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FOLHA DE APROVAÇÃO
SUMÁRIO
1. Introdução..................................................................................................................... 1
1.1 Considerações Iniciais ................................................................................................ 1
1.2 Problemática ............................................................................................................... 1
1.2.1 O desafio da Segurança contra incêndios ................................................................ 1
1.2.2 Os municípios brasileiros e suas edificações........................................................... 2
1.2.3 A cultura da segurança e formação em SCI no Brasil ............................................. 3
1.2.4 O Comitê Brasileiro de Segurança Contra Incêndio e a Situação da Segurança
Contra Incêndio no Brasil....................................................................................... 4
1.3 Justificativas ............................................................................................................... 5
1.4 Objetivos .................................................................................................................... 6
1.4.1 Objetivos Gerais .................................................................................................... 6
1.4.2 Objetivos Específicos ............................................................................................. 6
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ...................................................................................... 7
2.1 Considerações Iniciais ................................................................................................ 7
2.2 Conceitos Básicas de SDAI ........................................................................................ 7
2.3 Definições .................................................................................................................. 9
2.3.1 Sistemas de Detecção e Alarme de Incêndios ......................................................... 9
2.3.2 Central de Detecção e Alarme de Incêndios............................................................ 9
2.3.3 Painel Repetidor ................................................................................................... 10
2.3.4 Detector Automático Pontual ............................................................................... 10
2.3.5 Acionador Manual ............................................................................................... 11
2.3.6 Indicação ............................................................................................................. 11
2.3.7 Circuito de Detecção ............................................................................................ 12
2.3.8 Circuito de Sinalização e de Alarme ..................................................................... 12
2.3.9 Circuito de Auxiliar ............................................................................................. 13
2.3.10 Proteção Necessária Contra a Ação do Fogo e Defeitos ........................................ 13
2.3.11 Alarme Geral ....................................................................................................... 13
2.4 A Seleção de um Sistema .......................................................................................... 13
2.5 Tipos de Sistemas ..................................................................................................... 15
2.5.1 Sistema Convencional .......................................................................................... 15
2.5.2 Sistema Endereçável ............................................................................................ 15
2.5.3 Sistema Microprocessado ..................................................................................... 16
2.6 Tipos de Detectores e Acionadores Manuais ............................................................. 18
2.6.1 Detectores Pontuais .............................................................................................. 18
2.6.2 Detectores de Fumaça .......................................................................................... 18
2.6.3 Detectores Térmicos ............................................................................................ 19
2.6.4 Detectores Termovelocimétricos .......................................................................... 19
2.6.5 Detectores Lineares .............................................................................................. 19
v
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Atendimento das exigências da NBR 9441 – Central – Aspectos Construtivos .... 32
Tabela 2 – Atendimento das exigências da NBR 9441 – Central – Facilidade ....................... 33
Tabela 3 - Atendimento das exigências da NBR 9441 – Central – Instrumentos e Dispositivos
............................................................................................................................................ 33
Tabela 4 - Atendimento das exigências da NBR 9441 – Central – Filosofia .......................... 33
Tabela 5 - Atendimento das exigências da NBR 9441 – Painel Repetidor ............................. 34
Tabela 6 - Atendimento das exigências da NBR 9441 – Detectores ...................................... 34
Tabela 7 - Atendimento das exigências da NBR 9441 – Acionadores Manuais ..................... 34
Tabela 8 - Atendimento das exigências da NBR 9441 – Avisadores Acústicos e Visuais ...... 35
Tabela 9 - Atendimento das exigências da NBR 9441 – Circuitos ........................................ 35
Tabela 10 - Atendimento das exigências da NBR 9441 – Condutos ...................................... 36
Tabela 11 - Atendimento das exigências da NBR 9441 – Fiação .......................................... 36
Tabela 12 - Atendimento das exigências da NBR 9441 – Instalação ..................................... 37
Tabela 13 – Atendimento das exigências da NBR 9441 – Central – Aspectos Construtivos .. 39
Tabela 14 – Atendimento das exigências da NBR 9441 – Central – Facilidade ..................... 40
Tabela 15 - Atendimento das exigências da NBR 9441 – Central – Instrumentos e
Dispositivos ......................................................................................................................... 40
Tabela 16 - Atendimento das exigências da NBR 9441 – Central – Filosofia ........................ 40
Tabela 17 - Atendimento das exigências da NBR 9441 – Painel Repetidor ........................... 41
Tabela 18 - Atendimento das exigências da NBR 9441 – Detectores .................................... 41
Tabela 19 - Atendimento das exigências da NBR 9441 – Acionadores Manuais ................... 41
Tabela 20 - Atendimento das exigências da NBR 9441 – Avisadores Acústicos e Visuais .... 42
Tabela 21 - Atendimento das exigências da NBR 9441 – Circuitos ...................................... 42
Tabela 22 - Atendimento das exigências da NBR 9441 – Condutos ...................................... 43
Tabela 23 - Atendimento das exigências da NBR 9441 – Fiação .......................................... 43
Tabela 24 - Atendimento das exigências da NBR 9441 – Instalação ..................................... 44
viii
RESUMO
A preocupação com a segurança contra incêndio e pânico nas edificações remonta ao início da
constituição das primeiras aglomerações urbanas, tendo crescido demasiadamente a demanda
por tais sistemas principalmente no final século XX, em virtude da grande concentração
urbana presenciada nesses locais.
Os sistemas de detecção e alarme de incêndios correspondem a uma das mais poderosas
ferramentas no combate e prevenção desses incidentes e sua execução possui características
técnicas que podem influenciar seu funcionamento.
Nesse trabalho são apresentados conceitos sobre os sistemas de detecção e alarme de
incêndios, bem como são feitas análises sobre a norma brasileira. Também são apresentados
estudos de casos de instalações novas e existentes, concluindo-se com uma discussão a
respeito da legislação e sua aplicação.
PALAVRAS CHAVES – Detecção, Alarme de Incêndios, Legislação de Incêndio
x
ABSTRACT
The buildings fire safety concern is aged since the beginning of the first urban
agglomerations, a the demand for these system have growing faster mainly in the end of XX
century due to the amount of urban concentration in that places.
The fire alarm systems are one of the most powerful tool against fire damages and its
implementation has special characteristics that may change the system functioning.
