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Construção de Edi cios – Eng.

Civil IFCE
Aluno: Mateus de Sousa Montenegro
Prof. José Ramalho
Resumo das normas ABNT NBR 13755, 13754 e 13753

NBR 13755
Esta Norma estabelece as condições exigíveis para projeto, execução, inspeção e
aceitação de revestimentos de paredes externas e fachadas com placas cerâmicas ou
pastilhas assentadas com argamassa colante.
Esta Norma se aplica a paredes constituídas pelos materiais relacionados a seguir e
revestidas com
chapisco seguido de uma ou múltiplas camadas de argamassa (Figura 1):
a) Concreto moldado in loco;
b) Concreto pré-moldado;
c) Alvenaria de tijolos maciços;
d) Alvenaria de blocos cerâmicos;
e) Alvenaria de blocos de concreto;
f) Alvenaria de blocos de concreto celular;
g) Alvenaria de blocos sílico-calcáreos.

Revestimentos cerâmicos que não são contemplados neste escopo podem utilizar a ABNT
NBR 15575 como orientação para avaliação de desempenho, mesmo quando não
aplicados em edificações habitacionais.
Esta norma não se aplica a revestimentos já existentes, ou seja, aqueles sob análise após
a conclusão da obra, pois necessitam de detalhamento específico de acordo com sua idade
e condições atuais de desempenho.

O recebimento de todos os insumos deve ser planejado de modo a minimizar o manuseio


no canteiro de obras. Cada material deve ser armazenado segundo seu tipo (respeitando
exigências ergonômicas) em locais secos, limpos, cobertos, sem contato com o piso,
devidamente identificados e com controle de acesso.
O cimento utilizado deve estar de acordo com as Normas Brasileiras específicas.
A água potável de abastecimento público é adequada para uso como água de
amassamento. Maiores detalhes podem ser encontrados na ABNT NBR 15900-1.

Tanto chapisco como argamassa para emboço podem ser industrializados ou preparados
em obra. Manuseio, preparo e requisitos dos produtos devem estar de acordo com as
prescrições da ABNT NBR 7200 e ABNT NBR 13281.

As argamassas cimentícias para rejuntamento devem estar de acordo ou superar as


prescrições da ABNT NBR 14992. Caso sejam utilizados outros produtos, como misturas
preparadas em obra, argamassas cimentícias aditivadas (bicomponentes) ou argamassas
não cimentícias, as respectivas especificações devem constar no PRF.
Os rejuntes cimentícios, embora tenham a capacidade de atenuar a penetração de água,
não são impermeáveis; assim, quando juntas impermeáveis são necessárias, outros tipos
de produtos devem ser considerados, desde que compatíveis com o local de aplicação.
Ainda assim, revestimentos cerâmicos com placas e rejuntes impermeáveis não podem
ser considerados sistemas de acabamento impermeável.

A argamassa colante deve estar em conformidade com a ABNT NBR 14081-1, quando
aplicável, e deve estar indicada em projeto em todos os casos.
O termo argamassa colante engloba não somente os produtos descritos pela ABNT NBR
14081-1, mas contempla também produtos cimentícios bicomponentes ou mesmo
produtos não cimentícios.
Para os produtos não contemplados pela ABNT NBR 14081-1, como os bicomponentes
ou não cimentícios, propriedades específicas devem estar indicadas em projeto desde que
não inferiores às mencionadas nesta subseção.
Para o assentamento de placas cerâmicas ou pastilhas, a argamassa deve ser, no mínimo,
do tipo AC III. Exceções que permitam o uso de produtos tipo AC II devem estar
indicadas em projeto e apenas podem ser utilizadas em edifícios de altura total
(computada do nível do solo ao ponto mais alto do sistema estrutural) de no máximo 15
m.

