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2022
2022
iii
AGRADECIMENTOS
Agradeço a minha esposa Noemi, e minhas filhas Ana Carolina e Gabriela pelo
incentivo, suporte, e paciência para ouvir os assuntos relacionados ao mestrado, desde a
primeira disciplina como aluno especial até hoje.
Agradeço o meu coorientador Prof. Dr. Luiz Eduardo Galvão Martins pela
oportunidade de participar deste projeto, pela orientação recebida, e por me incentivar a
ampliar os conhecimentos de análise de segurança.
Aos colegas com quem tive a satisfação de conviver, como aluno especial e como
aluno regular, muito obrigado pelo acolhimento e companheirismo.
iv
SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS .................................................................................................... iii
LISTA DE FIGURAS ................................................................................................... viii
LISTA DE TABELAS ..................................................................................................... x
LISTA DE ABREVIATURAS........................................................................................ xi
RESUMO ....................................................................................................................... 12
ABSTRACT ................................................................................................................... 14
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 16
1.1 Diabetes mellitus.............................................................................................. 16
1.2 Tratamento para DM1 ...................................................................................... 17
1.2.1 Terapia intensiva com MDI ...................................................................... 18
1.2.2 Terapia intensiva com SICI ...................................................................... 18
1.3 Evolução da segurança das bombas de insulina .............................................. 19
1.3.1 Breve descrição da bomba de infusão contínua de insulina ..................... 19
1.3.2 Histórico da bomba de infusão contínua de insulina com foco em
segurança ................................................................................................................. 20
1.4 Gerenciamento de risco ................................................................................... 22
1.5 Desenvolvimento de uma bomba de infusão contínua de insulina de baixo
custo na UNIFESP ...................................................................................................... 22
1.6 Trabalhos correlatos ......................................................................................... 25
2 OBJETIVOS............................................................................................................ 26
2.1 Objetivo geral .................................................................................................. 26
2.2 Objetivos específicos ....................................................................................... 26
3 MATERIAL E MÉTODOS .................................................................................... 27
3.1 Funções do equipamento e ambiente operacional ........................................... 28
3.2 Requisitos de segurança para a arquitetura ...................................................... 31
3.2.1 Identificação de situações perigosas e causas – Análise Preliminar de
Perigos 32
3.2.2 Identificação de situações perigosas e causas- metodologia STPA ......... 37
3.2.3 Comparação das metodologias para identificação de situações perigosas e
suas causas............................................................................................................... 43
3.2.4 Especificação de requisitos de segurança para a arquitetura .................... 44
3.3 Adequação da arquitetura ................................................................................ 45
3.4 Avaliação da arquitetura e especificação de requisitos de segurança para
componentes ............................................................................................................... 45
v
3.4.1 Análise de falhas de componentes físicos ................................................ 45
3.4.2 Análise de erros do usuário ...................................................................... 50
3.4.3 Análise de alarmes .................................................................................... 51
4 RESULTADOS ....................................................................................................... 53
4.1 Requisitos de segurança para a arquitetura ...................................................... 53
4.1.1 Situações perigosas e suas causas – Análise Preliminar de Perigos ......... 53
4.1.2 Situações perigosas e suas causas - metodologia STPA .......................... 61
4.1.3 Requisitos oriundos das situações perigosas e suas causas ...................... 64
4.2 Adequação da arquitetura ................................................................................ 70
4.3 Requisitos de segurança para componentes ..................................................... 73
4.3.1 Análise de falhas de componentes físicos ................................................ 73
4.3.2 Análise de erros do usuário ...................................................................... 77
4.3.3 Análise de falhas de monitores e alarmes ................................................. 80
5 DISCUSSÃO........................................................................................................... 82
5.1 Falhas randômicas de componentes físicos ..................................................... 82
5.1.1 Controlador de segurança ......................................................................... 83
5.1.2 Proteção contra tensão excessiva e perda de energia elétrica ................... 83
5.1.3 Autotestes da CPU, memória e tela de cristal líquido .............................. 83
5.1.4 Detecção de falha dos botões de controle ................................................. 84
5.1.5 Detecção de falha do motor de passo / driver associado .......................... 84
5.1.6 Teste de alarmes relevantes para segurança ............................................. 84
5.2 Falhas sistêmicas relacionadas às condições operacionais e ambientais ......... 84
5.2.1 Indicações / alarmes de carga da bateria e volume da seringa ................. 85
5.2.2 Dispositivo para equalização de pressão .................................................. 85
5.2.3 Imunidade eletromagnética....................................................................... 85
5.2.4 Proteção contra superaquecimento ........................................................... 86
5.3 Erros do usuário ............................................................................................... 86
5.3.1 Proteções contra oclusão do conjunto de infusão ..................................... 86
5.3.2 Limite máximo para programação de infusão basal e bolus .................... 87
5.3.3 Alarme de tampa do compartimento da seringa aberto ............................ 87
5.3.4 Confirmação de tarefas que afetam segurança ......................................... 87
6 CONCLUSÕES....................................................................................................... 88
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 90
APÊNDICES .................................................................................................................. 95
Apêndice 1: Causas de situações perigosas – Análise Preliminar de Perigos. ........... 95
vi
Apêndice 2: Causas de situações perigosas – metodologia STPA ............................. 97
Apêndice 3: Análise de falhas de componentes físicos ............................................ 102
Apêndice 4: Análise de erros do usuário .................................................................. 109
Apêndice 5: Análise de falhas de monitores / alarmes ............................................. 117
vii
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Ilustração do tratamento com bomba de insulina .......................................... 18
Figura 2: Diagrama de blocos simplificado da bomba de infusão contínua de insulina.
........................................................................................................................................ 20
Figura 3: Relação entre o nível de segurança e o uso da bomba de infusão contínua de
insulina nos anos 80 e 90. ............................................................................................... 21
Figura 4: Protótipo versão 1 da bomba de infusão de insulina em desenvolvimento ... 23
Figura 5: Protótipo versão 2 da bomba de infusão de insulina em desenvolvimento ... 23
Figura 6: Protótipos miniaturizados da bomba de infusão de insulina em
desenvolvimento. ............................................................................................................ 24
Figura 7: Visão geral do processo de gerenciamento de risco, conforme a norma ABNT
ISO 14971. ...................................................................................................................... 27
Figura 8: Gerenciamento de risco integrado ao desenvolvimento do equipamento. .... 28
Figura 9: Ilustração das funções básicas e ambiente operacional da bomba de infusão
de insulina de baixo custo............................................................................................... 29
Figura 10: Ilustração de dosagem basal e bolus ............................................................ 30
Figura 11: Ilustração da especificação de requisitos de segurança para a arquitetura de
uma bomba de infusão de insulina de baixo custo, em desenvolvimento. ..................... 31
Figura 12: Arquitetura da bomba de infusão contínua de insulina sem medidas de
controle de risco.............................................................................................................. 35
Figura 13: Visão geral da metodologia STPA .............................................................. 37
Figura 14: Estrutura de Controle usada para análise STPA .......................................... 38
Figura 15: Estrutura de Controle ilustrando os Controladores e Ações de Controle
associadas ....................................................................................................................... 39
Figura 16: Estrutura de Controle ilustrando causas de ações de controle inseguras
associadas ao Controlador Humano ............................................................................... 41
Figura 17: Estrutura de Controle ilustrando causas de ações de controle inseguras
associadas ao Microcontrolador ..................................................................................... 42
Figura 18: Comparação do nível de detalhe de situações perigosas e suas causas
oriundos da Análise Preliminar de Perigos e da Metodologia STPA ............................. 43
Figura 19: Arquitetura da bomba de insulina com medidas de controle de risco ......... 45
Figura 20: Fonte de energia elétrica .............................................................................. 46
Figura 21: Tela de cristal líquido .................................................................................. 47
Figura 22: Interfaces do microcontrolador .................................................................... 47
Figura 23: Interfaces do controlador de segurança ....................................................... 48
Figura 24: Motor de passo e driver associado ............................................................... 48
Figura 25: Transmissão mecânica ................................................................................. 48
Figura 26: Seringa e conjunto de infusão ...................................................................... 49
Figura 27: Rastreabilidade dos requisitos de segurança para a arquitetura................... 53
Figura 28: Mecanismo de acionamento indevido do êmbolo da seringa devido a
variações de pressão ambiente........................................................................................ 72
viii
Figura 29: Rastreabilidade dos requisitos oriundos da análise de falhas de componentes
físicos .............................................................................................................................. 73
Figura 30: Rastreabilidade dos requisitos oriundos da análise de erros do usuário ...... 77
Figura 31: Rastreabilidade dos requisitos oriundos da análise de falhas de monitores 80
ix
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Condições ambientais para uso da bomba de insulina................................... 31
Tabela 2: Classificação de severidade de situações perigosas associadas ao uso da
bomba de infusão contínua de insulina, de acordo com os efeitos no paciente. ............ 33
Tabela 3: Classificação de severidade para situações perigosas que causam
hipoglicemia ................................................................................................................... 34
Tabela 4: Classificação de severidade para situações perigosas que causam
hiperglicemia .................................................................................................................. 34
Tabela 5: Situações perigosas de alto nível no uso da bomba de infusão de insulina... 54
Tabela 6: Visão geral das funções da terapia com bomba de infusão de insulina......... 55
Tabela 7: Funções alocadas ao paciente no uso da bomba de infusão de insulina........ 57
Tabela 8: Funções alocadas à bomba de infusão de insulina ........................................ 59
Tabela 9: Ações de Controle Inseguras do Controlador Humano ................................. 62
Tabela 10: Ações de Controle Inseguras do Microcontrolador ..................................... 63
Tabela 11: Requisitos de segurança para adequação da arquitetura ............................. 65
Tabela 12: Requisitos de segurança para o manual do usuário da bomba de infusão de
insulina ........................................................................................................................... 68
Tabela 13: Propostas de medidas de segurança para a arquitetura da bomba de infusão
de insulina ....................................................................................................................... 70
Tabela 14: Requisitos oriundos da análise de falhas de componentes físicos da bomba
de infusão de insulina ..................................................................................................... 75
Tabela 15: Requisitos oriundos da análise de erros do usuário da bomba de infusão de
insulina ........................................................................................................................... 78
Tabela 16: Causas de situações perigosas de alto nível ................................................ 95
Tabela 17: Causas de Ações de Controle Inseguras do Controlador Humano .............. 97
Tabela 18: Causas de Ações de Controle Inseguras do Microcontrolador .................... 99
Tabela 19: Análise de falhas de componentes físicos ................................................. 102
Tabela 20: Análise de erros do usuário ....................................................................... 109
Tabela 21: Análise de falhas de monitores / alarmes .................................................. 117
x
LISTA DE ABREVIATURAS
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
DM Diabetes Mellitus
xi
RESUMO
Introdução: Diabetes mellitus (DM) é uma doença metabólica, caracterizada por excesso
de glicose no sangue, que se não for tratada adequadamente causa complicações agudas
e crônicas com consequências graves. Os principais tipos de diabetes são o Diabetes
Mellitus tipo 1 (DM1), causado pela falta de secreção de insulina pelo pâncreas, e o
Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2), originado pela resistência dos tecidos-alvo à ação do
hormônio. Os tratamentos para o DM visam controlar a glicemia de modo a prevenir as
complicações, sendo que a terapia com bomba de infusão contínua de insulina é a que
proporciona mais recursos para controle glicêmico de pacientes com DM1, aproximando-
se do padrão de secreção pancreático do hormônio. Porém o alto custo limita o acesso a
essa terapia, razão pela qual um grupo de pesquisa da Universidade Federal de São Paulo
(UNIFESP) está desenvolvendo uma bomba de infusão de insulina de baixo custo, em
parceria com uma empresa da área de equipamentos médicos. Visando uso seguro do
equipamento, a certificação da bomba de insulina em desenvolvimento requer a aplicação
de um protocolo de gerenciamento de risco conforme a norma da Associação Brasileira
de Normas Técnicas - International Organization for Standardization ABNT ISO 14971.