In this work will be presented concepts about fire alarm and signaling system, as well will be
realized some considerations about the Brazilian fire protection laws. Also, will be presented
case studies of new and existing building, finishing with a discussion about the legislation and
it applicability.
KEYWORDS – Detection, Fire Alarm, Fire legislation
1
1. INTRODUÇÃO
1.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
O grande crescimento populacional observado nos centros urbanos fez com que as
edificações e suas infra-estruturas aumentassem consideravelmente, a fim de atender as
necessidades habitacionais, comerciais, sociais e políticas.
Estatisticamente, a ocorrência de incêndios é maior em regiões mais densamente
povoadas, exigindo do poder público a regulamentação das características construtivas e da
população a observância das normas de segurança contra incêndios.
Mais especificamente, a proposta conceitual de um sistema de detecção e alarme de
incêndios (SDAI) é detectar o fogo em seu estágio inicial, a fim de possibilitar o abandono
rápido e seguro dos ocupantes do edifício, além de iniciar as ações de combate ao fogo,
evitando assim a perda de vidas, do patrimônio e também evitando a contaminação do meio
ambiente.
Com relação a legislação, a execução de sistemas de segurança contra incêndios em
edificações é regulamentada pela NBR-9441, de Março de 1998, além de decretos estaduais
que visam principalmente normatizar as fiscalizações dos Corpos de Bombeiros. Tais decretos
se diferenciam de estado para estado e em sua maioria não possuem detalhamentos com
relação a execução e, principalmente, a especificação dos equipamentos de detecção e alarme
de incêndios.
No estado de Mato Grosso, a segurança contra incêndios e pânico é regulamentada
pela Lei n.⁰ 8.399, de 22 de novembro de 2005, a qual revogou o Decreto Estadual n.⁰ 857, de
29 de agosto de 1984. Nessa legislação, em específico, a Norma Técnica do Corpo de
Bombeiros n.⁰ 17 é responsável pela instrução normativa a respeito dos sistemas de detecção
e alarme, porém a mesma está aquém das legislações internacionais com relação a esses tipos
de sistema eletrônicos, tendo em vista a grande diversidade de equipamentos e de tecnologias
que podem ser empregadas nesses tipos de sistemas.
1.2 PROBLEMÁTICA
incêndios nas edificações. Para atender a população são implantados grandes depósitos de
materiais combustíveis e materiais perigosos, criando locais com enorme potencial de
incêndio.
A fim de reduzir os riscos e aumentar a SCI, deve-se utilizar ferramentas de projeto,
controlar os materiais utilizados na construção das edificações e implantar procedimentos de
segurança.
Um fator agravante é que a maioria dos municípios brasileiros não está preparada para
essa enorme tarefa. Aprovações de projetos, inspeções e o Habite-se no quesito de SCI têm
sido insatisfatórios e às vezes calamitosos, chegando em casos de sinistros com grandes
perdas de vidas, (DEL CARLO, 2008).
Tem sido os Estados, na maioria das vezes, que mantêm em convênio com os
municípios os serviços de bombeiros, realizando dessa forma as avaliações e inspeções nas
edificações.
Além disso, a produção e importação de materiais mais modernos na construção civil
levam à necessidade de estudo do comportamento dessas estruturas em situações de incêndio.
Os riscos podem variar muito com o uso de novos materiais, sem o controle de sua reação e
resistência ao fogo. Dessa maneira, torna-se necessário ensaiar todos os materiais e sistemas
construtivos do mercado, o que nem sempre tem sido feito.
Os sistemas pré-fabricados e os componentes moldados “in loco” levam ao aumento
da produtividade no canteiro de obras, mas impõem a difícil tarefa de conhecer seu
comportamento em situações de incêndio. Além disso, quanto maior a complexidade, maior o
risco e se deve ter em mente que quanto mais sofisticadas, maiores e mais altas forem as
edificações, maiores deverão ser os cuidados com a inspeção, com o projeto, com a
construção, com o funcionamento e com as mudanças de uso.
Além disso, essa área é considerada de grande complexidade pois envolve o estudo da
resistência e a reação ao fogo dos materiais das construções, o dimensionamento de saídas de
emergência e os projetos de sistemas de detecção, combate ao fogo, iluminação de
emergência e controle de fumaça.
Nesse cenário, os currículos das faculdades de arquitetura e engenharia têm um
conteúdo extenso e um prazo mínimo, não permitindo absorção de outros conhecimentos,
sendo necessária uma profunda reformulação para que a SCI seja absorvida. Verifica-se
também que a formação de arquitetos e de engenheiros tem dado pouca ênfase para a SCI nas
edificações, acarretando baixa exigência com relação ao controle do risco de incêndios.
Porém caso fosse determinada a implantação de disciplinas de SCI em todos os cursos de
arquitetura e engenharia, tal medida seria desastrosa pois não há um quadro de professores
suficiente para ministrar tais conhecimentos. Atualmente, todo investimento em formação
desses profissionais se resume a alguns professores orientando alunos de pós-graduação nessa
área.
Diante do exposto, pode-se dizer que um programa para tornar o segmento de
Segurança Contra Incêndios consistente passará pela formação de quadros para
posteriormente haver uma atuação em larga escala junto a arquitetos e engenheiros.
normas, procedimentos, testes e diretrizes na área de segurança contra incêndios. Tal comitê
já foi responsável pela criação de dezenas de outras normalizações e atualmente está sediado
no Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, a fim de atender uma exigência da ABNT de
1994 que recomendava que cada comitê obtivesse auto-suficiência administrativo-financeira
para sua manutenção.
Apesar do grande desafio imposto para esse segmento e do nível de complexidade
envolvido em sua constituição e na aprovação de novos trabalhos, fica clara a deficiência
estrutural dos organismos normatizadores os quais, muitas vezes, são constituídos de
profissionais que prestam serviços sem qualquer remuneração e utilizam a estrutura de suas
próprias empresas, ou até mesmo de suas expensas, no intuito de contribuir com a melhoria e
a evolução da segurança contra incêndios no Brasil. Não existe um investimento maciço por
parte do poder público no intuito de incentivar instituições ou centros de pesquisa no
desenvolvimento de tecnologias mais resistentes ao fogo e melhorar os mecanismos de
proteção. Nem mesmo a legislação, parte imprescindível do trabalho de orientação e
fiscalização dos profissionais do setor, possui um apoio para sua melhoria, ficando a cargo de
fabricantes e prestadores de serviços sugerirem melhorias com relação a normas vigentes.
