Universidade Federal de Viçosa

Departamento de Biologia Animal

Unidade de Ensino, Pesquisa e Extensão Piscicultura

Profa.: Ana Lúcia Salaro (salaro@ufv.br)

Monitora: Pollyanna Barros (pollyanna.barros@ufv.br )

REINO: Animalia

FILO: Chordata

SUBFILOS:
Urochordata, Cephalachordata e Vertebrata
 Tópicos a serem abordados em aula:
• Filo Chordata
•Definição
•Características exclusivas
•Características gerais
•Animais pertencentes ao filo
• Animais Agantha e Gnathostomata
• Surgimento da Mandíbulas
• Características gerais dos vertebrados
• Classificação Geral Filo Chordata, Subfilo Vertebrata
• Classificação Geral dos Condrichthyes
• Classificação Geral dos Osteichthyes
• Principais diferenças entre os peixes cartilaginoso e ósseo: aspectos
morfofisiológicos
• Principais aspectos externos
• Principais aspectos internos
 Qual a razão do nome Chordata
(Cordata)?

Chordata

Latim: Chorda (cordão)

Bastão dorsal flexível
Presente apenas nas fases
embrionárias dos vertebrados
(substituído total ou parcialmente
pela coluna vertebral)
Notocorda
Persistente nos anfioxos e lampreias Notocorda: grego: notos (dorso
(notocórdio ou cordão dorsal) “costas” )+ latim chorda: (corda):
corda-dorsal ou notocórdio
Estruturas “exclusivas” do Filo Chordata
Conhecidas por fendas Formado a partir da ectoderma e dá origem ao
faringianas (posição encontrada) sistema nervoso (Invertebrados de posição ventral)

cauda muscular
pós anal

Função: natação, mas pode também ser

utilizada para captura de objetos e fixação

Estruturas formadas no embrião ainda jovem, podendo

persistir, alterar-se ou desaparecer nos adultos
https://blogdoenem.com.br/biologia-filo-cordados-enem/; modificado por Salaro, A.L., 2019
 Demais características (estruturas) do Filo
Chordata
1. Triblásticos: três folhetos germinativos (ecto, meso e
endoderme)
2. Celomados: cavidade cheia de liquido que abriga os órgãos
internos
3. Metamerizatos (segmentados): anelídeos e artopodas
4. Deuterostômios
Quem (quais animais) pertence(m) ao Filo dos Cordados?

subfilos
craniatas

protocordados
Representantes
dos Agnathas
SURGIMENTO DAS MANDÍBULAS

Arco mandibular e hioide

Os demais estão relacionados principalmente à respiração: chamados de
branquiais.
 Características gerais dos vertebrados
1. Cordado
2. Endoesqueleto: cartilaginoso ou ósseo
3. Coluna vertebral surge no local da notocorda
4. Enterocelomáticos: celoma origina-se de evaginações do teto do intestino
primitivo (arquêntero), durante a formação do mesoderma
(ESQUIZOCELOMADOS: celoma origem esquizocélica das fendas animais)

5. Aparelho digestório completo (boca e ânus)

6. Simetria bilateral
7. Geralmente sexos separados: machos e fêmeas
8. Coração ventral

9. Sistema circulatório fechado

Podem ou não controlar a temperatura corpórea: ectotérmicos ou endotérmicos

10. Ocupam a água, a terra e o ar (qualquer ambiente)

 Classificação Geral do Filo Chordata, Subfilo Vertebrata

Chondrichthyes
Pisces “Condríctes”
“Peixes”
Vertebrata
Chordata (Euchordata ou
Craniata)
Osteichthyes
“Osteíctes”
Tetrápoda

Filo Subfilo Superclasse Classe

Classificação Geral dos Condrichthyes

Urochordata Selachii Squaliformes

Ou
Cephalochordata Elasmobranchii

Chordata
Chondrichthyes Rajiformes
Pisces
“Condríctes”

Vertebrata Holocephali
Chimeriformes

Filo Subfilo Superclasse Classe Subclasse Ordem

 Classificação Geral dos Osteichthyes
Acanthodii
“Acantodio”
Actinistia
(crossopterigio)
Sarcopterygii Condrostei
Osteichthyes “sacopterígio” Ordem
“Osteíctes”

Dipnóicos

Actinopterygii Holostei
“Actinopeterígio” Infraclasses
Neopterygii primitivos

Teleostei
Neopterygii (atuais)
Classe Subclasse
Relembrando: Cordados, Vertebrados, Aquáticos
(doce, salobra ou salgada) e Ectotérmicos
 1. Posição da boca

Cartilaginosos: ventral

Ósseos: maioria
frontal

Função da boca: aprisionar o alimento Fotos: Ana Lúcia Salaro

2. Forma do corpo
fusiforme: melhor
hidrodinâmico

redondos A forma do corpo do peixe

não esta relacionado ao
grupo de peixes que
pertence, mas sim, sua
posição na coluna de água.

Achatada: uma forma de camuflagem

Fotos: Ana Lúcia Salaro
 3. Nadadeiras
Sustentadas por raios ósseos ou cartilaginosos

Nome das nadadeiras dos peixes:

• Nadadeiras pares: peitorais e pélvicas ou ventrais

• Nadadeiras impares: dorsal, adiposa, caudal, e anal

 Nadadeiras

Peixes ósseos - A Peixes cartilaginosos - B

Nadadeira
caudal Nadadeira caudal
homocerca heterocerca

1ª. Dorsal e
2ª. dorsal

A B
 Nadadeira Caudal
Heterocerca: Peixes cartilaginosos
Homocerca: Peixes ósseos

Homocerca
4. Estrutura ou órgão copulador
estrutura que auxilia a cópula dos peixes
cartilaginosos

clasper

Reprodução interna: maioria dos

cartilaginosos
 gonopódio

Exceção entre os peixes ósseos: ordem

Ciprinodontiformes (macho com gonopódio) órgão
copulador

Reprodução externa: na maioria dos peixes

ósseos
Exceção: ordem Ciprinodontiformes (macho com
gonopódio) órgão copulador
 Reprodução
Ovulípara: fêmeas e machos lançam um número grande
de gametas na água, ocorrendo a fecundação nesse
ambiente (fecundação externa).

