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Iniruduçao ,
99-
~
3AQ
QL uctâo cru
PRdLOGO
Leo Baraotti
2Q!LEúD 0
• Pag.
Capitulo 1. INTRODUÇÃO. CONCEITOS FUNDAMENTAIS 1
1, Nineros complexos . ,,....,,
. ,
2
2, 5ir5.es de potências .,........s. 11
3, A transrormaço linear geral ...... . 22
2. Continuidade 000
38
3, Furiçes ana1tjcas .................... 41
4. Propriedades geométricas das funções ana-
1t1cas .................................... 48
Capitul o III, INTEGRAÇÃO NO DOMÍNIO COMPLEXO e2
1. Integrais de linha ............
••
1. NÚMEROS COMPLEXOS
2,2. 13
jb +oco+ b p f b + 1I +,,.+ b p I Ia 1I
Muito dtil para o critirio de confronto • é a série geoné
trtca:
+ k
r1+r+r 2+ coe +r 1 +,..
k=o
que converge, para 1r1 <1, ao valor 1/(1.r) e diverge quan-
do i r] > 1, Utilizando-a,obtm-se vértos critérios interessa
te e:
a) se existir uma constante r tal que
(2,22)
k=o
Para demonstra-lo, abandonar-sei a soma dos primeiros
termos
2.2 15
que afetam a soma apenas pela adiçio de uma constante. Em se.
guida, sem perda de generalidade, toma-se N = O, Tira-se de
(2.22», 2 1
HI&n+li rIaI r r Ia0 !
Comparando-a com a se'rie geome'trica, vise que esta série
converge absolutamente.
Por outro lado, se
I
_hI1
an
(2,22a)
V ianir<i (2,23)
para todo n>N, Igualmente, a se'rie Z j ak diverge se
> 1 (2.23a)
para todos os termos apo's um predeterminado, Com efeito, para
a divergência e' evidente que basta ser verificada a (2.23a) pa
rã uma infinidade de valores de ri.
Em (2.22) e (2.23) e' essencial que Ia +1/aI e
jaz limitadas superiormente por um numero menor que a. unidade.
No basta, p • ex,, Ia +i/a <1, pois na ae'rie harmônica se tem
I a
n+1
an
Oe critérios de convergência (2.22). (2.23) podem ser e-
nunciados de outra maneira, utilizando as noç&es de limite an-
perioré inferior. O limite superior de um conjunto infinito
e limitado de nmeros reais x, lia x ou Um sup x, e' o maior
dos pontos de acumu1aço do conjunto, o qual sempre existe, Pa
rã demonstra-lo,, considere-se o conjunto dos valores y que 8O
ultrapassados no mximo por um numero finito de valores x, De
de que tal conjunto seja limitado inferiormente, ele possue uma
1iinitaço inferior máxima, que será representada por À. Ento
À = 15 x, Com efeito:
e' ponto de acumulação do conjunto doe x, pois, ooneid
rando-se o intervalo À e < <À + , segue-se da definição de
lo Cap,I
?. que existem infinitos x> W. e e, no isa'ximo, um ntmero fii4
to de x > X + e • Conclue-se que todo interveio contendo ?., con
tem uma infinidade de pontos do conjunto.
2, À e' o maior doa pontos de acumulação do conjunto x,Poia,
suposto que ?'>?. seja outro ponto de acumulação, pondo
existIra uma infinidade de valores x no intervalo <X$ e
por ser ?' ponto de acumuiaço. Pore'm isto implica na exiatn-
aia de Infinitos valores x> X+ e= X' e, contrariamente a de
finicio de W.
Se o conjunto dás valores de x no for limitado superior-
mente, escrever-se- -
um x + co
Do mesmo modo define-se IM x, ou, mais simplesmente,
limx -iii(-x)
De (2,22) resulta o crite'rio de D'Âlembert
(2,24)
1 az <M r
A demonstraço resulta por comparação com a serie geometri
ca.
In azJ < nr1(-
8' h
1 1
2.33
À iim\/jJ
_13_ (1)
um
w-z
Inicilmente subsiste a identidade algebrica
w, zn
:= n..L + + • + n-.l
=D(z)
W
pode diferir arhitr.rj.amente pouco de D(z), tomando-se w basta
te prxtmo de z no interior do ofroulode convergência. Para is
to, forma-se a razo incremental
P(w) : ao
D(w,a) = : a
+
onde, por brevidade, escreveu-se
Pj = :z + w i-2 • + zj-1
Seja t um ponto interno ao circulo de convergência tal que
fz( < rltl , com r<1. Ento,
IPj I j r'
_____ - + + <
e
para - zI<6 , o que demonstra o teorema
Como a derivada de uma se'rie do potências tambd'm e uma se-
rie de totncias de mesmo cfrculo de convergência, pode-se deri
vai' novamente e repetir indefinidamente o processo, resultando,
ento que uma série de pot ê ncias tem derivadas de t6das as or-
densrzo anterior de seu círculo de convergência.
1(z)
j=oj+1
_L z ( 2.34)
c) a 2+ 1 n ; d) a2 = n)
piimJ
ao
e mostrar que o raio de convergência de n5 z , com a oom-
plexo, e' 1. n=o
/"iN\ Z
onde a diferença a - al-a2e o angulo f3 NN
entre z 3 - z 1 e z3 - z2 . An.1oamente, a
41 z
:_: =(Pi - P2) .
com.p f31-2 angulo entre z 4 - e
4 - z2 . Pode-se admitir Oa,pir.
A birrazo toma a forma:
f(ílg + j lg—.-) .
Y2 Y1
Logo, para quaisquer valores positivos a,b:
f(a) + f(b) = f(a + b) , (3.43)
donde f(n x) = n f(x) ,
34 Cap,I
para n inteiro, A].e 'm disso, para todo racional p/q, observa-se
que
q t( f x) = p f(x)
donde,
f(j»x) =
q
O resultado estende-se facilmente aos rnimeros reais. Seja
r real ,e a<r<3 ( a,p racionais). Segue-se que
f(ax) <f(r x) <f( x)
deduzindo-se
<frxJ <
f(x)
Logo, f(r x)/f(x) verifica as mesmas desigualdades que rui
mero r, e se conclue que
f(r x) = r f(x)
Pondo f(l) = k, ter-se-is
f(r) = f(r.l) = kr,
Em particular,
7
R(P 19 P2 ) = R(D) = k D(P 1 ,P2 ) = k lg
- = At
O limite desta soma quando max At— O, e a integral
1 i
dt + [ y'(t)] 2 dt
SJkt = o
Nó semi-plano de Poincar, o comprimento de uma curva í de
finidodo mesmo modo. Substitue-se a curva pela poligonal apro
M
ximada cujos lados sã o arcos
de círculos, unindo pontos
consecutivos da sucesaao con
siderada e normais ao eixo
real. O comprimento da cur
vã é O: limite da soma
Yd(w g w
quand::max(t 1 t)--O.
A distancia entre pontos vizinhos w, w + A w pode ser obti
da transformando o semj-e,Çrculo que os une numa semi-reta nor-
mal ao eixo real, Ento, como anteriormente, ter-se-a
D(w,W+Aw) = lgY
+ = J Alg y = + c( Ay)A y
EXEROf aIOS
28)Achar a transformação que representa a região entre ocí
oulo uitarjo e um círculo excêntrico nele contido em
a) a região entre o circulo unit&io e um círculo con-
cntrico em seu interior;
b) a região externa a dois círculos iguais.
29) Verificar que as transformações lineares do semi -plano
superior (3.40) verificam as condiçes para os deslocamentos na
38 CapI
geometria de Poincar(;.
30) Verificar a desigualdade triangular para a funço di8tn
cia (3.42),
D(P1 ,P2 ) = k 19(P1P21Q2) 1 (k>O)
31) Mostrar que o comprimento L
lIdz
L=
jto Y
de urna curva C no eernip1ano superior, i um invariante por des
locatnento (isto e, por transformações lineares do semi-plano eu
perior),
Uma funço w = f(z) definida no drnÇnio ID, diz-se contínua
em D quando, para todo ? de ID, se tiver:
um f(z) = f() (2.00)
Ãfk (Z) - È fk ( n ) +
1
f
- Y < -- , para lz-I <
Aiaim, dado e>0 9 pode-se achar um . > O tal que
- f(?)I < e quando IZ - <
o que demonstra a continuidade de f(z).
