Você está na página 1de 3

BATISMO – RM 6 – MORRER COM JESUS E RESSUCITAR COM ELE - VIVER COM ELE.

EVANGELHO – CREDO APOSTOLICO – é a janela para olhar para a história (“Lembrei porque eu sou
crente e para onde estou indo!”) – compreendo porque existo e para qual sentido estou indo.
EIXO CENTRAL DA HISTÓRIA – JESUS – CEIA DO SENHOR PARA EU LEMBRAR SEMPRE. É O VIVER
CONSTANTE SOB A LUZ DO EVANGELHO DO AMOR DE JESUS. ENTENDIMENTO E
CONHECIMENTO. O AMOR NÃO CRESCE SE ESSES DOIS TAMBÉM NÃO CRESCEREM.
Idolatria /concupiscência / prática (ingratidão) = contra a estrutura da igreja evangélica = tudo
envolve a GRATIDÃO.
FILIPENSES 4 [ACF]:
4 - REGOZIJAI-VOS SEMPRE NO SENHOR; OUTRA VEZ DIGO, REGOZIJAI-VOS.
5 - SEJA A VOSSA EQÜIDADE NOTÓRIA A TODOS OS HOMENS. PERTO ESTÁ O SENHOR.
6 - NÃO ESTEJAIS INQUIETOS POR COISA ALGUMA; ANTES AS VOSSAS PETIÇÕES SEJAM EM TUDO
CONHECIDAS DIANTE DE DEUS PELA ORAÇÃO E SÚPLICA, COM AÇÃO DE GRAÇAS.
7 - E A PAZ DE DEUS, QUE EXCEDE TODO O ENTENDIMENTO, GUARDARÁ OS VOSSOS CORAÇÕES
E OS VOSSOS PENSAMENTOS EM CRISTO JESUS.
8 - QUANTO AO MAIS, IRMÃOS, TUDO O QUE É VERDADEIRO, TUDO O QUE É HONESTO, TUDO O
QUE É JUSTO, TUDO O QUE É PURO, TUDO O QUE É AMÁVEL, TUDO O QUE É DE BOA FAMA, SE
HÁ ALGUMA VIRTUDE, E SE HÁ ALGUM LOUVOR , NISSO PENSAI. (lembrar sempre que existe o
bem e ele tem que governar a minha mente).
9 - O QUE TAMBÉM APRENDESTES, E RECEBESTES, E OUVISTES, E VISTES EM MIM, ISSO FAZEI; E
O DEUS DE PAZ SERÁ CONVOSCO. (sermos imitadores de Cristo – temos que VER)

QUANDO A GENTE ORA COM JESUS, A GENTE ALINHA O NOSSO CORAÇÃO COM O DELE. A
GENTE PECA PORQUE FALTA ALGUMA COISA, A GENTE NÃO CONFIA EM DEUS E FAZEMOS DO
NOSSO JEITO. PARA TRATARMOS OS NOSSOS DESEJOS, FOI FEITO O PAI NOSSO.

CRESCER: NO EVANGELHO, NO ENTENDIMENTO, NO AMOR. SÓ DEUS PODE LEVAR A GENTE


CRENTE ATÉ O FINAL. O CONHECIMENTO DA GRAÇA DE DEUS E QUE ELE ESTÁ CONOSCO. ASSIM,
O NOSSO SABER, O NOSSO DESEJAR E O NOSSO PRATICAR ESTARÁ SEMPRE CRESCENDO.

CRESCER NO AMOR, PELA OBRA DO ESPIRITO SANTO. SENHOR EU QUERO QUE O MEU AMOR
AUMENTE. ORO, EM NOME DE JESUS!
O piedoso joão calvino
A piedade (pietas) é um dos principais temas da teologia de João Calvino. Sua teologia é, como diz
John T. McNeill, “sua piedade descrita extensamente”. Ele estava determinado a restringir a
teologia nos limites da piedade. Para Calvino, a teologia lida antes de tudo com o conhecimento —
conhecimento de Deus e de nós mesmos — mas não há conhecimento verdadeiro onde não há
piedade verdadeira.
Para Calvino, pietas designa a atitude correta do homem em relação a Deus, que inclui verdadeiro
conhecimento, adoração sincera, fé salvífica, temor filial, submissão em oração e amor reverente.
Saber quem e o que Deus é (teologia) conduz a atitudes corretas para com ele e a fazer o que ele
quer (piedade). Calvino escreve: “Eu chamo de ‘piedade’ aquela reverência unida ao amor a Deus
que o conhecimento dos seus benefícios induz”. Esse amor e reverência por Deus é um
correspondente necessário a qualquer conhecimento dele e envolve toda a vida. Calvino diz: “Toda
a vida dos cristãos deve ser uma espécie de prática de piedade”.
O objetivo da piedade, assim como de toda a vida cristã, é a glória de Deus – glória que brilha nos
atributos de Deus, na estrutura do mundo e na morte e ressurreição de Jesus Cristo. Glorificar a
Deus supera a salvação pessoal para toda pessoa verdadeiramente piedosa. O homem piedoso, de
acordo com Calvino, confessa: “Nós somos de Deus: vivamos para ele e morramos por ele. Nós
somos de Deus: que a sua sabedoria e vontade, portanto, regulem todas as nossas ações. Nós somos
de Deus: que todas as partes da nossa vida, conformemente, se esforcem por ele como nosso único
objetivo lícito”.

