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ÍNDICE
Palavra do Presidente
Raphael Baldacci Filho D
Prefácio
Rielson José Cardoso Alves E
Introdução
Mary Caroline Skelton Macedo G
Homenagem H
Corpo Editorial M
5 - Estética facial
Rogério Zambonato Freitas
Claudio de Pinho Costa
Sergio Pinho pg. 146
eBook 25o CIOSP – JANEIRO 2007 - APCD
C
6 - Biomecânica em osseointegração
José Mandia Junior
Alberto L. F. Kesselring pg. 176
Prefácio
eBook é eConhecimento
Introdução
Homenagem
Christa Feller
Corpo Editorial
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Masioli, MA; Masioli, DLC; Damazio, WQ
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Figura 1B - Frontal.
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Figura 2 B e C
Figura 3 A - Utilização de réguas ou escalas para Figura 3 B - Utilização de réguas ou escalas para
verificar a evolução das lesões orais. verificar a evolução das lesões orais.
Ensino
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Masioli, MA; Masioli, DLC; Damazio, WQ
A-E).
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O envio de fotografias da área biopsiada face. Porém, a análise de cor por meio de
juntamente com tecidos a serem fotografias analógicas ou digitais ainda
analisados pode facilitar o diagnóstico não é um método seguro (Figs. 5 A-E). A
dos patologistas. Na comunicação com cor das fotografias em papel ou slides
laboratórios protéticos, principalmente depende da iluminação, da regulagem da
quando se necessita de um bom câmera e do processamento (revelação)
resultado estético, fotografias do sorriso, do filme e das cópias. Nas fotografias
dos dentes e de tecidos vizinhos digitais, a cor depende da iluminação, da
expressam melhor o aspecto oral do regulagem das câmeras fotográficas, das
paciente do que folhas de explicações, e impressoras, dos monitores de
auxiliam na caracterização das peças computador e dos projetores de
protéticas. multimídia onde as imagens são
observadas.
A fotografia, quando de boa qualidade,
pode expressar forma, textura, proporção
e interação dos dentes com o restante da
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Marketing
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trás, para um lado e para o outro. Isso Placas bacterianas e cálculos salivares
propicia fotografar o assunto sempre da devem ser removidos, a não ser que
mesma distância, resultando em fotos sejam o objeto da fotografia. Por fim, é
com a mesma magnitude e exposição. importante manter-se tranqüilo e
pressionar o disparador de forma lenta e
Recomenda-se atenção para qualquer
suave
imperfeição, pois, por menor que seja, é
evidenciada nas fotografias (nariz, saliva,
dedos... dão um efeito ruim às imagens).
.
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Nas fotografias frontais, a luz do flash escondida atrás do modelo (Fig. 14 A).
deve vir logo acima da objetiva (posição Caso a iluminação venha de baixo,
12h). Essa luz propicia sombras suaves e ocorrerão sombras na porção superior da
uniformes na face do modelo, o que cabeça; se vier lateralmente, ocorrerão
ressalta os detalhes e deixa a sombra do sombras unilaterais na face e no fundo
fundo ficar quase que totalmente (Figs. 14 B-C).
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venha lateralmente, mas do lado oposto 15 B). Caso a luz venha de cima, a
ao do nariz, o contorno anterior da face sombra aparecerá na porção inferior da
fica prejudicado, as sombras do fundo face (Fig. 15 C). Se vier de baixo, a
ficam na porção frontal do rosto e a linha sombra projeta-se na porção superior da
naso-labial fica muito pronunciada (Fig. cabeça (Figs. 15 D).
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Para todas as fotos de rosto e face, pode- elimina as sombras de fundo, mas as
se utilizar flash de pouca potência, ligado regras para a iluminação principal
à fotocélula, com o intuito de iluminar a continuam as mesmas (Esquema 1).
parede de fundo da fotografia, o que
Fotografias de sorriso
Espelhos
Afastadores
Os afastadores são utilizados para retrair Podem ainda ser recortados, ajustando-
os lábios e bochechas, melhorando o se para determinadas tomadas. Cada
acesso à cavidade oral e permitindo modelo proporciona melhores resultados
melhor visualização e iluminação das em determinadas situações, dependendo
áreas a serem fotografadas. do tamanho e das características da boca
a ser fotografada. Devido a isso, o ideal é
Os afastadores podem ter formatos
possuir mais de um par de afastadores,
diversos. Podem ser únicos, duplos
de tamanho e forma variáveis (Figs. 22 A-
arredondados ou em forma de “V”.
E).
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*Ideais para fotografias oclusais, pois o recorte facilita a sua utilização simultânea com o espelho.
Plano de fundo
Para todos os equipamentos e acessórios nas partes da câmera que são tocadas
utilizados, devem-se tomar precauções pelo fotógrafo, deixando livre a parte
para reduzir a possibilidade de infecção frontal da objetiva. Essa proteção deve
cruzada. Pode-se utilizar “filme” de PVC ser trocada a cada paciente (Figs.24 A-B).
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Fotografias Frontais
Figura 25 - Posição da objetiva em relação aos planos oclusais e sagital mediano na fotografia frontal.
além de manter a porção central do lábio afastadores podem ser seguros por um
tencionada para que a mesma não assistente ou pelo próprio paciente (Fig.
apareça na fotografia (Figs. 30 e 31). Os 32 A-B).
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Fotografias laterais
Figura 33 A - Posição correta do fotógrafo, do espelho e do afastador para fotos laterais com espelho.
*Nessas tomadas o fotógrafo posiciona-se do lado oposto ao lado fotografado.
Figura 33 B - Esquema mostrando o posicionamento correto do afastador, do espelho e da objetiva em
relação às arcadas para a tomada lateral com espelho.
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Figura 35 A - Posição correta do fotógrafo e dos afastadores para fotos laterais sem espelho.
*Nessas tomadas o fotógrafo posiciona-se do lado a ser fotografado
Figura 35 B - Esquema mostrando o posicionamento correto dos afastadores e da objetiva em relação
às arcadas para a tomada lateral sem espelho.
O objetivo da tomada lateral dos dentes oclusal deve estar paralelo às bordas
anteriores é documentar a quantidade de horizontais da fotografia. A iluminação
overbite e overjet (Fig. 37). Nessa pode ser feita com flash circular ou com
tomada, não há necessidade de flash eletrônico próximo à objetivas (lado
espelhos, e os afastadores são direito 3 h, lado esquerdo 9h), para que
tencionados para trás mantendo livre a não ocorram sombras das bochechas
região de pré-molares, canino e incisivos sobre os elementos dentais.
que vão compor a fotografia. O plano
Fotografias Oclusais
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REFERÊNCIAS
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REABILITAÇÃO PROTÉTICA ASSOCIANDO PRÓTESE FIXA E PARCIAL REMOVÍVEL
Silva, FAP; Ferreira, JAND; Ferreira, DF
Este capítulo é parte integrante do eBook lançado durante o 25º Congresso Internacional
de Odontologia de São Paulo – 25º CIOSP (janeiro de 2007) e distribuído gratuitamente
pelo site www.ciosp.com.br, pertencente
à Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas – APCD.
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CONSIDERAÇÕES GERAIS
Histórico
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Considerações biomecânicas
PRANCHAS CLÍNICAS
CASO 1
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Figura 10 - Estrutura metálica sobre modelo de trabalho e macho de processamento sobre encaixe.
(Estrutura metálica confeccionada pela técnica de laboratório Renata Blümer)
Figura 11 - Estrutura metálica fixada com gesso no modelo de gesso. O encaixe será indexado durante a
acrilização.
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Figura 12 e 13 - Alívio do espaço entre o encaixe e o rebordo para acrilização da base da prótese.
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Figura 18 - Vista frontal do aspecto estético sem os dentes posteriores a serem substituídos.
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*CASO 2
O aspecto clínico inicial (Fig. 22) do obtido um molde (Fig. 28) do modelo de
paciente apresentava ausência de todos gesso aliviado por uma folha de cera 7
os dentes posteriores superiores e alguns utilizando somente a silicona pesada. Um
dentes anteriores superiores segundo molde (Fig. 29) foi obtido
apresentavam necessidade de correção utilizando silicona leve agora na boca. A
estética. Na arcada inferior apresentava cerâmica foi aplicada sobre as estruturas
ausência de alguns dentes posteriores. metálicas e a prótese fixa agora pronta
Após moldagem, montagem em mostra seu aspecto vestibular com o
articulador e realização de todos os encaixe para distal (Fig. 30) e sua
passos necessários para o correto fresagem terminada na parte lingual (Fig.
planejamento protético de um caso foi 31). A associação das próteses fixas com
definida uma prótese parcial removível a a estrutura removível (Fig. 32) pode ser
encaixe para arcada superior e uma observada como uma única unidade
prótese parcial removível convencional a funcional. A prova das estruturas na boca
grampo para a arcada inferior, uma vez (Figs. 33 e 34) é um importante passo
que esta arcada não apresentava nesta técnica, uma vez que é nessa etapa
envolvimento estético. A próxima etapa que realiza-se a união da fêmea do
foi o preparo dos dentes pilares (Fig. 23) encaixe com a estrutura metálica da parte
que receberam coroas unidas para uma removível da prótese. A prótese pronta
correta distribuição dos esforços sobre (Fig. 35) sobre o modelo mostra mais
elas. Os dentes foram moldados e o uma vez o aspecto único deste tipo de
modelo de trabalho obtido. Após os prótese. Uma vista interna da prótese
procedimentos padrão de troquelização, inteira (Fig. 36) e da região do encaixe
exposição do término de preparo, e alivio (Fig. 37) mostra o aspecto de sua parte
dos preparo com espaçadores (Fig. 24) fêmea presa à base prótese e o detalhe
realizou o enceramento da estrutura da da resina acrílica mais clara, a qual foi
prótese fixa. Os copings foram encerados utilizada para fixação da fêmea do
e os machos do encaixe SR 3.0 (CNG encaixe a estrutura metálica da
SOLUÇÕES PROTÉTICAS, SÃO PAULO-SP, BRASIL) removível. Para sua cimentação alguns
foram posicionados na distal do cuidados devem ser tomados. Um deles é
enceramento da estrutura fixa. Procedeu- a colocação de um fio dental no espaço
se a prova do metal na boca (Fig. 25). Na inter proximal (Fig. 38) para auxiliar na
estrutura metálica fundida (Fig. 26) em remoção do cimento. Passar vaselina na
sua face distal está localizada a parte parte externa da prótese (Fig. 39) evita
macho do encaixe e na sua parte lingual que o cimento adira à superfície da
se encontra o fresamento para o cerâmica facilitando sua remoção. O
adequado relacionamento da estrutura auxilio do abridor de boca Expandex (JON)
removível. Como tinha sido planejado (Fig. 40) é importante para um acesso
realizou-se a união dos copings em boca facilitado no ato de inserção da prótese
utilizando resina acrílica Duralay (RELIANCE para cimentação. A parte fixa deve estar
DENTAL MFG CO WORTH, IL, USA) (Fig. 27). posicionada na removível e o conjunto
Realizou-se moldagem de transferência deve ser levado unido quando da
das estruturas metálicas. Primeiro foi cimentação da prótese fixa, a qual deve
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Figura 27 - União das estruturas metálicas individuais bilateralmente para solda à laser.
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Figura 32 - Estrutura metálica da prótese removível associada às próteses fixas. (Laboratório Calgaro)
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Figura 41 - Aspecto clínico durante a cimentação. Figura 42 - Aspecto clínico após a cimentação.
CASO 3
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Figuras 46 a 49 - Enceramento das coroas e confecção das lojas para acomodar o apoio do encaixe
intracoronário juntamente com realização da fresagem da superfície lingual.
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Figura 55 - Estrutura metálica da prótese parcial removível superior posicionada sobre a estrutura metálica
da prótese fixa.
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Figuras 57 a 60 - Aspecto do relacionamento entre as partes do retentor da prótese parcial removível com a
estrutura metálica fixa mostrando o padrão de adaptação entre as suas superfícies.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
De acordo com o abordado não existe com polpa volumosa, e também nos
nenhum attachment universal, que possa casos de extremos livres, devendo utilizar
se enquadrar a todos os casos. Todos os attachments extracoronários que
tipos de attachments apresentam apresentem um rompe-esforços e ainda
vantagens e desvantagens, cada grupo de assim utilizar um pilar secundário
autores defende o que lhes parecem ferulizado ao pilar principal.
correto. A seleção do attachment deve estar
Os attachments intracoronários tem como sempre baseada no desenho da prótese,
vantagem um direcionamento melhor das na morfologia anatômica, na localização e
cargas mastigatórias, enquanto os posição dos dentes suporte, no espaço
extracoronários promovem forças disponível para aplicação do encaixe e na
verticais fora do longo eixo do dente. maneira como se relacionam os arcos
Acúmulo de placa, inflamações gengivais, dentais.
alterações periodontais, perda da O tratamento com prótese parcial
estabilidade oclusal, pinçamento dos removível a encaixe é mais complexo,
tecidos e controle impróprio da tanto no planejamento quanto execução e
distribuição da carga são as desvantagens manutenção. Por isso, requer do
associadas aos attachments profissional além do conhecimento básico
extracoronários. Entretanto os da prótese, experiência e treinamento
attachments intracoronários estão contra- com o encaixe escolhido, habilidade
indicados em dentes com pouca altura ou clínica e bom senso.
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REFERÊNCIAS
1 Associação dos protéticos dentários de Estado de São Paulo. Atualização em prótese dentária –
Procedimentos clínicos e laboratoriais. VI Congresso Paulista de técnicos em prótese dentária 1999;
Livraria e Editora Santos: São Paulo – SP.
2 Cunningham DM. Indication and contraindications for precision attachments. Dent Clin. North Am 1970;
14: 595.
3 De Fiori SR. Atlas de prótese parcial removível. 4a Ed. São Paulo: Pancast Editorial; 1993.
4 Desplast EM. A prótese parcial removível na prática diária. 1a Ed. São Paulo: Pancast Editorial; 1989.
5 Fischer RL. The efficiency of na indirect retention. J Prosth Dent 1975; 33: 24-30.
6 Henderson D, Steffel VL. Mccracken´s prótese parcial removível. 5a Ed. São Paulo: Artes Médicas; 1979.
7 Kotowicz WE. Clinical procedures in precision attachments removable partial denture construction. Dent
Clin. North Am 1980.
8 Miller CJ. Intracoronal attachments for removable partial denture. Dent Clin. North Am 1963; 7: 779.
9 Staubli PE. Attachment & implants – Refence manual. 6a TH. San Mateo: Attachment International Inc;
1996.
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SISTEMAS ADESIVOS – ATUALIDADES E PERSPECTIVAS
Reis, AF; Pereira, PNR; Giannini, M
Marcelo Giannini
Este capítulo é parte integrante do eBook lançado durante o 25º Congresso Internacional
de Odontologia de São Paulo – 25º CIOSP (janeiro de 2007) e distribuído gratuitamente
pelo site www.ciosp.com.br, pertencente
à Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas – APCD.
