Revista da SBOP

Sociedade Brasileira de Ortopedia Pediátrica

ano 1 - n° 2 - julho/agosto/setembro de 2011

TROIA
Evento reúne especialistas para discutir
avanços na abordagem do
trauma pediátrico

Páginas 8 e 9

Pavilhão Fernandinho Simonsen: 80 anos de atividade

Pág. 5
Linha do Tempo:
Associação de Assistência à Criança Deficiente
Pág. 6/7

Sociedade Brasileira
de Ortopedia Pediátrica
Al. Lorena, 427 - 14º Andar
Cep: 01424-000 - São Paulo/SP
www.sbop.org.br
tamiris@sbot.org.br
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Diretoria:
Presidente:
Dr. Rui Maciel de Godoy Jr
Vice-Presidente:
Dr. Alexandre F. de Lourenço
Secretário-Geral:
Dr. Miguel Akkari
1º Secretário:
Dr. Gilberto Francisco Brandão
1º Tesoureiro:
Dr. Gilberto Waisberg
2º Tesoureiro:
Dr. Pedro Henrique Barros Mendes
Comissão Científica:
Dr. Mauro César de Morais Filho
Dr. Luís Eduardo Munhoz da Rocha
Dr. Jamil Faissal Soni
Dr. André Luis Fernandes Andujar
Revista da SBOP:
Criação / edição:
Via Comunicação/BH
Telefax: (31) 3291-1305
Fotolito/Impressão:
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F: (31) 3025-3333
Periodicidade:
trimestral
Tiragem:
2.000 exemplares
As informações
da Revista da SBOP podem
ser reproduzidas, desde
que citadas as fontes.
3
Palavra do Presidente
Dr. Rui Maciel de Godoy Junior
Presidente da SBOP
Caros colegas,
O segundo número da nossa revista da SBOP traz grandes
novidades e notícias que, com certeza, são do interesse de
todos. Não posso deixar de reconhecer e agradecer o empe-
nho da nossa diretoria e, em especial, ao Gilberto Brandão e
Francisco Nogueira na viabilização dessa edição.
O TROIA 2011 foi um grande sucesso e o trabalho da comis-
são organizadora foi elogiado por todos. As participações do
convidado Theddy Slongo foram de alto nível científico. A
parte humana da nossa especialidade foi lembrada e emocio-
nou a todos os presentes com a apresentação de capoeira
dos pacientes da AACD.
A Ortopedia Pediátrica Brasileira esteve representada no con-
gresso trienal da SICOT realizado em Praga. O dia 7 de Setem-
bro foi dedicado à IFPOS, cujo presidente atual é o nosso
colega Carlo Milani.
Gostaria de lembrar que durante o CBOT 2011 em São Paulo,
vamos realizar um curso pré-congresso conjuntamente com a
Sociedade Brasileira de Coluna. A programação está voltada
para as afecções da coluna na criança e no adolescente. Ain-
da durante o CBOT 2011 haverá um curso sobre lesões no
esporte na criança, realizado em conjunto com a Sociedade
Brasileira de Medicina Esportiva.
Lembramos, também, que durante o CBOT 2011 realizaremos
o nosso Dia da Especialidade e a Assembléia Geral da SBOP.
Em março de 2012, em São Paulo, a ABTPé e a SBOP promo-
verão o Curso Internacional de Pé na Criança e Adolescente.
Em Junho de 2012 realizaremos nosso evento maior, o CBOP
em Fortaleza, Ceará. Contamos com a presença e participação
efetiva de todos nessas atividades. Programem-se!
Cordial abraço.
 4

Estimados colegas,
editorial

A revista da SBOP chega ao seu segundo núme-

ro e, pelas manifestações de diversos colegas,
acreditamos que o objetivo central de ser impor-
tante veículo de comunicação entre a sociedade
e seus sócios foi alcançado.

Dr. Gilberto Brandão Está edição esta recheada de matérias interes-

1° Secretário da SBOP santes, entre elas a do colega Miguel Akkari que
fala do trabalho realizado no Pavilhão Fernandinho
Simonsen, que completa 80 anos.