Vivípara: o embrião se desenvolve completamente dentro do

organismo da mãe, se alimentando e recebendo oxigênio
diretamente de fontes fisiológicas provenientes da mãe

Ovípara: são animais de fecundação interna ou externa, cujas

fêmeas liberam ovos de seus corpos. Dessa forma, os embriões
se desenvolvem no meio externo, dentro dos ovos, e se
alimentam de reservas nutritivas presentes nesse sistema.

Ovovivípara ovo permanece dentro do corpo materno até o fim do desenvolvimento

embrionário e posterior eclosão, liberando filhotes já formados. O ovo, além de outras
funções, exerce a função de nutrir o embrião durante este período
 4. Linha lateral

Sistema de órgãos encontrados em vertebrados aquáticos,

usado para detectar movimento, vibração e gradientes de
pressão na água circundante

Localização no peixe: Linha de poros que partem

geralmente da região branquial e vai até o pedúnculo da
nadadeira caudal

Papel fundamental: comportamento, predação e orientação

dos peixes

Em algumas espécies, os órgãos receptivos da linha lateral

foram modificados para funcionar como eletroreceptores
(órgãos usados ​para detectar impulsos elétricos)
Ampolas de Lorenzini: Tubarões
 5. Maioria com escamas, formadas de
queratina (proteína)

Principal função: proteção, funcionam como

uma “armadura” do peixe, que por natureza tem
uma pele macia e, portanto, com pouca defesa
para predadores e eventuais choques

Podem auxiliar na locomoção

Algumas espécies não apresentam escamas:

animais de couro ou pele ou com placas ósseas
 Principais escamas:

Peixes Cartilaginosos: Escamas

placóides

Peixes Ósseos: ganóides, cicloides ou

ctenóides
Escamas placóides: Peixes Cartilaginosos
 Escamas peixes ósseos

Ganóides

Ciclóides

Ctenoídes
1.Esqueleto interno

cartilaginoso

ósseo
2. Estômago: forma, tamanho e presença
varia de acordo com a espécie

Função: armazena temporariamente o

alimento e desempenha funções mecânicas
que auxiliam na trituração e início da
digestão dos alimentos.
3. Intestino: intestino curto e presença de válvula espiral
(Peixes cartilaginosos)

Peixes ósseos: aumento do tamanho do intestino ou presença de

cecos pilórico
 Intestino

Função: digestão e absorção

Também pode desempenhar funções

como: auxiliar na osmorregulação
ou na respiração
4. Brânquias (principal órgão respiratório). As brânquias podem ser
reduzidas em algumas espécies

Brânquias em contato com

o meio externo por meio
das fendas branquiais
PEIXES
CARTILAGINOSOS

Brânquias protegidas por

um estrutura chamada de
opérculo
PEIXES ÓSSEOS
Troca gasosa: processo de Hematose
Contra corrente:
fluxo de água em sentido contrario do fluxo sanguíneo
Composição e funções das brânquias
Rastros
branquiais Arco Rastros
Branquial branquiais

Filamentos
branquiais
Mecanismo de troca gasosa: tubarão

Maioria com 5 pares de brânquias

em cavidades únicas em contato
com o meio externo (ambiente)
pelas fendas branquiais
Mecanismo de troca gasosa: raia
Maioria com 5 pares de brânquias
em cavidades únicas em contato
com o meio externo (ambiente)
pelas fendas branquiais
espiráculo

Fendas branquiais
Mecanismo de troca gasosa: peixes ósseos

4 pares de brânquias em uma única

cavidade protegida por um
estrutura chamada de opérculo

opérculo
Arcos branquiais de um pique europeu (Esox lucius). Por usuário: Uwe Gille [GFDL (http://www.gnu.org/copyleft/fdl.html), CC-BY-
SA-3.0 (http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/) ou CC BY-SA 2.5 (https://creativecommons.org/licenses/by-sa/2.5)], do
Wikimedia Commons
 5. Bexiga natatória: órgão hidrostático
ausente na maioria dos peixes
cartilaginoso

“Saco” de paredes flexíveis e impermeáveis aos

gases que ocupa a região dorsal do corpo
dos peixes ósseos

Principal função: Flutuação, facilita o nado e a

permanência do peixe a uma determinada
profundidade
Estratégias dos peixes para não afundarem (possuem densidade
maior do que a da água):

Peixes cartilaginosos: fígado desenvolvido e com grande

quantidade de gordura

Peixes ósseos: bexiga natatória (órgão hidrostático que permite

que o peixe nade para o fundo e para a superfície)
6. Rins e produtos nitrogenados:

Principal produto nitrogenado: amônia; podendo excretar ureia

(cartilaginosos)

Obs.: A maior parte dos produtos nitrogenados

dos peixes são eliminados via brânquias e não
pelos rins
7. Sistema circulatório:
Circulação é fechada, simples e completa: Coração com duas
câmaras (átrio e ventrículo: passa apenas sangue venoso)