Em nível estadual a situação é ainda mais desanimadora pois o conhecimento do setor
está intrinsecamente atrelado os profissionais dos corpos de bombeiros ou dos técnicos e
engenheiros de segurança de empresas e indústrias, cujo número de profissionais é escasso
para atendimento do mercado. Também falta estrutura e, principalmente, pessoal técnico
qualificado para as ações de fiscalização e controle dos sistemas de segurança e de forma
geral, quando realizadas, tais inspeções não são minuciosas e desconsideram muitas vezes
características importantíssimas necessárias ao correto funcionamento dos sistemas.
Dessa forma, a necessidade de investimento no setor é latente. Devem ser construídos
desde centros de pesquisas e desenvolvimento de tecnologias de segurança até a promoção de
cursos responsáveis pela formação profissional dos envolvidos no segmento.
1.3 JUSTIFICATIVAS
Internacionalmente a Segurança Contra Incêndios é encarada como uma ciência e,
consequentemente, uma área de pesquisa, desenvolvimento e ensino. Existe uma enorme
atividade nessa área na Europa, nos EUA, no Japão e, em menor intensidade, em outros
países, (DEL CARLO, 2008).
6
1.4 OBJETIVOS
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Este capítulo toma como base a norma NBR 9441:98, da Associação Brasileira de
Normas Técnicas, apresentando um resumo dos principais conceitos e componentes com
relação a Sistemas de Detecção e Alarme de Incêndios
2.3 DEFINIÇÕES
2.3.2.2 Subcentral
Central de detecção, alarme e controle autônomo com todos os componentes de
supervisão dos circuitos de detecção e de comando com lógica de interação e fonte com
bateria própria. Essa central é supervisionada por outra central a distância, mas, em caso de
alarme, a subcentral não depende do controle da central supervisora para ativar alarmes,
sinalização e controles de acordo com uma lógica previamente nela programada. A supervisão
dos circuitos para controle da subcentral é feita pela central supervisora ou por uma central
remota (autônoma) com quadro sinótico e controles a distância. A subcentral pode ter
controles manuais externos, mas, como muitas vezes o lugar da instalação não é
permanentemente vigiado, os controles manuais devem estar cobertos por uma barreira física
que somente pode ser aberta por um dispositivo adequado e por pessoal autorizado.
2.3.6 Indicação
2.3.6.1 Indicador
Dispositivo que sinaliza sonora ou visualmente qualquer ocorrência relacionada ao
sistema de detecção e alarme de incêndio, especialmente para facilitar a busca do local de
alarme pelo pessoal de intervenção. Pode ser controlado pelos detectores automáticos, pelos
acionadores manuais ou pela central.
2.3.6.2 Avisador
Dispositivo previsto para chamar a atenção de todas as pessoas dentro de uma área em
perigo, controlado pela central.
12
Quando se projeta um SDAI para proteção da vida, será necessário assegurar um aviso
rápido sobre a ocorrência de um princípio de incêndio, ou seja, o sistema tem de prover um
aviso em tempo suficiente para o total abandono da área em risco antes que as condições se
tornem insustentáveis. O SDAI poderá ativar outros sistemas de proteção contra incêndio
como, por exemplo, sistemas de extinção e sistemas de controle de fumaça, que são bastante
úteis na manutenção de um ambiente seguro durante o incêndio, contribuindo assim para a
proteção da vida.
A proteção da propriedade visa principalmente ao aspecto econômico, pois tem como
objetivo minimizar danos materiais à propriedade (estrutura e conteúdo armazenado). As
perdas máximas admitidas são estabelecidas pelo proprietário ou pelo gerenciamento de risco.
O sistema nesse caso deve detectar o incêndio dentro de um tempo suficiente para assegurar o
combate ao fogo manualmente ou automaticamente, antes que o incêndio exceda os níveis
aceitáveis de danos.
A proteção empresarial, por sua vez, tem como objetivo evitar que danos materiais
causados pelo fogo venham prejudicar os negócios da empresa. Alguns itens a serem
considerados no projeto são: perda das operações fundamentais e processos da empresa; perda
de mercadorias acabadas; perda de negócios para competidores durante tempo de manutenção
ou reparo. Outras preocupações incluem a disponibilidade e tempo para reposição do
equipamento. Se o equipamento requer um tempo longo para reposição e prejudicará a
produção e, conseqüentemente, o negócio da empresa, então o projeto do SDAI deve
considerar esse aspecto, prevendo uma proteção adequada, conciliando inclusive meios de
extinção automática nesses equipamentos essenciais (como extinção por gases limpos).
15
Por último, temos o objetivo de proteção ao meio ambiente, que também é uma
preocupação da proteção contra incêndio. Nesse aspecto, o SDAI deve se preocupar
principalmente quanto à contaminação do meio ambiente seja pela emissão na atmosfera de
produtos tóxicos e poluentes resultados da combustão do incêndio ou pela contaminação da
água descartada usada no combate de um incêndio de grandes proporções. O sistema tão logo
detecte o princípio do fogo, deve iniciar automaticamente uma resposta apropriada para
supressão do incêndio, evitando assim queima de quantidade significativa de materiais
potencialmente nocivos ao meio ambiente.
Enfim, os vários cenários que podem surgir de um incêndio devem ser avaliados para
se definir o melhor projeto de um sistema de detecção. Esses cenários de incêndio
predeterminados devem incluir a melhor e a pior situação de incêndio que o ambiente
analisado pode gerar, considerando-se as características construtivas do edifício, sua
utilização, tipo de ocupação predominante, condições climáticas (efeito da estratificação) e o
uso de ar condicionado (movimentação de ar). Esses fatores são fundamentais para se definir
o tipo de sistema e a lógica a ser implantada.
por meio da modulação de sinais (codificação) passa a existir uma comunicação entre central
e o equipamento remoto (detectores; acionadores manuais; módulos de supervisão e comando
etc.).
Cada dispositivo possui um código de endereçamento, ou seja, possui um “endereço”
próprio, assim a sua localização precisa na edificação se torna possível, uma vez conhecido o
endereço sabe-se exatamente o local da edificação onde há o possível princípio de incêndio.
