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Material Teórico
Equinodermos, Hemicordados e Cordados
Revisão Textual:
Profa. Ms. Fátima Furlan
Equinodermos, Hemicordados e Cordados
• Filo Echinodermata
• Filo Hemichordata
• Filo Chordata
Como dito antes, é fundamental o estabelecimento das relações entre os organismos vistos
nas unidades anteriores e os que estão sendo vistos agora.
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Unidade: Equinodermos, Hemicordados e Cordados
Contextualização
Para esta última unidade da disciplina, assim como para as outras, é necessário que se
estabeleçam relações entre os organismos vistos nas unidades anteriores e os estudados na
presente unidade. Dessa forma, é possível ter uma visão mais ampla do processo evolutivo
nos organismos aqui estudados, como ocorreram as modificações morfológicas e fisiológicas
e como se deu a conquista de novos ambientes. O enfoque nessa unidade são os organismos
protostômios, ou seja, neles o blastóporo origina o ânus. Nesse grupo encontramos os
equinodermos, hemicordados e os cordados.
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Filo Echinodermata
Devido às características únicas encontradas nesse filo, vamos dedicar um pouco dessa
unidade para compreendermos melhor esses animais.
Os equinodermes são animais exclusivamente marinhos e os organismos mais bem conhecidos
pertencentes a esse grupo são as estrelas-do-mar, ouriços-do-mar, pepinos-do-mar, ofiuroides
e crinoides. Dentre as características apresentadas por esses animais, as mais importantes são a
presença de um endoesqueleto formado por placas e espinhos, sistema hidrovascular (sistema
de canais derivado do celoma), pedicelárias (estruturas que ficam entre os espinhos e pés que
possuem formato de pinça e servem para remover detritos e outros animais que se aderem ao
equinoderme), brânquias dérmicas, simetria radial ou bilateral.
Esses organismos são deuterostômios, ou seja, neles o blastóporo origina o ânus, diferentemente
dos animais vistos até aqui em que o blastóporo originava a boca. Dentro do grupo dos animais
deuterostômios, também encontramos o filo Hemichordata e Chordata. Abaixo são apresentadas
algumas das características mais importantes desses animais tão peculiares:
1. Equinodermes não apresentam segmentação corporal, ou seja, o corpo não é metamérico;
2. Não apresentam cabeça ou cérebro, apenas poucos órgãos sensoriais como
receptores táteis e químicos e fotorreceptores. O sistema nervoso é composto por
um anel circum-oral e nervos radiais;
3. Possuem o endoesqueleto constituído de ossículos calcários ou espículas.
4. Apresentam sistema hidrovascular, sistema de canais que funcionam sob pressão;
5. Locomoção através dos pés ambulacrais,
6. Respiração é feita através das brânquias dérmicas;
7. Não possuem órgãos excretores;
8. Apresentam larva bilateralmente simétrica, mas depois tornam-se radicalmente simétricos.
9. Grande capacidade de regenerar partes perdidas.
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»» Classe Holothuroidea: São os pepinos-do-mar
Além dos equinodermes que acabamos de ver, outros dois filos também são deuterostômios,
ou seja, o blastóporo origina ânus. São os filos Hemichordata e Chordata.
Filo Hemichordata
Filo Chordata
Os organismos mais populares pertencem a esse filo apresentam como característica comum
a presença da notocorda no início do desenvolvimento ou por toda a vida do animal. A
notocorda é uma estrutura composta de células formando um bastão semirrígido e envolvido
por uma bainha fibrosa podendo se estender ao longo de todo o comprimento do corpo entre
o sistema nervoso e o tubo digestivo.
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Bainha elástica
Notocorda
Bainha fibrosa
Fonte: Biodidac
Subfilo Urochordata
Urochordata significa notocorda na cauda e são mais conhecidos como tunicados. Essa
última denominação se dá pelo fato de que apresentam uma túnica composta de material inerte
contendo celulose que envolve todo o animal. Quando esses animais sofrem metamorfose,
perdem a notocorda (encontrada somente na cauda da larva) e o tubo nervoso se reduz a um
gânglio simples.