As placas cerâmicas devem atender às ABNT NBR 13818 e ABNT NBR 15463 (para
porcelanatos) e:
a) devem apresentar absorção máxima de 6 %. Para regiões onde a temperatura atinja 0
°C, a absorção máxima não pode ser superior a 3 %;
b) devem estar secas por ocasião do seu assentamento;
c) a EPU (expansão por umidade), como especificado na ABNT NBR 13818:1997, Anexo
J, deve ser indicada em projeto e estar limitada ao valor máximo de 0,6 mm/m; NOTA
Em casos específicos, a EPU de 0,6mm/m pode ser excessiva; então, recomenda-se o uso
de placas com valores inferiores.
d) devem estar armazenadas na obra por lote, tonalidade, acabamento etc., de acordo com
o especificado nas embalagens;
e) não podem apresentar engobe de muratura pulverulento em quantidade superior a 30
% (a avaliação da quantidade deve ser feita visualmente) da área do tardoz da placa.
As pastilhas devem atender aos mesmos itens indicados para placas cerâmicas (quando
aplicáveis) e, além disso, caso sejam montadas em placas com auxílio de malhas, telas,
pontos de cola ou outro processo que as mantenha unidas pelo tardoz, estes produtos não
podem comprometer o desempenho da argamassa colante e argamassa para rejuntamento.

Podem ser incorporadas ao chapisco, emboço, rejunte ou à argamassa colante para


aumentar o desempenho destes materiais em alguns requisitos, como, por exemplo
aderência, capacidade de deformação, impermeabilidade etc. O emprego destes produtos
deve respeitar as especificações de uso do fabricante do rejunte ou argamassa colante,
tanto em termos de tipo de aditivo como em quantidade adicionada. O desempenho final
da argamassa não pode ser inferior aos requisitos mínimos do produto puro quando
avaliado segundo sua norma específica.

Na vedação das juntas de movimentação devem ser empregados selantes elastoméricos


e as recomendações
do fabricante devem ser estritamente seguidas, uma vez que suas propriedades podem
variar significativamente.
Cuidados devem ser tomados, entretanto, com juntas estruturais, pois seu movimento
previsto aliado à sua largura pode ultrapassar os limites de trabalho mesmo dos selantes
de alta capacidade de movimento,
culminando com a deterioração precoce da junta (ver 5.3.3).
Na etapa de aplicação, os selantes:
a) devem ser capazes de acomodar pequenas variações dimensionais toleradas em projeto;
b) devem apresentar comportamento adequado para aplicações verticais, sem
escorrimentos;
c) devem apresentar tempo adequado de trabalhabilidade, secagem e cura (polimerização)
em função das condições de utilização.
Além disto, os selantes devem apresentar uma série de propriedades que lhes garantam
bom desempenho pelo tempo previsto em projeto, não sendo este menor que cinco anos:
a) devem ser impermeáveis à passagem de fluidos;
b) devem apresentar resistência aos agentes químicos, intempéries, ação ultravioleta,
temperatura, maresia (se necessário) e a demais agentes deletérios a que podem estar
expostos;
c) devem se manter íntegros, elásticos e coesos, sem perder a capacidade de absorver
deformações;
d) não podem causar manchas no emboço ou nas placas por exsudação de produtos
químicos, como solventes e plastificantes;
e) não podem formar gases e ondulações na superfície provenientes de materiais voláteis
em sua composição;
f) devem absorver as deformações cíclicas de contração e expansão previstas no projeto
da junta sem se romper, fissurar ou perder aderência (ver item 5.3.3);
g) não podem induzir esforços deletérios nas bordas da junta;