A CPU controla todo o sistema e mostra as informações por meio de LCD (visor de
cristal líquido). Possui comunicação do tipo “half duplex” (única via), o que limita o número
de dispositivos no sistema, pois o processamento das informações fica lento à medida que se
aumenta o número de endereços.
Cada fabricante de SDAI desenvolveu sua própria codificação (PCM), criando um
sistema no qual somente os equipamentos do mesmo fabricante comunicam-se entre si, ou
seja, um equipamento endereçável do fabricante A só pode ser ligado à central endereçável do
fabricante A e assim por diante.
Já no sistema convencional os equipamentos de fabricantes distintos (em sua maioria)
são compatíveis entre si.
Desvantagens:
Operadores devem ser mais qualificados;
Lógicas de funcionamento devem ser previstas antes da instalação ser iniciada;
Alto custo de aquisição e implantação;
2.7.1 Circuito
O circuito de detecção e alarme de incêndio deve ser projetado de forma que a ação do
fogo não impeça o seu funcionamento dentro do tempo estipulado e necessário para a tomada
de todas as ações de segurança da edificação, seja o abandono do prédio ou as ações de
controle e combate (NBR 9441, 1998).
Os tempos exigidos variam entre trinta minutos e três horas, dependendo das
circunstâncias na edificação e dos riscos para a vida humana e patrimonial, devendo o
projetista do sistema definir qual o tempo adequado e nível de proteção, levando-se em conta
vários fatores relacionados ao prédio, ao risco e à gravidade do sinistro.
Não se deve montar a fiação do sistema de detecção, alarme e controle em conjunto na
mesma prumada com cabos de alimentação de energia elétrica sem proteção.
Os circuitos devem ser instalados em condutos antichama, e quando aparente,
recomenda-se o uso de condutos metálicos, apesar da NBR 9441 aceitar utilização de
condutos de PVC. Os condutores (circuito) devem ser de cobre, rígidos (ou flexíveis), ter
isolação termoplástica ou de outros materiais isolantes resistentes ao fogo com uma tensão de
prova mínima de 600 V e diâmetro mínimo de 0,60mm por razões de resistência mecânica.
Para o dimensionamento elétrico dos condutores, a máxima queda de tensão
admissível para os circuitos de detecção é de 5% e, para os circuitos de alarme e auxiliares, de
10%.
No caso de perda de um ou vários equipamentos de alarme ou de sinalização pela ação
do fogo, os outros equipamentos no mesmo circuito devem continuar funcionando.
Recomenda-se que o sistema tenha redundância no funcionamento e que os circuitos sejam
instalados em classe A.
O sistema de proteção deve ser tal que não comprometa a capacidade das baterias da
central, quando solicitado na corrente de curto-circuito.
2.7.2 Central
Deve ser localizada em áreas de fácil acesso, segura e sob vigilância humana (por
exemplo, portarias principais de edifícios, salas de bombeiros ou segurança, etc.).
A área de instalação da central não deve estar próxima a materiais inflamáveis ou
tóxicos, bem como o entorno da sala não deve ter materiais de fácil combustão ou que
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comprometa à segurança do local e das pessoas que operam o sistema. Quando enclausurada,
essa área deve ser ventilada e protegida contra a penetração de gases e fumaça.
As informações geradas pela central do SDAI ao usuário do sistema devem ser na
língua oficial do país (português).
A disposição da central deve permitir visualização fácil e rápida das informações,
porém o acesso aos controles da mesma deve ser restringido somente ao pessoal habilitado e
autorizado.
A central do SDAI deve permanecer em posição de alarme automático, podendo ter
um retardo máximo de um minuto entre o sinal de sinistro e o alarme geral, no caso de não
serem tomadas as providências cabíveis. Deve possuir também dispositivo de fácil acesso
para acionamento manual do alarme geral e “reset”.
A central deve supervisionar todos os circuitos, acusando falhas ou defeitos existentes.
O percurso máximo de caminhamento da sala onde se localiza a central do SDAI até
um local seguro não pode ser superior a 25 m.
A(s) bateria(s) do SDAI deve(m) ser instalada(s) em local protegido, adequado ao tipo
da bateria, de forma a evitar danos à saúde e a quaisquer equipamentos e materiais existentes
no local. O local de instalação da(s) bateria(s) deve ainda ser ventilado e deve permitir fácil
acesso para manutenção.
Figura 9 - Raio de ação dos detectores de fumaça e temperatura. Fonte: SEITO, 2008.
Figura 10 - Distribuição de detectores de temperatura e de fumaça no teto ou parede lateral. Fonte: NBR 9441.
A distância entre um detector e a parede lateral adjacente deve ser no máximo igual a
4,5 metros.
A escolha do detector de fumaça deve ser feita de acordo com o material contido na
área supervisionada, com sua sensibilidade comprovada nos ensaios de fogo real para o tipo
de detector escolhido (NBR 11836).
2.7.3.7 Avisadores
Os avisadores podem ser sonoros, visuais (luminosos) ou mistos (sonoros e visuais).
Devem ser instalados em quantidades suficientes, em locais que permitam sua visualização
e/ou audição na área protegida.
Os avisadores controlados pela central podem ter indicações de funcionamento no
próprio invólucro (ou perto dele) ou podem ser supervisionados pela central.
Os indicadores utilizados para facilitar a busca do ponto de alarme podem ter a
visibilidade reduzida a 5 m e a intensidade sonora entre 40 dB e 60 dB, quando instalados em
corredores com altura não superior a 3,5 m.
O volume acústico do som dos avisadores não pode ser tal, que iniba a comunicação
verbal. No caso de falta de intensidade de som em um ponto distante, deve ser aumentada a
quantidade de equipamentos.
Os avisadores não podem ser instalados em áreas de saída de emergência como
corredores ou escadas.
O som e a freqüência de repetição devem ser únicos na área e não podem ser
semelhantes a outros sinalizadores que não pertençam à segurança de incêndio.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 MATERIAIS
Para a realização desse trabalho foram utilizadas publicações das normalizações
nacionais referentes a execução de sistemas de detecção e alarme de incêndios,
principalmente a NBR 9441:98, da Associação Brasileira de Normas Técnicas. Também
foram utilizadas a publicações das legislações estaduais com referência a Segurança Contra
Incêndio e Pânico dos Estados de Mato Grosso e São Paulo.
