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STARS Escola de Música Método de Guitarra – Nível 1 – Iniciante

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APRESENTAÇÃO

Este material foi elaborado inicialmente com o objetivo de facilitar o aprendizado e


oferecer mais qualidade para meus alunos de guitarra iniciantes, porém com o tempo, a
utilização e os bons resultados obtidos nas aulas, percebi que poderia ser muito útil também
para os autodidatas, por isso decidi editá-lo neste formato.
Neste método, você aprenderá desde os conceitos mais básicos como as partes da
guitarra, postura, leitura de cifras e tablaturas, localização das notas musicais no instrumento,
acordes básicos, até as principais técnicas como palhetada alternada, ligaduras, bends, slides,
harmônicos, etc... Tudo de forma bem orientada, com uma abordagem prática e muitos
exemplos musicais, de forma que você realmente aprenda a tocar guitarra e tenha uma base
sólida de conhecimento para depois poder seguir adiante e se aprofundar no estudo do
instrumento.
Durante a escrita deste livro fui obrigado a organizar melhor meu material didático já
utilizado há bastante tempo nas aulas, revisando e editando textos e imagens, adicionando
novas explicações e exemplos, organizando todos os assuntos na melhor ordem para um total
entendimento e aproveitamento por parte do aluno iniciante. Portanto é um material já bastante
testado e aprovado, pois foi elaborado com base em anos prática no ensino da guitarra para
um grande número de alunos.
Além deste material escrito de forma bem detalhada, você tem acesso a uma playlist
com 67 vídeos de apoio exclusivos, clicando neste link:
https://www.youtube.com/playlist?list=PLAPq2K23P3iiZ0CgOjTyWZYAq0MewT3fS
E como bônus, para ajudar você a começar a tocar guitarra, eu estou disponibilizando
aqui o link da playlist das aulas do Desafio PRIMEIRAS MÚSICAS NA GUITARRA, que foi um
intensivo de uma semana, com 6 aulas ao vivo:
https://youtube.com/playlist?list=PLkIw9conJ9mCk4QFvvaiFCdID-12gV1ed
Assim, você tem agora em mãos não só um livro, mas praticamente um curso
multimídia interativo que se estudado com disciplina e atenção, ajudará você a começar “com o
pé direito” a caminhada em busca dos seus objetivos de se tornar um guitarrista.

Vilmar Gusberti

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COMO ESTUDAR ESTE LIVRO

A primeira coisa que deve ficar clara é que nenhum livro, site ou vídeo aula irá
substituir as aulas de um bom professor, porém podem ser alternativas para quem por qualquer
motivo não puder frequentar aulas regulares. Mesmo para quem já estuda com um professor,
este livro pode servir de referência ou complemento, pois é um material bem completo e
organizado.
Se você é iniciante e não possui nenhum conhecimento sobre música e sobre guitarra,
recomendo o estudo do livro na ordem, página por página, capítulo por capítulo, sempre
buscando entender bem cada conteúdo antes de passar para o próximo. Da mesma forma nos
exercícios de técnica, somente siga para o próximo exercício quando sentir que praticou
suficientemente o exercício atual e que já consegue tocá-lo corretamente, mesmo que bem
devagar.
Você pode também estudar diferentes capítulos ao mesmo tempo, por exemplo,
paralelamente ao estudo dos exercícios de técnica é importante que você tente aprender a
tocar suas músicas preferidas, e também vá estudando alguns conceitos de teoria musical.
Assim você pode intercalar estudos de técnica, teoria musical e repertório em sua rotina diária.
Se você já consegue tocar alguma coisa e já possui alguns conhecimentos, ou se tiver
acompanhamento de um professor, você não precisa necessariamente seguir a ordem
proposta no livro, mas pode ir direto aos assuntos que mais lhe interessarem.
Procure sempre ler com atenção todas as orientações antes de tentar tocar os
exemplos, e assista aos vídeos de apoio da playlist, clicando neste link:
https://www.youtube.com/playlist?list=PLAPq2K23P3iiZ0CgOjTyWZYAq0MewT3fS
Participe dos Grupos de Estudos exclusivos no Whatsapp e no Telegram, onde pode
tirar dúvidas, interagir e enviar vídeos tocando para obter feedback. Acesse os links abaixo:
https://t.me/joinchat/2OSwY6UN2Mg3NTEx
https://chat.whatsapp.com/K1jvcyhQXKgBs7fuNTSTVf
E você pode também entrar em contato diretamente comigo pelo whatsapp +55 51
99874-3242 para tirar qualquer dúvida.
Tenha bastante paciência, estude com disciplina e regularidade, mas sem pressa, pois
o aprendizado é gradual e você pode demorar um pouco para perceber os resultados. Lembre-
se que todos os guitarristas que você admira, um dia já foram iniciantes e passaram pela fase
em que você se encontra.
Mãos à obra!

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ....................................................................................................................... 2
COMO ESTUDAR ESTE LIVRO ................................................................................................. 3
SUMÁRIO .................................................................................................................................... 4
1. CONHECENDO A GUITARRA ................................................................................................ 5
1.1. BREVE HISTÓRIA DA GUITARRA ELÉTRICA ..................................................................................................................................... 5
1.2. PARTES DA GUITARRA:.............................................................................................................................................................. 7
1.3. POSTURA: .............................................................................................................................................................................. 9

2. LENDO CIFRAS E TABLATURAS ....................................................................................... 12


2.1. REPRESENTAÇÃO DAS MÃOS: ................................................................................................................................................... 12
2.2. LENDO CIFRAS:...................................................................................................................................................................... 12
2.3. LENDO TABLATURAS: .............................................................................................................................................................. 14
2.4. GLOSSÁRIO DE SÍMBOLOS DA TABLATURA: .................................................................................................................................. 15
3. TÉCNICA BÁSICA ................................................................................................................ 20
3.1. PALHETADA ALTERNADA: ........................................................................................................................................................ 20
3.2. LIGADURAS (HAMMER-ON & PULL-OFF): ................................................................................................................................... 27
4. TEORIA MUSICAL BÁSICA APLICADA .............................................................................. 29
4.1. PARÂMETROS DO SOM: .......................................................................................................................................................... 29
4.2. ELEMENTOS DA MÚSICA: ........................................................................................................................................................ 29
4.3. AS NOTAS MUSICAIS: ............................................................................................................................................................. 30
4.4. TOM (T) E SEMITOM (ST): ...................................................................................................................................................... 31
4.5. ACIDENTES OU ALTERAÇÕES: ................................................................................................................................................... 31
4.6. LOCALIZAÇÃO DAS NOTAS NO BRAÇO DA GUITARRA: ..................................................................................................................... 32
4.7. AFINANDO A GUITARRA: ......................................................................................................................................................... 34

5. ELEMENTOS E TÉCNICAS DA GUITARRA RÍTMICA ........................................................ 36


5.1. POWER CHORDS: ................................................................................................................................................................... 36
5.2. PALM MUTING:..................................................................................................................................................................... 38
5.3. ACORDES DO SISTEMA CAGED ................................................................................................................................................ 41
5.4. FIGURAS E CÉLULAS RÍTMICAS: ................................................................................................................................................. 44
5.5. TOQUES PERCUSSIVOS: ........................................................................................................................................................... 55
5.6. RITMOS BÁSICOS: .................................................................................................................................................................. 59
5.7. RIFFS OBRIGATÓRIOS:............................................................................................................................................................. 62
6. TÉCNICAS DE EXPRESSÃO DA GUITARRA SOLO .......................................................... 65
6.1. VIBRATO: ............................................................................................................................................................................. 65
6.2. BENDS: ................................................................................................................................................................................ 66
6.3. SLIDE:.................................................................................................................................................................................. 70
6.4. HARMÔNICOS: ...................................................................................................................................................................... 72

7. DICIONÁRIO RESUMIDO DE ACORDES ............................................................................ 76


POTENCIALIZE SEUS ESTUDOS ............................................................................................ 80
SOBRE O AUTOR ..................................................................................................................... 81
CONTATOS E MÍDIAS SOCIAIS .............................................................................................. 82
AGRADECIMENTOS................................................................................................................. 82

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1. CONHECENDO A GUITARRA

1.1. Breve História da Guitarra Elétrica

A Guitarra Elétrica (Electric Guitar), conhecida aqui no Brasil apenas como Guitarra, é
descendente direta do violão, que nos países de língua inglesa é chamado Acoustic Guitar. Os
violões, assim como seus possíveis ancestrais e instrumentos similares, como o Alaúde, a
Gitara Romana e a Vihuela, possuem séculos e até milênios de história, sendo todos
instrumentos bastante antigos. Fazendo uma comparação, podemos dizer que a Guitarra
Elétrica é um instrumento muito jovem, pois possui menos de um século de história.
Tudo começou nos Estados Unidos, no final do século XVIII e início do século XIX,
quando as apresentações musicais começaram a se caracterizar por públicos e configurações
de concertos e de conjuntos cada vez maiores, fazendo com que o som do violão ficasse cada
vez mais difícil de ser ouvido pelos expectadores e até pelos próprios músicos.
Por causa desta dificuldade, diversos músicos e fabricantes de instrumentos
concentraram seus esforços em tentar desenvolver instrumentos com maior volume de som,
alterando a estrutura, usando cordas de aço, aumentando o tamanho dos instrumentos e até
construindo instrumentos inteiros de metal. Enquanto isso, outros tentavam amplificar o som
através da eletricidade até que em 1931, um americano chamado George Beauchamp
implantou um captador magnético no instrumento. Apesar de conseguir amplificar o sinal para
uma caixa de som o resultado final não foi o ideal, pois as ressonâncias sonoras na caixa do
violão criavam microfonias altas.
Foi então que George Beauchamp em parceria com Adolph Rickenbacker, construíram
a primeira guitarra elétrica de corpo sólido, apresentada ao público pela primeira vez em 1932,
e chamada "The Frying Pan", por causa de sua semelhança com uma frigideira. Na verdade
era uma guitarra de estilo havaiano Lap Steel, para ser usada deitada no colo do guitarrista.
O primeiro modelo de guitarra sólida com o formato que conhecemos hoje foi
desenvolvido pelo famoso guitarrista e inventor Les Paul, entre 1945 e 1946. Inicialmente seu
protótipo foi rejeitado por fabricantes, mas em 1951 conseguiu firmar uma parceria com a
Gibson Guitar Corporation, que no ano seguinte resultou no lançamento da famosa Gibson Les
Paul, um dos modelos de guitarra mais populares até hoje.
Ainda em 1951, Leo Fender apresentou o protótipo da guitarra de corpo sólido
chamado Telecaster, e em 1954 lançou o modelo Stratocaster, que é talvez o mais popular de
todos até hoje. A partir daí não pararam mais de surgir novos fabricantes e novos modelos de
guitarra. Veja a seguir alguns dos modelos de guitarra mais conhecidos:

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Nos exemplos acima, procurei identificar cada modelo com a marca que o criou, porém
atualmente existem modelos que são copiados e fabricados por diversas marcas, como por
exemplo a Stratocaster, Telecaster, Les Paul, SG, etc...
Alguns modelos foram criados para homenagear alguns guitarristas famosos ou
seguindo especificações dos mesmos, como é o caso da PRS SE Santana (Carlos Santana),
EVH Wolfgang (Eddie Van Halen), Ibanez JS (Joe Satriani), Ibanez JEM (Steve Vai), Jackson
Flying V RR (Randy Rhoads)...

