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UNIVERSIDAD DE PAMPLONA

FACULTAD DE CIENCIAS AGRARIAS


PROGRAMA DE ZOOTECNIA

ALIMENTO NATURAL
“ROTÍFEROS Y CLADOCEROS”

Camilo Ernesto Guerrero Alvarado


Zootecnista, Ph.D. en Acuicultura

Villa del Rosario, 26 de octubre del 2023


ROTÍFEROS

Os rotífera (L. rota, + fera,


aqueles que possuem) têm seu nome
derivado da coroa ciliada característica
que, ao bater, freqüentemente dá a
impressão de rodas girando.
O tamanho dos rotíferos varia
de 40 m a 3 mm de comprimento,
mas a maioria mede entre 100 e 500
m.
Estes organismos habitam os
mais diferentes tipos de ambientes
aquáticos e os mais diferentes hábitats
de um lago.
Os verdadeiramente
planctônicos pertencem a um pequeno
número de famílias da Classe
Monogononta.

Stephanoceros
Os rotíferos são um grupo cosmopolita
de cerca de 1.800 espécies.

A maioria das espécies é habitante de


água doce, algumas marinhas e algumas são
epizóicas (vivem sobre o corpo de outro animal).

A grande maioria das espécies é


bentônica, vivendo no fundo ou na vegetação de
lagoas ou a longo das costas dos lagos de água
doce onde eles nadam ou rastejam sobre a
vegetação.

As formas pelágicas (Asplanchna)


podem exibir ciclomorfose (variações na forma
do corpo que são resultados das mudanças
sazonais ou nutricionais).
Rotíferos – Keratella (1,3), Brachionus (2, 4-7), Asplanchna (8),
Filina e (9) Synchaeta (10)
Uma das principais características dos
rotíferos é a parecença do mástax e da coroa.

A coroa ou coroa ciliar, tem como


principal função a locomoção e também auxilia a
captura do alimento através do fluxo de água que
promove.

O mástax atua na captura de alimento e


como câmara trituradora.

Hexarthra sp.

Microcodon sp.
Philodina
Brachionus sp.
Bandas musculares no rotífero
Rotaria (Bdelloidea).
Rotífera

Pulchritia dorsicornuta Ptygura pilula

Brachionus quadridentatus
Rotífera

Keratella cochlearis
Rotífera

Asplanchna
Rotífera

Brachionus Collothecasm
Rotífera

Carchesium Conochilus
Rotífera

Euchlanis Keratella
Rotífera

Kellicottia Lecane
Rotífera

Philodina Testudinella
CLASSIFICAÇÃO DO FILO ROTÍFERA

➢ Classe Seisonidea: marinhos, um único gênero (Seison) com duas espécies.


Machos e fêmeas. Epizóicos das brânquias de um
crustáceo (Nebalia).

➢ Classe Bdelloidea: machos desconhecidos, estritamente partenogenéticos.


Exemplos: Philodina e Rotaria.

➢ Classe Monogononta: machos de tamanho reduzido, fêmeas com um único


germovitelário. Alguns sésseis. Ovos de três tipos
(amícticos, mícticos e dormentes). Exemplos:
Asplanchna, Keratella, Brachionus, Filipina,
Ptygura, Conochiloides, Anuraeopsis e Hexarthra.
Reprodução dos rotíferos

Os rotíferos são dióicos e, na maioria dos casos, se observa


dimorfismo sexual. Os machos são pequenos e com certas estruturas
degeneradas.

Estes organismos reproduzem-se geralmente por


partenogênese (reprodução assexuada) e através deste mecanismo de
reprodução muitas gerações podem ser produzidas.

Apresentam alta variabilidade fenotípica devida à reprodução


sexuada e à reprodução partenogenética (garantindo uma alta taxa de
mutação).

Partenogênese: (do grego parthenos = virgem + do latim a partir do grego genesis


= origem). Reprodução unissexuada envolvendo a produção de jovens por fêmeas
não fertilizadas por machos; comum em rotíferos, cladóceros, afídeos “pulgões”,
abelhas, formigas e vespas. Um ovo partenogenético pode ser diplóide ou haplóide.
✓ Ovos amícticos: são produzidos por fêmeas diplóides durante a
maior parte do ano. Estes ovos desenvolvem-se partenogeneticamente
em fêmeas diplóides amícticas.