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1. INTRODUÇÃO
Sistema adesivo
Esmalte ou
Dentina
Figura 1 - Esquema representativo das diferentes interfaces que podem ser formadas pelos diferentes
substratos e materiais envolvidos nos procedimentos restauradores adesivos.
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SISTEMAS ADESIVOS – ATUALIDADES E PERSPECTIVAS
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A união aos substratos dentais ocorre al., 1982). A qualidade da adesão está
principalmente através da interação diretamente relacionada à eficiência da
micromecânica do agente de união com o penetração dos monômeros nos espaços
esmalte condicionado e com as fibrilas interfibrilares, ao completo envolvimento
colágenas expostas na dentina. Para que pela solução adesiva das fibrilas
se consiga uma união ao substrato colágenas expostas pelo condicionamento
dentinário com resinas adesivas, é preciso ácido (Figs. 3 e 4), e ao grau de conversão
aplicar um ácido para que a camada do adesivo. Para a obtenção da união ao
superficial da dentina tenha a fase esmalte aplica-se um ácido para se
mineral totalmente ou parcialmente promover um aumento na área e na
removida. Em seguida, esta região que energia livre de superfície através da
era antes ocupada por mineral é desmineralização (Fig. 5). A união
substituída pela solução do adesivo. O depende também da retenção
agente de união precisa infiltrar nesta micromecânica entre a resina adesiva e
rede de fibrilas colágenas e polimerizar in as porosidades promovidas pelo
situ, formando o que se denomina condicionamento ácido ao redor e no
camada híbrida (Fig. 2) (Nakabayashi et centro dos prismas de esmalte (Fig. 6).
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SISTEMAS ADESIVOS – ATUALIDADES E PERSPECTIVAS
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RC
AD
CH
D
Figura 2 - Fotomicrografia eletrônica de transmissão ilustrando a formação
da camada híbrida (CH). (RC) resina composta, (AD) adesivo, (D) dentina.
TD
D
Figura 3 - Fotomicrografia eletrônica de transmissão de uma secção transversal da dentina após a aplicação
do ácido fosfórico a 37% por 15 segundos. A região entre as setas representa uma zona desmineneralizada
de aproximadamente 4 µm. Após a aplicação do ácido fosfórico, esta zona precisa ser infiltrada pelo sistema
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SISTEMAS ADESIVOS – ATUALIDADES E PERSPECTIVAS
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adesivo para que seja forma a camada híbrida. (D) dentina, (TD) túbulo dentinário.
TD
RC
A
D
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4.1. Monômeros
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SISTEMAS ADESIVOS – ATUALIDADES E PERSPECTIVAS
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4.2. Solventes
adesivo. Outro fato importante, e que colágenas, caso ela tenha sido colapsada
deve ser levado em consideração pelos pela secagem com ar após a lavagem do
clínicos é a importância dos solventes ácido fosfórico (Fig.7). Este é um dos
para a promoção da adesão, como fatores que contribui para os bons
descrito no parágrafo acima. Os solventes, resultados observados para os sistemas
especialmente a acetona, são altamente de 3 passos (De Munck et al., 2005).
voláteis em temperatura ambiente. Desta Nos sistemas auto-condicionantes, o
forma, é importante que o adesivo seja solvente utilizado normalmente é a água
dispensado apenas no momento de sua e alguns sistemas apresentam também o
utilização, pois a sua volatilização etanol em pequena quantidade. A
previamente a aplicação pode presença de água é essencial para
comprometer a infiltração dos permitir a ionização dos monômeros
monômeros na zona desmineralizada ácidos e a desmineralização do esmalte e
(Reis et al., 2003). É importante ressaltar, dentina subjacente (Tay & Pashley 2001).
que os adesivos à base de acetona Uma maior concentração de água no
normalmente apresentam uma alta primer ou no adesivo auto-condicionante
concentração de solvente e baixa resulta em uma maior agressividade
concentração monomérica em sua (capacidade de desmineralização)
composição. Assim é importante aplicar (Hiraishi et al., 2005). Mais uma vez é
várias camadas de adesivo até que se importante ressaltar a importância da
perceba que toda a superfície dental está aplicação de um jato de ar para a
brilhante após a aplicação do jato de ar. evaporação desta água, que apesar de
A grande vantagem de se utilizar primers importante durante a aplicação do
misturados em água (disponível nos adesivo, pode ser prejudicial à união e
sistemas de 3 passos), é a possibilidade reduzir a vida clínica da restauração.
de se reexpandir a rede de firbrilas
intensidade suficiente para promover alto da fonte de luz. Outros sistemas adesivos
grau de conversão dos materiais. Nos de dupla ativação contêm sulfinatos
casos onde a luz não consegue ser aromáticos de sódio, componentes
aplicada em intensidades adequadas, o diferentes da reação peróxido-amina
mecanismo químico de polimerização (Arrais et al., 2006). As soluções do sal de
deve assegurar a conversão monomérica sulfinato de sódio são utilizadas em
(Menezes et al., 2006). Outra indicação adesivos de frasco único como o
clínica desses adesivos é na cimentação Prime&Bond NT Dual Cure
de núcleos ou pinos pré-fabricados nos (Dentsply/Caulk) e Optibond Solo Plus
canais radiculares, cuja fonte luminosa do Dual Cure (Kerr Dental). O sistema
aparelho fotopolimerizador não consegue peróxido-amina tem sido utilizado nos
atingir as regiões mais profunda do canal adesivos convencionais, os quais
(Foxton et al., 2003). apresentam o primer e o adesivo em
A maioria dos sistemas de cura dual frascos separados. São exemplos os
apresenta além do sistema de aminas sistemas Scotchbond Multipurpose Plus
aromáticas e fotoiniciadores encontrados (3M Espe), All Bond 2 (Bisco) e Optibond
nos adesivos fotoativados, o peróxido de FL Dual Cure (Kerr Dental). O sistema
benzoíla e aminas terciárias, que geram Scotchbond Multipurpose Plus apresenta
radicais livres para que a reação de também um frasco Ativador para o primer
polimerização ocorra mesmo na ausência que contem o sal sulfinato.
AD
CH
AD
CH
SP
D
2 µm
100
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7. APLICAÇÃO CLÍNICA
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Figura 14 - Início da remoção da restauração com Figura 15 - Remoção do tecido cariado com uma
uma ponta diamantada. broca carbide.
Figura 18 - Aspecto da superfície dentinária após a Figura 19 - Início da aplicação do ácido fosfórico pela
aplicação do cimento de Hidróxido de Cálcio. margem de esmalte.
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8.1. Nanoinfiltração
110
SISTEMAS ADESIVOS – ATUALIDADES E PERSPECTIVAS
Reis, AF; Pereira, PNR; Giannini, M
5 µm
AD
RC
D
CH
Existem algumas falhas que ocorrem com aplicação dos sistemas que utilizam o
certa freqüência durante as atividades condicionamento prévio com ácido
clínicas que se evitadas ou contornadas, fosfórico é a desidratação da dentina.
podem certamente contribuir para uma Nestes casos, a técnica úmida de união
maior longevidade dos procedimentos estaria comprometida, pois o
restauradores. A Tabela 1 ilustra estas colabamento das fibrilas colágenas pode
falhas. comprometer a infiltração dos
Uma falha bastante comum é sem monômeros resinosos e formação da
dúvida, a contaminação do campo camada híbrida. Este problema pode ser
operatório por saliva ou sangue durante o contornado pela aplicação dos primers
procedimento restaurador. O ideal é que o hidrófilos nos sistemas de 3 passos. Por
isolamento absoluto seja utilizado sempre serem compostos principalmente de água
que possível, mas em alguns casos o e HEMA, eles possuem a capacidade de
isolamento relativo pode também ser reexpandir a rede de fibrilas colágenas,
indicado. No entanto, a manutenção de facilitando a infiltração dos monômeros e
um campo seco e livre de contaminantes formação da camada híbrida. Para os
é de fundamental importância. Outro sistemas de dois passos, pode-se utilizar
problema que pode acontecer durante a alguns produtos disponíveis no mercado
111
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Reis, AF; Pereira, PNR; Giannini, M
AGRADECIMENTOS
Os autores agradecem: ao Prof. Dr. Gilberto Borges Soares e à Prof. Dr. Ana Maria Spohr por
terem gentilmente cedido as imagens apresentadas na Figura 7; ao Prof. Adriano Sapata e
ao CD aluno do curso de mestrado em Dentística da Universidade Guarulhos Marcos
Kirihata pela realização do caso apresentado nas Figuras 12 a 27; à CD Aline Ramett Pucini
e ao CD Paulo Moreira Vermelho participantes do curso de atualização em Dentística da
ACDC pela realização do caso apresentado nas Figuras 28 a 39; e ao Prof. Dr. Elliot W.
Kitajima (NAP/MEPA, ESALQ/USP) pelo suporte técnico para realização das
fotomicrografias eletrônicas de varredura.
REFERÊNCIAS
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115
SISTEMAS ADESIVOS – ATUALIDADES E PERSPECTIVAS
Reis, AF; Pereira, PNR; Giannini, M
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RESINA COMPOSTA: EXCELÊNCIA ESTÉTICA E FUNCIONAL
Araújo, E; Almeida e Silva, JS; Delbons, F
Edson Araújo
Flavia Delbons
Este capítulo é parte integrante do eBook lançado durante o 25º Congresso Internacional
de Odontologia de São Paulo – 25º CIOSP (janeiro de 2007) e distribuído gratuitamente
pelo site www.ciosp.com.br, pertencente
à Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas – APCD.
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RESINA COMPOSTA: EXCELÊNCIA ESTÉTICA E FUNCIONAL
Araújo, E; Almeida e Silva, JS; Delbons, F
INTRODUÇÃO
Diagnóstico e planejamento
Nenhum tipo de tratamento poderá ter apoiada nos critérios que norteiam a
êxito sem o estabelecimento de um decisão de restaurar.
correto diagnóstico e adequado As lesões de cárie, lesões não cariosas,
planejamento. Toda e qualquer fraturas e má-formação dental são os
intervenção restauradora deve estar principais motivos que levam um dente a
receber um tratamento restaurador.
Lesões de cárie
Figura 1 e 2 - Vista oclusal de uma lesão cariosa de um primeiro molar inferior esquerdo,
antes e após o tratamento restaurador.
Em relação às lesões não cariosas, é de realizado, uma vez que na grande maioria
extrema importância a identificação do dos casos, não há somente um único fator
fator etiológico do desgaste dental. Este, etiológico operante para a perda de tecido
quando detectado, é freqüentemente dental duro. É imprescindível que o
diagnosticado como condição natural do cirurgião-dentista tenha conhecimento
envelhecimento, erosão, abrasão, atrição, que a prevalência da erosão dental vem
abfração. Há casos em que os pacientes aumentando consideravelmente, e lesões
percebem que seus dentes estão sendo de abfração e atrição, que são
encurtados ou afinados, antes de seus características de pacientes bruxômacos,
dentistas. representam grande parte das lesões não
Na realidade, a execução de um correto cariosas.
diagnóstico em relação à etiologia do Como citado anteriormente, é comum
desgaste dental não é algo simples de ser encontrar pacientes que apresentam
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Araújo, E; Almeida e Silva, JS; Delbons, F
restaurador, respectivamente.
Fratura dental
Classe IV
Colagem de fragmento
Figuras 6 e 7 - Aspecto inicial do paciente. Observe a fratura em nível de esmalte e dentina do incisivo central
superior esquerdo.
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RESINA COMPOSTA: EXCELÊNCIA ESTÉTICA E FUNCIONAL
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“Um artista deve ter seus próprios textura, contornos e colorações que os
instrumentos de mensuração. Não nas compõem. Repetir várias vezes o exercício
mãos, mas nos olhos”. Michelangelo. de observação, e então desenhar o dente
O cérebro não pode trabalhar sem as e seus diferentes detalhes é uma boa
mãos e as mãos não podem trabalhar maneira de estimular a visualização e
sem o cérebro, portanto, a capacidade de registrá-la. Outra forma para se exercitar e
observação é um aspecto confiável do aprender é repetir os desenhos em dias
processo criativo e elemento-chave para a diferentes e confrontá-los para verificar se
arte odontológica7. Antes de tentar algum detalhe não foi deixado de lado.
esculpir dentes naturais, é preciso Extremamente importante é a análise
observar e visualizar detalhes de forma, visual dos dentes por vários ângulos. A
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RESINA COMPOSTA: EXCELÊNCIA ESTÉTICA E FUNCIONAL
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Figura 8 e 9 - Vista frontal de dois incisivos centrais superiores. Observe o desenho (fig. 10) da textura
superficial confeccionado a partir deste ângulo de visão.
Figura 11 e 12 - Vista incisal e lateral dos mesmos dentes. Note o novo desenho (fig. 13)
confeccionado após a mudança no ângulo de visão.
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RESINA COMPOSTA: EXCELÊNCIA ESTÉTICA E FUNCIONAL
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É válido ratificar que as mãos só são dentes naturais, bem como o intricado
capazes de reproduzir aquilo que os olhos comportamento óptico dos mesmos,
são ou foram capazes de ver. É especialmente em dentes anteriores.
impossível copiar o que não se conhece, Conhecer a estrutura dos dentes naturais
portanto é extremamente importante que é a base da moderna prática odontológica
o cirurgião-dentista seja capaz de e fundamental para o sucesso de
visualizar a macro e microanatomia dos
126
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Figura 14
127
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Figura 15
Figuras 14, 15 e 16 - Vista frontal dos incisivos centrais superiores de três pacientes. Observe as
diferentes expressões cromáticas, principalmente no terço incisal.
Seleção de cor
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⇒ Limpeza dos dentes com uma pasta profilática sem óleo ou um jato de bicarbonato.
⇒ Execução da seleção de cor sob iluminação adequada como descrita anteriormente.
⇒ Observação atenta das espessuras de esmalte e dentina.
⇒ Observação registro, através de um desenho, das nuances multicromáticas de dente
(atenção especial ao terço incisal).
⇒ Seleção do matiz básico e diferentes cromas da dentina por meio de uso de uma
escala de cores ou da própria aplicação fotopolimerização da resina sobre o dente a
ser restaurado.
⇒ Seleção do esmalte artificial com auxílio de escalas de cores ou com a própria resina
composta.