1.2. Partes da Guitarra:

É extremamente importante para qualquer instrumentista conhecer a anatomia do seu


instrumento, saber como se chama e para que serve cada uma de suas partes e também
conhecer as diferenças entre os inúmeros modelos. Veja a imagem a seguir:

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01 – Corpo: normalmente é sólido, feito com madeiras como mogno, cedro, alder, maple,
basswood ou marupá. O formato varia conforme o modelo, e o peso varia conforme a madeira
utilizada. É dentro do corpo da guitarra que está instalada toda a parte elétrica do instrumento.
02 – Ponte: é a peça pela qual as cordas são presas ao corpo do instrumento. Os principais
tipos de pontes são: Fixa, Fixa Tune-O-Matic, Tremolo Standard e Flutuante (Floyd Rose).
03 – Captadores: são os dispositivos que captam as vibrações das cordas e as convertem em
sinais elétricos que são amplificados pelo amplificador. Os captadores podem ser simples
(Single Coil), com um som mais agudo e definido, ou duplos (Humbucker) com um som mais
grave e pesado.
04 – Roldanas: são os parafusos onde prendemos a correia na guitarra para tocarmos em pé.
05 – Jack de Entrada: é onde ligamos o cabo que leva o sinal da guitarra para o amplificador.
Em geral utilizamos cabos com plugues padrão P10.
06 – Botões de Tone: permitem alterar um pouco o timbre dos captadores cortando
freqüências agudas caso seja necessário. Com o botão aberto, no 10, o som não é alterado,
mas conforme o fechamos, as freqüências agudas são diminuidas deixando o som mais
"abafado".
07 – Botão de Volume: possibilita controlar o volume de saída do som da guitarra.
08 – Chave Seletora: serve para selecionar os captadores a serem utilizados, ligando uns e
desligando outros. Pode ser de 3 ou 5 posições, dependendo da quantidade de captadores e
da configuração de cada guitarra.
09 – Alavanca: é uma peça que permite movimentar a ponte da guitarra (exceto nas pontes
fixas) afrouxando as cordas, fazendo a entonação descer ou esticando-as, fazendo a
entonação subir. A alavanca permite executar diversos efeitos interessantes, desde um simples
vibrato até a imitação de sons de animais.

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10 – Escudo: é uma peça de plástico que protege a parte elétrica da guitarra e também a sua
pintura, já que às vezes pode-se raspar a palheta nesta região do corpo da guitarra ao tocar. O
escudo serve também como peça decorativa da guitarra, pois há diversos modelos, de várias
cores.
11 – Cordas: a guitarra convencional possui 6 cordas, contadas de baixo para cima e
nomeadas como 1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª e 6ª. As cordas da guitarra são de aço e podem ter diferentes
espessuras, gerando diferentes tensões. Ex.: Encordoamento 009 = tensão média,
encordoamento 008 = tensão leve, encordoamento 010 = tensão pesada.
12 – Marcação de Casa: é um recurso visual que serve para ajudar na localização ao longo do
braço da guitarra. Como padrão, as marcações ficam nas casas ímpares, com exceção da 12 e
da 24, que recebem uma marcação especial.
13 – Casa: é o espaço entre dois trastes, no qual colocamos a ponta do dedo e pressionamos
para obter uma determinada nota. O número de casas de uma guitarra varia de acordo com o
modelo, mas geralmente fica entre 22 e 24.
14 – Trastes: são os filamentos metálicos que dividem o braço da guitarra em casas.
15 – Capotraste: é considerado o traste zero, onde as cordas estão apoiadas próximo à mão
da guitarra, e a partir de onde começam a soar. Pode ser feito de diferentes materiais como
plástico ou até osso.
16 – Abaixador de Corda: serve para deixar a corda mais alinhada com a altura das tarraxas,
possibilitando que a corda seja enrolada de forma mais uniforme.
17 – Mão: é a parte que fica na ponta do braço da guitarra, onde geralmente aparece a marca
do instrumento e também onde estão fixadas as tarraxas.
18 – Tarraxas: são as peças metálicas fixadas na mão da guitarra, e servem para enrolar e
afinar as cordas.
19 – Parafuso do Tensor: serve para ajustar o tensor (também chamado de alma) que fica
dentro do braço da guitarra, possibilitando regular a curvatura e corrigir problemas de
empenamento.
20 – Braço: é onde posicionamos os dedos e pressionamos as cordas para tocarmos notas e
acordes. Ele é formado por duas peças de madeira coladas, a parte de trás, onde apoiamos o
polegar, e a parte da frente, chamada escala, onde estão os trastes.

1.3. Postura:

Antes de falarmos sobre qual seria a postura mais adequada para tocar guitarra,
devemos pensar em duas palavras: conforto e relaxamento. Se você praticar sempre prestando

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atenção no seu corpo, buscando o máximo de conforto e relaxamento, estará dando um grande
passo para que seu aprendizado seja mais eficiente.

1.3.1. Segurando a Guitarra:

Quanto à postura, quando for tocar em pé, ajuste o tamanho da correia para que altura
da guitarra fique confortável. Ao tocar ou estudar sentado, você tem três opções de posturas,
baseadas na tradição do violão:
Popular: apoie a guitarra na perna direita, se precisar use algum apoio embaixo do seu
pé direito ou então cruze a perna direita sobre a esquerda para que a guitarra fique um pouco
mais alta. Esta postura deixa a guitarra em uma posição mais horizontal.
Flamenco: tem esse nome por ser uma postura utilizada pelos violonistas do gênero
flamenco. Você deve apoiar a guitarra na perna direita e colocar o pé direito sobre o joelho
esquerdo, fazendo com que o instrumento fique um pouco mais alto e inclinado com o braço
para cima.
Clássico: a postura tem este nome por ser utilizada por quem toca violão clássico.
Consiste em apoiar a guitarra na perna esquerda e usando um apoio embaixo do pé para que
esta perna fique mais alta. Nesta postura a guitarra fica em uma posição diagonal, com o braço
virado para cima.

1.3.2. Postura da Mão Direita:

Se você observar com atenção os seus guitarristas preferidos, verá que cada um
segura a palheta de forma diferente, e mesmo assim todos eles obtêm um bom resultado. De
qualquer forma vou detalhar as posturas e formas de segurar a palheta que considero mais
eficientes, com base em anos de experiência tocando e ensinando.
Você deve apoiar o antebraço direito no corpo da guitarra e a palma da mão sobre a
ponte, onde saem as cordas. Se você segura a palheta com polegar e indicador, deixando a
mão aberta, pode apoiar os outros dedos no corpo da guitarra abaixo dos captadores. Mas
você pode também segurar a palheta com a mão fechada, neste caso apoiando a mão nas
cordas que não estiver tocando, dependendo da situação.
A dica mais importante é que você deve segurar a palheta bem perto da ponta, de
forma que ela fique bem encaixada na mão e você não precise fazer força para segurá-la.
Assim também a ponta fica mais curta e permite tocar de forma mais fluente sem que ela
tranque nas cordas. Isso também permite que você encoste a lateral do polegar nas cordas
acima da que estiver tocando, abafando-as e deixando o som mais limpo.

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1.3.3. Postura da Mão Esquerda:

A postura da mão esquerda varia bastante conforme as necessidades do que estamos


tocando. Por exemplo, ao executar bends, a mão fica mais fechada e o polegar apoiado em
cima do braço da guitarra, enquanto que quando tocamos uma escala maior, a mão fica mais
aberta e o polegar apoiado mais ou menos na metade do braço da guitarra.
De modo geral em todas as músicas ou exercícios que tocamos, devemos cuidar os
seguintes detalhes da mão esquerda:
1. Independente de sua altura atrás do braço da guitarra, o polegar deve ficar
sempre em posição vertical, mais ou menos na direção do dedo médio, nunca
deitado;
2. Pressione as cordas sempre com as pontas dos dedos, procurando posicioná-
las próximas aos trastes.

Lembre-se de sempre observar sua postura, se necessário peça para alguém


fotografar e filmar você tocando, depois veja e compare com as posturas dos seus guitarristas
preferidos. E não se esqueça de manter as mãos relaxadas.

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2. LENDO CIFRAS E TABLATURAS

2.1. Representação das Mãos:

Vamos entender como serão representados os dedos de ambas as mãos, tanto nas
cifras quanto nas tablaturas, quando necessário:

Mão esquerda: a que utilizamos para Mão direita: a que utilizamos para fazer
pressionar as notas e acordes no braço da soar as cordas, na guitarra geralmente
guitarra. O dedo polegar fica atrás do braço usamos a palheta, porém quando tocamos
da guitarra servindo apenas como apoio, e com os dedos, estes são representados
os demais dedos são representados da pelas letras iniciais, exceto o dedo mínimo,
seguinte forma: que não é utilizado:

1 = Indicador P = Polegar
2 = Médio I = Indicador
3 = Anular M = Médio
4 = Mínimo A = Anular

Obs.: Este é o padrão para pessoas destras. Para quem é canhoto, as duas mãos se
invertem, a esquerda faz os dedilhados ou segura a palheta, enquanto a direita pressiona as
notas e acordes no braço da guitarra.

