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Linhas de

Umbanda

Ebook
A ideia de criar este ebook surgiu da necessidade de
compartilhar o conhecimento e experiência de Carlos Camargo
em relação às linhas de Umbanda e as entidades que atuam
dentro da religião. O objetivo é proporcionar aos um
entendimento mais profundo sobre a Umbanda, desvendando a
origem dos símbolos, nomenclaturas e a função de cada linha de
trabalho.
O ebook aborda de forma detalhada o processo de comunicação
com os mentores espirituais, apresentando orientações sobre
pontos riscados, firmezas ou assentamentos e oferendas
específicas de cada linha de Umbanda. O conteúdo foi construído
a partir das práticas que o carlos camargo teve com as
entidades espirituais que o acompanharam em sua jornada na
Umbanda. Cada mentor espiritual contribuiu com seus
conhecimentos e reflexões sobre sua respectiva linha de
trabalho, e essas práticas foram registradas e transcritas,
formando o material base do ebook.
Este ebook, intitulado "Linhas de Umbanda: Conhecendo as
Entidades e Práticas Espirituais", tem como objetivo principal
enriquecer a compreensão dos leitores sobre as diferentes linhas
de Umbanda. Ao final da leitura, espera-se que os leitores
tenham adquirido um conhecimento mais aprofundado e
abrangente sobre as práticas, funcionalidades e particularidades
de cada linha, podendo aplicar esses ensinamentos em suas
práticas espirituais. Além disso, pretende-se que o ebook
contribua para a disseminação do respeito e compreensão das
diferenças religiosas, promovendo um diálogo mais inclusivo e
harmonioso entre as diversas crenças.
A Umbanda é uma religião sincrética, que se originou no Brasil no
século XX. Sua história teve início com a primeira manifestação
mediúnica de Zélio de Moraes, que incorporou o Caboclo Sete
Encruzilhadas. Essa manifestação trouxe uma mensagem de união,
fraternidade e caridade, e deu início ao surgimento dos primeiros
terreiros de Umbanda.
No início, a Umbanda tinha influências do Espiritismo, do Catolicismo e
das religiões afro-brasileiras. Com o tempo, a religião se desenvolveu
como uma entidade própria, com características distintas. A Umbanda
acredita em Deus, na imortalidade da alma, na reencarnação e na
prática da caridade. Ao longo dos anos, a Umbanda passou por
transformações e adaptações de acordo com as necessidades e os
contextos históricos. Surgiram diferentes linhas e vertentes dentro da
Umbanda, cada uma com suas particularidades e práticas específicas.
A história da Umbanda não é linear e única, mas sim diversa e plural,
com cada terreiro, médium e praticante tendo sua própria história e
vivência na religião. É importante que os umbandistas busquem
conhecimento e estudo para entender melhor sua própria história e os
fundamentos da Umbanda. Este ebook tem como objetivo proporcionar
um guia teórico e prático para o estudo e aprofundamento na
Umbanda, para que cada praticante possa desenvolver sua
mediunidade e praticar a religião de forma consciente e responsável.
A Umbanda, uma religião que surgiu há cerca de cem anos no plano
físico, tem suas raízes na mescla de influências de diversas culturas
religiosas. Mas sua verdadeira origem remonta séculos no plano
espiritual, onde é chamada de Movimento Umbanda Astral ou Corrente
Umbanda Astral.
No plano espiritual, a Umbanda foi formatada e recebeu influências de
diferentes tradições religiosas. Embora não tenha surgido diretamente
da África, a sua essência carrega elementos provenientes da cultura
Bantu. O termo Umbanda, que deriva de Embanda na cultura Bantu,
tem significados associados a curadores, sacerdotes, feiticeiros,
grandes seres ou avatares.
É importante destacar que a história da Umbanda ultrapassa as
fronteiras físicas, existindo no plano astral antes mesmo de sua
manifestação no plano terreno em 1908. Essa religião que
conhecemos hoje foi moldada e evoluiu ao longo do tempo, a partir das
influências espirituais que a permeiam.

Assim, a Umbanda se caracteriza por sua diversidade e sincretismo,


fundindo elementos das tradições indígenas, africanas e europeias,
entre outras. É uma religião de espiritualidade aberta, que acolhe
diferentes manifestações e entidades espirituais, visando auxiliar na
cura, proteção e evolução espiritual de seus adeptos.

Dessa forma, a Umbanda se apresenta com uma trajetória histórica e


espiritual peculiar, que une diferentes culturas e tradições, fortalecendo
a sua identidade como uma religião com uma rica herança espiritual e
uma crença na conexão entre o plano físico e o plano astral.
A Proclamação da República, em novembro, é o primeiro marco que
precisamos compreender para entender a grandiosidade e a
importância da Umbanda. A partir desse momento histórico, ocorreu
uma mudança política no Brasil que influenciou diversos aspectos da
vida, incluindo a religião. A Umbanda, como é conhecida hoje, teve
suas raízes na fusão de diferentes culturas e tradições, que foram
trazidas pelos escravos africanos, imigrantes europeus e indígenas
nativos. É nessa mistura de culturas e crenças que a Umbanda
encontrou seu lugar e começou a se desenvolver como uma religião
própria.
No entanto, a Umbanda não se restringe apenas ao Terreiro. Ela é
uma religião abrangente, que tem influências de diferentes culturas e
filosofias. Ela tem suas raízes em culturas ancestrais como a Inca,
Maia, Atlante e Lemuriana, que já não existem mais no nosso mundo
atual. Essas culturas foram responsáveis por formatar a Umbanda no
plano espiritual e definir seu momento e forma de surgimento no plano
físico. Por isso, é importante ter uma visão ampla da religião para
compreender suas particularidades e valorizar as práticas realizadas
nos Terreiros.
A Umbanda está em constante evolução e adaptação às necessidades
e realidades do momento. Portanto, compreender como ela surgiu no
Brasil, em um momento histórico específico, nos ajuda a compreender
melhor seu propósito e papel no mundo e na vida das pessoas. A
Umbanda não é estática, ela se adapta e evolui para atender às
necessidades espirituais das pessoas.
No fim, é importante destacar que a Umbanda vai além das práticas
realizadas nos Terreiros. Ela é uma religião com uma rica história e um
propósito maior. Ao compreendermos sua origem e evolução, podemos
valorizar e enriquecer nossa prática dentro do Terreiro. Através desse
conhecimento ampliado, podemos compreender o verdadeiro poder e
propósito da Umbanda em nossas vidas.
. É importante que você busque respostas para as suas dúvidas e
questionamentos dentro da religião.
A Umbanda é uma religião rica em simbolismo e tradições, e muitas
vezes pode parecer complexa de compreender. É normal sentir-se
provocado e com várias perguntas, pois isso demonstra que você está
buscando um maior entendimento sobre a sua fé.
É importante lembrar que a mediunidade é uma parte essencial da
Umbanda, e negá-la seria negar uma parte importante de si mesmo.
Se você é médium, é fundamental aceitar e entender a sua
mediunidade, explorando-a de forma saudável e responsável.
No entanto, existem outros aspectos da religião que podem gerar
conflitos internos e inquietações. Pode ser que você tenha dúvidas
sobre certos rituais, crenças, ou até mesmo sobre a relação entre a
Umbanda e outras religiões. Essas questões são válidas e fazem parte
do processo de crescimento espiritual.
Para lidar com esses conflitos, é importante que você busque
conhecimento e orientação dentro do seu terreiro ou com pessoas mais
experientes na religião. Converse com outros adeptos, participe de
rituais, estude os fundamentos da Umbanda e tente compreender os
significados por trás das linhas de trabalho.
Lembre-se que o objetivo desse livro é justamente oferecer um maior
entendimento sobre as linhas da Umbanda e as diferentes linhas de
trabalho. Aprofunde-se nesses estudos, tire suas dúvidas e busque
esclarecimentos para as suas provocações internas.
No final das contas, o importante é que você se sinta conectado com a
sua fé e encontre um equilíbrio entre a sua espiritualidade e suas
experiências pessoais. A Umbanda é uma religião que acolhe a
diversidade e a busca pela verdade divina, e é dentro desse contexto
que você pode encontrar as respostas que procura.
.No Terreiro em que frequento, a reverência aos Orixás e a prática do
culto são fundamentais para a nossa conexão com o mundo espiritual.
Acreditamos que os Orixás são forças sagradas que representam
diferentes aspectos da natureza e que têm o poder de influenciar
nossas vidas, nos guiar e nos proteger.

