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Livro 3
2018
1ª Edição
NOTAS DA AUTORA
PRÓLOGO
CAPÍTULO 1 - RECUSAS
CAPÍTULO 2 – PROBLEMAS
CAPÍTULO 4 - HENRY
CAPÍTULO 5 - DEBUTE
CAPÍTULO 8 - IRONIAS
CAPÍTULO 10 ― PLANOS
CAPÍTULO 11 – AFLIÇÃO
CAPÍTULO 12 - INTERVENÇÕES
CAPÍTULO 13 – VINGANÇA.
CAPÍTULO 16 - CUIDADOS
CAPÍTULO 17 - CARRUAGENS E CLUBES
CAPÍTULO 19 - PROBLEMAS
CAPÍTULO 20 – ESPERANÇAS
CAPÍTULO 21 – CASAMENTO
EPÍLOGO
NOTAS DA AUTORA
É uma alegria, para mim, trazer este livro para você, mas
antes de começar a leitura, preciso te contar um segredo.
Todo o universo de Amores Indecentes é fictício e algumas
coisas foram modificadas visando a história. Sendo assim,
não se preocupe! Se houver algo que te faça pensar que não
condiz com as regras e costumes da época, foi de escolha
minha e uma mudança pensada.
Michaelly Amorim
PRÓLOGO
ali, nas portas da morte, sua sorte mudou mais uma vez.
CAPÍTULO 1 - RECUSAS
‒ Por que ela insiste tanto que eu vá? ‒ Henry se irritou com
a sua prima. ‒ Se fosse eu, já teria desistido.
acompanhante.
Apesar de ter dito a sua criada que não iria mais naquela
manhã, Phillipa não havia desistido de seu plano. Se não
poderia entregar o convite durante o dia e acompanhada,
teria que ir sozinha, durante a noite. Não seria fácil, mas
ainda se lembrava de como sair despercebida.
Tinha feito muito isso quando era uma criança e queria fugir
da babá.
‒ Senha.
‒ Foi seu pai, não foi? ‒ Henry perguntou sentindo o ódio lhe
percorrer as veias.
‒ Sim.
‒ Sim, vocês não vão mais ficar aqui e nem a mãe de vocês,
eu vou cuidar de vocês a
partir de agora. ‒ Henry falou convicto, olhando nos olhos do
filho mais velho de Sarah, que assentiu com a cabeça e
começou a arrumar as poucas coisas que tinham.
CAPÍTULO 2 – PROBLEMAS
‒ Maldição! O que faz aqui, Phillipa?
‒ Você não pode estar falando sério! Nem ouviu o que tenho
a lhe dizer. ‒ ela teimou.
‒ Mas poderia.
‒ Podia ter dito logo que não queria ir, em vez de inventar
desculpas, assim eu não perdia meu tempo com você!
Pensei que ainda fosse meu amigo, mas vejo que talvez
nunca tenha sido. ‒
Assim que entrou no Clube, foi direto para o quarto que tinha
reservado para Sarah. Ela estava acordada e as crianças
estavam ao seu lado na cama, ainda não tinham tomado um
banho, mas pareciam mais animadas. Sair daquele lugar
deixaria qualquer um feliz. Na manhã seguinte, mandaria
algumas mulheres arrumar algumas roupas e veria um lugar
para ela morar com as crianças.
Ele passeou os olhos pela Gula e ela estava calma, uma vez
que a maior concentração estava na Ira. A luta estava ainda
acontecendo, apesar de Glaswood tentar fugir do ringue. O
Sempre imaginara que o homem seria grato a ela por não ter
esquecido que ele existia, ao contrário do resto da família,
que insistia em ignorá-lo desde a morte do Conde de Warrex.
Era quase proibido falar o nome do filho bastardo de
Frederick, a mancha na imaculada família Howland.
Seu irmão merecia ser feliz. Por isso insistiu que a madame
fosse convidada. Para tal, disse a primeira desculpa que veio
a sua mente:
‒ Mas eu gosto dela, quero que ela esteja aqui. Por favor,
mamãe eu prometo me comportar. ‒ Phillipa implorou
falando meia verdade.