2.2. Lendo Cifras:

Cifras são desenhos que mostram como fazer acordes no braço da guitarra, indicando
a casa e a corda onde devemos posicionar cada dedo da mão esquerda, e também quais
cordas deverão ser tocadas.
O diagrama representa uma parte do braço da guitarra na vertical, de modo que as
linhas na vertical são as cordas e as linhas na horizontal são os trastes. A 1ª corda é
representada pela 1ª linha vertical da direita e a 6ª corda está posicionada do lado esquerdo.
As bolinhas pretas dentro do diagrama mostram onde posicionar cada dedo e o número em
cada bolinha representa o dedo a ser usado. As bolinhas brancas acima do diagrama mostram
as cordas soltas que devem ser tocadas, pois fazem parte do acorde, e os X acima do
diagrama mostram quais cordas não devemos tocar. Veja a imagem a seguir:

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Os nomes dos acordes são formados por letras do alfabeto que representam as notas
musicais:
C D E F G A B
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si

Quando o nome do acorde é formado somente pela letra que representa a nota
musical, significa que é um acorde do tipo MAIOR, porém nome do acorde pode ser
acompanhado de outros símbolos que possuem diferentes significados dependendo do tipo e
das alterações presentes no mesmo. Veja alguns exemplos:

# = sustenido ° = acorde diminuto 7M = acorde com sétima maior


b = bemol m7 = acorde menor com sétima 4 = acorde com quarta
m = acorde menor 7 = acorde com sétima 9 = acorde com nona

Exercício prático: tente tocar os acordes a seguir:

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Também podemos usar o nome por extenso destes acordes assim:


C = Dó Maior G = Sol Maior D = Ré Maior Em = Mi menor
A = Lá Maior E = Mi Maior Am = Lá menor Dm = Ré menor

Você pode memorizar estes 8 acordes, mas para isso você precisará repeti-los muitas
e muitas vezes, e também precisará ter muita paciência e perseverança, pois não se consegue
de um dia para o outro, pode levar algumas semanas até que eles estejam memorizados e que
você consiga montá-los com rapidez e fazê-los soarem bem. O lado bom é que, com estes
acordes, você já poderá tocar um grande número de canções, por isso vale à pena o esforço!
Vamos ver agora como devemos ler as cifras dentro de uma canção, para isso
utilizaremos como exemplo um trecho da música Yellow Submarine (The Beatles):

Yellow Submarine
The Beatles

G D C G
In the town where I was born
Em Am C D
Lived a man who sailed to sea
G D C G
And he told us of his life
Em Am C D
In the land of submarines

Repare que os nomes dos acordes aparecem acima da letra da música, posicionados
na direção de determinadas palavras ou sílabas. Significa que no momento em que cantamos
aquela palavra ou sílaba, devemos executar o respectivo acorde. Procure ouvir bastante esta
música prestando atenção nas mudanças que acontecem no som para entender melhor o
momento das trocas de acordes.

2.3. Lendo Tablaturas:

A tablatura é uma notação usada para escrever Solos, Riffs ou Bases de uma forma
mais detalhada, para se tocar exclusivamente em instrumentos de cordas que possuem
trastes, como por exemplo, violão, guitarra, contrabaixo elétrico e cavaquinho.
A tablatura para guitarra e violão consiste em um sistema de 6 linhas, onde cada linha
corresponde a uma corda, porém a 1ª linha, que fica em cima, representa a 1ª corda (a mais
aguda), que fica embaixo quando tocamos. Para que não haja confusão, você deve sempre
lembrar que a contagem das cordas é invertida: na tablatura é de cima para baixo, enquanto
que no instrumento é de baixo para cima. Os números nas linhas indicam as casas onde
devemos pressionar as respectivas cordas, e quando aparecer 0, é porque a corda deve ser
tocada solta.
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Uma tablatura pode ser escrita em softwares específicos como o Power Tab Editor e o
Guitar Pro, que geram automaticamente uma partitura referente à tablatura escrita, mas
também é comum a escrita de tablaturas em formato de texto, com a fonte Courrier New.
Vamos utilizar como exemplo o riff principal da música Day Tripper, dos Beatles. Veja:

Tablatura escrita no Power Tab Editor:

Tablatura escrita em formato de texto:


1ª||-------------------------------||
2ª||-------------------------------||
3ª||-------------------------------||
4ª||------------2-0------4----0-2--||
5ª||----------2--------2----2------||
6ª||--0---3-4----------------------||

Lendo a tablatura da esquerda para a direita, devemos tocar a seguinte sequência:

- 6ª corda (grave) solta;


- 6ª corda pressionada na casa 3;
- 6ª corda pressionada na casa 4;
- 5ª corda pressionada na casa 2;
- 4ª corda pressionada na casa 2;
- 4ª corda solta;
- 5ª corda pressionada na casa 2;
- 4ª corda pressionada na casa 4;
- 5ª corda pressionada na casa 2;
- 4ª corda solta;
- 4ª corda pressionada na casa 2.

2.4. Glossário de Símbolos da Tablatura:

Veja agora como são representadas na tablatura as principais técnicas, efeitos ou


elementos de interpretação da guitarra:

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Ritornello: São barras duplas acompanhadas de dois pontos,


que aparecem no início e no final de uma seção, indicando que a
mesma deve ser repetida. Em tablaturas escritas em editor de
texto, pode aparecer assim:
e||--------------||
B||--------------||
G||º------------º||
D||º------------º||
A||--------------||
E||--------------||

Palhetadas: O símbolo “ ” representa a palhetada para baixo, e


o símbolo “ ” representa a palhetada para cima. No exemplo ao
lado, a palhetada é alternada, para baixo e para cima, porém em
algumas situações pode-se utilizar palhetadas em um mesmo
sentido, que serão representadas assim:
--------------------- Seqüência de palhetadas para baixo;
---------------------- Seqüência de palhetadas para cima.

Palm Muting: É a técnica de abafar parcialmente o som das


cordas com a palma da mão direita enquanto palheta notas,
power chords ou acordes. É mais utilizada principalmente no
Rock, Heavy Metal e seus derivados, pois faz com que o som
fique mais definido e pesado. É representada pelo símbolo
"P.M.-------|" acima da tablatura.

Hammer-on: Também chamado de ligadura ascendente,


consiste em atacarmos uma nota e em seguida "martelarmos"
com dedo em outra mais aguda na mesma corda, possibilitando
tocar duas ou mais notas em seqüência com apenas uma
palhetada. Em tablaturas escritas em editor de texto, o Hammer-
on é representado com a letra "h" entre as notas. Veja:
---5h7---
Pull-off: Também chamado de ligadura descendente, é o
movimento contrário ao Hammer-on. Consiste em atacarmos
uma nota e em seguida tirarmos o dedo, dando uma leve puxada
na corda para fazer soar outra nota mais grave na mesma corda.
Em tablaturas escritas em editor de texto, o Pull-off é
representado com a letra "p" entre as notas. Veja:
---7p5---

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Hammer-on & Pull-off: Podemos executar seqüências de


hammer-on e pull-off, executando diversas notas sem palhetar.
Nas tablaturas escritas em editor de texto, estas seqüências são
representadas com as letras "h" e "p" se alternando entre as
notas. Veja:
---5h7p5h7p5---

Slide com uma palhetada: Consiste em palhetar uma nota e


arrastar o dedo até outra, na mesma corda, produzindo um efeito
também chamado glissando. Pode ser ascendente (do grave
para o agudo) ou descendente (do agudo para o grave). Em
tablaturas escritas em editor de texto, os slides são
representados por barras diagonais entre as notas. Veja:
---5/7--- ---7\5---

Slide com duas palhetadas: Segue a mesma mecânica do slide


mostrado acima, porém neste palhetamos as duas notas
envolvidas, a de partida e a de chegada. Em tablaturas escritas
em editor de texto não há diferença entre os tipos de slide. Veja:
---5/7--- ---7\5---

Slide sem início definido: Pode-se tocar uma nota iniciando


com um slide sem ponto de partida definido, podendo ser de
uma ou mais casas de distância, tanto em movimento
ascendente quanto descendente. Em formato de texto, aparece
assim:
----/7--- ----\5---

Slide sem final definido: Também é muito comum fazer um


slide para um local indefinido depois de tocar uma nota. O mais
comum é um slide descendente, mas também pode ser
ascendente. Em formato de texto, aparece assim:
---7\---- ---5/----

Vibrato: É o efeito que se obtêm fazendo uma nota oscilar sua


entonação para cima e para baixo repetidamente, dando à
guitarra uma expressão mais aproximada com o canto. Pode ser
obtido de diferentes formas, dependendo do modelo do
instrumento utilizado. Na guitarra a forma mais comum é
deslocar levemente a corda para cima e para baixo
repetidamente. Em formato de texto, é representado por "~".

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Bend: É a técnica de esticar a corda empurrando-a para cima ou


puxando-a para baixo, fazendo com que a entonação suba, de
modo a alcançar outra nota. O bend pode ser de 1 semitom
(1/2), 1 tom (Full), 1 tom e meio (1 1/2) ou até 2 tons (2). Em
formato de texto, o bend é representado assim: ---7b9---.
Tocamos a corda pressionada na casa 7 e esticamos a mesma
até atingir a nota da casa 9.
Bend e Release: Após tocar a nota e esticar a corda, com a
mesma ainda soando devemos deixar que ela volte ao seu
estado original. Pode ser de 1 semitom (1/2), 1 tom (Full), 1 tom
e meio (1 1/2) ou até 2 tons (2). Em formato de texto, é
representado assim: ---7b9r7---. Tocamos a corda
pressionada na casa 7, esticamos a mesma até atingir a nota da
casa 9 e depois deixamos que ela volte ao estado original,
soando a nota da casa 7 novamente.

Pre-bend e Release: Devemos tocar a corda já esticada e em


seguida deixar que ela volte ao seu estado original. Em formato
de texto, é representado assim: ---7pb9r7---. Neste exemplo
tocamos a corda pressionada na casa 7, previamente esticada
de modo que soe a mesma nota da casa 9, depois deixamos que
ela volte ao estado original, soando a nota da casa 7 novamente.

