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Sublime

Sementeira
Evangelização Espírita
Infantojuvenil
Edição revista e ampliada

Sublime
Sementeira
Evangelização Espírita
Infantojuvenil

FEB / DIJ

Entrevistas e mensagens de orientação à ação


evangelizadora junto à Infância e Juventude

Coordenação
Miriam Masotti Dusi
Sumário

Apresentação..............................................................................................7

Prefácio à 2ª edição.............................................................................9

Parte I – Entrevistas...............................................................................11
Entrevista com Bezerra de Menezes (Espírito) – 1982............13
Entrevista com Divaldo Franco, sob inspiração de Joanna de
Ângelis – 1982.............................................................23
Entrevista com Áureo (Espírito) – 1987.................................29
Entrevista com Francisco Thiesen (Espírito) – 1997..............35
Entrevista com Vianna de Carvalho (Espírito) – 2007...........45
Entrevista com Divaldo Franco, sob inspiração de Bezerra de
Menezes – 2011/2012.................................................53
Entrevista com Cecília Rocha (Espírito) – 2017 ....................61

Parte II – Mensagens.........................................................................69
1 Allan Kardec....................................................................71
2 Mensagens de Amélia Rodrigues......................................99
3 Mensagens de Anália Franco..........................................133
4 Mensagens de André Luiz..............................................139
5 Mensagens de Benedita Fernandes.................................143
6 Mensagens de Bezerra de Menezes.................................159
7 Mensagem de Bittencourt Sampaio...............................193
8 Mensagem de Cairbar Schutel.......................................195
9 Mensagens de Carlos Lomba.........................................197
10 Mensagens de Casimiro Cunha....................................203
11 Mensagens de Cecília Rocha........................................211
12 Mensagens de Emmanuel............................................221
13 Mensagem de Estêvão..................................................263
14 Mensagem de Eurípedes Barsanulfo.............................267
15 Mensagem de Francisco Spinelli..................................271
16 Mensagens de Guillon Ribeiro.....................................275
17 Mensagem de Irmão X.................................................299
18 Mensagem de Jean­‑Jacques Rousseau (Espírito)...........303
19 Mensagens de Joanna de Ângelis..................................307
20 Mensagem de Léon Denis............................................339
21 Mensagem de Leopoldo Cirne.....................................343
22 Mensagens de Leopoldo Machado...............................345
23 Mensagens de Lins de Vasconcellos..............................351
24 Mensagens de Meimei.................................................361
25 Mensagens de Thereza de Brito....................................385
26 Mensagens de Vinícius.................................................393
27 Mensagens de Yvonne A. Pereira..................................419

Linhas biográficas dos autores................................................427


Apresentação
A Campanha de Evangelização Espírita Infantojuvenil, lançada em
1977, desenvolve­‑se e amplia­‑se continuamente, visando aproximar a
criança e o jovem da mensagem cristã à luz da Doutrina Espírita. Espíritos
benfeitores que acompanham a ação evangelizadora expressaram, ao longo
dos anos, orientações acerca da relevante tarefa, oferecendo aos tarefeiros
da evangelização subsídios para o aprimoramento constante das ações e
para o alcance pleno dos objetivos traçados.
O documento “Sublime Sementeira: Evangelização Espírita
Infantojuvenil” constitui uma organização de entrevistas e mensagens dos
benfeitores espirituais relacionadas à Evangelização Espírita Infantojuvenil.
A primeira parte — “Entrevistas” — contempla respostas de Bezerra
de Menezes, Joanna de Ângelis, Áureo, Francisco Thiesen e Vianna de
Carvalho a perguntas feitas acerca da importância da tarefa, da prepara-
ção dos colaboradores da Evangelização, do papel da família, dos desafios
da atualidade, dentre outros temas relacionados que, certamente, agregam
sólidas orientações para uma atuação consciente e alinhada aos propósitos
da Espiritualidade. Esta obra contempla, ainda, uma entrevista inédita res-
pondida por Divaldo Franco, sob inspiração de Bezerra de Menezes, acerca
dos 35 anos da Campanha Permanente, comemorados em 2012.
A segunda parte, relativa às “Mensagens”, constitui uma organi-
zação de mensagens acerca da Evangelização e da missão educativa do
Espiritismo, destacando­‑se relevantes reflexões de Allan Kardec, Amélia
Rodrigues, André Luiz, Benedita Fernandes, Bezerra de Menezes,
Bittencourt Sampaio, Caibar Schuetel, Carlos Lomba, Casimiro Cunha,
Cecília Rocha, Emmanuel, Estêvão, Eurípedes Barsanulfo, Francisco
Spinelli, Guillon Ribeiro, Irmão X, Rousseau, Joanna de Ângelis, Léon