De maneira geral, o corpo desses animais é formado pela túnica, externamente, logo em
seguida vem o manto, uma membrana interna à túnica. Possuem o sifão inalante ou sifão oral
que corresponde à região anterior do animal e sifão exalante, correspondendo à porção dorsal
do organismo. Dentre os Urochordatas, os mais conhecidos são as Ascidias e Salpas.
Fotografias de organismos Urochordata. Fotografia (A)é uma ascídia; fotografia (B) são as salpas.
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Fonte: Nick Hobgood/ Wikimedia Commons Fonte: Centro de Biologia Marinha da USP/ cifonauta.cebimar.usp.br
Subfilo Cephalochordata
Pertencem a esse subfilo os famosos anfioxos. Organismos pequenos, finos, achatados
lateralmente e transparentes.
O grande conhecimento desses animais vem do fato de que eles apresentam as quatro
características dos cordados, ou seja, possuem notocorda, tubo nervoso dorsal, bolsas faríngeas
e cauda pós-anal. Por possuir essas características, muitos cientistas consideram o anfioxo
um descendente de um ancestral que originou tanto os Cefalochordata quanto os Vertebrata,
constituindo-se assim, um grupo irmão de vertebrados.
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Verme de 500 milhões de anos pode ser antepassado mais antigo do homem
Com mais de 500 milhões de anos, o extinto Pikaia gracilens é o cordado mais primitivo já
encontrado, afirma estudo por Anderson Estevan.
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Conduzida por paleontólogos britânicos e canadenses, a pesquisa baseou-se em um fóssil
encontrado nas Montanhas Rochosas do Canadá, na jazida conhecida como Xisto de Burgess,
na província da Columbia Britânica.
Durante os estudos, os cientistas identificaram no verme uma notocorda (estrutura primitiva)
que se tornaria parte da coluna vertebral dos vertebrados, assim como tecidos musculares
chamados miômeros em 114 espécimes fósseis desta criatura.
Descoberto em 1911, o Pikaia gracilens era considerado um antepassado das minhocas, mas
após este estudo, seus hábitos e a sua importância para a evolução poderão ser revistos.
Texto retirado de: http://viajeaqui.abril.com.br/materias/noticias-verme-evolucao
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Subclasse Holocephali: As quimeras
Uma das características que diferencia esses animais dos elasmobrânquios é a presença de grandes
placas achatadas nas maxilas ao invés de dentes. Atualmente há poucas espécies sobreviventes.
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»» Variedade de habitats: Pelo fato do ambiente terrestre oferecer ambientes
diversificados, como diferentes tipos de florestas, desertos e savanas e mais fácil
conseguir lugar para refúgio do que no ambiente aquático.
Tendo esses fatores em mente, vamos ver como começou a conquista do ambiente terrestre
Primeiramente, verifica-se nesses organismos a presença de um esqueleto mais forte e o
deslocamento dos órgãos dos sentidos da linha lateral para sentidos como olfato e audição que
se tornaram mais apurados. Muitas espécies de anfíbios ainda são dependentes da água em
pelo menos algum estágio da vida. Alguns sofrem metamorfose, assim, depositam seus ovos na
água e depois que eclodem passam a fase larval nela, quando juvenis é que vão para a terra.
A pele desses animais é fina, necessitando de umidade para que não resseque, além disso,
anfíbios são ectotérmicos, ou seja, a temperatura corpórea é determinada pela temperatura do
ambiente, sendo assim, a distribuição desses animais se dá em ambientes mais frescos e úmidos.
Vamos saber um pouco mais sobre esses organismos por meio das diferentes ordens que
compõem a classe.
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Aqui, com os répteis, veremos que já há uma total independência da água, pois esses organismos
desenvolveram um ovo com casca em que, os processos de desenvolvimento do embrião que
dependiam de água anteriormente, acontecem nesse ovo envolto por membranas extraembrionárias
que oferecem todos os recursos necessários para o desenvolvimento desses organismos. Uma dessas
membranas é o âmnion, camada mais interna que envolve o ovo. Os organismos ancestrais que
adquiriram essa independência da água com o desenvolvimento do ovo são denominados amniotas,
e a divergência desse grupo originou os répteis, aves e mamíferos.