Two Hands Tapping: Consiste em atacar notas com dedos da


mão direita, combinando com notas executadas pela mão
esquerda com as técnicas de Hammer-on e Pull-off. Em formato
de texto, o Tapping é representado assim:
t
---12p8p5--- ou ---12t-8p5---
No exemplo, tocamos a nota da casa 12 fazendo um hammer-on
com um dedo da mão direita, em seguida tiramos o dedo
fazendo um pull-off para soar a nota da casa 8 e mais um pull-off
para soar a nota da casa 5.
Notas Abafadas: Também chamadas de notas fantasma ou
Ghost Notes, consistem tocar as cordas abafadas, obtendo-se
um som percussivo. Para isso é necessário encostar levemente
os dedos da mão esquerda nas cordas, enquanto toca. A
representação em formato de texto é praticamente igual:
---x-x-x-x---
---x-x-x-x---
---x-x-x-x---

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Harmônicos Naturais: São sons que obtemos encostando bem


de leve a ponta de um dos dedos da mão esquerda, em qualquer
corda, em determinadas posições, como por exemplo sobre o 5º,
7º ou 12º traste. No formato de texto, geralmente só aparece as
letras N.H. acima da tablatura na direção das notas tocadas:
N.H.........
-----------7-
-----5---7---
---5---7-----
-5-----------
Harmônicos Artificiais: São sons que obtemos raspando o
dedo polegar junto com a palheta na corda em determinadas
posições. Podemos obter diferentes notas pressionando em uma
mesma casa, por isso na tablatura pode também aparecer a nota
produzida pelo harmônico. No formato de texto, geralmente só
aparece as letras A.H. acima da tablatura na direção das notas:
A.H..........
---------5---7-
-5---7---------

Agora que você já sabe ler cifras e tablaturas, você pode pedir para seu professor ou
pode procurar na internet as músicas que você mais gosta, e tentar aprendê-las. Porém é
muito importante que você comece com músicas que tenham nível de dificuldade adequado
para o estágio que você se encontra. Por isso é muito importante estudar com a orientação de
um bom professor!
De qualquer forma você encontrará diversas sugestões de músicas ao longo deste
livro.

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3. TÉCNICA BÁSICA

3.1. Palhetada Alternada:

Consiste em alternar o sentido das palhetadas para baixo ( ) e para cima ( ). É uma
das técnicas mais importantes para se tocar guitarra, e também uma das mais demoradas para
se desenvolver precisão e velocidade. Por isso é preciso estudo diário com disciplina e muita
paciência.
Vamos começar a exercitar a palhetada alternada com as cordas soltas, para que
possamos focar toda a atenção na mão direita, cuidando para mantê-la relaxada e realizar
movimentos curtos e precisos. Alguns exercícios estão escritos somente na direção da 6ª para
a 1ª corda. Execute-os também no sentido contrário.

3.1.1. Exercícios com Cordas Soltas:

Ex. 01 - Quatro palhetadas por corda:

Ex. 02 - Quatro palhetadas por corda com saltos:

Ex. 03 - Duas palhetadas por corda:

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Ex. 04 - Duas palhetadas por corda com saltos:

Ex. 05 - Três palhetadas por corda:

Ex. 06 -Três palhetadas por corda com saltos:

Ex. 07 - Uma palhetada por corda:

Ex. 08 - Uma palhetada por corda com saltos:

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Agora que já prestamos bastante atenção na mão direita, já nos familiarizamos com a
palhetada alternada, podemos começar a exercitar simultaneamente a coordenação motora e
precisão da mão esquerda, com exercícios de digitação utilizando os 4 dedos. Pratique
devagar, procurando sempre pressionar as cordas com as pontas dos dedos, posicionadas
próximas aos trastes. Cuide também para que suas mãos se mantenham relaxadas.

3.1.2. Exercícios com 4 dedos e 4 notas por corda:

Ex. 09 - Digitação 1-2-3-4:

Pratique também as seguintes variações começando com o dedo 1:

1-2-4-3 1-3-2-4 1-3-4-2 1-4-2-3 1-4-3-2

Ex. 10 - Digitação 2-1-3-4:

Pratique também as seguintes variações começando com o dedo 2:

2-1-4-3 2-3-1-4 2-3-4-1 2-4-1-3 2-4-3-1

Ex. 11 - Digitação 3-1-2-4:

Pratique também as seguintes variações começando com o dedo 3:

3-1-4-2 3-2-1-4 3-2-4-1 3-4-1-2 3-4-2-1

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Ex. 12 - Digitação 4-1-2-3:

Pratique também as seguintes variações começando com o dedo 4:

4-1-3-2 4-2-1-3 4-2-3-1 4-3-1-2 4-3-2-1

3.1.3. Exercícios com 2 notas por corda:

Ex. 13 - Digitação 1-2: continua avançando de casa em casa...

Pratique o exercício também com as digitações 2-3 e 3-4.

Ex. 14 - Digitação 2-1: continua avançando de casa em casa...

Pratique o exercício também com as digitações 3-2 e 4-3.

Ex. 15 - Digitação 1-3: continua avançando de casa em casa...

Pratique o exercício também com a digitação 2-4.

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Ex. 16 - Digitação 3-1: continua avançando de casa em casa...

Pratique o exercício também com a digitação 4-2.

Ex. 17 - Digitação 1-4: continua avançando de casa em casa...

Ex. 18 - Digitação 4-1: continua avançando de casa em casa...

3.1.4. Exercícios com 3 notas por corda:

Ex. 19 - Digitação 1-2-3:

Pratique o exercício também com as seguintes digitações:


1-2-4 1-3-4 2-3-4

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Ex. 20 - Digitação 3-2-1:

Pratique o exercício também com as seguintes digitações:


4-2-1 4-3-1 4-3-2

3.1.5. Exercícios com 1 nota por corda:

Ex. 21 - Digitação 1-2-3-4:

Ex. 22 - Digitação 1-2-3-4 - Variação com deslocamento horizontal:

Ex. 23 - Digitação 4-3-2-1:

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Ex. 24 - Digitação 4-3-2-1 - Variação com deslocamento horizontal:

3.1.6. Exercícios com alternância em 2 cordas:

Ex. 25 - Palhetada "externa" em relação às cordas:

Ex. 26 - Palhetada "interna" em relação às cordas:

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3.2. Ligaduras (Hammer-on & Pull-off):

Muito utilizada por guitarristas de todos os estilos, é uma técnica que possibilita
economizar palhetadas e tocar em alta velocidade, proporcionando uma sonoridade mais fluida
ao fraseado de quem a domina. Porém o objetivo principal dos próximos exercícios é
desenvolver a coordenação motora e a precisão da mão esquerda, por isso procure praticar
lentamente, cuidando para manter as mãos bem relaxadas e pressionar as cordas com as
pontas dos dedos próximas aos trastes. Também é importante usar a mão direita para ajudar a
“limpar” o som, abafando as cordas que não estão sendo tocadas.

Ex. 27 - Hammer-on com digitação 1-2: continua avançando de casa em casa...

Pratique o exercício também com as digitações 2-3 e 3-4.

Ex. 28 - Pull-off com digitação 2-1: continua avançando de casa em casa...

Pratique o exercício também com as digitações 3-2 e 4-3.

Ex. 29 - Hammer-on com digitação 1-3: continua avançando de casa em casa...

Pratique o exercício também com a digitação 2-4.

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Ex. 30 - Pull-off com digitação 3-1: continua avançando de casa em casa...

Pratique o exercício também com a digitação 4-2.

Ex. 31 - Hammer-on com digitação 1-4: continua avançando de casa em casa...

Ex. 32 - Pull-off com digitação 4-1: continua avançando de casa em casa...

Ex. 33 - Combinando Hammer-on & Pull-off com digitações 2-1, 3-1 e 4-1:

Pratique este exercício em todas as cordas e também em outras regiões do braço da


guitarra.

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4. TEORIA MUSICAL BÁSICA APLICADA

4.1. Parâmetros do Som:

A escuta humana (percepção) permite identificar, comparar e classificar os sons


através de seus parâmetros, que também podem ser chamados de propriedades físicas ou
qualidades. A música ocidental tradicional é estruturada sobre quatro parâmetros principais:
Altura: Permite classificar sons como agudos (altos), médios ou graves (baixos). O
parâmetro da altura é o que define e diferencia as notas musicais umas das outras. Veja a
representação:

Dó Agudo (alto)
Si

Sol

Mi

Grave (baixo)

Duração: corresponde ao tempo que um som se propaga. Através desta propriedade


podemos classificar sons como curtos ou longos. Este parâmetro está diretamente relacionado
com o ritmo de uma música.
Intensidade: é a força ou volume com que o som é produzido. Através deste
parâmetro podemos comparar e classificar sons como fortes (volume alto), moderados ou
fracos (volume baixo). A variação de força dos sons de uma música é chamada dinâmica.
Timbre: é a característica de cada som, que permite identificar a fonte sonora que o
produziu. Cada instrumento musical possui seu timbre característico, cada pessoa possui uma
voz com timbre único que possibilita reconhecê-la.

4.2. Elementos da Música:

Podemos dizer que música é estruturada em três elementos principais:

Ritmo: é a organização dos sons e silêncios (pausas), com suas diferentes durações,
ao longo de um tempo constante, que também chamamos de pulso ou pulsação. Em outras
palavras, é a forma como todos os sons de uma música estão encaixados no tempo da

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mesma. É o elemento mais importante da música e, portanto, devemos ter sempre como
objetivo compreendê-lo e dominá-lo.
Melodia: é uma sequência de diferentes notas musicais tocadas ou cantadas, uma de
cada vez, formando um discurso musical com sentido. Uma música pode conter mais de uma
melodia ao mesmo tempo, mas geralmente a melodia principal é o que cantamos em uma
canção ou também o solo de algum instrumento, como a guitarra, por exemplo.
Harmonia: é a combinação de notas musicais executadas ao mesmo tempo, formando
o que chamamos de Acordes. As notas de uma harmonia podem ser todas executadas em um
único instrumento, como o piano, o violão ou a guitarra, por exemplo, ou executadas cada uma
em um instrumento diferente, como acontece em uma orquestra de cordas (contrabaixo,
violoncelo, viola e violino), naipe de sopros ou em um coro com diferentes vozes. Na prática, na
guitarra, a Harmonia é o conjunto dos acordes de uma música.

4.3. As Notas Musicais:

No sistema musical ocidental são utilizadas sete notas musicais chamadas Dó, Ré, Mi,
Fá, Sol, Lá e Si (nomes originados do latim), que também costumam ser representadas com
as sete primeiras letras do alfabeto A, B, C, D, E, F, G (sistema anglo-germânico), porém os
dois sistemas têm pontos de partida diferentes, a letra A corresponde à nota Lá, a letra B
corresponde à nota Si, a letra C corresponde à nota Dó, e assim por diante. Veja a tabela:
Lá Si Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si
A B C D E F G A B

É essencial que você memorize os nomes das notas bem como a letra que representa
cada uma delas.
Ex. 34 - Pratique as notas musicais tentando imitá-las com a voz:

Ex. 35 - Outra digitação das notas musicais, uma oitava acima:

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4.4. Tom (T) e Semitom (ST):

São unidades usadas para medir a distância entre as notas, a menor delas é o
Semitom (ST), que equivale à distância de uma casa no braço da guitarra. Também podemos
dizer que um semitom equivale a meio Tom (½T). Assim, um Tom (T) equivale a dois Semitons,
que na prática é igual à distância de duas casas no braço da guitarra. Resumindo:
1 ST = ½ T = 1 casa
1 T = 2 ST = 2 casas

Veja na tabela abaixo como estão definidas as distâncias entre as notas musicais:
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó
C D E F G A B C

T T ST T T T ST
Note que as distâncias entre E e F, assim como entre B e C são de 1 ST, enquanto que
as demais (C-D, D-E, F-G, G-A, A-B) são de 1 T.
Ex. 36 - Complete a tabela com as distâncias entre as notas em tons e semitons:
Obs.: Conte os semitons em ordem ascendente, ou seja, do grave para o agudo.