Objetivo: O objetivo desse trabalho foi conduzir um protocolo de gerenciamento de
risco, definindo propostas de medidas de segurança a serem incorporadas na bomba de
infusão de insulina em desenvolvimento. Metodologia: O gerenciamento de risco foi
baseado na norma ABNT ISO 14971, e conduzido de maneira integrada às atividades do
processo de desenvolvimento do produto. O trabalho foi dividido em quatro passos:
identificação das funções e ambiente operacional do equipamento; especificação de
requisitos de segurança para o projeto arquitetural; adequação da arquitetura do ponto de
vista de segurança; e especificação de requisitos de segurança para o projeto detalhado.
A especificação de requisitos de segurança foi realizada a partir da identificação de
situações perigosas para o paciente no uso da bomba de insulina. Resultados e
Conclusão: Foram especificados requisitos de segurança para proteger o paciente contra
hiperglicemia, hipoglicemia, variações glicêmicas e problemas dermatológicos,
endereçando as causas de situações perigosas: falhas de componentes físicos, erros de
desenvolvimento e erros do usuário. Ademais, foram propostas medidas de controle de
risco para adequar o projeto arquitetural do ponto de vista de segurança. A comparação
dos resultados com a norma sobre bombas de infusão, recomendações da Food and Drug
Administration (FDA) e bombas de insulina certificadas, mostrou que os requisitos e as
12
medidas de segurança oriundos do gerenciamento de risco desenvolvido no presente
estudo são equivalentes às melhores práticas adotadas. Sendo assim, esses resultados
contribuirão para a certificação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)
e uso seguro do equipamento em desenvolvimento.
13
ABSTRACT
14
Keywords: Insulin infusion pump, diabetes mellitus, risk management, safety, ISO
14971.
15
1 INTRODUÇÃO
A introdução está dividida em 5 subseções, conforme descrito a seguir: a primeira
subseção aborda o diabetes mellitus (DM) e os principais tipos de DM, o diabetes mellitus
tipo 1 (DM1) e o diabetes mellitus tipo 2 (DM2); a segunda subseção foca no tratamento
intensivo para o DM1, que inclui a terapia com bomba de infusão de insulina; a terceira
subseção apresenta uma evolução histórica da segurança de bombas de insulina; a quarta
subseção descreve brevemente o processo de gerenciamento de risco de equipamento
médico; e a quinta subseção mostra a evolução do desenvolvimento de uma bomba de
infusão de insulina de baixo custo na UNIFESP, culminando com o objetivo geral do
presente trabalho.
16
devido à hiperglicemia. As complicações microvasculares causam insuficiência renal,
neuropatia e retinopatia. Por outro lado, as anormalidades macro vasculares podem levar
a infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e amputação de membros inferiores
(IDF, 2017).
17
pâncreas por meio de uma dosagem basal cobrindo 24 horas por dia, além de possibilitar
a administração de doses em pulso (bolus) pós-prandial e de correção. O objetivo do
tratamento intensivo analisado no ensaio DCCT foi manter a glicemia próxima do valor
fisiológico, por meio de duas formas de administração de insulina: múltiplas doses de
insulina (MDI) e sistema de infusão contínua de insulina (SICI), ambas associadas ao
monitoramento frequente (3 a 4 vezes ao dia) da glicemia. No tratamento intensivo com
insulina, o valor médio de hemoglobina glicada obtido foi de 7%, ao passo que no
tratamento convencional foi de 9% (Nathan, 2014; SBD, 2019; Gabbay, 2019). Uma
breve descrição da terapia intensiva por meio de MDI e SICI é apresentada a seguir.
Autoria própria
O tratamento intensivo com SICI utiliza insulina de ação rápida para as demandas
basal e bolus, o que possibilita mimetizar com maior fidelidade a secreção pancreática do
hormônio, em comparação à terapia MDI. A terapia com SICI apresenta mais recursos
para controle glicêmico que o tratamento com MDI, propiciando maior flexibilidade de
estilo de vida ao paciente (Lenhard e Reeves, 2001). Por exemplo, a taxa de infusão basal
18
pode ser ajustada para melhor atender as situações a seguir (Lenhard e Reeves, 2001;
Garvey e Wolfsdorf, 2015):
19
Autoria própria
As bombas de insulina dessa primeira geração eram grandes, pesadas e não tinham
dispositivos de segurança, alarmes e imunidade eletromagnética para proteção contra
infusão excessiva ou insuficiente de insulina. Existia o risco de hipoglicemia causada por
disparo da bomba, bem como de hiperglicemia devido a perda de infusão sem alarme para
o paciente, e a obstrução ou desprendimento do conjunto de infusão eram causas
frequentes de perda da infusão do hormônio (Alsaleh et al, 2010; Bell, 1994; Trence e
Hirsch, 2015). Em 1982 foram reportadas 35 mortes de usuários de bombas de insulina
nos Estados Unidos, causando redução drástica do número de usuários e de fabricantes
no mercado (Bell, 1994).
20
Fontes: Alsaleh et al, 2010; Bell, 1994; Trence e Hirsch, 2015
Figura 3: Relação entre o nível de segurança e o uso da bomba de infusão contínua de insulina nos
anos 80 e 90.
21
1.4 Gerenciamento de risco
Visando o uso seguro de equipamento médico, a certificação em muitos países
requer que seja aplicado ao produto um gerenciamento de risco conforme estabelecido na
norma ISO 14971 (Dolan, 2004). No Brasil, a certificação da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (ANVISA) requer aplicação do processo de gerenciamento de risco
definido na ABNT NBR ISO 14971. Esse processo identifica, avalia e controla o risco de
situações perigosas (circunstâncias que apresentam efeito adverso para o paciente no uso
do equipamento médico), contemplando todo ciclo de vida do produto (ABNT, 2020).
22
Fontes: Tenório, 2019; Vecchete, 2018
23
Os protótipos miniaturizados, mostrados na figura 6, representam um produto
minimamente viável (PMV), com dimensões e forma similares às de bombas de infusão
de insulina disponíveis comercialmente. Para tanto, o conjunto mecânico foi
miniaturizado e a placa eletrônica foi modificada, visando atender o envelope
dimensional mais restrito. No primeiro protótipo miniaturizado, o reservatório de insulina
é uma seringa comercialmente disponível. Também foram realizados testes de precisão
de entrega de insulina com esse protótipo (Martins et al., 2015; Tenorio et al., 2021). O
segundo protótipo miniaturizado usa um refil de caneta de insulina como reservatório,
com objetivo de reduzir custo para o usuário.