Na coluna Linha do Tempo, um pouco da historia

da AACD - importante instituição que dedicada-
se ao tratamento de crianças com necessidades
especiais. Também apresenta uma matéria sobre
o grande encontro da Ortopedia Pediátrica que
ocorreu em Santos (TROIA 2011).

Além desses assuntos, a nossa revista traz ainda

um relato histórico da criação da nossa Socieda-
de de Ortopedia Pediátrica, apresentado pelo co-
lega Jorge Pederneiras - primeiro presidente da
SBOP - e, uma homenagem à Dra. Ana Paula
Tedesco, na sessão dedicada às ortopedistas.

Novamente, conclamamos os colegas que contri-

buam para edição deste veículo enviando matéri-
as e sugerindo pautas para o endereço:
ortopedia.pediatrica@yahoo.com.br

Um grande abraço e ótima leitura


80 anos do Pavilhão Fernandinho Simonsen
Fundado em 1931, sob a
chefia do Prof. Luiz de Re-
zende Puech, o Pavilhão Fer-
nandinho Simonsen da San-
ta Casa de Misericórdia de
São Paulo completa 80 anos
como um dos mais importan-
tes hospitais de Ortopedia
do país. Não resta dúvida
que durante anos, ele foi
considerado o melhor da
América Latina. Hoje a insti-
tuição continua desenvol-
vendo um trabalho exemplar
no atendimento ao paciente
que chega para tratamento
de todas as partes do Brasil
e do exterior.
“Todos são atendidos de
forma gratuita, independen-
te de sua procedência”, in-
forma o Dr. Miguel Akkari,
chefe do Serviço de Ortope-
dia e Traumatologia Pediátri-
ca da Santa Casa, Mestre e
Doutor em Medicina e pro-
fessor da Faculdade de Ci-
ências Médicas da Santa
Casa / SP.
Para comemorar os 80
anos da instituição, foram
programados vários eventos
educacionais e sociais, entre
eles um jantar, seguido de
uma apresentação musical
na sala São Paulo e inúmeras
atividades de confraterniza-
ção durante o próximo Con-
gresso Brasileiro de Ortope-
dia Pediátrica.
Infraestrutura - O Pavi-
5
Panorama do Pavilhão da Santa Casa / SP
Dr. Miguel Akkari
lhão Fernandino Simonsen
conta com três andares para
internação, com 110 leitos,
sete salas de cirugia exclusi-
va da Ortopedia, um Banco
de Tecidos, de excelente pa-
drão, que fornece material,
inclusive, para diversos hos-
pitais, um Serviço de Fisio-
terapia, além de pronto so-
corro anexo ao Pronto Socor-
ro geral, ambulatórios, como
o de Tumor e o de Osteogê-
nese Imperfeita que funcio-
nam no próprio Pavilhão,
uma oficina ortopédica para
confecção de diferentes ti-
pos de orteses e instrumen-
tais e dois anfiteatros.
A instituição realiza todos
os tipos de procedimentos da
Ortopedia Pediátrica, desde
pequenas cirurgias ambulato-
riais a procedimentos comple-
xos como microcirurgias, re-
construções ósseas, revisões
de artroplastias ou cirurgias
da coluna vertebral.
Ao comemorar seus 80
anos, a SBOP cumprimenta
todos aqueles que durante a
história da instituição contri-
buiram e têm contribuído para
o Pavilhão Fernandinho Si-
monsen ser um exemplo na as-
sistência em Ortopedia, prin-
cipalmente, diante da grave
realidade da saúde no Brasil.
A instituição sobrevive do re-
passe financeiro do SUS, o
que não é fácil manter seu
padrão de atendimento.
Conforme ressalta o Dr.
Miguel Akkari, “atualmente
estamos passando por uma
nova crise, mas temos a obri-
gação de não deixar o servi-
ço cair em qualidade ou des-
crédito. Neste momento é
muito importante cada mem-
bro fazer o ‘algo mais’ que
diferencia aqueles que opta-
ram por estar em um hospital
escola”.
 6
A ssociação de Assistência à C
A Associação de Assis-
tência a Criança Deficiente
(AACD) foi fundada na ca-
pital de São Paulo em 3 de
Agosto de 1950. Naquela
época, chamava-se Associ-
ação de Assistência a Crian-
ça Defeituosa e atendia, em
grande numero, crianças
portadoras de poliomielite e
má formação congênita.
O objetivo de seu fun-
dador, Dr. Renato da Costa
Bomfim, era construir um
LINHA DO TEMPO
centro de reabilitação base-
ado em modelos america-
nos que havia recentemen-
te visitado.
A primeira instalação
provisória da AACD foi uma
sala da biblioteca da Socie-
dade Brasileira de Ortopedia
e Traumatologia, que funci-
onava na Santa Casa de Mi-
sericórdia de São Paulo. Mé-
dicos, terapeutas, psicólo-
gos, professores, todos atu-
ando ao mesmo tempo e para
o bem da criança - estas
eram a proposta, a filosofia
e a atmosfera da associação
desde o início.
Um ano depois, em novo
endereço (um casarão na ca-
pital paulista), após reforma-
do, tornou-se o primeiro Cen-
tro de Reabilitação, com ca-
pacidade para 23 pacientes
internos e 40 semi-internos.
Desde 1963, a sede cen-
tral da AACD está no mes-
mo local, um terreno de
14.500m² doado pela Prefei-
tura de São Paulo, situado
na Av. Prof. Ascendino Reis,
724, Vila Clementino.
Após sucessivas ampli-
ações e reformas, funcio-
nam no mesmo local o Cen-
tro de Reabilitação, a Ofici-
na Ortopédica (1962) e o
Hospital Abreu Sodré (inau-
gurado em 12 de Julho de
1993). O Laboratório de
Marcha, que faz parte do
Centro de Diagnóstico, e a
Clínica de Disfagia, foram
inaugurados em 1996.
Ampliar e descentralizar
o atendimento foi uma polí-
tica implantada na gestão do
presidente voluntário da
AACD, Décio Goldfarb, que
assumiu a entidade em 1997.
Esse projeto foi viabilizado
através do Teleton, marato-
na televisiva de grande mo-
bilização nacional, cuja fina-
lidade é angariar recursos
para os deficientes físicos
do Brasil tratados pela
AACD.
O primeiro Teleton teve
como objetivo estabelecer
um Programa Nacional de
Atendimento às crianças e
construir um Centro de Rea-
bilitação na cidade de Reci-

