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Henri de Toulouse-Lautrec e o Moulin Rouge de Pierre La Mure

Esse post foi inicialmente colocado no blog Páginas Vermelhas, que também é meu apesar de lá eu escrever
com um pseudônimo, então, como eu não venho postando muito no Páginas Vermelhas e achando
interessante para esse blog colocar a informação 'de lá pra cá' sobre esse livro maravilhoso! Sejam bem
vindos ao Moulin Rouge!

Confesso que há uns dois anos atrás eu não fazia a mínima ideia de quem fosse. Claro que eu já tinha algum
conhecimento do pós-impressionismo, porém, nunca havia tido contato com nenhum material que pudesse me
transportar para o final do século XIX e início do século XX. Em um belo dia, visitando um sebo da cidade, me
deparei com uma raridade sem limites o livro: Moulin Rouge, a princípio eu pensei que fosse encontrar toda aquela
fantasia, amor e uma mocinha que morre no final como acontece no filme e ousei levar para casa, porém, a diversão
foi absolutamente surpreendente. Esquecendo todo o glamour que permeia nessas telas hoje em dia você vivencia o
submundo dos vícios, pobreza e prostituição que circundavam aquela época onde um novo ritmo de dança estava
começando a surgir o famoso: Cancan. A obra artística de Toulouse é basicamente a busca pelos movimentos e,
através da dança e bailarinas que tanto o fascinava, transportava cores e posições inusitadas para suas telas e cartazes
conseguindo chocar a população francesa da época, mas, ao mesmo tempo, abrindo espaço para uma intensa
divulgação do Cancan conseguindo, inclusive, projetar determinadas dançarinas ao estrelato dos teatros. Com toda
essa alegria que o rodeava havia também a tristeza com a qual sua vida foi envolta, pois, devido a uma distrofia nos
membros inferiores seus relacionamentos não foram bem sucedidos, já que, sua baixa estatura provocava aversão nas
mulheres, esse paradoxo também é abordado no livro, o que nos faz refletir que inclusive nos grandes artistas
consagrados hoje, o preconceito existia no passado. Sua obra a princípio foi considerada vil e repudiada, porém, como
começou a elevar o Cancan vários grupos da alta sociedade que cultuavam a arte na época passaram a requisitar sua
presença em rodas o que, talvez, levou a Toulouse adotar um estilo excêntrico ao se vestir que, de certo modo,
compunha todo o seu vazio e a perseguição pelo material e fútil que existia em sua época.

(As imagens são diferentes por causa da incompatibilidade em redefinir o tamanho)


Toulouse-Lautrec. Le Lit.

Henri de Toulouse-Lautrec possuía descendência nobre e seu pai ansiava que ele tivesse sido um cavalheiro que fosse a sua
semelhança, porém, com a distrofia nos membros inferiores, o rumo desse jovem foi modificado, pois, com isso, passou a dedicar
maior parte do seu tempo a arte.
Toulouse-Lautrec. Na Cama - Um Beijo.

Toulouse-Lautrec. La Toilette, 1896.

O livro foi escrito por Pierre La Mure que, por sinal, retrata de forma exímia as características e emoções presentes na
vida desse artista que foi rodeado por outros ilustres nomes como Van Gogh e Oscar Wilde.

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