24
1.6 Trabalhos correlatos
Pesquisadores da Food and Drug Administration (FDA) realizaram em uma
Análise Preliminar de Perigos para uma bomba de infusão de insulina genérica, a partir
de um modelo que contempla características usuais nesse tipo de equipamento. A
identificação de situações perigosas para o paciente no uso da bomba de insulina, bem
como as causas correspondentes, foi feita com a participação de fabricantes, usuários, e
especialistas em tratamento de diabetes. Também foram usados relatos de eventos
adversos na elicitação das situações perigosas e suas causas. Essa Análise Preliminar de
Perigos é uma referência útil para conduzir o gerenciamento de risco bombas de infusão
de insulina (Zhang et al., 2010).
25
2 OBJETIVOS
26
3 MATERIAL E MÉTODOS
O gerenciamento de risco foi conduzido de acordo com as orientações da norma
ABNT ISO 14971, cuja visão geral do processo está ilustrada na figura 7.
27
desenvolvimento desses sistemas (SAE, 2010). A integração dos processos melhora a
qualidade do produto e reduz a necessidade de modificações de grande impacto, oriundas
do gerenciamento de risco (FDA, 2014b). As atividades da norma ABNT ISO 14971
(figura 7), referentes à fase de desenvolvimento do equipamento, foram incorporadas ao
processo integrado. As atividades em branco na figura 8 estão fora do escopo do presente
trabalho.
28
para avaliar a glicemia e operar a bomba, bem como assistência médica de uma equipe
especializada em diabetes.
Autoria própria
29
possível alterar provisoriamente a infusão basal, adequando-a a situações
tais como exercícios físicos.
• Doses em bolus (pulso) pós-prandiais e de correção de glicemia. Pode ser
programado bolus com duração maior (bolus estendido), para situações em
que o paciente ingere alimentos durante um longo tempo, como ocorre em
festas.
Autoria própria
30
Tabela 1: Condições ambientais para uso da bomba de insulina
Fontes: FDA, 2014a; Medtronic Minimed,2015; Heinemann et al, 2020; King BR et al, 2011; ABNT, 2017.
Autoria própria
31
Foram empregadas duas metodologias para identificação das situações perigosas
e suas causas: a Análise Preliminar de Perigos, e a metodologia STPA (do inglês System
Theoretic Process Analysis), na qual as situações perigosas são denominadas Ações de
Controle Inseguras. Os requisitos de segurança para a arquitetura foram especificados a
partir das situações perigosas e identificação de causas associadas. A identificação das
causas de situações perigosas levou em consideração:
32
A elicitação de situações perigosas a partir da função primária levou em conta a
seguinte lista de possibilidades, oriunda de um processo usado em análise de segurança
de sistemas aeronáuticos (SAE, 1996):
• Perda da função
• Perda da função sem conhecimento do paciente
• Desempenho errôneo da função
• Desempenho errôneo da função sem conhecimento do paciente
Foram definidos os efeitos de cada situação perigosa de alto nível, com base em
relatos de casos similares encontrados na literatura (Ross et al., 2015; Midthjell et al.,
1994; Ziegler et al., 2019).
33
Critérios mais específicos foram usados para classificação da severidade dos
efeitos de hipoglicemia e hiperglicemia, com base na classificação usada para ensaios
clínicos (Gabbay, 2019; SBD, 2019; Iqbal e Heller, 2016; kitabchi et al., 2009). Esses
critérios estão descritos nas tabelas 3 e 4, que apresentam a correspondência entre a
classificação de hipoglicemia e hiperglicemia para ensaios clínicos e a classificação de
severidade de situações perigosas do presente estudo.
34
A identificação de falhas randômicas que contribuem para as situações perigosas
de alto nível foi realizada por meio de análise do protótipo da bomba de insulina, sem
medidas de controle de risco (Figura 12). Uma descrição sucinta dessa configuração da
bomba de insulina está apresentada a seguir. O paciente programa a bomba de insulina
através da interface com o usuário, que inclui os botões e a tela de cristal líquido. O
microcontrolador permite a programação da dosagem de insulina, por meio da interface
com o usuário, e envia comandos ao driver de motor de passos para executar a infusão,
conforme programado. O motor de passos aciona o êmbolo da seringa através da
transmissão mecânica, e o conjunto de infusão faz a interface para entregar a insulina no
tecido subcutâneo do paciente. A pilha e o regulador de tensão fornecem energia elétrica
para o funcionamento da bomba de insulina (Vecchete, 2018).
Autoria própria
Figura 12: Arquitetura da bomba de infusão contínua de insulina sem medidas de controle de risco
35
o Temperatura de componentes eletrônicos acima do limite causa
mau funcionamento.
• Recomendações da FDA sobre bombas de infusão (FDA, 2014b)
• Análise de risco de uma bomba de infusão de insulina genérica (Zhang et
al., 2010).
36
3.2.2 Identificação de situações perigosas e causas- metodologia STPA
O uso da metodologia STPA é recomendado por um documento da FDA que
provê orientações para análise de segurança de bombas de infusão, com objetivo de
reduzir a quantidade de eventos adversos e recalls (FDA, 2014b). A metodologia STPA
visa ampliar as possibilidades de causas de acidentes a serem consideradas em análises
de segurança, principalmente em sistemas complexos, e pode ser usada desde o início do
desenvolvimento (Leveson, 2018).
37
insulina incluída na estrutura de controle corresponde ao protótipo em desenvolvimento,
sem medidas de controle de risco, ilustrado na figura 12.
Autoria própria
38
programa a dosagem de insulina levando em consideração as orientações da equipe
médica, alimentação, atividades físicas, glicemia e informações visuais e sonoras da
bomba de insulina. O microcontrolador comanda a infusão de insulina de acordo com o
que foi programado pelo controlador humano.
Autoria própria
39
o Ação de controle adiantada, tardia, na ordem errada
o Duração da ação de controle muito curta ou muito longa
40
Autoria própria
41
Autoria própria
42
3.2.3 Comparação das metodologias para identificação de situações perigosas
e suas causas
A figura 18 ilustra o nível de detalhe das situações perigosas e suas causas,
elicitadas pela Análise Preliminar de Perigos e pela metodologia STPA.
Autoria própria
Pela metodologia STPA foram geradas ações de controle inseguras que não foram
elicitadas na Análise Preliminar de Perigos, relacionadas a aplicação de insulina (basal e
bolus) no tempo errado.
43
3.2.4 Especificação de requisitos de segurança para a arquitetura
A especificação dos requisitos de segurança para a arquitetura a partir das
situações perigosas e suas causas contemplou as seguintes etapas:
1. Identificação das situações perigosas e causas associadas conforme
descrito em 3.2.1 (Análise Preliminar de Perigos) e em 3.2.2 (metodologia
STPA)
2. Avaliação da aceitabilidade do risco associado a cada situação perigosa,
usando os seguintes critérios:
a. Falha única não pode causar morte, lesão com ameaça de morte,
ou invalidez permanente do paciente (ABNT, 2016)
b. Falha única não pode causar infusão excessiva de insulina (ABNT,
2015)
c. Medidas de controle de risco para proteger contra situações
perigosas devem ser equivalentes às melhores práticas em uso
(ABNT, 2022).
3. Especificação de requisitos de segurança, conforme necessário para
atender os critérios de aceitação de risco. A especificação dos requisitos
foi feita por meio de análise embasada por informações da literatura:
a. Recomendações da FDA e norma sobre bombas de infusão (FDA,
2014b; ABNT, 2015)
b. Medidas de segurança adotadas em bombas de infusão de insulina
(Maxim Integrated, 2010; Rothwell et al. ,1983; Midthjell et al.,
1994; Medtronic Minimed, 2015; Roche diagnostics, 2012)
4. Requisitos que atendiam a mais de uma situação perigosa foram fundidos.
5. Os requisitos de segurança resultantes foram divididos em dois grupos:
a. Requisitos de segurança para adequação da arquitetura, e
b. Requisitos de segurança para o manual do usuário
44
3.3 Adequação da arquitetura
Autoria própria
45
análise realizada para cada componente ou conjunto de componentes contemplou a
seguinte sequência de atividades:
• Identificação das falhas associadas ao componente / conjunto de
componentes desempenhando uma função
• Definição dos efeitos de cada falha no funcionamento da bomba de
insulina, levando em consideração as interações entre componentes
• Identificação dos efeitos de cada falha no paciente, incluindo hipoglicemia
e hiperglicemia
• Classificação da severidade dos efeitos de cada falha no paciente,
conforme definido nas tabelas 2, 3 e 4.
Autoria própria
Botões de controle
Os botões de controle são usados pelo paciente para ligar-desligar a bomba de
insulina, navegar no menu de funções, programar a dosagem de insulina, e ativar-
desativar a liberação do hormônio. Foram analisadas falhas das seguintes funções dos
botões de controle, relacionadas à liberação de insulina para o paciente:
46
Tela de cristal líquido
A tela de cristal líquido, ilustrada na figura 21, apresenta informações e alarmes
para auxiliar o paciente no uso da bomba de insulina.
Microcontrolador
O microcontrolador permite a programação da infusão de insulina pelo paciente,
comanda a infusão de insulina conforme programado, e provê informações e alarmes ao
paciente. As interfaces do microcontrolador estão ilustradas na figura 22. As entradas do
microcontrolador são sinais dos botões de controle da interface com o usuário, do sensor
de tensão da fonte elétrica, e do sensor de rotação do motor de passo. As saídas são sinais
para comando do motor de passo, e informações para a tela de cristal líquido e alarmes
sonoros.
Autoria própria
Controlador de segurança
As funções do controlador de segurança são: desativar o motor de passos em caso
de infusão excessiva de insulina e enviar sinal para alarme visual e sonoro. As interfaces
do controlador de segurança estão apresentadas na figura 23. A entrada é sinal do sensor
de rotação do motor de passo. As saídas incluem sinal para desativar o motor de passo
em caso de infusão excessiva, e sinais para alarme visual e sonoro.