Os trabalhos no Terreiro são conduzidos por uma hierarquia espiritual,


liderada pelo Pai ou Mãe de Santo, que são pessoas com um profundo
conhecimento e experiência na religião. Eles são responsáveis por
conduzir os rituais, orientar os adeptos e intermediar a comunicação
com os Orixás e entidades espirituais.

Antes de realizarmos qualquer trabalho, é importante fazer uma


preparação espiritual, que envolve a limpeza e purificação do
ambiente, bem como o preparo pessoal de cada participante. Essa
preparação inclui banhos de ervas, rezas, cânticos e orações, que nos
ajudam a entrar em sintonia com as energias dos Orixás e a nos
conectar com o sagrado.

Durante os trabalhos, há uma atmosfera de respeito e reverência, onde


cada movimento é cuidadosamente executado. Cantamos e dançamos
em louvor aos Orixás, oferecemos alimentos e bebidas como forma de
gratidão e realizamos rituais específicos para cada divindade. Além
disso, os médiuns incorporam entidades espirituais ligadas aos Orixás,
que trazem mensagens, orientações e cura para aqueles que buscam
auxílio.
É importante ressaltar que cada Orixá tem suas características e
domínios específicos, o que significa que cada um deles trabalha de
maneira única e possui suas próprias linhas de atuação. Por exemplo,
Oxalá é tido como o Orixá maior, o pai de todos os Orixás, e é
associado à pureza, sabedoria e equilíbrio. Já Xangô é ligado à justiça,
à força e ao poder de decisão. Oxum é a deusa do amor, da beleza e
da fertilidade, enquanto Iemanjá representa a maternidade, a proteção
e a cura emocional. Essas são apenas algumas das divindades
existentes na Umbanda, cada uma com suas características e aspectos
únicos.

É importante lembrar que o aprendizado na Umbanda não se limita


apenas ao conhecimento teórico, pois é uma religião que tem como
base a vivência e a experiência pessoal. Através dos trabalhos e da
comunicação direta com os Orixás e espíritos, podemos obter um
aprendizado profundo e uma conexão mais íntima com o divino.

Assim, ao longo de nossa jornada na Umbanda, buscamos


compreender e respeitar as especificidades de cada Terreiro, pois cada
um deles possui suas próprias tradições, rituais e formas de culto. O
importante é mantermos a essência da religião e a conexão com os
Orixás, ao mesmo tempo em que permitimos que cada casa possa se
expressar de forma única e autêntica.

Compreender a diversidade presente na Umbanda nos ajuda a


respeitar e valorizar as múltiplas expressões dessa religião,
enriquecendo nossa prática e ampliando nossos horizontes. É uma
jornada de constante aprendizado e descoberta, em que somos
guiados pelos ensinamentos dos Orixás e pela sabedoria ancestral da
Umbanda.
Os Orixás na Umbanda são entidades espirituais que representam
forças da natureza, qualidades humanas e arquétipos divinos. Cada
Orixá possui características específicas, como personalidade, poderes,
domínios, cores, símbolos e mitos. Eles desempenham um papel
central na religião, sendo considerados como divindades intermediárias
entre o ser humano e o sagrado.

Na Umbanda, existem diversas linhas de trabalho que se dedicam aos


diferentes Orixás. Cada linha é formada por entidades espirituais que
se manifestam durante os rituais para auxiliar e orientar os praticantes.
Essas entidades podem ser exus, caboclos, pretos-velhos, crianças,
entre outros. Cada uma delas está relacionada a um Orixá específico e
traz consigo suas características e atributos. Cada Orixá possui uma
vibração energética única e específica, sendo responsável por
diferentes aspectos da vida humana. Por exemplo, o Orixá Xangô é
associado à justiça, ao equilíbrio, à liderança e ao poder, enquanto
Oxóssi está ligado à caça, à fartura, à abundância e à proteção da
natureza. Cada Orixá também tem correspondências com elementos
da natureza, como pedras, plantas, animais e astros, o que contribui
para a compreensão e conexão com suas energias.

Além disso, cada Orixá possui suas próprias qualidades e


personalidades. Por exemplo, Oxalá é associado à paz, à sabedoria e
à paciência, enquanto Iansã é relacionada à tempestade, à força e à
mudança. Essas características refletem os diferentes aspectos da vida
humana e podem ser invocadas e buscadas pelos praticantes para
auxiliá-los em questões específicas. É importante ressaltar que, na
Umbanda, a relação com os Orixás vai além do conhecimento
intelectual. É preciso desenvolver uma conexão espiritual e emocional
com cada divindade, através de preces, oferendas, rituais, meditações
e vivências religiosas. É um caminho de aprendizado e transformação,
em que o praticante busca se espelhar nas qualidades e valores dos
Orixás, a fim de evoluir espiritualmente e encontrar harmonia, equilíbrio
e felicidade.
Os arquétipos sociais na Umbanda são representações simbólicas e
espirituais de diferentes entidades que incorporam durante os rituais.
Essas entidades espirituais, também conhecidas como linhas de
trabalho, estão relacionadas a diferentes aspectos da cultura brasileira,
representando diferentes tradições, costumes e características de grupos
específicos.

Um dos arquétipos presentes na Umbanda é o Caboclo. Eles


representam a cultura indígena brasileira e trazem consigo sabedoria
ancestral, conexão com a natureza e força espiritual. Os Caboclos têm
uma relação especial com as matas, rios e elementos naturais,
incorporando durante os rituais com movimentos que remetem a caça,
plantio ou luta.

Outro importante arquétipo na Umbanda é o Preto Velho. Eles


representam a cultura africana e a ancestralidade dos escravos trazidos
para o Brasil. Os Preto Velhos são considerados sábios e pacientes,
transmitindo ensinamentos através de histórias e conselhos. Eles são
símbolos de resistência e superação, carregando consigo toda a dor e
sofrimento do período da escravidão.

Além disso, a Umbanda também é marcada pela presença do arquétipo


do Baiano. Os Baianos representam a cultura nordestina e suas
tradições folclóricas, como a dança, a música e a culinária. Eles são
alegres, descontraídos e conhecidos por trazerem boas energias e
festividades para os rituais.
É importante ressaltar que esses são apenas alguns exemplos de
arquétipos presentes na Umbanda. Existem muitos outros, como os
Pretos Velhos de Angola, os Marinheiros, os Ciganos, os Malandros,
entre outros. Cada um desses arquétipos representa aspectos
específicos da cultura brasileira, enriquecendo a espiritualidade e a
vivência religiosa da Umbanda.

Essa diversidade de arquétipos é uma das características distintivas da


Umbanda, pois através deles, a religião incorpora e mescla diferentes
tradições culturais presentes no Brasil. Essa interação entre diferentes
culturas faz com que a Umbanda seja considerada uma religião
brasileira, pois ela surgiu e se desenvolveu no país, incorporando
elementos das culturas indígena, africana e europeia que existiam na
época da sua formação.

No entanto, é importante destacar que nem todos os arquétipos


presentes na Umbanda foram estabelecidos desde o início da
religião. Algumas linhas de trabalho, como a dos Malandros,
representada por entidades como Zé Pelintra, são mais recentes
tanto no plano espiritual quanto no plano físico da religião.

Em resumo, a Umbanda é uma religião que incorpora e valoriza


elementos da cultura brasileira, expressando diferentes aspectos dessa
cultura por meio dos arquétipos sociais presentes nas linhas de trabalho.
Esses arquétipos representam diferentes tradições, costumes e
características de grupos específicos, proporcionando uma rica
diversidade espiritual e cultural na religião.
A Umbanda é uma religião que busca a harmonia do ser humano com os
aspectos espirituais e energéticos do universo. Ela tem como base as
manifestações de entidades espirituais conhecidas como guias
espirituais, que atuam dentro de linhas formatadas, como os Pretos
Velhos, os Caboclos, os Baianos, entre outros.

No entanto, além dessas entidades tradicionais, também é comum a


manifestação de espíritos experimentais, como os Negros Kimbandeiros,
que têm uma energia mais intensa e atuam em demandas relacionadas
à quebra de energias negativas. Esses espíritos trazem uma energia
mais pesada devido à sua atuação na Kimbanda, uma prática
relacionada à magia e ao ocultismo.

