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All content following this page was uploaded by Silvrano Dantas on 25 November 2014.
RESUMO: Os solos lateríticos são encontrados nas regiões de clima tropical e ocorrem em grande
parte do território brasileiro. Este tipo de solo possui características próprias que não são
contempladas pelos sistemas tradicionais de classificação dos solos. Para suprir esta lacuna surge a
metodologia MCT (Miniatura, Compactado, Tropical) desenvolvida para caracterizar solos tropicais
com fins de utilização em pavimentos de baixo custo. Para o desenvolvimento deste trabalho foram
coletados solos em uma jazida localizada na cidade de Canindé, no interior do estado do Ceará, para
os quais foram realizados ensaios de caracterização segundo as metodologias tradicionais e segundo
a metodologia MCT, visando sua utilização na pavimentação de baixo de custo nas vias locais, uma
vez que a utilização deste material pode gerar economia e desenvolvimento em uma região carente
de investimentos e infraestrutura. Para caracterização do material, foram realizados os ensaios de
acordo com as normas DNER 258/94 (Solos compactados em equipamento miniatura – Mini-MCV)
e DNER 256/94 (Solos compactados com equipamento miniatura – determinação da perda de massa
por imersão), além de ensaios ensaio oedométricos simples com inundação para verificação do
potencial de colapso da amostra compactada no ramo seco e no ramo úmido da curva de
compactação. A partir dos ensaios realizados e utilizando a norma DNER 259/96 (Classificação de
solos tropicais para finalidades rodoviárias utilizando corpos-de-prova compactados em
equipamento miniatura) foi feita a caracterização do material segundo a metodologia MCT, sendo
classificado como um solo LA, uma areia com finos de comportamento laterítico, e a amostra não
apresentou potencial de colapso pela metodologia utilizada, podendo a jazida localizada em
Canindé ser utilizada como sub-base ou reforço de subleito em pavimentos de baixo custo na
região.
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
25
1,93
1,85 15
1,81 10
1,77 5
10 15 umidade (%) 20 25
4 6 8 12 16 24 0
Figura 8. Curva umidade de compactação
1 10 Mini MCV 100 1000
Na Figura 9 são apresentados os valores de Figura 10. Curva Mini MCV x umidade de compactação
perda de água por imersão em água
correspondentes aos valores de Mini-MCV para Segundo o sistema de classificação HRB
cada um dos corpos-de-prova ensaiados. (Highway Research Board) o solo estudado
Obteve-se para as amostras ensaiadas uma enquadra-se no grupo A-4, que tem como
perda por imersão (Pi) igual a 160%. característica solos silto-argilosos de baixa
plasticidade com comportamento precário para
200% o emprego em pavimentos. Porém, segundo a
180% classificação MCT, o material ensaiado apesar
de não ser recomendado para o uso com base de
160% pavimentos econômicos nas regiões tropicais,
podem ser utilizados como sub-base e reforço
Pi
140%
de subleito, já que possuem elevada capacidade
120% de suporte e módulos de resiliência elevados.
100%
4.2 Ensaio oedométrico
80%
1 10 100 1000
Mini MCV A Figura 11 apresenta os resultados dos ensaios
Figura 9. Perda de massa por imersão oedométricos simples realizados, através das
curvas log (s) x e para os dois corpos de prova
A partir dos valores de d’, c’ e Pi e utilizando foram compactados na umidade ótima e no
a Equação 1, obteve-se e’ igual a 1,27. Desta ramo seco da curva de compactação.
forma, considerando o ábaco apresentado na
Figura 3, observa-se que o solo encontra-se
classificado no limite dos grupos (LA e NA’).
Segundo a norma CLA-259/96 deve-se
considerar laterítico o solo que:
A curva de perda de massa por imersão
Pi, em função do Mini-MCV 10 a 15,
tiver inclinação negativa (Figura 9);
0,39 utilizada como sub-base ou reforço de subleito
de pavimentos de baixo custo na região.
0,37 Ramo seco
0,35 Inundação
REFERÊNCIAS
0,33
e