Mas como glorificamos a Deus? Como Calvino escreve: “Deus nos prescreveu um modo pelo qual
ele deseja ser glorificado por nós, a saber, a piedade, que consiste na obediência à sua Palavra.
Aquele que excede esses limites não honrará a Deus, mas sim o desonrará”. A obediência envolve a
entrega total ao próprio Deus, à sua Palavra e à sua vontade.

Para Calvino, a piedade é abrangente, tendo dimensões teológicas, eclesiológicas e práticas.


Teologicamente, a piedade só pode ser concretizada através da união e comunhão com Cristo e
participação nele, pois fora de Cristo até a pessoa mais religiosa vive apenas para si. Somente em
Cristo os piedosos podem viver como servos voluntários do seu Senhor, soldados fiéis do seu
Comandante e filhos obedientes do seu Pai.

A comunhão com Cristo é sempre o resultado da fé operada pelo Espírito, que une o crente a Cristo
por meio da Palavra, permitindo ao crente receber a Cristo como ele é apresentado no evangelho e
graciosamente oferecido pelo Pai. Pela fé, os crentes se apossam de Cristo e crescem nele. Eles
recebem de Cristo, por meio da fé, a “graça dupla” da justificação e santificação, que juntas
oferecem o lavar da pureza imputada e real.

Eclesiologicamente, para Calvino, a piedade é nutrida na igreja pela Palavra pregada, pelos santos
sacramentos e pelo canto dos Salmos. Os crentes cultivam a piedade pelo Espírito através do
ministério de ensino da igreja, progredindo da infância espiritual para a juventude até a plena
maturidade em Cristo.
A pregação da Palavra é nosso alimento espiritual e nosso remédio para a saúde espiritual, diz
Calvino. Com a bênção do Espírito, os ministros são médicos espirituais que aplicam a Palavra às
nossas almas como os médicos deste mundo aplicam o remédio aos nossos corpos.
Calvino define os sacramentos como testemunhos “da graça divina para conosco, confirmados por
um sinal exterior, com mútuo atestado da nossa piedade para com ele”. Sendo a Palavra visível, eles
são “exercícios de piedade”. Os sacramentos fortalecem a nossa fé, nos fazem agradecidos pela
abundante graça de Deus e nos ajudam a oferecermos a nós mesmos como sacrifícios vivos a Deus.

Calvino considerava os Salmos como o manual canônico da piedade. Ele escreve: “Não há outro
livro no qual sejamos mais perfeitamente ensinados o modo correto de louvar a Deus, ou no qual
somos mais poderosamente excitados para a realização desse exercício de piedade”. Com a direção
do Espírito, o canto dos Salmos sintoniza os corações dos crentes à glória.

Praticamente, embora Calvino tenha visto a igreja como o berçário da piedade, também enfatizou a
necessidade da piedade pessoal. Para Calvino, tal piedade “é o começo, o meio e o fim da vida
cristã”. Ela envolve inúmeras dimensões práticas para a vida cristã diária, com ênfase particular na
oração sincera, no arrependimento, na auto-negação, no carregar da cruz e na obediência.

Calvino se esforçou para que ele mesmo vivesse a vida de pietas. Tendo provado a bondade e a
graça de Deus em Jesus Cristo, ele buscou a piedade procurando conhecer e fazer a vontade de Deus
todos os dias. Sua teologia e eclesiologia se desenvolveram em piedade prática, sincera e
cristocêntrica; piedade essa que final e profundamente afetou e transformou a igreja, a sociedade e o
mundo.

Tradução: Camila Rebeca Teixeira

Revisão: André Aloísio Oliveira da Silva

Original: A Comprehensive Piety

Você também pode gostar