C–D 2 ST = 1 T D–E 2 ST = 1 T E–F 1 ST = ½ T F–G 2 ST = 1 T


C–E 4 ST = 2 T D–F 3 ST = 1,5 T E–G 3 ST = 1,5 T F–A 4 ST = 2 T
C–F 5 ST = 2,5 T D–G 5 ST = 2,5 T E–A 5 ST = 2,5 T F–B 6 ST = 3 T
C–G 7 ST = 3,5 T D–A 7 ST = 3,5 T E–B 7 ST = 3,5 T F–C 7 ST = 3,5 T
C–A 9 ST = 4,5 T D–B 9 ST = 4,5 T E–C 8 ST = 4 T F–D 9 ST = 4,5 T
C–B 11 ST = 5,5 T D–C 10 ST = 5 T E–D 10 ST = 5 T F–E 11 ST = 5,5 T

G–A 2 ST = 1 T A–B 2 ST = 1 T B–C 1 ST = ½ T


G–B 4 ST = 2 T A–C B–D
G–C 5 ST = 2,5 T A–D B–E
G–D 7 ST = 3,5 T A–E B–F
G–E 9 ST = 4,5 T A–F B–G
G–F 10 ST = 5 T A–G B–A

4.5. Acidentes ou Alterações:

São sinais que representam alterações na altura das notas:


# = Sustenido: Eleva a entonação da nota em 1 semitom;
b = Bemol: Abaixa a entonação da nota em 1 semitom;
## = = Dobrado Sustenido: Eleva a entonação da nota em 2 semitons;
bb = Dobrado Bemol: Abaixa a entonação da nota em 2 semitons;

= Bequadro: Símbolo usado na partitura para anular o efeito de qualquer uma das
alterações.

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Com estas alterações, podemos obter sons intermediários entre as notas musicais que
possuem distância de um tom. Entre C e D, podemos ter C# ou Db, que na prática
representam o mesmo som. Da mesma forma, entre D e E podemos ter D# ou Eb, entre F e G
podemos ter F# ou Gb, entre G e A podemos ter G# ou Ab e entre A e B podemos ter A# ou
Bb. Quando temos notas com nomes diferentes, mas que representam um mesmo som, como
por exemplo C# e Db, dizemos que são Notas Enarmônicas.
Adicionando as possíveis alterações entre as notas com distância de um tom, teremos
uma escala com 12 sons, com distâncias de um semitom cada, chamada Escala Cromática:

C# D# F# G# A#
C D E F G A B C
Db Eb Gb Ab Bb

Veja que entre E e F, assim como entre B e C não há espaço para alterações # ou b.
Por isso raramente usamos na escrita as notas E#, Fb, B# e Cb, pois E# é igual a F, Fb é igual
a E, B# é igual a C e Cb é igual a B.

Ex. 37 - Aproveite para desenvolver a técnica praticando a Escala Cromática:

4.6. Localização das notas no braço da Guitarra:

Para localizar as notas no braço do instrumento é preciso conhecer sua afinação


padrão, ou seja, a nota que cada corda solta produz. Na guitarra, assim como no violão, as

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cordas são contadas de baixo para cima, sendo a 1ª a mais aguda e a 6ª a mais grave,
seguindo a seguinte afinação:
1ª corda solta – Mi ( E )
2ª corda solta – Si ( B )
3ª corda solta – Sol ( G )
4ª corda solta – Ré ( D )
5ª corda solta – Lá ( A )
6ª corda solta – Mi ( E )

Assim, se pressionarmos a 1ª corda (E) na casa 1, teremos a nota F, na casa 2 as


notas F# ou Gb, na casa 3 a nota G, na casa 4 as notas G# ou Ab, na casa 5 a nota A, e assim
por diante, seguindo a Escala Cromática.
Ex. 38 - Escreva no braço TODAS as notas naturais mais as com sustenido (#):

Ex. 39 - Escreva no braço TODAS as notas naturais mais as com bemol (b):

Ex. 40 - Escreva apenas as notas naturais (sem alterações), e depois tente tocá-las:
Fazendo isso, você estará tocando ao mesmo tempo a escala de Dó Maior.

Obs.: Após a 12ª casa, as notas se repetem seguindo a mesma lógica.


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4.7. Afinando a Guitarra:

Atualmente a forma mais fácil de afinar uma guitarra é utilizando um dos diversos tipos
de afinadores eletrônicos disponíveis no mercado. Porém é de extrema importância saber
afinar o instrumento “de ouvido”, e para isso vamos estudar três métodos.

4.7.1. Comparando notas em uníssono:

É o método mais conhecido para se afinar a guitarra de ouvido. Consiste em tocar a


mesma nota em duas cordas diferentes e compará-las tomando uma como referência e
procurando igualá-las.
Com a 6ª corda (E) já afinada, pressione-a na casa 5 e compare com o som da 5ª
corda (A) solta, ambas devem produzir o mesmo som, a nota Lá. Da mesma forma, pressione a
5ª corda (A) na casa 5 e compare com a 4ª corda (D) solta, ambas devem produzir o mesmo
som, a nota Ré. Depois pressione a 4ª corda (D) também na casa 5 e compare com a 3ª corda
(G) solta, ambas devem produzir a nota Sol. Em seguida pressione a 3ª corda (G) na casa 4 e
compare com a 2ª corda (B) solta, ambas devem produzir a nota Si. Finalmente, pressione a 2ª
corda (B) na casa 5 e compare com a 1ª corda (E) solta, ambas devem produzir a nota Mi.
Resumindo:
6ª corda (E) na casa 5 = 5ª corda (A) solta;
5ª corda (A) na casa 5 = 4ª corda (D) solta;
4ª corda (D) na casa 5 = 3ª corda (G) solta;
3ª corda (G) na casa 4 = 2ª corda (B) solta;
2ª corda (B) na casa 5 = 1ª corda (E) solta.

Importante: em todos os métodos de afinação aqui apresentados, você deve tocar as


cordas uma de cada vez e também ao mesmo tempo, para tentar perceber se estão afinadas.
Também é essencial que você tenha persistência, pois a nossa percepção auditiva se
desenvolve lentamente através dos exercícios, tentativas e vivências musicais. Se não ficar
bem afinado no início, não se preocupe, mas continue tentando melhorar a afinação.

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4.7.2. Comparando notas em oitavas diferentes:

É um método muito eficiente, pois gera uma afinação mais precisa. Consiste em
comparar o som de uma mesma nota em oitavas diferentes, ou seja, uma grave e outra aguda.
Temos diversas possibilidades de comparação de notas, mas vamos utilizar somente as que
possibilitam utilizar uma das cordas solta:

Nota Mi (E) → 6ª corda (E) solta = 4ª corda (D) na casa 2;


Nota Sol (G) → 6ª corda (E) na casa 3 = 3ª corda (G) solta;
Nota Lá (A) → 5ª corda (A) solta = 3ª corda (G) na casa 2;
Nota Si (B) → 5ª corda (A) na casa 2 = 2ª corda (B) solta;
Nota Ré (D) → 4ª corda (D) solta = 2ª corda (B) na casa 3;
Nota Mi (E) → 4ª corda (D) na casa 2 = 1ª corda (E) solta;
Nota Sol (G) → 3ª corda (G) solta = 1ª corda (E) na casa 3.

4.7.3. Comparando Harmônicos Naturais:

Harmônicos Naturais são sons que obtemos encostando bem de leve a ponta de um
dos dedos da mão esquerda, em qualquer corda, em determinadas posições, como por
exemplo, sobre o 5º, 7º ou 12º traste. Veja como afinar utilizando harmônicos naturais:

Harmônico na 6ª corda (E) sobre o traste 5 = Harmônico na 5ª corda (A) sobre o traste 7;
Harmônico na 5ª corda (A) sobre o traste 5 = Harmônico na 4ª corda (D) sobre o traste 7;
Harmônico na 4ª corda (D) sobre o traste 5 = Harmônico na 3ª corda (G) sobre o traste 7;
Harmônico na 6ª corda (E) sobre o traste 7 = 2ª corda (B) solta;
Harmônico na 2ª corda (B) sobre o traste 5 = Harmônico na 1ª corda (E) sobre o traste 7.

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5. ELEMENTOS E TÉCNICAS DA GUITARRA RÍTMICA

A Guitarra Rítmica, também chamada Guitarra Base, possui papel essencial em


qualquer música, por isso deve-se estudar para desenvolver cada vez mais o domínio de seus
elementos, procurando nunca subestimar sua importância.

5.1. Power Chords:

Pela tradução poderiam ser chamados de “Acordes de Potência”, e têm este nome
porque realmente proporcionam um som mais “pesado”. Porém tecnicamente não são acordes,
pois são formados por apenas 2 notas, enquanto que um acorde é formado por 3 ou mais
notas. Podemos dizer então que o Power Chord é uma simplificação de um acorde.
Pelo que se sabe, o Power Chord teve sua origem com guitarristas de Blues e
principalmente com as primeiras bandas de Rock que começaram a usar a saturação do
amplificador e posteriormente a distorção como principais efeitos em suas músicas. Ele passou
a ser muito utilizado no Rock pelo fato de combinar bem com a distorção, não gerando
dissonâncias, ao contrário dos acordes, que quando tocados com distorção ficam com o som
meio “sujo” ou “embolado”.
Outro aspecto que contribuiu para a popularização do Power Chord é a simplicidade e
facilidade de execução, por isso é uma das primeiras coisas que um estudante da guitarra
Rock deve aprender.
O Power Chord básico é feito tocando a nota tônica (que dá nome ao Power Chord),
também chamada de fundamental e mais uma nota em intervalo de 5J (Quinta Justa).
Provavelmente você ainda não possui o conhecimento de intervalos, então por enquanto
vamos pensar na distância de 3 tons e meio (3,5 tons = 7 semitons). Também podemos pensar
que é a Tônica e mais a 5ª nota dentro da escala. Por isso a representação de um Power
Chord por cifra leva sempre o número 5. Exemplos:

Power Chord de Dó = C5 = Notas C e G


C D E F G
Tônica  3,5 Tons = 7 Semitons ➔ 5ª

Power Chord de Sol = G5 = Notas G e D


G A B C D
Tônica  3,5 Tons = 7 Semitons ➔ 5ª

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Na prática o Power Chord pode ser executado em duas cordas e também em três,
repetindo a tônica uma oitava acima. Veja abaixo, como as digitações dos Power Chords se
mantém iguais, mudando apenas a corda e a casa em que cada um se encontra:
Ex. 41 – Power Chords com Tônica na 6ª corda:

Continua avançando de casa em casa...


