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AUTO DE NATAL

CENA 1
Ricardo congelado sentado na mesa e Dona Júlia entra pela lateral,
logo após a fala do narrador

NARRADOR: Aaaaah...O Natal! Uma das festas mais famosas e


conhecidas em todo o mundo. Para alguns, dia de se reunir com a
família, comer à meia-noite, e lembrar de todos os momentos do
ano, enquanto tem aquele tio que faz a famosa piada do pavê e as
crianças correndo por aí. Já para outros, como para a família de Dona
Júlia, infelizmente não é bem assim...

DONA JÚLIA: Ricardo, cadê você? -procura por ele pela casa- Ah! Aí
está! O que tá fazendo aí sentado e com essa roupa? Mamãe está
esperando e eu que vou levar o arroz para lá

RICARDO: Acha mesmo que vou pra lá? Sua mãe me odeia, suas tias
sempre dão um jeito de ficar esfregando tudo na minha cara e seus
irmãos sempre brigam. Prefiro ficar aqui mesmo.

DONA JÚLIA: Mas é uma data importante, Ricardo

RICARDO: Importante pra quem? Ninguém daqui se importa com o


Natal, e você sabe disso

DONA JÚLIA: Eu me importo! No Natal, meditamos sobre o amor, a


família, a paz...
Nesse momento, aparece Cristina, filha adolescente do casal.

CRISTINA: Que amor, mãe? O papai não fala com o Lucas desde o
início do ano. Acha que agora vai tudo mudar por conta de uma
reunião de “família” que não serve de nada? A senhora se ilude
muito, e sempre se decepciona

Chega Lucas, bêbado

LUCAS: Feliz Natal, família -fala cambaleando

DONA JÚLIA: Meu filho, onde estava? -fala, segurando-o

CRISTINA: Onde mais ele estaria? Numa festa, claro! Só vive disso...

RICARDO: O que esse imprestável está fazendo na minha casa? -vai


em direção a ele, furioso

DONA JÚLIA: Ricardo, se controla! É seu filho!

RICARDO: Filho coisa nenhuma! Eu não criei ninguém para ser um


sem futuro, vivendo de festa e nas drogas. Ele merece meu
desrespeito

CRISTINA: Não fale assim do meu irmão!


RICARDO: Você é igualzinha a ele. Não serve pra nada! Só me dá dor
de cabeça.

CRISTINA: Quem é você pra falar de mim?! Sempre ausente, em


bares, voltando de madrugada... Você é o responsável por sermos
desse jeito.

DONA JÚLIA: JÁ CHEGA!

RICARDO: Já chega mesmo! Vá pra casa da sua mãe só, porque eu


mesmo não vou ficar no mesmo lugar que eles -sai

CRISTINA: Eu digo o mesmo! Isso aqui não é uma família. Não sei
porque ainda insiste em tentar fazer dar certo. Vou para uma festa
que vai ter das minhas amigas...Ali sim eu sou feliz! -também sai

Dona Júlia se senta e começa a chorar. Depois de um tempo, vai até


um presépio da sua casa e reza

DONA JÚLIA: Senhor, há anos venho tentando fazer com que minha
família se una de novo. Por que permite tamanho sofrimento? Não
vê minhas lágrimas?

Nesse momento, Padre João estava passando na rua e resolve visitar


sua amiga. Ele bate na porta e quando é recebido, fica em choque
com o estado de Dona Júlia.

DONA JÚLIA: Sua benção, padre


PADRE JOÃO: Deus te abençoe, minha filha. Mas, me conte. Qual a
razão para estar assim? -fala enquanto entra na casa e se senta

DONA JÚLIA: Ah, padre... Tudo está dando errado na minha vida.
Todo ano é a mesma coisa. Eu tento, tento, tento fazer com que ao
menos no Natal a família se reúna e seja feliz...Mas é impossível!
Acho que Deus se esqueceu de mim...

PADRE JOÃO: Não diga isso, filha. Deus nunca deixou de olhar para
nós. Muito pelo contrário! Por acaso não conhece a história do
Natal?

DONA JÚLIA: Claro que conheço, padre. Foi o dia do nascimento de


Jesus.