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FEB / DIJ

Denis, Leopoldo Cirne, Leopoldo Machado, Lins de Vasconcelos, Meimei,


Thereza de Brito e Vinícius.
Certos de que a presente obra não representa uma totalidade, mas uma
amostra das mensagens que expressam o zeloso olhar da Espiritualidade so-
bre o desenvolvimento da ação evangelizadora, esperamos que os subsídios
lúcidos e norteadores dos que veem acima dos olhares limitados do plano
físico possam fortalecer, sempre mais, os sólidos alicerces da Evangelização,
favorecendo à criança e ao jovem o estudo da Doutrina Espírita e a vi-
vência da mensagem de Jesus; proporcionando à família reflexões acerca
do seu papel no desenvolvimento espiritual dos filhos e promovendo aos
colaboradores da evangelização a consciência da contínua preparação para
o pleno êxito da tarefa abraçada.
Prossigamos, pois, nessa semeadura de amor, certos de que “tendo
sido semeado, cresce” (Marcos, 4:32).

Fraternalmente,

Equipe DIJ/FEB

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Prefácio à 2ª edição
A presente obra consolida a lúcida concepção dos Espíritos sobre o rele-
vante investimento direcionado às novas gerações.
Em plena transição, o mundo clama por transformações regenerativas da
Humanidade, convidando os corações à inadiável e intransferível transforma-
ção educativa do mundo íntimo.
Vasto campo, de intensa semeadura, vislumbra-se à frente, cujas diretrizes
já se encontram solidamente expressas pelas seguras palavras e efetivas ações
dos Espíritos que zelam pela Evangelização Espírita Infantojuvenil e pela gran-
de tarefa de difusão do Espiritismo.
Ao completar 40 Anos de existência, a Campanha Nacional de
Evangelização Espírita Infantojuvenil vê-se em contínuo fortalecimento, ex-
pandida pelos dedicados semeadores da “Era do Amor” nos diferentes rincões
do país e do orbe, empenhados na edificação do mundo novo pela construção
do homem novo.
A organização da presente obra expressa oportuna bússola aos evangeliza-
dores, educadores e familiares, por oferecer princípios, finalidades e caminhos
que fundamentam a ação evangelizadora espírita junto aos Espíritos recém-
-chegados à experiência reencarnatória. Cientes da bela e grave responsabilida-
de assumida junto às crianças e aos jovens, legitima-se uma relação de confiança
e de sincera esperança na iluminação de caminhos seguros ao êxito existencial.
Por essa razão, o estudo das mensagens e diretrizes ora apresentadas auxi-
liará na conscientização, sensibilização e fortalecimento das ações educativas,
de modo que os solos férteis dos corações sejam beneficiados com as sementes
promissoras dos ensinamentos espíritas.
Somam-se à presente edição, revisada e ampliada, entrevista com Cecília
Rocha (Espírito), recebida em 2017, e 41 mensagens dos Espíritos Amélia

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FEB / DIJ

Rodrigues, Anália Franco, Bezerra de Menezes, Joanna de Ângelis, Casimiro


Cunha, Cecília Rocha, Emmanuel, Guillon Ribeiro, Leopoldo Machado,
Meimei e Yvonne A. Pereira.
Que tais mensagens possam inspirar os semeadores da Era Nova, unin-
do-nos no ideal de servir e de atender ao grande chamado do Mestre: “Ide e
evangelizai a todas as gentes” (Marcos, 16:15).
Recebam nosso fraternal abraço, com votos de belas semeaduras!