Outros grupos de espíritos experimentais também se manifestam na


Umbanda, como os Caboclos de Ogum, que têm uma energia mais
guerreira e combativa e se especializam em questões relacionadas à
guerra espiritual. Essas manifestações de espíritos fora das linhas
formatadas trazem uma renovação para a religião, trazendo novas
energias, trabalhos e arquétipos sociais.

Em suma, a presença dessas manifestações de espíritos experimentais


na Umbanda mostra a sua vivacidade, dinamismo e constante evolução.
A religião está sempre aberta a novas energias, trabalhos e arquétipos
sociais, buscando se adaptar e se transformar conforme as mudanças
do mundo em que vivemos.
A Umbanda é uma religião que possui o objetivo de promover a evolução
espiritual do ser humano, através da prática de rituais e da comunicação
com seres espirituais. Esses seres espirituais podem ser tanto espíritos
desencarnados, que já passaram pela experiência terrena, quanto seres
de outros planos de existência.

No plano físico, vivemos em um ambiente de dualidade, onde


podemos experimentar tanto o bem quanto o mal, o certo e o errado.
Aqui, temos a oportunidade de evoluir espiritualmente através das
nossas experiências de vida, aprendendo lições e desenvolvendo
virtudes.

No entanto, existem outros planos de existência além do físico, que


também são habitados por seres espirituais. Esses planos são
organizados em níveis de evolução, onde os seres estão em
diferentes estágios de desenvolvimento espiritual.
Na Umbanda, acredita-se que existem diferentes linhas de trabalho, que
são agrupamentos de entidades espirituais que atuam em determinadas
áreas de auxílio e orientação. Essas linhas são formadas por entidades
de diferentes níveis evolutivos, que possuem características específicas
e diferentes formas de atuação.

Na Umbanda, acredita-se que existem diferentes linhas de trabalho, que


são agrupamentos de entidades espirituais que atuam em determinadas
áreas de auxílio e orientação. Essas linhas são formadas por entidades
de diferentes níveis evolutivos, que possuem características específicas
e diferentes formas de atuação.
De acordo com as informações presentes até hoje, podemos ter uma
ideia da hierarquia das linhas de trabalho na Umbanda. A linha mestra é
composta por entidades de maior evolução espiritual, como Exus e
Pombagiras, que atuam nos trabalhos mais pesados e de demanda
espiritual. Em seguida, temos as linhas de Caboclos, Pretos Velhos,
Baianos, Boiadeiros, Crianças, entre outras, que também possuem suas
características e formas de atuação específicas.

No entanto, é importante ressaltar que essa hierarquia não deve ser


entendida como uma ordem de superioridade ou inferioridade entre as
entidades. Todas as entidades merecem respeito e reverência,
independentemente do nível evolutivo em que se encontram. Cada linha
de trabalho possui sua importância e contribuição na assistência e
orientação aos consulentes.
Além das linhas de trabalho, também existem os guias espirituais
individuais, que são entidades que se conectam de forma mais direta
com determinados médiuns, auxiliando-os no trabalho espiritual e na
evolução pessoal.
Além das linhas de trabalho, também existem os guias espirituais
individuais, que são entidades que se conectam de forma mais direta
com determinados médiuns, auxiliando-os no trabalho espiritual e na
evolução pessoal.

É importante destacar que, na Umbanda, a hierarquia das linhas de


trabalho não é o foco principal das práticas religiosas. O que realmente
importa é a nossa devoção e respeito a todas as entidades espirituais
que nos auxiliam e guiam na jornada espiritual. As linhas de trabalho na
Umbanda são apenas uma forma de organização e classificação dos
diferentes tipos de entidades que atuam nessa religião, mas não definem
a relação de cada pessoa com os espíritos e com a própria
espiritualidade.
LINHA DE CABOCLOS
Os Caboclos são entidades espirituais que estão presentes na religião
da Umbanda. Eles são representados como índios brasileiros e
simbolizam a conexão do povo brasileiro com suas raízes indígenas.

Os Caboclos são considerados espíritos guias, que possuem uma


ligação especial com a natureza e com os elementos da terra. Eles são
vistos como guardiões das matas e das florestas, sendo responsáveis
por proteger e preservar esses ambientes.

Na Umbanda, os Caboclos são muito respeitados e reverenciados por


sua sabedoria ancestral. Eles são considerados como mestres
espirituais, que possuem um profundo conhecimento sobre as plantas,
ervas, raízes e elementos naturais.
Os Caboclos também são responsáveis por trazer equilíbrio, cura e
orientação espiritual para aqueles que os procuram. Eles realizam
trabalhos de cura, tanto física quanto espiritual, utilizando seus
conhecimentos naturais e suas ligações com os elementos da terra.

Os Caboclos também são responsáveis por trazer equilíbrio, cura e


orientação espiritual para aqueles que os procuram. Eles realizam
trabalhos de cura, tanto física quanto espiritual, utilizando seus
conhecimentos naturais e suas ligações com os elementos da terra.

Durante as sessões de Umbanda, é comum vermos os Caboclos


incorporados por médiuns, que assumem suas energias e
características. Eles dançam, cantam músicas indígenas e utilizam arcos
e flechas como símbolos de sua identidade indígena.
Os Caboclos possuem uma presença firme e imponente, transmitindo
força e coragem. Eles são considerados como guias e protetores,
estando sempre disponíveis para ajudar aqueles que buscam sua
orientação e auxílio.

É importante destacar que a linha dos Caboclos não se limita apenas


aos espíritos indígenas, mas também engloba outros tipos de espíritos
que possuem uma afinidade com a energia e a essência dos Caboclos.
Assim, é possível encontrar Caboclos de diferentes etnias e regiões do
Brasil, cada um com suas características e campos de atuação
específicos.

Em suma, os Caboclos são entidades espirituais representadas como


índios brasileiros na Umbanda. Eles simbolizam a conexão do povo
brasileiro com suas raízes indígenas, representando a sabedoria
ancestral, a ligação com a natureza e a capacidade de cura. São vistos
como guias espirituais que estão sempre prontos para ajudar e orientar
aqueles que os procuram.
Os Caboclos são espíritos que são reverenciados e cultuados dentro da
Umbanda, uma religião brasileira que mescla elementos de várias
tradições espirituais, como o espiritismo, o catolicismo e as religiões
indígenas africanas.

Os Caboclos são considerados espíritos evoluídos, que já passaram por


diversas encarnações e adquiriram conhecimento e experiência ao longo
do tempo. Eles têm uma forte conexão com a natureza e com os
elementos da Terra, como as plantas, os rios, as montanhas e os
animais. Acredita-se que eles possuem o domínio sobre esses
elementos e são capazes de utilizar suas energias para realizar curas e
trabalhos espirituais.
Uma das principais funções dos Caboclos dentro da Umbanda é
trazer equilíbrio e proteção espiritual aos médiuns e aos
consulentes. Eles atuam como guias espirituais, orientando e
direcionando aqueles que buscam auxílio e aconselhamento. Muitas
vezes, trazem mensagens e ensinamentos importantes sobre como
lidar com os desafios da vida e como fortalecer o espírito.
Uma das principais funções dos Caboclos dentro da Umbanda é trazer
equilíbrio e proteção espiritual aos médiuns e aos consulentes. Eles
atuam como guias espirituais, orientando e direcionando aqueles que
buscam auxílio e aconselhamento. Muitas vezes, trazem mensagens e
ensinamentos importantes sobre como lidar com os desafios da vida e
como fortalecer o espírito.

Além disso, os Caboclos são conhecidos por sua habilidade como


curandeiros. Eles possuem um profundo conhecimento das propriedades
das plantas e são capazes de utilizá-las para realizar curas e
tratamentos espirituais. Seus passes energéticos e suas rezas são
direcionados para a cura de doenças físicas e espirituais, bem como
para o equilíbrio e a harmonização do corpo e da mente.
Os Caboclos também são símbolos de força, coragem e determinação.
Eles representam a luta contra as adversidades e a superação das
dificuldades. Muitas vezes, são invocados em trabalhos espirituais para
auxiliar na resolução de problemas e na busca por soluções. Acredita-se
que seu contato traz uma energia positiva e motivadora, que ajuda a
fortalecer o espírito e a enfrentar os obstáculos da vida de forma mais
confiante e determinada.