⇒ Realização de ensaios restauradores até a obtenção do resultado cromático
adequado4.
externa que pode ser criada através de Michelangelo, um dos grandes gênios da
compósitos opalescentes e translúcidos. Renascença, afirmou certa vez que, se as
O efeito de halo opaco, que é decorrente pessoas soubessem o quanto ele tinha
da reflexão total da luz, pode ser que trabalhar para desenvolver e manter
reconstruído com o uso de resinas sua maestria, não ficariam tão
opalescentes ou com um discreto filete de deslumbradas com suas obras. Não existe
resina opaca, o que torna o resultado final arte sem dedicação, preparo e
mais controlável4,11. treinamento. Na Odontologia, atuar com
Além de conhecer pormenorizadamente a arte envolve mais do que empregar bons
anatomia e o comportamento óptico dos materiais, tinta e pincéis nas
tecidos dentais, o cirurgião-dentista deve restaurações. Atuar com arte envolve
dominar o sistema de resina composta método, disciplina e estudo. Se a intenção
escolhido, desvendando e otimizando os é confeccionar restaurações
resultados que cada sistema pode absolutamente imperceptíveis, devem-se
oferecer. Isto somente é possível através estudar exaustivamente os dentes
da escolha de bons materiais e naturais, as referências de forma, cor
principalmente de treinamento. textura e brilho.9
Atuar de forma artística envolve, antes de
mais nada, comprometimento.
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13. Aplicação de um bom sistema adesivo sobre os substratos condicionados pelo ácido.
Polimerização de acordo com as recomendações do fabricante.
14. Inserção das resinas de acordo com o tipo e tamanho da “cavidade”.
15. Polimerização de cada incremento por 10s e complementar a fotopolimerização por
60s no final do procedimento.
16. Remoção do dique de borracha se for o caso.
17. Verificação da oclusão, para que a função seja restabelecida.
18. Remoção dos excessos mais grosseiros com auxílio de lâminas de bisturi e pontas
diamantadas de granulação ultrafina.
19. Execução do acabamento e polimento. Esta etapa final do tratamento deve
preferencialmente ser executada em uma sessão subseqüente. Utilizar instrumentos
em ordem de abrasividade decrescente.
CASO CLÍNICO:
Figura 17
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Figuras 17 e 18 - Aspecto inicial do paciente. Observe a fratura em nível de esmalte e dentina do incisivo
central superior direito.
Figura 19
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Figura 20
Figura 21
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Figura 22 - Aspecto frontal de um dos ensaios restauradores durante a seleção das cores e das resinas
compostas.
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Figura 25 - Guia de silicone após a inserção do Figura 26 - Vista frontal após a reconstrução do
esmalte palatal (EA2, FILTEK SUPREME XT, 3M ESPE). esmalte palatal. Observe que o comprimento,
Observe que este incremento apresenta uma largura, anatomia palatina e o contorno da
espessura de aproximadamente 1 mm, se restauração foram estabelecidas por este
estendendo exatamente até os limites da guia. incremento.
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Figura 39 - Uma segunda camada de esmalte artificial (EA1 FILTEK SUPREME XT, 3M ESPE), é inserido para
finalizar a reconstrução do esmalte vestibular.
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Figura 49
Figura 50
Figura 51
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Dentística]. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina; 2003.
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ESTÉTICA FACIAL
Freitas, RZ; Costa, CP; Pinho, S
ESTÉTICA FACIAL
⇒ Residência Odontológica
Sérgio Pinho
Este capítulo é parte integrante do eBook lançado durante o 25º Congresso Internacional
de Odontologia de São Paulo – 25º CIOSP (janeiro de 2007) e distribuído gratuitamente
pelo site www.ciosp.com.br, pertencente
à Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas – APCD.
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ESTÉTICA FACIAL
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CONSIDERAÇÕES GERAIS
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ESTÉTICA FACIAL
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Figuras 3 e 4 - Após o tratamento estético do sorriso, houve melhora significativa da aparência dento-facial e
condição psicossocial, promovendo melhoria da qualidade de vida.
Tendo em vista que a beleza não é agressivas.26 Adultos jovens também são
absoluta, mas sim extremamente influenciados por conceitos perceptuais
subjetiva,12 um entendimento dos da estética facial, já que estudantes
princípios da percepção do belo pode finlandeses com apinhamento incisal ou
ajudar a eliminar a confusão no campo da diastema foram avaliados como tendo
estética.11 A percepção tem sido definida uma desvantagem social comparados aos
como o processo pelo qual padrões de estudantes com incisivos protruídos ou
estímulo ambiental são organizados e normais.23 Até mesmo pequenas
interpretados21 e pode ser influenciada variações no tamanho dos dentes
por uma variedade de fatores físicos, anteriores e no alinhamento, bem como
fisiológicos, psicológicos, sociais e sua relação aos tecidos moles
culturais.3,6,7,11-13,21,23 circundantes, influenciam, em diferentes
A percepção negativa da sociedade frente gradações, a percepção estética de
às alterações dento-faciais traz pessoas leigas e de dentistas.27-29
repercussões importantes no aspecto Sendo assim, observa-se a importância de
psicossocial desses indivíduos. Há um melhorar o entendimento do dentista
número crescente de estudos indicando sobre o impacto da aparência dento-facial
que indivíduos com aparência facial no convívio social e profissional de um
atrativa têm sido considerados mais indivíduo, já que é de responsabilidade do
qualificados socialmente, mais desejáveis profissional advertir sobre as implicações
como amigos e parceiros e detentores de dentárias da má-oclusão.17, 30
ocupações de maior sucesso.13,14,23-27 Sabe-se que a habilidade das pessoas
Essa observação é corroborada ao ser para reconhecer uma face bela (Figuras 5,
constatado que a escolha de grupos de 6 e 7) é inata mas transformá-la dentro
amizade entre crianças escolares é de objetivos de tratamento definidos é
relacionada à percepção do tipo dento- problemático.7 Se a interpretação dos
facial.24 resultados clínicos é possível em função
Crianças com uma aparência dental do conhecimento científico, a
normal podem ser julgadas terem um compreensão dos princípios estéticos
melhor visual, serem mais desejadas dento-faciais deve permitir uma avaliação
como amigas, mais inteligentes e menos lógica dos fundamentos da beleza,6 os
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ESTÉTICA FACIAL
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ETAPAS DIAGNÓSTICAS
ANAMNESE
ANÁLISE FACIAL
LINHAS DE REFERÊNCIA
* Linha Interpupilar
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ESTÉTICA FACIAL
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É determinada por uma reta que passa base anterior da mandíbula (parte inferior
através do centro dos olhos e representa, do mento), criando assim uma harmonia
se paralela ao solo (plano horizontal), a global. 6,11,51
referência mais adequada para a Embora o paralelismo e a
realização de uma análise facial proporcionalidade entre o plano ocluso-
correta.49,50 Entretanto, os olhos, ou incisal, o contorno gengival e as linhas de
mesmo os cantos da boca, eventualmente referência horizontais tenham sido
estão posicionados em alturas diferentes. descritos como essenciais para a
Nesses casos, a horizontal verdadeira é harmonia de um sorriso agradável,50,52 a
tomada como o plano de referência. presença de discrepâncias ou de leves
Como regra, as seguintes linhas também irregularidades não compromete o
são paralelas à linha interpupilar: linha resultado estético final, principalmente na
ofríaca (sobrancelhas); da comissura perspectiva dos leigos. 22,27-29,53
labial (lábios); da base alar (nariz); e da
TERÇOS FACIAIS
Por razões diagnósticas, a face é dividida linha de inserção do cabelo até a linha da
em terços. O terço médio se estende do sobrancelha, não será detalhado devido
meio da sobrancelha até a região ao alto grau de distorção (limite superior)
subnasal e o terço inferior se estende da e por ser uma área fora da atuação da
área subnasal ao tecido mole do mento. O odontologia.
terço superior, que compreende desde a
Terço Médio
Terço Inferior
ANÁLISE DO SORRISO
Figura 9, 10 e 11 – A ausência de exposição dos incisivos com o lábio em repouso motivou o paciente a
restaurar as bordas incisais com resinas compostas. Torna-se imprescindível o conhecimento das proporções
dentais para a execução do tratamento.
156
ESTÉTICA FACIAL
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Figura 12 - Paciente que apresentava sorriso gengival (erupção passiva alterada), dentes quadrados
(proporção inadequada) e bordas incisais bem posicionadas com relação ao lábio inferior.
Figura 13 - Foi realizada cirurgia plástica periodontal e clareamento dental buscando o equilíbrio do conjunto
– dentes e gengiva.
CONVEXIDADE DA FACE
TERÇOS FACIAIS
A projeção do tecido mole da região infra- retrusões maxilares, por falta de suporte
orbitária (osso malar), via de regra, está esquelético adequado, essas estruturas
alinhada com a parte anterior do globo apresentam-se com aspecto achatado ou
ocular e apresenta contorno convexo, murcho (côncavo) e podem dar a
característica também encontrada nos impressão de que o nariz possui tamanho
sulcos paranasais.40 Nos casos de avantajado.
.
ÂNGULO NASOLABIAL
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ESTÉTICA FACIAL
Freitas, RZ; Costa, CP; Pinho, S
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ESTÉTICA FACIAL
Freitas, RZ; Costa, CP; Pinho, S
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ESTÉTICA FACIAL
Freitas, RZ; Costa, CP; Pinho, S
PROEMINÊNCIA MENTONIANA
Deve ser avaliada em relação ao lábio proeminente nos homens do que nas
inferior, lábio superior e nariz. Encontra-se mulheres.79 Em estudos sobre percepção
idealmente alinhada com a posição do estética,80 uma característica comum nos
lábio inferior e com a linha subnasal casos considerados desagradáveis são as
verdadeira, sendo normalmente mais alterações na projeção mentoniana.
SULCO MENTOLABIAL
LINHA QUEIXO-PESCOÇO
PRANCHAS COM
OS CASOS CLÍNICOS
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ESTÉTICA FACIAL
Freitas, RZ; Costa, CP; Pinho, S
CASO 1
Figura 16 Figura 17
Características Diagnósticas:
Diagnóstico:
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ESTÉTICA FACIAL
Freitas, RZ; Costa, CP; Pinho, S
TRATAMENTO:
Figura 21 Figura 22
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ESTÉTICA FACIAL
Freitas, RZ; Costa, CP; Pinho, S
CASO 2
Figura 26 Figura 27
Figura 28 Figura 29
Características Diagnósticas:
Diagnóstico:
164
ESTÉTICA FACIAL
Freitas, RZ; Costa, CP; Pinho, S
TRATAMENTO:
Figura 30 Figura 31
Figura 32 Figura 33
165
ESTÉTICA FACIAL
Freitas, RZ; Costa, CP; Pinho, S
CASO 3
Figura 34 Figura 35
Figura 36 Figura 37
Características Diagnósticas:
alteração na proporcionalidade dos lábios
Avaliação Frontal: Ausência de (Figura 34).
proeminência malar, ocasionando
pobreza de volume nas maçãs do rosto Avaliação Lateral: Pobreza na
com olhar cansado e aprofundamento dos proeminência da região malar e
sulcos nasogenianos. O lábio superior paranasal. Falta de projeção do lábio
está pouco proeminente e fino e há superior com ausência de selamento
ausência de selamento labial passivo. A labial. Ausência do sulco mento-labial
exposição dos dentes está ligeiramente pela deficiência na projeção do mento
aumentada e a mandíbula desviada (Figuras 36-37).
acentuadamente para à direita. Altura
facial ântero-inferior aumentada com
Diagnóstico:
TRATAMENTO
Figura 38 Figura 39
Figura 40 Figura 41
167
ESTÉTICA FACIAL
Freitas, RZ; Costa, CP; Pinho, S
CASO 4
Figura 42 Figura 43
Figura 44 Figura 45
Características Diagnósticas:
Diagnóstico:
168
ESTÉTICA FACIAL
Freitas, RZ; Costa, CP; Pinho, S
TRATAMENTO:
Figura 46 Figura 47
Figura 48 Figura 49
169
ESTÉTICA FACIAL
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CASO 5
Figura 50 Figura 51
Figura 52 Figura 53
Características Diagnósticas:
Diagnóstico:
170
ESTÉTICA FACIAL
Freitas, RZ; Costa, CP; Pinho, S
TRATAMENTO:
Ortodontia pré e pós-cirúrgica com finalidade face e correção da relação lábio/incisivo com
de descompensação dentária superior e diminuição da exposição dento-gengival,
inferior, alinhamento, nivelamento, alcançando o selamento labial passivo.
coordenação de arcos e intercuspidação. Melhora na projeção do osso malar, sulcos
nasogenianos e projeção mentoniana.
Cirurgia Ortognática promoveu rotação anti- Diminuição do ângulo nasolabial com melhor
horária do complexo maxilo-mandibular suporte para região nasal. Nota-se melhora
através do avanço e reposicionamento na harmonia, proporção e equilíbrio facial
superior da maxila, mandíbula e mento. (Figuras 54-57).
Houve o encurtamento do terço inferior da
Figura 54 Figura 55
Figura 56 Figura 57
171
ESTÉTICA FACIAL
Freitas, RZ; Costa, CP; Pinho, S
CONCLUSÃO
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175
BIOMECÂNICA EM OSSEOINTEGRAÇÃO
Mandia Jr, J; Kesselring, ALF
BIOMECÂNICA EM OSSEOINTEGRAÇÃO
Alberto L. F. Kesselring
Este capítulo é parte integrante do eBook lançado durante o 25º Congresso Internacional
de Odontologia de São Paulo – 25º CIOSP (janeiro de 2007) e distribuído gratuitamente
pelo site www.ciosp.com.br, pertencente
à Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas – APCD.
