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Por: Andrew, Rafael A, Victor, Daniel,

André

A ligação do álbum
z “Amarelo” de
Emicida com o
racismo
z
Quem é Emicida?

Leandro Roque de Oliveira (São Paulo, 17 de agosto de 1985),


mais conhecido pelo nome artístico Emicida, é um rapper,
cantor, compositor e apresentador brasileiro. É considerado
uma das maiores revelações do hip hop do Brasil da década
de 2000. O nome "Emicida" é uma fusão da sigla "MC" e do
sufixo latino "-cida". Devia as suas constantes vitórias nas
batalhas de improvisação, seus amigos começaram a falar
que Leandro era um "assassino", e que "matava" seus
adversários através de suas rimas.
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Dentre suas obras mais


famosas, podemos citar:
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Obras
z
As Influencias do Emicida no Rap
Brasileiro
Emicida é uma figura influente no rap, não apenas por suas
habilidades musicais, mas também por sua postura social e
cultural. Sua capacidade de transmitir mensagens
significativas por meio da música e suas letras profundas
tiveram um impacto considerável na cena do rap no Brasil e
no mundo.
Sua postura de orgulho cultural e sua representação das
raízes brasileiras influenciam a cena do rap, encorajando
outros artistas a abraçarem e celebrarem suas próprias
heranças culturais em suas músicas.
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Emicida e os movimentos antirracistas

Renegar e enfrentar o racismo estrutural que nos mata, é o


cotidiano das populações afro-brasileiras desde sempre, não
sendo “imitação de negro americano”, “mimimi”, vitimismo” ou
“modismo”, como a vulgaridade racista de nossa sociedade
costumeiramente, de maneira sórdida e mesquinha, gosta de
apregoar. Essa é a grande luz que o documentário nos traz,
desanuviando os falsos tons de sociabilidade racialmente
democrática e socialmente harmoniosa que mascaram o nosso
racismo estruturante e os seus efeitos nefastos a maioria de sua
população, uma nação em eterna incompletude esquizofrênica
em negar o seu caráter racista e discriminatório.
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Nesse sentido, Emicida verbaliza em sons e imagens, cinema e


música, perpassando e revisitando a ancestralidade afro
diaspórica que nos manteve vivos ao longo de toda essa
trajetória. Amar o elo que nos une e fortalece enquanto
comunidade, enquanto povo, que nos conecta a nossa pertença
indentitária e sua condição de força matriz que acaba gerando,
dando forma as mais variadas manifestações e expressões – por
vezes díspares ou contraditórias – mas sempre visando o não
sucumbir aos “caminhos da não existência” do apagamento da
história que nos era destinado, que nos era reservado por nossas
elites desde os primeiros tempos de nossa invasão colonial.
AmarElo -
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É Tudo
Pra
Ontem
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1⁰ Faixa
Silêncio
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"Quando todos querem falar, silêncio é um convite à reflexão."


§
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2⁰ Faixa
Principia
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“Tudo que bate é tambor,


Todo tambor vem de lá.
Se o coração é o senhor, tudo é África.
Pus em prática
Essa tática
Matemática, falou?
Enquanto a terra não for livre, eu também não sou.”
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"Cale o cansaço, refaça o laço


Ofereça um abraço quente
A música é só uma semente
Um sorriso ainda é a única língua que todos entende“

“O amor cuida com carinho


Respira o outro, cria o elo
O vínculo de todas as cores
Dizem que o amor é amarelo”
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6⁰ Faixa
Paisagem
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"Cheira à pólvora, frio de mármore


Ver que agora quantas árvores
Condecora nossos raptores
Nos arredores tudo já pertence aos roedores
É hora que o vermelho colore o folclore
É louco como adianta pouco, mas olhe
Com sorte talvez piore
Não se iluda, pois nada muda, então só contemple as flores"
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"E acende a brasa, esfregue as mãos


Desabotoa o botão da camisa
Sinta-se em casa, imagine o verão
Ignore a radiação na brisa
Sintoniza o estéreo com seu velho jazz
Pra um pesadelo estéril até durou demais
Reconheça sério que o mal foi sagaz
Como um bom cemitério tudo está em paz"
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9⁰ Faixa
Ismália
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"Olhei no espelho, Ícaro me encarou


"Cuidado, não voa tão perto do sol
Eles num guenta te ver livre, imagina te ver rei"
O abutre quer te ver de algema pra dizer
"Ó, num falei? " "
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"Ela quis ser chamada de morena


Que isso camufla o abismo entre si e a humanidade plena
A raiva insufla, pensa nesse esquema
A ideia imunda, tudo inunda
A dor profunda é que todo mundo é meu tema"
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"E como analgésico nós posta que


Um dia vai tá nos conforme
Que um diploma é uma alforria
Minha cor né uniforme
Hashtags #Pretonotopo, bravo!
80 tiros te lembram que existe pele alva e pele alvo"
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"Um primeiro salário


Duas fardas policiais
Três no banco traseiro
Da cor dos quatro Racionais
Cinco vida interrompida
Moleques de ouro e bronze
Tiros e tiros e tiros
O menino levou 111"
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z
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"Primeiro 'cê sequestra eles, rouba eles, mente sobre eles


Nega o deus deles, ofende, separa eles
Se algum sonho ousa correr, 'cê para ele
E manda eles debater com a bala de vara eles, mano
Infelizmente onde se sente o sol mais quente
O lacre ainda tá presente só no caixão dos adolescente"
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10⁰ Faixa
Eminência Parda
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"Minha caneta tá fodendo com a história branca


E o mundo grita: "não para, não para, não para"
Então supera a tara velha nessa caravela."
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"Sou eu mirando e matando a Klu


Só quem driblou a morte pela Norte saca
Que nunca foi sorte, sempre foi Exu."
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11⁰ Faixa
AmarElo
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"Deus é brasileiro e anda do meu lado


E assim já não posso sofrer no ano passado
Tenho sangrado demais
tenho chorado pra cachorro
Ano passado eu morri mas esse ano eu não morro."
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"Aí, maloqueiro, aí, maloqueira


Levanta essa cabeça
Enxuga essas lágrimas, certo? (Você memo)
Respira fundo e volta pro ringue (vai)
Cê vai sair dessa prisão
Cê vai atrás desse diploma
Com a fúria da beleza do Sol, entendeu?
Faz isso por nóis
Faz essa por nóis (vai)
Te vejo no pódio."
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"Permita que eu fale, não as minhas cicatrizes


Elas são coadjuvantes, não, melhor, figurantes
Que nem devia tá aqui
Permita que eu fale, não as minhas cicatrizes
Tanta dor rouba nossa voz, sabe o que resta de nós?
Alvos passeando por aí
Permita que eu fale, não as minhas cicatrizes
Se isso é sobre vivência, me resumir à sobrevivência
É roubar o pouco de bom que vivi
Por fim, permita que eu fale, não as minhas cicatrizes
Achar que essas mazelas me definem é o pior dos crimes
É dar o troféu pro nosso algoz e fazer nóis sumir."
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Conclusão

AmarElo é um resgate da saúde mental, da inspiração, dos


sentimentos, do passado da arte brasileira, do afro futuro, e
principalmente, um verdadeiro ato de união a favor da vida.

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