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Seminário de Cooperação IME-ITA

São José dos Campos Novembro de


2023

LATERITAS DA AMAZÔNIA:
IDENTIFICAÇÃO, CARACTERIZAÇÃO E
COMPORTAMENTO MECÂNICO
Seminário de Cooperação IME-ITA
São José dos Campos Novembro de 2023

LATERITAS DA AMAZÔNIA:
IDENTIFICAÇÃO, CARACTERIZAÇÃO E
COMPORTAMENTO MECÂNICO

Antonio Carlos Rodrigues Guimarães,


Prof D.Sc IME
LATERITAS DO BRASIL:
APLICAÇÕES EM INFRAESTUTURA
DE TRANSPORTE

DESCRIÇÃO, NOMECLATURA, IDENTIFICAÇÃO,


OCORRÊNCIA, ASPECTOS GEOLÓGICOS,
PROCESSO DE FORMAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE
LATERITAS PEDREGULHOSAS EM PAVIMENTOS

Antonio Carlos Rodrigues Guimarães, Cel


Prof. D.Sc IME
Objetivo
Apresentar os solos pedregulhosos lateríticos
ferruginosos, aspectos pertinentes à sua gênese e
ocorrência ao longo do planeta, aspectos geológicos e sua
importância e utilização na construção civil.

Referências Bibliográficas Principais:


• Laterite In Road Pavement – Transportation Research Laboratory (TRL) –
England
• COSTA. L. M (1991). Aspectos Geológicos dos Lateritos da Amazônia.
Revista Brasileira de Geociências, volume 21, 1991.
• DNIT-ES 098 (2007). Pavimentação – Base Estabilizada Granulometricamente com
Utilização de Solo Laterítico. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes,
Rio de Janeiro.
• Guimarães, A. C. R (2024) Pavimentação Asfáltica com Lateritas. (No prelo)
PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA COM
LATERITAS
Sumário

1) Descrição das Concreções Lateríticas Ferruginosas


2) Zonas de Ocorrência
3) Processo de Formação
4) Aspectos Geológicos
5) Propriedades Mecânicas
6) Estudos de Caso
Descrição das Lateritas
1) Trata-se De Um Material Muito Familiar Para Engenheiros Rodoviários Que
Atuam Em Regiões Tropicais;
2) Apesar Dessa Familiaridade Sua Definição Precisa Não É Algo Exatamente
Consagrado. Há Muitas Variações de Conceitos;
3) É Um Material Muito Utilizado em Camada de Pavimento Principalmente
Por Sua Composição Granular;
4) Principal Referência Histórica: Buchanam (1807);

Cascalho Laterítico de Brasília:


Guimarães (2001)
Nomenclatura
Como sabido, o termo “Laterita”, em inglês Laterite, relacionado ao termo do latim Later,
que significa tijolo, foi utilizado inicialmente pelo inglês Buchanam em 1807, para
designar um material avermelhado, apropriado para construções, e explorado nas regiões
montanhosas do Malabar, na Índia.

O termo plintita também se refere a tijolo assim como o termo laterita, porém tem
origem no grego (plinthos=tijolo), tendo sido introduzido porque, segundo Lepsch (2002),
o termo latossolo frequentemente se refere a todos os solos desenvolvidos nos trópicos
úmidos.

Como os solos e concreções lateríticas ocorrem em muitos países da África, foram feitos
muitos estudos pelos portugueses nas décadas de 1940-1960 nas colônias sobre estes
materiais, sendo uma publicação muito importante como síntese desta época o boletim do
Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) de Portugal denominado “As laterites
ultramar português” (Memória nº 141). Define este boletim: “laterite – material de
estrutura vacuolar, muitas vezes matizado, com cores variando do amarelo ao
vermelho mais ou menos escuro e mesmo negro, constituído por uma crosta mais ou
menos contínua de espessura e dureza variáveis, tendo muitas vezes o aspecto duma
escória, ou ainda contendo concreções isoladas, oolíticas e pisolíticas de maior ou
menor resistência e misturadas a uma parte argilosa.”
Nomenclatura
Na engenharia rodoviária brasileira o termo laterita refere-se, a rigor, aos pedregulhos
lateríticos, sendo conhecidos na prática como piçarras ou cascalho (lateríticos), entre
outros termos. Os pedregulhos lateríticos, ou simplesmente lateritas, constituem materiais
amplamente utilizados em obras de pavimentação no Brasil, desde pelo menos a década de
1950 (Medina, 1956).

De acordo com a definição adotada pelo Comitê para Solos Tropicais da Associação
Internacional de Mecânica dos Solos, ISSMFE (1985) (sigla em inglês), para pedregulhos
lateríticos é a seguinte:

“Um material natural, típico da região tropical úmida que contém uma grande
porcentagem de grãos na fração pedregulho na forma de concreções, nódulos, pisólitos,
ou formas semelhantes, todas constituídas essencialmente de óxidos hidratados de ferro
ou alumínio, também podendo conter outros grãos na fração pedregulho tais como
quartzo, mas em pequenas quantidades.”
Nomenclatura
O estudo de solos obviamente não é exclusividade dos engenheiros geotécnicos, sendo
objeto de estudos da pedologia, ou ciência do solo. Pelo ponto de vista pedológico as
lateritas, segundo Lepsch (2002), se enquadram no grupo dos plintossolos pela
classificação brasileira atual, solos concrecionados lateríticos e lateritas hidromórficas
pela classificação brasileira antiga, e plinthosols segundo o referencial básico mundial,
IUSS WorkingGroup WRB (2014). A característica principal deste grupo de solos é a
abundância (mais de 15%) de plintita, equivalente à laterita imatura ou macia, ou
petroplintita, ou laterita madura ou dura, ou canga laterítica.