O limitador de profundidade:
a) deve ser quimicamente compatível com o selante selecionado;
b) deve retornar à sua forma original depois de comprimido por um ciclo de trabalho da
junta;
c) não pode exsudar componentes químicos ou apresentar ação química sobre qualquer
superfície da junta ou originar ação deletéria sobre o selante;
d) não pode absorver umidade além daquela de equilíbrio com o ambiente;
e) não pode expulsar o selante quando houver compressão da junta.
Caso o selante apresente aderência sobre o limitador de profundidade, este fato deve ser
inibido por meio da aplicação de fitas ou outra técnica que impeça o contato entre ambos.
O projeto de revestimento de fachada é obrigatório e, pela sua característica, deve ser
desenvolvido por profissional legalmente habilitado e pode ser subcontratado ou
desenvolvido internamente pela construtora, na forma de procedimentos.
O projeto de revestimento visa produzir detalhes construtivos e especificações técnicas
de materiais e métodos construtivos adequados a cada situação. As diversas camadas que
compõem o sistema,
se fossem de movimentação livre, apresentariam comportamento bastante diferenciado
das camadas que apresentam quando integrados ao sistema, que impõem restrições e
levam ao surgimento de esforços internos. Estes esforços tendem a ser tão mais
expressivos quanto mais rígidas as camadas e, caso atinjam valores excessivos, podem
levar ao surgimento de fissuras, perda de aderência e outros problemas.
Com relação às espessuras do revestimento, são definidos os seguintes limites para as
camadas individuais da argamassa de emboço:
a) Espessura limite superior (ELS): espessura máxima de uma camada de argamassa: 50
mm;
b) Espessura limite inferior (ELI): espessura mínima de uma camada de argamassa: 20
mm.

A espessura total de argamassa deve estar entre 20 mm e 80 mm (ver Figura 1).


Espessuras fora destes limites exigem projeto com detalhes específicos que não são
contemplados nesta norma.
A proporção volumétrica dos componentes da argamassa preparada em obra deve constar
do projeto de revestimento de fachada (PRF).
NBR 13754
Objetivo: 1. Estabelecer os requisitos para a execução, fiscalização e recebimento de
revestimento de paredes internas com placas cerâmicas assentadas com argamassa
colante; 2. Esta norma não se aplica a execução de revestimento com pastilhas cerâmicas.

Esta norma se aplica a revestimentos constituídos por:


a. Concreto moldado in loco, revestido ou não com chapisco e emboço;
b. Concreto pré-moldado, revestido ou não com chapisco e emboço;
c. Alvenaria de tijolos maciços, revestida com chapisco e emboço; d. Alvenaria de bloco
cerâmicos, revestida com chapisco e emboço;
e. Alvenaria de blocos vazados de concreto, revestida ou não com chapisco e emboço;
f. Alvenaria de blocos de concreto celular, revestida ou não com chapisco e emboço;
g. Alvenaria de blocos sílico-calcáreos, revestida ou não com chapisco e emboço.

1. Argamassa colante: Mistura constituída de aglomerantes hidráulicos, agregados


minerais e aditivos, que possibilita, quando preparada em obra com a adição exclusiva de
água, a formação de uma pasta viscosa, plástica e aderente.
2. Base: Substrato constituído por superfície plana de paredes, 2. Base: Substrato
constituído por superfície plana de paredes, sobre o qual é aplicada argamassa colante
para assentamento de placas cerâmicas.
3. Tardoz: Face da placa cerâmica que fica em contato com a argamassa de assentamento.
4. Engobe de proteção: Aplicação de cor branca nas saliências do tardoz destinada a
permitir a movimentação das placas dentro do forno, sem aderir sobre os rolos.
5. Junta de assentamento: Espaço regular entre duas placas cerâmicas adjacentes.
6. Juntas de movimentação: Subdivide o revestimento do piso, para aliviar tensões
provocadas pela movimentação da parede ou do próprio revestimento. parede ou do
próprio revestimento.
7. Juntas de dessolidarização: Tem a função de separar o revestimento, para aliviar tensões
provocadas pela movimentação da parede ou do próprio revestimento.
8. Junta estrutural: Tem a função de aliviar as tensões provocadas pela movimentação da
estrutura de concreto.
9. Argamassa de rejuntamento: Argamassa introduzida nas juntas de assentamento, com
o fim de preenchê-las.
A execução do revestimento com placas cerâmicas deve ser iniciada após terem sido
concluídas as seguintes etapas:

a. Canalizações de água e esgoto adequadamente embutidas e ensaiadas quanto à sua


estanqueidade.
b. Elementos, caixas de passagem e derivações de instalações elétricas e/ou telefone
adequadamente embutidas.
c. Caixilhos e batentes adequadamente fixados.
d. Revestimento do teto, quando executado diretamente na laje de concreto.

