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Fundamentos e aplicações
Conceitos básicos e
digestão anaeróbia
Aula
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Curso de biogás: fundamentos e aplicações
Conceitos básicos e digestão anaeróbia
2
Curso de biogás: fundamentos e aplicações
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Todos os direitos reservados.
Este documento faz parte de uma série de publicações que compõem o curso de Biogás: fundamentos e aplicações,
sendo essas publicações:
- Aula 1 - Conceitos básicos e digestão anaeróbia;
- Aula 2 - Características e aplicação do biogás;
- Aula 3 - Operação e manutenção de plantas de biogás, arranjos de viabilidade econômica e panorama do biogás.
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Curso de biogás: fundamentos e aplicações
APRESENTAÇÃO
você entenda a origem do biogás, como ocorre sua produção pelo processo de
adequada ou aplicação do digestato para a fertilização do solo. Para isso, o curso foi
Assim, na primeira aula você terá acesso aos conteúdos sobre o processo
Dessa forma, você terá uma visão geral sobre o biogás como uma fonte de
conhecimento que você irá adquirir possibilitará que você decida em quais temas
4
Curso de biogás: fundamentos e aplicações
Sumário
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................... 4
1. INTRODUÇÃO................................................................................................................ 9
5
Curso de biogás: fundamentos e aplicações
Lista de figuras
Brasil .................................................................................................................................... 12
.............................................................................................................................................. 19
.............................................................................................................................................. 37
6
Curso de biogás: fundamentos e aplicações
Figura 21 - Biodigestor em fase sólida e em batelada, com recirculação de inóculo.
.............................................................................................................................................. 40
anaeróbios .......................................................................................................................... 48
7
Curso de biogás: fundamentos e aplicações
Lista de tabelas
de suínos. ............................................................................................................................ 23
critérios ............................................................................................................................... 46
8
Curso de biogás: fundamentos e aplicações
1. INTRODUÇÃO
biogás e sua relevância. Além disso, a partir das informações desta Aula 1, será
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Curso de biogás: fundamentos e aplicações
2. CONCEITOS GERAIS SOBRE O BIOGÁS
naturalmente com toda matéria orgânica que entra em decomposição, tais como:
de efluentes. Nesses casos, a parte do resíduo ou efluente que está em contato com
Definição:
Digestão anaeróbia: É um processo mediado pela ação microbiana, por meio da atividade
conjunta de vários grupos de células anaeróbias, em diferentes níveis tróficos, que convertem
matéria orgânica complexa em gases e lodo.
Digestão aeróbia: Realizada por organismos que necessitam de oxigênio para a conversão da
matéria orgânica (aeróbicos), tem como produtos o gás carbônico (CO2), água (H2O) e lodo.
anaeróbia pode ser utilizada para o tratamento de resíduos sólidos e líquidos, pois
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Curso de biogás: fundamentos e aplicações
há um processo de reciclagem e recuperação desses materiais, que acaba por
produzir, além do biogás, uma parte líquida digerida, conhecida como digestato.
Para fixar:
entre outros.
Além disso, como grande parte do biogás é composto por metano (CH4) isso
lhe confere características de alto poder calorífico, podendo ser utilizado como
Cada biodigestor possui especificidades distintas, devendo ser utilizado para determinados
contextos e condições ambientais de acordo com a necessidade do projeto. Em nossas
próximas aulas, discutiremos mais sobre o assunto e, em outros cursos, aprofundaremos
nossos conhecimentos sobre a instalação, uso e manutenção de biodigestores.
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Curso de biogás: fundamentos e aplicações
Figura 1 - Biodigestor modelo lagoa coberta – aplicado no tratamento de efluentes da
suinocultura no sul do Brasil
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Curso de biogás: fundamentos e aplicações
Figura 3 - Biodigestor de mistura completa – amplamente utilizado na Europa
orgânica nos pântanos gerava um gás, o qual inicialmente foi chamado de gás dos
pântanos ou fogo fátuo. No entanto, ele não tinha conhecimento de como ocorria
esta formação e de que gás se tratava. Após Shirley, quem estudou esse fenômeno
foi Alessandro Volta, em 1776. Este pesquisador foi quem realmente descobriu a
Já no século XIX, Ulysse Gayon, aluno de Louis Pasteur (cientista francês que
a 35º C, conseguindo obter 100 litros de gás por m 3 de matéria. Em 1884, Louis
aquecimento e iluminação.