O Manual Técnico de Pedologia (IBGE, 2007) define a plintita como uma formação
constituída de argila rica em ferro ou ferro e alumínio, com quartzo e outros materiais,
tornando-se um corpo distinto de material rico em óxido de ferro, firme quando úmida e
dura ou muito dura quando seca, tendo diâmetro maior que 2mm, podendo ser separada do
material que a circunda. Em condições de ressecamento acentuado, transforma-se na
petroplintita, que são nódulos ou concreções ferruginosas (concreções lateríticas ou
cangas) de dimensões e formas variadas, podendo constituir camadas maciças e contínuas,
de espessura variável.
Lateritas de Rondônia e Acre
Descrição das Lateritas
1) O Termo Laterita Provém do Latim (Later) Que Significa Tijolo, Sendo
Muitas Vezes Utilizado Sem Uma Seguida Descrição do Solo;
2) No Brasil: Laterita, Piçarra, Canga, Cascalho (Laterítico);
3) Confusão de Termos: Solos Arenosos Finos Lateríticos – SAFL –
Nogami.
4) Costa (1991) utiliza, também, o termo Laterito

Lateritas, Solos Lateríticos Concrecionados, Laterite Gravel

Meio Prático
Meio Acadêmico Nacional Publicações
Internacionais
Descrição das Lateritas

Exemplo da Importância das Lateritas para a Engenharia Rodoviária

Execução de Revestimento Primário com Camada de Laterita de Espessura


Aproximada de 20 cm. Rodovia BR-317 – (Acre) Município de Boca do Acre
Descrição das Lateritas

Exemplo de Rodovia Sem Revestimento Primário Com Capacidade Para


Suportar o Tráfego. BR-163 – (Pará) Santarém a Rurópolis
Descrição das Lateritas

- Uma das Características Físicas mais Importantes é o


Enrrijecimento do Material Após Ciclos de Secagem e
Umedecimento;
- Suas Propriedades Dependem da História da Ação do
Intemperismo, Entre Outros Fatores;
- A Laterita Formada In Situ Pode Ser Erodida e Transportada para
Outro Local, Dando Origem a Um Depósito Secundário;
- Típica de Ambiente Tropical Úmido a Laterita Pode Existir em
Local de Clima Incompatível Devido a Variação Climática Regional
Durante o Quaternário.
Descrição das Lateritas

Amostra de Laterita Sendo Preparada em Laboratório para Ensaios de Caracterização,


Compactação e Resistência. Laboratório do 7° BECnst – Rio Branco/AC. Guimarães e
Motta (2000).
Descrição das Lateritas
Na Amazônia: Utilizada em Substituição a Brita na Construção Civil
Devido a Inexistência de Afloramentos Rochosos.

Importância do
Seu Estudo!

Revestimento Asfáltico Executado com Agregado de Laterita Lavada. Município de


Senador Guiomard – Acre – (1999). Guimarães e Motta (2000).
Microscopia
Microscopia Petrográfica

Figura 15: Fotomicrografia Petrográfica Da Figura 16: Fotomicrografia Petrográfica De Laterita


Laterita De São Gabriel Da Cachoeira/AM Em de São Gabriel Da Cachoeira Em Luz Natural e
Luz Natural E Aumento De 25 Vezes.(Figueiredo Aumento De 25 Vezes. (Figueiredo et al, 2012).
et al, 2012
Zonas de Ocorrência

Regiões de Clima Tropical Úmido: Importância do Brasil Nesse Contexto.


Ocorrências

Figura 1: Perfil De Ocorrência do Cascalho Corumbaíba/GO. (Guimarães, 2009) Figura 2: Vista Aproximada do Perfil No Qual Podem Ser
Observados Fragmentos De Xisto E Quartzito. (Guimarães, 2009).

Figura 3: Típico Terraço Aluvial Terciário Da Região de


Parauapebas/PA (Camada Superior). Guimarães e Santana Figura 4: Aspecto Do Pedregulho Laterítico Encontrado No Terraço Aluvial.
(2014) Guimarães e Santana (2014)
Ocorrências

Figura 6: Vista Aproximada Da Canga


Figura 5: Ocorrência De Laterita Sobre Camada
Laterítica Ferruginosa Rica Em Óxidos De
de Terraço Aluvial Em Marabá/PA.
Ferro E Quartzo.
Ocorrências

Figura 8: Vista Aproximada Das


Figura 7: Jazida De Laterita Em Porto Velho/RO. Concreções Ferruginosas Da Laterita De
Observar A Zona Acanalada Vertical A Partir de Porto Velho/RO.
1,5 Metros De Profundidade.
Açailândia/MA
Parauapebas/PA
Parauapebas/PA
Ocorrência no Oeste da Bahia -
Correntina
Correntina/BA – Jazida Tabocas =>
Mapeada para Sublastro da FIOL
Zonas de Ocorrência
Zonas de Ocorrência
Zonas de Ocorrência
Zonas de Ocorrência
Zonas de Ocorrência
Processo de Formação
Considerações:
•Região de Clima Tropical Úmido: Predomínio do Intemperismo
Químico;
• Zona de Monossialitização e Bissialitização;
• Processo de Formação do Solos Predominante: Laterização;
• Processos Pedogenéticos Envolvidos: Lixiviação (Remoção);
• Formação de Óxidos e Hidróxidos de Fe e Al.
Processo de Formação:
Latolização ou Laterização