Em nível internacional, foram utilizadas publicações da ISO/IEC e da NFPA, com
relação a práticas de segurança contra incêndios e instalação de dispositivos de detecção e
alarme.
As análises das instalações foram baseadas em plantas, memoriais descritivos,
manuais dos equipamentos e ordens de serviço das instalações e manutenções, sendo que esse
material não foi publicado a fim de garantir a confidencialidade dos locais citados.
Também foram utilizados manuais e cadernos de referência técnica do fabricante de
sistemas de detecção e alarme de incêndios GE Security.
Em nível computacional, foram utilizados os softwares AutoCAD® 2008, da empresa
Autodesk®, para avaliação das plantas técnicas. Para elaboração das planilhas, foi utilizado o
software Microsoft® Excel, do conjunto de soluções Microsoft® Office® 2007. Para redação
dessa monografia, foi utilizado o software Microsoft® Word, também do conjunto de
Microsoft® Office® 2007.
Foram utilizadas também consultas a grupos de discussões na Internet, cujas fontes
foram citadas durante a aplicação nos capítulos desse trabalho.
3.2 MÉTODOS
Para a realização das análises das instalações, foram realizadas visitas técnicas e
inspeções nos locais referenciados nesse trabalho. No caso da instalação A, as visitas
aconteceram no ano de 2006, 2007 e 2009 e serviram como base para referenciar uma série de
orçamentos apresentado para adequação do projeto as exigências normativas. Já com relação a
instalação B, as análises foram baseadas também em visitas técnicas e inspeções realizadas no
ano de 2008 e 2009.
A fim de avaliar de forma detalhada as práticas determinadas pela NBR 9441:98,
foram criadas um conjunto de tabelas de conferência de características técnicas e
29
especificações que devem ser respeitadas em uma instalação de SDAI. Tais tabelas são
apresentadas no Capítulo IV e seus resultados são discutidos na conclusão desse capítulo.
Por fim, são realizadas discussões com relação as análises efetuadas, baseando-se na
NBR 9441 e também as conclusões sobre este trabalho.
30
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
4.1 ANÁLISE DE EXECUÇÕES DE INSTALAÇÕES DE SISTEMAS DE DETECÇÃO E
ALARME DE INCÊNDIOS
Este capítulo visa realizar a análise de instalações de 2 (duas) edificações onde foram
realizadas execuções de sistemas de detecção e alarme de incêndios, sob a óptica da norma
NBR 9441 e da Lei n.º 8.399/05, responsável por legislar sobre a Segurança Contra Incêndio
e Pânico no Estado de Mato Grosso.
4.2 INSTALAÇÃO A
4.2.1 Características
Tipo da Instalação: Terminal Aeroportuário de Passageiros
Área: 6.000,00m² Altura: 15m
Classificação:
1. Quanto a ocupação: GRUPO F – Local de Reunião de Público
DIVISÃO F-4 – Estação e Terminal de Passageiros
2. Quanto a altura: TIPO III – Edificação de baixo-média altura
3. Quanto ao risco: ALTO
Exigências para a edificação (Tabela 6F.2 da Lei n.º 8.399/05, exibida na Figura 13):
1. Acesso de Viatura na Edificação;
2. Segurança estrutural contra incêndio;
3. Controle de materiais e acabamento;
4. Saídas de Emergência;
5. Plano de Intervenção de Incêndio
6. Brigada de Incêndio;
7. Iluminação de Emergência;
8. Alarme de Incêndio;
9. Sinalização de Emergência;
10. Extintores;
11. Hidrantes e Mangotinhos;
31
Figura 13 - Relação de projetos exigidos para edificações do Grupo F – Divisão F-4. Fonte: MATO GROSSO
(Estado), 2005.
Período de instalação do SDAI: DURANTE A CONSTRUÇÃO DA EDIFICAÇÃO
Tipo de Central de Alarme: ENDEREÇÁVEL
Quantidade de Centrais: 1 UND
Localização da Central: SALA DE TELECOMUNICAÇÕES – PISO TÉRREO
Possui painel repetidor? SIM
Quantidade de Painéis Rep.: 1 UND
Localização do Painel Repetidor: CENTRAL DE OPERAÇÕES AEROPORTUÁRIAS
Dist. da Central até local seguro: <25m
Qtd e Tipo de Detectores: 150UND – ÓPTICO
30UND – TERMOVELOCIMÉTRICO
4UND – LINEAR
Qtd e Tipo de Acionadores: 20UND – TIPO “QUEBRE O VIDRO”
32
4.2.2.2 Central
Foram verificados os pontos descritos abaixo com relação a central de incêndios:
Como pode ser observado, o painel repetidor atendeu todas as exigências contidas na
norma.
4.2.2.4 Detectores
Foram verificados os pontos descritos abaixo com relação aos detectores:
Tabela 6 - Atendimento das exigências da NBR 9441 – Detectores
3 DETECTORES ATENDE
3.1 Os detectores devem ter as características prescritas abaixo: SIM NÃO
3.1.1 Devem ser resistentes às possíveis mudanças de temperatura ambiente, sem alarmes falsos ou defeitos, ou alterações da sensibilidade; X
3.1.2 Devem ser resistentes à umidade e à corrosão existentes no ambiente dentro da previsão da vida útil dada pelo fabricante; X
3.1.3 Devem ser resistentes mecanicamente a vibrações e impactos existentes no ambiente dentro de limites previstos na NBR 11836; X
Devem ter identificação de seu fabricante, tipo, temperatura, faixa e/ou parâmetros para atuação e ano de fabricação convenientemente
3.1.4 X
impressos em seu corpo;
3.1.5 Todas as referências à temperatura devem ser feitas em graus Celsius (°C); X
Os detectores de temperatura e de fumaça devem ser intercambiáveis entre si no sistema, sem necessidade de mudança nos circuitos (mas sim no
3.1.6 X
distanciamento dos detectores na instalação)
Os detectores automáticos devem conter indicação visual própria e adequada que opere automaticamente no caso de atuação no próprio detector
3.1.7 ou em sua base, com memória, e com reset pela central. A indicação de alarme deve ser vermelha e a de funcionamento deve ser verde. É aceita a X
indicação branca em caso de grandes alturas para facilitar a visualização;
4.2.2.7 Circuitos
Foram verificados os pontos descritos abaixo com relação aos circuitos:
Tabela 9 - Atendimento das exigências da NBR 9441 – Circuitos
6 CIRCUITOS ATENDE
6.1 Os circuitos devem atender aos requisitos prescritos abaixo: SIM NÃO
6.1.1 Os circuitos de detecção, de alarme e auxiliares devem ser executados em estrita conformidade com a NBR 5410; X
A instalação dos cabos principais deve ser fora da área contendo material combustível ou a proteção externa deve ser adequada para o perigo
6.1.2 X
potencial da área de instalação;
Os condutores utilizados nestes circuitos devem ser rígidos e, quando não protegidos por condutos in combustíveis, devem ter isolamento
6.1.3 X
resistentes à propagação de chamas.