Ex. 42 – Power Chords com Tônica na 5ª corda:

Continua avançando de casa em casa...


Ex. 43 – Power Chords com Tônica na 4ª corda:

Continua avançando de casa em casa...


Veja e toque alguns Riffs de Rock bem conhecidos e que foram construídos com Power
Chords:
Ex. 44 – Riff de Blitzkrieg Bop (Ramones):

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Ex. 45 – Riff de T.N.T. (AC/DC):

Ex. 46 – Riff de Twist And Shout (The Beatles):

Ex. 47 – Riff de Rock You Like a Hurricane (Scorpions):

Ex. 48 – Riff de Iron Man (Black Sabbath):

5.2. Palm Muting:

É a técnica de abafar parcialmente o som das cordas com a lateral da palma da mão
direita enquanto palheta notas, Power Chords ou acordes. É muito utilizada nas vertentes mais
pesadas do Rock, como o Heavy Metal, pois faz com que o som fique mais definido e pesado.
É representada pelo símbolo "P.M.-------|" acima da tablatura.

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Para conseguir o efeito desejado, você deve posicionar a lateral da palma da mão
direita sobre ponte da guitarra, encostando-a nas cordas enquanto palheta. Experimente mover
a mão direita um pouco para os lados e perceberá que conforme for se afastando da ponte em
direção aos captadores, o som vai ficando mais abafado, até que perde a entonação das notas.
Fazendo isso você encontrará a posição ideal da mão para obter som que procura.
Uma característica muito importante e que deixa o som dos riffs muito interessante é
justamente o contraste entre as notas tocadas com Palm Muting e as notas e Power Chords
tocados sem Palm Muting, sendo naturalmente acentuados em relação aos outros.
Vamos exercitar o Palm Muting com alguns riffs conhecidos:

Ex. 49 – Riff de Paranoid (Black Sabbath):

Ex. 50 – Riff de Whole Lotta Love (Led Zeppelin):

Ex. 51 – Riff de Symphony Of Destruction (Megadeth):

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Ex. 52 – Riff de 2 Minutes To Midnight (Iron Maiden):

Ex. 53 – Riff de The Wickerman (Iron Maiden):

Ex. 54 – Riff de Holy Diver (Dio):

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Ex. 55 – Riff de Painkiller (Judas Priest):

Ex. 56 – Riff de For Whom The Bell Tolls (Metallica):

Se você ainda não conseguir tocar alguns destes riffs na velocidade original, não se
preocupe, continue praticando devagar e cuidando principalmente para que suas mãos fiquem
relaxadas enquanto toca.

5.3. Acordes do Sistema CAGED

Também chamado de Sistema 5, este é um sistema de raciocínio que classifica os


acordes básicos em 5 famílias, chamadas de “modelos”, baseadas nos 5 acordes abaixo:

Movendo cada um destes modelos pelo braço da guitarra, obteremos um grande


número de outros acordes. Para isso é preciso conhecer a escala cromática e saber localizar
notas no braço do instrumento. Em todas as transposições será preciso fazer pestanas com o
dedo 1, o que também é um excelente exercício. Veja os exemplos a seguir:

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Ex. 57 – Explorando o modelo do acorde de C:

Continua avançando de casa em casa...

Repare que a cada casa que avançamos mantendo a mesma digitação, o acorde
assume um novo nome, seguindo a ordem da Escala Cromática.

Ex. 58 – Explorando o modelo do acorde de A:

Continua avançando de casa em casa...

Ex. 59 – Explorando o modelo do acorde de G:

Continua avançando de casa em casa...

Como você pode perceber, este modelo exige grande abertura dos dedos, tornando-se
desconfortável. Podemos simplificá-lo omitindo a 1ª corda e usando um dedo a menos:

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Ex. 60 – Explorando o modelo do acorde de G sem tocar a 1ª corda:

Continua avançando de casa em casa...

Ex. 61 – Explorando o modelo do acorde de E:

Continua avançando de casa em casa...

Ex. 62 – Explorando o modelo do acorde de D:

Continua avançando de casa em casa...

Os 5 modelos apresentados, bem como os acordes gerados pela transposição, são


todos maiores. Para acordes menores podemos utilizar 3 modelos de acordes básicos: Am, Em
e Dm.

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Ex. 63 – Explorando o modelo do acorde de Am:

Continua avançando de casa em casa...

Ex. 64 – Explorando o modelo do acorde de Em:

Continua avançando de casa em casa...

Ex. 65 – Explorando o modelo do acorde de Dm:

Continua avançando de casa em casa...

5.4. Figuras e Células Rítmicas:

As figuras rítmicas em uma partitura mostram a divisão dos tempos de um compasso,


possibilitando sabermos a hora certa de tocar ou cantar uma determinada nota e também por
quanto tempo este som deve se prolongar. Para cada figura rítmica de nota, existe uma figura
de pausa com o mesmo valor. Veja na tabela as figuras rítmicas e pausas mais usadas:

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Nomes Semibreve Mínima Semínima Colcheia Semicolcheia Fusa Semifusa

Figuras
de nota

Pausas

As figuras musicais podem conter até 3 partes: cabeça da nota, haste e colchete.

Quando duas ou mais figuras com colchete (colcheias, semicolcheias, fusas e


semifusas), estiverem dentro de um mesmo pulso, devemos ligar seus colchetes para facilitar a
leitura. Veja os exemplos abaixo:

Cada grupo de figuras ligadas por seus colchetes é chamado de Célula Rítmica.
Nenhuma das figuras rítmicas possui uma duração fixa, porém existe uma relação de
proporcionalidade entre elas. Assim, partindo da Semibreve, as demais figuras surgem na
proporção de metade em relação à anterior, e de dobro em relação à posterior. Veja:

Também podemos representar esta relação com o seguinte esquema:

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A partir da proporção apresentada, podemos estabelecer um número de referência


para cada figura:

Figura

Número 1 2 4 8 16 32 64

O valor exato de cada figura depende da fórmula de compasso, que aparece sempre
no início da partitura, na forma de uma fração, onde o numerador mostra a quantidade de
tempos do compasso, e o denominador indica a figura a ser adotada como unidade de tempo,
ou seja, a que valerá um tempo no compasso.
A fórmula de compasso mais comum no Rock é a 4/4, onde temos 4 tempos e a figura
que vale 1 tempo é a Semínima (figura representada pelo número 4), portanto neste compasso,
cabem 4 semínimas. Nesta fórmula de compasso as figuras assumem os seguintes valores:

Nomes Semibreve Mínima Semínima Colcheia Semicolcheia

Figuras
de nota
½ tempo = ¼ de tempo =
4 tempos: 2 tempos: 1 tempo:
2 notas por tempo: 4 notas por tempo:
Duração Preenche todo Cabem 2 em Cabem 4 em
Cabem 8 em um Cabem 16 em um
o compasso. um compasso. um compasso.
compasso. compasso.

5.4.1. Exercitando as Figuras Básicas:

Ex. 66 – Semibreve: 1 toque a cada 4 tempos:

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Ex. 67 – Mínima: 1 toque a cada 2 tempos:

Ex. 68 – Semínima: 1 toque por tempo:

Ex. 69 – Colcheia: 2 toques por tempo:

Ex. 70 – Semicolcheia: 4 toques por tempo:

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5.4.2. Combinações de 1 e 2 toques por tempo:


Ex. 71:

É comum representarmos o ritmo, também chamado de “batida”, com setas, que


representam o sentido das palhetadas. No exemplo acima, cada compasso ficaria assim:

Devemos também perceber que para cada palhetada para baixo, a mão deve executar
em seguida um movimento para cima e vice-versa, mesmo sem tocar nas cordas, para que
tenhamos um movimento uniforme da mão dentro do tempo da música. Por isso vamos
representar a “batida” do exemplo anterior assim:

Veja que o movimento da mão é constante, as setas pretas representam as palhetadas


em que tocamos nas cordas, enquanto que as setas brancas representam movimentos da mão
sem tocar nas cordas. A tabela toda representa um compasso e cada célula da tabela
representa um tempo, então podemos dizer que esta batida e as que serão mostradas a seguir
são baseadas em 2 movimentos por tempo.

Ex. 72: Ex. 73: Ex. 74:

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Ex. 75: Ex. 76: Ex. 77:

Ex. 78: Ex. 79: Ex. 80:

Ex. 81: Ex. 82: Ex. 83:

5.4.3. Combinações de 2 e 4 toques por tempo:


Ex. 84: Ex. 85:

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Ex. 86: Ex. 87:

Ex. 88: Ex. 89:

Ex. 90: Ex. 91:

Ex. 92: Ex. 93:

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Ex. 94: Ex. 95:

Ex. 96: Ex. 97:

Ex. 98: Ex. 99:

Adapte e aplique os padrões rítmicos estudados também em riffs, utilizando Power


Chords e distorção, como nos exemplos a seguir:
Ex. 100 – Similar ao Ex. 84: Ex. 101 – Similar ao Ex. 88:

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Ex. 102 – Similar ao Ex. 94: Ex. 103 – Similar ao Ex. 95:

Ex. 104 – Similar ao Ex. 96: Ex. 105 – Riff de Immigrant Song (Led Zeppelin):

5.4.4. Quiáltera – Tercina de Colcheia = 3 Notas por Tempo:

A Quiáltera é uma alteração do valor padrão de uma figura, de forma a fazer caber
mais notas dentro do mesmo tempo. Por exemplo, em um tempo onde normalmente cabem 2
colcheias, podemos fazer caber 3, utilizando a figura Tercina de Colcheia.
Ex. 106 – Tercinas de Colcheias aplicadas em acordes típicos de Blues:

Ex. 107 – Tercinas de Colcheias aplicadas no riff de For Whom The Bell Tolls (Metallica):