Aqui consideramos ainda Reptilia como classe para fins didáticos e facilitar nosso estudo,
porém a classe não é mais considerada um táxon válido, pois não se trata de um grupo
monofilético (inclui todos os descendentes do ancestral comum), e sim um grupo parafilético
(não inclui todos os descendentes de seu ancestral comum). Répteis são considerados amniotas
que não são aves.
»» Pele resistente, seca e coberta por escamas que os protegem da dessecação e agressões.
»» O ovo recoberto pela casca que contém alimento e proteção necessários para o
desenvolvimento desses organismos no ambiente terrestre.
»» As maxilas desses animais são fortes, resistentes e projetadas de maneira que consigam
capturar ou triturar suas presas.
»» Pulmões mais desenvolvidos do que de anfíbios, pois dependem muito deles para
trocas gasosas.
»» Sistema nervoso mais complexo que de anfíbios. Possuem o órgão de Jacobson que
é um órgão olfativo bastante desenvolvido em serpentes e lagartos e os odores são
transportados até esse órgão através da língua.
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Fonte: U.S. Fish and Wildlife Service Southeast Region/ Wikimedia Commons
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Vamos ver quais são as principais características dessa classe.
»» Corpo dividido em cabeça, pescoço, tronco e cauda. O pescoço geralmente é mais longo
para que haja melhor equilíbrio e armazenamento de alimento.
»» Membros anteriores modificados para voo e os posteriores são variáveis sendo adaptados
para empoleirar, andar ou nadar.
»» Corpo recoberto por penas e os pés com escamas, não possuem glândulas sudoríparas,
mas apresentam glândula uropigiana (glândula de óleo) na base da cauda.
»» Esqueleto compostos por ossos com cavidades aéreas, possuem bico, não possuem
dentes, cauda curta (geralmente), possuem um único osso no ouvido médio.
»» Sistema nervoso bem desenvolvido.
»» São endotérmicos.
»» Respiração através dos pulmões, apresentam sacos aéreos e a siringe, utilizada para o canto.
»» Não há bexiga urinária (o que diminui o peso para o voo), eliminam ácido úrico.
Quando analisamos atentamente as características das aves, verificamos que apresentam uma
série de adaptações que possibilitaram o sucesso desses organismos para o voo. Primeiramente,
apresentam os membros anteriores modificados em asas, o esqueleto é constituído por ossos
perfurados, que permitem leveza e resistência ao animal. Os sacos aéreos além de auxiliarem
na respiração das aves também ajudam a resfriá-las depois de terem realizado muitos exercícios
e na flutuabilidade do animal. O fato de não apresentarem bexiga urinária faz com que não
armazenem líquidos ficando mais leves para voar.
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Unidade: Equinodermos, Hemicordados e Cordados
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Os processos que direcionaram a evolução de nossa espécie foram os mesmos que
proporcionaram a evolução de todos os outros organismos. Mas, ao contrário dos outros
animais, temos cultura, linguagem e capacidade de pensar, características não genéticas que
também permitem nosso desenvolvimento.
Fonte: Kenny Ross/ Wikimedia Commons Fonte: James Phelps/ Wikimedia Commons Fonte: Marcel Burkhard/ Wikimedia Commons
Fonte: Malene Thyssen/ Wikimedia Commons Fonte: Anton Nossik/ Wikimedia Commons
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Material Complementar
Para ampliar os conceitos aprendidos nessa unidade, veja também o material aqui sugerido:
Capítulo 22 do livro: BRUSCA, R.C.; BRUSCA, G.J. Invertebrados. 2.ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2007.
Capítulos 25, 26, 27, 28, 29 e 30 do livro: JR, C.P.H.; ROBERTS, L.S.; LARSON, A. Princípios
integrados de Zoologia. 11.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.
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Referências
BRUSCA, R.C.; BRUSCA, G.J. Invertebrados. 2.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.
JR, C.P.H.; ROBERTS, L.S.; LARSON, A. Princípios integrados de Zoologia. 11.ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.
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Unidade: Equinodermos, Hemicordados e Cordados
Anotações
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