Miriam Masotti Dusi

Coordenadora

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Parte I
Entrevistas
Entrevista com
Bezerra de Menezes
(Espírito) – 1982
5 anos da campanha permanente de evangelização

Resposta de Bezerra de Menezes, por meio do médium


Júlio Cezar Grandi Ribeiro, a um questionário que lhe foi
proposto pelo DIJ/FEB sobre o relevante tema em foco.

1 Qual a importância da Evangelização Espírita Infantojuvenil na formação


da Sociedade do Terceiro Milênio?

Reconhecendo­‑se no Espiritismo evangélico a presença do Consolador,


do Paracleto, consoante as promessas de Jesus, disseminando por toda
a Terra as luzes cristalinas da Verdade e despertando a consciência
humana para a era porvindoura de uma autêntica compreensão es-
piritual da Vida, não é difícil entender­‑lhe a abençoada missão evan-
gelizadora do mundo com vistas ao futuro onde as mais sublimes
esperanças de felicidade na Terra se concretizarão.
Considerando­‑se, naturalmente, a criança como o porvir acenando­
‑nos agora e o jovem como o adulto de amanhã, não podemos, sem
graves comprometimentos espirituais, sonegar­‑lhes a educação,
as luzes do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, fazendo bri-
lhar em seus corações as excelências das lições do excelso Mestre
com vistas à transformação das sociedades terrestres para uma nova
Humanidade.

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FEB / DIJ

O momento que atravessamos no mundo é difícil e sombrio, en-


quanto as sociedades terrestres necessitam, mais e mais, dos tochei-
ros do Evangelho, a fim de que não se percam nos meandros do mal
ou resvalem nos penhascos do crime os corações menos experien-
tes e as almas desavisadas. O sublime ministério da Evangelização
Espírita Infantojuvenil nos pede prosseguir e avançar.
Nestes anos de transição que nos separam de novo milênio terres-
tre, é imprescindível abracemos, com empenho e afinco, a tarefa da
evangelização junto às almas infantojuvenis, tão carentes de amor e
sabedoria, porém, receptivas e propícias aos novos ensinamentos. E
isto com a mesma ansiedade e presteza com que o agricultor cedo
acorda para o arroteamento do solo, preparando a sementeira de
suas esperanças para abundantes meses da colheita pretendida.
Assim, faz­‑se inadiável buscarmos os serviços que nos competem jun-
to à evangelização da criança e do jovem para que as comunidades
terrestres, edificadas em Jesus, adentrem o Terceiro Milênio como
alicerces ótimos de uma nova civilização que espelhe, no mundo, o
Reino de Deus.

2 Com que intensidade o Plano Espiritual tem apoiado o Movimento de


Evangelização Espírita Infantojuvenil? Como isto se opera?

A missão educativa do Espiritismo às almas é tarefa por demais inten-


sa, contínua e crescente, buscando revelar a verdadeira luz e estimu-
lando a fé junto aos panoramas regenerativos da Terra, onde somente
um Mestre, que é Jesus, há de inspirar cada criatura em sua própria
iluminação.
Assim sendo, sem improvisações, mas obedientes aos ditames dos
Planos Superiores da Vida, entrevemos legiões de obreiros espiritu-
ais insinuando e sugerindo, orientando e estimulando, convocando
e determinando, dirigindo e comandando, participando e servindo,
diretamente, no seio da evangelização, notadamente de crianças e
jovens, que representam esperanças dos céus nos jardins da Vida.

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Sublime Sementeira

Mas, é importante salientar que o Plano Espiritual, somando esfor‑


ços ao trabalho perseverante dos companheiros encarnados, conta,
sobretudo, com a fidelidade dos servidores a Jesus, uma vez que na
base do êxito almejado permanece a fiel observância das lições evan‑
gélicas, sob os ditames do amor incondicional.

3 Como os Espíritos Superiores estão vendo a participação dos com‑


panheiros encarnados nas tarefas da Evangelização Espírita
Infantojuvenil?