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Entretanto, no ano de 1859, em Bombaim, na Índia, foi realizada a primeira
biodigestão anaeróbia.
produz compostos reduzidos, tais como hidrogênio, ácido acético e gás carbônico.
pela crise energética provocada pela II Guerra Mundial. Durante e depois da Guerra,
alemães e italianos, entre os povos mais atingidos pela devastação dos conflitos,
aglomerados rurais.
Institute.
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Tais pesquisas resultaram em grande difusão da metodologia de
o digestato.
partir de 1958, onde, até 1972, já haviam sido instalados 7,2 milhões de
à produção de biogás.
A partir da crise energética dos anos 70, o gás metano dos digestores
e Índia.
Há vários marcos na história que apresentam preocupações com o meio ambiente a nível
mundial, dentre eles: Estocolmo-72 (1972), Relatório Brundtland (1987), Protocolo de Kyoto
(1997), Rio+10 (2002) e Acordo de Paris (2015).
De acordo com Costa (2006), nos últimos anos o biogás não é mais encarado
economia nos últimos anos e pela elevação acentuada do preço dos combustíveis
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que pelo menos 12% do consumo energético da União Europeia (UE) fosse
plantas em 2015, que, juntas, geraram 9,8 Mega Tonelada Equivalente de Petróleo
calor.
vale ressaltar que, para alcançar esses resultados a maioria dos países da UE usam,
de produção de biogás como uma fonte de energia, elaboramos esse curso com o
objetivo de abordar esse tema, como também de toda a cadeia produtiva, indo
Para fixar:
Cultivos energéticos são plantas de crescimento rápido, com objetivo único: ser matéria prima
para a obtenção de energia de outras substâncias combustíveis, tais como cana-de-açúcar, milho
e girassol.
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elétrica e/ou calor; e, produção, armazenamento e transporte de biometano. Todos
processos de lavagem e pré-tratamento (1- 4). A seguir a biomassa passa por filtros
comumente estocado (12) ou ainda tratado (13) por meio de separação, secagem
biogás gerado (9) pode ser distribuído e utilizado de diferentes formas: na geração
simplificada.
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Figura 5 - Diagrama da cadeia produtiva de biogás
que são importantes para que você o entenda. Dentre os assuntos, estão os temas:
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3. DIGESTÃO ANAERÓBIA
disponibilizados, a saber:
resíduo e esterco.
Vantagens Desvantagens
• Os micro-organismos anaeróbios
são sensíveis a fatores do meio, tais
• Baixa produção de sólidos: cerca
como temperatura e a alguns outros
de 5 a 10 vezes menos que nos
compostos;
processos aeróbicos;
• A partida do processo pode ser
• Baixo consumo de energia e
lenta na ausência de inóculo (lodo de
menos custo operacional;
semeadura adaptado);
• Baixa demanda de área;
• Pré-tratamento do substrato é
• Produção de metano com
usualmente necessário;
elevado teor calorífico;
• A bioquímica e a microbiologia da
• Tolerância a elevadas cargas
digestão anaeróbia são complexas;
orgânicas;
• Possibilidade de maus odores,
• Aplicabilidade em pequena e
porém controláveis;
grande escala.
• Baixa remoção de nitrogênio,
fósforo e patógenos.
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Curso de biogás: fundamentos e aplicações
Para a produção de biogás por meio da digestão anaeróbia, o primeiro
biogás. O segundo passo é preparar esse substrato para que o processo ocorra com
substrato.
essa temática.
Definição:
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substratos que serão utilizados, pois a sua composição irá influenciar a escolha do
de biogás.
dado em metros cúbicos de metano por quilo de sólidos voláteis (m3 CH4 kg.SV-1) ou
em metros cúbicos de metano por quilo de substrato (m3 CH4 kg.Substrato-1). Na Tabela
de produção de metano.
1
Fonte: http://www.lfl.bayern.de/iba/energie/049711/?sel_list=8%2Cb&strsearch=&pos=lef
2
Fonte: PROBIOGÁS, 2015.