É importante ressaltar que, dentro da Umbanda, há diversas linhas de


trabalho, cada uma com suas próprias características e direcionamentos.
Os Caboclos são uma das principais linhas, mas não devemos
menosprezar ou menosvalorizar outras entidades espirituais que
também desempenham importantes funções dentro da religião, como os
Preto Velhos, as Crianças e os Exus e as Pombagiras. Cada uma
dessas linhas possui sua própria atuação e seu campo de trabalho
específico, e todas são igualmente respeitadas e reverenciadas dentro
do contexto da Umbanda.
O ponto riscado da linha dos Caboclos é uma representação gráfica
como os pontos cantados que são entoados durante as manifestações
mediúnicas desses espíritos na Umbanda. Por meio do ponto riscado, é
possível identificar e reconhecer a energia e o trabalho desses guias
espirituais.

Existem diversos modelos e variações de pontos riscados da linha dos


Caboclos, pois cada Terreiro pode ter o seu próprio desenho ou símbolo
para representar essa energia. No entanto, todos os pontos riscados
tradicionais têm elementos em comum, como flechas, lanças,
ramificações, folhas e símbolos da natureza, que são características dos
Caboclos.
Desenhar um ponto riscado é uma prática que requer concentração e
sintonia espiritual. Inicialmente, você pode começar copiando pontos
riscados prontos de algum livro ou apostila de Umbanda, para se
familiarizar com os traços e símbolos. Com o tempo e a prática, você
pode desenvolver sua própria habilidade de criar pontos riscados, de
acordo com a sua conexão com os Caboclos.

Desenhar um ponto riscado é uma prática que requer concentração e


sintonia espiritual. Inicialmente, você pode começar copiando pontos
riscados prontos de algum livro ou apostila de Umbanda, para se
familiarizar com os traços e símbolos. Com o tempo e a prática, você
pode desenvolver sua própria habilidade de criar pontos riscados, de
acordo com a sua conexão com os Caboclos.

Para desenhar um ponto riscado, é importante ter à mão um papel ou


madeira adequada e uma Pemba branca (ou outra cor de sua
preferência). É importante meditar, conectar-se com os guias espirituais
da linha dos Caboclos e pedir a orientação deles antes de iniciar o
desenho.
Comece traçando as linhas que representam as principais energias dos
Caboclos, como flechas ou lanças, simbolizando a força e a proteção.
Em seguida, acrescente os elementos naturais, como folhas, flores e
ramificações, que representam a ligação desses espíritos com a
natureza e os elementos da terra.

Os símbolos específicos de cada Caboclo também podem ser incluídos


no ponto riscado, como uma forma de homenagem e a invocação do
seu auxílio e sabedoria.
Nesse processo de desenhar o ponto riscado, é importante manter a
concentração e o respeito ao trabalho dos Caboclos. A prática constante
e o estudo adequado vão ajudar a aprimorar seus desenhos e a conexão
com essa linha de trabalho na Umbanda.

Nesse processo de desenhar o ponto riscado, é importante manter a


concentração e o respeito ao trabalho dos Caboclos. A prática constante
e o estudo adequado vão ajudar a aprimorar seus desenhos e a conexão
com essa linha de trabalho na Umbanda.

Lembrando sempre que essa é uma prática sagrada e, caso tenha


dúvidas ou dificuldades, é recomendado buscar a orientação de um pai
de santo ou mãe de santo experiente na Umbanda, que possa te auxiliar
e corrigir eventuais erros.

O importante é manter a devoção à espiritualidade e às tradições da


Umbanda, estudando, praticando e respeitando os ensinamentos dos
Caboclos.
Ao montar este ponto, colocamos sete velas verdes nas pontas,
simbolizando a força e o poder da floresta, e uma vela branca no centro,
representando a pureza e a harmonia que buscamos alcançar em nossa
jornada espiritual.

Além disso, neste espaço sagrado, trazemos também as ervas de


caboclos, que são ofertadas a ti, pai Oxossi, para que possam
potencializar as energias dessa linha de trabalho e nos conectar ainda
mais profundamente aos ensinamentos e à sabedoria da mata.

Com sua benevolência, querido Pai, pedimos que suas forças e seus
guias espirituais pousem sobre nós, nos protegendo e nos orientando
em nossas jornadas individuais e coletivas. Que sua presença nos
inspire a viver em harmonia com a natureza, a honrar os ancestrais e a
cultivar um profundo amor e respeito por todos os seres vivos.

Pai Oxossi, esteja conosco enquanto trilhamos os caminhos dessa linha


dos caboclos, guiando-nos em busca da paz, da cura e da evolução
espiritual. Que através de suas energias, alcancemos prosperidade e
abundância em todos os aspectos de nossas vidas.

Salve Oxossi, Rei das Matas! Axé!


LINHA DE PRETO VELHOS

Os Pretos Velhos são considerados um dos pilares da Umbanda, uma


religião de matriz africana originada no Brasil. Essas entidades
espirituais são cultuadas e reverenciadas por adeptos da Umbanda e de
outras tradições espirituais afro-brasileiras, como o Candomblé.

Os Pretos Velhos são espíritos de pessoas que viveram como escravos


no passado e, por meio de sua incorporação em médiuns, trazem
mensagens de sabedoria, cura e orientação para aqueles que os
procuram. Eles representam a ancestralidade africana e suas
experiências vividas durante a escravidão, sendo considerados
guardiões da sabedoria e da humildade.

Quando incorporados, os Pretos Velhos têm características marcantes,


como falar de forma lenta e pausada, usar expressões características da
época em que viveram e se movimentar de forma tranquila e serena.
Essas características refletem a serenidade, a paciência e a sabedoria
que essas entidades espirituais trazem consigo.

Os Pretos Velhos atuam como guias e espirituais, oferecendo


orientações e auxílio na superação de problemas pessoais, emocionais e
espirituais. Eles são conhecidos por suas palavras de sabedoria e
conselhos práticos para enfrentar dificuldades e lidar com as
adversidades da vida.

Além disso, os Pretos Velhos também são considerados mestres da cura


espiritual e trabalham com energias de cura nos campos emocionais e
físicos. Muitas vezes, são procurados por pessoas em busca de alívio
para dores físicas, traumas emocionais e problemas de saúde.
Os Pretos Velhos são cultuados em uma das linhas de trabalho
conhecidas como Linha das Almas. Essa linha também inclui outras
entidades espirituais, como Caboclos e Crianças. Cada entidade tem
suas características e atua em diferentes aspectos espirituais e
terapêuticos.

Os Pretos Velhos possuem nomes simbólicos, como Pai João de


Angola, Vovó Maria Conga, Pai Tomé, Vovô Chico, entre tantos outros.
Cada um desses Pretos Velhos tem sua própria história, legado e
ensinamentos específicos. Eles são seres de luz que trazem consigo a
essência da ancestralidade africana e fornecem orientações e
ensinamentos valiosos para aqueles que buscam sua ajuda.

É importante ressaltar que o culto aos Pretos Velhos transcende a


religião em si. Independente da crença religiosa de cada um, é essencial
que se cultive o respeito e a reverência pelos Pretos Velhos e pelos
princípios de sabedoria, humildade e justiça que eles representam. A
conexão com essas entidades pode trazer insights profundos e contribuir
para o desenvolvimento espiritual e pessoal de cada indivíduo.
Os Preto Velhos são considerados entidades espirituais de grande
importância nas religiões afro-brasileiras, como o Candomblé e a
Umbanda. Eles são os espíritos ancestrais de negros e negras que
foram escravizados no Brasil, e trazem consigo uma carga de sabedoria,
resistência e superação.

Esses espíritos são representados como pessoas idosas, de pele


escura, trajando roupas típicas dos escravos. Sua energia é
caracterizada por ser tranquila, sábia, humilde e amorosa. São
conhecidos por sua paciência, seu poder de cura e pela capacidade de
orientar e aconselhar aqueles que buscam sua ajuda espiritual.

A figura do Preto Velho representa a força e a resiliência dos negros e


negras que vieram para o Brasil durante o período da escravidão. Eles
carregam consigo a memória de seus sofrimentos, lutas e conquistas,
trazendo uma conexão direta com a história e a cultura afro-brasileira.

