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Sobre a obra
Publicado em 1857, o romance A Viuvinha aborda os conflitos psicológicos vividos pela
sociedade burguesa carioca com a idealização do amor eterno e da honra familiar
como valores fundamentais do caráter humano. O narrador escreve a história na
forma de uma carta que seria destinada à sua prima, sendo ele um amigo dos
protagonistas após o acontecimento dos fatos.
Este resumo destina-se a contar o livro em uma linguagem mais acessível e concisa,
sem deixar de lado os episódios que sustentam a obra como um todo e explicando
alguns pontos que podem não ficar claros apenas com a leitura do texto original.
Caso restem dúvidas quanto à obra ou ao próprio resumo, entre em contato pelo site
ResumoPorCapítulo.com.br ou pelo e-mail contato@resumoporcapitulo.com.br.
Teremos prazer em ajudar! Boa leitura!
Capítulo 1
Em uma carta à sua prima, datada em 1857, o autor relata a história de um jovem
casal, Jorge e Carolina, que se encontrava diariamente na casa de D. Maria, mãe da
moça. O romance puro, respeitoso e abençoado pela matriarca guarda um mistério
que será desvendado nesta história.
Jorge, que na vida real tem outro nome, era filho de um rico negociante falecido e
havia gasto boa parte de sua fortuna em vícios, luxos e amantes. Os prazeres
excessivos, no entanto, fizeram com que ele se aborrecesse da vida e tivesse desperto
em sua alma o desejo de uma existência mais elevada. Numa bela manhã, após uma
noite de insônia, o rapaz sentiu um impulso para ir à missa.
Capítulo 2
Na igreja, após fazer uma oração que pareceu tê-lo libertado de um enorme peso,
Jorge mirou uma moça de quinze anos, acompanhada de sua mãe, e encantou-se
imediatamente. Dali dois meses iniciaram-se as visitas descritas no capítulo anterior.
Purificado pelo amor, Jorge não tinha mais qualquer traço do jovem voluptuoso dos
tempos passados: valorizava a simplicidade e o trabalho. Ele pediu a mão de Carolina
em casamento e na véspera desse evento, que contaria com uma cerimônia modesta
para apenas alguns amigos, o casal estava em êxtase.
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A Viuvinha: Resumo Por Capítulo
Capítulo 3
A caminho de sua casa, Jorge ansiava pela nova vida que o esperava, questionando-se
se isto valeria apena, como qualquer noivo prestes a se casar. Chegando à residência
ele descobre que uma visita o espera.
Sr. Almeida, amigo de seu falecido pai e responsável pela administração de sua
herança até sua maioridade, relata uma preocupação acerca de seu iminente
matrimônio: apesar de seus alertas constantes sobre os gastos excessivos do jovem,
ele não fora ouvido e agora toda a riqueza havia se esvaído. Jorge estava pobre.
Capítulo 4
Procurando manter uma atitude positiva perante sua desgraça, Jorge comprometeu-se
em trabalhar duro e reabilitar o nome de seu pai no mercado, mas Sr. Almeida
esclareceu que além de não possuir capital, sua empresa estava afundada em dívidas
vencidas: os anos de luxúria haviam custado muito caro e agora só lhe restava o
castigo por seus excessos.
Capítulo 5
Eram duas da madrugada e Jorge ainda não havia adormecido. A pobreza não o
incomodava tanto: frustrar a expectativa de Carolina era o que mais lhe incomodava.
Envergonhado por sua miséria, pensou em escrever a D. Maria relatando a
impossibilidade do casamento, mas lembrou-se que isso sujaria a reputação da noiva.
Após muita reflexão, o rapaz concluiu que havia uma saída para esse impasse, que
guardaria consigo até o momento certo.
Na manhã seguinte Carolina percebeu o olhar abatido de seu noivo e imaginou que ele
tivesse passado a noite em branco por conta da felicidade que os esperava. Jorge não
revelou seu drama e tratou dos assuntos do casamento, que aconteceria mais tarde.