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Veremos agora um ritmo típico de Blues chamado Shuffle, também conhecido como
levada do trem. Este ritmo possui 2 toques por tempo, porém é obtido a partir da figura Tercina
de Colcheia. Para tocar este ritmo, basta omitir o 2º toque em cada grupo de 3, deixando o 1º
toque soar por mais tempo.
Para escrever o Shuffle na partitura, usamos ligaduras de valor, indicando que o 2º
toque será um prolongamento da duração do 1º. Assim, palhetamos somente a 1ª e a 3ª notas
ou acordes de cada célula rítmica, executando 2 toques por tempo, porém pensando em 3.
Veja no exemplo a seguir:
Ex. 108 – Ritmo Shuffle aplicado em acordes típicos de Blues:

Também podemos escrever o mesmo ritmo Shuffle utilizando duas figuras: Tercina de
Semínima e Tercina de Colcheia. O resultado prático e sonoro é o mesmo. Veja:

Outra forma de escrever o ritmo Shuffle, podemos dizer que é uma forma simplificada,

consiste em utilizar somente colcheias e colocar no início da partitura os símbolos ,


indicando que estas colcheias devem ser tocadas como uma Tercina de Semínima e uma
Tercina de Colcheia. Quando isso acontece, dizemos que tocamos Colcheias com Swing.
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Ex. 109 – Tradicional Blues de 12 Compassos com acordes básicos:

Ex. 110 – Tradicional Blues de 12 Compassos em forma de riffs:

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5.5. Toques Percussivos:


Agora vamos exercitar ritmos com toques em notas abafadas, também chamadas de
notas fantasma ou Ghost Notes, que geram um som percussivo. Para se obter estes sons
percussivos é necessário encostar levemente os dedos da mão esquerda nas cordas,
enquanto toca. Nos próximos exercícios você deverá alternar toques pressionando os acordes,
de modo a fazê-los soar, com os toques percussivos, encostando de leve os dedos nas cordas.
Representaremos os toques percussivos com setas riscadas.

5.5.1. Exercícios Baseados em 2 Toques por Tempo:

Ex. 111 – Aprendendo a abafar as cordas:

Ex. 112: Ex. 113:

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Ex. 114: Ex. 115:

Ex. 116: Ex. 117:

5.5.2. Exercícios Baseados em 4 Toques por Tempo:


Ex. 118 – Se familiarizando com o movimento:

Ex. 119 – Acentuando o acorde na cabeça do tempo:

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Ex. 120 – Acentuando o acorde no contratempo:

Ex. 121 – Acentuando na palhetada para cima:

Ex. 122 – Acentuando no final do tempo:

Ex. 123 – Deslocando a acentuação do acorde:

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Ex. 124 – Base do solo e versos finais de Stairway To Heaven (Led Zeppelin):

Ex. 125 – Riff inicial de Smells Like Teen Spirit (Nirvana):

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5.6. Ritmos Básicos:


5.6.1. Pop / Rock:
Ex. 126 – Ritmo Pop / Rock #1:

Muito usado no violão, podemos ouvir este ritmo e suas variações em canções como
Last Kiss (Pearl Jam), Stand By Me (Ben E. King), Brown Eyed Girl (Van Morrison), Big Me
(Foo Fighters), Hey Ya! (Outkast), Good Riddance (Green Day), Natasha (Capital Inicial),
Meninos e Meninas (Legião Urbana), Quase Sem Querer (Legião Urbana), Há Tempos (Legião
Urbana), Geração Coca-Cola (Legião Urbana).

Ex. 127 – Ritmo Pop / Rock #2:

Você encontra este ritmo e suas variações em canções como Proud Mary, Have You
Ever Seen The Rain, (Creedence Clearwater Revival), Sultans Of Swing (Dire Straits), Lady
Writer (Dire Straits), Losing My Religion (R.E.M.), Whisky a Go Go (Roupa Nova).

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Ex. 128 – Ritmo Pop / Rock #3:

Este é provavelmente o ritmo mais utilizado no Pop Rock atual. Presente em canções
como Stand By Me (Oasis), Don’t Let Me Down (The Beatles), One (U2), Missunderstood (Bon
Jovi), Fácil (Jota Quest).

Ex. 129 – Ritmo Pop / Rock #4:

Este ritmo é utilizado no Pop Rock e também em música sertaneja. Você encontra este
ritmo em canções como Cedo Ou Tarde (NX Zero), Tudo Que Você Quiser (Luan Santana).

5.6.2. Reggae:
Ex. 130 – Ritmo Reggae #1:

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Ex. 131 – Ritmo Reggae #2:

Estes ritmos se encontram, por exemplo em canções como Three Little Birds, One
Love, Is This Love (Bob Marley), Uma Brasileira (Paralamas do Sucesso), Do Lado de Cá
(Chimarruts).

5.6.3. Heavy Metal:


Ex. 132 – Ritmo Heavy Metal #1:

Apesar de ser característico do Heavy Metal, este ritmo também é usado em Rock em
geral, Country e até em música sertaneja. Este ritmo e suas variações podem ser encontrados
em músicas como Overkill (Men At Work), Your Love (The Outfield), Basket Case (Green Day),
The Number Of The Beast (Iron Maiden), Na Sua Estante (Pitty).

Ex. 133 – Ritmo Heavy Metal #2:

Este ritmo conhecido como “cavalgada” está muito presente nas músicas da banda Iron
Maiden e de outras bandas do estilo, principalmente de Heavy Metal Tradicional e Melódico.

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Você encontra em músicas como The Trooper, Flight Of Icarus, Powerslave, Run To The Hills
(todas do Iron Maiden), só para citar algumas…

5.7. Riffs Obrigatórios:

Aqui estão transcritos mais alguns riffs que não poderiam ficar de fora deste material,
seja pela importância histórica, pela técnica utilizada ou pela diversão que proporcionam ao
tocá-los.

Ex. 134 – Riff de (I Can’t Get No) Satisfaction (The Rolling Stones):

Ex. 135 – Riff de Smoke On The Water (Deep Purple):

Ex. 136 – Riff de Come As You Are (Nirvana):

Ex. 137 – Riff de Breaking The Law (Judas Priest):

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Ex. 138 – Riff de Paranoid (Black Sabbath):

Ex. 139 – Riff de Enter Sandman (Metallica):

Ex. 140 – Riff de Back In Black (AC/DC):

Ex. 141 – Riff de Black Dog (Led Zeppelin):

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Ex. 142 – Riff de Sweet Child O’ Mine (Guns’N Roses):

Ex. 143 – Riff de Fear Of The Dark (Iron Maiden):

Todos os riffs mostrados até aqui funcionam como exercícios para aplicação dos
fundamentos estudados e desenvolvimento da técnica, porém também servem como
sugestões de repertório, e é essencial que você procure aprender as músicas inteiras, do início
ao fim, exceto as que ainda forem muito difíceis para o nível em que você se encontra. Por isso
é muito importante a orientação de um bom professor, que poderá avaliar e indicar as músicas
mais adequadas para você.

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6. TÉCNICAS DE EXPRESSÃO DA GUITARRA SOLO

6.1. Vibrato:

É a técnica de fazer uma nota oscilar sua entonação para cima e para baixo
repetidamente, por meio de pequenos bends sucessivos, deslocando levemente a corda para
cima e retornando ao seu estado natural repetidas vezes. Pode-se também executar o vibrato
com a alavanca da guitarra.
O vibrato possibilita tornar o som da guitarra muito mais expressivo e por isso, como
acontece no canto, sua utilização é essencial, principalmente nas notas mais longas em finais
de frases.
Para se convencer da importância de um bom vibrato, sugiro que ouça atentamente e
se possível assista vídeos de solos do seu guitarrista predileto e de guitarristas como B.B.
King, Jimi Hendrix, Stevie Ray Vaughan, Eric Clapton, David Gilmour (Pink Floyd), Jeff Beck,
Santana, Brian May (Queen), Jimmy Page (Led Zeppelin), Angus Young (AC/DC), Eddie Van
Halen, Zack Wylde, Slash, Yngwie J. Malmsteen, Joe Satriani, só para citar alguns... Podemos
dizer também que o vibrato é uma marca pessoal de cada guitarrista
Depois de ouvir com atenção e ver vídeos dos guitarristas que você gosta, tente imitar
o vibrato, prestando atenção também na postura e no movimento da mão de cada guitarrista.
Este é o primeiro passo para desenvolver uma boa técnica de vibrato, porém há uma série de
detalhes que fazem muita diferença:
a) Amplitude: pratique o vibrato prestando atenção na amplitude das oscilações, buscando
torna-las uniformes, ou seja, esticando e soltando a corda sempre com mesma intensidade;
b) Ritmo: as oscilações do vibrato devem ser regulares e devem se encaixar no ritmo da
música. Exercite o vibrato com metrônomo tentando imitar as figuras rítmicas básicas já
estudadas, fazendo 1 oscilação por tempo, depois 2, depois 3 e 4;
c) Mecânica do movimento: a melhor forma de executar o vibrato é com um movimento
levemente circular da mão esquerda, como se ela fosse um pêndulo sustentado pelo
polegar. Evite fazer o vibrato somente com movimento e força do dedo que pressiona a nota;
d) Emoção: pratique o vibrato mentalizando e tentando expressar diferentes emoções como
felicidade, tristeza, tranquilidade, raiva, etc...
e) Limpeza: ao fazer um vibrato mais agressivo é comum esbarrarmos sem querer em outras
cordas produzindo ruídos indesejados. Pratique prestando atenção nestes ruídos e procure
uma forma de eliminá-los abafando as cordas com ambas as mãos.

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6.2. Bends:
Bend é a técnica de esticar a corda empurrando-a para cima ou puxando-a para baixo,
fazendo com que a entonação suba, de modo a alcançar outra nota. Assim como o vibrato, o
bend é um dos principais elementos de expressão do guitarrista, pois possibilita tornar o
fraseado mais parecido com o canto.
Para uma boa execução dos bends, a mecânica é semelhante à do vibrato: procure
fazer um movimento levemente circular com mão esquerda, como se ela fosse um pêndulo
sustentado pelo polegar. Evite fazer os bends somente com movimento e a força do dedo que
pressiona a nota.
Devemos também tomar o cuidado de abafar as outras cordas, pois é inevitável
esbarrar em alguma delas enquanto se executa os bends. Para se obter um som mais “limpo”,
somente da nota que tocamos, sem som ou ruídos de outras cordas, devemos aprender a
abafá-las com as duas mãos em conjunto.

