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16 outubro 2023
Com o tempo frio e chuvoso, as casas tendem a apresentar, de forma mais visível, os problemas causados pela humidade fora
dos níveis ideais. Em excesso, a humidade é desconfortável, além de favorecer a corrosão e outros danos nos materiais, sem
falar do tão desagradável cheiro a mofo. A somar a tudo isto, a humidade pode levar ao desenvolvimento de fungos e ácaros,
que podem ser prejudiciais para a saúde, ao propiciarem infeções respiratórias, alergias e asma em indivíduos sensíveis. Níveis
muito baixos de humidade também podem conduzir a danos materiais, por exemplo, na madeira, e a um desconforto nas vias
respiratórias, mucosas nasais e olhos.
A humidade nas paredes pode ter causas externas, muitas vezes associadas a problemas do edifício. Quando tal se verificar,
peça a opinião de um profissional validado. Visite o DECO PROTeste SELECT e encontre empresas de confiança.
Segundo diversos estudos, a maioria dos fungos só se desenvolve acima dos 60% de humidade. E, abaixo dos 50%, os ácaros
deixam de proliferar. Com um grau de humidade ainda mais baixo, os ácaros ficam inativos, o que explica a sua quase
inexistência em regiões com um clima seco. Já os vírus têm uma taxa de sobrevivência superior quando a humidade cai abaixo
dos 40 por cento. Então, qual a humidade ideal no interior de uma casa?
Para o saber, precisa de calcular a humidade relativa do ar, ou seja, a quantidade máxima de vapor de água que o ar pode reter
num dado momento, a uma dada temperatura e pressão atmosférica. Simplificando, a humidade relativa do ar é a relação entre
a quantidade de água existente no ar (humidade absoluta) e a quantidade máxima que poderia haver na mesma temperatura
(ponto de saturação). Por exemplo, caso o ar retenha apenas metade da sua capacidade máxima, então a humidade relativa do
ar é de 50 por cento.
Assim, se a humidade relativa do ar estiver abaixo dos 40%, considera-se que o ar está demasiado seco. Se a humidade
relativa do ar estiver acima dos 60%, considera-se que o ar está húmido em excesso. O ideal é que a humidade relativa do ar
esteja entre os 40% e os 60 por cento. Para calcular com precisão os níveis de humidade, e evitar as consequências do
excesso ou do baixo nível de humidade na sua casa, poderá ser útil adquirir um higrómetro, aparelho à venda em lojas de
eletrodomésticos a partir de 10 euros.
O bolor é a designação que se dá a um aglomerado constituído por fungos. Os tipos de bolor mais comuns, que se formam no
interior das casas, são Cladosporium , Penicillium e Aspergillus . O crescimento de bolor, que muitas vezes assume o aspeto de
manchas, pode ter muitas cores diferentes e cheirar a mofo. A cor não é um indicador da perigosidade do bolor.
O mobiliário e os objetos feitos de madeira, em particular, são muito sensíveis à humidade relativa do ambiente onde se
encontram. A madeira é um material higroscópico com a capacidade de absorver água. Logo, as elevadas percentagens de
humidade relativa do ar levam ao aumento do teor de água na madeira, que, por sua vez, pode levar à sua deterioração.
Existe também o risco para a saúde das pessoas que frequentam ambientes afetados pelo bolor. Se a humidade relativa
exceder os 70% de forma muito continuada, o risco de aparecimento e crescimento de fungos é significativo. Este risco é maior
se estivermos a falar de superfícies frias ou superfícies em contacto com o exterior. Como o ar frio tem uma menor capacidade
de retenção de água, à medida que a temperatura baixa, o vapor de água presente no ar condensa-se nas superfícies mais
frias – em superfícies frias, com uma temperatura abaixo dos 12,6°C, o risco de formação de bolor é muito significativo.
Como entra bolor no ambiente interior e como se desenvolve?
O bolor pode entrar em casa pelas portas e janelas ou pelos sistemas de aquecimento e de ar condicionado. Também pode ser
transportado do exterior preso à roupa, aos sapatos ou através dos animais de estimação. O bolor desenvolve-se quando os
esporos caem em locais com excesso de humidade, como infiltrações no teto, canalizações ou paredes. Há alguns materiais
favoráveis ao crescimento de alguns tipos de bolor. São exemplo disso materiais de celulose húmidos, cartão, madeira, pó,
tintas, papel de parede, alcatifas, tecido ou estofos.
Condensação
O aparecimento e formação de condensação é outra das consequências. Este fenómeno regista-se quando o ar húmido é
arrefecido a uma temperatura inferior ao ponto de orvalho. A humidade contida no ar (vapor de água) condensa-se (passa ao
estado líquido) sobre a superfície fria (que se encontra abaixo da temperatura do ponto de orvalho).
O resultado é o aparecimento de água a escorrer pelas janelas, paredes, canos, entre outros. Isto contribui de forma
significativa para a degradação da qualidade do ar interior e também para a degradação dos materiais e objetos (desde a
oxidação de metais até ao crescimento de fungos) – em superfícies frias com uma temperatura abaixo dos 9,6°C, o risco de
condensação é muito significativo.
Problemas de saúde
A exposição à humidade e a ambientes com bolor pode causar diversos efeitos sobre a saúde. A exposição continuada e
prolongada a bolores pode estar na origem de problemas respiratórios, tosse ou asma e de reações em pessoas com alergias.