Capítulo 6
A celebração do matrimônio ocorreu como previsto, na casa de D. Maria, com poucos
amigos, entre os quais o Sr. Almeida. O negociante, reparando a agitação que tomava
conta do noivo, o parabenizou por não alterar seus planos mesmo após a conversa da
noite anterior.
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A Viuvinha: Resumo Por Capítulo
Capítulo 7
Após a cerimônia, no momento de o casal se dirigir ao quarto nupcial, Jorge parecia
hesitante e Carolina o questionou sobre seu comportamento, pois percebera seu
incômodo durante toda a noite. O rapaz justificou seu estado pela iminência da posse
de seu objeto de amor e serviu cálices de licor com um sorriso triste.
Capítulo 8
Jorge pede a Carolina que o perdoe por uma falta grave que ela desconhece. Para
agradar o rapaz, a noiva concede o perdão e adormece em instantes.
O noivo deita sua mulher na cama, dá-lhe um beijo de amor, põe uma carta sobre a
mesa e sai de casa no meio da madrugada. Um vulto o persegue pelas ruas da cidade.
Capítulo 9
Jorge caminhara até as obras do Hospital da Santa Casa, local famoso na época pela
aparição de corpos de suicidas todas as manhãs. Meia hora após chegar ao local,
ouviram-se dois tiros de pistola.
Capítulo 10
Passados cinco anos, na Praça do Comércio, um negociante elegante, barbado, com
aparência estrangeira, por volta de seus trinta anos, chamado Carlos, aguarda o jovem
Henrique, que ao chegar o avisa que “está tudo arranjado”, para sua imensa alegria.
Capítulo 11
Henrique indaga Carlos sobre qual interesse o levava a comprar os papéis de uma
firma falida. O negociante alega que se trata de uma especulação, a qual futuramente
seria revelada. O jovem comenta a curiosa história de tal firma, que fora deixada de
herança a um rapaz que, após converter inúmeras dívidas, suicidou-se no dia seguinte
a seu casamento.
Coincidentemente numa loja próxima a eles está a “Viuvinha do Rio de Janeiro”, como
era conhecida a moça que perdera o tal marido, acompanhada sua mãe. Ainda
vestindo o preto do luto, ela afirma que esta cor lhe representa alegria.
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A Viuvinha: Resumo Por Capítulo
Capítulo 12
Carlos seguiu Henrique até seu destino e só depois se dirigiu à sua morada, com o
intuito de mantê-la em segredo. O aposento do negociante era simplório, quase
miserável.
Após contabilizar os altos lucros do dia, Carlos reservou apenas quatro moedas para
sua refeição. Desde que chegou ao Rio de Janeiro esta era a quantia fixa que gastava
para manter-se, mesmo que tivesse ganhos muito superiores: se alimentava numa
tasca nojenta, como se cumprisse um martírio pessoal.
Capítulo 13
Quando Carlos entrava no restaurante sinistro, repleto de marujos, soldados e
carroceiros, cheirando a álcool e tabaco, um homem pousou a mão em seu ombro. Era
o Sr. Almeida, que havia descoberto sua rotina miserável e o convidava para jantar em
um estabelecimento mais digno.
Jorge, enfim, usava o nome de Carlos apenas como disfarce e agora, com a quitação de
todas suas dívidas, poderia retornar à vida. Após levar o Sr. Almeida até a sua morada
e ainda lhe pagar o valor justo pelos títulos, ele pede que sua identidade continue em
segredo.
Capítulo 14
Na ocasião em que Jorge tentara o suicídio ele fora surpreendido primeiramente por
outro homem que já havia tirado sua vida com dois tiros, tendo a face totalmente
desfigurada, e depois por Almeida, que o havia perseguido desde sua casa e o impediu
que desse fim à sua existência.
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A Viuvinha: Resumo Por Capítulo
Em alternativa, o velho propôs que Jorge identificasse o suicida anterior com sua carta
e partisse para os Estados Unidos, onde poderia trabalhar, reconstruir sua vida e,
quem sabe, recuperar sua honra.
