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Filo

Cordata

Prof. Doutor Carlos Miguez

1. Classificação Biologia, Evolução e Diversidade I

Filo Chordata (Cordados)

Subfilo Urochordata (Urocordados) (=Tunicata ou Tunicatos* ) Protocordados


(invertebrados
cordados)
Subfilo Cephalochordata (Cefalocordados)

Subfilo Vertebrata (Vertebrados) (=Craniata*)

Superclasse Agnatha (Agnatas - sem maxilas)


Aulas

Ex. Enguias de casulo (Cl. Myxini) e Lampreias (Cl. Cephalaspidomorphi)

Superclasse Gnathostomata (Gnatóstomos - com maxilas) Vertebrados


(notocorda
Cl. Chondrichthyes (peixes cartilagíneos) substituída
Cl. Actinopterygii (peixes ósseos de barbatanas com raios) por coluna
Cl. Sarcopterygii (peixes ósseos com barbatanas lobosas) vertebral)

Cl. Amphibia (anfíbios)


Cl. Reptilia (répteis)
Cl. Aves (aves)
Cl. Mammalia (mamíferos)

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2. Cordados – 5 características gerais Biologia, Evolução e Diversidade I

Em pelo menos algum momento do ciclo de vida existe:

Notocorda. Estrutura cilíndrica flexível de matriz gelatinosa e envolvida por tecido conjuntivo fibroso que serve de
suporte axial da musculatura, sendo a primeira parte do endoesqueleto a aparecer no embrião. Na maioria dos
protocordados e agnatas a notocorda persiste toda a vida. Nos restantes vertebrados a notocorda é substituída por
vértebras cartilaginosas ou ósseas, embora possa haver vestígios da notocorda entre ou dentro das vértebras. Como
nem todos os vertebrados têm vértebras (ex. Myxini e Cephalaspidomorphi), Craniata pode ser um termo mais
apropriado para o sub-filo “Vertebrata” porque todos têm crânio.

Cordão nervoso tubular dorsal – Contrariamente a outros invertebrados este cordão único é dorsal ao tubo
digestivo e é tubular. A terminação anterior é dilatada nos vertebrados para formar o encéfalo. Nos vertebrados o cordão
nervoso passa através dos arcos neurais das vértebras que o protegem e o encéfalo é envolvido por um crânio ósseo
ou cartilaginoso.

Fendas e bolsas faríngeas – Fendas na cavidade faríngea e que se desenvolveram inicialmente para a
alimentação por filtração, que ainda ocorre nos protocordados, onde uma corrente de água gerada por cílios entra na
boca e sai pelas fendas, sendo as partículas de alimento captadas num muco. Posteriormente, os peixes
desenvolveram brânquias internas e a corrente de água passou a ser gerada por acção muscular (contracção e
expansão da cavidade faríngea), convertendo as fendas para uma função respiratória. Nos vertebrados tetrápodes as
bolsas faríngeas (em vez de fendas) originam diferentes estruturas (tubo de Eustáquio, cavidade do ouvido médio, etc.).

Endóstilo/Gl. Tiróide – O endóstilo existe na base da faringe dos cordados primitivos e participa na alimentação ao
segregar muco que aprisiona as partículas de alimento (ver acima). Algumas células do endóstilo segregam proteínas
iodadas, homólogas às da glândula tiróide das lampreias adultas e dos restantes vertebrados.

Cauda pós-anal – É utilizada, com o auxílio da musculatura somática e notocorda flexível, na motilidade das larvas
dos urocordados e no anfioxo, tendo-se desenvolvido para propulsão na água. A sua eficiência é melhorada nos peixes
com a adição de barbatanas. Esta cauda é vestigial nos Humanos (coxis) mas mais desenvolvida noutros mamíferos.

2. Cordados – 5 características gerais Biologia, Evolução e Diversidade I

Cordão nervoso tubular dorsal

Notocorda

Fendas faríngeas Endóstilo Cauda pós-anal

Adaptado de Hickman et al., 2006

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3. Ontogenia-Filogenia Biologia, Evolução e (Bio)Diversidade I

As bolsas faríngeas derivam do tubo digestivo e aparecem nos estados embrionários iniciais de todos os
vertebrados. Nos peixes transformam-se em brânquias e funcionam como orgãos respiratórios mas nos vertebrados
terrestres perderam essa função: o 1º arco branquial forma os maxilares superior e inferior e o ouvido interno, os 2º, 3º e
4º bolsas faríngeas formam as amígdalas, gl. paratiróide e timo.

Adaptado de Hickman et al., 2006

4. Urocordados Biologia, Evolução e Diversidade I

Subfilo Urochordata (Urocordados) (=Tunicata ou Tunicatos* )

O nome “Tunicado” é sugerido pela “túnica” endurecida que envolve o animal. Na maioria das
espécies só a larva é que apresenta as principais características dos cordados. Durante a
metamorfose para o estado adulto a notocorda - que nas larvas se restringe à cauda, razão por que
se chamam uro (cauda) + cordados - e a cauda desaparecem e o cordão nervoso fica reduzido a um
gânglio. No adulto apenas se mantém o endóstilo e as fendas faríngeas.

Notocorda
Cauda
Cordão nervoso

Coração
Notocorda
em
degeneração
Átrio

Fenda
Larva nadadora faríngea
livre

Endóstilo

Fixação – metamorfose inicial Metamorfose final Adulto

Adaptado de Hickman et al., 2006

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4. Urocordados Biologia, Evolução e (Bio)Diversidade I

5. Cefalocordados Biologia, Evolução e Diversidade I

Subfilo Cephalochordata (Cefalocordados)


Tem as 5 características distintivas dos cordados numa forma simples. Uma corrente de água gerada
por cílios entra na boca e sai pelas fendas faringeas, sendo as partículas de alimento captadas num
muco. Este é transferido por cílios para o intestino; aqui as partículas mais pequenas são separadas
do muco e passam para um ceco hepático onde são fagocitadas e digeridas intracelularmente. Tal
como nos urocordados, a água filtrada passa para o átrio e deixa o corpo através do poro do átrio,
equivalente ao sifão exalante dos urocordados.

Cordão nervoso
dorsal Notocorda Barbatana dorsal Barbatana
Rostro Miómero caudal

Região Ceco Barbatana Ânus


oral com Fendas Poro
Endóstilo Gónada hepático do ventral
faríngeas
cirros
átrio Intestino
Adaptado de Hickman et al., 2006

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5. Cefalocordados Biologia, Evolução e Diversidade I

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