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04/12/15

An*bios

Prof. Doutor Carlos Miguez – Dep. Biologia, Universidade de Aveiro

1. Classificação Biologia, Evolução e (Bio)Diversidade I

Filo Chordata (Cordados)

Subfilo Urochordata (Urocordados) (=Tunicata ou Tunicatos* ) Protocordados


(invertebrados
cordados)
Subfilo Cephalochordata (Cefalocordados)

Subfilo Vertebrata (Vertebrados) (=Craniata*)

Superclasse Agnatha (Agnatas - sem maxilas)


Aulas

Ex. Enguias de casulo (Cl. Myxini) e Lampreias (Cl. Cephalaspidomorphi)

Superclasse Gnathostomata (Gnatóstomos - com maxilas) Vertebrados


(notocorda
Cl. Chondrichthyes (peixes carQlagíneos) subsQtuída
Cl. Ac6nopterygii (peixes ósseos de barbatanas com raios) por vértebras)
Cl. Sarcopterygii (peixes ósseos com barbatanas lobosas)

Cl. Amphibia (an*bios)


Cl. Rep6lia (répteis)
Cl. Aves (aves)
Cl. Mammalia (mamíferos)

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1. Diversidade Biologia, Evolução e (Bio)Diversidade I

1. Classificação Biologia, Evolução e (Bio)Diversidade I

Filo Chordata (Cordados)


Cl. Amphibia (an*bios) – >5400 espécies.

LaQm: anfi (=dupla) e bios (=vida) Fase aquáQca e terrestre no ciclo de vida

Fase larvar geralmente no meio aquáQco e, após metamorfose, a maior parte das espécies
passa a ter uma vida terrestre, embora dependa ainda da água para se reproduzir. Estão
por isso condicionados à proximidade de zonas húmidas: charcos, lagoas, tanques,
ribeiros, etc. São ectotérmicos com baixa taxa metabólica.
TAXONOMIA: 3 ordens

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Ordem Anura (Anuros) Ordem Urodela (Urodelos) Ordem Gymnophiona (Ápodes)


Gr. “Sem Cauda” Gr. “Cauda Evidente” Gr. “Serpente Nua”

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1. Classificação Biologia, Evolução e (Bio)Diversidade I

Filo Chordata (Cordados)


Cl. Amphibia (an*bios) – >5400 espécies.

(florestas tropicais da América do Sul, África e


Sudeste da Ásia).

1. Classificação Biologia, Evolução e (Bio)Diversidade I

Ordem Anura (Anuros)

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1. Classificação Biologia, Evolução e (Bio)Diversidade I

Ordem Anura (Anuros): Gr. “sem cauda”

• Cabeça e tronco fundidos


• Sem cauda no estado adulto
• Dois pares de membros (post. mais desenv.)
• 6-10 vértebras incluindo urosQlo (coxis)

Rã Sapo Rela

1. Ordem Anura Biologia, Evolução e (Bio)Diversidade I

• O seu modo de reprodução aquática e a sua pele permeável à água impedem que
se afastem muito de fontes de água e a sua ectotermia impede-os de conquistarem
habitats polares e sub-árticos (com excepções). Uns estão sempre junto da água
outros são terrestres e só regressam à água durante a reprodução.
• Como são ectotérmicos, alimentam-se crescem e reproduzem-se durante as
estações mais favoráveis do ano.
• Com o início da reprodução, os machos chegam aos lagos primeiro que as fêmeas
e cantam para atrair as fêmeas Quando os ovócitos estão maturos, as fêmeas
entram na água e os machos abraçam-nas formando o amplexo, no qual os
ovócitos são fertilizados externamente (à medida que a fêmea liberta os ovócitos o
macho lança o esperma sobre eles). Após fertilização, as camadas gelatinosas dos
ovos absorvem água e incham. Os ovos são dispostos em grande massas,
geralmente ancorados à vegetação. Da eclosão surge um girino com 3 pares de
brânquias externas que mais tarde se tornam internas e ficam cobertas por uma
prega da pele de cada lado (opérculos). O opérculo esquerdo é perfurado
(espiráculo) e é por onde a água sai depois de entrar pela boca e passar pelas
brânquias.
• Os girinos têm uma cauda comprimida, brânquias, sem membros, maxilas
queratinizadas para raspar vegetação de objectos duros (herbívoros - excepção
para girinos de alguns sapos que são carnívoros). Atrás da boca existem discos
ventrais adesivos para se agarrarem a objectos.

hjp://www.whitewolfpack.com/2013/09/arcQc-frogs-come-back-to-life-aner.html

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1. Ordem Anura – Exemplo de um ciclo de vida Biologia, Evolução e (Bio)Diversidade I

Rã sexualmente matura ao
Cauda diminui por absorção, 3º ano de vida (dep. da sp.)
metamorfose quase completa

membros posteriores e
depois membros anteriores. Amplexo. FerQlização
externa.