PADRE JOÃO: Sim, você tem razão...Mas tem muita coisa por trás
desse esperado nascimento. Sente aqui que vou lhe contar

O padre leva Dona Júlia para o primeiro banco da igreja e depois se


volta para a assembleia

PADRE JOÃO: Muito se fala do Natal, mas será que realmente


sabemos seu significado? Para isso, precisamos voltar para o início,
há muitos anos: na criação do mundo.

Padre sai de cena e começa a cena 2


CENA 2
Adão corre, tentando se esconder

DEUS: Adão? Adão! Onde está?

Depois de um tempo, Adão se levanta e vai em direção a Deus

ADÃO: Ouvi tua voz no Jardim. Fiquei com medo, porque estava nu, e
me escondi.

DEUS: E quem te fez saber que estavas nu? Acaso comeste da árvore
da qual te proibi de comer?

ADÃO: Foi ela! -grita- Ela me deu do fruto da árvore, e eu comi

DEUS: Por que fizeste isso? -se vira para Eva

EVA: Foi a serpente! Ela me enganou, e eu comi

NARRADOR: Em consequência, Deus vê-se obrigado a expulsar


imediatamente o homem do paraíso
terrestre e a privá-lo, e a seus descendentes, no futuro, do paraíso
celeste e eterno, que lhes havia preparado para depois desta vida
temporal.

Deus fala com Adão e Eva, durante a fala do narrador e eles sem de
cena
NARRADOR: Mas também, eis que Deus parece afligir-se e queixar-
se.

Deus se senta e vem um anjo ao seu encontro

ANJO: Senhor? Parece estar aflito. O que houve?

DEUS: Infelizmente, o homem escolheu o mal, mas sinto sua falta.


Que farei agora sem ele?

ANJO: Mas, Senhor, vós que possuis no céu tão grande multidão de
serafins e outros anjos, como pode sentir falta do homem? A vossa
felicidade não é perfeita sem ele?

DEUS: Tudo isso é verdade, mas penso que, sem os homens, nada
mais me resta.

NARRADOR: Mas como pode Deus dizer que sente falta do homem?
Ah! É que Deus ama o homem, como se o homem fosse seu Deus, e
como se não pudesse ser feliz sem ele. Devido ao amor que tem aos
homens, Deus parece fora de si mesmo.

Enquanto isso, Deus se levanta e se movimenta de um lado pro outro,


pensativo
DEUS: Não! Não quero perder os homens! Haja um Redentor que
satisfaça por eles a minha justiça, e os resgate das mãos de seus
inimigos e da morte eterna que mereceram...

Nesse momento surge alguns anjos

NARRADOR: Na terra não havia esse inocente.


Então, disse o Padre Eterno:

DEUS: Já que entre os homens não há quem possa satisfazer a minha


justiça, qual dos habitantes do céu descerá para resgatar a
humanidade?

NARRADOR: Os anjos, os querubins, os serafins, todos calam-se,


ninguém responde. Só responde o Verbo Eterno e diz:

JESUS: Eis-me aqui, mandai-me. -todos olham assustados- Meu Pai,


uma pura criatura, um anjo, não poderia oferecer a vós, Majestade
infinita, uma digna satisfação pela ofensa recebida do homem. E
ainda que aceitasse tal ato, pensa que até agora o homem não
entendeu até que ponto o amamos. Se quisermos fazer com que
entenda, eis a mais bela ocasião que possamos ter: eu, vosso
unigênito Filho, me encarregarei de resgatar o homem perdido.
Descerei à terra, tomarei um corpo humano, morrerei para pagar a
pena que ele deve à vossa justiça; esta será assim plenamente
satisfeita e o homem finalmente perceberá o nosso amor para com
ele.

DEUS: Mas, pensa, meu Filho, que se te encarregares de morrer pelo


homem, terás de levar uma vida cheia de trabalhos e dores.
JESUS: Não importa, mandai-me.

DEUS: Pensa que terás de nascer numa gruta, que será estábulo de
animais; que depois terás de fugir para o Egito a fim de escapar das
mãos desses mesmos homens que procurarão, desde a infância, tirar-
te a vida.