177
BIOMECÂNICA EM OSSEOINTEGRAÇÃO
Mandia Jr, J; Kesselring, ALF
BIOMECÂNICA NA IMPLANTODONTIA
1. INTRODUÇÃO
180
BIOMECÂNICA EM OSSEOINTEGRAÇÃO
Mandia Jr, J; Kesselring, ALF
oclusal, o tipo de prótese a ser realizada, recobrimento oclusal, tanto pelo fato de
se fixa ou do tipo overdenture e a sua permitir um auto-ajuste com o uso, como
extensão. De forma geral, em trabalhos pelo fato de não causar deformação na
fixos pequenos, vemos com bons olhos a estrutura metálica e permitir maior
utilização de porcelana, já os trabalhos passividade do trabalho.
extensos preferimos o uso de resina para
o Encaixe passivo:
o Estabilidade oclusal:
ficando sua superfície intacta, facilitando
Aqui também as próteses cimentadas assim a obtenção de contatos oclusais
levam vantagens65,66 pois não existe a que direcionem as forças no sentido axial
perfuração na região oclusal da coroa em relação ao longo eixo do implante.
para receber o parafuso de fixação,
o Estética:
orifício por onde passa o parafuso de
As próteses cimentadas possibilitam fixação.
melhores resultados estéticos66 por não
terem a necessidade da presença do
o Resistência à fratura:
181
BIOMECÂNICA EM OSSEOINTEGRAÇÃO
Mandia Jr, J; Kesselring, ALF
Fica mais fácil a utilização de próteses chaves para aperto dos parafusos de
cimentadas por não requirirem o uso de retenção.65
182
BIOMECÂNICA EM OSSEOINTEGRAÇÃO
Mandia Jr, J; Kesselring, ALF
4. EXTENÇÃO DO CANTLEVER
Sabemos que de forma ideal não termos próximos a articulação, receberão mais
elementos suspensos seria do ponto de forças9. Quanto mais para anterior estiver
vista biomecânico, o mais interessante. planejado o pôntico suspenso, ou seja,
As forças ficam mais bem distribuídas, quanto mais distante estiver do ponto de
otimizando a sua absorção pelo tecido aplicação da força muscular, mais se
ósseo, implantes e componentes torna mecanicamente favorável.
protéticos. Contudo se analisarmos os Além da questão da localização, temos
mais variados casos clínicos, podemos que considerar o comprimento do
observar que por muitas vezes em áreas cantlever. Quanto maior for a extensão
onde seriam necessário a colocação de suspensa da prótese fixa,
implantes, temos uma estrutura óssea proporcionalmente maior será a força de
precária, seja na qualidade, na torção aplicada sobre os implantes9.
quantidade ou em ambas. É verdade que A distribuição dos implantes e a forma do
hoje não temos mais, do ponto de vista arco interferem no desenho da prótese e
técnico, áreas onde não se possa colocar na extensão possível do cantilever.
implantes, temos sim a presença de Implantes em linha reta não deveriam
regiões com pobre qualidade ou receber próteses com elementos
quantidade óssea, que necessitam de suspensos, pois quanto mais reto o
enxertos ósseos e de tecido mole para alinhamento dos implantes, maior o
viabilizar a instalação de implantes. potencial de flexão. Linhas curvas
Porém, temos dois fatores relacionados aumentam a capacidade de neutralização
aos pacientes que dificultam esse tipo de de forças transversas, diminuindo o
procedimentos enxertos, quais sejam, potencial de flexão.
condições econômicas e disposição para Em pacientes desdentados totais tem se
as etapas cirúrgicas. sugerido que a extensão do cantlever
Cabe a nós apresentarmos alternativas distal, não deve exceder 2,5 vezes a
que viabilizem o caso, diminuindo custos distância entre o centro do implante mais
e intervenções cirurgicas. Então entra a anterior até a região mais distal dos
questão do cantilever. implantes posteriores48.
Os dentes anteriores, apesar de Consequentemente, arcos de formato
estruturalmente mais frágeis que os quadrado com distância antero-posterior
posteriores, são frequentemente os mais curta, deve ter cantlever menor e já
últimos a serem perdidos, um dos os arcos triangulares, com maior distância
motivos é a sua vantagem biomecânica, antero-posterior entre os implantes,
pois eles estão mais longe da articulação podem ter um cantlever mais longo.
têmporo-mandibular. Sabemos que No planejamento dos casos clínicos
quanto mais próximo da articulação, temos muitas variáveis, tais como:
maior a força desenvolvida e recebida. frequência de mastigação, força de
Desta maneira, os dentes posteriores, mordida, tipo de antagonista (prótese
apesar de estruturalmente mais total, dentes naturais, prótese fixa sobre
resistentes, acabam sofrendo mais, sendo implantes), número, distribuição,
sua perda mais prematura. comprimento e largura dos implantes,
Traçando um paralelo, pônticos em qualidade e quatidade de tecido ósseo,
balanço posicionados mais para posterior, dentre tantos outros, que impedem a
183
BIOMECÂNICA EM OSSEOINTEGRAÇÃO
Mandia Jr, J; Kesselring, ALF
5. UNIÃO DENTE-IMPLANTE
ápice dental. Isto se deve ao fato de que da tensão na região cervical do osso. As
quanto mais duradoura a força, maior cargas geradas em intervalos de tempo
será a deformação do ligamento menores, ou seja, semelhante ao ciclo
periodontal, fazendo com que o dente mastigatório, apresentam uma
intrua em seu alvéolo. A prótese, sob esta distribuição de tensão mais homogênea
condição, funcionará como um elemento na região cervical tanto do implante
suspenso, aumentando a concentração quanto do dente. Fig.5.1 e 5.2
implante dente
Figura 5.1 - Modelo do elemento finito bi-dimensional mostrando a concentração de tensão no osso ao redor
do dente e implante, quando uma carga de 50 kg é aplicada no dente por 10 seg.
implante dente
Figura 5.2 - Modelo do elemento finito bi-dimensional mostrando a concentração de tensão no osso ao
redor do dente e implante, quando uma carga de 50kg é aplicada no dente por 5 milésimos de segundo.
Figuras 5.1 e 5.2 extraídas de Menicucci et al 47.
185
BIOMECÂNICA EM OSSEOINTEGRAÇÃO
Mandia Jr, J; Kesselring, ALF
Figura.5.3 - Tensão produzida durante aplicação de carga sobre o implante. A, Abutment cônico segmentado.
B, Abutment tipo UCLA.
Figura extraída de Ochiai et al 58.
Figura.5.4 - Modelo bidimensional de elementos Figura.5.5 - Tensão Von Misses localizada na região
finitos reproduzindo PPF unindo mésio-cervical do implante.
1º Pré-molar a 2º Molar.
Figuras extraídas de Betiol 7.
6. UNIÃO IMPLANTE-IMPLANTE
187
BIOMECÂNICA EM OSSEOINTEGRAÇÃO
Mandia Jr, J; Kesselring, ALF
Figura.6.1 - Tensão Von Misses em implantes com Figura. 6.2 - Tensão Von Misses em imlpantes com
coroas isoladas coroas unidas
Figuras extraídas da tese de mestrado de Silva 70.
7. CONTATOS OCLUSAIS
Quanto aos contatos oclusais num estudo de distribuindo sobre a superfície oclusal de um
transmissão da tensão para a interface osso- Pré-molar implanto-suportado em 1, 2 ou 3
implante aplicando-se cargas e as pontos da mesma fig7.5, Eskitascioglu et al23
189
BIOMECÂNICA EM OSSEOINTEGRAÇÃO
Mandia Jr, J; Kesselring, ALF
Fig 7.6 - Distribuição das tensões dentro do implante e do abutment. A, Carga em 1 ponto. B,Carga em 2 ponto
C, Carga em 3 pontos.
190
BIOMECÂNICA EM OSSEOINTEGRAÇÃO
Mandia Jr, J; Kesselring, ALF
Figura 7.7 - Distribuição das tensões dentro do osso cortical numa vista vestibular.
A, Carga em 1 ponto. B, Carga em 2 pontos. C, Carga em 3 pontos.
Figuras 6.5, 6.6, 6.7 - extraídas de Eskitascioglu et al 23.
191
BIOMECÂNICA EM OSSEOINTEGRAÇÃO
Mandia Jr, J; Kesselring, ALF
Acreditamos ser hoje os fatores que mais satisfação do paciente com relação aos
têm recebido a atenção científica e aspectos funcionais e estéticos.
financeira da indústria na implantodontia. Na tentativa de atingir os objetivos
O alto índice de sucesso na reabilitação citados anteriormente, as pesquisas
com implantes de pacientes desdentados científicas têm procurado estabelecer
parcial ou total tem impulsionado a uma relação entre desempenho e formato
pesquisa para o desenvolvimento de um dos implantes. A evolução no desenho
modelo de implante ideal, afinal produzir tem se baseado na inter-relação de
um formato de implante que irá distribuir fatores como geometria, propriedades
as cargas dentro de níveis fisiológicos do mecânicas, estabilidade inicial e interface
osso peri-implantar é essencial. implante-tecido ósseo.
Tem-se verificado que o tratamento com Atualmente quando se fala em desenho
implantes não apresenta um fator único de um implante devemos levar em
ou principal que possa ser determinante consideração os seguintes aspectosFig.8.1:
no sucesso, tanto em estudos de longo 1. Diâmetro e comprimento
prazo como em casos individuais. Na 2. Formato do implante (cilíndrico,
realidade pode-se afirmar que além dos cônico)
aspectos relacionados ao paciente, como 3. Superfície (com ou sem roscas)
quantidade e qualidade óssea, quando 4. Textura de superfície (liso, rugoso)
um conjunto de fatores está presente 5. Formato das roscas (forma de V,
haverá um prognóstico positivo. São eles, quadrada, serra)
imobilidade na fixação do implante, nível 6. Tipo de união com o elemento
marginal ósseo estável após o 10 ano de protético (hexágono interno,
colocação e aplicação de carga, e externo, cone Morse)
avaliação periódica através de Rx, 7. Utilização de abutment
ausência de dor, infecção, neuropatia ou intermediário ou não.
parestesia, desempenho funcional estável 8. Número de roscas por unidade de
num intervalo de tempo maior ou igual as comprimento
terapias alternativas disponíveis e
192
BIOMECÂNICA EM OSSEOINTEGRAÇÃO
Mandia Jr, J; Kesselring, ALF
193
BIOMECÂNICA EM OSSEOINTEGRAÇÃO
Mandia Jr, J; Kesselring, ALF
com picos de tensão nas pontas das alta compressão apical durante a fixação
roscas, já quando a superfície era lisa não incrementando sua estabilidade inicial.50
houve concentração de tensões na Implantes com menos de 10mm tem
cortical e nas pontas das roscas os apresentado um índice relativamente alto
valores obtidos foram maiores que o de insucesso, principalmente quando
dobro dos com tratamento de superfície. localizados em áreas de baixa qualidade
Ainda com relação à superfície, quatro óssea como região posterior de maxila. As
parâmetros devem ser modificações nos formatos têm como
considerados:composição, finalidade melhorar a ósseo-integração e
rugosidade,topografia e energia de a manutenção da crista óssea nestas
superfície. As possibilidades de áreas.
modificação das propriedades de A largura do implante apresenta um papel
superfície, por meio de engenharia de relevante tanto na ósseo-integração como
superfície, são enormes, não apenas nos na transferência de cargas. No estudo
aspectos químico e biológico, mas realizado por Himmlová et al30 se
também morfológicos e topográficos num verificou que quando implantes de
espectro que vai de centímetro à mesmo comprimento tiveram seu
nanômetro6. diâmetro aumentado, houve diminuição
Alterações no formato das roscas, tanto significativa tanto na área de tensão
em número como em profundidade máxima quanto na quantidade de tensão
podem levar a um aumento de até 300% na região cervical. Já quando houve
na área de superfície do implante aumento do comprimento para implantes
segundo Misch, Poitras e Dietsh-Misch.51 de mesmo diâmetro, uma diminuição da
A utilização de implantes cônicos ou com tensão na região cervical também foi
formato de raiz parece agregar vantagens verificada, porém de menor intensidade.
como aumento de contato em relação a Figs.8.2 e 8.3 Neste estudo é ressaltado que a
Figura 8.2 - Distribuição da tensão von Mises ao redor de implantes de diferentes diâmetros. Vermelho
representa a região de máxima tensão na região cervical do implante. A, Modelo produzido por análise de
elemento finito para implante de diâmetro de 2,9mm. B, Modelo de implante com diâmetro de 6,5mm. A área de
tensão máxima é maior no implante de 2,9mm.
194
BIOMECÂNICA EM OSSEOINTEGRAÇÃO
Mandia Jr, J; Kesselring, ALF
Figura 8.3 -Distribuição de tensão von Mises ao redor de implantes de comprimentos diferentes. A, Modelo
produzido por análise de elemento finito para implante de 8mm de comprimento por 3,6mm de diâmetro. B,
modelo de implante com 17mm de comprimento por 3,6mm de diâmetro. Há uma pequena diferença na área
afetada pela tensão máxima para o implante curto (A) e longo (B).
Figuras 7.2 e 7.3 extraídas de Himmlová et al 30.
Uma grande evolução no design dos que os implantes com hexágono interno,
implantes foi a concepção do hexágono apresentam maior grau de estabilidade,
interno, que trouxe diversas vantagens atribuído ao maior comprimento do
como descritas a seguir: abutment na região de conexão e ao 1º
Binon et al10 citam que os componentes grau de convergência das paredes
restauradores podem ter altura reduzida, internas.
distribuição profunda das cargas laterais Kharaisat et al38 concluiram que tanto em
dentro do implante, proteção do parafuso relação a resistência á fratura e desaperto
do abutment, alta resistência ao do parafuso de fixação, os hexágonos
afrouxamento da união, vibração externos tem maior índice de problemas
diminuída devido ao íntimo contato das em relação aos hexágonos internos. Uma
paredes do implante e abutment, e um vez que a falha mecânica tende a ocorrer
potencial de selamento bacteriano. no parafuso de fixação, se este não
Balfour et al5 em um estudo comparativo quebra ou solta, a força é transmitida
entre diferentes implantes e seus pilares toda para o tecido ósseo. Acrescenta
para restaurações unitárias concluiram ainda que hexágonos externos tem maior
195
BIOMECÂNICA EM OSSEOINTEGRAÇÃO
Mandia Jr, J; Kesselring, ALF
Figura 9.1 - Distribuição das tensões von Misses distribuídas em um modelo com implantes de hexágono
interno (A) e externo (B) simulando a ação de forças mastigatórias no sentido ocluso gengival. Cedidas
gentilmente pelo prof. Dr. Plínio Húngaro, em contato pessoal.
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199
BIOMECÂNICA EM OSSEOINTEGRAÇÃO
Mandia Jr, J; Kesselring, ALF
200
AS FONTES DE ENERGIA LUMINOSA SÃO NECESSÁRIAS NA TERAPIA DE CLAREAMENTO DENTAL?
Riehl, H; Nunes, MF
Heraldo Riehl
Mauro F. Nunes
Este capítulo é parte integrante do eBook lançado durante o 25º Congresso Internacional
de Odontologia de São Paulo – 25º CIOSP (janeiro de 2007) e distribuído gratuitamente
pelo site www.ciosp.com.br, pertencente
à Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas – APCD.
202
AS FONTES DE ENERGIA LUMINOSA SÃO NECESSÁRIAS NA TERAPIA DE CLAREAMENTO DENTAL?
Riehl, H; Nunes, MF
RESUMO
O objetivo deste texto é esclarecer melhor o papel das fontes de energia luminosa, indicadas e empregadas
em diversas técnicas de clareamento dental. A necessidade de evidências científicas robustas 1 sobre o
assunto, a grande divergência de opiniões na literatura, o excessivo marketing feito pela mídia, e o grande
interesse que o assunto desperta na comunidade odontológica e nos pacientes são fatores relevantes. Assim,
é fundamental identificar qual(is) o(s) efeito(s) que essas fontes de luz causariam sobre o agente clareador e
a estrutura dental.