Assistência à Criança Deficiente
Dr. Oscar Bertino
AACD Uberlândia
fe. Assim, a AACD não ape-
nas exportaria seu know
how como, também, viabili-
zaria a implantação do seu
conhecimento e experiência
acumulada em outras cida-
des. Assim, o Centro de Re-
abilitação Infantil Enge-
nheiro Clóvis Scripilliti foi
inaugurado em 14 de Maio
de 1999, em Pernambuco.
O Teleton de 1999 pos-
sibilitou a construção de
outro Centro de Reabilita-
ção em Porto Alegre, Rio
Grande do Sul, inaugurado
em 10 de Agosto de 2000.
Em 31 de Agosto de
2001, foi inaugurada a
AACD Minas Gerais em
Uberlândia, até então a úni-
ca do estado, com recursos
do Teleton 2000.
7
Em uma área total de
5.000m², a AACD mineira
possui 1.334m² de área
construída. Tem um quadro
de 87 funcionários e 83 vo-
luntários. Atende oitogru-
pos de patologias e quatro
especialidades médicas,
além de diversas terapias
de reabilitação e oficina or-
topédica completa.
Em 2010 foram realizados
110.382 atendimentos. Estão
cadastrados mais de 5 mil
pacientes, oriundos de di-
versas regiões de Minas, de
outros estados do Norte,
Nordeste e Centro Oeste,
além de pacientes do norte
do estado de São Paulo.
O cadastramento pode
ser realizado por carta ou
fax enviado à instituição. O
candidato passa por uma
triagem para verificação da
patologia que apresenta e
confirmação se o quadro é
passível de reabilitação na
unidade.
A edição do Teleton
2009 arrecadou recursos
que foram aplicados na
construção de uma nova
unidade em Minas Gerais -
a ARCD– Associação de
Reabilitação da Criança
Deficiente, o décimo centro
da AACD.
Ela foi inaugurada no
dia 25 de fevereiro de 2011
e funciona por meio de
uma parceria com a prefei-
tura local. A unidade está
apta a realizar 114 atendi-
mentos por dia e deve re-
ceber pacientes dos muni-
cípios de toda a região em
um raio de 180 km.
Atualmente a AACD
conta com mais três unida-
des próprias (uma na capi-
tal paulista, outra em Osas-
co/SP, e a terceira em Nova
Iguaçu/RJ); outras duas em
Joinville/SC e em São José
do Rio Preto/SP; mais duas
unidades escolares, ambas
em São Paulo-SP; e outras
três em construção: duas em
São Paulo/capital, e outra
em Mogi das Cruzes/SP.
A marca AACD foi cons-
truída nestes 60 anos de
histoória, com muito traba-
lho, dedicação e participa-
ção de milhares de profissi-
onais, apoiadores, voluntá-
rios e pessoas que de algu-
ma forma contribuíram para
o crescimento da institui-
ção. Valores como respon-
sabilidade social, respeito
ao ser humano, ética, quali-
dade, eficácia, competência
e transparência sempre es-
tiveram presentes no dia a
dia da AACD e contribuem
para sua perenidade.