Qorolr1o: Usa série de potinc2aa representa uma fungo
contínua no interior de seu círculo de convergência.
3. FUNÇES ANALÍTICAS
= f(Z)R(Z)f(Z)g'(Z)
(3.14)
(315)
ôxôy ày àx
Subsiste o teorema:
condigo necesstfrta e suficiente para que a fungo complexa
t(z)u(x,y)+i.v(x,y) tenha derivada contínua no domínio D
é que as partes real e imaginaria sejam diferenciáveis e .a
tisfaçam as equações de Cauchy-Riemann:
ôx. õy ' ôy -
A demonstraço da suficincia e' simples (a necessidade j
foi comprovada acima). Pode-se escrever:
Xá, li + y) u(,) x + y+
ay
e v( + + Ay) v() x+ y+
Vá x 2
âx õxay õy
Como exemplo de runçao analítica, seja
w = (x2 - y2 ) + 2xyi,
onde u = x2 y2 e v = 2xy so contínuas e d1ferenciveis,
como uX = 2x, u 7 = -2y, v = 2x, v = 2y, as equaçee 19 Cauchy.-
Rlemann so verificadas Observa-se que u e v so as partes re
ai e Imaginária ia funço w = z 2 , e que dz = u, + i. v, = 2z. A
derivada de w = z 2 podia ser obtida sem recorrer às equaçes 1e
Cauohy-Rieinann, formando a razo incremental e passando ao limi
te. Por outro lado no basta tomar o limite em apenas uma dire
ço Uma função to simples como f(z) = E não tem derivada
Embora formalmente a mesma, a definição de derivada para
funçes complexas conduz a uma classe de funçes mais restrita
do que no caso real. Dos valores assumidos por urna funço real
numa parte de seu domÍnio de definiço, nada se pode concluir
sabre os valores nos demais pontos, enquanto que os valores lo-
cais de uma funço analÍtica acham-se Intimamente relacionados
3.2 H 45
com os que ela assume no domnlo todo de defini.çao. Tal ser
Posteriormente demonstrado, bem como a seguinte propriedade,
talvez a mais notvel de toda a teoria: Á dertuada de urna fun-
çao anal (ttca éanaltttca0 Logo, qualquer funço analÍtica J
indefinidamente derivável.
1=
onde r=' Izt,0= ao Z. Isto sugere a extenso da funço lota-
ritmo ao campo complexo:
lgZlgr el o lgr+18
2 y (3.22)
= lg Vx + + 1 arctg iT
Evidentemente,
x y
U =-•- =v , a = X
/2 2 ' F2 2
vx+y vx +7
de modo que lg z e" analÇtioa no plano 1 todo, exceptuada a o-
'1gem.
De maneira geral já se viu que uma se"rie de potnoias
P(z)a +a1 z+ oco +az 1
analítica no interior de seu ori'ouio de convergência e, es
conaequnoia, possue derivadas de todas as ordens no seu Inte-
rior, sendo
P(z) = kak.+ +
&k +lZ + •
ILu7
uxa
=-b
fv=b
1v 7 =a
e estas equações ,determinam u(x,y) e V(X,yr) e, portanto, f(z),
a menos de uma constante arbitraria. (2)
86 w f(z) = u(x,y) + 1 v(x,y) fornece uma representa-
qo biunívooa do domínio D do plano z s6bre um conjunto de pon-
tos D' do plano w, entio existe a funçao inversa, isto ei, a C
da ponto ('u,v) de D' corresponde um uínico ponto (x,y) de D - O
ponto que i representado por (u,v). Pode-se, pois, escrever
Z = x(u,v) + 1 y(u,v) = g(w)
ou av ôv ôu
lato é, x e y satisfazem a equaçes de Cauchy-Rlemann como fu
çes de u e v. A funçio inversa é, pois, analítica e tem para
derivada
dz Ux iVx V(z) 1
_xu +iyu = =
f'(z) V(z) f (z)
uxx (3.25)
(4.10)
dx x(t0)
e escrevendo-se ,
z(t 0 ) = x(t 0 ) + 1 y(t0 )
tem-se, simplesmente,
O = am z(t 0 ) . ( 4.11)
Na vizinhança de w a imaemde C 6' a curva
w(t) = f[z(t)] u[x(t),y(t)] + i v[x(t),y(t)J.
Conclua-se que
=uxi+u + i(v x c + v, ) =
= (u x + 1 v)(c + 1
de modo que o ângulo diretor da curva em w 0 = f(z 0 ) e'
e' = am[f'(z0).(t0)] . ( 4.12)
Supondo que as curvas z 1 (t) e z 2 (t) formem um ngulo a no
Ponto z 0 de intersecço, seja 3 o &ngulo de suas imagens w 1 (t)
e w2 (t) no pontow 0 . De (4.11) se tem
2 (t 0 )
a = 0 2 -01= am i 2 (t0 ) - arn 1 (t 0 ) = ais z
z 1 (t 0 )
e de (4.12)
f'(z 0 )(t0)
.z2
p =Ç-O=am----- —am—z2(to) =
i 1 (t0 )
Fica, pois, demonstrado '4
que em todo ponto onde f'(z) ti
x o (4.15)
nal de parabolae
n r n-r 1 ri r n-r
r (n-r) z1z2 = ( r 1 z2
=
z.+z 2,
= -4(z1+2)u1e1
n _o ri,
que demonstra a afirmaçio.
As funçes san 5 e aos z so definidas pelas sinos
correspondentes ao caso real, onde a variável livre i substitui
da por a, Escrevem.se
CO 1) n
san a = , COS 5 = f: 5T ,(4,33)
::p::::::: a
apenas função
V
to O <;y <a <2 l, o qual t! )
rã para imagem um arco de
círoulop = e 0 , O < ç <a. A
superfície entre o eixo x e a reta Y, a<27t tem para imagem
o setor do plano w entre os raios p = O e ç = a • Urna faixa ho-
rizontal de largura 2it tem o plano w como imagem, e se f6r
O.<y <27t , ficará excluido o semi-eixo positivo u, que será
fronteira do domínio, e que corresponde as retas y = O e y = 27t.
Para representar a imagem da faixa 2 < y < 4% ,utiliza-se uma
segundar6lha tambe'm cortada segundo o eixo real positivo; e" on
de p varia de 211 a 411 • Estas duas folhas devem ser unidas
segundo os bordos p = 2r , correspondentes a fronteira comum
y = 2% das duas faixas do plano z. Ficam, nesta superfície ,
dois bordos livres, p = O e ç = 41t , aos quais sao unidas as
folhas Imagens das faixas -27t <y < O e 41 < y <Cit • Por
este processo chega-se a uma superfície formada de uma inflnida
de de folhas com bordos ligados na mesma ordem que as faixas ho
rizontais de largura 2'it do plano z. A superfície assim obtida.
e' a supárÍ'cie de Riemann da função z = lg w,inversa da funço
W = eZ,a qual tem pontos de ramificaço na origem e no 00, de
ordem Infinita e permite definir o logarítrno, função a infini-
tos valores, por meio de urna representação biunvoca. Tem-se:
Zx+iylgw
e, por àonseguinte,
Xlgp, y=q;
58 Cap.II
onde, no plano w simples, cp e definido apenas a menos de um muI
tiplo de 211 . Ologartmo tem uma infinidade de determinaçes:
lg w = lgwI + i(am w + 2n1L) . ( 4.35)
Na superfície de Rismann, porem, am z + 2nit = p i univo-
camente determinada (as amplitudes de pontos correspondentes em
'6lhaa bucessivas diferem de 2 'g) e a funço lg we# unvõo a
mente definida. Finalmente, a determinação particular do loga-
ritmo
lgwigw(+iamw
onde O am w 2 1x e" chamado valor principal cLo logarÍtmo.
