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PEDRO E PAULO, EXEMPLOS PARA OS CRISTÃOS

Características e posicionamento dos apóstolos inspiram leigos e leigas

São Pedro e São Paulo entraram para a História como dois grandes pilares
do cristianismo. Para alguns teólogos, a dupla foi peça fundamental para o
cristianismo. Assumiram e professaram sua fé em meio a perseguições e
dificuldades da igreja primitiva.

Cada um com suas particularidades representam um misto de fraqueza e de


fé, de desespero e confiança nas palavras e na ressurreição de Jesus; mas
também de rocha, pedra que sustenta, e de gruta, a comunidade que acolhe
os pobres e desvalidos.

Simão Pedro, atraído pelo olhar de Jesus deixou tudo para segui-lo e se
tornar pescador de homens. “Eu vos farei pescadores de homens” (Lc 5, 10).
A ele também foi deixada a missão de cuidar do rebanho: “Tu és Pedro e
sobre esta pedra edificarei a minha Igreja” (Mt 16,18).

Considerando todas as referências sobre o apóstolo Pedro, os estudiosos


entendem que ele foi um típico homem do campo, uma pessoa simples,
direta e também impulsiva. Entre suas características mais marcantes estão
a sua capacidade de aprender, de se lançar e a sua enorme sinceridade,
humildade e transparência.

Já Saulo, nome de Paulo antes de sua conversão, lutou fervorosamente


contra o cristianismo e a favor dele. De perseguidor, tornou-se o maior
missionário no anúncio de Jesus ressuscitado. “Em vão seria a nossa fé se
Cristo não tivesse ressuscitado” (1Cor 15,17), pregava com ardor, mesmo
não tendo conhecido Jesus de Nazaré. Dizia que pregar o Evangelho, para
ele, não era motivo de glória, mas, uma missão que lhe é imposta. “Ai de mim
se não evangelizar”.

As treze cartas escritas por ele são a base para a teologia católica. Nas duas
escritas para São Tito e São Timóteo, que eram bispos, deu todas as
direções, que são seguidas até hoje, de como deveria ser a Igreja.

Como Pedro e Paulo, colunas da igreja, inspiram os cristãos leigos e leigas


no serviço de evangelização?

“Vocês são raça eleita, sacerdócio régio, nação santa, povo adquirido por
Deus, para proclamar as obras maravilhosas daquele que chamou vocês das
trevas para sua luz maravilhosa” (1Pd 2,9). Ser povo de Deus é missão.

Pedro, que após o seu sim esteve próximo de Jesus reconheceu nesta
intimidade quem era o Cristo. Quando Jesus perguntou aos seus discípulos
quem eles achavam que Ele era, o apóstolo Pedro foi o primeiro a responder
confessando que Ele era o Cristo, o Filho do Deus vivo (Mt 16, 16). Na
resposta de Pedro, vemos a importância da intimidade com Jesus, que a
partir deste contato reconhecemos a voz do pastor.
Cada cristão é missionário na medida em que se encontrou com o amor de
Deus em Cristo Jesus; “Como o Pai me enviou, também vos envio” (Jo20,21);
Todos os cristãos, pela natureza da vocação cristã, são chamados a
propagar o Reino de Cristo por toda a terra.

A missão de Paulo era evangelizar e o resto não tinha importância para ele.
Nós também devemos pensar dessa forma! E vale destacar que evangelizar
não significa que devemos obrigar os outros a serem bons cristãos, mas
devemos anunciar; não impor, mas propor.

O centro da mensagem pregada por Paulo é a figura de Cristo na perspectiva


de que a salvação dos homens vem através da conversão. São Paulo era um
gigante evangelizador porque tinha consciência de que não era ele quem
vivia, mas que “Cristo vivia nele”, e lhe dava força e coragem de enfrentar
muitas viagens, perseguições, açoites, prisões, como relatam suas cartas.

Uma grande estratégia de Paulo foi a evangelização face a face com o povo
de Deus. Ele sabia a importância de levar ao coração das pessoas o
entendimento da obra que o Filho de Deus fez em nosso favor. Com Paulo
aprendemos que devemos evangelizar de todo o coração, anunciando Cristo,
tendo como arma a ousadia que provém do Santo Espirito. Ele não se
esqueceu de ouvir e respeitar os apóstolos que o precederam. Aprendeu
muito com Pedro e os demais. Sempre muito humilde.

E por falar em humildade, esta é uma das marca de Pedro. Ele recebeu um
título dos maiores possíveis, sendo, a princípio, um dos apóstolos mais
despreparados que Jesus tinha. Ele recebeu as chaves do céu e Jesus
edificou a sua igreja a partir do seu nome. Um homem inculto e iletrado,
humilde e simples, era apenas um pescador, mas no seu interior levava um
homem destemido e corajoso, como raramente se pode ver em uma pessoa.

Outro ensinamento importante que encontramos na vida de Paulo é o valor


das relações. Ele percebe que na missão se cria uma comunhão entre
aqueles que acolhem o evangelho. E assim cria-se uma profunda relação de
amor.

O apóstolo também se apresenta como alguém que podemos ter como


modelo de quem está atendo às oportunidades que o Senhor
concede. “Sejam sábios no procedimento para com os de fora; aproveitem ao
máximo todas as oportunidades” (Cl4.5). Os cristãos devem estar atentos às
oportunidades que o Senhor lhes dá.

Falar de São Pedro é uma alegria e ao mesmo tempo um aprendizado, uma


reflexão para autoeducação. Não pela santidade, é claro, mas pela sua
personalidade. Pedro era uma pessoa de confiança para Jesus. Com
humildade faz o pedido a Jesus para lavar não somente os pés, mas também
as mãos e a cabeça! Era um ser-humano com todas as dimensões, mas tinha
fé no Messias, no Salvador Prometido e era verdadeiro.

Em Pedro não existia falsidade de intenção! Ele não se escondia em suas


emoções, ele tinha humildade para reconhecer o erro e determinação para
recomeçar, mesmo que tudo parecesse impossível, como podemos ver em
Jo 21, 1-14. Pedro se tornou um grande líder, um apóstolo, palavra que quer
dizer enviado. Essas virtudes de Pedro são exemplos para todos os cristãos
que seguem a Jesus.

Paulo e Pedro, por terem feito opção pelos pobres, se inculturado e atuado
de forma ecumênica, muito nos inspiram. Os dois tiveram enormes
dificuldades em seu apostolado, mas conseguiram vitórias extraordinárias.

Os leigos e leigas, membros da Igreja pelo batismo, receberam de Deus uma


missão: de ser discípulos missionários de Jesus Cristo. Portanto, devem
acolher essa missão de cooperar na construção do Reino de Deus e fazer
chegar a salvação a todas as pessoas. Que possam se espelhar no exemplo
de vida desses santos, renunciar a si mesmo com coragem e disposição e
pregar o evangelho até os confins da terra.

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