JESUS: Não importa, mandai-me.

DEUS: Pensa que, voltando do Egito, terás de levar vida


extremamente penosa e difícil.

JESUS: Não importa, mandai-me.

DEUS: Pensa enfim que, quando apareceres em público para pregar e


te manifestar ao mundo, terás sim discípulos, mas serão
pouquíssimos; a maior parte dos homens te desprezará, te tratará de
impostor, de mago, insensato, samaritano e não deixará de te
perseguir.

JESUS: Não importa. Eis-me, mandai-me.

NARRADOR: Lavrado o decreto de que o filho de Deus se faria


homem, Deus explica aos anjos o que deve ser feito para que a
promessa seja cumprida.

Após a fala, saem todos de cena


CENA 3
NARRADOR: Havia, em Nazaré, uma virgem prometida em
casamento a um homem chamado José. O nome da Virgem era
Maria...

Música: História de Maria – Padre Zezinho (as 4 primeiras estrofes)

NARRADOR: Sendo Maria a escolhida por Deus para ser a mãe do


Salvador, o Anjo Gabriel vai até a pequena cidade da Galileia.

Música: Maria e o Anjo – Anjos de um resgate (Não repete o “por que


teus lábios...”)

Após a Música, saem os dois de cena


CENA 4
NARRADOR: Ao saber da notícia, Maria vai ao encontro de José, seu
futuro esposo e conta da visita do Anjo. Sendo justo e não querendo
expô-la, José cogitou em abandoná-la secretamente.

José entra pela parte da frente da igreja, passando entre o povo

JOSE: Sou apenas um carpinteiro. Ao saberem da notícia, Maria


sofrerá com os julgamentos do povo. Se eu a deixar, eu que serei
visto como culpado, e minha amada será poupada.

São José caminha em direção a sua cama, reza e dorme. O anjo


aparece em sonho.

ANJO: José, Filho de Davi, não temas receber Maria como sua esposa,
pois o que nela foi gerado, procede do Espírito Santo. Ela dará à luz
um filho, e tu lhes porás o nome de Jesus, pois Ele salvará o seu povo
dos seus pecados.

NARRADOR: Ao despertar do sono, José fez o que o anjo do Senhor


lhe havia ordenado e acolheu sua mulher.

Música: Simplesmente José – Eugenio Jorge (música completa apenas


uma vez)

Terminando a música, José sai pela entrada principal da igreja e,


após a música, Isabel entra pela lateral
CENA 5
NARRADOR: O anjo também anuncia a Maria da gravidez de Isabel, sua
prima, já na velhice. Sabendo disso, Maria parte para a uma região
montanhosa, a uma cidade de Judá.

MARIA: Isabel?

NARRADOR: Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança saltou


de alegria em seu ventre. Ela ficou repleta do Espírito Santo e, com voz
forte, exclamou:

ISABEL: Bendita és tu entre as mulheres, e bendito é o fruto do teu


ventre! Como me acontece que a mãe do meu Senhor venha me visitar?
Logo que ressoou aos meus ouvidos a tua saudação, a criança pulou de
alegria no meu ventre. Bem aventurada aquela que acreditou, porque se
cumprirá o que lhe foi dito da parte do Senhor.

NARRADOR: E Maria disse:

Música: O cântico de Maria – Ministério Adoração e Vida

Após a música, Maria e Isabel se abraçam e Isabel fala

ISABEL: Venha! Vou te mostrar alguns mantos que fiz para o meu bebê

NARRADOR: Maria ficou três meses com Isabel e depois voltou para sua
casa.

Saem pela lateral


CENA 6
NARRADOR: Após alguns meses, foi publicado um decreto do
Imperador Augusto ordenando o recenseamento do mundo inteiro.
Todos iam registrar-se, cada um em sua própria cidade. Também José
-que era da casa e da linhagem de Davi- subiu da Galileia, da cidade
de Nazaré, à Judeia, à cidade de Davi, chamada Belém, para registrar-
se com Maria, sua esposa, que estava grávida.