:Deve-se salientar, que se o ponto w descrever uma curva SIm
pies fechada no plano w, no envolvendo a origem, lg w volta ao
valor inicial s6bre a curva, enquanto que, se a curva envolver
a origem, o valor de lg w variara de + 2111, segundo o senti
do de rotaço positivo ou negativo.
Com o uso do logarl'tmo e possível dar detiniço tnIca da
função w = za para a complexo qualquer. Por simplicidade co
siderar-se-; a real e positivo. pS'e-se
"
EXERCÍCIOS
zo
o dz
f
zi
f(z)dz
f l,yl
(u.dx-v.dy) + 1
.xl,yl
(v.dx+u.dy) (1.30)
zo x o ,yo xo ,yo
lk + ... + Az
Para a soma t6da, se tem:
fs 'I < t _IAZl
pois AZI no i maior que o comprimento do arco z 1 Z 39
O mesmo racioclnio mostra que
Is*_ s'I<t
Portanto,
IS 1
Concluo-se que existe o limite (1.32), o qual independe da
divisão adotada.
Varias propriedades das integrais resultam diretamente da
definiço:
Lema 1 -Se a funç&o f(z) f$r limitada, If(z)IM, entao
11af(z)d.ZkML , (1.33)
L sendo o comprimento de c.
Lema 2 -Se a curva Cfor composta de dois arcos retiflc-
veis consecutivos, Ç e c2, ter-se-a
f-af(z)dz = - J (1.35)
a
Para um contorno fechado simples convenciona-se que o sen-
tido positivo seja aquele segundo o qual o interior fica a es-
querda do observador.
Lema 4 - 4 integraç6o é uma opera ço 1 Inear, isto e', se a e
forem constantes, ter-se-e':
70 Cap.III
ia arLmana;
I.eina 5 Á integral de urna série uniformemente convergente
e' urna série formada com as integrais de seus thmos.
Demonatraço: Supondo que a série
f(z) = f1 (z) + f2 (z) +
seja uniformemente convergente a6bre uma curva 0, para n sufi-
cientemente grande tem-se:
Analogamente
Jzo z dz =- z )o , (1.38)
<+ 3 +3 ô
o que contraria a hipótese inicial,
Sendo f(z) continua na região R, ela e uniformemente oont
nua em R. Logo, dado um €>0 qualquer, existe um 6 tal que
if(z) - f(?)I < e
para todo z, em R com Iz - i< 6, Escolha-se uma divisio do
Intervalo de variação de t suficientemente pequena afim de que
)(zni -
=E
De (1.37) deduz-se
,
= 1
f r(z,)dz
72
Donde se conclue:
f(z)]dz C L,
I'nnI = i- zn,i _I
em que L J uma limitação superior do comprimento da curva. Dan
do a n um valor suficientemente grande para que
fz(t) - z 0 (t)f < min(ô,e)
uniformemente em t, considere-se , a diferença S
Sn_ 8 0
=
E{:r( znj )( Zn,3'zn,j-l )- :r( zoj )(ZO,J - ZO,J-, )
09
1 i[n,r o,jn,j
+ [ftZn,j _f(z0,1)J(Z,j
Assim,
< in(2eM +CL) e(2mM +mL) ,
sendo M a limitaço de If(z)I em C0 . Resulta daí
I m noII m n 5nI + I 5n 8 oI + I 5 o_ I oIE e(2mM+mL+2L),
oque completa a demonatraço.
Lema 8- Se a curva de ir&tegraçao f6r um cont6rno ou linha,
as 2 definiçoes de integral (1,30) e (1.33) sao equtualentes.
Sejam x(t) e y(t) as equações paraine'trioas da linha C. Co
sidere-se uma subdivisão qualquer de C tal que os pontos de das
continuidade da derivada z(t) = x(t) + i y(t) sejam, pontos da
divisão. Ento, a soma (1.32) pode ser substituída por somas
de termos reais:
=2 (u 3 +1v 3 )[(x j x 11 )+ i(y j _y 11 )] =
- 1V 1 Ay 1 + i { Vj X1 + . 1U1Y1 }
= J(u+iv)(dx+idy) = ff (Z).i(t).dt.
2, O TEOREMA DE CAUCHY
o
Como ze i Az J1 < et. tem-se, no limite:
- F(z0 ).
Jr(z)dz = F(z)
Z
F(z)
zo
forme-se a razo incremental
z+z
F(z + Az) - F(zj r()
Az =
Como a integral Independe da curva, considere-se o segmen-
to que une z a z+AZ. Tomando tAzJ suficientemente pequeno,
f(z)j <c para zJ<IAzI. Logo,
Jt(z) - F(z +Az)-piz)1
=JAZ
[t(z) - fR)JdzJ < E:.
= RO 1 R R)
resulta:
1
IR1 + II 3 + 4
Logo, pelo menos num dos R, p,ex., R 1 , ter-se-i:
f
= 'R f(z)dzl
1
Repetindo o processo para o retngulo R 1 , obtem-se pelo m
nos um retângulo R2 para o qual e'
12 = I,t(z)I 2
e reiterando o processo, obtin-se um R com
78 Cap.III
n•=ii R f(z)dzI>.2
n
-
dz
= o
J R:
i.d = 1 fd = 2 1Ei 4
Entretanto, parte do teorema permanece verdadeira. A inte
.
,
tidos no interior de O e externos en
tre si. Considerando t o das as inte-
grais no sentido anti-hor ário, ter-se-a:
5 f(z)dz f(z)dz + •.
+
f(z)dz (2.01)
~Gn
o que se demonstra construindo um domínio simplesmente conexo
nirido cada um dos 0r a por meio de cont&rnos que no se inte
ceptain. Restringindo-se a curvas que no cortam tais contornos,
3 79
o domínio resultante serí simplesmente conexo, donde se conclue
que a integral sabre a nova curva cont o rno se anula. Por é m, as
Integrais sobre os oontSrnos de unio dos 0 a O sendo tomadas
e
em sentidos opostos, sua soma nula (Lema 3); consequentemente
j.f(z)dz
O + 5C f(z)dz + ,.. + 5 f(z)dz = 0,
On
o que demonstra o teorema,
dz dz = f() p_Z; + dz =
= CP
2jr1f()+ 5_—D.-dz
CZ
Porem, a integral no de p endo de p. Portanto 5cp z-~
=0, e
.L..
2,ti CZ -
80 Cap.III
f 0z (z)
'
ú
- n dz (3.01)
= fa É( Z ) 22 dz.
_Ç_0(z) JiJtJ
1 j(z-?)2
onde L e o comprimento de O. Da resulta a relação (3.02) para
= ,
z(z
dz
- )
= À0L (z-)
- -j--ldz
zJ
=
3 8i
ldz ldz 21l o
2.
.T0 z - -
2,tj
(z - r)
para todos os pontos do interior de O. A tuno (3.03) e nova-
mente d1forenc1vel; na realidade o e um ni.mero qualquer de ve-
zes. Isto : Uma função complexa f(z) tendo derivada de pri-
meira ordem, tem derivadas de tâdas as ordens A derivada n-
e'sima i dada pela frmula:
fl f(z)
( r. dz (3.04) .
21 (z) "
g 2,t.i Y ( z _ .~ )n+l -
= Ïn ) LL1 i:i-' - -
dz
2 1 (Z_)nl(Z A) (z - )' }
ç
= In-l)
2 Iit) ---
dz
z- ~ n-r+].
-1)
-)
= 1Jf(Z){E dz
2 (z-) n+l
in-it ML
2 d'
onde M, L e d tm os significados jí vistos e escolhido
suficientemente pequeno para que o valor absoluto da soma seja
menor que e.
Ficou, assim, demonstrado o notAel resultado: Uma função
analítica tem derivadas de t6dasas ordens no seu domínio de
82 Cap.III
jf(z)dz = O
211 JO (z-y)''1
Note-se que esta limitação no depende de mas apenas do
sua distancia ao cont6rno. Em particular, sendo o orcuio
de ralo p e centro , ter-se-a:
< n kIÍQI (3.11)
donde,
2 2 2 2
ux +uy =vx +v y =O
Assim, as derivadas parciais de lã. ordem devem se anular.