47
Autoria própria
Autoria própria
Transmissão mecânica
A transmissão mecânica converte o movimento rotacional do motor de passo em
movimento linear para atuação do êmbolo da seringa. O mecanismo é composto por um
fuso e um bloco de arrasto, como ilustrado na figura 25. A rotação do fuso causa o
movimento linear do bloco de arrasto que comprime o êmbolo da seringa.
Autoria própria
Seringa
A seringa armazena a insulina que é aplicada ao paciente pela bomba de infusão.
O movimento do êmbolo da seringa direciona a insulina para o conjunto de infusão. A
figura 26 ilustra a interface entre a seringa e o conjunto de infusão.
48
Conjunto de infusão
O conjunto de infusão, mostrado na figura 26, é a interface para entrega da insulina
ao paciente. Esse conjunto é formado por um cateter conectado à seringa e por uma
cânula, inserida no tecido subcutâneo do paciente.
Autoria própria
49
3.4.2 Análise de erros do usuário
50
b. Comparação com as melhores práticas quanto a proteção contra
erros do usuário (ABNT, 2022).
2. Foram especificados requisitos de segurança para os erros com risco
considerado inaceitável. A especificação dos requisitos foi feita por meio
de análise suportada por informações sobre medidas de segurança
adotadas em bombas de infusão de insulina (Medtronic Minimed, 2015;
Roche diagnostics, 2012)
51
alarmes relevantes para segurança estarão disponíveis em caso de
ocorrência do evento monitorado.
52
4 RESULTADOS
Autoria própria
53
Tabela 5: Situações perigosas de alto nível no uso da bomba de infusão de insulina
SP-6: Lipodistrofia no local de infusão [F-2] Perda ou excesso de tecido adiposo no local
de infusão, causando variações de absorção Artigo científico
de insulina e redução de sensibilidade do Moderada (Ross et al., 2015)
paciente, nesse local
SP-7: Reação alérgica no local de infusão [F-2] Desconforto para o paciente Desprezível
Fontes: Midtjell et al., 1994; Ziegler et al., 2019; Ross et al., 2015
54
A Tabela 5 mostra que 3 situações perigosas de alto nível foram originadas por
análise, e 3 foram identificadas em artigo científico, e 1 foi originada por análise e
corroborada por artigo científico
Tabela 6: Visão geral das funções da terapia com bomba de infusão de insulina
55
A tabela 7 apresenta em mais detalhes as funções alocadas ao paciente, e a tabela
8 mostra informações adicionais sobre as funções alocadas à bomba de insulina.
56
Tabela 7: Funções alocadas ao paciente no uso da bomba de infusão de insulina
57
F-1.1.3.4.2.1: Inserir glicemia atual
F-1.1.3.4.2: Programar
F-1.1.3.4.2.2: Inserir quantidade de
bolus padrão
carboidratos
F-1.1.3.4.3.1: Inserir glicemia atual
58
Tabela 8: Funções alocadas à bomba de infusão de insulina
59
Funções alocadas à bomba de infusão de insulina
F-1.3.1: Enviar comandos ao motor de passo
F-1.3.2: Gerar movimento rotacional em resposta aos comandos
F-1.3.3: Converter o movimento rotacional em movimento linear
F-1.3: Prover infusão de insulina
conforme programado F-1.3.4: Liberar insulina para o paciente
F-1.3.5: Infundir insulina no tecido subcutâneo do paciente
F-1.3.6: Suportar substituição da pilha
F-1.3.7: Suportar substituição da seringa
F-2.3: Prevenir reação alérgica no local de infusão
60
4.1.2 Situações perigosas e suas causas - metodologia STPA
As situações perigosas identificadas usando a metodologia STPA são
denominadas ações de controle inseguras. A tabela 9 apresenta as ações de controle
inseguras do Controlador Humano, que estão identificadas de “ACI-1” a “ACI-10”, e a
tabela 10 mostra as ações de controle inseguras do Microcontrolador, identificadas de
“ACI-11” a “ACI-23”. A rastreabilidade das ações de controle inseguras para as funções
da terapia com bomba de insulina está indicada entre colchetes nas tabelas 9 e 10.
As ações de controle inseguras das colunas abaixo das tabelas 9 e 10, relacionadas
ao tempo da ação de controle, não foram identificadas pela Análise Preliminar de Perigos
conduzida no presente trabalho:
• “Ação adiantada, tardia, na ordem errada”, e
• “Duração da ação muito curta ou muito longa”
As causas das ações de controle inseguras e a maneira como foram geradas essas
causas, estão descritas no apêndice 2.
61
Tabela 9: Ações de Controle Inseguras do Controlador Humano
62
Tabela 10: Ações de Controle Inseguras do Microcontrolador
63
4.1.3 Requisitos oriundos das situações perigosas e suas causas
Os requisitos de segurança oriundos das situações perigosas e suas causas são
aplicáveis ao projeto arquitetural da bomba de infusão de insulina e ao manual do usuário.
Os requisitos para adequação da arquitetura, apresentados na tabela 11, protegem contra
hipoglicemia, hiperglicemia, e efeitos dermatológicos no paciente. Esses requisitos estão
identificados de RA-1 a RA-11. A rastreabilidade de cada requisito para as Situações
Perigosas da tabela 5 ou Ações de Controle Inseguras das tabelas 9 e 10 está indicada
entre colchetes.
64
Tabela 11: Requisitos de segurança para adequação da arquitetura
65
Requisito Intenção Origem dos requisitos
RA-7: A temperatura no compartimento da seringa Prevenir perda de efetividade da insulina. • Análise preliminar de perigos
em operação normal não deve exceder o limite de
uso da insulina [SP-3].
RA-8: Deve ser provido alarme para falhas que Proteger contra hiperglicemia em caso de • Norma ABNT - bombas de infusão
causam perda de infusão de insulina [SP-2]. falhas que causam perda de infusão de (ABNT, 2015)
insulina. • Análise preliminar de perigos
RA-9: Devem ser providos alarme e indicação para Prevenir perda de infusão devido a situação • Norma ABNT - bombas de infusão
prevenir perda de infusão de insulina devido a operacional inerente ao uso da bomba de (ABNT, 2015)
bateria descarregada [SP-2]. insulina • Análise preliminar de perigos
• Análise – metodologia STPA
RA-10: Devem ser providos alarme e indicação Prevenir perda de infusão devido a situação • Norma ABNT - bombas de infusão
para evitar perda de infusão de insulina devido a operacional inerente ao uso da bomba de (ABNT, 2015)
seringa vazia [SP-2]. insulina • Análise preliminar de perigos
• Análise – metodologia STPA
RA-11: Deve ser disponibilizada opção de adesivo Prevenir reação alérgica no local de infusão • Artigo científico (Herman et al.,
antialérgico para fixação da cânula no paciente [SP- no paciente. 2019)
7].
66
Os requisitos de segurança aplicáveis ao manual do usuário, descritos na tabela
12, proporcionam proteção contra hipoglicemia, hiperglicemia, oscilações glicêmicas, e
efeitos dermatológicos no paciente. Esses requisitos estão identificados de “RA-12” a
“RA-22” e são rastreados para as Situações Perigosas da tabela 5 ou Ações de Controle
Inseguras das tabelas 9 e 10.
A elicitação de requisitos por análise foi feita com as duas metodologias (STPA e
Análise Preliminar de Perigos), sendo que o trabalho usando STPA foi facilitado pela
estrutura de controle.
67
Tabela 12: Requisitos de segurança para o manual do usuário da bomba de infusão de insulina
68
Requisito Intenção Origem do requisito
RA-16: Deve ser respeitada a temperatura máxima • Prevenir funcionamento errôneo da • Análise preliminar de perigos
para uso da bomba de insulina [SP-1], a [SP-3], bomba de insulina causado por sobre • Análise – metodologia STPA
[ACI-11] a [ACI-13], [ACI-14] a [ACI-18]. aquecimento de componentes
eletrônicos
• Prevenir perda de efetividade da insulina
por temperatura acima do limite.
RA-17: Deve ser respeitado o tempo de validade da Prevenir perda de efetividade da insulina • Análise preliminar de perigos
insulina [SP-3]. • Análise – metodologia STPA
RA-18: Deve ser respeitada a temperatura mínima Prevenir perda de infusão devido ao • Análise preliminar de perigos
permitida para uso da bomba de infusão de insulina congelamento da insulina. • Análise – metodologia STPA
[SP-2].
RA-19: O conjunto de infusão deve ser substituído a Prevenir infecção no local de infusão no • Livro (Gabbay, 2019)
cada 3 dias [SP-5]. paciente.
RA-20: Devem ser observados os cuidados Prevenir infecção no local de infusão no • Artigo científico (Ross et al., 2015)
higiênicos na substituição da cânula [SP-5]. paciente.
RA-21: Deve ser realizado rodízio do local de Prevenir lipodistrofia no local de infusão no • Livro (Gabbay, 2019)
infusão [SP-6]. paciente.
RA-22: O paciente não deve realizar atividades Evitar desconexão acidental da bomba de • Livro (Gabbay, 2019)
físicas de contato usando a bomba de insulina insulina
(Gabbay, 2019) [SP-2], [ACI-13].