Sucesso do TROIA reflete a força e a uniã
Dr. Fábio Peluzo
Palestrantes convidados e organizadores do TROIA
Apresentação de capoeira de pacientes da AACD
Palestrantes convidados
8
A Cidade de Santos – SP
foi a casa da Ortopedia Pe-
diátrica entre os dias 5 e 6
de agosto, onde mais de
240 especialistas participa-
ram da atualização bienal em
traumatologia nas crianças
e adolescentes - TROIA.
Para o presidente da
Sociedade Brasileira de Or-
Dr. Rui Maciel
topedia Pediátrica, Dr. Rui
Maciel Godoy Júnior, o su-
cesso do evento mostrou a
força e união da Ortopedia
Pediátrica Brasileira, pela
maciça presença de colegas
de todas as partes do país.
Destaque para a orga-
nização impecável do cole-
ga Fábio Peluzo e sua equi-
pe, que presidiu o TROIA
com competência e deter-
minação.
O evento focou princi-
emocionam congressistas
 9

lete a força e a união da Ortopedia Pediátrica

palmente em uma progra-
mação científica de alto ní-
vel, tendo como convida-
do internacional, o Dr. The-
ddy Slongo da University
Children`s Hospital de
Bern, Suíça, que participou
ativamente de todas as ati-
vidades científicas, dividin-
do, com os ortopedistas
brasileiros, a sua grande Após a exebição de capoeira, show de dança, com a
experiência na condução do participação de congressistas
trauma em pacientes es-
queleticamente imaturos.
Participação também
elogiável do Dr. Sulim
Abramovich, que represen-
tou a Sociedade Brasileira
de Pediatria com uma con-
ferência sobre o atendimen-
to pré e pós hospitalização
de crianças vítimas de po-
litrauma.
Na programação, ainda,
o fórum sobre “Os Rumos
da Ortopedia Pediátrica Bra-
sileira”, que atraiu enorme
participação dos congres-
sitas na busca de alternati-
vas para o reconhecimento
e valorização profissional.
Emocionante, também,
a apresentação de capoeira
realizada pelos pacientes da
AACD.