Além de representarem a ancestralidade e a história dos negros no


Brasil, os Preto Velhos também possuem um importante papel na
construção de uma espiritualidade voltada para o amor, a paz e a
sabedoria. Sua energia acolhedora e pacífica ajuda a trazer equilíbrio
emocional, cura de traumas e despertar espiritual.
Além disso, os Preto Velhos também são responsáveis por realizar
trabalhos de cura espiritual, utilizando ervas, rezas e passes energéticos.
Suas práticas favorecem a limpeza energética, a cura de doenças e o
equilíbrio do corpo e da mente.

É importante ressaltar que, para se conectar com um Preto Velho, é


necessário ter respeito, humildade e abertura de coração. Eles são
espíritos que merecem nosso respeito e consideração, pois foram
responsáveis por construir parte da história e da cultura do Brasil.
No entanto, é fundamental entender que a figura do Preto Velho também
pode ser interpretada de maneiras diferentes em cada cultura e religião.
Portanto, é necessário respeitar as especificidades de cada tradição e
dialogar com seus praticantes para uma compreensão mais ampla e
enriquecedora.
O Preto Velho é uma entidade espiritual presente na religião da
Umbanda, sendo muito venerado e respeitado pelos praticantes dessa
fé. Representando a ancestralidade africana e afro-brasileira, o Preto
Velho é um espírito que traz consigo uma sabedoria profunda e uma
energia de amor e compaixão.

Essas entidades espirituais são consideradas como ancestrais que


viveram no período da escravidão no Brasil e, através de sua experiência
de vida e aprendizados, têm a capacidade de proporcionar orientação
espiritual e conselhos sábios aos que os procuram. Eles são vistos como
guardiões das tradições e conhecimentos das raízes africanas,
transmitindo ensinamentos e curando almas.

O Preto Velho carrega consigo a memória coletiva de um passado de


dor, sofrimento e injustiça. São espíritos que têm um profundo
entendimento da importância do perdão e da superação das
adversidades. Por terem experimentado a escravidão, eles representam
a força de resistência do povo afrodescendente, mostrando que, mesmo
diante de grandes desafios, é possível encontrar uma forma de
transcender a dor e encontrar a paz interior.

O perdão é um elemento central na trajetória do Preto Velho e na sua


mensagem para os devotos da Umbanda. Através de sua própria
experiência, eles entendem que o perdão é um caminho essencial para a
cura das feridas emocionais e para a evolução espiritual. Eles ensinam
que guardar mágoas e ressentimentos apenas prejudica a própria alma,
mantendo-a presa ao passado. Ao perdoar, é possível liberar essas
amarras e encontrar a paz interior.
Além disso, o Preto Velho também é conhecido por sua sabedoria
ancestral e por sua capacidade de transmitir conhecimentos valiosos.
Eles são considerados como conselheiros espirituais e são procurados
para receber orientação em diversas áreas da vida, como
relacionamentos, saúde, trabalho e espiritualidade. Sua visão ampla e
perspectiva desprendida de questões mundanas permitem que eles
ofereçam insights profundos e guia espiritual para aqueles que buscam
seus conselhos.

A presença do Preto Velho nos Terreiros de Umbanda é, portanto, de


grande importância. Eles representam a conexão com a história e a
cultura afro-brasileira, reafirmando a importância dessa herança e
ajudando a preservar e valorizar essa tradição. Além disso, eles são
exemplos vivos de amor, compaixão e perdão, inspirando os fiéis a
cultivar esses valores em suas próprias vidas.

Em suma, o Preto Velho é uma entidade espiritual de grande importância


na Umbanda. Sua presença e ensinamentos trazem cura espiritual e
emocional, além de transmitir a sabedoria ancestral e o amor
incondicional. Por meio do perdão e do amor, eles nos mostram um
caminho de transformação e evolução espiritual.
Preto velhos e suas virtudes

A humildade é uma virtude que é valorizada em todas as tradições


espirituais do mundo. Trata-se de reconhecer nossa verdadeira natureza
e nossa conexão com algo maior do que nós mesmos. É entender que
não somos os donos da verdade e que sempre há mais a aprender e a
descobrir. A humildade nos ajuda a manter uma mente aberta e
receptiva, pronta para receber novos conhecimentos e experiências.

No caso do Preto Velho, essa humildade é representada de diferentes


maneiras. Primeiro, há uma humildade perante a divindade, uma postura
de submissão e respeito em relação ao sagrado. O Preto Velho sabe
que não é superior a nenhuma outra entidade e reconhece a sabedoria e
o poder divino.

Além disso, a humildade do Preto Velho é estendida às relações com os


outros. Ele não se coloca acima de ninguém e trata todas as pessoas
com respeito e compaixão. Ele acolhe a todos, independentemente de
sua posição social, raça ou religião, demonstrando que somos todos
iguais perante o divino.

A simplicidade, por sua vez, está relacionada à capacidade de se


contentar com pouco e de valorizar as coisas simples da vida. O Preto
Velho nos ensina a encontrar a beleza e a felicidade nas coisas mais
simples do dia a dia, como uma boa comida, um momento de descanso
ou uma conversa agradável.

A simplicidade também está relacionada a uma postura desapegada em


relação aos bens materiais. O Preto Velho não busca acumular riquezas
ou posses, mas sim valoriza o que é essencial e verdadeiro. Ele nos
ensina a desapegar do que não é realmente necessário, a abrir mão do
supérfluo e a valorizar o que é importante para nossa alma e bem-estar
espiritual.
Mas vale ressaltar que a humildade e a simplicidade não significam se
rebaixar ou se diminuir. Pelo contrário, são posturas de força e
sabedoria. Ser humilde e simples é entender que não precisamos provar
nada para os outros, não precisamos ser melhores ou maiores do que
ninguém. É aceitar nossa humanidade, com todas as suas falhas e
imperfeições, e buscar sempre a evolução e o crescimento pessoal.

Portanto, quando falamos sobre a humildade e a simplicidade que o


Preto Velho representa, estamos falando de uma postura de vida, de
como nos relacionamos com nós mesmos, com os outros e com o divino.
É uma busca por uma conexão mais profunda, uma busca pela verdade
interior e pelo crescimento espiritual. É uma forma de viver em harmonia
com o mundo e com os outros, cultivando a paz, a compaixão e o amor.

Firmeza na Força de Preto-Velho para proteção do lar.


Uma imagem de São Benedito, uma caneca de ágata esmaltada – de
preferência branca, um terço de madeira ou de Lágrimas de Nossa
Senhora.
Coloque em um local alto, o terço cruzado na imagem e na frente a
caneca. Faça um sinal da cruz – em você – e em posição de respeito
reze um Pai Nosso e uma Ave Maria.
Em seguida peça:
“Meu São Benedito e toda corrente da linha dos Pretos e Pretas-Velhas,
em nome de Deus, peço proteção para o meu lar contra toda maldade,
doença ou moléstia. Proteja quem aqui vive e proteja o local em que
vivemos. Afaste a fome e a necessidade e traga a fartura, a paz e a
proteção. Amém”.
Todo dia, ofereça o primeiro café do dia – sem açúcar – a São Benedito
e a linha dos pretos-velhos, colocando na caneca em frente a imagem. A
caneca pode e DEVE ser sempre lavada. Não é preciso acender velas
ou incensos.
LINHA DO ORIENTE
A Linha do Oriente é uma parte importante da Umbanda brasileira que é
composta por várias entidades de origem oriental. Essas entidades são
classificadas em sete falanges e muitas vezes se apresentam na forma
de caboclos ou pretos velhos. Alguns exemplos famosos são o Caboclo
Timbirí, que é um caboclo japonês, e o Pai Jacó, um preto velho versado
na Cabala Hebraica.

Atualmente, o culto ao Caboclo Pena de Pavão, uma entidade que


trabalha com forças espirituais divinas de origem indiana, está se
tornando mais popular. No entanto, nem todos os espíritos dessa Linha
são orientais no sentido comum da palavra. A Linha do Oriente foi criada
para abrigar diferentes entidades que não faziam parte das principais
matrizes formadoras do brasileiro, como os índios, portugueses e
africanos.