A eficácia e a segurança de agentes clareadores de baixa concentração para o clareamento doméstico estão
muito bem documentadas na literaturaa , 2 (Figuras 1, 2 e 3). Entretanto, uma nova categoria de agentes
clareadores com maior concentração foi desenvolvida com o intuito principal de acelerar a velocidade da
terapia clareadora. Recentemente, foi agregado à esses últimos, a opção de ativação por uma fonte luminosa
(exemplo, laser), cujo objetivo primordial é potencializar e acelerar sua ação 3 (Figuras 4, 5 e 6). Porém,
fenômenos como o significativo aumento da sensibilidade dental pós-operatória tornou-se um dos efeitos
colaterais mais encontrados nesse tipo de abordagem, ocorrendo muitas vezes durante e também depois do
fim da terapia. Tal fato tem sido discutido cientificamente e alternativas foram sugeridas para amenizar a
ocorrência da hipersensibilidade, como a laserterapia, a diminuição da concentração dos agentes oxidantes
empregados, o emprego de analgésicos, antinflamatórios e a diminuição ou a completa eliminação do calor.
O calor infelizmente acompanha a maioria das fontes luminosas empregadas na técnica de clareamento de
consultório, popularizada como power bleaching 4, constituindo hoje em dia em fator de preocupação.
a Joiner, A. The bleaching of tooth: a review of the literature. Journal of Dentistry, 2006. IN PRESS
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AS FONTES DE ENERGIA LUMINOSA SÃO NECESSÁRIAS NA TERAPIA DE CLAREAMENTO DENTAL?
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luz ou laser pode causar efeitos colaterais De maneira geral, todo tratamento
sobre o tecido pulpar, através do possível clareador envolve procedimentos
aumento da temperatura intrapulpar, que químicos com substâncias oxidantes que
normalmente não deveria exceder 5,5oC retiram elétrons do substrato onde
acima da temperatura fisiológica 5. Os entram em contato. Dentre todas as
géis clareadores tendem a “isolar” a substâncias já pesquisadas, os peróxidos
superfície dental, prevenindo o são considerados os oxidantes mais
aquecimento excessivo, muito embora efetivos e com menor potencial de efeitos
existam evidências 6 de que sem o gel, colaterais indesejáveis.
empregando-se um laser de diodo (3W, Genericamente, os peróxidos são óxidos
830nm por 30 segundos), a temperatura que contém mais oxigênio do que um
se aproxime a 16oC, e com gel, por volta óxido normal. Tais substâncias são
de 8,7oC, ambos os valores acima do encontradas em várias partes do corpo
limiar “crítico”. Estas informações devem humano, como por exemplo: na lágrima,
ser de domínio público na classe na saliva, nas sinapses neurais e nos
odontológica. tecidos inflamados. Sabe-se também que
Este artigo analisa as evidências existe um sistema enzimático que regula
científicas consistentes que contém o aporte dos peróxidos nos tecidos vivos,
informações que sustentem ou não uma mantendo a concentração dessas
real vantagem clínica do uso dessas substâncias em níveis fisiologicamente
fontes de luz, devido ao custo elevado dos seguros. Dentre as enzimas mais
equipamentos. Também discute como as estudadas e conhecidas encontramos as
fontes de luz realmente funcionam, e se catalases, as peroxidases e a
proporcionam vantagens significativas do superoxidodismutase. Tais enzimas têm a
ponto de vista clínico e biológico para função de transformar o peróxido (com
nossos pacientes, quando comparadas a excesso de oxigênio) em seu óxido de
outras técnicas de clareamento já bem origem, liberando assim uma espécie de
conhecidas. Não discute o notório “valor oxigênio conhecido como oxigênio
agregado” que tais fontes luminosas nascente. É sabido que não só as enzimas
proporcionariam em consultório, pois se têm a propriedade de decompor
faz necessário separar “o clareamento de basicamente os peróxidos em água e
fato” do “clareamento de ficção”b. oxigênio nascente. Fontes de calor, fontes
de luz, substâncias químicas, variações de
1. Introdução pH e alguns íons metálicos também são
capazes de decompor o peróxido
Muito se tem discutido sobre o uso de envolvido numa reação de clareamento
fontes de energia luminosa com o intuito dental.
de facilitar, acelerar e aumentar e O peróxido de hidrogênio que foi
eficiência do peróxido de hidrogênio ou de decomposto em íntimo contato com o
carbamida durante os procedimentos de substrato desejado, libera o oxigênio
nascente, que notoriamente é um íon de
vida efêmera, instável, e que se une
bRobert W. Gerlach in Physical, biological and social aspects of rapidamente a outras substâncias livres
whitening: an evidence-based approach,
Academy of Dental Materials 2006 Annual Meeting.
ou fracamente ligadas a um determinado
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Figura 7: esmalte de incisivos centrais com características de paciente jovem (18 anos), com periquimáceas
na face vestibular visíveis, margem incisal translúcida preservada, totalidade de dentina coberta por esmalte,
pouco tempo de desafio bioquímico e funcional e possivelmente com esmalte mais permeável ao
tratamento clareador. Clinicamente falando, possivelmente com câmara pulpar volumosa e pouca deposição
de dentina terciária.
Figura 8: esmalte de incisivos centrais com características de paciente adulto (30 anos), com sua superfície
já desprovida das periquimáceas, margem incisal e superfície vestibular já com algum desgaste. Pelo maior
tempo de vida intrabucal, tal elemento apresenta em sua história um desafio bioquímico e funcional
significante, com repercussão direta no grau de mineralização e permeabilidade do esmalte. À análise
clínica, seus aspectos relativos à câmara pulpar possivelmente evidenciam já alguma deposição de dentina
terciária.
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Figura 9: esmalte de incisivos centrais com características de paciente idoso (60 anos), com superfície
vestibular e margem incisal fisiologicamente desgastada, presença de trincas e, pelo alto desafio bioquímico
e funcional, altamente mineralizado, menos permeável e com dentina mais aparente. Câmara pulpar
possivelmente atrésica, com grande quantidade de dentina terciária, naturalmente com maior croma quando
comparada à dentina de um dente jovem ou adulto.
Para que ocorra o clareamento dental, só aplicação. Mas isto não é verificado na
são necessários três componentes: o prática clínica. Por quê? Devido a
elemento dental (esmalte, dentina e diferenças entre pacientes, mais
polpa), o agente clareador (basicamente especificamente: ao tipo de esmalte, à
peróxido de hidrogênio), e um gatilho para idade do mesmo, à composição e pH do
catalisar sua decomposição e haver a agente clareador, ao tempo de contato do
liberação de oxigênio nascente. clareador com o substrato, à temperatura
Dependendo das condições e do do agente de clareamento, entre outras
ambiente onde o clareamento ocorre, não condições, não se pode padronizar
é somente o oxigênio nascente que surge; genericamente os resultados. Por todas
outros íons podem surgir, como por estas variáveis pode-se afirmar que, em
exemplo os radicais hidroxil, per-hidroxil e regra, várias aplicações de 40 minutos do
íons de peróxido de hidrogênio e agente clareador são necessárias para
categorias intermediárias. 7 obter-se clareamento significativo.
A cinética da reação de clareamento A velocidade da maioria das reações
dental obedece algumas leis da química químicas pode ser aumentada pela
que envolvem a difusão do peróxido de elevação da temperatura, e também
hidrogênio para a intimidade da estrutura pode-se afirmar que com o passar do
dental, seguida de uma equação de tempo a velocidade de reação tende a
equilíbrio químico 8 que leva em diminuir, pois os reagentes tendem a se
consideração a pressão osmótica exercida esgotar 8. Verifica-se ao longo da história
pelo agente clareador, geralmente ditada que a aceleração da decomposição dos
pela sua concentração, pelo seu potencial peróxidos muitas vezes foi feita com o
oxidativoc e fundamentalmente pelo emprego de calor e. Para ganhar tempo,
tempo que esse agente clareador ficará os clínicos tentaram apressar a
em contato com a superfície dos dentes. degradação dos peróxidos aumentando
Em outras palavras: um agente clareador sua temperatura através da utilização de
altamente concentrado (como o peróxido instrumentos aquecidos ou fontes de luz.
de hidrogênio 35%), atuando por um Luzes incandescentes,
tempo relativamente curto (por exemplo, fotopolimerizadores, lasers
40 minutos por sessão) e em contato com infravermelhos e LEDs de alta densidade
o esmalte (uma membrana semi- de potência podem elevar a temperatura
permeável) deveria proporcionar um do agente clareador, acelerando a
grande e longevo efeito clareador numa degradação do peróxido. Entretanto, isto
pode colocar em risco a saúde pulpar.
Ainda que o aquecimento produzido pelas
c Potencial oxidativo: A potência oxidativa de uma substância
clareadora é medida pelo tempo de contato, quantia e fontes luminosas possa explicar a
velocidade de liberação do oxigênio nascente, sendo estas aceleração inicial na decomposição dos
dependentes de vários fatores, como a natureza do peróxido,
sua concentração, temperatura em que se dá a reação e se há agentes clareadores, segundo recente
presença de catalisadores.
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Resposta: Na literatura os valores de comprimento de onda do laser são 532 (verde), 660
(vermelho) e 830 (infra-vermelho; invisível) nanômetros e 200 a 2000 mW/cm2 de
potência. Para os LEDs que circundam esses feixes de laser em alguns aparelhos, os
valores de comprimento de onda (azul) são 470 nanômetros e 800 mW/cm2 de potência. A
falta de consenso na literatura sobre o comprimento de onda mais efetivo e a controvérsia
de que lasers e LEDs de alta potência produzem aquecimento, denotam a necessidade de
mais estudos dessas fontes de luz, como bem exemplifica a revisão sistemática de
Buchalla e Attind. Nessa revisão são citados artigos clínicos em cujos métodos as arcadas
foram divididas e o clareamento foi feito em um hemiarco com luz e no outro sem o
emprego de qualquer fonte luminosa.
d Buchalla, W; Attin, T. External bleaching therapy with activation by heat, light or laser – a systematic review. Dental Materials, 2006
(article in press).
210
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4) Existem maneiras eficazes para avaliar se as fontes de luz produzem resultado clínico
significativamente superior?
Resposta: Uma das mais importantes variáveis na avaliação dos sistemas clareadores de
consultório é a aplicabilidade de uma metodologia que aborde testes in vivo em humanos.
O resultado do clareamento de consultório associado a fontes de luz é questionável 11,17. A
maioria dos trabalhos descrevendo casos de clareamento em consultório associado a luz
bem sucedidos está limitada aos relatos de casos clínicos ou estudos de comparações com
os já bem documentados e aceitos achados sobre clareamento doméstico. Um trabalho
recente 18 coloca como possível justificativa da superioridade dos resultados finais do
clareamento doméstico o maior tempo de contato do agente clareador de baixa
concentração. Isto tornaria possível uma maior difusão na estrutura dental, resultando em
maior clareamento, menor estresse oxidativo sobre a polpa, resultado mais durável e sem
as recidivas em longo prazo 12. Estas são relatadas na modalidade de consultório,
sobretudo nas ativadas por fontes luminosas. As causas das recidivas recaem sobre a
excessiva desidratação causada pelo isolamento absoluto ou relativo, aumentada pelo
calor adicional das fontes de luz, o que evidencia um “clareamento” adicional temporário. O
verdadeiro efeito do clareamento sobre os dentes, independentemente do método
empregado, deveria ser mensurado após 15 a 30 dias, tempo sugerido pelas pesquisas
mais recentes para que os dentes se reidratassem e o tecido pulpar se recuperasse do
estresse oxidativo a que foi submetido. Dessa maneira, os profissionais e os pacientes não
deveriam ficar muito entusiasmados com o resultado imediato, e sim esperar algum tempo
para ter certeza de que a terapia clareadora executada concretizou-se em sucessoe.
Uma das grandes dificuldades nos métodos de avaliação clínica é o fato dos pacientes
responderem de maneira diferente ao clareamento, ainda que a mesma técnica seja usada
para comparar dentes de um mesmo grupo e de cor inicial semelhante. Isto pode ser
resultado de diferenças genéticas, idade, hábitos e de outros inúmeros fatores individuais
que modificam localmente a ação do mesmo tipo de tratamento.
Para minimizar esses fatores, é essencial tratar o assunto com cuidado. Atualmente, para
confrontar a efetividade de duas técnicas distintas, utiliza-se a comparação em meias-
arcadas, observando-se dentes contralaterais de um mesmo paciente (dois incisivos
centrais, por exemplo), de um mesmo arco, com as mesmas cores, que tenham passado
pelos mesmos desafios bioquímicos e funcionais. Desta maneira, as diferenças intangíveis
que poderiam gerar interpretações duvidosas são virtualmente eliminadas.
Trabalhos científicos que não utilizam o método de avaliação de meias-arcadas nas
avaliações de clareamento de consultório, devem apresentar justificativa para tal decisão,
visto que esta dificulta a interpretação dos resultados obtidos e abre margem para dúvidas
do real valor dos dados obtidos.
Da mesma maneira que Hein 19, fizemos também algumas comparações de fontes híbridas
(LED + laser infravermelho) em um lado e LED puro em outro; fontes híbridas com nenhum
tipo de luz, fazendo as mais diversas combinações entre fontes luminosas (em andamento)
e com três tipos de agentes clareadores distintos:
Opalescence X-tra Boost (Ultradent Inc.), que não recomenda nenhum tipo de luz;
e Thomas Attin, Wolfgang Buchalla, Anette Wiegand: Clinical issues of tooth whitening therapies, in Academy of Dental Materials 2006
Annual Meeting.
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Whiteness HP (FGM), que indica as fontes luminosas como opcionais, de uso não
obrigatório; e,
Lase Peroxide Sensy (DMC), que explica ser necessário o uso de uma fonte híbrida de luz
com laser de diodo infravermelho (invisível) com comprimento de onda de 830 nm e
potência de 200 mW circundado por LEDs de alto desempenho (com comprimento de
onda de 470 nm e densidade de potência de 800 mW/cm2).
Os resultados parciais desse estudo, até então em andamento, não evidenciam diferença
entre as hemi-arcadas clareadas com luz e sem luz.
Figura 11
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Figura 12
Figura 13
Figura 14
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Figura 15
Figura 16
Figura 17
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Figura 18
Figura 19
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Figura 20
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Figura 22
Figura 23
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Figura 24
Figura 25
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Figura 26
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Figura 28
Figura 29
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Figura 30
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Figura 32
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Figuras 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 29, 30, 31, 32 e 33: arcadas de paciente adulta clareada
com peróxido de hidrogênio a 35% (Whiteness HP – FGM), cuja técnica coloca a luz como opcional, onde em
um hemiarco (o esquerdo) foi aplicado fonte de luz híbrida e na outra metade (o direito) sem fonte de luz
alguma. Observa-se nos diferentes hemiarcos a mudança de cor de magenta para transparente, em
gradações de cor diferentes, o que mostra que a luz parece catalisar a reação através de efeito fototérmico
ou fotoquímico. Entretanto, ao final imediato da terapia clareadora (figuras 30, 31) e tardiamente (figuras 32
e 33), não houve diferença entre os hemiarcos tratados com o mesmo
gel clareador e com e sem fontes híbridas de luz.