3
Fonte: Handreichung Biogasnutzung, 2004.
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Efluente de fábrica de
4 88 0,295 0,0011
laticínios3
Efluente de
8 77 0,236 0,0014
abatedouro3
Resíduos municipais
30 - 40 50 - 60 0,270 – 0,390 0,041 – 0,094
(misturados) 4
Resíduos orgânicos
Resíduos 30 - 40 70 - 80 0,210 – 0,227 0,044 – 0,089
(separados) 5
Sólidos
Urbanos Restos de alimentos5 15 – 20 85 – 95 0,467 – 0,510 0,059 – 0,097
Resíduos da caixa de
25 – 45 90 – 95 0,650 – 0,780 0,146 – 0,333
gordura5
Lodo de esgoto
Tratamento 35- 38 97 - 98 0,531 – 1,350 0,336 – 0,980
flotado6
de esgoto
Esgoto7 - - - 0,00072 – 0,00112
exemplo, na pecuária, que pode variar conforme a dieta dos animais e o modo de
de sólidos totais, o que demanda que alguns substratos sejam diluídos. Também é
seja alto nas análises laboratoriais, na prática, a produção real será menor, pois
4
Fonte: Tekoa Engenharia e Consultoria LTDA (2011) por carga de BN Umwelt GmbH.
5
Fonte: PROBIOGÁS, 2015.
6
Fonte: KTBL, 2016.
7
Fonte: Metcalf & Eddy, 2003.
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Tabela 2 - Capacidade de geração de biogás de reatores UASB e BCL para dejetos de suínos
(m3d-1) H2S (ppm) CO2 (%) CH4 (%) (m3 biogás kg.SV-1) (m3 CH4 kg.SV-1)
UASB escala
0,69 189 25 74 1,56 1,15
piloto8
UASB9 0,83 124 21 76 1,43 1,09
BCL10 0,32 322 29 67 0,31 0,21
BCL11 0,21 536 34 62 0,33 0,20
UASB – Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente; BCL - Biodigestor do tipo Lagoa Coberta
8
Fonte: Costa e Kunz, 2007.
9
Fonte: Kunz, 2007.
10
Fonte: Kunz et. al, 2005.
11
Fonte: Vivan et. al, 2008.
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Para que os micro-organismos se reproduzam e cresçam, é necessário ter
biodigestão anaeróbia.
Figura 7 - Etapas da digestão anaeróbia
(catabolismo) para o seu crescimento. Ele deve conter vários elementos diferentes,
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Curso de biogás: fundamentos e aplicações
3.3 Pré-tratamento do substrato
outros.
sistema de tratamento, tendo por finalidade a agitação dos substratos, por meio de
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Curso de biogás: fundamentos e aplicações
A agitação é importante por possibilitar que o substrato esteja
Figura 9 - Caixa de areia com deposição de sólidos fixos, para tratamento de dejetos de
suínos.
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3.3.2 Trituração do substrato
(por exemplo, palha, grama, silagem, alimentos, resíduos vegetais em geral) são
complexa da celulose e torná-la mais acessível para a digestão como uso do calor
ou tratamento químico.
e, por sua vez, da temperatura do meio, conforme pode ser observado na Figura 10.
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que é a determinação da temperatura ótima em cada uma das faixas de operação
(Tabela 3).
Figura 10 - Relações entre temperatura e crescimento de micro-organismos de diferentes
classes térmicas
Termófilos
Exemplo: Hipertermófilo Hipertermófilo
Geobacillus stearothermophillus Exemplo: Exemplo:
Mesófilos Pyrolobus fumarii
Taxa de crescimento
Thermococcus celer
Exemplo:
Escherichia coli
Psicrófilos
Exemplo:
Polaromonas vacuolata
Temperatura (°C)
mesófilas.
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visto na Tabela 3. A variação da temperatura acima ou abaixo desse intervalo pode
Atenção:
favoráveis para que a degradação da matéria orgânica seja realizada, por micro-
digestato.
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• Semicontínuo: A alimentação é feita apenas uma vez até completar o TRH,
posteriormente, são adicionadas novas cargas, onde o digestato é
descarregado regularmente na mesma quantidade de substrato inserido.