Conquanto os operários da gleba humana disponham de livre­‑arbítrio o


bastante para debandar ou desertar, esquecer ou adiar compromissos as-
sumidos com a Vida, anotamos, com júbilos imensos, a excelente cara-
vana de denodados lidadores da Evangelização Espírita Infantojuvenil,
de corações voltados para um melhor desempenho, coesos no interesse
de sempre produzir o máximo pela dedicação de todos os dias. São
companheiros jovens ou adultos, de ambos os sexos, afanosos, idealis-
tas, conscientizados cada vez mais de que a obra não nos pertence, mas
sim ao Mestre Amado que, por misericórdia, utiliza a todos por instru-
mentos de iluminação do mundo.
É notório que a especialidade da tarefa não se compraz com impro-
visações descabidas, tão logo a experiência aponte o melhor e o mais
rendoso, razão pela qual os servidores integrados na evangelização
devem buscar, continuamente, a atualização de conteúdos e procedi-
mentos didático­‑pedagógicos, visando a um melhor rendimento, em
face da economia da vida na trajetória da existência, considerando­‑se
que, de fato, os tempos são chegados...

4 Como os Espíritos situam, no conjunto das atividades da Instituição


Espírita, a tarefa da Evangelização Espírita Infantojuvenil?

Tem sido enfatizado, quanto possível, que a tarefa da Evangelização


Espírita Infantojuvenil é do mais alto significado dentre as ativida‑
des desenvolvidas pelas Instituições Espíritas, na sua ampla e valiosa

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programação de apoio à obra educativa do homem. Não fosse a evan-


gelização, o Espiritismo, distante de sua feição evangélica, perderia
sua missão de Consolador, renteando­‑se com a diversidade das escolas
religiosas no mundo que, embora úteis e oportunas, estiolaram­‑se no
tempo absorvendo posições de terminalidade e dogmatismo.
É forçoso reconhecer que Espiritismo sem aprimoramento moral,
sem evangelização do homem é como um templo sem luz.
Já tivemos oportunidade de lembrar que uma Instituição Espírita repre-
senta uma equipe de Jesus em ação e, como tal, deverá concretizar seus
sublimes programas de iluminação das almas, dedicando­‑se com todo
empenho à evangelização da infância e da mocidade.

5 Quais seriam as condições essenciais para que alguém possa desempe‑


nhar a tarefa da Evangelização Espírita Infantojuvenil?

Nas bases de todo programa educativo o amor é a pedra angular favo-


recendo o entusiasmo e a dedicação, a especialização e o interesse, o
devotamento e a continuidade, a disciplina e a renovação, uma vez que
no trato com a criança e o jovem o esforço renovador pela evangelização
jamais prescindirá da força da exemplificação para quem ensina.
Jesus é o Mestre por excelência: ofereceu­‑se­‑nos por amor, ensinou até
o último instante, fez­‑se o exemplo permanente aos nossos corações
e nos paroxismos da dor, pregado ao madeiro ignominioso, perdoou­
‑nos as defecções de maus aprendizes.
É justo, pois, que o evangelizador deva estudar e rever, quanto pos-
sível, todos os ensinos da Verdade, granjeando meios de descortinar
caminhos de libertação espiritual para quantos se lhe abeirem do co-
ração dadivoso.

6 Que papel cabe aos espíritas que não atuam diretamente na Evangelização
Espírita Infantojuvenil, no crescimento e maior êxito desta tarefa?

Todos os espíritas engajados realmente nas fileiras da fé raciocina-


da quão atuante devem estar, de certo modo, empenhados na tarefa

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Sublime Sementeira

da evangelização que é, sem dúvida, o sublime objetivo da Doutrina


Espírita. Naturalmente que uns estarão com participação direta e
maior soma de esforços, enquanto outros permanecerão servindo em
outras leiras, porém todos deverão estar voltados para um mesmo alvo
comum — a redenção do homem.
Desta forma, nada mais recomendável que a solidariedade de propó-
sitos na escola de almas, onde todos nos matriculamos.
Os responsáveis pelos Centros, Grupos, Casas ou Núcleos espiri-
tistas devem mobilizar o maior empenho e incentivo, envidando
todos os esforços para que a evangelização de crianças e jovens faça
evidenciar os valores da fé e da moral nas gerações novas. É neces-
sário que a vejam com simpatia, como um trabalho integrado nos
objetivos da Instituição e jamais como atividade à parte.
O Movimento Espírita, acompanhando a dinâmica progressiva da
própria Doutrina, já vem deixando longe os primeiros tempos das
reuniões somente para adultos, com características próprias, fecha-
das... Hoje se busca, sobremodo, oferecer o conhecimento ilumina-
dor à criança e ao jovem, facilitando­‑lhes a renovação da mentalidade
quanto à renovação do caráter, com vistas ao futuro do mundo, apris-
co e Reino do Senhor.
A Evangelização Espírita Infantojuvenil, assim, vem concitar a to-
dos para um trabalho árduo e promissor, no campo da implanta-
ção das ideias libertadoras, a que fomos chamados a servir, pela
vitória do conhecimento superior e pela conquista da Vida Maior.