‒ Eu não vejo em que a presença dela em um evento como
esse traria algum benefício para nós. E a propósito, por que
tanto interesse nela? ‒ A Duquesa analisou bem Phillipa.
‒ Tudo bem, desde que ela não falte a nenhuma lição e não
dê nenhum trabalho a Sra.
Por que ele tinha mesmo que ser tão observador? – Phillipa
pensou abaixando a cabeça envergonhada por ele ter
descoberto seu plano tão facilmente.
Ter Charlotte ali tornaria tudo mais fácil para ela e poderia
até ser divertido. Além de que seu irmão parecia gostar
muito da modista. Phillipa nunca tinha visto seu irmão
demonstrar tanto interesse em alguém antes e ele parecia
feliz quando falava dela. A jovem podia ver que a mulher
suavizava as feições de Phillip quando ele a mencionava.
Açúcar era uma égua de raça puro sangue inglês, que ela
ganhou de seu pai no seu décimo aniversário. Sempre que
estavam no castelo ela gostava de escovar o animal e depois
dar uma volta para que ele pudesse correr livre. Além do
mais, gostava de sentir o vento nos cabelos e o ar puro nos
pulmões. O bosque por trás de Arondalle era um de seus
lugares preferidos para se sentir livre.
CAPÍTULO 4 - HENRY
Henry começou.
Dmitri era mais novo que Henry, mas seu tamanho e sua
barba sempre cheia o faziam parecer mais velho. O pouco
que sabia do ruivo consistia no fato de que passara parte de
sua vida em um orfanato e quando saíra, precisou se virar
sozinho nas ruas.
No final da noite, assim que fechou, Henry foi ter com Dmitri
e lhe avisou que não estaria no Clube no dia seguinte. Teria
um que ir a um debute.
CAPÍTULO 5 - DEBUTE
Não podia ser. Aquela mulher não poderia ser Phillipa. Ele
procurou em sua mente lembranças da noite em que ela
apareceu no clube. Estava com uma capa grossa que lhe
escondia o corpo e os cabelos estavam presos em um coque
apertado sem nenhuma delicadeza, e a jovem passou a
maior parte do tempo brigando com ele, completamente
diferente da mulher tímida e inocente que descia as
escadas. Mas quando Phillipa lhe fitou e seus olhos o
reconheceram, imediatamente o tom angelical foi embora. O
olhar assassino que lhe deu o fez ter certeza que se tratava
da mesma Phillipa que conhecia.
— Você está linda minha irmã, veja como todos lhe admiram.
— Phillip disse galante, chamando a atenção dela para si.
Phillipa podia ter o rosto sereno, mas seus olhos eram uma
tempestade. Como ele ousava
Tudo que queria agora era sair dali e implorar a Sra. Hugges
que lhe afrouxasse o maldito espartilho para que ela
pudesse respirar direito. Olhou para a porta pensando se
seria muito rude caso virasse as costas e deixasse o homem
falando sozinho, afinal ele não tinha culpa e estava sendo
muito gentil. Então o jeito era tentar aguentar o máximo e
assim que o homem fosse embora, Phillipa correria para
fora, ainda que isso fizesse sua governanta desmaiar e sua
mãe a acusar e exilar por manchar a reputação impecável da
família.
Ela desviou o rosto. Ainda não entendia por que ele tinha
decidido aparecer. Ele havia mudado, isso era incontestável,
mas quando a convidou para a próxima dança parecia tanto
com o antigo Henry ao dar de ombros e o sorriso ainda era o
mesmo do qual se lembrava. E se o homem que conhecia
ainda estivesse ali dentro, escondido em algum lugar?
― Eu imploro, Milady, não me aflija com seu silêncio
enquanto espero tão ansiosamente por sua resposta. ― Ele
pediu a Phillipa que se viu perdida sem saber a que o
homem se referia.
Henry fez o que foi preciso para retirar sua mãe daquele
lugar horrível e a levar consigo, isso incluiu suborno, mas ele
não se importou. Tudo que importava para ele era que sua
mãe ficasse bem.