Características Gerais:
• A Lixiviação é Muito Intensa com Grande Velocidade de
Remoção de Bases Ca, Na, Mg e K ( Principal Característica);
• A Precipitação é Muito Maior Que a Evapotranspiração;
• Ocorre Onde a Velocidade de Decomposição da Matéria
Orgânica é Igual a Sua Produção;
• O Ph no Início do Processo Gira em Torno de 7, Originando
Baixa Acidez, Que Somada a Rápida Destruição da Matéria
Orgânica Liberando Bases, Aumenta a Solubilidade da Sílica
Processo de Formação:
Reação de Hidrólise
Reações de Hidrólise
1ª Etapa: CO2 se dissolve em gotas de chuva
H2O + CO2 => H2CO3 (Ácido Carbônico)

2ª Etapa: Uma pequena proporção de H2CO3 se ioniza


H2CO3  H+ + HCO3- (Bicarbonato)
* As gotas se tornam levemente ácidas

3ª Etapa: A água levemente ácida dissolve K e Si do Feldspato


KAlSi3O8 + HCO3- => Al2Si2O5(OH)4

4ª Etapa: K e Si se recombinam em caulinita neoformada. Os H+ são retidos na


água do argilomineral
K+, Si, HCO3- são lixiviados em direção aos rios.
Hidrólise Total
Hidrólise Total: 100% do Silício (Si) e do Potássio (K) são
eliminados

Obs:
• O Si é pouco solúvel mas pode ser totalmente eliminado,
• Condições de pluviosidade alta e drenagem eficiente,
• K-feldspato submetido a Hidrólise Total: Hidróxido de
Alumínio – Gibbsita – Al(OH)3.
Hidrólise Parcial
Hidrólise Parcial: O Potássio (K) é total ou parcialmente
removido e parte da sílica permanece no perfil.

• São formados os aluminossilicatos hidratados: argilominerais


• Argilominerais são alunimossilicatos hidratados de “alguma
coisa”
Hidrólise Parcial
Para a reação de Hidrólise Parcial há duas possibilidades:
 100% do K é removido ou não.

I. 100% do K é eliminado em solução:


 forma-se argilomineral de estrutura 1:1 (caulinita) –
Si2Al2O5(OH)4

II. Parte do K permanece:


 forma-se argilomineral de estrutura 2:1 (esmectita)
* O K tem que permanecer para formar a esmectita
Reações de Hidrólise
Nomenclatura:
Hidrólise Total – eliminação total de Si e formação de óxidos-
hidróxidos.
Alitização: oxi-hidróxidos de alumínio
Ferralitização: oxi-hidróxidos de ferro

Sialitização: Associado a Hidrólise Parcial - processo de eliminação


parcial da Si e com formação de argilomineral.
Monossialitização: forma a Caulinita 1:1
Bissialitização: forma a esmectita: 2;1
Formação de Concreções Lateríticas
São solos típicos de regiões tropicais:
Hidrólise Total – eliminação total de Si e formação de óxidos-hidróxidos.
Alitização: oxi-hidróxidos de alumínio
Ferralitização: oxi-hidróxidos de ferro Gibsita, Goethita

• Caso ocorra continuação dos processos pedogenéticos poderá


ocorrer a aglutinação dos minerais, tais como a Gibsita ou a
Goethita, em forma de concreções.
• Os minerais se aglutinam de maneira similar ao observado nos
macrocristais e quartzo, feldspatos, entre outros, dando origem as
macroformas.
Processo de Formação: Influência do Clima
Processo de Formação - Pluviosidade
Processo de Formação – Zonas de Ocorrência
Aspectos Geológicos
Sequência de Trabalhos de COSTA (1991);
Importância do Estudo dos Lateritos:
- grande potencialidade mineral
- material que aflora à superfície

Conceito:
“Produto de intenso intemperismo de rochas subaéreas, fazendo
com que os teores de Fe e Al sejam mais elevados e os de Si mais
baixos nos lateritos do que na rocha-mãe”. (Schellmann, 1980)
Aspectos Geológicos
Conceito:
“O termo laterito é usado para designar rochas formadas, ou em
fase de formação, por meio de intenso intemperismo químico de
rochas pré-existentes, inclusive de lateritos antigos, sob condições
tropicais ou equivalentes”. (Costa, 1991)
Aspectos Geológicos
Composição Mineralógica
Oxi-hidróxidos de Ferro: Goethita e Hematita
Oxi-hidróxidos de Alumínio: Gibbsita
Oxi-hidróxidos de Titânio: Anatásio
Oxi-hidróxidos Manganês: Litiofirita, Todorokita
Argilominerais
Aspectos Geológicos
Nomenclatura: Usa-se o termo laterito “adjetivado”
Lateritos ferruginosos, bauxíticos
Lateritos bauxíticos derivados de traquito

Petroplintitos: Horizonte ferruginoso concrecionário, sendo


denominados de lateritos imaturos e recobrem toda a região
amazônica, exceto com áreas de cobertura sedimentar
holocênica e pleistocênica tardia.
Aspectos Geológicos
Grau de Evolução e Natureza dos Perfis Lateríticos da
Amazônia:
Lateritos maturos:
- não têm a mesma extensão geográfica dos imaturos, e, em geral,
compõem os relevos mais elevados sob a forma de platôs ou
morros.
- são lateritos evoluídos e com maior complexidade de horizontes,
texturas, estruturas, mineralogias, etc.
- mostram em geral feições típicas de processos policíclicos.
Perfil Geológico – Lateritos Imaturos