Prega de pele cresce sobre a


brânquia ext, a água sai Ovos envolvidos por
pelo espiráculo. envólucros gelaQnosos.

Girino começa a
alimentar-se de Embrião nutrido Clivagem
algas. pelo vitelo

1. Ordem Anura Biologia, Evolução e (Bio)Diversidade I

Amplexo

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1. Ordem Anura Biologia, Evolução e (Bio)Diversidade I

1. Ordem Anura Biologia, Evolução e (Bio)Diversidade I

Os membros posteriores aparecem 1º durante a metamorfose, enquanto os anteriores


ficam temporariamente escondidos pelos opérculos. A cauda é absorvida. Os pulmões
desenvolvem-se e a as brânquias são absorvidas. A metamorfose pode completar-se
ao fim de 3 meses ou 2-3 anos, dependendo da espécie.

Morfologia de um anuro
Olho (pupila)
Gl. paróQdas

Cabeça
Narina

Tímpano Tronco

Membros
anteriores
Membro
posterior
Membrana Tubérculo
interdigital metatarsal

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1. Ordem Anura Biologia, Evolução e (Bio)Diversidade I

Respiração e vocalização
• Respiração em ar: cutânea (pele), bucal (boca) e
pulmões.
• O ar é forçado para os pulmões – respiração por
pressão positiva (contrasta com pressão negativa
dos amniotas).

• Machos e fêmeas têm cordas vocais mas são mais


desenvolvidas nos machos – localizadas na laringe.
O som é produzido pela passagem do ar para a
frente e para trás nas cordas vocais localizadas
entre os pulmões e um par de sacos vocais na base
da boca. Os sacos vocais tb servem como cxs de
ressonância nos machos.

1. Classificação Biologia, Evolução e (Bio)Diversidade I

Ordem Urodela (Urodelos)

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1. ORDEM URODELA Biologia, Evolução e (Bio)Diversidade I

Ordem Urodela (Urodelos): Gr. “cauda evidente”

• Corpo com cabeça, tronco e cauda bem desenvolvida no estado adulto


• Geralmente 2 pares de membros pequenos e do mesmo tamanho, mas podem
ser rudimentares ou ausentes. Geralmente os membros fazem 90° com o corpo.
• 10-60 vértebras

Tritões Salamandras

1. Ordem Urodela Biologia, Evolução e (Bio)Diversidade I

Reprodução dos Urodelos

• Geralmente ferQlização interna : quer em spp aquáQcas ou terrestres a fêmea


coloca na sua cloaca um “pacote” de esperma – espermatóforo – depositado
pelo macho numa folha ou ramo (por ex.).

• A deposição dos ovos depende do Qpo de vida: aquáQco ou terrestre. Spp


aquáQcas depositam massas de ovos pegajosas na água, eclodindo larvas com
brânquias externas e uma cauda com forma de barbatana.

hjp://www.flickr.com/photos/41785701@N00/4431159738

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1. Ordem Urodela Biologia, Evolução e (Bio)Diversidade I

Ciclo de vida de um urodelo


Protuberâncias costais
Gl. paróQdas

Dedos Cloaca
Adulto terrestre
Larva com brânquias e membros
totalmente desenvolvidos

Ovo

Larva
Larva com brânquias em
desenvolvimento, membros
anteriores e protuberâncias dos
membros posteriores

1. Ordem Urodela Biologia, Evolução e (Bio)Diversidade I

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1. Ordem Urodela Biologia, Evolução e (Bio)Diversidade I

Reprodução dos Urodelos

• As spp terrestres têm desenvolvimento directo e depositam os


ovos em pequenos cachos debaixo de troncos ou em buracos
escavados em terra húmida.

1. Ordem Urodela Biologia, Evolução e (Bio)Diversidade I

Respiração dos Urodelos – diversas estratégias

• Têm uma rede vascular extensa na pele que permite a troca de gases (O2 e CO2)
• Podem ter brânquias externas, pulmões, ambos ou nenhum deles.
• Se há larva aquáQca ela nasce com brânquias mas perde-as após metamorfose,
tornando-se os pulmões o principal orgão respiratório.
• Algumas spp não completam a metamorfose e retêm as brânquias e a cauda
com barbatana toda a vida.
• Excepcionalmente algumas formas terrestres não têm pulmões e algumas
formas aquáQcas não têm brânquias.

hjp://www.flickr.com/photos/41785701@N00/4431159738

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1. Ordem Urodela- Pedomorfose Biologia, Evolução e (Bio)Diversidade I

Pedomorfose – (Gr. “forma criança”) ocorre em alguns urodelos em que as


características das larvas são mantidas nos adultos maturos. Nalgumas spp não há
metamorfose, mantendo-se as brânquias externas após a maturação.