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Assim, após Sutterford retornar com a bebida, Phillipa pediu
licença e as duas seguiram para os jardins do castelo.
― Então deve dizer isso ao meu irmão, tenho certeza que ele
avaliará sua proposta. ―
transformação.
Aquela pessoa pálida de cabelos quase brancos,
completamente comum, agora se transformou em uma
beldade ruiva que chamava a atenção por onde passasse.
― Você fez algo errado. Nunca devia ter vindo aqui. De novo.
― Henry a repreendeu. ―
Henry indagou.
― Ah, foi por isso? E-eu não sabia, devia ter escolhido outra
cor. Não tem problema, eu desço no vestiário e pego o
vestido branco.
― Você não vai ficar aqui. Se seu irmão apenas sonhar que
esteve em meu Clube, ele me mata.
Aquelas palavras a fizeram se sentir uma tola por ter ido ali.
Ele não estava disposto a reaver a antiga amizade que
tinham, ele nem sequer suportava estar no mesmo lugar que
ela.
― Tome devagar.
Phillipa sorriu para o homem ao seu lado, mas ele não lhe
retribuiu o sorriso. Em vez disso, o tal se retirou após Henry
o fulminar com o olhar.
― Pare com isso, por favor. ― Ele pediu ao ver que Phillipa
se afastava da parede e se aproximava dele. ― Isso não é
assunto para uma dama como você.
Phillipa não entendeu o que ele quis dizer com aquilo, pois
sabia que nunca a machucaria, afinal Henry era seu amigo e
sua família e já tinha provado que não deixaria algo de ruim
acontecer com ela, pois a tinha salvo de Sutterford.
Maldita trepadeira.
Phillipa teve um dia cheio, sua mãe fora ao seu quarto saber
como ela estava e, assim que constatou que a filha não
parecia tão doente, tinha lhe obrigado a lhe acompanhar em
um chá em Claire House e à noite, foram assistir à ópera no
Teatro Real. Fora apresentada a diversos cavalheiros que,
segundo sua mãe, eram potenciais maridos para ela.
Phillipa sentia uma emoção diferente, era bom poder não ser
a dama da nobreza regrada e composta. A aventura da noite
anterior despertou nela um desejo de liberdade. Havia
passado o dia pensando no que faria quando chegasse a
noite.
Levaria o relógio apenas para usá-lo como desculpa para
quando Henry a encontrasse, mas ela estava indo mesmo
era pela promessa de liberdade que havia encontrado no
Rogue’s.
Talvez irritá-lo não fosse uma boa ideia, mas não conseguia
resistir a causar nele um pouco de raiva. Ele bem que o
merecia depois de tudo que já tinha dito a ela. Era evidente
que a presença dela não o alegrava e Henry preferia que ela
não corresse nenhum risco de manchar sua reputação, mas
saber de tudo aquilo só a animou ainda mais. Tinha algo
muito irresistível em irritar Henry. Gostava demasiadamente
de tirá-lo do sério.
― Desculpe. Eu me distraí.
― E o que ganha com isso Phillipa? Sabe que não pode fazer
isso para sempre, não pode ficar fugindo de casa na calada
da noite e, quando se casar, o que acha que seu marido dirá
de suas aventuras? ― questionou sério.
― Se quiser fazer tudo isso, terá que ser aqui, onde estará
segura e ninguém irá lhe reconhecer.
― Eu sabia que estava bom de mais para ser verdade. ―
Phillipa bufou balançando a cabeça. ― Mas tudo bem, vamos
jogar.
Entendido.
― Paro.
― De novo.
― Dias.
Então começaram.
― O dobro ou nada?
Phillipa ponderou.
― Tudo bem.
― Não. Não vou apostar meus dias. Você vai ter que me
aturar por onze dias. ― Phillipa
foi firme. Não perderia mais nenhum dia, quanto mais oito
de uma vez.
‒ Sim.
Henry sorriu.
― Exatamente.
a luta.