Tendo Jorge aceitado o plano do amigo de seu pai, Carolina e D. Maria despertaram
naquele dia com a notícia trágica de que ele teria efetivamente se suicidado.
Após anos de trabalho duro Jorge retornou ao Brasil sob o nome de Carlos Freeland,
contando com a ajuda de Almeida para reaver todas as letras da empresa que ele faliu.
Capítulo 15
A partir do momento em que soube da morte de seu marido, Carolina entrou em luto
perpétuo. Durante um ano isolou-se completamente da sociedade. Depois cedeu às
tentações dos bailes e eventos, mas sem nunca deixar seu vestido negro, que a fez
ganhar o apelido de “Viuvinha”. Mesmo muito assediada pelos jovens, que viam em
sua viuvez virginal um atrativo único, Carolina manteve-se pura.
Certa noite a viúva resolveu esperar à janela para tentar descobrir quem era o seu
admirador oculto, mas tudo que viu foi uma sombra se aproximando e deixando a flor.
O amor mais uma vez invadiu seu coração: mas se antes ela amava uma sombra morta,
agora amava uma sombra viva.
Capítulo 16
Carolina deixou a paixão invadir seu coração, mas manteve sua vontade sob controle
de sua consciência e decidiu ser fiel ao falecido esposo.
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A Viuvinha: Resumo Por Capítulo
Na manhã seguinte D. Maria recebia a visita do Sr. Almeida. Ao chamar Carolina, que
ainda não havia despertado, a velha foi surpreendida pelo aviso da filha que estaria
esperando por Jorge para sair do quarto. Após suspeitar que sua menina enlouquecera
de vez, D. Maria espantou-se ao ver o casal mais uma vez juntos.
Naquela tarde Jorge revela a Carolina que planejava deixá-la, caso ela cedesse aos
encantos de um desconhecido, mas a Viuvinha duvida que ele fosse capaz desse ato.
Para despistar a curiosidade da sociedade, o casal deixou a corte e foi morar numa
fazenda vizinha à residência do autor, de quem são amigos íntimos. O Sr. Almeida foi
morar na Europa e nomeou os filhos de Jorge como seus herdeiros.
Carolina: Bela jovem que encantou Jorge quando este buscava uma existência mais
elevada. Quando recebe a notícia de que seu marido suicidou-se logo após seu
casamento encarna o luto e o puro amor pelo falecido como princípios de sua
personalidade – daí o apelido Viuvinha.
D. Maria: Mãe de Carolina, é uma senhora solitária e zelosa pela felicidade familiar.
Sua única condição para o casamento de sua filha com Jorge é que todos vivam na
mesma casa.
Sr. Almeida: Amigo do pai de Jorge, cuidou da herança do garoto até a sua maioridade
e depois lhe serviu de conselheiro, ainda que sem efeito. Quando o rapaz empobrece
ele o orienta a recuperar sua honra e o impede que se suicide.
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A Viuvinha: Resumo Por Capítulo
Resumo geral
Em uma carta à sua prima o autor relata o romance entre Jorge e Carolina. O rapaz, na
véspera de seu casamento, é alertado pelo Sr. Almeida, amigo de seu falecido pai, que
sua fortuna se esgotara após os anos de luxúria que viveu na mocidade.
Desesperado, Jorge tenta o suicídio após o casamento, mas é impedido por Almeida,
que sugere forjar sua morte e mandá-lo aos Estados Unidos, onde poderia trabalhar
para recuperar sua honra.
Após cinco anos Jorge retorna sob o nome de Carlos Freeland e, vivendo uma penosa
rotina, recupera os papéis das dívidas de sua empresa.
Carolina, que continuava vivendo em luto, é cortejada por um vulto misterioso que lhe
deixa flores em sua janela todas as noites. Quando ela revela ao seu admirador que
não poderia amá-lo por ainda estar apaixonada por seu falecido marido, ele se revela o
próprio Jorge.
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