Essa Linha se tornou bastante popular nas décadas de 1950 e 1960,


quando as tradições budistas e hindus ganharam espaço no Brasil. Os
imigrantes chineses e japoneses começaram a frequentar a Umbanda e
trouxeram suas tradições e costumes mágicos. Antes disso, também era
comum a presença dos espíritos ciganos, que têm origem oriental, nessa
Linha. Porém, devido à grande afinidade e simpatia do povo umbandista
por essas entidades, os espíritos criaram uma "Linha" independente,
com sua própria hierarquia, magia e ensinamentos.

Atualmente, a influência do Povo Cigano está cada vez mais presente na


Umbanda. Existem diversas maneiras de classificar essa Linha e este
artigo não pretende impor uma ordem na forma como os umbandistas
estudam essa vertente do trabalho espiritual. Deixo a palavra final para
os mais experientes e sábios dessa bela e diversificada religião.
Namaste e Salve o Oriente!
PRATICA DA LINHA DO ORIENTE
A prática de consumir alimentos imantados como uma forma de conexão
espiritual e absorção de energias potencializadas é algo que remonta a
diversas tradições espirituais ao redor do mundo. Essa prática está
enraizada na crença de que os alimentos têm propriedades energéticas
e que, ao consumi-los, podemos receber as bênçãos e virtudes
transmitidas por esses elementos.

Na linha do Oriente, essa prática ganha uma importância particular. Os


mestres, monges, rabinos e turcos da linha do Oriente são conhecidos
por sua dedicação à busca da iluminação espiritual e ao
desenvolvimento do ser interior. Eles nos mostram um caminho de
desapego e renúncia aos bens materiais, ensinando-nos a valorizar mais
o crescimento espiritual do que as riquezas mundanas.

Dentro dessa perspectiva, as oferendas tradicionais não são necessárias


ou valorizadas. A espiritualidade oriental valoriza mais a prática do
desapego e o desenvolvimento da consciência do que o simples ato de
ofertar bens materiais. Em vez disso, a ênfase é colocada na absorção
das energias e bênçãos presentes nos alimentos imantados.

Os alimentos imantados são preparados com a intenção de atrair e


concentrar energias positivas e benéficas. Esses alimentos são
cuidadosamente selecionados, preparados e energizados por mestres,
monges, rabinos e turcos da linha do Oriente. Durante o processo de
imantação, esses mestres concentram sua energia e intenção em
infundir nos alimentos as virtudes e bênçãos que desejam transmitir.

Ao consumir esses alimentos imantados, estamos comungando da


energia e das bênçãos presentes na linha do Oriente. Estamos
absorvendo a força e a energia contidas nesses elementos, nutrindo não
apenas nosso corpo físico, mas também nossa espiritualidade. É uma
forma de nos conectar com os mestres, monges, rabinos e turcos da
linha do Oriente, estabelecendo um elo de união e crescimento
espiritual.
Essa prática também pode ser observada em outras tradições religiosas
e espirituais orientais, onde alimentos são ofertados aos deuses e depois
consumidos pelos fiéis. É uma forma de estabelecer uma conexão direta
com o divino e de receber suas bênçãos e proteção.

No entanto, é importante frisar que essa prática não se restringe apenas


à linha do Oriente. Em qualquer linha de trabalho espiritual, é possível
realizar essa conexão por meio da absorção de energias potencializadas
nos alimentos imantados. A diferença está na dedicação e na forma
como essa prática é realizada pelos mestres, monges, rabinos e turcos
da linha do Oriente, que nos inspiram e nos mostram esse caminho
específico.

Ao consumir os alimentos imantados, estamos fortalecendo nossa


espiritualidade e nosso processo de evolução. Estamos nutrindo não
apenas nossos corpos físicos, mas também nossa alma e nossa
conexão com o divino. É uma prática que nos lembra da importância de
buscar um equilíbrio entre o material e o espiritual, de cultivar o
desapego, a gratidão e a consciência em nossa jornada espiritual.
LINHA DAS CRIANÇAS
A presença dos espíritos infantis na Umbanda é considerada uma
grande bênção, trazendo consigo uma energia leve, brincalhona e cheia
de alegria. Eles são responsáveis por auxiliar nas demandas
relacionadas às crianças, como saúde, educação, proteção e
acolhimento.

É importante ressaltar que os espíritos infantis na Umbanda não se


limitam apenas às crianças que desencarnaram, mas também são
entidades espirituais que possuem vibrações energéticas semelhantes
às das crianças. Eles são seres de luz, puros e inocentes, que trazem
suas características próprias ao se manifestarem em terreiros
umbandistas.

Muitas vezes, essas entidades se apresentam como crianças, seja


através de nomes como erês, ibejadas ou ibejis, ou até mesmo
manifestando-se como espíritos que tiveram uma conexão especial com
a infância, como exus mirins. Sua atuação na religião é vasta e diversa,
sempre procurando trazer amor, alegria e orientação para todos os
presentes.

Esses espíritos infantis não só atuam como intermediários entre o mundo


espiritual e as crianças encarnadas, transmitindo mensagens de afeto,
amor e orientação como também auxiliam no desenvolvimento espiritual
dos pequenos, mostrando-lhes valores como respeito, compreensão e
solidariedade.

Além disso, os espíritos infantis também são responsáveis pelo trabalho


de cura e proteção das crianças, auxiliando em questões de saúde e
proporcionando acolhimento emocional. Eles se mostram sempre
dispostos a ajudar e trazem um toque especial de amor e pureza para as
pessoas que buscam seu amparo.

A Umbanda é uma religião inclusiva, aberta a todas as pessoas,


independentemente de idade, raça, gênero ou condição social. Portanto,
as crianças também são muito bem-vindas nos terreiros e têm a
oportunidade de vivenciar a espiritualidade e os ensinamentos da
Umbanda desde cedo.
É importante que a vivência religiosa seja equilibrada e respeitosa, para
que as crianças possam absorver os valores verdadeiros da Umbanda,
sem perder a inocência e a leveza que lhes são característicos. Assim, é
fundamental que a presença dos espíritos infantis seja compreendida e
valorizada, proporcionando um ambiente acolhedor e amoroso para
todos.

Os espíritos infantis na Umbanda são uma verdadeira bênção, trazendo


consigo a pureza e alegria da infância. Sua presença fortalece a
continuidade e perpetuação da Umbanda ao longo dos séculos,
reforçando os laços entre o mundo espiritual e o mundo material, e
garantindo um futuro próspero e cheio de luz para a religião.

A linha das crianças na Umbanda é uma das sete linhas de trabalho


espiritual dentro dessa religião. Embora algumas pessoas acreditem que
essa linha seja composta por espíritos evoluídos que tomam forma de
criança para interagir conosco, essa ideia pode ser considerada
questionável e não corresponde necessariamente à visão geral da
Umbanda.

É importante ressaltar que a Umbanda é uma religião que busca a


harmonia, o amor e o respeito mútuo. Ela é baseada em ensinamentos e
práticas que visam a evolução espiritual e a conexão com os seres
superiores e divinos. Portanto, é mais coerente acreditar que a linha das
crianças representa a energia de alegria, pureza e inocência que as
crianças em nossa existência já possuem.

A linha das crianças é sustentada por pai Oxumaré, que é associado à


alegria e ao arco-íris. Essa linha é representada por entidades espirituais
que possuem características infantis e que expressam uma energia
jovial, brincalhona e descontraída. Essas entidades são conhecidas
como "meninos e meninas de rua" ou "erês", pois muitas vezes são
representadas como crianças que viveram em situações de
marginalidade ou exclusão social.
Dessa forma, podemos entender a linha das crianças como uma
expressão espiritual que representa a inocência, a alegria e a esperança
que essas entidades carregam consigo. Ao trabalhar com a linha das
crianças, busca-se trazer à tona essas características em nossa vida,
buscando equilíbrio emocional, felicidade e uma visão mais leve e
otimista do mundo.

No trabalho espiritual com a linha das crianças, geralmente são


realizadas algumas práticas específicas, como a prática da brincadeira,
do canto e da dança. As entidades dessa linha podem atuar em diversos
aspectos da vida, trazendo alegria, proteção, orientação e auxílio para
aqueles que buscam sua ajuda.

É importante respeitar e compreender a linha das crianças dentro da


Umbanda, assim como todas as outras linhas e tradições espirituais.
Cada linha tem sua própria maneira de atuação e suas características
específicas, que devem ser compreendidas e respeitadas dentro do
contexto religioso.