3
Perfil Geológico – Lateritos Imaturos
(1) Horizonte Ferruginoso:
• Nódulos, concreções, esferólitos de óxidos-hidróxidos de ferro em
matriz argilosa.
• Uma crosta formada pelos elementos acima cimentados por filmes
microscristalinos ou por cimento gibbsito-caulinítico.
• Crosta formada por óxidos-hidróxidos de Fe entrelaçando porções
argilosas amareladas.
• Cor predominante é marrom-avermelhada.
• Há na estrutura canais em forma de raízes e vermes, colunas, e
estruturas cavernosas, esponjosas e porosas resultantes de
lixiviação.
Perfil Geológico – Lateritos Imaturos
(2) Horizonte Argiloso:

• Constituído fundamentalmente de argilominerais.


• Exibe zona mosqueada/amarelada quando derivado de rochas
ígneas e sedimentares.
• Presença de uma zona saprolítica constituída de fragmentos de
rochas alteradas, desde escala milimétrica a centimétrica.
Perfil Geológico – Lateritos Imaturos
(3) Horizonte Pálido ou Transicional:

• Constitui uma espécie de base de saprolito.


• Possui coloração mais pálida em relação à rocha-mãe.
• Seu horizonte é formado por argilominerais complexos em
convivência com minerais primários instáveis ao intemperismo.
• A maioria das estruturas primárias encontra-se preservada.
Características Geotécnicas: Granulometria
DNIT-ES 098 (2007). Pavimentação – Base Estabilizada Granulometricamente com
Utilização de Solo Laterítico. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, Rio
de Janeiro.

120

100
Porcentagem Passante

80

60

40

20

0
0,01 0,074 0,1 0,42 1 2 4,8 9,5 10 50,8
100
Abertura das Peneiras (mm)

LS Faixa A LI Faixa A LS Faixa B


LI Faixa B Jazida Quinari Jazida Capivara
Ensaios Triaxiais de Cargas Repetidas

Simulação do Comportamento Mecânico em Laboratório


Ensaios Triaxias de Cargas Repetidas
1,000

0,900

0,800
Deformação Permanente (mm)

0,700

0,600

0,500

0,400

0,300

0,200

0,100

Número de Ciclos
0,000
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000

Ensaio 01 Ensaio 02 Ensaio 03 Ensaio 04 Ensaio 05 Ensaio 06


Ensaio 07 Ensaio 09 Ensaio 10 Ensaio 11 Ensaio 12 Ensaio 14

Avaliação da Deformação Permanente


Estudo de Caso: Experiência do Acre
Estudo de Caso: Experiência do Acre
Município de Senador Guiomard (Acre)
Estudo de Caso: Experiência do Acre
Município de Senador Guiomard (Acre)
Laterita Lavada (Acre)
• Forma vesicular
• Coloração avermelhada
• Fração pedregulho
Estudo de Caso: Experiência do Acre

Município de Senador Guiomard (Acre)


Estudo de Caso: Experiência do Acre

Município de Senador Guiomard (Acre)


Estudo de Caso: São Gabriel da Cachoeira - AM

Rodovia BR-307 – (AM) São Gabriel da Cachoeira


Estudo de Caso: São Gabriel da Cachoeira - AM

Rodovia BR-307 – (AM) São Gabriel da Cachoeira


Estudo de Caso: São Gabriel da Cachoeira - AM

Rodovia BR-307 – (AM) São Gabriel da Cachoeira


Estudo de Caso: BR-317 – AC

Rodovia BR-317 – (Acre) Boca do Acre


Estudo de Caso: BR-317 – AC
(TRANSAMAZÔNICA)

Rodovia BR-317 – (Acre) Boca do Acre


Estudo de Caso: BR-317 – AC
(TRANSAMAZÔNICA)

Rodovia BR-317 – (Acre) Boca do Acre


Estudo de Caso: BR-317 – AC
(TRANSAMAZÔNICA)

Rodovia BR-317 – (Acre) Boca do Acre


Estudo de Caso: BR-317 – AC
(TRANSAMAZÔNICA)

Rodovia BR-317 – (Acre) Boca do Acre


Rodovia Estadual no Acre – CBUQ com Laterita Lavada
Rodovia Estadual no Acre – CBUQ com Laterita Lavada

Tapa buraco

Base de Laterita

Trincamento por
Fadiga
Rodovia Estadual no Acre – CBUQ com Laterita Lavada

Sem descolamento
nem afundamento
Ruas Residenciais –
Cuiabá/MT
Tianguá – Viçosa (Ceará) Perfil do Pavimento Existente
Jazida de Laterita
Sublastro de Laterita da Estrada de Ferro Carajás (EFC)

Sublastro
Ferroviário- EFC

Ruas
Residenciais/
MT
Estrada de Ferro Carajás - Maranhão

Sublastro
Laterita 1

Reforço
Laterita 2
Jazida de Laterita Escura no Maranhão – Sublastro EFC
Caso da BR-
163/PA
Amostra hot (%) MEAS (g/cm3) Expansão CBR (%)
(%)
1 14,0 1,971 0,24 62,8
Módulo Resiliente

