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Roedores

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2014)

Como ler uma infocaixa de taxonomiaRoedores

Ocorrência: 56–0 Ma

PreЄЄOSDCPTJKPgN

Paleoceno–Holoceno

Acima, da esquerda pra direita: capivara, Pedetes, Callospermophilus lateralis. Abaixo, da


esquerda pra direita: castor, camundongo. Representam as subordens Hystricomorpha,
Anomaluromorpha, Sciuromorpha, Castorimorpha e Myomorpha, respectivamente.

Acima, da esquerda pra direita: capivara, Pedetes, Callospermophilus lateralis. Abaixo, da


esquerda pra direita: castor, camundongo. Representam as subordens Hystricomorpha,
Anomaluromorpha, Sciuromorpha, Castorimorpha e Myomorpha, respectivamente.

Classificação científica

Reino: Animalia

Filo: Chordata

Subfilo: Vertebrata

Classe: Mammalia

Infraclasse: Placentalia

Superordem: Euarchontoglires
Ordem: Rodentia

Bowdich, 1821

Distribuição geográfica

Subordens

Anomaluromorpha

Castorimorpha

Hystricomorpha (inc. Caviomorpha)

Myomorpha

Sciuromorpha

Os roedores (do latim científico Rodentia) constituem a mais numerosa ordem de mamíferos
com placenta contendo mais de 2000 espécies, o que corresponde a cerca de 40% das espécies
da classe dos mamíferos. A maior parte são de pequenas proporções, o camundongo-pigmeu
Africano tem 6 cm de comprimento e pesa 7 g. Por outro lado, o maior deles, a capivara, pode
pesar até 80 kg. Acredita-se que o extinto Phoberomys pattersoni teria pesado 700 kg.
Roedores são encontrados em grande número em todos os continentes, exceto a Antártida, na
maioria das ilhas e em todos os habitats, com exceção dos oceanos. Juntamente com os
morcegos (Chiroptera), foram os únicos mamíferos placentários a colonizar a Austrália
independentemente da introdução humana.

Ecologicamente são muito diversos. Algumas espécies passam a vida inteira no dossel florestal,
outras raramente deixam o chão. Algumas espécies apresentam um hábito marcadamente
aquático, enquanto outras são altamente especializadas para o ambiente desértico. Muitas são
em certa medida onívoras, assim como outras têm uma dieta bem específica, comendo, por
exemplo, algumas espécies de fungos ou invertebrados.

No entanto, todos compartilham uma característica: uma dentição altamente especializada


para roer. Todos os roedores possuem um par de incisivos na arcada dentária superior e
inferior seguidos por um espaço, o diastema, e por um ou mais molares e pré-molares.
Nenhum roedor possui mais de quatro incisivos e nenhum roedor possui caninos. Seus
incisivos não têm raiz e crescem continuamente. As superfícies anterior e laterais são cobertas
de esmalte, enquanto a posterior tem a dentina exposta. No ato de roer, os incisivos se
atritam, desgastando a dentina, o que mantém os dentes bastante afiados. Esse sistema de
"afiamento" é muito eficiente e é uma das chaves do enorme sucesso dos roedores.

Dentição dos roedores


Roedores são importantes em muitos ecossistemas porque se reproduzem rapidamente,
servindo de alimento para predadores, são dispersores de sementes e vetores de doenças.
Humanos usam roedores para testes laboratoriais, na alimentação e para obtenção de sua
pele.

Pesquisas recentes sugerem que os roedores podem ser biologicamente polifiléticos ou seja,
teriam evoluídos mais de uma vez, neste caso este grupo teria que ser redividido.

Grupos comumente confundidos com roedores e erroneamente inclusos entre eles: Chiroptera
(morcegos), Insectivora (ouriços, toupeiras), Lagomorpha (coelhos, lebres), Scandentia
(tupaias) e Carnivora (Visons).

No grandioso grupo de roedores também estão: Ratos, Esquilos, Castores, Cutias e as Pacas.