Em resumo, a linha das crianças na Umbanda representa a energia de


alegria, pureza e inocência que é associada às crianças em nossa
existência. Ela é sustentada por pai Oxumaré e é uma expressão
espiritual que busca trazer equilíbrio emocional, felicidade e uma visão
otimista do mundo. Ao trabalhar com essa linha, busca-se se conectar
com essa energia positiva, trazendo mais harmonia e alegria para a vida.
Dessa forma, podemos entender a linha das crianças como uma
expressão espiritual que representa a inocência, a alegria e a esperança
que essas entidades carregam consigo. Ao trabalhar com a linha das
crianças, busca-se trazer à tona essas características em nossa vida,
buscando equilíbrio emocional, felicidade e uma visão mais leve e
otimista do mundo.
No trabalho espiritual com a linha das crianças, geralmente são
realizadas algumas práticas específicas, como a prática da brincadeira,
do canto e da dança. As entidades dessa linha podem atuar em diversos
aspectos da vida, trazendo alegria, proteção, orientação e auxílio para
aqueles que buscam sua ajuda.
É importante respeitar e compreender a linha das crianças dentro da
Umbanda, assim como todas as outras linhas e tradições espirituais.
Cada linha tem sua própria maneira de atuação e suas características
específicas, que devem ser compreendidas e respeitadas dentro do
contexto religioso.

Em resumo, a linha das crianças na Umbanda representa a energia de


alegria, pureza e inocência que é associada às crianças em nossa
existência. Ela é sustentada por pai Oxumaré e é uma expressão
espiritual que busca trazer equilíbrio emocional, felicidade e uma visão
otimista do mundo. Ao trabalhar com essa linha, busca-se se conectar
com essa energia positiva, trazendo mais harmonia e alegria para a vida.

MATERIAL USADO NA LINHA DAS CRIANÇAS


Balões ou bolas de plástico: Usam o Mistério das 7 Esferas Sagradas,
das 7 Redomas Sagradas, dos 7 Círculos Sagrados, da Magia Divina do
Ar, da Magia Divina das Formas, da Magia Divina das Cores, da Magia
Divina dos Gases etc.
Brinquedos em geral: Captadores e dissipadores de energias, Magia
Divina dos Movimentos Sagrados, Ferramentas e Armas simbólicas, etc.
Balas e doces: Limpadores, purificadores, energizadores, curadores
etc.
Bater palmas: Forma de manipulação energética. Podem bater palmas
lentamente, mais depressa, espaçadas, continuamente, tudo depende
da forma que estão direcionando as energias no ambiente e nas
pessoas assistidas.
A linha dos Baianos na Umbanda é uma das mais queridas e populares.
Ela traz a energia vibrante e alegre do povo baiano, conhecido por sua
cultura rica e diversa. Essa linha de trabalho é formada por espíritos que
viveram na Bahia e representam a cultura popular, a música, a dança, a
culinária e todas as tradições baianas.

Os Baianos são entidades alegres, brincalhonas e festivas, que trazem


consigo a energia contagiante do Carnaval, das festas populares e dos
ritmos afro-brasileiros. São espíritos animados, que gostam de cantar,
dançar e se divertir enquanto trabalham na espiritualidade.

Apesar de sua alegria e descontração, os Baianos são mestres no que


fazem. Eles trabalham, principalmente, na área da cura, utilizando a
força das ervas, das rezas e dos passes magnéticos para auxiliar na
cura de doenças físicas e espirituais. São especialistas nas rezas e
orações, conhecendo as palavras certas para invocar a força divina em
prol da cura e do bem-estar.
Os Baianos também têm uma forte ligação com a natureza, com as
plantas e com as ervas medicinais. Eles conhecem as propriedades de
cada erva e sabem como utilizá-las de forma terapêutica, sempre com o
auxílio dos Guias Espirituais e da sabedoria divina. Por isso, muitas
vezes são chamados de "Médicos do Astral".

A linha dos Baianos na Umbanda também está ligada à espiritualidade


de Caboclos e Pretos Velhos, pois muitas vezes essas entidades se
manifestam juntas durante os trabalhos espirituais. Cada uma delas
desempenha um papel específico, complementando-se e colaborando
para auxiliar no desenvolvimento espiritual e na cura dos consulentes.
Infelizmente, apesar de serem muito bem aceitos em São Paulo, os
Baianos ainda sofrem algumas reservas em outros estados do Brasil.
Isso acontece devido a uma visão preconceituosa e estereotipada de
que os Baianos são apenas brincalhões e não levam a espiritualidade a
sério. No entanto, é importante ressaltar que eles são tão sérios e
comprometidos com o trabalho espiritual quanto qualquer outra entidade
da Umbanda.
Os Baianos nos ensinam a importância da alegria, do amor e da
expressão popular na religião. Eles são verdadeiros mestres da fé e da
alegria de viver, e nos mostram que é possível ser espiritual e se divertir
ao mesmo tempo. Suas vibrações positivas e contagiante são capazes
de elevar o astral e trazer mais equilíbrio para aqueles que buscam
auxílio espiritual.

Por isso, devemos receber os Baianos de braços abertos e valorizar sua


contribuição para a Umbanda. Devemos lembrar que a espiritualidade é
aberta a todos, independentemente de onde venham ou do sotaque que
tenham. O importante é reconhecer o trabalho sério, o amor e a
dedicação que as entidades trazem em seu auxílio aos seres humanos.
Afinal, todos nós buscamos a cura, a evolução e o equilíbrio espiritual, e
os Baianos podem nos ajudar nessa jornada.
A presença dos guias baianos na Umbanda é marcante e expressa a
riqueza cultural e espiritual do povo brasileiro. Através de sua energia e
sabedoria, esses espíritos se manifestam durante os trabalhos espirituais
para auxiliar aqueles que buscam ajuda e orientação.

Esses guias espirituais são reconhecidos não apenas pela maneira


como se expressam, com seu sotaque característico e expressões
típicas, mas também pela forma como se vestem. Os baianos
geralmente são representados com roupas coloridas e chamativas,
carregando acessórios como chapéus de palha, colares e lenços. Essa
vestimenta é uma expressão de sua cultura e folclore, mas também é
simbólica, representando sua devoção e conexão com as divindades
africanas.
É importante ressaltar que, embora sejam conhecidos como Baianos,
esses espíritos não necessariamente viveram na Bahia durante sua
encarnação terrena. O termo "baiano" foi adotado na Umbanda como
uma forma de homenagear a origem do Brasil, já que a cidade de
Salvador, na Bahia, foi o marco inicial da colonização do país. Portanto,
os guias baianos na Umbanda representam a essência e a trajetória do
povo brasileiro como um todo, resgatando suas raízes culturais e
espirituais.

Os guias baianos são conhecidos por sua alegria, simpatia e bom


humor, características que refletem a maneira de viver e encarar a vida
que é tão própria da cultura baiana. Eles transmitem essa energia
positiva durante os trabalhos espirituais e estimulam as pessoas a
enxergar o lado bom das situações, a ter fé e a buscar soluções para
seus problemas com alegria e determinação.
Além disso, esses guias também são vistos como grandes conselheiros,
possuindo uma sabedoria profunda e uma visão ampla da vida. Eles são
capazes de oferecer orientação espiritual, promovendo o crescimento
pessoal e o desenvolvimento espiritual daqueles que os procuram.

Portanto, entender e valorizar o arquétipo do Baiano na Umbanda não se


resume apenas ao reconhecimento de um sotaque ou forma de vestir
característica. Trata-se de compreender a importância cultural, espiritual
e histórica por trás dessa linha de trabalho, reconhecendo sua relevância
na religião e na sociedade brasileira. Os guias baianos são verdadeiros
guardiões da cultura e espiritualidade brasileira, carregando consigo a
alegria, a força e a sabedoria de um povo que luta e persevera em busca
de seu crescimento espiritual.
A firmeza dos baianos é uma característica marcante e admirável. Em
meio às adversidades, eles se mantêm fortes e determinados,
enfrentando os desafios com coragem e resiliência. Com uma mandala
direcionadora, eles traçam seus caminhos com garra e determinação,
sem se deixarem abalar pelas dificuldades que possam surgir.

Para simbolizar essa firmeza, é comum utilizar o ponto riscado em


espiral, representando o movimento contínuo e a persistência dos
baianos. Esse ponto é verdadeiro e centra suas energias, direcionando-
as de forma positiva para superar qualquer obstáculo que possa surgir
em seu caminho.