Este processo é mais usual em pequenas escalas, como em áreas rurais.
• Batelada: Conhecido também como descontínuo, esses reatores trabalham
com ciclos de alimentação, digestão e descarte. São alimentados uma única
vez até se findar a biodigestão. Após isso, são esvaziados e alimentados
novamente, iniciando um novo processo de fermentação. Esse regime é
utilizado quando a concentração de sólidos no substrato é mais elevada, por
exemplo: biodigestão de resíduos da avicultura ou de Resíduos Sólidos
Urbanos (RSU).
modelos de biodigestores mais utilizados são: indiano, chinês, fluxo tubular, fluxo
campânula móvel como gasômetro, e uma parede central, que divide o tanque de
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Curso de biogás: fundamentos e aplicações
Figura 11 - Biodigestor modelo Indiano - vista frontal
A parede divisória faz com que o material circule por todo o interior da
biodigestor.
Figura 12 - Biodigestor modelo indiano
no lençol freático.
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Curso de biogás: fundamentos e aplicações
Demanda trabalho manual para alimentação e retirada do digestato, sendo
que o substrato deve ser bem diluído para evitar entupimentos no sistema de
Este tipo de biodigestor é muito utilizado para aplicações domésticas por ser
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Curso de biogás: fundamentos e aplicações
ocorrerão deslocamentos do efluente da câmara de fermentação para a caixa de
atmosfera, o que faz reduzir parcialmente a pressão interna do gás, este tipo de
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Curso de biogás: fundamentos e aplicações
Figura 15 - Biodigestor de lona coberta – BLC
temperaturas constantes.
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Curso de biogás: fundamentos e aplicações
Segundo a PROBIOGÁS (2015), esse tipo de sistema deve operar com um
de sua utilização, devido a captura do biogás que seria emitido pelas lagoas
tubular.
Figura 17 - Biodigestor Plug-Flow (Fluxo tubular)
América Latina e Caribe, podendo ter custos menores que os modelos chinês e
indiano. Porém, demandam volume maior por exigirem um substrato com menor
quantidade de sólidos.
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Curso de biogás: fundamentos e aplicações
Figura 18 - Biodigestor de fluxo tubular - Bolsa de geomembrana
mecânica, esse tipo de lagoa é uma adaptação dos reatores de mistura contínua e
2015).
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Curso de biogás: fundamentos e aplicações
Reatores do tipo filme fixo - UASB
caracteriza-se pelo fluxo ascendente dos efluentes. Na Figura 19, é possível observar
câmara.
fundo (leito de lodo), até um lodo mais disperso e leve, próximo ao topo do reator
(manta de lodo).
Figura 19 - Esquema de funcionamento de biodigestor de fluxo ascendente - UASB
leito de lodo e manta de lodo, e como ambas possuem uma densidade de micro-
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Curso de biogás: fundamentos e aplicações
Um dispositivo de separação de gases, sólidos e líquidos (separador trifásico)
evita que o fluxo ascendente dos gases que se formam nos processos de
que estas retornem à câmara de digestão, ao invés de serem arrastadas para fora
Esse lodo gerado e armazenado no reator UASB deve ser retirado do fundo
este modelo requer um maior controle na operação, pois a formação dos grânulos
Contudo, pode ou não ser adicionado um inóculo, uma vez que adicionado,
Definição:
convencionais.
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Curso de biogás: fundamentos e aplicações
Figura 20 - Foto de um reator tipo UASB
por batelada, sendo alimentados com resíduos contendo entre 20 e 40% de ST,
sendo normalmente utilizados para substratos como fração orgânica dos RSU,
desse sistema.
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Curso de biogás: fundamentos e aplicações
Figura 21 - Biodigestor em fase sólida e em batelada, com recirculação de inóculo
(SEADI, 2008).
Porém, deve-se ressaltar que os reatores de via seca devem ser operados
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Curso de biogás: fundamentos e aplicações
O tempo de digestão da via seca é entre 2 a 4 semanas, dependendo do
gases, deitada sobre uma placa aquecível de concreto, é alimentada com substrato
Flow Stirred Tank Reactor (CSTR), utilizam um alto nível tecnológico para geração de
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Curso de biogás: fundamentos e aplicações
Também chamado de modelo de mistura completa, o CSTR é constituído
paredes e no chão.