A JmIca possibilidade e que f(z) u + 1 v = oonst.
Outra consequência da f6rmuia (3.11) (; o Teorema de L lou-
pUle: Uma fungo f(z) analítica e limitada no plano todo
é necessariamente constante.
Com efeito, num ponto do plano z, se tem por (3.11):
Ir ,
onde p e' o raio de um círculo qualquer de centro Fazendo .
p 'oo, resultará Um f
— O, o que s omente se dará se f(z)
for constante.
O teorema de LiouviUe é de importância em muitos casos,
Considere-se, p.ex., a demonstraç ã o do Teorema fundamental da
Álgebra: Todo polinômio
P(z) = az + a 1z + ... + a
o (a 4 o)
de grau n> O, admite pelo menos uma raiz no domínio complexo.
Com efeito, supondo, ao contr á rio, que IP (Z) xo t enha raiz,
a funç ã o (z) = l/P(z) será anal í tica e limitada em todo o pla-
no, e, pelo teorema de Liouville, Q(z) = const., o que contra-
ria a hipctese n> O.
.L. jf(z)dz
2ti a
será igual à soma dos resíduos nestes pontos.
A demonstraç ã o e imediata.
A noç ã o de resíduo e muito xítil no calculo de integrais com
plexas, Seja calcular o readuo dafunço f(z).= 77. Pondo
z = rei8 e integrando segundo um círculo de raio p com centro
na origem, obtem-se
1 dZ 1 f e _i(n_1)Ode
n-1
2tp
Como e 21 = 1, conclue-se que o resíduo e nulo para n> 1
e e 1 para n = 1.
Da reiaço 4j(lg z) = resulta
--,
1g z = - (3.22)
f, ~
Esta expressão exibe o aspecto piurfvoco da rungao loga-
ritmo. Unindo 1 a z por duas curvas
Z
que no se interceptam e que formam
um contorno que envolve a origem, os
dois valores obtidos pela (3,22) di-
ferirã o de 2it1. Evidentemente exis
tem infinitos valores de lg z, dif! 1
rindo entre si por nuiltiploa de 2 id..
Utilizando os,.resíduos podem-se
calcular vasta classe de integrais imprpriaa do domfnio real:
Supondo f(z) regular no semi-plano superior lis z O, excepto
em um numero finito de valores nao reais 21'.'''2n' se
um z f(z) = O, (3.23)
z
ter-se-9 +co
f f(x)dx2zir (3.24)
88 Cap.Ifl
onde ri 6 o resíduo de f(z) no ponto z.
Demonstraço: Torne-se R > O bastante grande para que todos
os Zj estejam contidos no círculo JzJ<R. A integral segundo o
cont o rno formado pelo semi-cÍrculo e pelo se gmento -R a R do ej
xorea1
f(z)dz; iR + f IR 8f (Re ie )dg = 2111r
fa f
____ z2T\
Aumentando suficientemente R, a
integral sabre o semi-círculo pode
ser tornada arbitrariamente pequena,
7° pois
IZ
/ z3
\ 1f
Re i0.fei6)d 8 k1tm
tm
e pela (3.23), o segundo membro deve
-R R
tender a zero. Conclue-se daí que
+00
].im
R- -R f
f(x)dx
= CO f(x)dx = 2itir
~
este resultado pode ser f&oilmente estendido ao caso de ha
ver uma infinidade de pontos Zj para os quais f(z) no e regu-
lar, desde que os Zj nio ténham ponto de acumulação. A soma
feita na ordem de crescimento de JzjJ.
EXEMPLOS
l)Afunço
az +bz+c
com a>O, b,o reais e b 2-4ac<O e regular para Im z O, ex-
cepto no ponto z 1 = (-b+iV 4ac b 2 ). Evidentemente, f(z)
satisfaz a condiç ão (3.23). Logo, pelo teorema a.iterior,
+00
dx
~Co ax2 +bx+c
e igual a 2iti multiplicado pelo resíduo r 1 de f(z) em z 1 . Po-
rém, pondo z = z 1 +pe', tem-se
1
lim —j É
2it
IP e' Td
2iti o ape (P(pe i+z1_z1) - --
3.2 8?
(x )dx =
Ri 2 2 8.
Por outro lado,
iz •it
em C senO6ic °°80de
if
= fse o
- dz =
z
como o integrando J continuo em e e e , pode-se fazer e - O
ob o sinal de integraço, resultando lim -I€ =ir i
C0
Portanto,
88 Cap III
f e -O
een x
=
lia
se n. x2 dx
y
f O
coa x2 dx e
fo
2 Para isso, introduz-se a runo
12 e que e integrada segundo o con-
torno do setor clGrcular de ralo R e
o x angulo central t/4. Pondo z = re10,
ter-se-é;
O,-r28
dx + i4e_1252iRl
e10d0 e dr = O
f +f
Mostrar-se-ao que a segunda Integral tende a zero quando
R-oo. Tem-se:
1121 =R 1j R je008 2e d. =
=R 2 .. R2 senq
1tj
2
Como -(sen 'p) = - sen cp, segue que a. funço sena con-
dcp
vexa • no Intervalo O pit, e portanto jaz acima da reta que
une suas extremidades : 2
aenp , -cP
Assim, 2
1 12 - r J dcp = --(l - e )
e sendo
3.2 89
For conseguinte,
OD
fO
2
coa x dx
fO sen x2 dx = 2 V Z!2
4) Como tíltimo exemplo calcular-se-
co
-
fol+X
dx (O<q<l)
lcIe
+ I
R
q_l 027ti(q_l)
1+x dX_l
2it p
Ji +pe i8d8=
= 2,t1 5lic(q.1)
ou
2111 _l)]DZ
l+x
dx = 27r1
5 11(ql) -
-1
fo 1+ Re ol+pe
• 21tq_iqe
Porem, R e d8-o para R-oo, pois,
folRe te
2t te
JR s_e
ol+Rele R-].
2t q iqO
Analogamente, quando p-,O , fol+peO IG d8-O ,uma vez que
P CI 5 1 qO de < 2J2
f o 1+pe 1p
Cap.III
Logo,
R q-1
&dx lua
f0l+x 1 +
Roo
p -*.o fP
-
a) 2 dx ; b) fsen2x
7) Demonstrar que
l_R2j2 % d9
--1 (OR<l),
2'jr O l-2R coso +R
10) Calcular:
00 +00 +00
a)
f- ; b) f00(l+x)2n
dx
; c) Ç dc
00(l+x2)fl
ii) Calcular
00
r q-11
J -
o l+x
dx (0<q<1)
f(z) = 1
2ir o
f
f (Z + r . e i 8 )d,O
que fornece
4.2 95
= 1.v(0) + -- f u(e)
o Lit-zi
f'
+ 2i.Im1 de
It -zi J
e como 21.Im(z) = Ez - ti, isto se reduz a
2t
f(z) = i.v(0) + --- J u(0) dO , (4.14)
2it
que exprime uma funço analítica no círculo unitgrio por meio
dos valores no contorno de sua parte real, univocamente indivi-
dualizada, a menos da constante arbitra#ria i.v(0).
A f6rmula (4.12) de Potsson e' ractimente estendida ao ofro
lo de raio R. Tem-se apenas que substituir r por r/R em (4.12):
2it
= 2xo R2 - r2
u(r,) f u(e) 2
R -2Rr.coa (8.p)+r
2 dO (OrER) (4.15)
nas quais
a .1
fo u(0),cos n9,do , (n
representa o interior do
circulo unitário do plano w sobre o círculo unitario do plano
z, e associa o ponto z = O ao ponto w =r.e i(P,Tem-se, ento:
1. (0) = L f r (6'*)d#
na qual z.= um ponto variável sobre circunferência.