69
4.2 Adequação da arquitetura
Tabela 13: Propostas de medidas de segurança para a arquitetura da bomba de infusão de insulina
70
Requisito Proposta de solução
RA-8: Deve ser provido alarme para A detecção de falhas que causam perda de
falhas que causam perda de infusão infusão inclui:
de insulina. • Energia elétrica alternativa, por meio de
capacitor, para prover alarme de perda da
energia elétrica fornecida pela pilha
• Monitoramento do motor de passo
• Alarme de obstrução do conjunto de
infusão. Esse alarme detecta também
emperramento do êmbolo da seringa, falha
da transmissão mecânica e travamento do
motor de passo
• A detecção de desconexão do conjunto de
infusão será feita por meio de medições de
glicemia realizadas pelo paciente.
RA-9: Devem ser providos alarme e Medidas de controle de risco:
indicação para prevenir perda de • Indicação de carga da pilha
infusão de insulina devido a bateria • Alarmes de baixa carga da pilha:
descarregada. • Carga abaixo de 20%: alarme de média
prioridade
• Carga abaixo de 5%: alarme de alta
prioridade
RA-10: Devem ser providos alarme e Medidas de controle de risco:
indicação para evitar perda de • Indicação de volume de insulina na seringa
infusão de insulina devido a seringa • Alarmes de baixo volume de insulina:
vazia. • Volume abaixo de 40 unidades de
insulina: alarme de média prioridade
• Volume abaixo de 5 unidades de insulina:
alarme de alta prioridade
RA-11: Deve ser disponibilizada Desenvolver a cânula com adesivo
opção de adesivo antialérgico para antialérgico.
fixação da cânula no paciente.
71
• Um orifício na carcaça da bomba de insulina, com filtro para proteger
contra a entrada de contaminantes.
• Uma pequena tampa na carcaça, que abre para aliviar a diferença de
pressão entre o interior da bomba de insulina e o ambiente.
72
4.3 Requisitos de segurança para componentes
Autoria própria
73
Os principais meios utilizados para elicitar esses requisitos estão mostrados na
tabela 14:
74
Tabela 14: Requisitos oriundos da análise de falhas de componentes físicos da bomba de infusão de insulina
75
Requisito Intenção Origem do requisito
RC-7: Deve ser implementado autoteste do Identificar falha latente do circuito de proteção • Análise de falhas
circuito de proteção contra infusão excessiva, a ser contra infusão excessiva. • Norma ABNT – bombas de infusão
iniciado pelo usuário [C-5.1], [C-5.3] (ABNT, 2015)
RC-8: Devem ser incluídas no manual do usuário
instruções para iniciar o autoteste do circuito de
proteção contra infusão excessiva [C-5.1], [C-5.3]
RC-9: Em caso de travamento do motor de passo Prover proteção contra motor de passo travado, • Análise de falhas
[C-6.2]: que pode ser causado por:
• RC-9.1: O motor deve ser desligado • Travamento do rotor do motor
automaticamente • Emperramento da transmissão mecânica
• RC-9.2: Deve ser emitido um alarme • Emperramento do êmbolo da seringa.
• Obstrução do conjunto de infusão
RC-10: Vazamento de insulina no interior da Prover proteção contra vazamento da seringa • Análise de falhas
bomba não deve prejudicar o funcionamento de insulina • Norma ABNT – bombas de infusão
seguro do equipamento [C-8.1] (ABNT, 201)
RC-11: A seringa e o conjunto de infusão devem Evitar vazamento de insulina em caso de • Análise de falhas
suportar a pressão resultante da obstrução do obstrução do conjunto de infusão • Norma ABNT – bombas de infusão
conjunto de infusão [C-9.1] (ABNT, 2015)
RC-12: A transmissão mecânica e suas interfaces Evitar danos ao sistema mecânico devido a • Análise de falhas
devem suportar as cargas oriundas de travamento, essas falhas
ou obstrução do conjunto de infusão [C-7.1], [C-
8.2], [C-9.1]
76
4.3.2 Análise de erros do usuário
Os requisitos de segurança oriundos da análise de erros do usuário estão rastreados
conforme ilustado na figura 30:
• Os requisitos, oriundos da análise de erros do usuário, estão rastreados aos
casos de erro do usuário
• Os casos de erro do usuário estão rastreados para funções alocadas ao
usuário
Autoria própria
77
Tabela 15: Requisitos oriundos da análise de erros do usuário da bomba de infusão de insulina
78
Requisito Intenção Origem do requisito
• RU-4.5. Tempo de insulina ativa [EU-21].
RU-5: As tarefas do usuário relacionadas à Prevenir erro do usuário que resulta • Análise de erros do usuário
programação e início de bolus devem ser confirmadas: dosagem bolus excessiva ou insuficiente • Manual de bomba de insulina (Roche
• RU-5.1: Inserir o valor da glicemia atual [EU-22], diagnostics, 2012)
[EU-23], [EU-26].
• RU-5.2: Inserir o valor da quantidade de
carboidratos [EU-24], [EU-25], [EU-27]
• RU-5.3: Para bolus estendido, deve ser confirmado
também o valor da duração [EU-28]
RU-6: Cancelamento de bolus sendo administrado Prevenir cancelamento não intencional de • Análise de erros do usuário
deve ser confirmado [EU-29] bolus. • Manual de bomba de insulina (Roche
diagnostics, 2012)
RU-7: A polaridade (+/-) deve ser claramente indicada Prevenir instalação da pilha com • Análise de erros do usuário
no compartimento da pilha [EU-32] polaridade invertida.
RU-8: Deve ser incluído alarme de tampa do Prover proteção contra: • Análise de erros do usuário
compartimento da seringa aberta [EU-38] • Erro do usuário (esquecer de fechar a • Manual de bomba de insulina
tampa). (Medtronic Minimed, 2015)
• Falha física do mecanismo de fechar a
tampa.
79
4.3.3 Análise de falhas de monitores e alarmes
A rastreabilidade dos requisitos de segurança oriundos da análise de falhas de
monitores está ilustrada na figura 31:
• Os requisitos oriundos da análise de falhas de monitores estão rastreados
aos casos de falha de monitores.
• Os casos de falha de monitores estão rastreados para funções da terapia
com bomba de insulina
Autoria própria
80
RAL-6.2: Memória RAM / ROM,
RAL-6.3: Dispositivos de entrada e saída
o RAL-7: Alarme de falha do motor de passo [M-6.1].
o RAL-8: Alarme de seringa com baixo volume / vazia [M-7.1].
o RAL-9: Alarme de ausência de seringa [M-8.1].
o RAL-10: Alarme de obstrução do conjunto de infusão [M-9.1].
• RAL-11: Deve ser incluído no manual do usuário o procedimento para teste
desses alarmes.
Esses requisitos foram elicitados somente por análise, e não foram encontradas
informações sobre eles na literatura.
81
5 DISCUSSÃO
82
5.1.1 Controlador de segurança
O controlador de segurança, ilustrado na figura 19, visa prevenir infusão excessiva
devido a falhas randômicas que causam comandos errôneos do microcontrolador.
Rothwell et al. (1983) descrevem uma bomba de insulina com um circuito independente
de proteção contra infusão excessiva, que atualmente é recomendado pela norma sobre
bombas de infusão (ABNT, 2015). Além disto, a norma preconiza a realização de um
autoteste do controlador de segurança, iniciado pelo usuário a cada intervalo de
substituição do conjunto de infusão, com a finalidade de identificar falha latente dessa
proteção (ABNT, 2015). É importante mencionar que trabalhos futuros serão realizados
visando definir o limiar para acionamento da proteção contra infusão excessiva, e que
também deve haver salvaguarda para prevenir disparo indevido do autoteste.
84
• Imunidade eletromagnética, e
• Proteção contra superaquecimento.
85
insulina, e análise de falhas dessas proteções. As possíveis soluções para imunidade
eletromagnética incluem blindagem da carcaça da bomba de insulina e instalação de
filtros para proteger componentes eletrônicos (ABNT, 2017; Zhang et al., 2010).
86
ocorre principalmente após a troca do conjunto de infusão. Por essa razão, é adotado um
procedimento de monitorar a glicemia com mais frequência logo após a substituição do
conjunto de infusão (Gabbay, 2019).
87
6 CONCLUSÕES
O gerenciamento de risco conduzido nesse trabalho faz parte do desenvolvimento
de uma bomba de infusão de insulina de baixo custo na UNIFESP, visando beneficiar
diabéticos tipo 1 de baixo poder aquisitivo. Os objetivos definidos foram alcançados: (i)
estabelecer requisitos de segurança para a arquitetura do equipamento em
desenvolvimento; (ii) propor soluções para atender esses requisitos; e (iii) estabelecer
requisitos para o projeto detalhado. Os requisitos estabelecidos, bem como as medidas de
segurança propostas, são equivalentes às melhores práticas adotadas em equipamento do
mesmo tipo ou similar, o que contribuirá para certificação ANVISA e uso seguro da
bomba de insulina de baixo custo pela população.
88
Trabalhos futuros devem ser realizados, prosseguindo com o gerenciamento de
risco ao longo de todo o desenvolvimento da bomba de infusão de insulina de baixo custo.
Os próximos passos incluem detalhar as propostas de solução para a arquitetura (tabela
13), definir e desenvolver soluções para atender os requisitos de segurança para
componentes (tabelas 14 e 15), bem como implementar e testar todas as medidas de
segurança no protótipo da bomba de insulina em desenvolvimento.