O Lorde era maior do que a moça, mas Phillipa não era tão
pequena quanto as outras mulheres. A cabeça da jovem
chegava facilmente à boca de Henry.
sorriso.
― Não é nada empolgante, não é? ― Henry ironizou e sorriu
ainda mais.
― Tudo bem, então. O que quer fazer agora? Ainda tem meia
hora.
Ela sabia que não devia querer ver o ato em si, mas estava
sozinha e não tinha ninguém para julgá-la naquele
momento, não custaria nada olhar apenas por um instante,
não poderia negar, estava curiosa. Todos sempre fugiam
daquele assunto e isso a deixava ainda mais curiosa sobre o
ato em si. Ela só queria compreender o que acontecia na
noite de núpcias.
Henry.
― Hen…
Phillipa ficou furiosa. Estava tudo tão perfeito, ele tinha que
estragar tudo.
CAPÍTULO 8 - IRONIAS
Por isso, o melhor que ele faria era esquecer tudo que
aconteceu na noite anterior e continuar vivendo como se
nada daquilo tivesse acontecido, afinal não iria se repetir,
então não tinha porque se torturar por algo que jamais teria,
fazê-lo era tolice.
Henry franziu o cenho. O que o seu primo fazia ali? Teria ele
descoberto sobre Phillipa?
Naquele dia, Phillip salvou sua vida, desde então sua dívida
para com seu primo só aumentava.
― Sim. Continue.
— Acho que poderia fazer uma visita a Phillipa, creio que ela
ficaria muito feliz. Tente conversar com ela. Preciso saber o
que está acontecendo antes que tenha que retirar a pistola
da gaveta.
Phillip explicou.
Phillipa reclamou.
‒ O que faz aqui Henry? Por que veio? Pensei que não
quisesse me ver nunca mais. E não minta, você nunca foi um
bom mentiroso para mim. — Ela cerrou os olhos, tentando
entender o que o tinha trazido a sua casa.
CAPÍTULO 10 ― PLANOS
Henry sabia que era o que deveria ter feito. Era o correto a
se fazer depois de quase tê-la arruinado, mas não podia
correr o risco de que ela aceitasse. E este era um risco muito
real.
que não seja por causa deles. Desde que sua prima
apareceu aqui, você tem agido estranho, então supus que
fosse por causa dela.
— Pode até ser a coisa certa, mas você será feliz com essa
escolha? — soltou a questão ao se levantar da mesa, tocou
em seu ombro em um gesto de solidariedade e voltou para
sua ala, deixando para trás um Henry pensativo.
Ahá! Ela sabia que sua mãe estava planejando algo que
envolvesse algum nobre solteiro.
Tinha pego o seu maior leque, pois, por via das dúvidas,
esconderia sua vergonha atrás do objeto tão versátil.
CAPÍTULO 11 – AFLIÇÃO
― Você sempre fez tanto por todo mundo. Sempre tem algo
a oferecer para quem precisa.
Sua noiva.
Nem sequer tentou falar com ela. Não mentiria em dizer que
estava feliz com o arranjo do rei. Não era um crápula. Ela
não tinha nenhuma culpa. Por isso, assim que deixou a
Duquesa de Norfall, Winchester foi direto para o Clube. Todos
os arranjos já tinham sido feitos pelo Rei. A família da moça
já estava sabendo do acordo nupcial e ele também.
― Não será nada que eu não tenha visto antes. ― Ela lhe
deu um sorriso divertido.
CAPÍTULO 12 - INTERVENÇÕES
Phillipa não podia fingir que não sabia do que ela falava,
porque as duas sabiam muito bem quem era ele.
‒ Ele não está bem. Sei que foi ele quem a mandou embora,
mas ele fez isso pensando em seu bem. Ele acha que não é
bom o suficiente para você. ‒ Clara jogou as palavras e elas
acertaram em cheio Phillipa.
‒ Ele deixou muito claro que não sentia nada por mim. ‒
Phillipa sussurrou envergonhada por dizer algo tão íntimo.
‒ Ele disse com palavras que não te ama, mas as ações dele
indicam que é louco por você. Não vim aqui pedir que se
humilhe e vá atrás dele, mas queria que não desistisse
daquela pessoa ainda.