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Figura 34
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Figura 41
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Figura 42
Figura 43
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Figura 44
Figuras 34, 35, 36, 37, 38,
39, 40, 41, 42, 43, 44, 45, 46,
47 e 48: arcada de paciente
adulta, clareada com peróxido
de hidrogênio a 35% (Lase
Peroxide Sensy – DMC), cuja
técnica recomendada pelo
fabricante, de acordo com
instruções colhidas na bula,
prevê a ativação com fonte
híbrida de luz. Arcada direita
clareada sem uso de fonte de
luz. Observam-se também nos
Figura 45 diferentes hemiarcos a
mudança de cor em
gradações diferentes da cor
cereja para diferentes níveis
de laranja, o que mostra que a
fonte híbrida de luz parece
também catalisar a reação
através de efeito fototérmico
ou fotoquímico. Entretanto, ao
final imediato da terapia
clareadora (figuras 46 e 47) e
tardiamente (figura 48), não
houve diferença entre os
hemiarcos tratados com o
Figura 46 mesmo gel clareador e com e
sem fontes híbridas de luz.
Figura 47
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tem evidenciado
2,4,5,6,7,9,11,13,14,17,18,19 adotada pelas sociedades representativas
limites e controvérsias relativas às reais das diversas especialidades da nossa
propaladas vantagens das fontes profissão. Tal exemplo é adotado pela
luminosas, através de estudos clínicos in Medicina já há vários anos e com
vitro e in vivo, de acordo com tabela excelentes resultados práticos.
explicativa contida no trabalho de Para a confecção de uma possível diretriz
Buchalla e Atinn, já supracitado. sobre assuntos como adesão em dentina
Estudos bem estruturados e com métodos e esmalte, clareamento dental, resinas
convincentes e bem suportados 19,f e os compostas, cerâmicas odontológicas e
de outras equipes, f g que obtiveram clareamento dental, transcrevemos aqui o
resultados semelhantes são exigidos para caminho de um possível modelo retirado
demonstrar de maneira inequívoca se do site da Sociedade Brasileira de
realmente há ou não o benefício adicional Cardiologia (www.cardiol.org/consenso),
de alguma fonte luminosa que objetiva cuja tabela de critérios de consenso
clarear dentes. Até o momento, fontes positivo (Classe I), negativo (Classe III) ou
luminosas ainda devem ser empregadas ainda em fase de avaliação (Classe II)
com cautela, devendo-se aguardar a está reproduzida a seguir.
publicação de mais estudos para que se
chegue ao consenso científico.
Atualmente, os pacientes em consultório
questionam sobre o uso “quase
obrigatório” do “laser”, fato que tem sido
resolvido por muitos profissionais de
maneira simples, empregando-o por
pouco tempo e associando moldeiras com
peróxido de carbamida (denominado
tratamento conjugado), fato este último
que tem garantido um clareamento que
realmente satisfaça os interesses dos
nossos clientes, com aspecto realmente
natural e sem ferir a ética pessoal. Muito
embora isso pareça ser um contra-senso,
tal fato seria prontamente resolvido pela
adoção de diretrizes científicas que
estabeleçam qual método possui
evidências científicas de qualidade que
realmente suportem a proposta oferecida.
A proposta para criação de comissões
para a redação, edição e publicação de
diretrizes científicas na área odontológica,
abordando os mais diversos temas, é uma
sugestão a ser pensada, avaliada e talvez
Classe I
4. CONCLUSÕES
DECLARAÇÃO:
Os autores não possuem conflito de interesse com as empresas citadas neste artigo.
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234
A UTILIZAÇÃO DAS PLACAS OCLUSAIS NO CONTROLE DAS DISFUNÇÕES TEMPOROMANDIBULARES (DTMs)
Miranda, ME; Teixeira, ML
Este capítulo é parte integrante do eBook lançado durante o 25º Congresso Internacional
de Odontologia de São Paulo – 25º CIOSP (janeiro de 2007) e distribuído gratuitamente
pelo site www.ciosp.com.br, pertencente
à Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas – APCD.
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A UTILIZAÇÃO DAS PLACAS OCLUSAIS NO CONTROLE DAS DISFUNÇÕES TEMPOROMANDIBULARES (DTMs)
Miranda, ME; Teixeira, ML
no processo de regeneração ou
As disfunções temporomandibulares complicando o controle do paciente)
(DTM's) são definidas como um termo (Okeson, 1996).
coletivo que abrange as patologias O conceito de etiologia multifatorial
associadas aos músculos da mastigação, explica a diversidade de “escolas” (linhas
a articulação temporomandibular ou de atuação) em relação ao tratamento
ambos (Okeson, 1996). Estas disfunções das DTM’s e também de acordo com os
se caracterizam por dores à palpação nos desenhos das placas, especialmente para
músculos da mastigação, ruídos os diversos tipos de fatores contribuintes.
articulares, limitação dos movimentos As modalidades utilizadas no tratamento
mandibulares e alterações na trajetória das DTM's têm variado de acordo com a
de abertura e fechamento bucal. filosofia dos autores sobre a etiologia dos
Acometem de 5-7% da população sintomas, surgindo, então várias formas
(Solberg et al., 1979; Okeson, 1996), de terapia, algumas vezes
tendo uma incidência de 2-3% (LeResche, associadamente, visando restabelecer a
2002). fisiologia das estruturas em questão
Os sintomas mais comuns das DTM's são (Miranda, 2005). Dentre essas
a contração e dor nos músculos da modalidades, a placa oclusal têm sido a
mastigação, dor na articulação mais utilizada. (Tecco et al., 2004).
temporomandibular (ATM), presença de Placa oclusal é um aparelho removível,
ruídos articulares, limitação dos confeccionado com o intuito de alterar os
movimentos mandibulares e trajetória contatos oclusais. Também é conhecida
irregular no movimento de abertura e como placa estabilizadora, placa de
fechamento bucal (McNeill et al., 1980; mordida, placa noturna, placa de
Okeson, 1996). bruxismo, aparelho interoclusal, splint
Atualmente a etiologia das DTM's tem oclusal, placa de Michigan, placa de Shore
sido definida de várias maneiras, podendo e placa miorelaxante (Miranda, 2005).
ser classificada como multifatorial, Miranda (1988) agrupou os tipos de
biopsicossocial e/ou idiopática, o que placas de acordo com suas várias
mostra que sua causa permanece características para um melhor
desconhecida ou especulativa (Greene, entendimento acadêmico. Contudo,
2001, 2006). A literatura tem classificado devido a algumas inovações, houve
os agentes causadores das DTM's como também uma pequena alteração na
fatores contribuintes, dividindo-os em classificação, assim, as placas podem ser
fatores iniciadores (aqueles que causam o agrupadas de acordo com o tipo de ação,
início da desordem), fatores o material, o método de confecção, a
predisponentes (aumentam o risco de cobertura oclusal e a localização:
DTM) e fatores perpetuadores (interferem
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A UTILIZAÇÃO DAS PLACAS OCLUSAIS NO CONTROLE DAS DISFUNÇÕES TEMPOROMANDIBULARES (DTMs)
Miranda, ME; Teixeira, ML
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A UTILIZAÇÃO DAS PLACAS OCLUSAIS NO CONTROLE DAS DISFUNÇÕES TEMPOROMANDIBULARES (DTMs)
Miranda, ME; Teixeira, ML
⇒ Método de confecção:
⇒ Cobertura oclusal:
o Cobertura parcial com contatos apenas nos dentes anteriores (Jig, Front-
plateau) (Figura 10)
o Cobertura parcial com contatos apenas nos dentes posteriores (placa de
Gelb) (Figura 11)
o Cobertura total, envolvendo todos os dentes do arco (Figura 12)
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A UTILIZAÇÃO DAS PLACAS OCLUSAIS NO CONTROLE DAS DISFUNÇÕES TEMPOROMANDIBULARES (DTMs)
Miranda, ME; Teixeira, ML
⇒ Localização:
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A UTILIZAÇÃO DAS PLACAS OCLUSAIS NO CONTROLE DAS DISFUNÇÕES TEMPOROMANDIBULARES (DTMs)
Miranda, ME; Teixeira, ML
Figura 15 – Dupla
(Gentilmente cedido pelos CD’s Frederico José da Silva Júnior
e Raquel Esther Cunha de Camargo)
(Okeson, 1996).
241
A UTILIZAÇÃO DAS PLACAS OCLUSAIS NO CONTROLE DAS DISFUNÇÕES TEMPOROMANDIBULARES (DTMs)
Miranda, ME; Teixeira, ML
Placas estabilizadoras
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A UTILIZAÇÃO DAS PLACAS OCLUSAIS NO CONTROLE DAS DISFUNÇÕES TEMPOROMANDIBULARES (DTMs)
Miranda, ME; Teixeira, ML
Figura 18 – Desoclusão pelo canino – lado direito Figura 19 – Desoclusão pelo canino – lado esquerdo
Além disso, como a resina acrílica é mais parafuncional além de reduzir esses
macia que o esmalte dentário, as placas eventos (Clark & Manikuchi, 2006).
estabilizadoras reduzem a chance de As placas estabilizadoras são geralmente
desgaste dentário e de fratura dentária. indicadas para serem utilizadas durante o
Assim sendo, é bastante útil em pacientes sono e por uma a duas horas durante o
com quadro de parafunção, atuando dia, para permitir que o paciente treine
como elemento de proteção do sistema. manter os dentes afastados. O tempo de
Também é indicada para casos de utilização depende do tipo de problema
mialgias e/ou artralgias, para alterar os que o paciente possui, pois deve ser
padrões de certos tipos de cefaléia e orientado a remover sua utilização após o
como adjunto no tratamento de alívio dos sintomas dolorosos, entretanto
deslocamento do disco articular. caso seja identificado desgaste da
O mecanismo de ação desse tipo mesma, sua utilização deve ser mantida
de placa permanece controverso, mas para minimizar os danos causados pelo
certamente sua efetividade deriva da bruxismo. A placa é, aliás, um bom
maneira como os pacientes passam a método para monitorar os quadros de
reconhecer seu comportamento bruxismo de cada paciente.
243
A UTILIZAÇÃO DAS PLACAS OCLUSAIS NO CONTROLE DAS DISFUNÇÕES TEMPOROMANDIBULARES (DTMs)
Miranda, ME; Teixeira, ML
Placas reposicionadoras
Figura 23 – Placa protrusiva instalada (vista frontal) Figura 24 - Placa protrusiva instalada (vista oclusal)
Figura 25 – Dentes posteriores após remoção da placa Figura 26 – Dentes posteriores após remoção da
(6 meses de uso) placa (6 meses de uso)
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A UTILIZAÇÃO DAS PLACAS OCLUSAIS NO CONTROLE DAS DISFUNÇÕES TEMPOROMANDIBULARES (DTMs)
Miranda, ME; Teixeira, ML
Mecanismos de ação
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A UTILIZAÇÃO DAS PLACAS OCLUSAIS NO CONTROLE DAS DISFUNÇÕES TEMPOROMANDIBULARES (DTMs)
Miranda, ME; Teixeira, ML
Uma dos grandes controvérsias que as placas parciais está relacionado ao seu
acometem as placas oclusais está pequeno tamanho, o que pode levar a
relacionado à cobertura das placas, pois casos de deglutição ou engasgamento
alguns autores preferem a utilização de com esse tipo de placa (Jokstad et al.,
placas com cobertura parcial, pela sua 2005)
simplicidade de confecção e também pelo Ponderando sobre o tema, Jokstad et al.
fato de argumentarem que obtém bons (2005) relataram que a placa
resultados clínicos (Gelb & Gelb, 1991) estabilizadora é o tipo de placa mais
(Figuras 11a e 11b). As placas de utilizado e que parece não causar
cobertura parcial têm sido amplamente mudanças oclusais irreversíveis, mesmo
utilizadas, especialmente nos EUA, após uso prolongado.
entretanto com poucos estudos que Assim, Al Quran et al. (2006) realizaram
suportem essa técnica (Al Quran et al., um estudo prospectivo com duração de 3
2006; Simon, 2006). meses, no qual avaliaram a eficácia no
Outra linha de conduta, entretanto, tratamento de desordens miogênicas (não
discorda do uso das placas de cobertura foi citado qual protocolo foi utilizado,
parcial, com o grande argumento de que somente que os pacientes com
esse tipo de dispositivo promove características de problemas articulares
alterações oclusais irreversíveis, o que vai foram excluídos) de placas parciais
contra todo o consenso da literatura na (dispositivos semelhantes ao Jig) em
promoção de tratamentos reversíveis, relação às placas estabilizadoras
especialmente em casos de DTM’s convencionais e também em relação a
(Okeson, 2000; Jokstad et al., 2005; um grupo controle, que foi somente
Miranda,2005). Outro argumento contra orientado em relação a um futuro
249
A UTILIZAÇÃO DAS PLACAS OCLUSAIS NO CONTROLE DAS DISFUNÇÕES TEMPOROMANDIBULARES (DTMs)
Miranda, ME; Teixeira, ML
Esse tipo de placa foi avaliado por Jokstad amostra ser pequeno e o tempo de
et al. (2005), que a comparou a placa acompanhamento curto, devendo, pois,
estabilizadora para o controle de DTM's que esses resultados sejam analisados
(pacientes com dor miofascial e com cautela. Os autores creditaram a
deslocamento de disco, de acordo com os mesma eficácia á fatores como regressão
critérios diagnósticos do RDC), durante ao meio e flutuação da doença, além do
um período de 3 meses, utilizando fato de que praticamente todo o grupo
somente para dormir. A avaliação foi feita amostral também apresentou alto índice
por escala visual analógica (EVA), de tratamento com medicamentos.
palpação dos músculos da mastigação e É importante ressaltar que a utilização de
da ATM e também pela mobilidade placas parciais pode ser extremamente
mandibular. Verificaram que ambas as benéfica no primeiro momento de
placas apresentaram melhora em todos tratamento, durante a fase de confecção
os parâmetros avaliados e que não houve da placa estabilizadora, todavia que esse
diferença estatística entre elas, contudo tipo de tratamento seja de curta duração,
ressaltaram para o fato do tamanho da tendo um caráter emergencial.
250
A UTILIZAÇÃO DAS PLACAS OCLUSAIS NO CONTROLE DAS DISFUNÇÕES TEMPOROMANDIBULARES (DTMs)
Miranda, ME; Teixeira, ML
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A UTILIZAÇÃO DAS PLACAS OCLUSAIS NO CONTROLE DAS DISFUNÇÕES TEMPOROMANDIBULARES (DTMs)
Miranda, ME; Teixeira, ML
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A UTILIZAÇÃO DAS PLACAS OCLUSAIS NO CONTROLE DAS DISFUNÇÕES TEMPOROMANDIBULARES (DTMs)
Miranda, ME; Teixeira, ML
Uma análise do Quadro 1 mostra que, trabalhos. Assim sendo, fica claro que
mesmo utilizando os princípios de para se chegar a uma conclusão sobre o
categorização do conceito da odontologia assunto, é necessário que sejam
baseada em evidências, continua realizados mais trabalhos padronizados
apresentando tendencionismo de acordo entre si, seguindo os mesmos critérios
com os autores, pois a interpretação dos diagnósticos e com variáveis bem
dados depende da linha de cada autor. delineadas multicentricamente.