89
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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da ABNT NBR ISO 14971. 2022.
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94
APÊNDICES
95
Situação perigosa Causas
• Perda de infusão sem alarme devido a
perturbações eletromagnéticas dentro dos
limites de operação
SP-3: Perda de efetividade da Erro do paciente:
insulina. • Uso da insulina fora das condições de validade.
Erro de desenvolvimento:
• Temperatura no compartimento da seringa
excede o limite de uso da insulina.
Erro do paciente:
• Uso do conjunto de infusão por tempo
SP-5: Infecção no local de excessivo (Ross et al., 2015).
infusão Erro do paciente:
• Falta de cuidados higiênicos na substituição do
conjunto de infusão (Ross et al., 2015)
SP-6: Lipodistrofia no local de Erro do paciente:
infusão • Não realizar o rodízio do local de infusão
(Gabbay, 2019).
SP-7: Reação alérgica no local Erro de desenvolvimento:
de infusão. • Falta de adesivo antialérgico como opcional
(Herman et al., 2018).
Os meios usados para elicitação das causas das situações perigosas mostradas na
tabela 16 estão descritos a seguir:
• As 3 causas de situação perigosa em texto verde foram originadas somente
por análise
• As 4 causas em texto azul foram elicitadas somente com informação da
literatura
• As demais causas foram geradas por análise e corroboradas pela literatura
96
Apêndice 2: Causas de situações perigosas – metodologia STPA
As causas de Ações de Controle Inseguras identificadas estão apresentadas nas
tabelas 17 e 18. Os meios usados para elicitação dessas causas estão apresentados a seguir:
97
Ação de controle insegura Causas
• Erro do paciente na programação do bolus na bomba
de insulina
• Informação errônea na tela de cristal líquido da
bomba de insulina, induzindo o paciente a erro na
programação do bolus
• Dificuldade visual do paciente, devido às
complicações crônicas do diabetes, afetando a
medição de glicose sanguínea e a programação da
bomba de insulina.
Situações em que a ação de controle é executada
inadequadamente:
Falha física dos botões de controle, passando
informação errada para o microcontrolador.
ACI-6: O paciente Situações que levam à ação de controle insegura:
programa dosagem bolus • O paciente realiza estimativa errônea (muito baixa)
insuficiente da quantidade de carboidrato da refeição.
• Erro do paciente ao ler e anotar o valor da glicemia
sanguínea.
• Erro do paciente na programação do bolus na bomba
de insulina
• Indicação errônea na tela de cristal líquido da bomba
de insulina, induzindo o paciente a erro na
programação do bolus
• Dificuldade visual do paciente, devido às
complicações crônicas do diabetes, afetando a
medição de glicose sanguínea e a programação da
bomba de insulina.
Situações em que a ação de controle é executada
inadequadamente:
Falha física dos botões de controle, passando
informação errada para o microcontrolador
ACI-7: O paciente • Erro do paciente na programação de dosagem basal
programa a dosagem basal da bomba de insulina.
para cada hora do dia em
• Erro do paciente no ajuste de hora da bomba de
ordem errada.
insulina.
• O paciente viaja para um local com fuso horário
diferente e não ajusta a data e horário da bomba de
insulina (Zhang et al., 2010).
98
Ação de controle insegura Causas
ACI-8: O paciente • Erro do paciente na programação do período de
programa basal temporário aplicação do basal temporário
para um intervalo de tempo • O paciente programa o basal temporário, mas o
errado. período de aplicação é alterado
ACI-9: O paciente • Erro do paciente na programação do bolus estendido
programa bolus estendido
• O paciente programa bolus estendido para um
muito curto.
intervalo de tempo, mas continua ingerindo alimentos
além do programado
ACI-10: O paciente • Erro do paciente na programação do bolus estendido
programa bolus estendido
• O paciente programa bolus estendido para um
muito longo. intervalo de tempo, mas interrompe a ingestão de
alimentos antes do programado.
99
Ação de controle insegura Causas
Situações em que a ação de controle (comando do
microcontrolador) não é executada:
• Uso da bomba de insulina em temperatura abaixo
do limite mínimo, causando congelamento da
insulina
• Perda de efetividade da insulina devido ao prazo de
validade excedido ou uso da bomba de insulina em
temperatura acima do limite.
• Seringa de insulina vazia, devido à falta de
substituição quando necessário.
• Conjunto de infusão bloqueado ou desconectado
• Falhas físicas de componentes: motor de passo /
driver associado, transmissão mecânica, seringa.
ACI-14: O microcontrolador Situações que levam à ação de controle insegura:
comanda dosagem basal • Erro de software (erro de requisito de software, erro
excessiva de desenvolvimento de software, software
desatualizado)
ACI-15: O microcontrolador
comanda dosagem basal
insuficiente
ACI-16: O microcontrolador
comanda dosagem em bolus
excessiva.
ACI-17: O microcontrolador
comanda dosagem em bolus
insuficiente
ACI-18: O microcontrolador Situações que levam à ação de controle insegura
comanda liberação imediata • Erro de software (erro de requisito de software, erro
de todo o volume de insulina de desenvolvimento de software, software
da seringa. desatualizado)
• Funcionamento errôneo do microcontrolador devido
à falta de imunidade contra perturbações
eletromagnéticas (erro de desenvolvimento).
• Funcionamento errôneo do microcontrolador
causado por sobre voltagem da fonte de energia
elétrica.
• Funcionamento errôneo do microcontrolador devido
a sobreaquecimento:
100
Ação de controle insegura Causas
• Erro de desenvolvimento resultando
sobreaquecimento em situação normal.
• Uso da bomba de insulina em temperatura
ambiente acima do limite permitido.
• Falha elétrica causando sobreaquecimento.
Situações em que a ação de controle é executada
inadequadamente.
• Erro de desenvolvimento causando acionamento
indevido do êmbolo da seringa devido a variações
de pressão ambiente dentro do envelope de
operação do equipamento (Midthjell et al., 1994).
ACI-19: O microcontrolador Situações que levam à ação de controle insegura:
comanda a dosagem basal Erro de software (erro de requisito de software, erro
para cada hora do dia em de desenvolvimento de software, software
ordem errada. desatualizado)
ACI-20: O microcontrolador
comanda basal temporário
no intervalo de tempo errado
ACI-21: O microcontrolador
comanda bolus atrasado
ACI-22: O microcontrolador
comanda bolus estendido
muito curto.
ACI-23: O microcontrolador
comanda bolus estendido
muito longo.
101
Apêndice 3: Análise de falhas de componentes físicos
Tabela 19: Análise de falhas de componentes físicos
102
Falha Efeitos na bomba de insulina Efeitos no paciente Severidade
• Risco de comandos errôneos ou perda do
funcionamento, causando sobre infusão ou
perda de infusão de insulina
C-1.5: Liberação de substâncias Risco de sobre infusão ou sub infusão de Risco de hipoglicemia ou hiperglicemia Risco de
do interior da pilha insulina devido a: efeito com
• Funcionamento errôneo da placa eletrônica severidade
crítica
de circuito impresso
• Emperramento da transmissão mecânica
103
Falha Efeitos na bomba de insulina Efeitos no paciente Severidade
C-3.1: Perda de informação na Não é possível continuar usando a bomba de O Paciente deve substituir temporariamente Moderada
tela insulina. a bomba de insulina por caneta ou seringa
para manter a glicemia sob controle.
C-3.2: Informação errônea na A informação errônea induz o paciente a erro Pode ocorrer hipoglicemia ou hiperglicemia Crítica
tela no controle da bomba de insulina, podendo
resultar sobre infusão ou sub infusão
C-4: Microcontrolador
Funções analisadas: Enviar comandos ao motor de passo [F-1.3.1]; prover informações e alarmes ao paciente [F-1.2.2].
C-4.1: Perda de comando para o Resulta perda de infusão de insulina, com O Paciente deve substituir temporariamente Moderada
motor de passo alarme para o paciente a bomba de insulina por caneta ou seringa
para manter a glicemia sob controle.
C-4.2: Perda de comando para o Resulta perda de infusão de insulina sem Hiperglicemia, identificada pelas medições Crítica
motor de passo e do sinal de alarme para o paciente de glicemia ou sintomas no paciente
alarme
C-4.3: Comando errôneo para o Pode ocorrer sobre infusão ou sub infusão de Pode ocorrer hipoglicemia ou Hipoglicemia
motor de passo insulina. Em caso de sobre infusão severa o hiperglicemia. O controlador de segurança Moderada, ou
controlador de segurança corta previne hipoglicemia crítica.
automaticamente o motor de passo Hiperglicemia
crítica
C-4.4: Perda de informação Perda da capacidade de ajustar a dosagem de O Paciente deve substituir temporariamente Moderada
para a tela de cristal líquido insulina e do monitoramento da bomba de a bomba de insulina por caneta ou seringa
insulina. para manter a glicemia sob controle
Não é permitido o uso da bomba de insulina
sem monitoramento
104
Falha Efeitos na bomba de insulina Efeitos no paciente Severidade
C-4.5: Informação errônea para Pode causar ajuste errôneo da dosagem de Pode ocorrer hipoglicemia ou Hipoglicemia
a tela de cristal líquido insulina. Existe limite máximo para proteger hiperglicemia. O limite máximo de infusão Moderada, ou
contra programação errônea da dosagem de previne hipoglicemia crítica.
insulina Hiperglicemia
crítica
C-4.6: Perda de alarmes sonoros Perda da chamada de atenção sonora para Pode levar o paciente a não responder Crítica
alarmes de alta prioridade prontamente a um alarme de alta prioridade
O alarme visual continua disponível.