Estes problemas podem atingir pessoas saudáveis, mas representam um risco acrescido para aqueles que já possuem este
tipo de patologias. As pessoas com imunodepressão ou doença pulmonar subjacente são mais suscetíveis a infeções
fúngicas. A humidade nas paredes, por exemplo, é o habitat perfeito para fungos e bactérias responsáveis por provocar
doenças e alergias.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a humidade e a presença de bolor estão estreitamente relacionadas
com a falta de saúde no contexto respiratório. Ocupantes de edifícios húmidos ou com bolor, tanto casas como edifícios
públicos, estão em risco acrescido de sintomas respiratórios, infeções respiratórias e exacerbação da asma. Algumas
evidências sugerem riscos acrescidos de rinite alérgica e de asma.
Ao remover o vapor de água em excesso, o desumidificador melhora substancialmente a qualidade do ar. Além de
proporcionarem uma maior sensação de conforto, com a atenuação de manchas desagradáveis nas paredes e de odores,
estes aparelhos podem contribuir para a preservação do mobiliário e do vestuário, que tendem a degradar-se com a humidade
excessiva.
Como aproveitar a água do desumidificador
A água extraída pelo desumidificador é armazenada num reservatório. Não a desperdice. Há várias formas de lhe dar uso.
Preste ainda atenção ao horário e ao local escolhido para instalar o aparelho enquanto este está a trabalhar. O funcionamento
do ventilador torna alguns desumidificadores ruidosos, o que pode ser incomodativo, inclusive para os vizinhos.
No comparador de desumidificadores da DECO PROTeste, poderá encontrar o aparelho ideal para o seu perfil. Foram
testados modelos recomendados para divisões com áreas entre 20 e 25 metros quadrados e entre 35 e 40 metros quadrados.
Analisámos, ainda, características como a potência, as funções e a dimensão, assim como a capacidade de extração em
diferentes condições de humidade e temperatura. O tempo necessário para reduzir a humidade relativa de 80 para 60% numa
sala, o ruído provocado pela utilização do equipamento, a facilidade de utilização e de transporte e a segurança elétrica e
mecânica também foram avaliados pelos nossos especialistas.
Idealmente, a correta ventilação das habitações deve ser efetuada através de um sistema de ventilação mecânica cruzada
(VMC), com recuperação de energia. Estes sistemas promovem uma adequada renovação do ar interior, removendo o ar de
zonas de utilização intensiva (cozinha e casa de banho) e insuflando ar novo do exterior em zonas úteis como os quartos e as
zonas sociais. Assim, consegue-se um equilíbrio entre o ar novo insuflado do exterior e aquele que é retirado do interior da
habitação, ao mesmo tempo que existe a recuperação da energia (calor ou frio) do ar extraído para o ar insuflado. Estes
sistemas assumem maior importância quando as habitações apresentam níveis de estanquidade ao ar superiores.
Há ainda alguns procedimentos de ventilação e renovação do ar nos espaços interiores, combinados com a utilização de
sistemas de climatização e um desumidificador, que podem trazer melhorias significativas para a qualidade do ar, tanto no
inverno como no verão.
Em ambos os casos, deve ligar sempre os exaustores da casa de banho quando toma banho (ou abrir janelas) e os exaustores
de cozinha quando cozinha (ou abrir janelas). Não use aquecedores catalíticos (os de garrafa de gás) ou outro aquecedor sem
chaminé (por exemplo, de parafina ou bioálcool). A queima destes combustíveis emite para a divisão, entre outros gases mais
nocivos, quantidades significativas de vapor de água, aumentando assim os níveis de humidade relativa da divisão. Além disso,
um adulto pode emitir cerca de 15 quilos de vapor de água por dia, por isso, se estiverem muitas pessoas numa divisão por
longos períodos, o aconselhado é ventilar sempre a divisão.
Solução: se a causa for uma fissura na parede ou telhado, esta deve ser reparada o quanto antes. Caso não consiga identificar
o ponto de entrada, procure impermeabilizar a maior área exterior possível da evolvente opaca e nas zonas laterais da
infiltração no interior. Aqui, é importante identificar sempre o ponto de entrada de água e tomar as medidas corretivas para o
eliminar por completo.
Humidade de condensação
Problema: manchas de humidade com aspeto irregular nas paredes ou teto, sobretudo nos cantos. Por vezes, surgem bolores
e cheiro a bafio. Mais frequente no inverno, quando o tempo está frio.
Solução: ventile a casa com frequência, abrindo as janelas. Reduza a produção de vapor de água, através da diminuição da
temperatura da água do banho, por exemplo. Tape as panelas quando cozinha e ligue o exaustor. Evite secar roupa no interior
das divisões. Caso seja preciso fazê-lo, ventile a divisão. A formação de bolor em cantos e alterações de forma da evolvente e
em redor das janelas pode ser devido à presença de pontes térmicas e a um deficiente isolamento térmico da evolvente,
produzindo um “ponto frio” naquela zona. Nestes casos, pode ser necessário proceder a um reforço ou correção do isolamento
térmico da evolvente, de modo a mitigar estas zonas problemáticas. Um desumidificador, para manter os níveis de humidade
relativa da habitação controlados, pode ser um aliado importante.
Fugas na canalização
Problema: manchas húmidas permanentes e possível bolor junto a canalizações e aparelhos sanitários.
Humidade ascendente
Problema: manchas que, regra geral, sobem a partir do chão. No exterior da habitação, pode ocorrer a formação de salitre ou
musgo. No interior, podem aparecer bolores e fissuras, e as paredes podem ficar húmidas.
Solução: poderá ser necessário instalar materiais impermeabilizantes na evolvente opaca do edifício, uma medida que implica
obras. Outra solução é injetar nas paredes substâncias hidrófugas, ou seja, que as preservem da humidade porque a humidade
ascensional está relacionada com técnicas de construção inadequadas ou com a presença de água nos solos (má drenagem
dos terrenos de suporte).
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