MARIA: José, onde vamos ficar? Está ficando tarde e sinto dores nas
costas. Jesus está ficando pesado -ri

JOSE: Estou procurando, mas a cidade está bem cheia. Vou perguntar
ali, naquela hospedaria

José vai até a primeira hospedaria

JOSÉ: Boa noite, eu e minha mulher estamos procurando algum lugar


para ficar esta noite. Ela está grávida

MULHER/HOMEM 1: Não há mais lugar. Estamos lotados.

José vai até outra hospedaria

MULHER/HOMEM 2: Estamos lotados. Procurem outro lugar

JOSE: Por favor...Minha mulher está prestes a dar à luz.


MULHER/HOMEM 2: Não ouviu o que eu falei?! Não temos mais
vagas. Saiam daqui!

José e Maria vagam pela cidade em busca de algum lugar, passando


pelo povo
Música: Meu bom José – Padre Zezinho

NARRADOR: Depois de muito caminhar, e já cansado, José vai em


mais uma hospedaria.

JOSÉ: Boa noite. Eu e minha mulher estamos atrás de um lugar para


ficar

MULHER/HOMEM 3: Não temos mais lugar. Estamos lotados

JOSÉ: Por favor, nos ajude. Minha mulher está grávida. Não
precisamos de muito...

O homem/mulher 3 pensa um pouco e depois fala

MULHER/HOMEM 3: Pensando bem...tenho um lugar. É um


estábulo. Não é a melhor opção, mas dá para passar a noite.

NARRADOR: José e Maria agradece e partem em direção ao estábulo


de animais.

Saem pela lateral


CENA 7
NARRADOR: Na região, havia pastores que passavam a noite no
campo, tomando conta do rebanho. O anjo do Senhor apresentou-se
a eles e a glória os envolveu de luz

ANJO: Não temais! Eu vos anuncio uma grande alegria, que será
também a de todo um povo: hoje, na cidade de Davi, nasceu para nós
o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E isto vos servirá de sinal:
encontrareis um recém-nascido envolto em faixas e deitado numa
manjedoura.

NARRADOR: De repente, juntou-se ao anjo uma multidão do exército


celeste louvando a Deus.

Música: Vinde Cristãos, vinde à porfia


Anjinhos entram pela entrada principal e pela lateral
Terminando a música, saem de forma dividida. Alguns pela lateral,
outros pela entrada principal

PASTOR 1: Vamos à Belém para ver o que aconteceu

PASTOR 2: Aquilo que o Senhor no mostrou

PASTOR 3: Vamos!

Música: Nasceu-nos hoje um menino


Andam pela entrada principal
CENA 8
NARRADOR: Havia também, nas terras do oriente, três magos que
sabiam da promessa do Salvador. Em uma bela noite, apareceu uma
estrela muito mais brilhante que todas as outras já vistas.
Prontamente, os Reis Magos partem em sua direção e seguem para
adorar o Messias enviado por Deus

Música: Nas terras do oriente


Entram pela principal, alguém faz a estrela dançando
Na frente, algumas pessoas se movimentam na cidade, e quando os
magos chegam, saem perguntando a eles
Herodes fica na parte de cima, congelado

MAGO 1: Onde está o recém-nascido Rei dos Judeus?

MAGO 2: Vimos sua estrela no oriente

MAGO 3: E viemos adorá-lo!


Uma das pessoas sobe e fala aos ouvidos de Herodes, enquanto o
narrador fala. Nesse momento, todas as pessoas que estavam na
cena saem pela lateral

NARRADOR: Ao saber da notícia, Herodes ficou alarmado e, com ele,


Jerusalém inteira

Entram os sacerdotes pela lateral


HERODES: Onde está esse Rei dos Judeus que tanto falam? Também
quero conhecê-lo!