Entrevista: Homenagens às ortopedistas
D r a. Ana Paula Tedesco
Natural de Caxias do Sul,
a Dra. Ana Paula Tedesco se
destaca na profissão pela sua
capacidade, conhecimento
técnico-científico, vontade de
aprender. Hoje, Mestre em
Ortopedia e Traumatologia
conquistado pela UNIFESP,
Escola Paulista de Medicina,
em 1998; e Honorary Resear-
ch Fellow pelo Children’s
Memorial Hospital, Nor-
thwestern University, Chica-
go, Illinois, 1990, ela se for-
mou em Medicina em 1984,
pela Universidade Federal do
Rio Grande do Sul. Na resi-
dência feita durante o perío-
do de 1985 a 1988, no Hospi-
tal de Clínicas de Porto Ale-
gre, optou, no quarto ano,
pela Ortopedia Pediátrica e
Quadril. A escolha, como pró-
pria afirma, teve em vista o fato
da ortopedia ser uma especi-
alidade “onde ativamente cor-
rigimos, adequamos. E nas
crianças, esta intervenção
geralmente é crucial na reabi-
litação. Também, pela abran-
gência e pelo desafio das pa-
tologias que tratamos”.
O início não foi fácil, mas
com determinação, estudo e
a inspiração e o ensino de
professores, a Dra. Ana Pau-
10
la Tedesco seguiu o curso
natural da vida. Hoje, é refe-
rência em sua área de atua-
ção no Instituto de Neuro-
Ortopedia, em Caxias do Sul,
vanguarda na avaliação e tra-
tamento em neuro-ortopedia.
O instituto é pioneiro na cri-
ação do Ambulatório de Neu-
ro-ortopedia, um local para
atendimento multidisciplinar
de patologias neuro-ortopé-
dicas, além de contar com um
ambulatório de toxina botu-
línica, que avalia, trata e
acompanha os pacientes da
rede pública da região que
apresentem potencial indica-
ção para o uso deste medi-
camento. Em breve, o insti-
tuto contará ainda com um
Laboratório de Marcha, cu-
jos recursos estão sendo
captados pela lei de Incen-
tivo do Ministério do Espor-
te. Além de participar de
todo esse trabalho, a Dra.
Ana Paula atuou até pouco
tempo na formação de jo-
vens médicos como profes-
sora da Universidade de
Caxias do Sul.
Sobre a profissão, ela
ressalta que “a especialida-
de é muito abrangente, e por-
tanto requer um grande de-
votamento, sem muitas vezes
um retorno financeiro com-
parável a outras áreas da
Medicina. Talvez seja por
isso que não temos muitos
residentes pensando em se
dedicar à Ortopedia Pediátri-
ca. Mesmo morando em Ca-
xias, uma cidade do interior
do Rio Grande do Sul, pro-
curo atualizar-me e dissemi-
nar o que sei. Sou convicta
de que o conhecimento é
uma das poucas coisas na
vida que quanto mais se re-
parte, mais cresce. Em meu
trabalho procuro sempre ver
o paciente, sua família e seu
ambiente,mantendo o bom
senso mas, acima de tudo, o
pensamento científico”.
 11
International Federation of Paediatric Orthopaedic Societies
SICOT 2011 / PRAGA
Drs. Rui Maciel, Cloris Kessler, Patricia Fucs, Carlo Milani
e Eiffel Dobashi durante o SICOT 2011, em Praga
IFPOS
Como era esperado, o
congresso trienal da SICOT
- Societe Internationale de
Chirurgie Orthopedique et
Traumatologie foi um su-
cesso. O evento foi realiza-
do entre os dias 6 e 9 de
Setembro de 2011, em Pra-
ga, República Tcheca, com
a presença maciça da comu-
nidade ortopedia pediátrica
mundial. Foram mais de
dois mil participantes.
A programação foi or-
ganizada pelo IFPOS, res-
ponsável também pelo pla-
nejamento do ICFC (Inter-
national Clubfoot Con-
gress). Segundo Dra. Pa-
trícia Fucs, o evento con-
tou com a presença de
grandes nomes do conti-
nente Europeu, Asiático e
Americano, e de ortopedis-
tas pediátricos latino-ame-
ricanos. O Brasil esteve
presente com várias apre-
sentações e coordenações
de mesas.
O dia 7 de Setembro foi
dedicado à IFPOS (Fede-
ração Internacional das So-
ciedades de Ortopedia Pe-
diátrica), cujo atual presi-
dente é o nosso colega Car-
lo Milani. Os temas livres
tiveram lugar de destaque
no congresso, sendo que o
melhor trabalho recebeu
um certificado e premiação
no valor de 500,00 Euros,
informa a Dra. Patrícia
Fucs ao lembrar que este
prêmio foi criado pela SI-
COT em homenagem ao
professor Bensahel.
O próximo SICOT será
em 2014, no Rio de Janei-
ro, conjuntamente com o
CBOT.