1
a
Se w = e0 ed o ponto correspondente do plano w, resulta:
2%
f(r.e 1 P) = _ i_
t(e)d4i
21 o f
ou
43 97
u(r,cp) = f u(e1)dp
l-r 2
21E
u(r,(p) =i f(0) 2 dO
2it fO l-2rcos(8-)+r
Como é lícita a der1vaço em relação a r e cp sob o sinal
de 1ntegraço,
f(e) x(r,(p,e)de
o
onde 7. é o nu'cleo de Foisson:
l-r2 lLzP
l2r aos (p-e)+r It-zi
z = r.e 1 ; t = e 18
e A é o operador. de Laplace:
f(z) = = - 1z12 + 21
t-z It-z1 2 It-zi
= Re[t(z)] é, portanto, harmônica e a = o.
Fica assim demonstrado que (4.12) é funço harmn1ca. Ela
assume certos valores u(0) no cont6rno do circulo unitérlo, fi-
cando resolvido o problema se se mostrar que u(0) = f(0).
98 cap,IIÍ
c= f O X(r,(p;e)de, (e
- flf(e)_cl1e -f
ItO
(h)
-a-
2,t fIr(e) CIXd8 < f (1 - r2 )d0 (1- r 2 )
2M
m2 o p
Evidentemente, pode-se tomar kI bastante pequeno para que
1- r2 < para todos os pontos que lhe são internos Combi-
nando esta ceaiva1dade com (h),
Iu(r,q) - f(e)I < 2€
para todo ponto (r,cp) numa vizinhança ke suficientemente peque-
na de P, o que demonstra o teorema.
Outro metodo de resoluço do problema dos valores no con-
torno para o circulo unit&io, i dada pelo desenvolvimento
(4,21) de Fourier para uma funço harm6riioa. Suponha-se urna fu
ço f(6) contínua e com derivada geralmente regular em O < 0<
e com valores prefixados no cont6rno do cÍrculo unitario,
Ásirie
ao
u (r,cp) -+ r(a.cos ncp + b .sen n(p)
n=1
com
j- ff(0).cos nO dO . b = - ff(0).aen nO dO
271 o
(n=O,1, n)
e função harmônica regular no cÍrculo unitario, assumindo os vã
lores f(0) no contorno, Dois, sob as restrições acima, f(0) i
igual a sua serie de Fourier:
f(e) = u(1,p) = +
(a3 coa n + bn 0511
= i.lg(z-a)-i.lg(z-b),
tendo urna fonte de possança 27r em z = b e um sumidouro em
z = a, cujas linhas de fluxo 5a0
u = arn(z-.a) - am(z..b) oonst,
Evidentemente, u representa o ângulo subentendido pelo segmento
no ponto z, por conse-
uinte, as curvas u =
formam um feixe de círcu-
los por a e b. A figura
mostra o escoamento para
a,= 1 = -b, este caso po
de ser obtido do escoamen
to com urna fonte mediante
a transformação linear
=
z-b
que leva o sumidouro ao
infinito no p1an comple.
xo. A natureza do escoa-
mento na origem para a funço hz pode ser facilmente evidencia
da por ser
1
- . .m 1,..g
z+h
-ç
h-o
onde se pode supor h real. O escoamento dado por
0(z) = - lg ±_h
f(z) ll2tj_Zd
:É f n=l
(Z
n=1 r 2ir1 z
e sendo a ruriçgo integranda contínua em a, a integral de Cauohy
representa urna funço analÍtica em D.
A possibilidade da derivação termo a termo de uma sucesso
108 Cap.IV
e demonstrada, anaioainente, usando a representaço III (3,04)
de Cauchy para as derivadas.
an = (1.10a)
f(z) -a-
2'sti 0-z
Porem,
1 1 1
-z -Z0 0
E
1
-- o
1 r Z
O+(
z-z2
= 11+ - 0) +••.
0 L ]
por ser <1 no interior di O. Logo, a convergência da
o
serie e# uniforme num círculo interno a o, e será licito íntegra
la termo a termo, obtendo-se:
f(z) d=
O(?_z0)i'
= L_ (z-z0),
11 109
donde, pela III (3.04), resulta a série de Taylor de t(z) no
-ponto z_ -
W
ÇJK '(z )
f(z) = ° ( z - z )k
o
k=o
que converge uniformemente em qualquer círculo contido em C.
A representaço (1.11) de f(z) e' valida em todo ponto z
mala pr6ximo de z0
do que qualquer ponto do cont6rno. de D,poia,
pode-ao, evidentemente, escolher O como um oíroulo qualquer que
nao ultrapasse o contorno. Portanto, o ralo de convergência
no e' menor que a distância de z0
ao cont6rno,
Interessante observar que a se'rle (1.11) depende apenas
dos valores das derivadas em z0
; consequentemente, se a í'unçao
complexa for analítica num círculo, seus valores no círculo to-
do acham-se completamente determinados por seus valores na vlzl
nhança do centro. Ver-se-e, ainda, na parte relativa ao prolon
garnento analítico, que o comportamento local de uma função ana-
lítica e' suficiente para determinar seu comportamento nas re-
giões mais afastadas de seu campo de deflnlço.
Ainda mais: lima função analítica na vizinhança de um ponto
o acha-se completamente individualizada especificando-se seus
valores numa sucessao {zn} de pontos 5n Z, dos quais zo e'
ponto de acumulação, isto e', se duas fun96es analíticas f1'
f2() tiverem os mesmos valores nos pontos da sucessao {n} '
entao, fi(z) Para demonstre'-lo, põe-se
f1 (z) =
j=o '
a4(z-z )i ; f'2 (z) = b (z.z 0
j=oj
)
Por hipótese, ao
= (a-b)(z-z0 ) = 0
para todo n. Como as duas funçes ao supostas distintas no
se pode ter a j = b para todo J. Se r for o primeiro índice
para o qual a r * br ter-se-g:
f (a) = d r, - d
2itj ?-z 2,t1
1 2
À primeira integral pode ser desenvolvida numa série de potn-
elas positivas de (a-a 0 ), pelo mesmo método usado na obtenção
112 Cap.IV
da so;rie de Pavir
d = 0 a (z - z0 )fl
/ z onde
1 7 a d ___ d?
2i 77 (z)1
( zo)C )
em geral, distinto de
a serie convergindo uniform.emante ,a
uma função anairtica no interior de
ai , Na segunda integral efetua-as o
desenvolvimento de 1/(n-z) em potências de (n.z 0 )/(zz 0 ) ( pois
1 -z 0 I<Iz_z0 J ), pondo
1 1 1
0
=
1-z-z
- o
e utilizando o mesmo raciocínio para obter
CO
com
z3)T1d
= 2it1 C2
A nova serie convergira uniformemente no exterior de C.
Combinando os dois resultados, numa iínioa notaço, obtJm.se:
em que
(n inteiro) a= (1.22)
1. C
o
C podendo ser tomado como qualquer círculo entre C 1 e C2 (ou
qualquer outra curva eqüivalente para o caso), Se C tiver raio
P 1 e f(z) fr limitado sobre C, If(z)lM, ter-se-9 para todo
lan1. (123)
Consequentemente,
-a-- ,
f(z) dz a
2-itt c
O readuo em simplesmente o coeficiente de (z-.z 0 )'1
no desenvolvimento de Laurent.
EXERCÍCIcS
1) A funço f(z) e representada por uma série de potências
f(z) = a+ a1 z + a2 z2 +
que converge uniformemente para todo valor complexo de z. Mos-
trar que f(z) deve ser constante.
2) As funçea f(z) e g(z) t&n ambas polos em z0 de ordens is
e n, respeotivainente. Caracterizar o comportamento em z0 das
funç6ea
a) f(z)+g(z) ; b) f(z).g(z) ; o) f(z)/g(z)
3.) Se z0 for um ponto de acumu1aço de polos de um domínio
em que f(z) i regular no restante, mostrar que f(z) se torna a
bitrriamente pr6xiina de qualquer valor complexo em toda vizi-
nhançade z 00
2.2 Ï17
e
n
Jz -v g(z)
em que g'(z)/g(z) e' regular em z = v. O resíduo em z = v, pela
(1.24) 9 e' n. Analogamente, se f(z) tiver um polo em z = v, na
vizinhança de v,
f(z) = (z -)mh( Z )
V
_(f'(z) d Z
J f(z) "c' g()
em que C' é a curva imagem de C. Evidentemente, as raízes e poios de g()
internos a C' so os mesmos que os do f(s) externos a C.