4.2.2.8 Condutos/Infra-estrutura
Foram verificados os pontos descritos abaixo com relação aos condutos:
36
4.2.2.9 Fiação
Foram verificados os pontos descritos abaixo com relação a fiação:
Tabela 11 - Atendimento das exigências da NBR 9441 – Fiação
8 FIAÇÃO ATENDE
8.1 A fiação deve atender aos requisitos prescritos abaixo: SIM NÃO
A fiação pode estar contida em condutos metálicos, plásticos ou pode ser aparente em forma de cabo blindado com resistência ao calor, de acordo
8.1.1 X
com a área de instalação e o tempo necessário para suportar o calor do fogo;
Quando instalados em condutos metálicos, os condutores devem ser de cobre, rígidos (ou flexíveis), ter isolação termoplástica ou de outros
8.1.2 materiais isolantes resistentes ao fogo com uma tensão de prova mínima de 600 V e diâmetro mínimo de 0,60 mm por razões de resistência X
mecânica;
Os condutores devem ser trançados em pares ou em quartetos e identificados por cores. Nos casos de cabos multipares onde a força mecânica é
8.1.3 absorvida pela cobertura plástica, o diâmetro mínimo dos fios deve ser 0,5 mm e rígido, quando o cabo começa e termina em caixas de distribuição X
com terminais apropriados para este tipo de fio;
Os cabos devem ser de uso exclusivo do sistema de detecção e alarme de incêndio e não podem ser mesclados com linhas telefônicas ou com
8.1.4 X
linhas de outros serviços com pulsos com mais de 30 Vpp;
Quando a instalação passa por condutos plásticos, somente pode ser utilizado cabo blindado com diâmetro mínimo dos fios de cobre de 0,6 mm,
8.1.5 para todos os condutores, até dois pares com fio de aterramento incluído ou separado, dentro do mesmo conduto, para neutralizar influências X
elétricas;
Os condutores utilizados nestes circuitos em condutos de aço galvanizados devem ser trançados, rígidos e com identificação colorida, e devem ter
8.1.6 X
isolamento com resistência à temperatura de, pelo menos, 70°C, resistente à propagação de chamas;
4.2.2.10 Instalação
Foram verificados os pontos descritos abaixo com relação a instalação:
Tabela 12 - Atendimento das exigências da NBR 9441 – Instalação
9 INSTALAÇÃO ATENDE
9.1 instalação de sistemas de detecção e alarmes de incêndio deve obedecer, no mínimo, ao prescrito: SIM NÃO
9.1.1 Quando existente, toda tubulação integrante de um sistema de detecção e alarme de incêndio deve atender, exclusivamente, a este sistema; X
Toda caixa de passagem, incluindo tampas dos conduletes, pertencente ao sistema de detecção e alarme de incêndio deve ser identificada
9.1.2 X
adequadamente pela cor ou com inscrição apropriada na cor exigida;
A interligação entre a tubulação e qualquer dispositivo distante da tubulação deve ser executada através de eletroduto rígido ou flexível, fixado
mecanicamente, seguro em ambas as extremidades, ou cabo blindado dotado de prensacabos nas extremidades e fixação mecânica adequada no
9.1.3 X
teto ou nas paredes. Descidas de cabos, para a interligação de acionadores manuais ou similar, devem ser protegidas até uma altura de 2 m contra
danos mecânicos;
O sistema deve ter todos os componentes metálicos ligados a um mesmo referencial, preferivelmente ao da área da instalação da central
9.1.4 X
(segurança para o operador da central);
9.1.5 Todas as interligações dos componentes entre si e destes com a central devem ser executadas com terminais ou conectores apropriados; X
9.1.6 Não é permitida a interligação (emenda) dos fios dentro da tubulação ou em local de difícil acesso; X
Todos os circuitos devem ser devidamente identificados na central e em todas as caixas de distribuição com bornes de ligação: tipo e número do
9.1.7 X
circuito, polaridade, de onde vêm e para onde vão;
4.3 INSTALAÇÃO B
4.3.1 Características
Tipo da Instalação: Shopping Center
Área: 60.000,00m² Altura: 25m
Classificação:
1. Quanto a ocupação: GRUPO C – Comercial
DIVISÃO C-3 – Shopping Center
2. Quanto a altura: TIPO V – Edificação mediamente alta
3. Quanto ao risco: ALTO
Exigências para a edificação (Tabela 6F.2 da Lei n.º 8.399/05, exibida na Figura 14):
1. Acesso de Viatura na Edificação;
2. Segurança estrutural contra incêndio;
3. Compartimentação Horizontal
4. Compartimentação Vertical
5. Controle de materiais e acabamento;
6. Saídas de Emergência;
7. Plano de Intervenção de Incêndio
8. Brigada de Incêndio;
9. Iluminação de Emergência;
10. Detecção de Incêndio;
11. Alarme de Incêndio;
12. Sinalização de Emergência;
13. Extintores;
38
Figura 14 - Relação de projetos exigidos para edificações do Grupo C – Divisão C-3. Fonte: MATO GROSSO
(Estado), 2005.
Período de instalação do SDAI: APÓS A CONSTRUÇÃO DA EDIFICAÇÃO
Tipo de Central de Alarme: ENDEREÇÁVEL
Quantidade de Centrais: 3 UND
Localização da Central: SHAFT DE SERVIÇOS – 1 SUBSOLO
Possui painel repetidor? SIM
Quantidade de Painéis Rep.: 3 UND
Localização do Painel Repetidor: CENTRAL DE OPERAÇÕES
Dist. da Central até local seguro: >25m
Qtd e Tipo de Detectores: 1000UND – ÓPTICO
500UND – TERMOVELOCIMÉTRICO
300UND – MÓDULOS DE ENTRADA
39
4.3.2.2 Central
Foram verificados os pontos descritos abaixo com relação a central de incêndios:
Como pode ser observado, o painel repetidor atendeu todas as exigências contidas na
norma.