Ao entrar em um local onde a firmeza é valorizada, é comum encontrar


sete velas, cada uma posicionada em uma ponta estratégica do ponto
riscado. Essas velas representam a luz e proteção que a firmeza
proporciona, iluminando os caminhos e dissipando a escuridão.

No centro do ponto riscado, é possível encontrar belas folhas de


coqueiros e cocos secos. Esses elementos simbolizam a resistência e a
fortaleza da cultura baiana. Os coqueiros, com sua capacidade de
resistir a climas adversos e ainda assim produzir frutos saborosos e
nutritivos, representam a capacidade dos baianos de enfrentar os
desafios e emergir ainda mais fortes. Os cocos secos, por sua vez,
simbolizam a resiliência e a capacidade de se adaptar a condições
áridas e hostis, mantendo-se firmes mesmo diante das adversidades.

A firmeza dos baianos não é apenas um traço cultural, mas uma maneira
de encarar a vida. Eles sabem que, mesmo diante das dificuldades, é
preciso permanecer firmes na busca de seus objetivos e sonhos. Assim
como as velas que iluminam o caminho e as folhas de coqueiro que
resistem aos ventos mais fortes, os baianos são exemplo de tenacidade
e persistência.

Portanto, quando pensar nos baianos, reconheça a sua firmeza.


Admirável e inspiradora, ela os impulsiona a enfrentar desafios, superar
obstáculos e alcançar grandes conquistas. Que possamos aprender com
essa característica marcante e seguir em frente, com a determinação e
coragem dos filhos da Bahia.
Meu Senhor do Bonfim,

Encontro-me na Tua presença, humildemente, para receber de Ti todas as graças que quiseres
me dispensar.

Perdoai-me, Senhor, por todas as faltas que porventura eu tenha cometido por obra ou
pensamento.

Fazei-me forte para vencer todas as tentações e malfeitos do inimigo.

Que o sagrado Orixá Ogum corte com sua espada todos os males que de mim se acercarem.

Que Iemanjá, Rainha do Mar, com a Tua proteção, leve sob grilhões para o fundo do mar toda a
inveja que sobre mim, recair.

Que Oxum leve consigo todas as lágrimas que eu tenha a chorar, para nunca o desespero ou a
desgraça me alcançar.

Que toda a fortuna do mundo possa chegar aos meus pés, com a proteção do grande Orixá
Oxumaré.

Que Xangô, do alto da sua santa pedreira, solidifique todos os bens que eu alcançar.

Salve o Senhor do Bonfim!


A linha dos Marinheiros é composta por entidades espirituais que
possuem uma forte conexão com a água e a navegação. Ela representa
a figura do marinheiro, do navega dor dos rios, e até mesmo do pirata.
Essas entidades são conhecidas pela sua ligação com o elemento água
e sua vivência cultural em torno dela.

Dentro da Umbanda, os Marinheiros ocupam um papel muito importante,


pois trazem uma energia poderosa e auxiliam em diversos processos
espirituais, curas e evoluções. Eles são considerados como
intermediários entre os seres humanos e o plano espiritual, atuando
como guias e auxiliando no caminho espiritual dos fiéis.

Os Marinheiros possuem suas próprias músicas, conhecidas como


pontos cantados, que são entoadas durante os trabalhos espirituais.
Esses pontos cantados trazem uma energia muito positiva e elevada
para o ambiente, ajudando a criar uma atmosfera propícia para a
comunicação com o plano espiritual.

Além das músicas, os Marinheiros também têm suas danças


características que são realizadas durante os rituais e trabalhos
espirituais. Essas danças ajudam a conectar as entidades com os fiéis e
intensificam a energia do ambiente.A linha dos Marinheiros também é
bastante valorizada dentro da Umbanda por conta da sua conexão com
a natureza e com a água. A água é um elemento fundamental para a
vida e possui poder de cura e purificação. Portanto, os Marinheiros
trazem consigo a energia e sabedoria da água, auxiliando na limpeza
espiritual e no equilíbrio emocional dos indivíduos.

Cada entidade da linha dos Marinheiros possui características e


atribuições específicas. Por exemplo, temos o Navegador, que é aquele
que pratica a navegação em alto mar e possui um conhecimento
profundo dos mistérios dos oceanos. Temos também o Baiano, que
possui uma conexão especial com a espiritualidade afro-brasileira e é
conhecido por sua sabedoria e força espiritual. E, por fim, temos o
Pirata, que representa a figura do navegante aventureiro e corajoso.
Essa diversidade de entidades dentro da linha dos Marinheiros permite
que ela atenda a diferentes necessidades espirituais dos indivíduos. Seja
para buscar orientação, cura ou proteção, as entidades dessa linha
estão disponíveis para auxiliar e guiar os fiéis em seus caminhos
espirituais.

Em resumo, a linha dos Marinheiros na Umbanda representa uma


importante conexão com a água e a vivência cultural em torno dela. Com
suas músicas, danças e energia positiva, eles auxiliam nas curas e
evoluções espirituais dos fiéis, sendo uma linha muito valorizada dentro
da Umbanda.
firmeza:
1. Risque o signo aquático: a influência do signo relacionado ao
elemento água.
2. Coloque a vela bicolor branca e azul na ponta: Nessa etapa, você
adiciona uma vela que tenha duas cores, branca e azul.
3. Coloque o copo de rum em baixo: Nessa etapa, você coloca um copo
de rum abaixo.
4. Em cima do copo, coloque o charuto: Na última etapa, você coloca um
charuto em cima do copo de rum.
Os Boiadeiros são entidades espirituais incorporadas nos terreiros de
Umbanda que trazem consigo a energia do campo e do trabalho rural.
São considerados espíritos de luz em um grau intermediário de evolução
espiritual.

A palavra "Boiadeiro" vem do termo "boiada", que se refere a um grupo


de bois ou gado que é conduzido por pastores em uma jornada de um
local para outro. Os Boiadeiros, portanto, simbolizam o trabalho árduo, a
força, a determinação, o senso de comunidade e a sabedoria adquirida
com as experiências vividas na vida carnal.Assim como todas as
entidades espirituais presentes na Umbanda, os Boiadeiros trabalham
com o objetivo de ajudar os seres humanos em seu processo de
evolução espiritual. Eles atuam como intermediários entre a esfera
espiritual e a terrena, oferecendo orientação, proteção, cura espiritual,
além de auxiliar em questões de trabalho, saúde, amor e outros
aspectos da vida material.

Os Boiadeiros possuem uma energia masculina e forte, sendo


representados como homens rústicos e robustos, vestidos em trajes
típicos dos trabalhadores rurais, como chapéus de palha, calças e
camisas xadrez. Muitas vezes, seguram um berrante, um chicote ou uma
vara de bois, simbolizando sua conexão com o campo e seu papel como
líderes na condução do rebanho.

Embora os Boiadeiros sejam considerados espíritos de luz, em um grau


intermediário de evolução, é importante notar que eles também têm uma
relação próxima com os Exus. Muitos Boiadeiros são ex-Exus, ou seja,
espíritos que anteriormente estavam em um grau mais baixo de evolução
espiritual, mas que estão em processo de ascensão em sua jornada
espiritual. Por isso, é comum que Boiadeiros e Exus trabalhem em
conjunto, pois há uma afinidade vibratória entre eles.
Enquanto os Exus estão no estágio um na escala evolutiva espiritual, os
Boiadeiros já estão em um estágio mais avançado. Os Exus são
espíritos que estão na ponte entre as trevas e a luz, trabalhando como
um canal de comunicação entre as entidades espirituais e os seres
humanos. Já os Boiadeiros estão transcendo o estágio de Exu e se
dirigindo em direção à luz, buscando a evolução espiritual.

Portanto, os Boiadeiros são vistos como espíritos em um estágio


transitório, em processo de ascensão e evolução em sua jornada
espiritual. Eles são considerados trabalhadores da luz, comprometidos
em auxiliar os seres humanos em sua evolução espiritual, trazendo
consigo a sabedoria e as experiências adquiridas em suas vidas
passadas. Sua energia é de força, coragem, proteção e liderança, e eles
são vistos como guias e mentores espirituais em sua atuação nos
terreiros de Umbanda

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