Pedreira Rocha Módulo MR para Unidade


Resiliente 3 = 0,1 MPa
MR=K1x(3)K2
Concrebrá Quartzo- MR = 334 MPa
s monzonito 782,9.(3)0,37
Vigné Traquito MR = 387 MPa
1018,1.(3)0,42
Bangu Granito MR = 312 MPa
731,5.(3)0,37
Pena Quartzo- MR = 349 MPa
branca diorito 896,8.(3)0,41
Laterita BR 163 – este MR = 559 MPa
estudo 782,9.(3)0,146
Deformação Permanente
Ensaio σd (kPa) σ3 (kPa)
1 70 70
2 210 70
3 200 100
4 300 100
5 360 120
1,8

Deformação Permanente Acumulada (mm)


1,6

1,4

1,2

0,8

0,6

0,4

0,2

0
0 20000 40000 60000 80000 100000 120000 140000

Número de Ciclos de Aplicação de Carga (N)

01 02 03 04 05
Método de
Dimensionamento
Nacional - MeDiNa
MÓDULO
RESILIENTE Antonio Carlos Rodrigues
Guimarães,
DE Prof° D.Sc IME
LATERITAS
Referências
Sumário:

Conceitos
Ensaios de cargas
repetidas
modelos de
Previsão
Resultados típicos
Ensaio Triaxial de Cargas Repetidas

Obtenção do Módulo de Resiliência


O módulo de “elasticidade” é definido no ensaio triaxial de
cargas repetidas como a relação entre a tensão desvio (d) e
a deformação (específica) axial resiliente (r).

d h
MR = R =
r HO
Ensaio Triaxial de Cargas Repetidas
Equipamento do ensaio Triaxial
CORPOS-DE-PROVA BRITA GRADUADA

Dimensões 10 cm x 20 cm ou 15 cm x 30 cm
CORPO DE PROVA LATERITA DE RONDÔNIA
Registro da deformação elástica de
solos
Ensaio
Ensaio
Condicionamento
Modelos de Previsão
Modelos de Previsão
1000 1000

Módulo Resiliente (MPa)


Módulo Resiliente (MPa)

100 100

y = 311,04x0,2498 y = 203,6x0,1293
R² = 0,8174 R² = 0,2883

10 10
0,01 0,1 1 0,010 0,100 1,000
Tensão Confinante (MPa) Tensão Desvio (MPa)
MÓDULO RESILIENTE MODELO COMBINADO
MR = 446,5( 3 ) ( d )−0,086
0, 262

• R2 = 0,885
• MR em MPa

•MR varia de 150 MPa para o nível mais baixo de tensão


confinante para até 350 MPa para o nível mais alto.
•MR pouco influenciado pela tensão desvio.

Melhora o coeficiente de correlação R2 107


Outros Modelos
Modelos Autores
𝑘2
𝜎3 Dunlap (1963)
𝑀𝑟 = 𝑘1
𝑃𝑎
𝑘2
𝜎𝑠𝑢𝑚
𝑀𝑟 = 𝑘1 Seed et al., (1967)
𝑃𝑎
𝑘2 𝑘3
𝜎𝑠𝑢𝑚 𝜎𝑑
𝑀𝑟 = 𝑘1 𝑃𝑎 Uzan (1985)
𝑃𝑎 𝑃𝑎
𝑘2 𝑘3
𝜎𝑠𝑢𝑚 𝜏𝑜𝑐𝑡
𝑀𝑟 = 𝑘1 𝑃𝑎 Witczak e Uzan (1988)
𝑃𝑎 𝑃𝑎
𝑘2
𝜎1 𝜎2 + 𝜎2 𝜎3 + 𝜎3 𝜎1
𝑀𝑟 = 𝑘1 Johnson et al., (1986)
𝜏𝑜𝑐𝑡
𝜎1 + 𝜎2 + 𝜎3 𝑘2
𝑀𝑟 = 𝑘1 3 Tam e Brown (1988)
𝜎𝑑
𝑘2 𝑘3
𝜎3 𝜎𝑑
𝑀𝑟 = 𝑘1 𝑃𝑎 Pezo (1993)
𝑃𝑎 𝑃𝑎
𝑘2 𝑘3
𝜎3 𝜎𝑑
𝑀𝑟 = 𝑘1 +1 +1 Hopkins et al., (2001)
𝑃𝑎 𝑃𝑎
𝑘2 𝑘3
𝜎3 𝜎𝑑
𝑀𝑟 = 𝑘1 𝑃𝑎 +1 +1 Ni et al., (2002)
𝑃𝑎 𝑃𝑎
𝑘2 𝑘3
𝜎𝑠𝑢𝑚 𝜏𝑜𝑐𝑡
𝑀𝑟 = 𝑘1 𝑃𝑎 +1 +1 NCHRP1-37A (2004)
𝑃𝑎 𝑃𝑎
𝑘2 𝑘3
𝜎𝑠𝑢𝑚 𝜎𝑑
𝑀𝑟 = 𝑘1 𝑃𝑎 +1 NCHRP1-28A (2004)
𝑃𝑎 𝑃𝑎
𝑘2 𝑘3
𝜎𝑠𝑢𝑚 𝜎𝑑
𝑀𝑟 = 𝑘1 𝑃𝑎 +1 +1 Ooi et al,. (2004)
𝑃𝑎 𝑃𝑎
𝑘2 𝑘3
𝜎𝑠𝑢𝑚 𝜏𝑜𝑐𝑡
𝑀𝑟 = 𝑘1 𝑃𝑎 +1 +1 Ooi et al., (2004)
𝑃𝑎 𝑃𝑎
RESULTADOS TÍPICOS
DE MÓDULO
RESILIENTE PARA
SOLOS
Laterita do Acre