118 Cap.IV
a integral no sentido oposto da' a diferença Ze e entre os mi-
meros Z5 e P5 de zeros e po].oá externos a J. Logo, Ze e
Em outras palavras, para uma função que não possua singularida-
de essencial no plano todo, o número de zeros e igual ao de p0-
109. Como se tem meios para contar os zeros e polos de urna fu
ço analítica, pode-se demonstrar o teorema fundamental da a'l-
gebra de maneira mais aatiafat6ria do que a do Capítulo III,
Pois, obter-se.i o numero total de raízes, isto e, provar-se-
que ürn polin&nio de grau n
f(z) = a0 + a1 z + •. + anz (a o)
tem exatamente n raízes ou zeros.
Com efeito, a ínica singularidade de f(z) e um polo de or-
dem n no w • Como o ntinero de raízes e o mesmo que o de polos,
o número de zeros de f(z) contados com sua multiplicidade g n.
A integral (2.21) tem um significado geomJtricointeressa
te. Sendo z2 , ,
f dz lg f(z2 ) - lg f(z 1 ), (2.22)
e lg ir i unfvooa, obte'm-se:
(2.23)
EXEROf CIOS
4) Mostrar que uma funço racional no constante assume todo
valor complexo exatamente tantas vezes quantos forem seus polos.
5) Seja f(z) regular numa região R limitada por uma curva
simples fechada O. Se f(z) tiver uma raiz simples ? no inte-
rior de O e f(z) 4: O na fronteira, demonstrar que a raiz da
da pela integral
dZ
f(z) [p00(z) +
( 1
j-j
= + + + (2.41) ...,
C 4
1 *J j
) pode diferir to pouco quanto se queira de uma
soma finita, existindo, em particular, um
4 j (Z) = cgi ) + 4i ) z + ... +
tal que
q j (z) <
em C.
A serie 1
{ p j ( _1 q,(z)} convergira para a funçao -
j=o j
) -
f(z) f LW d Z + R[f(lj)]
f(z) =
O
ffiz 27c i P Q0~ )
• sendo C um círculo contendo todos os z j . Pela (1,24),
P(z j )
Rf(zj)]
=
e f()O quiando o raio de C-oo LIII, (3.23)]. Consequente
mente,
= j1 (2.44)
2 1.1
v f+ + f_ = J»tootg it 22z2 dr.
II <1 21 z 1 lf _d ~
2
2.4 127
e tambem paraf L1. Mas + - IzI>IWn- Izi, e
I'HI < 2z
(1 - _)aj
e?1(
j
TI
j=o
(2.46)
(1-) ePn 11
n=j fl
lg sen ltz - = lg
=
Em qualquer regio finita, a serie converge uniformemente.
Assim, ela pode ser integrada termo a termo, tomando como extre
mos Oez: CO
senitz]Z 32)1Z
í lg = j=l
E lg(z2-
Z Jo lo
No,ponto = , tem uma sinu1aridade removível, de mo
do que se pode comp1eta-1a, tornando-a regular. Assim,
CO
sentz = V., , z2
ltz .,=1 j
donde se tira o produto infinito convergente:
2
senitz = ,tz , H ( 2,47)
(i- A
j=l j
fórmula descoberta por Euler. Pondo z = 1/2, obtém-se o conhe-
cido produto de Waflis:
00
2j.2j 2.2 4.4 6,8
jl T3iTt3+i - 3.5 5.7 ....
2 -
EXERCfCTOS
li) Demonstrar a exist&ncia de uma função inteira que assume
valores arbitrarios prefixados {f(z)} em qualquer sucesso 4z}
tendendo ao infinito.
12) Estender o teorema de Mittag-Leffler para uma funçp com
um numero infinito de polos, mas sem outras sinularidadea no
130 Cap.IV
interior do círculo z <1.
13) Representar as seguintes, funçea meromorfas na forma de
fraçoes parciais:
f(z) it tg •Jt•z,
f(z) = ir se 17C
= ir coseo ,tz
14) Representar a funço inteira ir coa ir z em produto infinj
te.
f(z) zno
n=l
convergente no interior de tal cÍrculo. Agora se p/q f6r qual-
quer fraço, para /
p,q
Z r. e2
tem-se
f(z) r + rr
= q
donde limf(z) =00. kfunço se torna ilimitada na vizinhança
r-i
de todc ponto fronteira. Portanto, a fronteira do cÍrculo uni-
tário e urna curva singular para a função, atravez da qual no
possÍvel qualquer extenso analÍtica. Essa curva e chamada
fronteira natural da fungo.
Se um elemento funço f 1 (z) em D1 foi estendido analítica-
mente por f2 em D2 , pode ser, anlotamente,possÍvel estender
por uma função f 3 em D3 . Uma sucesso de elementos funço, f 1 ,
diz-se formar uma cadeia se cada f e um prolonga-
mento analÍtico diréto da precedente. Generaliza-se ,a noo de
prolongamento analÍtico chamando dois elementos funço pro1ona
mento analÍtico um do outro, se puderem ser unidos por urna ca-
deira no sentido acima, O caso inicial de dois elementos fun-
ço com dom1nios no disjuntos será chamado um prolongamento a-
naIÍtico imediato.
lt conveniente, as vezes, falar em prolongamento analÍtico
segundo um arco ou curva. Se f(z) fr um elemento funço em D,
e C um arco que se estende fora de D, dz-se que f(z) J prolon-
gada ana1.ticamente segundo C, se se puder achar urna cadeia de
3.2 133
3.3 ..135
3.3 137
to funço em z 0 . Os dois prolongamentos sendo analíticos e di-
retos, devem coincidir onde tiverem uma parte comum no elemento
funço da vizinhança de z0 , Devem, pois, ser Idênticos na se-
gunda malha. Agora, a terceira juntamente com a segunda malha
jazem no interior dos elementos funço das vizinhanças de
z 11 , z 02 e z 12 ; consequentemente, os dois pro1onamentos devem
ser idênticos na terceira malha. Prossegue-se deste modo, e
num ninero finito de ap1icaçea do intodo, obtm-se dois prolon
gamentos que definem a mesma função na região limitada por C. e
a,; portanto, ambos os prolongamentos fornecem o mesmo valor em
z 1 . Pelo mesmo argumento resulta que 02,03,04,..., C 0' con
duzeru t6das ao mesmo valor em z 1 .
Finges analíticas ampliadas - Está-se em condição de de-
finir o conceito de funço analftica em sentido mais amplo.
Uma funço analítica ampliada J a totalidade de elementos
função obtidos por prolongamento analítico de dado elemento fu
ço, qualquer dos elementos funçio pode ser usado para a defini
ço. Pode-se demonstrar que o conjunto de pontos nos q.2aia exis
te a funçao analÇtica, sempre satisfaz às propriedades de um do
rnnio, no qual, em caso de plurivocidade, um par de um e mesmo
valor de z, com dois valores funcionais distintos, aio conside-
radõs pontos diversos. Evidentemente, urna noço apropriada de
"vizinhança de um ponto" deve ser lntt'oduzida, para que tal con
junto abstrato de pontos constitua um espaço. Nao se entrar em
anllse detalhada do conceito de domÇnio de urna função analftl-
ca, mas isto J o que se entende por superfície de Riemann.
Descoberta interessante neste sentido foi feita por Poin-
care e Volterra. Estabelece que uma função analítica f(z) num
ponto dado z assume, no máximo, urna infinidade numervel de va-
lores.
EXERfCIOS
15) A se'rie 2
'2
f(z) = (1+ z) 1 " = 1 +
f - -- +
representa uma funço elemento de (1+z)1'2 no cfrculo unit-
rio. Aplicando o mitodo de Weierstrase obter urna cadeia de cfr
cuba envolvendo z = -1 e mostrar que o elemento função Opos-
to
138 Oap.IV
J obtido na origem por prolongamento analÇtico ao redor de -1.