4.3.2.4 Detectores
Foram verificados os pontos descritos abaixo com relação aos detectores:
Tabela 18 - Atendimento das exigências da NBR 9441 – Detectores
3 DETECTORES ATENDE
3.1 Os detectores devem ter as características prescritas abaixo: SIM NÃO
3.1.1 Devem ser resistentes às possíveis mudanças de temperatura ambiente, sem alarmes falsos ou defeitos, ou alterações da sensibilidade; X
3.1.2 Devem ser resistentes à umidade e à corrosão existentes no ambiente dentro da previsão da vida útil dada pelo fabricante; X
3.1.3 Devem ser resistentes mecanicamente a vibrações e impactos existentes no ambiente dentro de limites previstos na NBR 11836; X
Devem ter identificação de seu fabricante, tipo, temperatura, faixa e/ou parâmetros para atuação e ano de fabricação convenientemente
3.1.4 X
impressos em seu corpo;
3.1.5 Todas as referências à temperatura devem ser feitas em graus Celsius (°C); X
Os detectores de temperatura e de fumaça devem ser intercambiáveis entre si no sistema, sem necessidade de mudança nos circuitos (mas sim no
3.1.6 X
distanciamento dos detectores na instalação)
Os detectores automáticos devem conter indicação visual própria e adequada que opere automaticamente no caso de atuação no próprio detector
3.1.7 ou em sua base, com memória, e com reset pela central. A indicação de alarme deve ser vermelha e a de funcionamento deve ser verde. É aceita a X
indicação branca em caso de grandes alturas para facilitar a visualização;
4.3.2.7 Circuitos
Foram verificados os pontos descritos abaixo com relação aos circuitos:
Tabela 21 - Atendimento das exigências da NBR 9441 – Circuitos
6 CIRCUITOS ATENDE
6.1 Os circuitos devem atender aos requisitos prescritos abaixo: SIM NÃO
6.1.1 Os circuitos de detecção, de alarme e auxiliares devem ser executados em estrita conformidade com a NBR 5410; X
A instalação dos cabos principais deve ser fora da área contendo material combustível ou a proteção externa deve ser adequada para o perigo
6.1.2 X
potencial da área de instalação;
Os condutores utilizados nestes circuitos devem ser rígidos e, quando não protegidos por condutos in combustíveis, devem ter isolamento
6.1.3 X
resistentes à propagação de chamas.
4.3.2.8 Condutos/Infra-estrutura
Foram verificados os pontos descritos abaixo com relação aos condutos:
43
4.3.2.9 Fiação
Foram verificados os pontos descritos abaixo com relação a fiação:
Tabela 23 - Atendimento das exigências da NBR 9441 – Fiação
8 FIAÇÃO ATENDE
8.1 A fiação deve atender aos requisitos prescritos abaixo: SIM NÃO
A fiação pode estar contida em condutos metálicos, plásticos ou pode ser aparente em forma de cabo blindado com resistência ao calor, de acordo
8.1.1 X
com a área de instalação e o tempo necessário para suportar o calor do fogo;
Quando instalados em condutos metálicos, os condutores devem ser de cobre, rígidos (ou flexíveis), ter isolação termoplástica ou de outros
8.1.2 materiais isolantes resistentes ao fogo com uma tensão de prova mínima de 600 V e diâmetro mínimo de 0,60 mm por razões de resistência X
mecânica;
Os condutores devem ser trançados em pares ou em quartetos e identificados por cores. Nos casos de cabos multipares onde a força mecânica é
8.1.3 absorvida pela cobertura plástica, o diâmetro mínimo dos fios deve ser 0,5 mm e rígido, quando o cabo começa e termina em caixas de distribuição X
com terminais apropriados para este tipo de fio;
Os cabos devem ser de uso exclusivo do sistema de detecção e alarme de incêndio e não podem ser mesclados com linhas telefônicas ou com
8.1.4 X
linhas de outros serviços com pulsos com mais de 30 Vpp;
Quando a instalação passa por condutos plásticos, somente pode ser utilizado cabo blindado com diâmetro mínimo dos fios de cobre de 0,6 mm,
8.1.5 para todos os condutores, até dois pares com fio de aterramento incluído ou separado, dentro do mesmo conduto, para neutralizar influências X
elétricas;
Os condutores utilizados nestes circuitos em condutos de aço galvanizados devem ser trançados, rígidos e com identificação colorida, e devem ter
8.1.6 X
isolamento com resistência à temperatura de, pelo menos, 70°C, resistente à propagação de chamas;
4.3.2.10 Instalação
Foram verificados os pontos descritos abaixo com relação a instalação:
Tabela 24 - Atendimento das exigências da NBR 9441 – Instalação
9 INSTALAÇÃO ATENDE
9.1 instalação de sistemas de detecção e alarmes de incêndio deve obedecer, no mínimo, ao prescrito: SIM NÃO
9.1.1 Quando existente, toda tubulação integrante de um sistema de detecção e alarme de incêndio deve atender, exclusivamente, a este sistema; X
Toda caixa de passagem, incluindo tampas dos conduletes, pertencente ao sistema de detecção e alarme de incêndio deve ser identificada
9.1.2 X
adequadamente pela cor ou com inscrição apropriada na cor exigida;
A interligação entre a tubulação e qualquer dispositivo distante da tubulação deve ser executada através de eletroduto rígido ou flexível, fixado
mecanicamente, seguro em ambas as extremidades, ou cabo blindado dotado de prensacabos nas extremidades e fixação mecânica adequada no
9.1.3 X
teto ou nas paredes. Descidas de cabos, para a interligação de acionadores manuais ou similar, devem ser protegidas até uma altura de 2 m contra
danos mecânicos;
O sistema deve ter todos os componentes metálicos ligados a um mesmo referencial, preferivelmente ao da área da instalação da central
9.1.4 X
(segurança para o operador da central);
9.1.5 Todas as interligações dos componentes entre si e destes com a central devem ser executadas com terminais ou conectores apropriados; X
9.1.6 Não é permitida a interligação (emenda) dos fios dentro da tubulação ou em local de difícil acesso; X
Todos os circuitos devem ser devidamente identificados na central e em todas as caixas de distribuição com bornes de ligação: tipo e número do
9.1.7 X
circuito, polaridade, de onde vêm e para onde vão;
são a ferramenta primária de fiscalização dos Corpos de Bombeiros em nível estadual. Dessa
forma, nem a norma nem as leis locais determinam quais os painéis mais corretos tendo em
vista o nível de complexidade da instalação. A conseqüência mais direta disso é o
subdimensionamento do sistema e a utilização de painéis mais baratos para supervisão de
áreas com elevada carga de incêndio ou de altíssima periculosidade. A norma também não
proíbe a utilização de mais de uma central sob a mesma edificação. Essa é situação
encontrada principalmente na instalação B. Por se tratar de um sistema com necessidade de
mais 1000 (mil) pontos de supervisão, dividiu-se a instalação em 3 (três) equipamentos, sendo
um para cada pavimento, a fim de baratear os custos de aquisição dos equipamentos. Isso faz
com que o sistema não tenha um gerenciamento eletrônico centralizado e a principal
conseqüência é a ocorrência de alarme em um ponto da edificação e a não comunicação do
evento aos locais adjacentes, tendo em vista se encontrarem interligados por painéis distintos,
retardando os processos de evacuação e aumentando o risco da instalação. Tal prática é
totalmente desaconselhada tendo em vista o fato do sistema não ser gerenciando de forma
integrada.