Antes do início da execução do revestimento, deve ser certificado se a quantidade de


placas cerâmicas existentes na obra é suficiente, recomendando -se uma margem de sobra
obra é suficiente, recomendando -se uma margem de sobra para cortes, imprevistos ou
futuros reparos.
3. O assentamento das placas cerâmicas só deve ocorrer após um período mínimo de cura
da base de 7 dias sobre emboço e 14 dias sobre as demais bases.
4. Recomenda-se a execução do revestimento com placas cerâmicas somente quando a
temperatura ambiente e dos materiais for superior a 5°C.
5. As juntas de assentamento, de movimentação, de dessolidarização e estruturais devem ser
planejadas conforme as disposições constru vas desta Norma. conforme as disposições
constru vas desta Norma. 6. Quando houver juntas de movimentação ou juntas estruturais nas
paredes, estas devem ser respeitadas també m em todas as camadas que cons tuem o
reves mento, de forma a haver correspondência entre elas.

Materiais:
1. Reves mento cerâmico: Deve ser escolhido de acordo com o fim a que se des na e sa sfazer
às seguintes condições: fim a que se des na e sa sfazer às seguintes condições:
a. Estar seco, sendo ideal re rá-lo da embalagem para o seu assentamento imediato;
b. Seu tardoz deve estar isento de pó, englobes pulverulentos ou par culas soltas que impeçam
sua boa aderência à argamassa colante;
c. A codificação (número e/ou modelo) do produto deve estar de acordo com o que foi
especificado;
Materiais (con nuação):
d. Os códigos de tonalidade indicados nas embalagens devem ser idên cos para uso no mesmo
ambiente;
e. Estar conforme a bitola ou calibre indicado na embalagem;
f. Estar conforme a classificação indicada na embalagem.
2. Agregados: Devem sa sfazer as seguintes condições:
a. Estar conforme a NBR 7211.
b. Ter dimensão máxima caracterís ca do agregado miúdo conforme a seguir:
- menor ou igual a 4,8 mm (malha 4) para argamassa de chapisco; » menor ou igual a 2,4 mm
(malha 8) para as argamassas u lizadas nas camadas de regularização e do emboço; » menor ou
igual a 0,15 mm (malha 100) para o rejuntamento entre as placas cerâmicas e para juntas de
assentamento com largura até 3 mm.
c. Água de amassamento: A água des nada ao amassamento de ser isenta de teores prejudiciais
de sustâncias estranhas, conforme NBR 6118.

d. Material para enchimento das juntas de assentamento: Pode se empregar uma mistura de
cimento Portland e agregados de granulometria fina, podendo ser preparada na agregados de
granulometria fina, podendo ser preparada na obra ou ser industrializada. O material preparado
na obra deve ser u lizado imediatamente, e o industrializado deve ser u lizado dentro do prazo
de validade indicado na embalagem. Em função das condições ambientais e/ou exigências de
desempenho, o material para rejuntamento pode ser à base de: cimento e agregados; cimento;
agregados e látex; resina epóxi ou resina furânica.

e. Materiais das juntas de movimentação e dessolidarização: Deve constar no projeto a