Revestimento Primário Município do Quinari


Revestimento Primário BR-317 Sentido Boca
do Acre

Revestimento Primário BR-317 Sentido Boca


Deformabilidade Comparativa
do Acre
MÓDULO RESILIENTE DA LATERITA
DO ACRE
10000
10000

y = 188,9x-0,4829

Módulo Resiliente (MPa)


Módulo Resiliente (MPa)

R2 = 0,7514 y = 207,68x -0,3401


R2 = 0,2782
1000
1000

100 100
0,010 0,100 1,000 0,01 0,1 1
Tensão Desvio (MPa) Tensão Confinante (MPa)

Figura 5: Variação do Módulo Resiliente com a Figura 6: Variação do Módulo Resiliente com a
Tensão Desvio para a Laterita do Acre. Dados em Tensão Confinante para a Laterita do Acre.
MPa. Ensaio 1. Dados em MPa. Ensaio 1.

• MR médio de 585 e 566 MPa


• Influência da tensão desvio
Comparativo Módulo Resiliente
Tabela 5: Parâmetros de Deformabilidade de Britas Corridas do Município do Rio de Janeiro.
(Ramos e Motta, 2004).

Pedreira Rocha Módulo Resiliente MR para Unidade


MR=K1x(3)K2 3 = 0,1
MPa
Concrebrás Quartzo-monzonito MR = 782,9.(3)0,37 334 MPa

Vigné Traquito MR = 1018,1.(3)0,42 387 MPa

Bangu Granito MR = 731,5.(3)0,37 312 MPa

Pena branca Quartzo-diorito MR = 896,8.(3)0,41 349 MPa

Cascalho Laterítico Acre – este estudo MR = 207,7.(3)-0,34 763 MPa


Método de Dimensionamento Nacional
- MeDiNa
• Aula II –
AVALIAÇÃO DA
DEFORMAÇÃO
PERMANENTE EM
SOLOS E BRITAS

• Prof° Antonio Carlos


Rodrigues Guimarães,
D.Sc
Referências
CONSIDERAÇÕES GERAIS
• Importância do estudo de
deformação permanente
para a mecânica dos
pavimentos
• Desenvolvimento de
estudos com solos
tropicais
• Obtenção de um modelo
de previsão de
comportamento a partir
de ensaios de laboratório

Afloramento de Laterita em Formosa/GO


FATORES QUE INFLUENCIAM A
DEFORMAÇÃO PERMANENTE EM
SOLOS

a) Tensão: estado de tensão, rotação das tensões


principais e história de tensões.
b) Carregamento: magnitude, número de aplicações,
duração, freqüência e seqüência de carga.
c) Umidade: percentual, permeabilidade do material,
grau de saturação e poro-pressão.
d) Agregado: tipo de agregado, forma da partícula,
granulometria, porcentagem de finos, tamanho máximo
dos grãos e massa específica real dos grãos.
MÉTODO DE PREVISÃO DA
DEFORMAÇÃO PERMANENTE
EM SOLOS E BRITAS –
GUIMARÃES (2009)
O MODELO
• Cálculo dos parâmetros do modelo de previsão da deformação
permanente

3  d  
 p (%) =  1 ( ) ( ) N 2 3 4

0 0
Onde:
p(%): Deformação Permanente Específica.

1, 2, 3: parâmetros de regressão ou parâmetros de deformabilidade permanente

3: tensão confinante em kgf/cm2.

d: tensão desvio em kgf/cm2.

0: tensão de referência, considerada com a pressão atmosférica igual a 1 kgf/cm2.

N: número de ciclos de aplicação de carga.

Fs: fator de segurança ou fator campo-laboratório


O MODELO
• Cálculo dos parâmetros do modelo de previsão da deformação
permanente
3  d  
 p (%) =  1 ( ) ( ) N
2 3 4

0 0

Para cada solo teremos um conjunto de valores i


Para cada pesquisa ou projeto futuro => novos parâmetros i

Futuro: Aperfeiçoamento contínuo do Modelo

Futuro: calibração do modelo a partir de ensaios em verdadeira


grandeza ou desempenho real do pavimento
Obtenção dos Parâmetros de
Deformabilidade Permanente

VARIAÇÃO DA DEFORMAÇÃO PERMANENTE ESPECÍFICA COM "N"