4 4
<am (z 1 -z 2 ) < 3jt e
e T e
Porem, usando novamente o teorema do valor inJdio, haverá um Po
to entre z e z s6bre C, que tem a direção am(z 1 -z 2 ), donde
o teorema.
Sejam C 19 02 as porçes do cfrcuio em D 1 ,D2 . O crcu10 i di
vidid.o por C eis dois subdom1nios cí'roulares R 1 e R2 que jaZaem
D1 e 1)2, respectivamente. Defina-se urna funço F(z) interna ao
circulo,, tal que
F(z) = f1 (z) em R 1 , F(z) = f2 (z) em
F(z) assumindo o valor comum na fronteira C. Evidentemente
F(z) e contínua no c1rcu1o. Basta provar que F(z) J analítica.
Pela formula integral de Cauchy, pode-se exprimir f1 (z) em
e f 2 (z) em R 2 pelas expresses:
1 ff1(t)
pf 2(t)
12 = f 2(z) = _ L_
27ci tz
onde as integrais são tomadas segundo as fronteiras dos respec-
tivos domínios. Consequentemente:
fF(z) para z.em R1 O para z em
11= O para zemR2 2 F(z)par zemR 2
ou = F(z) em R 1 LJ R 2
Ii +
Entretanto, como as integrais. são calculadas em sentidos
opostos sobre O, e t1 f 2 em O, tem-se, simplesmente:
140 Cap • IV
F(z) j dt
2,t ,iu,' tZ
12
(f1 (z) abre 01 em R1 )
para z em R, e e funçao continua.
= f2 (z s6bre em J
Assim, F(z) é analítica no círculo todo. Conclue-se serem f 1 e
f prolongamentos analitiàos um do outro.
Princípio da reflexo: Seja w =f(z) uma função analítica
de anum domínio D que tem um segmento de reta L em sua fron-
teira. Suponha-se, além disto, que f(a) seja contínua s8bre L
e represente L num segmento de reta é na fronteira da imagem
.9 de D. Seja D* o domínio obtido de D por reflexão em li, e
o domínio obtido refletindo .9 em ê. Se a f6r a imagem re
fletida de a em L, f*(z*) a imagem reflexa de f(a) em , en-
tao a função
f(z) para a em D
F(a)
lf*(z*) para a em D*
é analítica em
Esta proposição é fci1mente demonstrada. A representação
de D sobre â por f(z) é conforme, logo, também o é a represeti-
taço de D* sobre *por f*(z*),
1
ambas as funçes sendo contínuas e
assumindo os mesmos valores sobre
L. As oondiçSes do principio da
continuidade são satisfeitas, e
um prolongamento anali'ti-
f*(z*) f(z) co de f(z) no domínio refletido D.
o princípio de reflexão tam-
bém pode ser usado quando a fron-
teira do domínio contém um arco cÍroular que tem para imagem um
arco cÍrcular, caso em que o prolongamento é obtido por inver-
so em relação aos arcos de cÇrcuios.
Um teorema de reflexo anélogo aplica-se a9 funções harmô-
nicas: Se a f8r uma funçao harm8nica cujos valores fronteiras
se anulam s8bre uma reta L, a pode ser estendida harm6nlcamer-
te no domínio obtido por reflexão em L de seu domínio D, as—
sinal ando à imagem (x',y') do ponto (x,y), o valor
u(x,y),
3.5 141
Core efeito, sob tal hiphese, a funço analítica f(z) =
u + i.v a: imaginária pura sr5bre L, e pode-se-lhe aplicar o
princípio de reflexao Refletindo tal função no eixo imagina:-
rio, obta:m-se
f(z') = u(x',y') + i,v(x',y')' = -u(x,y) + i.v(x,y) (a)
Analogamente, se v fr função harm6nica cuja derivada nor-
mal se anula s6bre urna reta L. v pode ser estendida harxn6ntca-
mente por ref1exoem L, atribuindo no ponto imagem (x',y'), o
valor v(x',y') = v(x,y), pois, a função u(x,y) de que v con-
jugada, torna-se constante (1) s6bre L (pode-se admitir nula) e
ser-lhe-a aplicável a (a).
Como exemplo de aplicaço simples do princípio da refle-
xo, pode-se mostrar que se f(z) representar o interior do cír
culo unitário s&bre si mesmo, de maneira conforme biunÍvooa,
f(z) deve ser função linear (o que se deixa como exercício).
1g Z
dz
= , ar c s eri z = J dz
(l) Tomando L paralela ao eixo real 4 ;as* fato decorre imediatamente das e-'
quaçoes de Cauohy-Rieinarm. Do contrario, poder-se-ia facilmente mostrar que
as equaçoes de Cauchy-Rienarin eto invariantes por rotaçao, isto e, uVY
uy a -v se transformam em u5 U -v, onde e indica derivada na di-
reção a e ri na da respectiva normal. A normal orientada 4e modo Sue se
eixo x coincidir com e (inclusivo quanto ao sentido), ri será a porção posi-
tiva do eixo y.
142 Cap.IV
Invertendo a tíltima, obtem-se a função z = sen w , e, por
simples cornbinaçes a.ge#brioas, todas as outras funções trigono
mitrioas.
Para que semelhante representação convirja fou permaneça u-
ni'voca, e geralmente necess&io fazer alguma restriÇo es seu
domínio de definiço. Ocorre frequentemente que este domínio d
limitado por retas, segmentos de círculos, tendo imagens anlo-
gainente limitadas quando transformado por elemento funço. O
processo de reflexo se torna, então, um meio importante de es-
tender tais elementos função, quer indefinidamente, quer ate
suas fronteiras naturais, e de analizar e estudar as proprieda-
des das funçSea assim obtidas. Muitos tipos importantes de fun
çes podem ser estudados e construidos deste modo. Exemplificar
se-a, discutindo det,alhadarnente a função definida pela integral
1
1' dz 3
71 z
dt ( zt-l).
W = - -- +
35 143
Sendo imprprias as integrais escritas, subentende se que
as singularidades ± 1 so evitadas, integrando segundo a metade
superior de um pequeno cÇrcuio de raio p e centro .± 1, e consi
derando o limite quando p-+0. Ambas as integrais tornam-se P
ramente Imaginarias, logo, w jaz nas verticais por .± Jt/2. Sur-
ge, pore#m, ambiguidade quanta ao sinala ser tomado para Vi_t2 ,
e isto s6 pode ser estabelecido por uma anlise mais detalhada
do comportamento da funço na vizinhança dos pontos críticos.
Examinar-se-a o comportamento da funço
1 1 -
ii
na vizinhança de z = 1, onde se torna infinita. Excepto para
z = 1, w' (z) e unvoca e regular em todo o semi - plano suP!
nor. Isole-se z = 1 por um pequeno semi-ciroulo de raio p n
le situado; proourar-se-
a imagem no plano w'(z)
do percurso Oacb. Quando
z percorre Oa, w(z) des.
creve o eixo real positi-
vainente, de 1 a um certo
valor A. Como, em a, z paa
sa a se deslocar normal-
O
o o
mente a Os., o mesmo se da a b r A
ré; com w'(z) devido à re-
gularidade e conformidade para z = a. Quando z percorre c, o
ngu10 ç = am w'(z) muda cont3nuamente, resultando o incremento
B ., B , 8
amw'(z) am---- +am z
z=A zA zA
Pondo z-1 = peiO obtem-se:
- e
am (1-z)"''2
=zazn ( p e ) =
Como O diminue de it, p = ii/2. Por conseguinte, a Ima-
gem 8 de C jaz na parte positiva do eixo imaginario A confor-
midade em B mostra que w'(z) volta-se para baixo e, quando
percorre a parte positiva do eixo imaginario, voltando .
origem. Tem-se:
Im[w'(z)] >0 para z)l,
logo,
144 Cap.IV
t
Imw(t) =J1 Im[w'(t)Idt)O para 1t,z (real s)
três modtr:
vez 1, II ou III.
n
1 iii
- / Reflexio em II con-
duz ao semi-plano
1- +1
Im z<O, ligado à R
pelo bordo II. Is-
to ainda deixa os bordos 1 e III livres em ambos semi-planos, £
imagem refletida em II', conduz faixa tida
... 71/2<R(w)< 7(12 , (a)
Reflex ão sobre 1H duplica caseini-planos, introduzindo
mala uma folha completa s&bre o plano z, e duplica a faixa ima-
gem (a). Anlogamente para o restante bordo livre, II. Por tais
reflex6es alternadas, consegue-se recobrir uma vez o plano 'w to
do por faixas verticais de largura lt. A reflexo correspondeu
te no plano z conduz a uma superfície de Riemann com infinitas
folhas, cada uma das quais acha-se seccionada segundo o eixo re
al dos pontos de ramificação +1 e -1 ato; +c» e -co, respectiva-
mente, e e' representada por unia faixa vertical no plano W da
largura 2 lt. A função w = arcsen z se torna unívoca na super
í'í'cie de Riemann.