História Natural

Cutia, um exemplo clássico de roedor sul-americano

O registro fóssil dos roedores começou há cerca de 65 milhões de anos, com a extinção dos
dinossauros. Os primeiros roedores lembravam esquilos, a partir deles se diversificaram. Sua
origem foi na Laurásia, supercontinente que incluía a Ásia, Europa e América do Norte.
Algumas espécies colonizaram a África, originando os primeiros Hystrichognathi. De lá,
alcançaram a América do Sul, que se encontrava isolada durante o Oligoceno e Mioceno. No
Mioceno, África e Ásia colidiram, o que permitiu que roedores como o porco-espinho
adentrassem a Eurásia. Durante o Plioceno, fósseis de roedores apareceram na Austrália.
Apesar de os marsupiais serem os primeiros residentes da Austrália, os roedores dominam sua
fauna, correspondendo a cerca de 25% dos mamíferos do continente. Enquanto isso, as
Américas colidiram e, com o estabelecimento do istmo do Panamá, camundongos colonizaram
o sul e porcos-espinho, o Norte.

Características dos Roedores

Estes mamíferos possuem apenas um par de dentes incisivos (dentes da frente) bem
desenvolvidos. Um par situa-se no maxilar superior e o outro no maxilar inferior. Estes pares
de dentes crescem continuamente, pois são desgastados à medida que o animal vai roendo as
cascas dos ramos das plantas. Os roedores não possuem dentes caninos (presas), mas têm
molares para a trituração do alimento. Como exemplos, temos o rato, o camundongo, a
capivara (o maior roedor do mundo), o porquinho-da-índia, o esquilo, a marmota e o castor.
Estes animais servem de alimento para muitas aves, répteis e mamíferos carnívoros.

Classificação
Distribuição dos roedores atuais e recentemente extintos pelas famílias - baseado em Wilson e
Reeder (2005)

Ordem RODENTIA

Subordem Sciuromorpha

Família Aplodontiidae - castor-das-montanhas

Família Sciuridae - esquilo, marmota, tâmia, cão-da-pradaria

Família Gliridae - arganaz

Subordem Castorimorpha

Família Castoridae - castor

Família Geomyidae - tuça

Família Heteromyidae - rato-canguru

Subordem Myomorpha

Superfamília Dipodoidea

Família Dipodidae - jerboas, ratos-saltadores

Superfamília Muroidea

Família Nesomyidae - Ratos africanos

Família Cricetidae - hamsters, lêmingues, ratos e camundongos do Novo Mundo

Família Muridae - Ratos e camundongos do Velho Mundo

Família Platacanthomyidae

Família Spalacidae

Família Calomyscidae

Subordem Anomaluromorpha

Família Anomaluridae - esquilos-de-cauda-escamosa

Família Pedetidae - lebre-saltadora

Subordem Hystricomorpha

Família Diatomyidae Incertae sedis - rato-da-pedra-laociano

Infraordem Ctenodactylomorphi

Família Ctenodactylidae - gundis

Infraordem Hystricognathi

Família Bathyergidae - Rato-toupeira-pelado


Família Hystricidae - porcos-espinhos do Velho Mundo

Família Petromuridae - rato-da-rocha

Família Ctenomyidae - tuco-tucos

Família Echimyidae - ratos-de-espinho

Família Thryonomyidae - ratazana-do-capim ou farfana

Família Erethizontidae - porcos-espinhos do Novo Mundo ou cuandus

Família Chinchillidae - chinchilas e viscachas

Família Dinomyidae - pacarana

Família Caviidae - porquinhos-da-índia , capivaras , preás

Família Dasyproctidae - cutias

Família Cuniculidae - pacas

Família Octodontidae - octodontes

Família Abrocomidae - ratos-chinchila

Família Myocastoridae - ratão-do-banhado

Família Capromyidae - rutías

Família †Heptaxodontidae - rutías gigantes

Referências

CARLETON, M. D., MUSSER, G. G. (2005). Order Rodentia in Wilson, D. E., Reeder, D. M. (eds).
Mammal Species of the World a Taxonomic and Geographic Reference. 3ª edição. Johns
Hopkins University Press, Baltimore, vol. 2, pp. 745–752.

Ciências-Os Serres Vivos. Editora Ática. Autor:Carlos Barros e Wilson Paulino.

MYERS, P. (2000). "Rodentia" (On-line). Animal Diversity Web. Acessado em 15 de março de


2008. (em inglês)

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