Além disso, não foram instalados dispositivos de anúncio de alarme na edificação B.
Na época das vistorias, tal fato foi justificado no sentido de não criar uma situação de pânico
nos ocupantes da edificação. Além de descumprir totalmente a norma, tal inobservância
reitera o fato da central estar totalmente sub-dimensionada para tal aplicação. Os dispositivos
microprocessados existentes atualmente no mercado permitem uma série de programações
lógicas e verificações iniciais antes que o alarme geral do sistema seja ativado. Dessa forma é
possível que um indício de incêndio seja verificado e avaliado pelas equipes de brigadistas,
antes mesmo que a central comunique aos dispositivos de anunciação um alarme geral.
Também pelo fato de não possuir dispositivos de anunciação remotos, o processo de
evacuação, que é uma das premissas básicas de um sistema de incêndios, não poderá ser
realizado e dependerá da intervenção humana, retardando a evacuação dos ocupantes e
aumentando o risco de perda de vidas.
A utilização de circuitos em Classe A também é incentivada pela norma, porém a
NBR 9441:98 não comenta a obrigatoriedade da instalação de dispositivos isoladores,
responsáveis por criar uma barreira física quando da ocorrência de curto-circuito ou até
mesmo queima de parte do cabeamento do sistema. Em nenhuma das instalações avaliadas tal
topologia foi utilizada.
Com relação aos condutos e infra-estrutura, está claro na NBR 9441 a necessidade de
se realizar a equipotencialização da tubulação, quando construída de material metálico. Essa
46
das legislações até mesmo de outros estados brasileiros e carece de um aprimoramento com
de suas observâncias técnicas.
Grande parte das legislações internacionais, como a NFPA 101 – Life Safety Code
(Código de Segurança de Vida), estão focadas em estabelecer critérios mínimos para saídas de
emergências, permitindo a evacuação dos ocupantes da edificação para locais seguros. O
diferencial dessa legislação é que o código faz considerações que são essências para a
segurança da vida levando em conta que a segurança é mais do que garantir estruturas de
evacuação. São definidas características para proteção de estruturas, sistemas, serviços
essências dentro da edificação, características operacionais, atividades de manutenção e outras
provisões do intuito de se obter um grau desejável de segurança. Além disso, o código tem a
premissa que o um elevado nível de segurança depende que sejam garantidos pelas estruturas
e sistemas um tempo de evacuação suficiente para a proteção das pessoas expostas ao fogo.
É necessário salientar que o NFPA 101 exige que sejam realizados com freqüência
ensaios de evacuação e treinamento preventivos de emergência. Dessa forma, pode-se
diminuir consideravelmente o tempo de resposta das ações em decorrência dos avisos de
evacuação, melhorando-se a performance de todo o sistema. Nas instalações avaliadas havia
histórico desses ensaios, porém os mesmos não são realizados com regularidade e nem
mesmo a lei nem a norma especificam quais os procedimentos a serem tomados nesses
ensaios.
48
5. CONCLUSÕES
A segurança contra incêndios em edificações é de fato uma ciência que deve ser
amplamente estudada, documentada e fiscalizada. Verificou-se que há uma maior
preocupação e um melhor detalhamento de suas diretrizes nos países mais desenvolvidos.
No Brasil, os organismos reguladores oferecem uma legislação que atende a maioria
dos requisitos técnicos de segurança, porém sua aplicação fica a cargo dos profissionais do
setor infra-estrutura e serviços, contribuindo para que ocorram falhas de projetos, erros
conceitos e má aplicação dos sistemas. É latente a necessidade investimentos na formação,
capacitação e nos mecanismos de fiscalização existentes.
Há também a necessidade de catalogação, classificação e certificação dos novos
materiais empregados na indústria de construção civil, por trazerem grandes riscos as
edificações em virtude de seus comportamentos, ainda desconhecidos, quando da ocorrência
de incêndios.
Com relação a detecção e alarme de incêndios, muitas melhorias ainda podem ser
implementadas nas instalações, mas a maior deficiência se verifica na falta de fiscalização dos
organismos competentes. Verifica-se que o nível de eficiência e proteção dos sistemas é
diretamente proporcional ao nível de exigência legal e de fiscalização das edificações.
Deve-se também realizar atualizações nas normas e leis vigentes visando acompanhar
as mudanças tecnológicas e o nível de evolução das legislações internacionais.
Com relação as instalações avaliadas, observou-se que os problemas mais graves são a
falta de conhecimento com relação ao tipo de sistema a ser utilizado, o subdimensionamento
do central de alarme de incêndios, erros conceituais com relação ao posicionamento da central
e ausência de equipotencialização da infra-estrutura metálica. Tais inobservâncias fazem com
que os equipamentos não atendam as exigências de funcionamento nas situações de pânico ou
incêndio das edificações avaliadas.
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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SEITO, A. I. et al. A Segurança Contra Incêndios no Brasil. 1 ed. São Paulo: Projeto
Editora, 2008. 496p.