Aliviando
o estresse
Que tal um final de tar-
de com um tremendo por de
sol, uma leve brisa sopran-
do em seu rosto e uma lin-
da praia a sua frente. Este
cenário que sua imaginação
criou é bem real para a Dra.
Leopoldina Milanez Leite.
Em São Luiz, no Maranhão,
ela faz suas caminhadas na
Praia de São Marcos, um
lugar verdadeiramente pa-
radisíaco. Esta praia está
localizada na baía do mes-
mo nome, onde estão as
ruínas do Forte de São
Marcos, datado do século
XVII. É a preferida pela ju-
ventude, pelos barzinhos
da orla, e pela prática do
surf.
Além de desfrutar da
beleza natural do local, a
Dra. Leopoldina Milanez
alivia o estresse do dia a dia
da profissão. No final da
caminhada, nada melhor do
que uma água de côco ge-
ladinha. Como ela própria
afirma “lugar melhor para
desestressar não há”.
12
&
Fatos
Membro honorário
cipação no evento. Durante
o congresso ele proferiu sete
palestras e participou de to-
das as mesas redondas mo-
dernas. Em depoimento para
a Revista da SBOP, Slongo
fez questão de salientar a ex-
celência do TROIA, das pa-
lestras nacionais e das dis-
cussões de casos. Segundo
ele, a Ortopedia Pediátrica
Brasileira encontra-se entre
as mais evoluídas do mun-
do. Por decisão unânime da
diretoria da SBOP, ao final do
O Dr. Theddy Slongo foi um congresso, ele recebeu o tí-
dos destaques no TROIA / tulo de Membro Honorário da
2011 pela sua intensa parti- nossa sociedade.
Agradecimento e parabéns
À Direção da AACD por ter proporcionado aos partici-
pantes do TROIA / 2011um espetáculo comovente: a apre-
sentação de capoeira e o show de dança de seus pacientes.
Ao final da apresentação, as crianças convidaram membros
da SBOP para entrar na roda de samba. Todos dançaram... e
se emocionaram. Com certeza, um momento a ser lembrado e
guardado por todos os ortopedistas pediátricos.
INVESTINDO EM ALTA TECNOLOGIA PA
Próteses / Coletes / Órteses / Palmilhas / Calçados
NOVIDADES: Próteses de silicone para amputações parciais de pé
Análise computadorizada dos pés (exame realizado apenas com pre
Av. Bernardo Monteiro, 1280 - Funcionários - 30.150-281 - BHte/MG - F (31) 3224-6691 / 3224
 13
Agenda

& Fotos 43º CBOT - Congresso

Brasileiro de Ortopedia e
Traumatologia
Data: 13 a 15 /11 / 2011
Local: São Paulo/SP
Pré-congresso - Coluna
Vertebral da Criança e
do Adolescente
Dia 14 - Dia da Especia-
lidade (Ortopedia
Pediátrica)
Site: www.cbot2011.
Os organizadores com os convidados do curso
com.br

PEC-IOT de Passo Fundo XXV Encontro Matta
O Programa de Educação Continuada do IOT - Passo Machado
Fundo começou dia 11 de julho com o módulo de Ortopedia Data: 30/09 a 02/10/11
Pediátrica, com a ilustre presença do presidente da SBOT, Dr.
Local: Tauá Hotel -
Osvandré Lech. O evento foi organizado pelo Serviço de Or-
topedia Pediátrica - tendo à frente os colegas Jung Ho Kim e Caeté
Luis Gustavo Calieron, e contou com convidados os douto-
res Francisco Violante, Vanderson Roso e Alexandre Bernardi.
Na ocasião, as principais patologias da Ortopedia Sugestão de
Pediátrica foram abordadas com objetivo tanto de prepara-
ção para o TEOT quanto para a atualização dos ortopedistas
Leitura
da região. In Situ Fixation for
Presentes, um bom número de participantes, sinalizando
um bom começo para o PEC-IOT, que seguirá com os módulos Slipped Capital
de Coluna, Quadril, Joelho, Membro Superior e Tumores. Femoral Epiphysis:
Perspectives in 2011

