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HUGIN E MUNIN
2017
[2017]
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COMO SEDUZIR UM CONDE
Notas da autora
Prólogo
Capitulo 1 — Lizzie
Capítulo 2 — Proposta
Capítulo 3 — Londres
Capítulo 4 — Insultos
Capítulo 5 — Compras
Capítulo 7 — O Baile!
Capítulo 9 — Dívidas
Capítulo 12 — Convivência
Capítulo 13 — Consciência
Capítulo 14 — Descobertas*
Capítulo 15 — O Conde
Capítulo 16 — Fernoy
Capítulo 18 — Reputação
Epílogo
Agradecimentos.
Notas da autora
É uma alegria para mim trazer este livro para você, mas
antes de começar a leitura, preciso te contar um segredo.
Todo o universo de Amores Indecentes é fictício e algumas
coisas foram modificadas visando a história. Sendo assim,
não se preocupe! Se houver algo que te faça pensar que
não condiz com a realidade, foi de escolha minha e uma
mudança pensada.
Prólogo
― Meu senhor manda dizer que volte pela manhã, ele não o
atenderá. — O mordomo disse com um sorriso sarcástico no
rosto, mostrando o quanto estava se deleitando em mandar
o homem à porta embora.
Capitulo 1 — Lizzie
Dias atuais…
Assim que viu o Barão, ela foi ao seu encontro e lhe deu um
beijo na bochecha, como fazia toda manhã, e depois sentou
em seu lugar.
Seu pai sempre dizia isso. Toda vez que ia lhe falar sobre
casamento. Ela tinha debutado com quinze anos, mas tinha
sido muito breve, visto que sua mãe adoeceu e faleceu
durante esse período, encerrando bruscamente sua
apresentação à sociedade. Passou dois anos em luto e
depois não havia aparecido nenhuma proposta para ela,
com o que tentava não se importar, visto que não aceitaria
um casamento por conveniência, pois preferia casar por
amor, assim como seus pais o fizeram.
― Não estou dizendo que tem que ser infeliz para casar — o
Barão replicou erguendo as mãos rendido e, vendo que a
filha já revirava os olhos diante do assunto, decidiu mudar o
rumo, pelo menos por enquanto. ― Mas me diga, terminou
aquele livro que lhe dei no começo da semana?
― A cada dia você fica mais parecida com sua mãe — disse-
lhe seu pai quando começaram a fazer o caminho de volta,
depois que terminaram a caminhada.
Bem que sua consciência tinha avisado. Não podia ler algo
tão vergonhoso e escandaloso, aquele não era um livro para
uma dama. Jamais deveria ter aberto aquele livro.
― Eu vi essa capa, mas ela não tinha livro, acho que era só
a capa mesmo. ― Foi a melhor resposta que ela conseguiu
depois que conseguiu pensar direito.
Capítulo 2 — Proposta
A última vez que ela estivera ali fora há cinco anos, quando
ele rompeu o noivado com Lady Letícia Denvern, e só
esteve ali para alerta-lo da megera que a noiva era. Ele
estava cego pela paixão e pela beleza da ex-noiva, e não
percebeu que a mulher com quem estava prometido a vida
toda, lhe era infiel e não lhe amava.
Tudo ali já era familiar para ele, desde que o clube havia
aberto que ele era um associado.
― Isso é verdade, meu pai sempre lia para mim quando era
mais jovem, então desde pequena que eu amo livros. Já li
vários gêneros, mas meu favorito é romance. — Os olhos de
Lizzie brilhavam quando ela falava de livros.
menos desta ter trazido uma jovem para sua casa sem
antes ter lhe avisado. Sua tia sabia o quanto ele era contra
ter uma mulher em sua casa, ainda mais uma que ele não
conhecia e de nível social mais baixo que o dele, essas
eram as mais interesseiras. Com aquela garota ali teria que
dobrar o cuidado para não cair em nenhuma cilada que o
levasse a um casamento forçado, como várias vezes haviam
tentado fazer.
Se bem que aquela criança não poderia lhe fazer muito mal,
sua aparência era a de alguém que acabava de debutar, era
uns bons vinte centímetros mais baixa que ele, e era
esguia, o que não lhe despertava o interesse de forma
alguma.
Olhou mais uma vez para sua visita, ela tinha cabelos
negros e sua pele era uns tons mais escuros que as
inúmeras moças que ele costumava ver por ai, seu rosto
não tinha cosméticos e ela não parecia desgostosa com
isso. E tirando apenas os enormes olhos castanhos, ela não
tinha quase nada de exuberante. Era uma moça comum e
para a sua sorte não lhe despertava o desejo, e mesmo que
porventura lhe despertasse, não iria fazer nada que
causasse problemas futuros. Se precisasse de sexo já tinha
para onde ir. Depois de prestar atenção nela, teve a
impressão de já tê-la visto em algum lugar, mas não
conseguia lembrar onde.
― Ela não quer casar? Essa é nova! — Ele riu com gosto.