7 Que orientação os amigos espirituais dariam aos pais espíritas em re‑


lação ao encaminhamento dos filhos à Escola de Evangelização dos
Centros Espíritas?

Conquanto seja o lar a escola por excelência onde a criatura deva rece-
ber os mais amplos favores da educação, burilando­‑lhe o sentimento
e o caráter, não desconhecemos a imperiosidade de os pais buscarem
noutras instituições sociais o justo apoio à educação da prole; e, assim,
deverão encaminhar os filhos, no período oportuno, para as escolas

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do saber, viabilizando­‑lhes a instrução. Entretanto, jamais deverão


descuidar­‑se de aproximá­‑los dos serviços da evangelização, em cujas
abençoadas atividades se propiciará a formação espiritual da criança e
do jovem diante do porvir.
Há pais espíritas que, erroneamente, têm deixado, em nome da li-
berdade e do livre­‑arbítrio, que os filhos avancem na idade crono-
lógica para então escolherem este ou aquele caminho religioso que
lhes complementem a conquista educativa no mundo. Tal medida
tem gerado sofrimento e desespero, luto e mágoa, inconformação e
dor. Porque, uma vez perdido o ensejo educativo na idade propícia
à sementeira evangélica, os corações se mostram endurecidos, qual
terra ressequida, árida, rebelde ao bom plantio, desperdiçando­‑se
valioso período de ajuda e orientação. É então que somente a dor, a
duros golpes provacionais, poderá despertar para refazer e construir.

8 Que recursos os Amigos Espirituais poderiam sugerir com vistas à dina‑


mização da tarefa de Evangelização Espírita Infantojuvenil?

Os serviços da Evangelização Espírita Infantojuvenil vêm caminhan-


do consoante seu ritmo próprio, segundo as possibilidades de seus
colaboradores e dentro da amplitude da gleba favorável.
Entretanto, renovando­‑se a mentalidade dos adultos, sejam eles pais
ou preceptores, diretores de Instituições ou servidores do Movimento
espírita, com esclarecimentos sobre a importância e necessidade da
Evangelização Espírita Infantojuvenil, haverá uma notável aceleração,
uma ampliação mais sensível das tarefas previstas.
Por esse motivo, são tão necessárias as campanhas de esclarecimento
junto à família cristã, às Instituições Espíritas, como também aos pró-
prios evangelizadores.
Não há dúvida de que, crescendo a demanda, novos colaboradores
se apresentarão para a ampliação das legiões evangélicas de encar-
nados e desencarnados, às quais não faltarão os recursos da fé e as
inspirações do Mais Alto para que se efetivem as semeaduras da luz.

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Sublime Sementeira

Por outro lado, o apoio dos novos métodos de ensino, na dinâmica


pedagógica dos tempos atuais, ensejará ajuda, estímulo e segurança ao
Movimento Espírita de Evangelização de crianças e de jovens, onde
professores, educadores e leigos, de corações entrelaçados no objetivo
comum, continuarão a recolher dos Planos Acima a inspiração precisa
para conduzirem com acerto, maestria e objetividade a nobilitante
tarefa que lhes foi confiada em nome do Amor.

9 Qual o papel da Evangelização Espírita Infantojuvenil na expansão do


Movimento Espírita brasileiro?