1,20

1,00

0,80

0,60

0,40

0,20

0,00
0 20000 40000 60000 80000 100000 120000 140000 160000
Dados de Cada Ensaio
(Ep/N) Deformação
Ciclo Ep x1000
x1000 Permanente (mm)
1 4,32E-01 122 0,122 Atenção para Dimensões
2 8,50E-02 554 0,554 dos Corpos-de-prova =>
3 4,90E-02 639 0,639
4 3,50E-02 688 0,688 Usual 10 cm x 20 cm
5 2,64E-02 723 0,723
10 1,62E-02 855 0,855
15 1,24E-02 936 0,936
20 7,60E-03 998 0,998
30 5,40E-03 1074 1,074
40 4,00E-03 1128 1,128
50 3,20E-03 1168 1,168
60 2,30E-03 1200 1,2
70 2,00E-03 1223 1,223
80 1,60E-03 1243 1,243
90 2,20E-03 1259 1,259
100 8,40E-04 1281 1,281
200 3,70E-04 1365 1,365
300 2,50E-04 1402 1,402
400 1,40E-04 1427 1,427
500 1,10E-04 1441 1,441
600 9,00E-05 1452 1,452
700 7,00E-05 1461 1,461
800 7,00E-05 1468 1,468
900 6,00E-05 1475 1,475
1000 4,20E-05 1481 1,481
Planilha Conjunta dos Ensaios
Ciclo Desvio Confinante Deform. Perm. (mm)
1 0,40 0,40 0,151
2 0,40 0,40 0,164
3 0,40 0,40 0,169
4 0,40 0,40 0,172
5 0,40 0,40 0,174
10 0,40 0,40 0,181
15 0,40 0,40 0,187
20 0,40 0,40 0,19
30 0,40 0,40 0,201
40 0,40 0,40 0,202
50 0,40 0,40 0,206
60 0,40 0,40 0,209
70 0,40 0,40 0,208
80 0,40 0,40 0,214
90 0,40 0,40 0,214
100 0,40 0,40 0,214
200 0,40 0,40 0,221
300 0,40 0,40 0,226
1 0,80 0,40 0,238
2 0,80 0,40 0,263
3 0,80 0,40 0,273
4 0,80 0,40 0,282
5 0,80 0,40 0,286
10 0,80 0,40 0,312
15 0,80 0,40 0,314
20 0,80 0,40 0,317
LATERITA – MODELO PROPOSTO

 esp
p = 0,105. 0 ,839
3 . −0 , 014
d N 0 , 041
APLICAÇÃO DO MODELO
• Aplicação dos resultados
• Simulação numérica do
v comportamento estrutural – Programa
Fepave
• Cálculo das tensões nos centros de
v= 5.6 kgf/cm2
cada elemento

Revestimento Asfáltico • Aplicação da equação obtida a partir


dos ensaios de laboratório
• Somatório da contribuição de cada
Base camada
z • Comparação com valores admissíveis

1 Sub-base

3 3 3  d  
 p (%) =  1 ( ) ( ) N
2 3 4

0 0

Estado Triaxial de Tensões Contribuição das camadas de solos


para o afundamento de trilha de roda
total do pavimento
AVALIAÇÃO DA
DEFORMAÇÃO PERMANENTE
TOTAL
Deformação Permanente PADRÕES DE COMPORTAMENTO

Deformação Permanente
II IV

I III

N N

1) Comportamento altamente influenciado pelo estado de tensões => modelo


tradicional de abordagem da deformação permanente

• Acréscimo elevado de Def. Perm. nos • Caso de taxa de acréscimo não-nula –


ciclos iniciais, seguido de acomodamento. Tipo III.
• Tipo I: deformação total baixa – até 1,0 • A extrapolação da curva é importante
mm para previsão da Def. Perm.
• Tipo II: deformação total elevada – até • Tipo III ocorreu para níveis mais
10,0 mm elevados de tensões, em alguns casos.
• Todos ensaios apresentaram tipo I, pelo • Classificação (?)
menos para os níveis mais baixos de • Observar condição de saturação.
tensões
Ensaio 12: (400,
LATERITA ACRE
150) 1,200

1,000
Deformação Permanente (mm)

0,800

0,600

0,400

0,200

Número de Ciclos
0,000
0 50000 100000 150000 200000 250000

Ensaio 01 Ensaio 02 Ensaio 03 Ensaio 04 Ensaio 05 Ensaio 06


Ensaio 07 Ensaio 09 Ensaio 10 Ensaio 11 Ensaio 12 Ensaio 14

Figura 4.6: Deformação Permanente Total (mm) para a Laterita do Acre. Ensaios até
250.000 Ciclos de Carga.

Quase todas as deformações totais abaixo de 1,0 mm


=> boa qualidade do material
LATERITA ACRE – INFLUÊNCIA DA
TENSÃO DESVIO
1,200 1,200

d = 315 kPa
1,000 1,000
Deformação Permanente (mm)

0,800
d = 210 kPa

Deformação Permanente (mm)


0,800

0,600
0,600
d = 157,5 kPa
0,400
0,400
d = 105 kPa
0,200
0,200

Número de Ciclos
0,000 Número de Ciclos
0 50000 100000 150000 200000 250000 0,000
0 50000 100000 150000 200000 250000

Ensaio 01 Ensaio 02 Ensaio 03 Ensaio 14


Ensaio 05 Ensaio 07 Ensaio 09

Figura 4.8: Influência da Tensão Desvio na


Deformação Permanente Total da Laterita Figura 4.10: Influência da Tensão Desvio na
Acre. Tensão Confinante = 105 kPa. Deformação Permanente Total da Laterita Acre.
Tensão Confinante = 150 kPa.
LATERITA DE RONDÔNIA – S-786
• Curvas com formas
1,2 semelhantes e valor total
inferior a 1,0 mm
1,0 250 KPa
• Forte Influência da Tensão
0,8
Desvio: 150 KPa => 250
100% KPa, a deformação
Ep (mm)

0,6
permanente aumenta 100%
150 KPa
• Maior deformação na
0,4 ordem de 0,9 mm e menor
100% 0,2 mm
0,2
40 KPa • Pouca influência da tensão
0,0 confinante
0 50000 100000 150000 200000 250000 300000
N
Ensaio 01 Ensaio 02 Ensaio 03 Ensaio 04

Deformação Permanente Total (Ep) para a Laterita da Jazida S786. Corpo-de-


prova de 10 cm de Diâmetro e 20 cm de Altura.
LATERITA DE RONDÔNIA - S-820
3
420 KPa • Deformação
2,5
crescente

2
Tensão limite
Ep (mm)

1,5 250 KPa

1
• Tendência ao
acomodamento
0,5

0
0 50000 100000 150000 200000
N
Ensaio 05 Ensaio 01 Ensaio 03 Ensaio 04 Ensaio 02

Figura 2: Deformação Permanente Total (Ep) para a Laterita da Jazida S820.