Toda mulher naquela maldita cidade procurava um marido
em potencial, e ele e seus amigos encabeçavam a lista.
― Bom, não estou dizendo que você deve se casar com ela,
mas se quiser o meu navio, terá que provar que ela está
tentando te fisgar em um casamento e que ela não é digna
de confiança até o fim dessa temporada.
Ele tinha sido tão seco e seu semblante mostrava que ele
não estava contente com sua presença ali.
Será que ela conseguiria mostrar que nem toda mulher era
igual à sua ex-noiva?
― Mas com certeza ele escuta você, e agora que está aqui
não se importaria em lhe acompanhar ao baile na minha
casa, foi por isso que eu vim lhe ver. ― A Condessa de
Claire tirou um papel do bolso enquanto falava. — Trouxe-
lhe pessoalmente o convite, para garantir que não iria
recusar ao meu pedido. Então, querida, diga que vai e leve
essa…bela jovem com você.
seu erro. Uma vez dito que estaria livre, não havia como
voltar atrás. Nenhuma desculpa seria cabível para não
acompanhar a tia, e ela provavelmente o incumbiria de
acompanhá-las a algum lugar e ele iria gostar menos ainda
do lugar. Tinha quase certeza disso.
― Por que isso agora? Até parece que está jogando ela em
cima de mim. O que está tramando? — o Conde perguntou
desconfiado, levantando uma sobrancelha.
ela não sabe escrever ou ler, por isso, me pediu para fazer
isso. E como ela é boa para mim, eu faço com o maior
gosto.
Essa foi a lição que a Madame ensinou hoje, sobre não ser
servil como uma esposa. Segundo ela, se fosse isso que um
homem queria, ele daria meia-volta, iria para casa e deitava
com sua esposa.
Lizzie fechou o livro com tanta força que ele fez barulho.
Seu coração tinha acelerado e ela tinha segurado o grito de
susto.
organizando no baú.
― Você o leu?
― De modo algum senhorita, e-u-eu não sei ler — ela disse
ainda mais envergonhada por não ser letrada.
caso esteja passando pela sua nobre cabeça que estou aqui
tentando fisgá-lo em um matrimônio, sugiro que pare.
Porque, mesmo que eu quisesse me casar, jamais o faria
com o senhor, acredito que não suportaria aguentar todas
essas suas acusações desprovidas de lógica. Então com
licença milorde, vou para os meus aposentos, arrumar
minhas coisas.
― Não pode me culpar por achar que você está aqui com o
mesmo interesse que toda
Lizzie foi pega de surpresa, pensou que ele iria ali expulsá-la
de sua casa e estava preparada para ir embora, mas ela viu
que ele realmente estava sendo sincero em seu pedido de
desculpas.
minha estadia aqui tão indesejada, uma vez que nunca dei
nenhum indício de que estava procurando casamento — ela
disse em um sussurro.
Capítulo 5 — Compras
Há quanto tempo!
― Então, por que veio aqui hoje? Pensei que nunca mais
pisaria em um teatro na vida —
Gabriel perguntou.
― o Conde resmungou.
― Nossa! Eu fico tão feliz por você, não imaginei que fosse
lhe encontrar por aqui, pensei que estivesse em sua casa de
campo em Warinfell — a Condessa disse sorrindo
verdadeiramente para a amiga, e tocou a barriga da mulher
gentilmente, admirando-se quando o bebe chutou.
Ele havia perdido o costume de ler ou, pelo menos, não lia
com frequência, sempre estava ocupado demais para poder
ler um livro, mas quando era mais novo, antes de herdar o
condado, ele sempre lia para passar o tempo.
― Sempre quis ler algo escrito por uma mulher — ela disse
empolgada. — Até agora não tinha encontrado nada na
biblioteca de meu pai. Ah, nossa! ― ela exclamou ao ver
outro livro. — Não sabia que ele tinha lançado um novo. ―
Lizzie se virou para a outra estante, ignorando a conversa
que estava tendo com o Conde e encontrou outro livro que
lhe chamou a atenção. — Esse parece ser tão bom, já li dois
livros desse autor, é tão bom.
― É uma difícil tarefa, mas acho que posso lhe dar algo
desafiador — ela ponderou já indo em direção à outra
prateleira. Tirou um livro grosso de lá, pensou um pouco e
então colocou de volta, andou pela prateleira com os dedos
tocando os livros e então ela pegou um deles e sorrindo
satisfeita com a escolha, lhe entregou. — Espero que goste.
Ela riu de sua colocação e, após pagar pelo outro livro, eles
seguiram pelas ruas de Londres. Ele parou em uma loja de
vestidos, queria ver se ela iria querer comprar algo, e por
isso insistiu.
― Dessa vez ela jura de pés juntos que não, mas eu tenho
minhas dúvidas. Ela insiste em dizer que a senhorita Fernoy
não quer casar e até apostou seu navio que a garota não é
interesseira.
Vejo-o no baile.