A estrutura desta superrfcie de Rlemann revela a periodici
dada da funçao inversa, pois os pontos w + 2n71 (n = O, 1
3.8 145
= fetet4t = r( )
o
À funçio r(z) assim definida e' analítica no semi- plano
R(z)> O e, evidentemente, satisfaz, ainda, a eqaçofunoiØna1
= zr(z). Afim de, se obter um prolongamento analítico
de r(z) no semi-plano R(z)(0, escreve-se a equação funcional
na forma:
(a)
1-1
O primeiro membro desta expressio e' definido e regular para
R() >1; o segundo membro, para R(1)> O, 4 1,, A relação (a)
3.7 147
fornece, pois, um prolongamento analítico de 1' (i- l) na faixa
O<R()<l. Pondo z = TJ - l, obtem -ae um prolongamento de r(z)
na faixa -l<R(z)<O. Reiteraçao deste processo estende a fun
ço a todos os valores de Z no semi-plano R(z)<O.. Se 1v for um
inteiro qualquer, a aplicaço repetida de (a) fornece:
(b)
( i-1)...(11 -1v)
expresso cujo segundo membro e regular e tem os polos simples
1 = 1 9 2,...,k. As mesmas propriedades subsistem, pois, para o
primeiro membro de (b), que estende T(z) à faixa -k<R(z)<O,
se se puzer z = 1-1v. V-ée que r(z) pode ser prolongada ana
l3ticamente a todo o semi-plano R(z)<O, e, como r(1) = O para
= 1,2,,.., F(z) tem os polos simples z =
Uma vez mostrada a possibilidade de estender a função gama
no semi-plano negativo, procurar-se-a uma frmula explícita que
defina a funço em seu domínio ampliado. & dificuldade com a
integral real -
(Ot.(oo)
F(Z)
que a funçao integranda
f et'dt
f(t,z) = ettZ = 5 -t+l)1gt
se torna infinita de ordem 1 na origem para z = O, causando a
divergência da integral. Porem, pode-se considerar t como para
metro complexo, afim de integrar segundo um contorno que no
passe pela origem. Para todo valor de z, t(t,z) e' regular no
plano t todo, excepto t = O, porém, e plurvoca devido ao loga-
ritmo que nela figura. Obtém-se um domínio simplesmente conexo
cortando o plano t segundo o eixo real de O ao c, e atribuindo
a lg t o valor principal lglti no bordo superior do corte.
Isso conduz ao valor
lg1 tJ + 271 i no bor-
do inferior, e torna
H(z) = j tf e _ e
y de raio r com centro na origem, unindo 1 a II. Tem-se, então:
(z_l)1gtt dt -
CO
(1_52Z)
J e _ttZ_ldt * J..ttz-1 dt
expresso valida para todo a. Mas, limitando-se aos valores de
a no semi-plano positivo, a segunda integral acima
zero, resultando 2ar Z)
tende a (J)
H(z) = (1e r(z) para R(z)>O.
Esta expresso permite aplicar o princípio geral da perma..
nncia da equaço funcional, o segundo membro estando definido
apenas para certos valores de a (R(z)>O), enquanto, o primeiro
membro existe para qualquer a. Logo, a expressão
r(z) = ( 3?2)
define r(z) em todo o plano, excepto noa zeros do, denominador,
isto e, nos pontos a = O, ± 1 9 .± 2,... Para valores inteiros
positivos de a, (3.72) perde seu significado, pois
f(t,a) = t 1e
e' regular na origem e o' numerador
=f tedt = O .
e portanto
=
r00 00
e_nt t Z.M.1 dt , R(z)>O
S(z)= dt
7
o
et''t lia [fett2dt
o e
+ 0 e 1
dt] ?(z) i'()
3.8 151
inteiro, e o desejado prolongamento da funço
Para se obter uma equaço funcional da função , far-se-a
aplicaço da teoria dos
readuos4 Integra - se --------------------
5(z) =
t dt =
e-1 dt
+ E R
k
fitk1±du
IIIeHt=
Ç du fM.du
)1
Wu2 k2 e'ee o k1 '1 e" =
M
f
z 1
dtç J-J-__± dt kX_l M 11k = 1114
5(z) = dt = (x<O)
onde
2t1 (21j)Z'l
Logo:
Mas,
ao Do
rz_l n(l.z) para R(Z)<O.
Por conseguinte:
itiz
5(z) = r(z) n (z)(1 _e 21t 7 ) (2t)7'•e2 (le') (l z)
0(z) = a TI (i+--)e/'r
(n inteiro, R(z)>O).
Integrando-a por partes n+ 1 vezes, obtem-se:
= ri n-1 1 =
fl a z+1 z+(n-1) )
o
- nz n
- z(z+1)...(z+n) .
âasirn,
zJ =
ria n,
iÇij ... (z+n)
Desta formula tira-se, imediatamente:
1
r(z)= um e lg ft (1+ L) =
j=1
164 Cap.IV
z[ign f a
].itn e = a (1+-r)e
fl-'CD j1
A expressao n
1
lgn -- -
.1=1 •
tende a limite finito C quando n-oo, chamado constante de E
• ler (cujo valor aproximado e' O = 0,5772...). Tem-se, pois:
1 ze TI (1 + --) e (3.91)
r(z)
convergente para todõ a, e que i a desejada representação. Com
parando com (a), deduz-se que h(z) = az
Do (3.91) ainda resulta:
CO z
r(-z)
= e'(..z) TI
n=1
(1.--) e,
o que da: 2
1 1 = 2 (1- Z) a. seniti
r(z)r(-z) T[
n=1 n
como r(l -z) = ..zr(-z), dai' se tira a re1aço funcional já ao
tihecida por Zuler,
r(z) p(i- z) , ( 3.92)
seu 7c z
liando a funço gama &e trionomitricas, Pondo a 1/2, obtem
se Imediatamente 'a expresso bem conhecida
r(l/2) Ir V
• Outra equaço funcional importante na teoria da funço ga-
ma e' a seguinte, devidaa Gauas: 1 p-1
= r(pz).p2 PZ()T
p• p
(p>0, inteiro) .
De (3.91) vem: CD
- lg r(z) = lg a + az +E [lg(1+})_
Derivando:
lg r(z) = +E 2=
1 2 (b)
da a n=1 (a +n) n=o (z +n)
dz
lg k (z) =
j=o n=o (z+ i +n)
2 = p2 E
jo no (pz+j+pn)
Como j+pn (j = O,l,...,pl, n = O,l,...00) fornece todos os
Inteiros e apenas urna vez, pode-se escrever:
lg k(z) 2 ÁL 2 -- l r(pz)
n) = p
Tem-se,, pois a
lg k(z) = lg r(pz) + lg a + z.lg b
OU, k(z) = r(pz),a,bZ ()
Para calcular a, basta fazer z = O na sua expreaso obtida
Je é o
pl P]-
r(pz)
a=[-'- r(pz) 1 o j=l
II P
p II r(J-)
P
p-1
TT r(l--)
Logo, pl p.1
a2 = f[ r(_) r(l_L) = = ( p)P1 ,(l)
j]. sen1
j=l
donde,
apT(2ir) 2