Isso contrasta – e muito - com as Enquanto isso não ocorre, cabe aos
ferramentas atuais propostas pelo especialistas na área de DTM e DOF
conceito da Odontologia baseada em estabelecer um uso criterioso da placa,
evidências, que tem como um dos com diagnóstico bem definido e
principais objetivos diminuir a chance de planejamento de conduta terapêutica
tendencionismo na avaliação dos bem delineado, de acordo com o
253
A UTILIZAÇÃO DAS PLACAS OCLUSAIS NO CONTROLE DAS DISFUNÇÕES TEMPOROMANDIBULARES (DTMs)
Miranda, ME; Teixeira, ML
diagnóstico e com os fatores contribuintes passado é fundamental para que seu uso
de cada caso. Não fazer da placa oclusal racional seja uma chave para o sucesso
uma panacéia, como muito se fez no de cada caso individualizado.
CONCLUSÕES:
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255
A UTILIZAÇÃO DAS PLACAS OCLUSAIS NO CONTROLE DAS DISFUNÇÕES TEMPOROMANDIBULARES (DTMs)
Miranda, ME; Teixeira, ML
256
TRATAMENTO PERIODONTAL REGENERATIVO DAS LESÕES DE BIFURCAÇÃO CLASSE II
Souza, SLS; Andrade, PF; Souza, AMMS; Taba Jr, M; Novaes Jr, AB
Este capítulo é parte integrante do eBook lançado durante o 25º Congresso Internacional
de Odontologia de São Paulo – 25º CIOSP (janeiro de 2007) e distribuído gratuitamente
pelo site www.ciosp.com.br, pertencente
à Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas – APCD.
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TRATAMENTO PERIODONTAL REGENERATIVO DAS LESÕES DE BIFURCAÇÃO CLASSE II
Souza, SLS; Andrade, PF; Souza, AMMS; Taba Jr, M; Novaes Jr, AB
INTRODUÇÃO
260
TRATAMENTO PERIODONTAL REGENERATIVO DAS LESÕES DE BIFURCAÇÃO CLASSE II
Souza, SLS; Andrade, PF; Souza, AMMS; Taba Jr, M; Novaes Jr, AB
Fumo
Diabetes Mellitus
Estresse
A RTG somente poderá ser realizada após devido à presença de múltiplas bolsas
o tratamento periodontal dos demais periodontais associadas à ocorrência de
sítios da cavidade bucal. A contaminação sangramento à sondagem. A literatura
das membranas pode ocorrer durante a relata que há uma correlação negativa
manipulação intra-oral destas, o que é entre a contaminação e infecção das
agravado em pacientes que apresentam membranas e o ganho clínico de inserção
altos níveis de periodontopatógenos, e formação óssea após RTG.15
A profundidade de sondagem parece ser O clínico deve ter em mente também que
um indicador do potencial regenerativo de quanto maior for a perda de inserção
um determinado sítio e, desta forma, horizontal, menor é a probabilidade de
quanto maior a profundidade de ocorrer um fechamento completo da
sondagem, maior o potencial para lesão de bifurcação após a realização da
regeneração periodontal.14 Entretanto, RTG. Em geral, lesões de bifurcação
Bowers et al.2 observaram que quanto classe II menos severas têm a maior
maior a profundidade de sondagem, probabilidade de fechamento completo
menor foi a probabilidade de fechamento dos defeitos.2
completo das lesões de bifurcação classe
II após realização da RTG.
262
TRATAMENTO PERIODONTAL REGENERATIVO DAS LESÕES DE BIFURCAÇÃO CLASSE II
Souza, SLS; Andrade, PF; Souza, AMMS; Taba Jr, M; Novaes Jr, AB
Mobilidade dentária
Tratamento endodôntico
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TRATAMENTO PERIODONTAL REGENERATIVO DAS LESÕES DE BIFURCAÇÃO CLASSE II
Souza, SLS; Andrade, PF; Souza, AMMS; Taba Jr, M; Novaes Jr, AB
A RTG terá maior previsibilidade nos sítios membrana e cobertura desta por um
em que a altura do osso mesial e distal retalho posicionado coronalmente.4
estiver ao nível ou acima do teto da lesão
de bifurcação, já que isto implica no A RTG somente deverá ser realizada após
aumento da fonte de células provenientes a análise dos fatores relacionados ao
do ligamento periodontal situado paciente e à lesão de bifurcação classe II,
lateralmente ao defeito ósseo. Além bem como do custo-benefício da
disso, nestas situações clínicas, é possível realização deste procedimento, sempre
haver uma melhor estabilização da tendo em mente o tratamento
odontológico integral do paciente.
Prevenção de infecção
possível, no mínimo 4 semanas após sua antibiótico esteja presente no interior dos
colocação). Durante a realização do tecidos periodontais e, portanto, a
procedimento de RTG, é essencial que antibioticoterapia sistêmica deve ser
uma concentração adequada de iniciada previamente à cirurgia.14
Membranas
266
TRATAMENTO PERIODONTAL REGENERATIVO DAS LESÕES DE BIFURCAÇÃO CLASSE II
Souza, SLS; Andrade, PF; Souza, AMMS; Taba Jr, M; Novaes Jr, AB
Vários estudos têm demonstrado que a protocolo por nós utilizado é o descrito por
contaminação e a infecção de Novaes Jr. et al.12, e envolve a prescrição
membranas expostas na cavidade oral no de amoxicilina/clavulanato de potássio
período pós-operatório estão associadas a 875 mg, a cada 12 horas, por 10 dias,
um menor ganho clínico de inserção e iniciando a primeira dose 24 hrs antes da
menor formação óssea.14,15 Entretanto, a realização da cirurgia regenerativa,
exposição das barreiras não conforme já mencionado anteriormente.
necessariamente implica em infecção Nos casos em que há exposição das
destas. Novaes Jr. et al.12 demonstraram membranas na cavidade oral, doxiciclina
que a utilização de antibióticos no pré e 100 mg é prescrita a partir do décimo
pós-operatório e a aplicação tópica de primeiro dia até a remoção da barreira (2
uma solução de digluconato de drágeas no décimo primeiro dia e uma
clorexidina são capazes de controlar a drágea/dia do décimo segundo dia até a
contaminação das membranas expostas remoção da membrana). Nos casos, em
na cavidade oral por bactérias que houver a presença de supuração ou
periodontopatogênicas e, infecção aguda, as membranas devem
conseqüentemente, bons resultados ser removidas precocemente, visto que
regenerativos podem ser alcançados. O
267
TRATAMENTO PERIODONTAL REGENERATIVO DAS LESÕES DE BIFURCAÇÃO CLASSE II
Souza, SLS; Andrade, PF; Souza, AMMS; Taba Jr, M; Novaes Jr, AB
Frente aos inúmeros fatores que podem juntamente aos avanços no campo da
afetar a previsibilidade da RTG, biologia molecular e celular, outras
268
TRATAMENTO PERIODONTAL REGENERATIVO DAS LESÕES DE BIFURCAÇÃO CLASSE II
Souza, SLS; Andrade, PF; Souza, AMMS; Taba Jr, M; Novaes Jr, AB
Procedimento cirúrgico
Fatores de crescimento
CONCLUSÃO
esta não é previsível, sendo muitas vezes pequena faixa e espessura reduzida de
limitada. Inúmeros fatores podem afetar tecido gengival, visto que estes fatores
a previsibilidade da RTG e devem ser são predisponentes para a ocorrência de
levados em consideração no recessões gengivais e conseqüente
planejamento do caso, durante a exposição de membranas no período pós-
realização do procedimento cirúrgico e no operatório.
período pós-operatório. O futuro aponta para o desenvolvimento
A literatura a respeito da utilização da de biomateriais de manuseio mais
MDE no tratamento deste tipo de defeito simplificado, contendo também
ósseo ainda é restrita; no entanto, os capacidade de indução dos processos
resultados obtidos após a sua utilização regenerativos nos tecidos do periodonto
permite concluir que este biomaterial (principalmente indução à proliferação de
pode vir a ser uma boa alternativa para os fibroblastos do ligamento periodontal,
casos em que houver limitação para a cementoblastos e osteoblastos). Além
realização da RTG, tais como: dificuldade disso, será importante a determinação de
de adaptação da membrana, devido às protocolos clínicos individualizados em
concavidades radiculares presentes nos relação ao tipo de doença periodontal do
troncos radiculares; condição anatômica paciente (crônica ou agressiva) e ao tipo
que impeça o completo recobrimento da de defeito, visando a maior previsibilidade
membrana (vestíbulo raso, por exemplo); de resultados.
271
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CASO CLÍNICO 1
Figura 1.2 - Sondagem da lesão de bifurcação classe II, após o deslocamento do retalho total.
272
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Figura 1.3 - Lima de Hirschfeld para raspagem da lesão de bifurcação classe II.
273
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Figura 1.5 - Membrana de PTFE-e (Gore-Tex) adaptada e suturada ao redor do dente após a colocação do
substituto ósseo no interior da lesão de bifurcação classe II
274
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CASO CLÍNICO 2
Figura 2.1 - Condição clínica inicial do dente 37, previamente à realização do preparo básico.
Acúmulo de placa bacteriana e presença de supuração
278
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Figura 2.2 - Condição clínica do dente 37, após o preparo básico e previamente à realização da RTG
279
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Figura 2.4 - Lima para raspagem (lima de Hirschfeld) da lesão de bifurcação classe II
280
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Figura 2.7 - Membrana de PTFE-e (Gore-Tex) adaptada e suturada ao redor do dente após a colocação do
substituto ósseo no interior da lesão de bifurcação classe II
281
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CASO CLÍNICO 3
Figura 3.2 - Enxerto gengival livre para aumento da altura e espessura da mucosa ceratinizada na região do
dente 47 e também do 45, realizado previamente à RTG
284
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Figura 3.4 - Condição clínica do dente 47, 60 dias após a realização do enxerto gengival
livre e previamente à RTG
285
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Figura 3.5 - Retalho total deslocado e lesão de bifurcação classe II após o debridamento do defeito
Figura 3.6 - Membrana de PTFE-e (Gore-Tex) adaptada e suturada ao redor do dente após a realização dos
procedimentos de raspagem / alisamento radicular / condicionamento químico e colocação do substituto
ósseo no interior da lesão de bifurcação classe II
286
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Figura 3.8 - Cirurgia para remoção da membrana após 4 semanas da RTG. Membrana sendo removida
287
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CASO CLÍNICO 4
Figura 4.2 - Sondagem da lesão de bifurcação classe II, após a realização do retalho total
291
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Figura 4.4 - Membrana de PTFE-e (Gore-Tex) adaptada e suturada ao redor do dente após a colocação do
substituto ósseo no interior da lesão de bifurcação classe II
292
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Figura 4.6 - Pós-operatório de 2 semanas. Exposição da porção coronal da membrana de PTFE-e na cavidade
bucal. Foram prescritas doxiciclina 100 mg a partir do décimo primeiro dia até a remoção da barreira (2
drágeas no décimo primeiro dia e uma drágea/dia do décimo segundo dia até a remoção da membrana) e a
aplicação tópica de digluconato de clorexidina a 2% sobre
a porção da membrana exposta para o controle da contaminação
293
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Figura 4.7 - Cirurgia para remoção da membrana após 4 semanas da RTG. Membrana em posição
294
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CASO CLÍNICO 5
Figura 5.2 - Retalho total deslocado, sendo delimitado pela realização de incisões relaxantes. Lesão de
bifurcação classe II lingual, após a remoção do tecido granulomatoso
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Figura 5.3 - Aplicação da MDE, após a realização dos procedimentos de raspagem e alisamento radicular e
condicionamento químico com EDTA 24%, por 2 minutos
297
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REFERÊNCIAS
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298
PLANEJAMENTO ESTÉTICO EM PERIODONTIA
Silva, RC; Carvalho, PFM; Joly, JC
Este capítulo é parte integrante do eBook lançado durante o 25º Congresso Internacional
de Odontologia de São Paulo – 25º CIOSP (janeiro de 2007) e distribuído gratuitamente
pelo site www.ciosp.com.br, pertencente
à Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas – APCD.
300
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Figura 1A Figura 1B
Colapso na arquitetura gengival decorrente de procedimentos ressectivos.
A - presença de recessões gengivais e perda da papila interdental em toda bateria antero-superior;
B - Comprometimento estético do sorriso.
301
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Figura 2A Figura 2B
Figura 2C
Figura 2 - Sorriso atraente e harmônico, com plena integração dos componentes labial,
periodontal e dental:
A - vistal lateral direita; B- vista frontal; C - vista lateral esquerda.
AVALIAÇÃO EXTRA-ORAL
A avaliação das vistas frontal e lateral do PINAULT (1994) apontam que não
paciente tem como objetivos delimitar as necessariamente as características faciais
proporções faciais, auxiliar na devam ser simétricas para serem belas,
determinação da dimensão vertical, e no entretanto, assimetrias próximas dessa
posicionamento labial (FRADEANI, 2004; linha vertical, interferem esteticamente.
SCLAR, 2003). Observando o paciente Por outro lado, como regra geral,
frontalmente, linhas imaginárias verticais pequenas assimetrias principalmente
e horizontais são traçadas para compor a distantes da linha média são aceitáveis e
geometria facial (FIG 3). A linha vertical muitas vezes imperceptíveis, trazendo
mediana passa pela glabela, ponta do aspecto de naturalidade à face. No
nariz, filtro labial, e mento, dividindo a sentido horizontal, a linha interpupilar que
face em duas metades. CHICHE & deve ser paralela ao horizonte e
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Figura 3 - Linhas imaginárias da geometria facial: LV- linha vertica; TS- terço superior; TM- terço médio; TI-
terço inferior; LC- linha do cabelo; LS- linha supra-ciliar; LP- linha inter-pupilar; LN- linha inter-alar; LL- linha da
comissura labial; LM- linha do mento.
Figura 4A
Figura 4B
Figura 4C
4- Espessura labial: A- lábio fino; B- lábio regular; C- lábio espesso.
Em indivíduos adultos, a distância entre a musculatura peri-labial associada a outros
base do nariz e a borda inferior do lábio fatores como o desgaste incisal
superior é de 20-22 mm e 22-24 mm, contribuem para a diminuição da
respectivamente para mulheres e homens quantidade visível dos dentes superiores
(FRADEANI, 2004). Com o passar dos (FIG 5).
anos, a perda da tonicidade da
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305
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Figura 7A Figura 7B
Figura 7C
• Condição periodontal
Condição periodontal
306
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Figura 8A Figura 8B
Figura 8C Figura 8D
Figura 8 - Diferentes características clínicas periodontais: A - ampla faixa de tecido queratinizado; B - ampla faixa
de tecido queratinizado associada à discreta pigmentação melânica; C - faixa estreita de tecido queratinizado
associada á severa pigmentação melânica próxima á margem gengival; D - ausência de tecido queratinizado.