Corpo-de-prova de 10 cm de Diâmetro e 20 cm de Altura.

• Para tensão σd=0,42 MPa, tensão confinante σ3 = 0,1 MPa, deformação permanente
total de 2,8 mm para 160.000 ciclos de aplicação de cargas
• Curvas similares aquela obtidas para a laterita jazida S-786
BRITA GRADUADA DE CHAPECÓ/SC
Baixas tensões ≠ Demais
As curvas dos
1,600 ensaios 1, 2, 4, 7, 10
e 11 possuem forma
1,400 ligeiramente distintas
das demais,
1,200
resultando, também,
1,000 em valores de
Ep (mm)

deformação
0,800 permanente
acumulada
0,600 significativamente
inferiores.
0,400

0,200

0,000
0 20000 40000 N 60000 80000 100000

Ensaio 01 Ensaio 02 Ensaio 03 Ensaio 04 Ensaio 05 Ensaio 06


Ensaio 07 Ensaio 08 Ensaio 09 Ensaio 10 Ensaio 11

Deformação Permanente Acumulada ao Longo dos Ciclos de Aplicação de


Cargas para a Brita Graduada de Chapecó em Ensaios Triaxiais de Cargas
Repetidas. Corpos-de-Prova de dimensões 10 cm x 20 cm.

A taxa de acréscimo da deformação permanente permaneceu superior àquelas


observadas para as lateritas, mas ainda assim tem-se uma situação de
acomodamento
BRITA GRADUADA DE CHAPECÓ
Valores de Deformação Permanente Acumulada Durante os 50.000 Ciclos Iniciais de Aplicação de
Cargas para A Brita Graduada de Chapecó. Corpos-de-prova de 20 cm de Altura.

Tensão Deformação Permanente


(kPa) Umidade
Ensaio
(%)
p (%)
d 3 p (mm) 50.000 Ciclos 50.000

1 50 3,4 0,255 0,13

2 100 50 4,9
0,255 0,13

3 150 4,5
0,971 0,49

4 80 5,1 0,491 0,25

5 160 80 4,6
0,784 0,39

6 240 4,5
1,319 0,66

7 105 4,7
0,270 0,14

8 210 105 4,6


1,175 0,59

9 315 3,7
1,368 0,68
CASCALHO CORUMBAÍBA/GO
2,5 Ensaio 6: ligeiramente
acima da ótima)

2 (240,80)

1,5
Ep (mm)

(360,120)

0,5

0
0 50000 100000 150000 200000 250000
N
CC 01 CC 02 CC 03 CC 04 CC 05 CC 06 CC 07 CC 08 CC 09

• Curvas com formas semelhantes


• Deformações totais maiores do que as observadas para as lateritas (hot)
LATERITA DE PORTO VELHO/RO
2
Deformação Permanente Acumulada (mm)

1,8

1,6

1,4

1,2

0,8

0,6

0,4

0,2
Número de Aplicações de Carga (N)
0
0 50000 100000 150000 200000 250000 300000

Ensaio 1 Ensaio 2 Ensaio 3 Ensaio 4


Ensaio 5 Ensaio 6 Ensaio 7 Ensaio 9
Curvas com forma semelhantes e deformação total baixa, conforme
observado para outras lateritas
BANCO DE DADOS DE SOLOS E
BRITAS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1) Laterite in road pavements (1995). Special Publication 47. Transportation Research Laboratory
(TRL). Overseas Development Administration (ODA). London.
2) Decifrando a Terra (2000). Teixeira, Toledo, Fairchild e Taioli – São Paulo, Oficina de Textos.
3) GUIMARÃES A.C.R. (2000). Execução de Revestimento Asfáltico com Laterita Lavada em Senador
Guiomard/AC. Anais da 15ª Reunião de Pavimentação Urbana (RPU) da ABPv. Uberlândia-MG,
Agosto de 2000;
4) GUIMARÃES A.C.R e MOTTA L.M.G (2000). Execução de Revestimento Asfáltico com Agregado
de Laterita Lavada no Acre. Anais do 15º Encontro do Asfalto do Instituto Brasileiro do Petróleo e
Gás (IBP). Rio de Janeiro, Dezembro de 2000;
5) GUIMARÃES A.C.R e MOTTA L.M.G (2002). Análise da Resposta Elástica e Plástica de uma
Laterita de Brasília Submetida ao Ensaio Triaxial de Cargas Repetidas”. Anais do XVI ANPET.
Natal/RN, Outubro de 2002;
6) GUIMARÃES A.C.R, MOTTA, L.M.G. e VIEIRA A. (2006). Contribuição para a Aplicação de Uma
Abordagem Mecanística na Avaliação Estrutural de Pavimentos Asfálticos do Estado do Acre. Anais
da 13ª Reunião de Pavimentação Urbana (RPU) da ABPv. Maceió/AL, Abril de 2006;
7) GUIMARÃES A.C.R; MOTTA L.M.G e VIEIRA, A. (2006). Estudo do Comportamento da
Deformação Elástica de Dois Solos Lateríticos Submetidos a Ensaios Triaxiais de Cargas Repetidas
de Longa Duração. Anais da 37ª Reunião Anual de Pavimentação da ABPv, Goiania, Agosto de
2006;

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