C-4.7: Alarmes sonoros Chamada de atenção indevida por meio de O paciente é alertado desnecessariamente Moderada
espúrios alarme sonoro.
105
Falha Efeitos na bomba de insulina Efeitos no paciente Severidade
106
Falha Efeitos na bomba de insulina Efeitos no paciente Severidade
• Emperramento do bloco de • Perda da infusão de insulina, com alarme
arrasto para o paciente
C-7.2: Rotação do motor de • Perda da infusão de insulina, com alarme O Paciente deve substituir temporariamente Moderada
passo não é transmitida ao para o paciente a bomba de insulina por caneta ou seringa
êmbolo da seringa: para manter a glicemia sob controle.
• Desgaste no fuso ou bloco de
arrasto
• Desgaste na interface do fuso
com o motor de passo
C-8: Seringa
Funções: Conter a insulina e liberar o hormônio para o paciente [F-1.3.4].
C-8.1: Vazamento de insulina • Reduz a quantidade de insulina O Paciente deve substituir temporariamente Moderada
administrada no paciente a bomba de insulina por caneta ou seringa
• A insulina se esgota antes do previsto, com para manter a glicemia sob controle.
alarme para o paciente
• O vazamento pode alcançar componentes
da bomba de insulina.
C-8.2: Emperramento do • Aumento do consumo de corrente elétrica O Paciente deve substituir temporariamente Moderada
êmbolo da seringa do motor de passo a bomba de insulina por caneta ou seringa
• Perda da infusão de insulina, com alarme para manter a glicemia sob controle.
para o paciente
107
C-9: Conjunto de infusão
Função: Infundir a insulina, proveniente da seringa, no tecido subcutâneo do paciente [F-1.3.5].
C-9.1: Obstrução do conjunto • Aumento de pressão da insulina no cateter O paciente deve substituir o conjunto de Moderada
de infusão. e na seringa infusão para prosseguir o tratamento com a
• Aumento do consumo de corrente elétrica bomba de insulina.
do motor de passo
• Perda da infusão de insulina no paciente,
identificada por meio de alarme.
C-9.2: Vazamento do conjunto • Reduz a quantidade de insulina O paciente deve substituir o conjunto de Moderada
de infusão. administrada no paciente infusão para prosseguir o tratamento com a
• A insulina se esgota antes do previsto, com bomba de insulina.
alarme para o paciente
C-9.3: Cânula desconectada do • Perda da infusão de insulina sem alarme Hiperglicemia, sem alarme para o paciente. Crítica
paciente. para o paciente. A situação é detectada por A situação é mais severa quando ocorre à
meio das medições de glicemia e sintomas noite, com o paciente dormindo.
do paciente.
108
Apêndice 4: Análise de erros do usuário
Tabela 20: Análise de erros do usuário
109
Tarefa Erro do usuário Efeitos na bomba de insulina Efeitos no paciente Severidade
Programar perfis EU-6: O paciente insere Pode ocorrer basal excessivo Pode ocorrer hipoglicemia Hipoglicemia
de infusão basal valores errados de dose ou insuficiente, dependendo do ou hiperglicemia. O limite Moderada, ou
[F-1.1.3.3.2]. basal erro. A sobre infusão é contida máximo de infusão previne Hiperglicemia
pelo limite máximo de infusão hipoglicemia crítica. crítica
basal.
EU-7: O paciente insere Pode ocorrer sobre infusão ou Oscilações glicêmicas ao Moderada
valores de dose basal fora sub infusão, dependendo da longo das 24 horas do dia.
de ordem hora.
Iniciar infusão EU-8: O paciente Pode ocorrer sobre infusão ou Pode ocorrer hipoglicemia Moderada
basal seleciona o perfil basal sub infusão. ou hiperglicemia,
[F-1.1.3.3.3]. errado dependendo da situação.
EU-9: O paciente esquece A dosagem basal não é Hipoglicemia Moderada ou
de iniciar a infusão basal administrada no paciente crítica
• Pausar EU-10: O paciente Perda da infusão de insulina Hiperglicemia, identificada Crítica
infusão basal interrompe sem alarme para o paciente. por meio de medições
• Parar infusão inadvertidamente a infusão glicêmicas e sintomas no
basal basal de insulina paciente.
[F-1.1.3.3.3].
Programar basal EU-11: O paciente insere Sobre infusão de insulina Hipoglicemia Moderada
temporário fator de multiplicação basal.
[F-1.1.3.3.4]. muito alto.
110
Tarefa Erro do usuário Efeitos na bomba de insulina Efeitos no paciente Severidade
EU-12: O paciente insere Sub infusão de insulina basal. Hiperglicemia Moderada
fator de multiplicação
muito baixo.
EU-13: O paciente insere o Sobre ou sub infusão de Podem ocorrer oscilações Moderada
período errado insulina basal, dependendo do glicêmicas
dia e da hora.
Configurar o EU-14: O paciente Limitação da proteção para Risco de erro do paciente Moderada
limite máximo configura o limite para prevenir programação errônea na programação de
para bolus muito alto (muito alta) de bolus. dosagem basal, causando
programação de hipoglicemia
dosagem bolus
EU-15: O paciente Não será possível programar O paciente não poderá usar Desprezível
[F-1.1.3.4.1.1]
configura o limite para dosagem bolus acima do limite a bomba de insulina para
bolus muito baixo configurado. aplicar dosagem bolus
Configurar
acima do limite
parâmetros
configurado.
para bolus
[F-1.1.3.4.1] Configurar EU-16: O paciente Sub infusão de insulina em Glicemia acima do alvo, Moderada
glicemia alvo configura a glicemia alvo bolus identificada nas medições
[F-1.1.3.4.1.2] com valor errado (muito glicêmicas
alto)
EU-17: O paciente Sobre infusão de insulina em Glicemia abaixo do alvo, Moderada
configura a glicemia alvo bolus. identificada nas medições
glicêmicas
111
Tarefa Erro do usuário Efeitos na bomba de insulina Efeitos no paciente Severidade
com valor errado (muito
baixo)
Configurar fator EU-18: O paciente Sub infusão de insulina em Glicemia acima do alvo, Moderada
de sensibilidade configura o fator de bolus identificada nas medições
[F-1.1.3.4.1.3] sensibilidade com valor glicêmicas
errado (muito alto)
EU-19: O paciente Sobre infusão de insulina em Glicemia abaixo do alvo, Moderada
configura o fator de bolus. identificada nas medições
sensibilidade com valor glicêmicas
errado (muito baixo)
Configurar EU-20: O paciente Sub infusão ou sobre infusão Glicemia fora do alvo Moderada
relação insulina- configura a relação de insulina, dependendo do
carboidrato [F- insulina-carboidrato com valor configurado
1.1.3.4.1.4] valor errado
Configurar EU-21: O paciente Sub infusão ou sobre infusão Glicemia fora do alvo Moderada
tempo de configura errado o tempo de insulina, dependendo do
insulina ativa de insulina ativa. valor configurado
[F-1.1.3.4.1.5]
Programar Inserir o valor EU-22: O paciente insere Sobre infusão de insulina em Glicemia fora do alvo Moderada
bolus padrão da glicemia valor errado (muito alto) bolus
[F-1.1.3.4.2] atual de glicemia atual
112
Tarefa Erro do usuário Efeitos na bomba de insulina Efeitos no paciente Severidade
[F-1.1.3.4.2.1] EU-23: O paciente insere Sub infusão de insulina em Glicemia fora do alvo Moderada
valor errado (muito baixo) bolus
de glicemia atual
Inserir o valor EU-24: O paciente insere Sobre infusão de insulina em Glicemia fora do alvo Moderada
da quantidade de valor errado (muito alto) bolus
carboidratos de carboidratos
[F-1.1.3.4.2.2]
EU-25: O paciente insere Sub infusão de insulina em Glicemia fora do alvo Moderada
valor errado (muito baixo) bolus
de carboidratos
Programar Inserir o valor EU-26: O paciente insere Sub infusão ou sobre infusão Glicemia fora do alvo Moderada
bolus da glicemia valor errado de glicemia de insulina, dependendo do
estendido atual atual valor inserido.
[F-1.1.3.4.3] [F-1.1.3.4.3.1]
Inserir o valor EU-27: O paciente insere Sub infusão ou sobre infusão Glicemia fora do alvo Moderada
da quantidade de valor errado da quantidade de insulina, dependendo do
carboidratos de carboidrato ingerido valor inserido
[F-1.1.3.4.3.2]
Inserir a duração EU-28: O paciente insere Pode ocorrer sobre infusão ou Podem ocorrer oscilações Moderada
do bolus duração excessiva ou sub infusão, dependendo da glicêmicas.
[F-1.1.3.4.3.3] insuficiente duração inserida.
113
Tarefa Erro do usuário Efeitos na bomba de insulina Efeitos no paciente Severidade
Cancelar um bolus sendo EU-29: O paciente Sub infusão de insulina em Hiperglicemia Moderada
administrado [F-1.1.3.4.4] interrompe bolus
inadvertidamente o bolus
Substituir a pilha [F-1.3.1], [F- EU-30: O paciente demora A fonte alternativa de energia Necessidade de inserir Desprezível
1.3], [F-1.2]. muito tempo para instalar elétrica se esgota, causando novamente as informações
a pilha nova perda de informações gravadas perdidas
em memória volátil.