Sem dúvida alguma, a expansão do Movimento Espírita no Brasil, em


número e em qualidade, está assentada na participação da criança e
do jovem, naturais continuadores da causa e do ideal. Preparando­‑os
convenientemente para o porvir, aformoseando­‑lhes uma nova men-
talidade cristã, será o mesmo que fornecer­‑lhes recursos de crescimen-
to para a responsabilidade e para o dever, na conquista de si mesmos.
Entendemos que somente assim a Evangelização Espírita Infantojuvenil
estará atingindo seu abençoado desiderato, não apenas pela expansão
do Espiritismo no Brasil, mas, sobretudo, contribuindo para a for-
mação do homem evangelizado que há de penetrar a alvorada de um
novo milênio de alma liberta e coração devotado à construção de sua
própria felicidade.

10 Como o Plano Espiritual vê a colaboração que o Brasil vem oferecendo


a outros países na área da Evangelização Espírita Infantojuvenil?

Inegavelmente o Brasil se tem evidenciado como o grande celeiro do


Evangelho nos dias atuais e, por sua destinação histórico­‑espiritual, há
de espelhar, em favor do mundo, as belezas evangélicas, trabalhando
a alma de seu povo, com vistas à nova civilização do Terceiro Milênio.
Correm informações e previsões abençoadas, nas tradições espirituais,
quanto ao transplante da árvore do Evangelho do coração cansado da
Velha Europa para o regaço acolhedor e juvenil da Pátria do Cruzeiro.

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Assim sendo, toda colaboração, em nome da fraternidade e da fé,


que o Movimento Espírita brasileiro possa oferecer aos países irmãos,
nada mais será que efetiva obediência aos programas com que o Mais
Alto tem distinguido o Brasil no concerto fraternal das nações.
Compreendemos que a grandiosa tarefa da divulgação evangélica jun-
to à criança e ao moço, mobilizando novos cooperadores nos países
irmãos, é ação por demais gigantesca de que o Brasil jamais desertará.
Não é, pois, sem júbilos imensos que o Planeta Espiritual tem acom-
panhado a multiplicação dos primeiros esforços, o lançamento das
primeiras sementinhas da Evangelização Espírita Infantojuvenil, que
o Brasil, nossa Pátria do Evangelho, tem mobilizado junto à ambiên-
cia acolhedora de outras pátrias irmãs.

11 Algo mais a ser dito?

Filhos,
Roguemos a Jesus pela obra que prossegue sob o divino amparo.
Que não haja desânimo nem apressamento, mas, acima de tudo,
equilíbrio e amor. Muito amor e devotamento!
A Evangelização Espírita Infantojuvenil amplia­‑se como um sol
benfazejo abençoando os campos ao alvorecer.
O próprio serviço, sem palavras articuladas, mas à luz da experiência,
falará conosco sobre quaisquer alterações que se façam necessárias,
enquanto, no sustento da prece, estabeleceremos o conúbio de forças
com o Alto, de modo a nos sentirmos amparados pelas inspirações do
bem.
De tempos em tempos ser­‑nos­‑á necessária uma pausa avaliativa para
revermos a extensão e a qualidade dos serviços prestados e das tarefas
realizadas. Somente assim podemos verificar o melhor rendimento de
nossos propósitos.
Unamo­‑nos, que a tarefa é de todos nós. Somente a união nos pro-
porciona forças para o cumprimento de nossos serviços, trazendo a
fraternidade por lema e a humildade por garantia do êxito.

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Sublime Sementeira

Com Jesus nos empreendimentos do Amor e com Kardec na força


da Verdade, teremos toda orientação aos nossos passos, todo equilí‑
brio à nossa conduta.
Irmanemo­‑nos no sublime ministério da evangelização de almas e ca-
minhemos adiante, avançando com otimismo.
Os amigos e companheiros desencarnados podem inspirar e sugerir,
alertar e esclarecer, mas é necessário reconhecermos que a oportuni-
dade do trabalho efetivo é ensejo bendito junto aos que desfrutam a
bênção da reencarnação.
Jesus aguarda!
Cooperemos com o Cristo na evangelização do Homem.
Paz!
Bezerra

Fonte: Mensagem recebida pelo médium Júlio Cezar Grandi Ribeiro, em sessão pública
no dia 2.8.1982, na Casa Espírita Cristã, em Vila Velha, Espírito Santo, publicada
na Separata de Reformador de 1986 – A evangelização espírita da infância e da ju‑
ventude na opinião dos Espíritos.

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