Phillipa suspirou.
‒ Como assim?
‒ Lorde Winchester.
CAPÍTULO 13 – VINGANÇA.
― Quer dizer que ele mentiu sobre isso e que a bala nele
não foi culpa sua? ― Lorde questionou, erguendo uma
sobrancelha.
― É claro que ele mentiu. Eu jamais faria algo assim. Ele por
outro lado… Eu soube que Henry roubou um velho nobre nos
jogos de carta e que não se pode confiar nele. Soube que
roubar é um negócio de família.
― Explique-se. ― O Lorde pediu curioso com o negócio de
família.
― E-eu entendi.
Lorde soltou o colarinho de Sutterford e esse caiu no chão,
ao sentir as pernas fraquejarem. Tentou se levantar com
dificuldade, e ainda tremendo, saiu do Rogue’s praguejando.
Sua prima merecia uma vida com alguém bom, que pudesse
protegê-la e dar a ela tudo que quisesse. Alguém que fosse
honrado e que a fizesse feliz. Henry não era nada disso.
Copas ficou séria. O Lorde sabia porque ela estava ali e não
era só para ver se ele estava bem. Ele sabia que ela falaria
sobre Phillipa e sabia também que só iria embora depois de
fazê-lo.
Irritou-se.
Com ela.
Com eles.
Com Phillip.
Consigo mesmo.
Com ela por ser tão linda e atrair toda a atenção para si.
Com eles porque não os queria perto dela e com Phillip por
convidar todos aqueles machos desesperados para tê-la. E
consigo mesmo por desejá-la tanto quando sabia que devia
deixar Phillipa seguir seu caminho sem ele.
Acredito que por isso ele tenha demorado tanto para casar.
Margaery percebeu que a mentira acalmou o homem. Ele
tinha ficado preocupado que ela estivesse insinuando algo
entre eles e isso fez a Condessa sorrir por provar
exatamente o que suspeitava.
Céus, ele daria qualquer coisa por uma boa briga naquele
momento.
‒ Não nutro.
‒ Não gosto mais e retiro o que disse sobre ele ser legal. ‒
Henry confessou em meio a raiva. ‒ É um patife da pior
espécie.
‒ Não a amo.
Fúria era pouco para definir o que Henry sentia. Ele mataria
os dois, com certeza. Que Deus o ajudasse, pois ele estava
cogitando fazer exatamente isso.
Viu quando eles foram para uma parte mais afastada do
terraço e isso o fez se apressar.
Phillipa, que até então estava acuada sem saber o que dizer
ou fazer, ao ver os dois se engalfinhando como dois animais,
não conseguiu ficar parada. Eles se matariam.
‒ Pelo amor de Deus, me diga que não veio aqui para trocar
carícias com ele, ou eu juro que realmente o mato. Ele não é
para você, Phillipa. Ele nunca vai fazer você feliz, não pode
se apaixonar e nem deixar que ele a seduza. Ele está noivo
de outra pessoa. Nunca lhe proporá casamento.
‒ Sim, eu sei que ele não é o homem certo para mim, mas
isso não lhe dá direito de atacar todo homem que se
aproximar de mim.
‒ Então por que diabos estava com ele? Não me diga que ele
a seduziu? ‒ Henry procurou Winchester com o olhar, mas
esse tinha sumido sem que eles percebessem.
Será que ela não percebia que era importante para ele? Que
tudo que ele fez foi para garantir que ela encontrasse
alguém melhor que ele?
CAPÍTULO 16 - CUIDADOS
‒ Espero que saiba usar essas coisas, pois eu não sei nada
de medicina. ‒ Phillipa se desculpou com um sorriso
envergonhado.
‒ Por isso que foi embora? ‒ questionou. ‒ Por isso sumiu por
oito anos?
‒ Sim.
‒ Não tem como chegar ao seu quarto sem ser visto, pelo
menos, por uma dúzia de pessoas.
la.
