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No início dos anos 90 trabalhamos em vários mutirões para construção de moradias na

periferia de São Paulo, para isoo fundamos uma entidade de assessoria denominada “Ofici-
na de Habitação”.
Sob a liderança do Henrique Pacheco que na época tinha sido eleito vereador, o movimento
Sem Terra comprou áreas de terreno e com financiamento da Prefeitura colaboramos com
os mutirantes para erguer as casas.
Vimos que era importante iniciar a obra pelo Centro Comunitário, pois ficavam muito
precárias as reuniões sem um local apropriado, além disso o Centro servia para as refeições
e como creche para as crianças.
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Procuramos construir os centros comunitários com os

mesmos materiais das casas, no caso blocos de concre-
to e laje pré fabricada. Mas procuramos dar um toque
arquitetônico construindo mais com menos, isto é
usando os mesmos materiais vencendo vãos maiores.
Fizemos neste centro comunitário um esquema de la-
jes recíprocas, uma se apoiando na outra em forma de
parabolóides parabólicos.
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Notem no detalhe da foto abaixo, o posicio-

namento invertido das lajotas, pois nas partes
centrais elas precisam ser encurtadas.
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Final da concretagem
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As escadas foram executadas em ar-

gamassa armada. No degrau de cima
podemos observar a ponta da tela e a
espessura das placas: 2cm. As placas
foram unidas argamassando os en-
contros de telas.

Como sempre nos mutirões, as mulheres foram as mais

ativas.
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O centro comunitário com o Jaraguá ao fundo