SACERDOTE 1: Em Belém da Judeia, pois assim foi escrito por meio


do profeta:

O sacerdote 2 abre um pergaminho e lê

SACERDOTE 2: E tu, Belém, terra de Judá


De modo algum és a menor
Entre as principais cidades de Judá
Porque de ti sairá um chefe
Que será o pastor de meu povo, Israel

NARRADOR: Então, Herodes chamou secretamente os Magos para


saber sobre o nascimento do Menino

Durante a fala do narrador, Herodes fala no ouvido do mesmo que


falou da notícia a ele. Ele parte e traz os magos pela entrada da
frente. Os sacerdotes saem pela lateral

HERODES: Belchior, Gaspar e Baltazar, sejam muito bem-vindos no


meu reino! Soube que estavam procurando por alguém...

MAGO 1: Sim, majestade!


MAGO 2: Vimos uma estrela no oriente, muito mais brilhante que
todas as outras que já vimos

MAGO 3: E a seguimos. Para o encontrar, e adorá-lo

HERODES: Encontrar quem?

MAGOS: O Messias!

HERODES: Então ide informar-vos com exatidão acerca do menino; e,


quando o encontrardes, avisai-me, para que também eu vá adorá-lo!

NARRADOR: Então, os Reis magos partem em direção à Belém, com a


estrela sempre os guiando

Saem pela entrada principal com a menina na frente


Música: Nas terras do oriente

CENA 9
NARRADOR: Em Belém, em meio aos animais, Maria dá à luz o seu
filho, envolve-o em faixas, e coloca-o numa manjedoura. Eis aí o
Salvador da humanidade, o filho de Deus. Nascido num estábulo, pois
não havia quem o recebesse em sua casa.

Música: Tu desces das estrelas


Nessa hora, anjos vão em direção ao Menino Jesus e ali O adoram.
Depois, saem pela lateral
CENA 10
NARRADOR: Depois de muito caminhar, os pastores chegam ao
estábulo e ali encontram Maria, José e o recém-nascido deitado
numa manjedoura.

Música: Nasceu-nos hoje um menino


Entram pela entrada principal

PASTOR 1: Um anjo apareceu para nós e nos contou do nascimento


do Salvador

PASTOR 2: E com ele uma multidão de anjos glorificaram a Deus,


porque desceu dos céus a Salvação

PASTOR 3: Então o Senhor nos guiou para junto com o anjos


podermos glorificá-lo!

TODOS OS PASTORES: Glória a Deus no mais alto dos céus e paz na


terra aos homens por Ele amados!
CENA 11
NARRADOR: Após a chegada dos pastores, chegam também os Reis
magos

Entram pela lateral

MAGO 1: Aqui está o Rei dos Judeus! -se ajoelham e o adoram

MAGO 2: O menino anunciado pelos profetas!

MAGO 3: A Salvação dos homens!

Depois de um tempo, os magos se levantam

MAGO 2: Trouxemos presentes dignos de um Rei

Música: Canção dos Reis


No início, entram as pessoas que vão dançar e se abaixam. Só inicia a
dança no refrão

NARRADOR: E ali, juntaram-se os anjos, os pastores, os magos, os animais,


e outras pessoas da região para adorar o Menino Deus

Música: Cristãos, vinde todos


Aproximam-se algumas pessoas e os anjinhos, vindo da lateral e da
entrada principal, e ajoelham-se diante a Sagrada Família
Após a música, os personagens congelam, o padre e dona Júlia se
levantam
DONA JÚLIA: Nossa, padre. Que lindo! Sabia da história, mas não tinha
visto desse jeito.

PADRE JOÃO: Pois é...

DONA JÚLIA: A promessa de Deus, a preocupação de José, a rejeição das


hospedarias, a manjedoura... Como sofreu a Família de Nazaré!

PADRE JOÃO: Infelizmente o coração de muitos se esfriou para essa


história. Estão tão preocupados com festas, luxo, que esqueceram que o
verdadeiro sentido do Natal é este: o amor. O imenso amor de Deus para
conosco, que se fez pobre criança para nos salvar e para que o
amássemos. E, com isso, Ele nos ensina sobre o amor. O amor que está
nas pequenas coisas, na simplicidade, no amar o outro mesmo com seus
defeitos, no servir. Eis a nossa missão: simplesmente amar!

Enquanto o padre fala, os outros integrantes da família vão chegando, de


fininho, mostrando que estão arrependidos. No final da fala, eles se
abraçam
Música: Simplesmente amar

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