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S, 2022
2022
1ª Edição
CONTOS DE SANGUE E FOGO
© Todos os direitos reservados a Letícia P.S
O inferno era real. Ele sempre esteve sob nossos pés, escondido nas
entranhas do mundo, abrigando as feras mais horrendas que já andaram sobre
a terra. Trancafiando as almas perversas e alimentando os Infernais com o
sofrimento dos inocentes.
Não sei como tudo deu tão errado. Eu me mantinha longe dos outros
vampiros, tentava não chamar a atenção e simplesmente vivia. Ainda assim,
o mundo estava em guerra, e o Vampiro das Sombras não perderia a
oportunidade de ter em seu exército um Sombrio de oitocentos anos como eu.
Quanto mais velho é o vampiro, mais forte ele é.
Meu coração não era trevas como o dele, no entanto. Meu lugar era na
luz, e por isso disse não ao vampiro mais poderoso do mundo. Minha estadia
permanente no inferno foi por causa desse pequeno não. Um pequeno traço
de meu dna foi tudo o que o Vampiro das Sombras precisou para colocar os
Infernais em meu encalço, então, quando os portões do inferno se abriram,
quase dez anos atrás, eles vieram até mim.
Passei dez anos sendo torturado, junto com outros vampiros
capturados naquela mesma noite. Um deles foi preso por tentar tomar o lugar
do Vampiro das Sombras. Quem em sua sã consciência tentaria roubar o
lugar dele? Era o único Vampiro Sombrio que não virava cinzas ao sol, o
único que poderia controlar a maior e mais poderosa arma contra a nossa
espécie: o fogo.
Ainda assim, um tolo tentou.
Outro vampiro o traiu, e acabou ali, tendo o mesmo fim que todos nós.
Dizem que foi o Vampiro das Sombras que fortaleceu os Infernais, e por isso
agora são seus escravos, caçando todos que ele queira, ou que não se dava
ao trabalho de caçar. A verdade, porém, era que todos nós estávamos ali
porque ele não nos queria morto, e sim em agonia perpétua pela eternidade.
Vaguei por anos e anos sozinho, atormentado com o que fizera à mulher
que mais amei. Atormentado pela lembrança do homem sobre minha filha.
No início, a sede por sangue era insuportável, martelava em minhas veias
sem parar. Matei diversas pessoas até ter o controle. Depois disso, comecei
a me alimentar apenas de animais, mesmo o sangue deles não sendo tão forte,
e bom como o de um humano.
Carregava uma dor imensa. Vagar sozinho pelo mundo não era a
melhor forma de aliviar o que sentia, mas eu tinha medo de me aproximar de
pessoas, e era fraco demais para deixar o sol me queimar vivo. Se é que eu
poderia dizer que ainda estava vivo. Caminhei por terras desconhecidas,
procurando um rumo, uma resposta para quem havia me tornado.
Em uma noite, não fazia ideia de quanto tempo depois de minha
transformação, encontrei um alce para me alimentar. Estava havia dias
lutando contra a fome, testando o limite de meu corpo. Senti algo estranho
enquanto me agarrava com todas as forças ao animal, uma presença, uma
ao ensino médio
Donna me acompanhou nas trocas de aula, até que o sinal tocou para o
intervalo. Nos reunimos no refeitório com seus amigos, a cacofonia de
barulhos estava me deixando um pouco perdida, no entanto me concentrei na
conversa com os humanos e silenciei o resto dos ruídos.
— Estou tão apavorada com a apresentação — disse Karen enquanto
se sentava à mesa. — Eu simplesmente odeio biologia. Ainda bem que temos
a maquete para ter um apoio. — Donna imitiu um som estranho,
estrangulado, e seu coração começou a bater aceleradamente. — Nós temos
a maquete, não é mesmo, Donna?
— Sim… — respondeu vagarosamente. — No meu apartamento.
Karen soltou um suspiro, e sua cabeça bateu com força na mesa.
— Eu te mataria, Donna, se não te amasse tanto. — Quando se
levantou, a testa estava vermelha. Ela massageou o ponto dolorido. —
Engula essa comida e vamos correndo para sua casa.
— Vamos engolindo no caminho.
Elas se levantaram, levando seus sanduíches juntos, enquanto davam
mordidas e corriam para a porta. Me deixando sozinha com Jack.
— Elas estão bem ferradas. — Ele riu enquanto mordiscava seu
lanche. — Como você foi parar com Donna? Ela anunciou essa vaga para
colega de apartamento há muito tempo. Nos primeiros meses até teve
procura, mas todos que entravam ou saíam de ré rapidinho, ou ela botava
para correr.
Dei um leve sorriso, imaginando com facilidade como teria sido.
— Eu não tinha certeza se iria ficar — expliquei depois de mastigar
um pedaço de meu próprio almoço, não estava acostumada à comida frescas
A noite estava fria, por isso deixei que meu corpo emanasse o calor de
minha chama, aquecendo um pouco Karen. Àquela hora quase não havia
Taylor Harper só queria ser normal, mas ela era uma Vampira
Branca, com o poder sobre o elemento fogo, herdeira de uma Profecia e a
única capaz de matar o Vampiro das Sombras, o mais poderoso vampiro que
já andou sobre a terra. Desde que abrira os olhos pela primeira vez, Taylor
soube que sua vida não seria nada fácil. Nascida em meio a uma guerra na
qual os vampiros de sua espécie eram forçados a fugir e se esconder,
esquecendo até mesmo como usar a sua magia interior como arma, Taylor
acaba se vendo dividida entre salvar aqueles que ama e salvar o mundo
inteiro. O destino de todos está nas mãos de Taylor.
Vermelho como o amor: Existe uma magia no Natal. Talvez nas luzes
piscando sem parar, afugentem qualquer escuridão, ou a esperança que o
nascimento de Jesus Cristo representa. Quem sabe o Papai Noel exista
mesmo, e o Polo Norte seja o quartel general de toda a sua magia.
Independente de como for, verdades ou mentiras, dezembro traz o amor para
o coração das pessoas, trajado na cor predileta deste sentimento: vermelho.
Conheça oito histórias sobre as multifacetas do amor, e deixe que esses
personagens lhe conduzam e mostrem como é possível superar, recomeçar e
amar novamente. Encontrar alguém para espantar a solidão e dizer adeus no
momento oportuno.