1. Ordem Urodela - Pedomorfose Biologia, Evolução e (Bio)Diversidade I

Algumas spp só se metamorfizam sob determinadas condições ambientais – os


espécimes com brânquias designam-se por axolóteles. Vivem em pequenos charcos.
Quando estes secam, os axolóteles metamorfizam-se para uma forma terrestre, com
perda das brânquias e passando a respirar por pulmões, partindo em busca de um
novo charco para se reproduzir.

hjp://www.axolotl.org

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1. Classificação Biologia, Evolução e (Bio)Diversidade I

Ordem Gymnophiona (Ápodes)

1. Classificação Biologia, Evolução e (Bio)Diversidade I

Ordem Gymnophiona (Ápodes): Gr. “serpente nua”

• Corpo alongado
• Escamas mesodermicas presentes na pele de algumas spp.
• Membros ausentes
• Cauda curta ou ausente
• 95-285 vértebras
• Regiões tropicais – não ocorre nenhuma na Europa

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1. AnWbios Biologia, Evolução e (Bio)Diversidade I

Pele

A pele de uma rã é fina, húmida e nua (sem escamas). É composta por epiderme
estratificada e derme esponjosa. A última camada de cél. epidérmicas contém depósitos de
queratina (proteína fibrosa que oferece protecção contra a abrasão e dessecação) embora
esta queratina dos anfíbios seja flexível. Anfíbios mais terrestres – ex. sapos – têm
depósitos maiores de queratina. Pele permite: respiração, regulação hídrica e protecção.
Existem 2 tipos de glândulas que crescem nos tecidos laxos da derme: glândulas mucosas
pequenas que segregam um muco protector impermeabilizante na superfície da pele;
grandes glândulas granulares serosas que produzem uma substância muito irritante ou
tóxica para potenciais predadores.
Glândula granular
Cromatóforo venenosa Glândula mucosa

Epiderme

Derme

Músculo

1. Ordem Anura Biologia, Evolução e (Bio)Diversidade I

hjp://www.masterfile.com/stock-photography/image/848-02805363/Embera-Choco-people-use-a-disQncQve-kind-of-blowgun-and-secreQon-from-Golden-Poison-Dart-Frog-(Phyllobates

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1. Ordem Anura Biologia, Evolução e (Bio)Diversidade I

Coloração
Cromatóforos: estas células não contraem ou
expandem, são antes correntes do citoplasma que
carregam grânulos de pigmento para as extensões
da célula para máximo efeito de cor, ou para o centro
para menor efeito – por acção de estimulação
luminosa através da hormona pituitária. Também é
muito importante a reflexão da luz pelos “nano-
espelhos” existentes nos iridóforos, sendo a
combinação destes com os outros cromatóforos
essencial (combinação de efeitos) para as cores dos
anfíbios. A - Pigmento disperso B – Pigmento concentrado

Xantóforos - contêm pigmentos


amarelos, cor de laranja, ou vermelho

Iridóforos - contêm um pigmento


prateado reflector da luz

Melanóforos - contêm melanina preta


ou castanha.

1. Diversidade Biologia, Evolução e (Bio)Diversidade I

Nota: Os comprimentos referem-se ao comprimento total do corpo (com cauda, se exisQr)

Almeida, N.F., Almeida, P.F., Gonçalves, H., Sequeira, F., Teixeira, J. & Almeida, F.F. (2001) Guia FAPAS
AnWbios e Répteis de Portugal. FAPAS. Porto. 249pp.

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1. Diversidade Biologia, Evolução e (Bio)Diversidade I

17 Spp. Salamandra de pintas amarelas – Salamandra salamandra

1. Diversidade Biologia, Evolução e (Bio)Diversidade I

IdenQficação

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1. Diversidade Biologia, Evolução e (Bio)Diversidade I

…..

…..
…..
Glândulas Membrana Membrana
paróQdas dorsal caudal

Dedos Cloaca
Protuberâncias Membranas
costais interdigitais
……. Filamento caudal

1. Diversidade Biologia, Evolução e (Bio)Diversidade I

…..
…..

Pupila Prega
…..
dorso-lateral

Tímpano

Tubérculo
metatarsal

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1. Diversidade Biologia, Evolução e (Bio)Diversidade I

Urodelos
1 Anuros

2 2
Tritões Relas
Salamandras

patas espalmadas
comum
costelas salientes
Rãs Sapos
pintas amarelas
ventre laranja

meridional
lusitânica
marmorado

1. Diversidade Biologia, Evolução e (Bio)Diversidade I

Desenhos não estão à escala


3

Sapo de unha negra T não visível


MI (MP) pc des
Membros e dedos Membros e dedos GP não visíveis GP grandes
delgados e compridos robustos e curtos Pele lisa Pele rugosa

Rã de focinho
Dorso verde Iris acobreoada
ponQagudo
GP oblíquas
...2 tubérculos ...3 tubérculos
palmares palmares
Sapinhos de verrugas
verdes
Rã verde
Iris verde
Dorso castanho/cinzento
Sapo parteiro Sapo parteiro GP paralelas
ibérico comum
Banda
Pós-ocular

Rã ibérica

..

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