STINDO EM ALTA TECNOLOGIA PARA MELHOR ATENDÊ-LOS Michael B. Millis, MD,

es / Coletes / Órteses / Palmilhas / Calçados Eduardo N. Novais, MD
J. Bone Joint Surg. Am.,
S: Próteses de silicone para amputações parciais de pé.
May 2011; 93 (Supple-
putadorizada dos pés (exame realizado apenas com prescrição médica
ment_2); 46-51. doi:
- 30.150-281 - BHte/MG - F (31) 3224-6691 / 3224-2871 - fabricio@shoppinortopedico.com.br 10.2106/JBJS.K.00040

Palavra dos ex-presidentes
Dr Jorge Pederneiras de Faria
Orgulho
Ao reler o artigo de
Claúdio Santilli, uma ver-
dadeira ode de boas vin-
das aos novos especialis-
tas que se aventuram na
Ortopedia Pediátrica (ou
Infantil, têrmo que prefi-
ro, mas que não vingou),
sinto-me movido, após
amável convite de Gilber-
to Brandão para um texto
para a Revista da SBOP, a
recordar alguns fatos his-
tóricos, logicamente, des-
conhecidos dos mais no-
vos, relacionados aos pri-
mórdios de nossa subes-
pecialidade.
O grande marco inici-
al, na lembrança dos mais
velhos em atividade, onde
me incluo, foi o denomi-
nado “I° Seminário Brasi-
leiro de Ortopedia Pediá-
trica”, acontecido no Rio
de Janeiro, no Hotel Me-
ridien, em dezembro de
1977, organizado por
Aloysio Campos da Paz,
Sênio Silveira, José Hen-
rique Matta Machado,
Arcelino Bitar e Manlio
Napoli, com a participa-
14
ção de Mihran Tachdjian,
Sherman Coleman, Wood
Lovell, Dean Macewen e
George Mitchell, além de
ortopedistas de todas as
partes do Brasil, discutin-
do temas exclusivamente
de Ortopedia Pediátrica.
No início da década
seguinte, após um perío-
do de reciclagem no
Children’s Hospital em
Londres, com George
Lloyd-Roberts e John Fi-
xsen, tive a minha primei-
ra experiência com o im-
portante seminário organi-
zado por Tachdjian, em
Chicago, e, de acordo
com as minhas possibili-
dades e a ajuda de gran-
des amigos, organizamos
no Rio de Janeiro, dois en-
contros nacionais, reunin-
do no primeiro colegas
brasileiros, mas já no se-
gundo, realizado em 5 e 6
de setembro de 1986, al-
guns convidados estran-
geiros, como Brian Mcki-
bbin, Dean Mckewen e
Lynn Staheli.
Pessoalmente, acredi-
to que esta semente tenha
sido a responsável, com a
influência do trabalho de
pessoas movidas pelo
mesmo interesse pessoal,
que era o da consolidação
da ortopedia infantil naci-
onal, que foi iniciado na
gestão de Paulo Cesar
Schot como presidente da
SBOT, com a fundação do
Comitê de Ortopedia Pe-
diátrica da SBOT, logo
depois transformado em
Sociedade Brasileira de
Ortopedia Pediátrica.
Em todo esse período
inicial, pessoas como Pau-
lo Bertol, Roberto Guar-
niero, Cláudio Santilli,
Luiz Antônio Munhos da
Cunha, para citar apenas
os componentes da pri-
meira diretoria da nossa
sociedade (Comitê na
época), dentre muitos ou-
tros que viveram estas
fases iniciais, espero que
ao lerem este pequeno
histórico, irão sentir a
mesma alegria e orgulho
que eu experimentei ao
prepará-lo.