Notar a mucosa alveolar em contato com a margem gengival.
307
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Biótipo Periodontal
Figura 9A Figura 9B
Figura 9C Figura 9D
Figura 9 - Biótipo periodontal plano e espesso: A - aspecto clínico (observar características descritas no quadro 1);
B - aspecto trans-cirúrgico mostrando a presença de grande volume ósseo.
Figura 9 - Biótipo periodontal fino e festonado: C - aspecto clínico (observar características descritas no quadro 1);
D - aspecto trans-cirúrgico mostrando a presença de deiscências ósseas associadas
à presença de osso muito fino.
308
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Segundo TJAN & MILLER (1984) durante o • Sorriso médio: 75% a 100% dos
sorriso espontâneo, a posição da borda dentes anteriores superiores são
inferior do lábio superior delimita três visíveis, e as pontas das papilas
condições distintas de exposição dos estão aparentes;
dentes superiores e tecido gengival (linha
de sorriso) (FIG 10A-C): • Sorriso alto: além dos dentes
anteriores superiores
• Sorriso baixo: até 75% dos dentes completamente aparentes, uma
superiores anteriores são variável quantidade de gengiva
aparentes, sem qualquer está visível.
exposição do tecido gengival;
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Figura 10C
Figura 10 - Linha do sorriso:
A – sorriso alto. Notar grande quantidade de tecido gengival aparente;
B- sorriso médio. Notar exposição apenas das papilas interdentais;
C- sorriso baixo. Notar que o terço cervical dos dentes não se expõe ao sorrir.
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Figura 12A e B
Figura 12C
Figura 12 - Presença de extrusão dento-alveolar; A- aspecto facial; B- vista lateral.
Notar a discrepância maxilo-mandibular; C- sorriso gengival
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Figura 14A - Sorriso gengival associado à hiper- Figura 14B - Colocação de rolo de algodão no fundo do
atividade labial vestíbulo para reduzir a tensão muscular e a
mobilidade labial.
com relação à quantidade de gengiva (COA) (GARBER & SALAMA, 1996; LEVINE
queratinizada e subclassificada quanto à & MCGUIRE, 1997):
relação da JCE e crista óssea alveolar
Figura 15 - Sondagem periodontal sugerindo alteração na erupção passiva. Sulco gengival com profundidade
em torno de 3 mm. É fundamental inspecionar a localização da JCE.
Figura 16 - Erupção passiva alterada tipo 1: A - Figura 16 - Erupção passiva alterada tipo 1: B- Incisão
Presença de ampla faixa de tecido queratinizado; em bisel interno para remoção de colarinho gengival;
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Figura 17 - Erupção passiva alterada tipo 2: A- Figura 17 - Erupção passiva alterada tipo 2: B- Incisão
Limitada faixa de tecido queratinizado; intra-sulcular
para preservação de todo tecido queratinizado;
Figura 17 - Erupção passiva alterada tipo 2: C- Retalho parcial visando o reposicionamento apical do retalho.
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Figura 18 - Erupção passiva alterada associada ao sub- Figura 18 - Erupção passiva alterada associada ao sub-
grupo A: grupo A:
A- Sondagem periodontal sugerindo distância adequada B- Correção do contorno gengival com plastia em bisel
entre a JCE e a COA; externo sem necessidade de abertura do retalho.
Figura 19 - Erupção passiva alterada associada ao Figura 19 - Erupção passiva alterada associada ao
sub-grupo B: sub-grupo B:
A- Observar a proximidade entre a JCE e a COA; B- Aspecto clínico após realização do recontorno
ósseo. Observa a mudança no posicionamento da
COA.
Essas condições clínicas são facilmente isto é, se parte do tecido queratinizado
tratadas com técnicas muco-gengivais pode ou não ser eliminado. A distância da
relativamente simples (GARBER & COA-JCE determina a necessidade ou não
SALAMA, 1996; LEVINE & MCGUIRE, de abertura de retalho para remodelação
1997). A quantidade de gengiva óssea, criando espaço suficiente para
queratinizada determina o tipo de incisão, acomodação da inserção conjuntiva e,
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Intrusão ortodôntica.
Excesso vertical maxilar grau I (2-4 mm
Ortodontia e Periodontia.
de tecido gengival aparente).
Periodontia e Odontologia restauradora
Excesso vertical maxilar grau III (> 8 Cirurgia ortognática com ou sem cirurgia
mm de tecido gengival aparente). periodontal adicional e terapia restauradora.
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Papila interdental
Figura 28 A - Papila normal preenchendo todo o espaço Figura 28 B - Perda da papila interdental. Observar
interdental. grande distância entre o ponto de contato e a COA.
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Recessão gengival
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Figura 33 - Recobrimento radicular de recessões múltiplas com retalho colocado coronal modificado:
A- aspecto clínico inicial;
B- incisões obliquas e retalho misto para preparo do leito receptor
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Coloração gengival
A coloração gengival também está intensa irrigação com solução salina
relacionada à estética do sorriso. A estéril ou lâminas de bisturi é a mais
melanina é produzida pelos melanócitos e utilizada. O objetivo do procedimento é a
depositada na camada basal e supra- remoção superficial do epitélio e
basal do epitélio. A hiper-pigmentação depósitos de melanina. A técnica é
melânica gengival não representa uma relativamente simples, segura, não requer
patologia, mas uma variação da nenhum equipamento ou material
normalidade e pode tornar-se um sofisticado, é pouco invasiva, e o pós-
problema estético especialmente para operatório é favorável. O resultado do
aqueles indivíduos com linha do sorriso procedimento é considerado satisfatório e
alta (FIG 37A). Esta condição é mais em alguns casos é definitivo, no entanto
freqüente em indivíduos da raça negra, no nova pigmentação pode ocorrer entre 6
entanto é bastante prevalente em meses e 3 anos, podendo ser necessários
indivíduos de outras etnias. Entre as procedimentos adicionais para
formas de remoção da hiper-pigmentação manutenção da coloração gengival
melânica, a dermoabrasão, usando (ATSAWASUWAN et al., 2000) (FIG 37B).
brocas esféricas em alta rotação sob
336
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C - pós-operatório de 90 dias.
AVALIAÇÃO DENTAL
Embora a avaliação dental não seja o objeto desse capítulo, alguns aspectos podem ser
destacados em relação à beleza do sorriso (FIG38).
• Proporções dentárias;
• Simetria;
• Linha média facial x linha inter-incisiva;
• Eixos dentários;
• Ângulos incisais;
• Borda incisal x lábio inferior.
337
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simétricos possível, no entanto pequenas curva ascendente que deve ser paralela à
diferenças na largura dos dentes são borda superior do lábio inferior durante o
permissíveis e tornam o sorriso mais sorriso (BLITZ, 1997). O paralelismo entre
natural . A coincidência da linha inter- as linhas é mais uma vez fundamental e
incisiva e linha mediana é raramente auxilia na harmonia do sorriso. No
encontrada (SCLAR, 2003). KOKICH et al entanto, a relação da borda incisal dos
(1999) consideram que a discrepância dentes superiores e o lábio inferior pode
entre as linhas de até 4 mm é apresentar alguma distância (sem
praticamente imperceptível para a maior contato), estar em contato, ou estar
parte dos pacientes. Como regra, o recoberta pelo lábio inferior (DONG et al,
paralelismo entre as linhas é mais 1999; CHICHE & PINAULT, 1994).
importante que sua coincidência. Em DONG et al (1999) avaliaram as
muitos casos, a linha inter-incisiva não características de atratividade do sorriso
está paralela em relação à facial mediana em 240 estudantes universitários com
em função de inclinações nos dentes. oclusão normal. Para essa população, o
Como mencionado anteriormente, o eixo sorriso belo e atraente está relacionado a
axial dos dentes na bateria anterior uma linha de sorriso média, curvatura
converge coronalmente em direção à labial superior reta, paralelismo da curva
linha inter-incisiva, e essa inclinação incisal dos dentes ântero-superiores e a
aumenta nos laterais e caninos. A borda superior do lábio inferior, em que a
simetria na inclinação dos eixos relação de contato e ausência de contato
bilateralmente é bastante interessante foram igualmente aceitas, com largura do
esteticamente (FRADEANI, 2004). sorriso mostrando até o primeiro molar
O padrão dos ângulos incisais em relação (FIG 38). No que se refere aos aspectos
ao fundo escuro da boca auxilia na periodontais da estética do sorriso, a
determinação de um sorriso belo e saúde periodontal, bem como a simetria e
atraente. Os ângulos são originados pelas harmonia dos tecidos moles são
embrasuras entre dois dentes e são fundamentais (GARBER & SALAMA, 1996;
influenciados pelo ponto de contato. Estes BLITZ, 1997).
ângulos são estreitos entre os ICS e O planejamento estético depende do
alarga-se progressivamente em direção entendimento pleno dos conceitos
posterior à medida que os pontos de periodontais, procurando inter-relacioná-
contato também se tornam mais apicais los com informações relevantes de outras
(SCLAR, 2004; BLITZ, 1997). O padrão especialidades odontológicas afins. As
destes ângulos deve também ser regras e normas apresentadas neste
simétrico bilateralmente, admitindo-se capítulo são ferramentas universalmente
pequenas assimetrias distantes da linha utilizadas, sujeitas, é claro, a variações e
média. interpretações individualizadas
Uma linha imaginária que passa pela dependendo da experiência do
incisal dos dentes anteriores cria uma profissional e expectativa do paciente.
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340
PLANEJAMENTO ESTÉTICO EM PERIODONTIA
Silva, RC; Carvalho, PFM; Joly, JC
341
PERIODONTITE APICAL SECUNDÁRIA
Ferrari, PHP; Cai, S; Bombana, AC
Silvana Cai
Este capítulo é parte integrante do eBook lançado durante o 25º Congresso Internacional
de Odontologia de São Paulo – 25º CIOSP (janeiro de 2007) e distribuído gratuitamente
pelo site www.ciosp.com.br, pertencente
à Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas – APCD.
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PERIODONTITE APICAL SECUNDÁRIA
Ferrari, PHP; Cai, S; Bombana, AC
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PERIODONTITE APICAL SECUNDÁRIA
Ferrari, PHP; Cai, S; Bombana, AC
(a)
(b) (c)
Figura 01 – Periodontite Apical Secundária – (a) dentes 21 e 24, portadores de tratamento endodôntico mal
qualificado e com lesão perirradicular, apresentando uma microbiota muito semelhante a Periodontite Apical
Primária. (b) e (c) Crescimento microbiano em placas contendo meio sólido ágar Brucella sangue-hemina-
menadione (Difco), exemplificando infecção mista, também comum em casos de periodontite apical primária.
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PERIODONTITE APICAL SECUNDÁRIA
Ferrari, PHP; Cai, S; Bombana, AC
(a)
(b) (c)
Figura 02 – Periodontite Apical Secundária Persistente – (a) dente 25 portador de tratamento endodôntico
bem qualificado e persistência da lesão perirradicular e fístula. Presença de microrganismos mais resistentes.
(b) e (c) Crescimento de enterococos, microrganismo comum nestes casos, em placa contendo meio sólido
seletivo (ágar m-Enterococcus, Difco).
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PERIODONTITE APICAL SECUNDÁRIA
Ferrari, PHP; Cai, S; Bombana, AC
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PERIODONTITE APICAL SECUNDÁRIA
Ferrari, PHP; Cai, S; Bombana, AC
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PERIODONTITE APICAL SECUNDÁRIA
Ferrari, PHP; Cai, S; Bombana, AC
100%
90%
80%
70%
60% 1 dia
2 dias
50%
7 dias
40% 14 dias
30% 30 dias
20%
10%
0%
CHX CH CHXCH
Figura 07 - Caso clínico gentilmente cedido pelo Dr. Harald Prestegaard (Norway, 2006)
352
PERIODONTITE APICAL SECUNDÁRIA
Ferrari, PHP; Cai, S; Bombana, AC
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A presença da lesão periapical após a No entanto, a lesão periapical visível
realização do tratamento endodôntico radiograficamente pode estar associada a
deve ser adequadamente avaliada. Esta uma infecção endodôntica ou
imagem radiográfica pode estar extrarradicular composta por uma
associada a um dente portador de uma microbiota resistente a reintervenção
infecção endodôntica polimicrobiana, endodôntica. Esta condição clínica
muito sensível aos procedimentos da normalmente ocorre em dentes que
reintervenção endodôntica. Esta situação foram submetidos a tratamento
é muito comum em casos de tratamento endodôntico considerados de boa
endodôntico mal conduzido e qualidade. Assim, denominamos de
denominamos de Periodontite Apical Periodontite Apical Secundária
Secundária, cujo retratamento apresenta Persistente, onde o reintervir no sistema
elevados índices de sucesso terapêutico. de canais radiculares nem sempre
garante reparo tecidual.
REFERÊNCIAS
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PERIODONTITE APICAL SECUNDÁRIA
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COMUNICAÇÃOENTRE O DENTISTA E O TÉCNICO EM PRÓTESE DENTAL: UMA FERRAMENTA PARA A EFETIVIDADE CLÍNICA
Fujiy, F; Ferreira, LA
Fábio Fujiy
Este capítulo é parte integrante do eBook lançado durante o 25º Congresso Internacional
de Odontologia de São Paulo – 25º CIOSP (janeiro de 2007) e distribuído gratuitamente
pelo site www.ciosp.com.br, pertencente
à Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas – APCD.
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COMUNICAÇÃOENTRE O DENTISTA E O TÉCNICO EM PRÓTESE DENTAL: UMA FERRAMENTA PARA A EFETIVIDADE CLÍNICA
Fujiy, F; Ferreira, LA
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Fujiy, F; Ferreira, LA
PLANEJAMENTO INICIAL
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Fujiy, F; Ferreira, LA
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COMUNICAÇÃOENTRE O DENTISTA E O TÉCNICO EM PRÓTESE DENTAL: UMA FERRAMENTA PARA A EFETIVIDADE CLÍNICA
Fujiy, F; Ferreira, LA
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COMUNICAÇÃOENTRE O DENTISTA E O TÉCNICO EM PRÓTESE DENTAL: UMA FERRAMENTA PARA A EFETIVIDADE CLÍNICA
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Figura 32 - Aplicação de ácido fluorídrico por 20 seg., silano por 1min. e adesivo
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Fujiy, F; Ferreira, LA
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Figura 58 – Líquido
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COMUNICAÇÃOENTRE O DENTISTA E O TÉCNICO EM PRÓTESE DENTAL: UMA FERRAMENTA PARA A EFETIVIDADE CLÍNICA
Fujiy, F; Ferreira, LA
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