especificação dos produtos Deve constar no projeto a especificação dos produtos selecionados.
Os fabricantes devem fornecer documentação técnica contendo pelo menos o procedimento
para a correta aplicação bem como o prazo de vida ú l dos produtos aplicados. » Enchimentos:
Devem ser empregados materiais altamente deformáveis, tais como borracha alveolar, espuma
de poliuretano, cor ça, aglomerado de madeira, etc.
NBR 13753
As placas cerâmicas devem ser armazenadas em local plano e firme, protegidas contra
intempéries e em pilhas com altura máxima de 2 m. As placas são estocadas em grupos, de
acordo com as dimensões de fabricação, tonalidade do produto e/ou classe. São re radas das
embalagens logo antes do assentamento. Durante a estocagem e manuseio das placas, devem
ser evitados choques e contato com materiais abrasivos ou contaminantes. Aglomerantes
Recomenda-se que o cimento e a cal sejam armazenados em locais protegidos da ação de
intempéries e da umidade do solo e afastados das paredes ou tetos dos depósitos. Recomenda-
se que não sejam formadas pilhas com mais de dez sacos de cimento. Adesivos e argamassas
colantes. Os adesivos com ou sem cimento, ou as argamassas colantes são armazenados em
locais secos e frescos, protegidos das intempéries.
Recomenda-se que sejam seguidas as instruções do fabricante referentes ao período
máximo de armazenamento. Adi vos impermeabilizantes e selantes. Os adi vos
impermeabilizantes e selantes devem ser armazenados em locais secos e frescos, protegidos das
intempéries. As normas recomendam que sejam seguidas as instruções do fabricante referentes
ao período máximo de armazenamento. Execução de piso cerâmico. As super cies devem estar
limpas, secas e isentas de poeira, graxas e óleos, além de estarem livres de qualquer
irregularidade. As fissuras devem ser tratadas de forma compa vel com o po de argamassa a
ser u lizado.
O piso de ambientes não molháveis, como quartos e salas, é executado em nível ou com
caimento máximo de 0,5%. O piso interno de ambientes molháveis, como banheiros, cozinhas,
lavanderias e corredores de uso comum, é executado com caimento de 0,5% em direção ao ralo
ou à porta de saída, sendo que a norma recomenda que não seja excedido o valor de 1,5%. Nos
boxes dos banheiros, o caimento em direção ao ralo é entre 1,5% e 2,5%.
Em aplicações no pavimento térreo, sob o solo, quando não for prevista camada de
impermeabilização, as normas recomendam que o lastro tenha espessura mínima de 70 mm a
80 mm e seja cons tuído por concreto impermeável; no caso de lastro impermeável com área
superior a 25 m² ou extensão superior a 5 m, a norma recomenda que o mesmo seja armado ou,
então, com juntas de movimentação, tratadas com selantes e com espaçamento máximo de 4
m. No caso de camada de impermeabilização, a espessura mínima recomendada para o lastro é
de 50 mm, com um consumo mínimo de 200 kg de cimento por metro cúbico de concreto. Em
solos muito úmidos ou supostamente contaminados por sulfatos ou outras substâncias
agressivas, a impermeabilização é cons tuída por membrana/manta asfál ca aplicada
diretamente sobre terreno preparado, nivelado e apiloado. Nos solos muito úmidos, além da
camada de impermeabilização, as normas recomendam que seja prevista drenagem entre o solo
e o lastro, cons tuída, por exemplo, de uma camada de brita com pelo menos 300 mm de
espessura. Sobre esta camada é preparado o lastro (contrapiso) com espessura mínima de 120
mm, cons tuído por concreto impermeável. Em casos extremos de lençol d'água aflorado ou a
pouca profundidade, é necessária a colocação de drenos.
Preparação da super cie da base. As normas recomendam que a super cie da base não
apresente áreas muito lisas ou muito úmidas, manchas de ferrugem, eflorescência, bolor,
pulverulência ou impregnação com substâncias gordurosas. A remoção de sujeira, pó e materiais
soltos pode ser efetuada por escovação ou lavagem com água. Quando necessária, é feita
raspagem com espátula ou escova de fios de aço. As super cies muito lisas, como, por exemplo,
as bases cons tuídas por concreto impermeável, podem ser picotadas ou escarificadas, se
necessário. Esse tratamento é dispensável sempre que a base ver sua super cie ligeiramente
escarificada logo no início do endurecimento do concreto. Preparação das placas cerâmicas