‒ Está decidido. ‒ ele foi firme e ela viu a tristeza tomar seus
olhos por um breve momento, antes de lhe virar as costas e
se afastar até a porta.
Agora tudo fazia sentido, por isso que ele era conhecido
como Lorde. Lá no Clube, ninguém o olhava com
superioridade, pois era o Lorde quem comandava, Henry era
o nobre e todos os outros eram apenas membros que
dependiam dele para continuar ali ou não.
‒ Acredito que quem mais está abrindo mão aqui seja você.
‒ Ele suspirou cansado, voltando a se aproximar dela e a
puxando para seus braços. ‒ E para que saiba: eu não seria
feliz sem você, passei os piores dias de minha vida quando a
mandei embora e não pretendo repetir essa loucura. Mas é
você quem está desistindo de uma vida de luxos e respeito
para se casar com um bastardo dono de um antro de
jogatina.
Ele deitou por cima dela, desceu sua boca para o pescoço de
Phillipa e em seguida para seus seios, queria prová-la por
inteiro. Cada vez que ela gemia, arfava ou se contorcia fazia
com que o homem a desejasse ainda mais. Já estava pronto
para seu amor, mas precisava deixá-la pronta para recebê-
lo. Sabia que doeria, mas queria causar o mínimo de dano e
o máximo de prazer, por isso continuou a tocá-la.
As mãos de Henry alisavam as pernas da Lady subindo
lentamente até o meio das pernas femininas e só pararam
quando chegaram a seu montículo de pelos loiros. Os dedos
dele a exploraram e comprovaram que ela já estava
molhada, mas ainda não tanto quanto ele queria. Ela arfou
com o toque em sua intimidade e se arqueou para ele
quando encontrou seu ponto mais sensível.
Henry tinha a pele alguns bons tons mais escura que a dela,
o que o tornava ainda mais belo, seu corpo era enorme, seus
músculos tinham uma leve definição, quase não tinha pelos
no peito e o pouco que tinha ia se acumulando e descendo
como um caminho que se alargava no umbigo e se perdiam
dentro da calça que ele ainda vestia. Phillipa mordeu os
lábios em expectativa quando ele retirou-as. Suas pernas
eram grossas e musculosas e… Oh céus!
Henry não deu tempo para ela pensar, deitou por cima dela
e a beijou com desejo, enquanto uma mão acariciava seu
seio e a outra a provocava entre as pernas. A jovem sentiu
seu corpo todo se retesar e sabia que sua liberação estava
próxima.
‒ Então pelo amor de Deus, o que você tem? Por que está
agindo assim? Não gostou do que fizemos? ‒ Por mil
demônios, se ela não tivesse gostado, o que seria dele? Não
conseguia mais se imaginar sem passar suas noites fazendo
amor com ela. Somente a ideia de que ela não tinha gostado
o deixou apavorado.
Henry teve todo cuidado com Phillipa, afinal ela ainda devia
estar dolorida, mas conseguiu se redimir.
‒ Acho que tenho que voltar para a festa, antes que fique
tarde e deem por minha falta. ‒
‒ Sei disso, falo que ele não pediria retratação, não sabendo
que vai se casar comigo. ‒
‒ Oh, Phill, eu estou tão feliz por você! Quando vocês vão se
casar? – ela perguntou encantada.
‒ Você acha que por Sophie ser nobre isso facilitou que ela
ficasse comigo? ‒ Phillip perguntou, tentando entender.
‒ Não exatamente, mas ela ser nobre tornará tudo mais fácil
agora. ‒ Phillipa tentou explicar, não queria que ele
pensasse que o casamento a desagradava, muito pelo
contrário ainda estava feliz pelo irmão e sabia que logo que
esse pensamento egoísta passasse, estaria eufórica
também.
‒ Eu já iria me casar com ela, mesmo sem saber que ela era
uma Lady. O fato de Sophie ser nobre não muda nada, Lipa.
Não é o título que define a nobreza do espírito de um
homem. Veja o Henry, ele não tem título, mas isso não torna
menos nobre para mim. Eu o respeito como um igual e
confio mais nele do que em muitos lordes que conheço.