✓ Ovos mícticos: são produzidos por fêmeas diplóides quando há


mudanças nos fatores ambientais: adensamento da população, dieta
ou fotoperíodo. Estes ovos desenvolvem-se partenogeneticamente em
fêmeas diplóides mícticas, que produziram ovos haplóides mícticos.

Se estes ovos não forem fertilizados, eles desenvolverão em


machos haplóides.

Mas se os ovos forem fertilizados, estes desenvolvem uma


casca grossa e resistente e se tornam dormentes.

Os ovos dormentes sobrevivem durante todo o inverno ou até


que as condições ambientais sejam favoráveis, quando eclodirão
novamente fêmeas diplóides.
Em resposta a um determinado
estimulo, as fêmeas começam a produzir
óvulos haplóides (N).

Se os óvulos haplóides não forem


fertilizados, eles eclodem como machos
haplóides.

Os machos provêem o
espermatozóide para fertilizar outros óvulos
haplóides, os quais então se desenvolvem
em ovos dormentes diplóides (2N) que
podem resistir os rigores do inverno.

Quando as condições voltam a ser


adequadas, os ovos dormentes retornam seu
desenvolvimento e há eclosão de uma
fêmea.

Classe Monogononta
Habito alimentar

Os rotíferos apresentam os mais diferentes hábitos


alimentares, variando de onívoros, carnívoros (canibais), a
herbívoros. Geralmente as espécies carnívoras e herbívoras são
também onívoras.
Trituração e Esmagamento

Tipos de obtenção do alimento

✓ Redemoinho: típico de onívoros


✓ Fórceps: espécies carnívoras Tipos de mástax

(Asplanchna priodonta)
✓ Sugador: tanto em espécies
carnívoras como em herbívoras.

Tipo Pinça – Agarrar presa


Aspectos Ecológicos

Entres os rotíferos, é freqüente observar-se grande


variação de tamanho e formas dentro de uma espécie.

A causa deste fenômeno é conhecida como ciclomorfose


(Keratella e Brachionus).

Os fatores ambientais indutores da ciclomorfose são:


temperatura e predação.

Em Keratella  temperaturas (desenvolvimento lento e


maior tamanho) e  temperaturas (desenvolvimento mais rápido e
menor porte) – Explicado pela cinética enzimática.

Espécies do gênero Brachionus, apresentam crescimento


de grandes espinhos caudais (que dificultam a predação) quando
há presença de predadores (Asplanchna sp.)
Aspectos Ecológicos

Matsumura-Tundisi & Tundisi (1976) encontraram que a


abundância de rotíferos no zooplâncton total na represa do Lobo –
SP (reservatório oligotrófico), se encontrava por volta de 78%.

A distribuição heterogênea tanto horizontal como vertical


dos rotíferos ao longo da coluna d’água, é devida principalmente
ao fotoperíodo (migração vertical). Além de outros fatores:
disponibilidade de alimento, concentração de oxigênio e
temperatura.

Embora os rotíferos possam ter biomassa menor do que os


cladóceros e copépodos, sua importância na produtividade total
não deve ser subestimada ( taxa de renovação).

Em termos de peso seco a biomassa dos rotíferos compõe-se de 40% PB, 40%
ENN, 15% EE e 5% de cinzas (alimento fundamental nos estágios larvais dos
peixes).
UNIVERSIDAD DE PAMPLONA
FACULTAD DE CIENCIAS AGRARIAS
PROGRAMA DE ZOOTECNIA

ALIMENTO NATURAL
“CLADOCEROS”

Camilo Ernesto Guerrero Alvarado


Zootecnista, Ph.D. en Acuicultura

Villa del Rosario, 26 de octubre del 2023


CLADÓCEROS

Cladocera é a ordem mais


importante e abundante (dentro da
classe Branchiopoda), constituinte
usual de um grande segmento do
plâncton de água doce.

A maioria das espécies de


cladóceros vive preferencialmente na
região litorânea de ecossistemas
lacustres.