6.2.1. Tipos de Bends:

Bend Simples: Após tocar a nota, esticamos a corda até a altura desejada e
“cortamos” o som dela antes de deixar que volte ao seu estado original. Desta forma, só
ouviremos a nota subindo, e não descendo.
Bend e Release: Após tocar a nota e esticar a corda, com a mesma ainda soando
devemos deixar que ela volte ao seu estado original. Assim ouviremos a nota subindo e
descendo.
Pre-bend e Release: Também chamado de Reverse Bend, consiste em tocar a nota
com a corda previamente esticada e em seguida deixar que ela volte ao seu estado original, de
forma que ouviremos somente a nota descendo.
Bend Uníssono: Consiste em tocar duas notas ao mesmo tempo em cordas
diferentes, executando o bend na nota mais grave e esticando até afinar, ou seja, igualar à nota
mais aguda. Apesar do nome “Uníssono” ele gera um efeito dissonante pelo fato de a afinação
não ficar perfeitamente precisa, mas este é o objetivo.
Bend Duplo: É quando fazemos um bend em duas cordas ao mesmo tempo.
Geralmente são bends de ¼ de tom ou, no máximo, ½ tom, e não precisamos nos preocupar
tanto com a afinação, pois geralmente o objetivo é gerar uma sonoridade mais tensa.
Bend Oblíquo: Tem a mesma mecânica do bend uníssono, porém não tem o objetivo
igualar as notas das duas cordas, mas simplesmente tocar duas notas diferentes ao mesmo
tempo e fazer com que uma suba ou desça enquanto a outra se mantém estática.
Veja e toque os exemplos a seguir:
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Ex. 144 – Bend Simples: Ex. 145 – Bend e Release: Ex. 146 – Reverse Bend:

Ex. 147 – Bend Uníssono: Ex. 148 – Bend Duplo: Ex. 149 – Bend Oblíquo:

6.2.2. Altura e Afinação dos Bends:

Quanto à altura, o bend pode ser de um quarto de tom (¼), um semitom (½), um tom
(Full), um tom e meio (1 ½), dois tons (2) ou até mais. Porém nesta fase do estudo,
exercitaremos somente até a altura de um tom e meio (1 ½) e já está de bom tamanho!
Para conseguir uma boa afinação dos bends, pratique tocando antes a nota que
pretende alcançar, usando-a como referência. É também um exercício para o ouvido. Veja:
Ex. 150 – Semitom: Ex. 151 – Tom: Ex. 152 – Um Tom e Meio:

Treine os bends em todas as cordas e com todos os dedos. Como regra geral
recomenda-se fazer o movimento empurrando para cima nas três primeiras cordas (1ª E, 2ª B,
3ª G) e puxando para baixo nas outras (4ª D, 5ª A, 6ª E).
Ex. 153 – Exercitando bends de 1 Semitom (½ Tom):

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Ex. 154 – Exercitando bends de 1 Tom (Full):

Ex. 155 – Exercitando bends de 1 Tom e meio (1 + ½ Tom):

6.2.2. Licks com Bends:

Ex. 156 – Início da música Wonderful Tonight (Eric Clapton):

Ex. 157 – Início do 1º solo de Knocking On Heaven’s Door (Guns’n Roses):

Ex. 158 – Lick extraído da introdução de Johnny B. Goode (Chuck Berry):

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Ex. 159 – Início do solo de Highway To Hell (AC/DC):

Ex. 160 – Início do solo de Hey Joe (Jimi Hendrix):

Ex. 161 – Início do solo de Free Bird (Lynyrd Skynyrd):

Ex. 162 – Lick extraído do 1º solo de Sultans Of Swing (Dire Straits):

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Ex. 163 – Lick final de Stairway To Heaven (Led Zeppelin):

6.3. Slide:
Slide significa literalmente escorregar, neste caso, de uma nota até outra na mesma
corda da guitarra. Esta técnica também é conhecida como Portamento (termo muito utilizado
no violão clássico) ou Glissando (termo utilizado na música em geral para diversos
instrumentos). A técnica de slide possibilita fraseados e riffs com sonoridades mais fluidas.
O slide pode ser ascendente, do grave para o agudo, ou descendente, do agudo para o
grave. Pode-se executar o slide com dois ataques, palhetando a nota de partida e a nota de
chegada, ou com um só ataque, palhetando somente a nota de partida. Vamos exercitar os
slides com um só ataque e aproveitaremos para exercitar também o vibrato:

Ex. 164 – Com distância de 1 casa:

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Ex. 165 – Com distância de duas e três casas, na Escala Pentatônica de C e Am:

Ex. 166 – Combinando slide ascendente e descendente na Escala Pentatônica:

Ex. 167 – Introdução de Purple Haze (Jimi Hendrix):

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6.4. Harmônicos:
Quando tocamos uma corda solta na guitarra, o que ouvimos não é somente uma nota
musical, mas um som que é resultado da soma de vários sons com frequências diferentes, que
chamamos de harmônicos.

6.4.1. Harmônicos Naturais:

Para ouvirmos o som de cada harmônico isoladamente, a forma mais simples é tocar
uma corda encostando bem de leve a ponta de um dos dedos da mão esquerda em
determinadas posições, como por exemplo, sobre o 4º, 5º, 7º, 9º ou 12º traste. Os sons obtidos
desta forma são chamados Harmônicos Naturais. Mãos à obra!
Ex. 168 – Principais Harmônicos Naturais em todas as cordas:

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Ex. 169 – Principais Harmônicos Naturais corda por corda:

Ex. 170 – Harmônicos da introdução de Summer Song (Joe Satriani):

Ex. 171 – Harmônicos da introdução de Pais e Filhos (Legião Urbana):

Ex. 172 – Harmônicos da introdução de Crazy (Simple Plan):

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Ex. 173 – Riff da introdução de Te Levar (Charlie Brown Jr):

6.4.2. Harmônicos Artificiais:

Os Harmônicos Artificiais, também conhecidos como Pinch Harmonics e popularmente


chamados de “gritos”, são obtidos raspando a lateral do dedo polegar na corda junto com a
palheta ao tocar uma nota. Para conseguir um bom som de harmônicos artificiais é necessária
a utilização de alto ganho no drive e deve-se tocar de forma mais agressiva. Também é
importante a execução do vibrato para aumentar a sustentação do harmônico e dar mais
expressão.
Outro detalhe importante é que podemos extrair diferentes sons harmônicos de uma
mesma nota, mudando a posição da mão direita, movendo-a horizontalmente em direção à
ponte ou em direção ao braço da guitarra. Para cada nota que pressionamos no braço da
guitarra, devemos testar diferentes posições da mão direita para obter os harmônicos artificiais.

Ex. 174 – Praticando Harmônicos Artificiais em toda a extensão de uma corda:

Ex. 175 – Obtendo diferentes Harmônicos de uma mesma nota:

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Após ter estudado todos os exemplos deste e dos capítulos anteriores, você estará
mais preparado, não só para tocar, mas também para ouvir e identificar os ritmos e técnicas
empregadas nas músicas que você gosta.

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7. DICIONÁRIO RESUMIDO DE ACORDES


Acordes com fundamental C (Dó):

Acordes com fundamental C# (Dó sustenido), também servem para Db (Ré bemol):

Acordes com fundamental D (Ré):

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Acordes com fundamental D# (Ré sustenido), também servem para Eb (Mi bemol):

Acordes com fundamental E (Mi):

Acordes com fundamental F (Fá):

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Acordes com fundamental F# (Fá sustenido), também servem para Gb (Sol bemol):

Acordes com fundamental G (Sol):

Acordes com fundamental G# (Sol sustenido), também servem para Ab (Lá bemol):

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Acordes com fundamental A (Lá):

Acordes com fundamental A# (Lá sustenido), também servem para Bb (Si bemol):

Acordes com fundamental B (Si):

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SOBRE O AUTOR

Vilmar Gusberti iniciou seus estudos no violão e na


guitarra em 1998, quando ainda morava no município de
Guaporé, no interior do Rio Grande do Sul. Nesta época
estudou de forma autodidata, com métodos, revistas e
materiais que conseguia com amigos. Após mudar-se para
Porto Alegre, teve aulas durante aproximadamente um ano
com o guitarrista Richard Powell e depois continuou
estudando de forma autodidata.
No início de 2004, Vilmar passou a fazer parte da
banda de Thrash Metal Dark Asylum, na qual atuou até 2008, tendo realizado diversos shows
em Porto Alegre, região metropolitana e no interior do estado.
Em 2005, Vilmar ingressou no Curso de Licenciatura em Música do Centro
Universitário Metodista – IPA e concluiu o mesmo em 2008, obtendo o grau de Professor
Licenciado em Música.
A partir de 2009, Vilmar passou a focar sua carreira no trabalho didático, dando aulas
de guitarra e violão no Espaço Cultural Zeppelin e na Escola de Música Maestro Léo
Schneider, em Porto Alegre. Atualmente Vilmar é proprietário e professor da STARS Escola de
Música.
Vilmar trabalhou como Professor de Música concursado na Rede Municipal de Ensino
de Porto Alegre – RS de 2011 a 2017, e também como professor responsável pela Oficina de
Violão do CPCA, de 2004 a 2020, oficina esta que integrou o projeto oficinas de música da
Orquestra Villa-Lobos em parceria com a Secretaria Municipal de Educação (SMED) e com o
Centro de Promoção da Criança e do Adolescente São Francisco de Assis (CPCA), localizado
no bairro Lomba do Pinheiro, em Porto Alegre - RS
De 2011 a 2014, foi colunista da revista GuitarLoad, na qual se dedicou a escrever e
gravar as lições da coluna Técnicas.
Atualmente Vilmar faz transmissões ao vivo e publica vídeos em seu canal no YouTube
https://www.youtube.com/@vilmargusberti, no Instagram @vilmar.gusberti e produz cursos e
materiais didáticos como este. Também está compondo músicas para o seu primeiro disco
instrumental, ainda sem previsão de lançamento.

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CONTATOS E MÍDIAS SOCIAIS

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente quero agradecer a VOCÊ que está lendo, pois é o motivo de eu ter
escrito este material!
Agradeço a todos que me seguem, assistem meus vídeos, se inscrevem no meu canal
e apoiam o meu trabalho! Um agradecimento especial também a todos os meus alunos e ex-
alunos e guitarristas que estão estudando através dos meus materiais e cursos, pois além de
me ajudarem financeiramente, contribuem para o meu desenvolvimento como músico e como
professor!
Por fim, agradeço também à minha família por todo o apoio e suporte, e a Deus por ter
me possibilitado viver trabalhando com o que eu mais gosto de fazer!

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