CAPÍTULO 19 - PROBLEMAS
Clara iria falar mais alguma coisa, mas foi impedida com a
volta do Sr. Vries. Então passaram a agir como dois
desconhecidos novamente e Henry saiu dali satisfeito
consigo mesmo.
Willians.
― Tio Bruno! Tio Bruno! Ele pegou a Mamãe. Ele vai matar
minha mamãe! ― Ela chorava enquanto corria na direção
dos cavalos.
bem.
― Tire meu filho… Ah! ― ela gemeu de dor quando Ivan lhe
puxou os cabelos, impedindo-lhe de concluir a frase.
saudades.
― Tudo se resolveu bem, por isso não lhe contei nada, não
havia necessidade de lhe preocupar.
tê-la.
― Dorset…
― Outra exceção.
― Winchester…
— Temo que ele possa não me achar adequado para ser seu
marido. Não quererá vê-la envolvida nas coisas do Clube. —
Henry expôs um pouco aflito.
— Lorde Antholl nunca faria algo tão baixo e ele foi embora
antes mesmo do baile começar, ficou apenas para parte dos
festejos, pois tinha muitas coisas para fazer em Antholl.
Além do mais, essa era a taça que a minha irmã tomaria. —
James apontou para a taça que Henry tinha em mãos e
acrescentou furioso. — Acredito que o veneno era para ela.
Edmund jamais machucaria a própria filha, ainda mais sendo
ela a única herdeira, mas isso me lembra outra pessoa que
teria motivos para isso: Madame Rosanna.
‒ Não ouse entrar, Phillipa, ou então você não vai ficar sem
comprar vestidos novos por uma década. ‒ Phillip respondeu
lá de dentro rindo e ela se alegrou ao ouvir a voz dele, ainda
que um pouco fraca. Então, abriu a porta sem terminar a
contagem e entrou no quarto.
CAPÍTULO 21 – CASAMENTO
— Henry veio pedir para se casar com você. É isso que você
quer? Casar com ele?
— Você acha que ele não é bom para mim? Pensei que
gostasse dele! — Phillipa se ofendeu. — Ele é muito melhor
que qualquer nobre que conheci essa temporada. E eu o
amo, Phill.
— Ah, inferno! Não quero ouvir essas coisas. Você não devia
nem saber o que é beijo. —
Phillip disse desesperado.
Sem seu irmão saber, claro. Ele não ficaria muito contente
em saber que veio me encontrar clandestinamente.
Copas…
— Phillipa, nem todo homem se mantém fiel durante um
compromisso. Mas Winchester ainda não está casado e pelo
que conheço ele vai viver o máximo que puder antes do
casamento.
Phillipa riu.
Ela tinha lhe enviado cartas até os dez anos, depois tinha
parado.
Um mês depois…
— É uma possibilidade.
Fim.
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NOTAS DA AUTORA
PRÓLOGO
CAPÍTULO 1 - RECUSAS
CAPÍTULO 2 – PROBLEMAS
CAPÍTULO 3 – ENCONTRO NA FLORESTA
CAPÍTULO 4 - HENRY
CAPÍTULO 5 - DEBUTE
CAPÍTULO 6 – RELÓGIO DE BOLSO
CAPÍTULO 7 – TRÊS DIAS
CAPÍTULO 8 - IRONIAS
CAPÍTULO 9 – ELA NÃO PODE ME AMAR.
CAPÍTULO 10 ― PLANOS
CAPÍTULO 11 – AFLIÇÃO
CAPÍTULO 12 - INTERVENÇÕES
CAPÍTULO 13 – VINGANÇA.
CAPÍTULO 14 – O BAILE DA DUQUESA
CAPÍTULO 15 – ELA É MINHA
CAPÍTULO 16 - CUIDADOS
CAPÍTULO 17 - CARRUAGENS E CLUBES
CAPÍTULO 18 - DE VOLTA PRA CASA
CAPÍTULO 19 - PROBLEMAS
CAPÍTULO 20 – ESPERANÇAS
CAPÍTULO 21 – CASAMENTO
EPÍLOGO