EU-31: O paciente instala O Microcontrolador e o Risco de hipoglicemia ou Risco de
uma pilha com tensão controlador de segurança são hiperglicemia efeito com
muito alta submetidos a tensão acima do severidade
especificado: crítica.
Risco de comandos errôneos
ou perda do funcionamento,
causando sobre infusão ou
perda de infusão de insulina
EU-32: O paciente instala A pilha nova não funciona. O O paciente precisa corrigir Desprezível
a pilha com polaridade alarme de pilha descarregada a instalação da pilha
invertida continua ativado.
EU-33: O paciente não A pilha pode se soltar, O paciente é alertado e Moderada
fecha adequadamente a causando perda da fonte precisa corrigir o problema
tampa do compartimento primária de energia elétrica, ou usar meio alternativo
da pilha com alarme para o paciente (caneta ou injeção) para
114
Tarefa Erro do usuário Efeitos na bomba de insulina Efeitos no paciente Severidade
continuar administrando
insulina.
Substituir a seringa [F-1.3.2]. EU-34: O paciente não Risco de infusão acidental de Risco de hipoglicemia Moderada
desconecta o conjunto de insulina.
infusão do corpo para
trocar a seringa
EU-35: O paciente usa A bomba passa a administrar Hiperglicemia, identificada Moderada /
insulina sem efetividade insulina sem efetividade por medições de glicemia e crítica
para encher a seringa: sintomas no paciente
• Data de validade
vencida
• Insulina armazenada em
temperatura inadequada
EU-36: O paciente não O cateter pode soltar da Hiperglicemia, identificada Crítica
conecta adequadamente o seringa, causando perda de por medições de glicemia e
cateter à seringa. infusão no paciente sintomas no paciente
EU-37: O paciente não Presença de ar no interior do Hiperglicemia, identificada Moderada
enche o cateter com cateter, causando redução da por medições de glicemia e
insulina antes de conectar infusão de insulina no paciente. sintomas no paciente
o conjunto de infusão ao
corpo
115
Tarefa Erro do usuário Efeitos na bomba de insulina Efeitos no paciente Severidade
EU-38: O paciente não A seringa pode se soltar, Hiperglicemia, identificada Crítica
fecha adequadamente a causando perda de infusão de por medições de glicemia e
tampa do compartimento insulina no paciente sintomas no paciente
da seringa
Substituir o conjunto de infusão EU-39: A cânula não é A insulina não é infundida no Hiperglicemia, identificada Severa
[F-2.1.1], [F-2.1], [F-2.2]. inserida no tecido paciente. Não existe alarme por medições de glicemia e
subcutâneo do paciente para alertar. sintomas no paciente
EU-40: O paciente não Sem efeito no funcionamento Lipodistrofia no local de Moderada
realiza o rodízio do local da bomba de insulina infusão
de fixação da cânula
EU-41: O paciente não Sem efeito no funcionamento Risco de infecção no local Moderada
substitui o conjunto de da bomba de insulina de infusão
infusão no prazo
recomendado
EU-42: O paciente não Sem efeito no funcionamento
adota os cuidados da bomba de insulina
higiênicos para
substituição do conjunto
de infusão
116
Apêndice 5: Análise de falhas de monitores / alarmes
Tabela 21: Análise de falhas de monitores / alarmes
Objetivo do monitor Casos de falha Efeitos na bomba de insulina Efeitos no paciente Severidade
M-1: Detectar falhas da M-1.1: O monitor não dispara Perda da infusão de insulina sem Hiperglicemia, que pode Crítica
fonte primária de energia alarme em caso de perda da alarme para o paciente evoluir para cetoacidose e
elétrica [F-1.2], [F-1.3] fonte primária de energia coma
elétrica.
M-1.2: O monitor não dispara Risco de funcionamento errôneo Risco de hipoglicemia ou Risco de
alarme em caso de pilha com do microcontrolador e hiperglicemia efeito com
tensão excessiva. controlador de segurança, severidade
causando sobre infusão ou sub crítica
infusão de insulina
M-1.3: O monitor dispara É preciso interromper o uso da O paciente controla Desprezível
alarme falso de pilha bomba de insulina até solucionar temporariamente a glicemia
descarregada. o problema administrando insulina por
meio de caneta ou injeção.
M-1.4: O monitor dispara
alarme falso de pilha com
tensão excessiva.
M-2: Proteger contra M-2.1: O monitor não dispara Risco de funcionamento errôneo Risco de hipoglicemia ou Risco de
sobreaquecimento da placa alarme / ação automática em do microcontrolador e hiperglicemia efeito com
de circuito impresso caso de sobreaquecimento da controlador de segurança, severidade
[F-1.2], [F-1.3] placa de circuito impresso causando sobre infusão ou sub crítica
infusão de insulina
117
Objetivo do monitor Casos de falha Efeitos na bomba de insulina Efeitos no paciente Severidade
M-2.2: O monitor dispara É preciso interromper o uso da O paciente mantém controle Desprezível
alarme / ação automática na bomba de insulina até solucionar glicêmico administrando
ausência de sobreaquecimento. o problema insulina por meio de caneta
ou injeção.
M-3: Detectar falha dos M-3.1: O monitor não dispara Sinais errôneos são enviados ao Risco de hipoglicemia ou Risco de
botões de controle alarme em caso de falha de microcontrolador, podendo hiperglicemia efeito com
[F-1.2.1] botão de controle causar sobre ou sub infusão de severidade
insulina crítica
M-3.2: O monitor dispara É preciso interromper o uso da O paciente mantém controle Desprezível
alarme falso de falha de botão bomba de insulina até solucionar glicêmico administrando
de controle o problema. insulina por meio de caneta
ou injeção.
M-4: Detectar informação M-4.1: O monitor não dispara Informação falsa provoca erro Risco de hipoglicemia ou Risco de
errônea na tela de cristal alarme em caso de informação do paciente na programação da hiperglicemia efeito com
líquido errônea na tela de cristal dosagem de insulina e ativação / severidade
[F-1.2.2] líquido desativação da infusão. crítica
M-4.2: O monitor dispara É preciso interromper o uso da O paciente mantém controle Desprezível
alarme falso de informação bomba de insulina até solucionar glicêmico administrando
errônea na tela de cristal o problema. insulina por meio de caneta
líquido ou injeção.
118
Objetivo do monitor Casos de falha Efeitos na bomba de insulina Efeitos no paciente Severidade
M-5: Detectar falha do M-5.1: O monitor não dispara Funcionamento errôneo do Risco de hipoglicemia ou Risco de
microcontrolador: alarme em caso de falha no microcontrolador pode causar hiperglicemia efeito com
[F-1.2], [F-1.3] microcontrolador sobre infusão ou sub infusão de severidade
• CPU insulina crítica
• Memória RAM / ROM
M-5.2: O monitor dispara É preciso interromper o uso da O paciente mantém controle Desprezível
• Dispositivos de entrada e
alarme falso de falha no bomba de insulina até solucionar glicêmico usando caneta ou
saída
microcontrolador o problema. injeção de insulina.
M-6: Identificar perda de M-6.1: O monitor não dispara Perda da infusão de insulina sem Hiperglicemia, que pode Crítica
funcionamento do motor de alarme em caso de perda do alarme para o paciente evoluir para cetoacidose e
passo funcionamento do motor de coma
[F-1.3.2]. passo.
M-6.2: O monitor dispara É preciso interromper o uso da O paciente mantém controle Desprezível
alarme falso de falha do motor bomba de insulina até solucionar glicêmico administrando
de passo. o problema. insulina por meio de caneta
ou injeção.
M-7: Detectar seringa vazia M-7.1: O monitor não dispara Perda da infusão de insulina sem Hiperglicemia, que pode Crítica
[F-1.3.4]. alarme em caso de seringa alarme para o paciente evoluir para cetoacidose e
vazia coma
M-7.2: O monitor dispara É preciso interromper o uso da O paciente mantém controle Desprezível
alarme falso de seringa vazia bomba de insulina até solucionar glicêmico administrando
o problema. insulina por meio de caneta
ou injeção.
119
Objetivo do monitor Casos de falha Efeitos na bomba de insulina Efeitos no paciente Severidade
M-8: Detectar ausência da M-8.1: O monitor não dispara Perda da infusão de insulina sem Hiperglicemia, que pode Crítica
seringa [F-1.3.4]. alarme em caso de ausência da alarme para o paciente evoluir para cetoacidose e
seringa. coma.
M-8.2: O monitor dispara É preciso interromper o uso da O paciente mantém controle Desprezível
alarme falso de ausência da bomba de insulina até solucionar glicêmico administrando
seringa o problema. insulina por meio de caneta
ou injeção.
M-9: Identificar as falhas: M-9.1: O monitor não dispara Perda da infusão de insulina sem Hiperglicemia, que pode Crítica
• Obstrução do conjunto de alarme em caso de ocorrência alarme para o paciente evoluir para cetoacidose e
infusão [F-1.3.5]. de uma das falhas. coma.
• Emperramento do êmbolo
M-9.2: O monitor dispara É preciso interromper o uso da O paciente mantém controle Desprezível
da seringa [F-1.3.4].
alarme falso de ocorrência de bomba de insulina até solucionar glicêmico administrando
• Falha da transmissão
uma das falhas o problema. insulina por meio de caneta
mecânica [F-1.3.3].
ou injeção.
• Travamento do rotor do
motor de passo [F-1.3.2].
120