenciar novo processo para revalidação ou emissão de novo CA, e só então poderá fabricar e comercializar
novamente o EPI em questão. A validade do CA está condicionada aos certificados emitidos pelo INMETRO (FATURETO;
FUDOLI; GÁRIOS, 1996).

Obrigações do empregador
O empregador é obrigado a fornecer gratuitamente o Equipamento de Proteção Individual (EPI) ao empregado, cumprindo
o que consta nas normas regulamentadoras.

Não raro, tem sido constatado que o empregador fornece o EPI, mas não treina nem obriga o empregado a usá-lo e não
apresenta qualquer forma de controle sobre o fornecimento, uso, guarda, manutenção e reposição do equipamento
distribuído. Assim, não é incomum encontrar EPI sem uso ou, ao contrário, em péssimo estado de conservação, já não mais
cumprindo sua finalidade de proteger o usuário. É muito importante observar, no momento da aquisição do EPI, se nele
constam o nome do fabricante e o número do CA (CAMARDELIA, 1989; NASCIMENTO, 1990).

Obrigações do empregado
A NR-6 obriga o empregado a usar o EPI somente para a finalidade a que se destina o equipamento. Determina, ainda, que
o empregado é o responsável pela guarda e conservação do EPI, devendo comunicar, de imediato, ao empregador,
qualquer alteração que torne o equipamento impróprio para o uso (EQUIPE ATLAS, 2016).

VÍDEO RESUMO
A palavra insalubre, de origem latina, significa doentio ou tudo o que pode gerar doença. Os agentes nocivos à saúde são
definidos pela NR-9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, da Portaria no 3.214/1978 do MTE, que considera riscos
ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza,
concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador.

Acompanhe o vídeo para saber ainda mais sobre o assunto!

Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.

 Saiba mais
Para ampliar seus conhecimentos sobre os temas, leia o artigo cientifico escrito por Ribeiro e Servo (2019), que
pretende analisar, por meio de uma revisão na literatura cientifica atual, os aspectos relacionados à
ocorrência de acidentes de trabalho em profissionais de saúde.

RIBEIRO, A. M. V. B.; SERVO, M. L. S. Acidentes de trabalho em profissionais de saúde: uma revisão de literatura.

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Revista Brasileira De Ciências Em Saúde, v. 2, n. 1, p. 9-17, 2019. Disponível em:
http://periodicos.uesc.br/index.php/rebracisa/article/view/1288/1779. Acesso em: 13 maio 2022.

s e õ ç at o n a r e V
Além disso, o artigo científico de Pedrosa, Donato, e Andrade (2019) pode ser muito útil para identificar a produção
científica sobre acidentes com perfurocortantes relacionados aos trabalhadores da saúde, visando a uma reflexão
sobre a relevância da promoção da educação para a prevenção desses acidentes.

PEDROSA, M. E. H. C.; DONATO, M. A. M.; ANDRADE, H. F. Acidente de trabalho com material perfurocortante
envolvendo profissionais na área de saúde. Caderno de Graduação-Ciências Biológicas e da Saúde Unit, Recife, v. 4,
n. 2, p. 13-22, 2019. Disponível em: https://periodicos.set.edu.br/facipesaude/article/view/7740/3514. Acesso em: 13
mar. 2022.

REFERÊNCIAS
7 minutos

Aula 1
BRASIL. Lei nº 11.105, de 24 de março de 2005. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 28 mar. 2005. Disponível em:
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11105.htm. Acesso em: 12 maio 2022.

BRASIL. Senado Federal. Projeto de Lei da Câmara nº 151, de 2015 (nº 6.042/2005, na Casa de origem). Dispõe sobre o
exercício da profissão de podólogo e dá outras providências. Senado Federal, Brasília, DF, 2015. Disponível em:
https://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/123525. Acesso em: 12 maio 2022.

FERREIRA, L. G. et al. A Atuação da Podologia na Melhoria da Qualidade de Vida dos Pacientes com Acromegalia e
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PLAIS, K. et al. A atuação do podólogo na equipe multidisciplinar e o impacto das úlceras venosas na qualidade de vida dos
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Aula 2
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