Saída do
biogás
Agitador
armazena o biogás.
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Curso de biogás: fundamentos e aplicações
De acordo com as experiências do CIBiogás, recomenda-se que esse tipo de sistema
mecânica com agitador de eixo longo com demais equipamento desse sistema.
Telhado
inflável Motor
Lona redutor
Gasômetro
impermeável
Saída Plataforma
Nível de enchimento
Coluna central
Soprador de Agitador
ar de apoio com hélice
central
Aquecimento da
tubulação
Isolamento
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Curso de biogás: fundamentos e aplicações
3.4.3 Classificação dos biodigestores por porte
(2004), país líder nesse assunto nos últimos anos. Assim, a classificação por porte
produção de biogás, visando uso para energia elétrica, onde, em alguns casos, são
EXEMPLO
tecnológico mínimo para manter a operação com pouca mão de obra e custos
recursos, subsídios, substratos, clima, custo da mão de obra, entre outros fatores
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Curso de biogás: fundamentos e aplicações
Biodigestores domésticos
são aplicados para pequenas vazões e regiões com poucos recursos financeiros.
biogás e digestato.
planeta, como Ásia, África, América Latina e Caribe, devido ao aumento da demanda
e difusão da tecnologia.
Modelos com maior nível tecnológico vêm sendo desenvolvidos para uso
urbanas (Figura 26). Porém, nitidamente, tem custos mais elevados e não são
acessíveis a todas as classes sociais, e por isso ainda é mais utilizável, nessa
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Curso de biogás: fundamentos e aplicações
3.4.4 Eficiência das tecnologias na produção de biogás
a se usar.
Critério Tipo
Teor de matéria seca dos substratos - digestão úmida
- digestão seca
Regime de Alimentação - descontinua
- semicontínua
- contínua
N° de fases do processo - uma fase
- duas fases
Temperatura do processo - psicrofílico
- mesofílicos
- termofílico
Fonte: FNR (2010).
46
Curso de biogás: fundamentos e aplicações
compostos no meio líquido, bem como a digestão mais rápida do substrato devido
biodigestor.
como, de pH e temperatura.
desenvolvimento.
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Curso de biogás: fundamentos e aplicações
isso a estabilidade do processo depende muito mais da constância da temperatura
para a geração de energia elétrica, deve-se operar o motor com potência instalada
para gerar o máximo possível, sem que haja a necessidade de queimar o biogás
anaeróbios: lagoa coberta, mistura completa, filme fixo e fluxo em pistão. As colunas
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Curso de biogás: fundamentos e aplicações
Contudo, é importante que se tenha ciência dos limites de cada tecnologia no que
baixo custo. No entanto, não se pode esperar que estes reatores operem com a
temperatura.
urbanos (RSU) são armazenados. Diferem dos lixões por terem impermeabilização
2003).
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Curso de biogás: fundamentos e aplicações
Figura 28 – Esquema de aterro sanitário.
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Curso de biogás: fundamentos e aplicações
Os fatores que influenciam diretamente a produção de biogás aterros estão
1987).
adequada para a produção do biogás e muitas vezes não tratam desse assunto
dificultam a separação e destinação dos resíduos orgânicos das áreas urbanas para
acessível.
Assim, mesmo que os aterros não sejam a melhor solução para os RSU
do biogás para uso energético. Além disso, aprenderemos sobre o digestato e suas
51
Curso de biogás: fundamentos e aplicações
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Curso de biogás: fundamentos e aplicações
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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COSTA, R.; KUNZ, A. Partida e operação de reator UASB em escala de bancada para
remoção de carga orgânica em dejetos de suínos. In: JORNADA DE INICIAÇÃO
53
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KTBL - Kuratorium fur Technik und Bauwesen in der Landwirtschalt (Association for
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Curso de biogás: fundamentos e aplicações
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Strapasson, AB; Ferreira, D.; Durães, F.O.M; Giulianio, T.Q.; CASSINI, S. T. A.; Barbosa,
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Curso de biogás: fundamentos e aplicações