Antes do assentamento, as placas cerâmicas são imersas em água limpa, somente no caso do
assentamento com argamassa convencional preparada em obra. No caso do assentamento com
argamassa colante, não é feita a imersão da placa cerâmica em água. As placas cerâmicas podem
ser re radas de diferentes caixas ao mesmo tempo (cinco ou seis caixas de cada vez), pois as
pequenas variações de tonalidade entre elas são dissimuladas após a conclusão do
assentamento.
Em situações onde haja presença de reentrâncias no tardoz, a aplicação da argamassa é
feita também no tardoz da placa cerâmica. As placas cerâmicas dos arremates com obstáculos
ver cais são cortadas mediante emprego de ferramenta com ponta de vídea ou diamante; o uso
de torquês é admi do para execução de pequenos cortes nos cantos das peças. No caso de
assentamento com argamassa convencional, o tardoz das placas cerâmicas com área superior a
600 cm² é chapiscado com emprego de argamassa de cimento e areia média com traço em
volume de 1:2, um dia antes do assentamento. No caso de argamassa industrializada (argamassa
colante), a argamassa é aplicada na base e no tardoz da placa no ato do assentamento.
A camada de regularização é empregada quando a base apresentar-se irregular, de
maneira que não possa atender os limites para a espessura da camada de assentamento, ou
quando houver necessidade de corrigir a declividade da base para a ngir o caimento
especificado para o piso. A camada de regularização é aplicada com a preparação da base para
o recebimento de uma camada de separação e/ou de uma camada de impermeabilização
cons tuída por membrana asfál ca ou membrana de polímeros. A camada de regularização é
cons tuída por argamassa plás ca de cimento e areia média seca com traço de 1:4 em volume.
A espessura da camada está entre 10 mm e 30 mm; no caso de correções acentuadas, que
superem 30 mm, a argamassa de regularização é lançada em duas ou mais camadas, respeitando
os limites de 10 mm e 30 mm. Cada camada é executada após a cura da anterior.
A camada de regularização é executada com antecedência, de modo a atenuar a retração
da argamassa sobre os pisos cerâmicos assentados, caso não seja prevista a execução de camada
de separação. Nos locais das juntas de movimentação e/ou de dessolidarização são colocados,
por ocasião da execução da camada de regularização, elementos removíveis (ripas de madeira,
por exemplo) ou elementos que atuarão como material de enchimento ( ras de EPS, por
exemplo). A argamassa da camada de regularização é lançada sobre base preparada e saturada
com água. Antes do lançamento da argamassa é necessário aplicar sobre a base pasta de
cimento, a menos que haja incorporação de adi vos que melhorem as condições de aderência
da argamassa à base. O nível superior da camada de regularização é ob do com o uso de taliscas
assentadas com base numa referência de nível (linha horizontal traçada nas paredes a
aproximadamente 1 m de altura); as cotas de arrasamento estão condicionadas à espessura
máxima admi da para a camada de regularização, ao caimento e à cota final especificada para o
piso acabado. As taliscas são assentadas em todos os cantos do pavimento e onde ocorre
variação no caimento do piso; as taliscas intermediárias são assentadas com distanciamento
mínimo de 2,5 m.
A camada de separação cons tuída por outros materiais, como feltros, mantas e
membranas, é aplicada sobre a super cie limpa e seca, após cura do material de apoio. Em bases
desempenadas, a correção de eventuais irregularidades pode ser feita por estucamento com
argamassa de cimento e areia fina no traço 1:2 (assentamento com argamassa convencional) e
1:3 (assentamento com argamassa colante) ou aplicação de berço de emuIsão asfál ca com
carga, quando compa vel com o material empregado na camada de separação. A fixação de
mantas ou membranas ao substrato depende de cada produto específico. Nas emendas,
entretanto, recomenda-se preparar uma faixa de sobreposição com largura mínima de 50 mm.
No caso de argamassa colante, quando houver camada de separação, a NBR 13753 recomenda
que seja u lizada tela de aço soldada de malha quadrada acima da camada de regularização ou
do próprio contrapiso, caso este esteja logo acima da camada de separação.

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