A locomoção ocorre em
forma de saltos, o que lhes confere o
nome “pulgas d’água”.
CLASSIFICAÇÃO DA ORDEM CLADOCERA

➢ Filo Arthropoda
➢ Subfilo Crustacea
➢ Classe Branchiopoda
➢ Ordem Anostraca (Artemia)
➢ Ordem Notostraca (Triops, Lepidurus)
➢ Ordem Conchostraca (Lynceus)

➢ Ordem Cladocera (Gr. Klados, um ramo + keras, chifre): pulgas-


d’água. Carapaça dobrada, usualmente envolvendo o tronco, mas não
a cabeça; antenas birremes; apêndices abdominais ausentes.
Exemplos: Daphnia, Simocephalus, Moina, Ceriodaphnia, Bosmina,
Diaphanosoma, Chydorus, Scapholeberis, Alona, Bosminopsis,
Oithona.
Cladóceros de maior tamanho – Daphnia (1, 2, 3, 5),
Simocephalus (4) e Moina (6).
Cladóceros – Ceriodaphnia (1),Bosmina (2), Diaphanosoma (3),
Chydorus (4), Scapholeberis (5) e Alona (6).
Crustacea : Cladocera

Daphnia magna
Daphnia pulex
Crustacea : Cladocera

B C

A - Daphnia similis; B - Daphnia magna; C - Daphnia


laevis
A cladocera giving birth
Crustacea : Cladocera

B
A

Daphnia similis: adulto (A) e neonato (B) com 6 a 24


horas de idade
Reprodução dos cladóceros

A reprodução é bastante interessante e lembra o que


ocorre em alguns rotíferos.

Durante o verão, freqüentemente produzem só


fêmeas partenogenéticas, aumentando rapidamente sua
população.

Ocorrendo condições desfavoráveis, alguns machos


e óvulos fertilizáveis oriundos de meiose são produzidos.

Os ovos fertilizados são altamente resistentes ao frio


e à dessecação, importantes para a sobrevivência da
espécie durante o inverno.
Reprodução dos cladóceros

Os ovos são colocados em uma cavidade dorsal


(câmara incubadora) e dão origem a indivíduos jovens,
sem estágios larvais (vivíparos).

O crescimento se dá por mudas, que são variáveis


(jovens 2-8 e adultos até 20 mudas).

A freqüência de mudas é o tempo de


desenvolvimento são fortemente influenciados pela
temperatura.

As fêmeas adultas são geralmente maiores do que os


machos (dimorfismo sexual).
Habito alimentar dos cladóceros

Os cladóceros são por excelência filtradores,


portanto sua alimentação básica se constitui de
fitoplâncton e detritos.

Cladóceros filtradores como Daphnia sp. recolhem


material particulado pequeno (nanoplâncton), inclusive
algas, bactérias e detritos, “filtrando” água através das
finas malhas de seus apêndices filtradores.

A taxa de filtração de água depende de vários


fatores: tamanho do animal, tamanho da partícula,
qualidade do alimento e temperatura.
Considerações Ecológicas

Em lagos temperados durante a primavera e o verão,


são geralmente observadas as maiores densidades
populacionais de cladóceros.

Em lagos tropicais são outros fatores tais como:


regime de precipitação (turbidez, regime de gases,
disponibilidade e diversidade de alimento).

No lago Castanho (Amazonas) a máxima densidade de


cladóceros (Moina minuta e Bosminopsis sp.) foi obtida no período
de chuvas.

Devido a mistura total da coluna d’água (a qual melhora a


oferta de alimentos –  produção primaria).
Considerações Ecológicas

A ciclomorfose (variação de formas e tamanhos) é


comum também nos cladóceros.

A ciclomorfose traz sérias dificuldades na


identificação destes animais.

Pois indivíduos de uma mesma população, durante o


seu crescimento, apresentam modificações na forma.

Significado adaptativo da ciclomorfose

▪ é uma forma adaptativa à redução da viscosidade da água (verão)


▪ é uma forma de melhorar as condições alimentares do animal
▪ é uma forma de defesa contra os predadores (peixes jovens)
Ciclomorfose em Daphhia cucullata

Entre os meses de dezembro a maio (inverno-primavera), os


indivíduos apresentam cabeças predominantemente redondas e
pequenas.

Por outro lado, nos meses de junho e agosto (verão), em


poucas gerações, passaram a apresentar uma cabeça com grande
capuz (elmo).

A cabeça torna-se reduzida no meses de outubro e novembro


(outono), voltando a apresentar em dezembro a forma redondada e
pequena.
Jul Ago Set Out Out Nov Dez Fev Mar Abr Abr Mai Jun Jun Jul Ago
Verão Outono Verão
Inverno Primavera

Ciclomorfose em Daphnia cucullata no lago Fure (Dinamarca).

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