Capítulo 7 — O Baile!
O dia do baile finalmente havia chegado. Uma criada tinha
ido acordar Lizzie em seu quarto, a pedido da Condessa,
para provar o vestido que Madame Charlotte tinha trazido,
ela tinha ido fazer a prova para saber onde precisaria de
ajustes no vestido e tinha mandado entregar já pronto
poucas horas antes do baile.
Mas assim que a jovem olhou para Lizzie, ela viu ali
desprezo e arrogância, e seu sorriso se curvou em uma
careta como se sentisse nojo de pessoas menos nobre que
ela. O que era o caso de Lizzie.
― Não a deixe afetar você. Finja que ela não existe e você
ficará muito bem — a Condessa aconselhou antes que a
Condessa de Claire se aproximasse junto com sua filha.
― E não danço, mas não posso deixar uma jovem tão bela
como a senhorita Fernoy sem a última dança da noite, e
como você já tem sua parceira, a honra caberá a mim. Se
ela aceitar, claro.
― Sim, ela é bonita, mas o que ela tem de beleza lhe falta
em cérebro e caráter. Não acredito no amor, Milady, mas
não me casaria com uma mulher que eu não respeite, e a
forma que Lady Vitória Claire age, tentando fisgar um
marido por seu título, nunca vai merecer meu respeito.
Não foi difícil chegar aos jardins da Mansão dos Claire. Ela
se sentou em um banco embaixo de um carvalho e respirou
fundo o ar puro. Aquilo lhe trazia lembranças de casa, as
plantas lhe recordavam o campo onde seu pai e seus irmãos
ficaram, e ela sentiu saudades de estar com eles.
— ele pensou.
― E o que ela fez dessa vez que te obrigou a vir aqui acabar
com meu whisky? Pensei que gostasse da Condessa.
― E por que não fica aqui e bebe comigo, acho que seria
bem melhor do que se ver rodeado por todas aquelas mães
casamenteiras, doidas e desesperadas, para casá-lo com
uma de suas filhas.
Não tendo mais nada para fazer, ele seguiu para o quarto
de Lizzie, sabia que teria várias criadas lá no quarto dela,
preparando as coisas para a partida da lady e, portanto, não
estariam sozinhos, e não lhe traria risco nenhum. Ele só
queria ver como ela estava, e lhe oferecer seu apoio para o
que ela precisasse, era o mínimo que poderia fazer.
― Espero que seu pai fique bem. Se tiver algo que eu possa
fazer… ― Ele se ofereceu.
― Seu pai insistia que casasse para tentar ver com seu
marido a possibilidade de melhorar as finanças, um acordo
entre os dois.
Capítulo 9 — Dívidas
Lizzie sabia que o Barão era rico, e que ele nunca comprava
nada sem que não tivesse o dinheiro em mãos, e sabia
também que ele jamais emprestava o que era seu. E por
isso suspeitou da dívida.
― Não tenho tempo para ter meu luto. ― Ela suspirou triste.
— Eu não posso me dar ao luxo de viver o luto.
Escolher o pretendente
Isso já tinha feito. Ele já a tinha até beijado. Mas iria fazer
de novo, só esperava que tudo desse certo.
Esse item já tinha feito, mas iria fazer de novo para seguir a
ordem, e porque ela tinha passado meses pensando no
beijo. Era a única coisa capaz de amenizar seu luto.
Bancar a difícil
a seduzi-la.
Quando ela viu esse capítulo no livro pela primeira vez ela
precisou reunir toda a coragem para colocá-lo na lista. Mas
se o livro dizia que ela tinha que fazer isso, então ela teria
que criar coragem para fazer esse item. As dicas que o livro
dava incluíam: beijos no pescoço, mãos nas nádegas por
baixo das anáguas e seus seios livres do espartilho.
Excitar o pretendente
Queria que ele tocasse cada pedaço do seu corpo e que ele
a incendiasse de prazer.
Ele tocou nos seios que lhe era oferecido por cima do tecido
e ela arfou com a onda de prazer que sentiu com o simples
toque. Ela abriu os olhos surpresa com o choque que aquilo
causou entre suas pernas como se tivesse ligado
diretamente a seu ventre. Ela apertou as pernas
involuntariamente ao redor da cintura dele o trazendo mais
perto. Ela viu quando os olhos dele escureceram e ele
puxou seu decote para baixo, expondo seus seios, que
saltaram com a força do movimento.
Mas agora tê-la ali de novo perto dele, mudava muita coisa.
Nunca se permitiu se apaixonar, mas não queria dizer que
não sabia aproveitar o que a vida lhe oferecia. E quando
desejava algo sempre conseguia o que queria, e no
momento ele desejava a senhorita Elizabeth Alexander
Fernoy e seus beijos deliciosos. E se ele estivesse certo ela
o desejava também. Só precisaria que ela desse alguma
pista e ele a tomaria para si, pegaria tudo que pudesse sem
comprometê-la…tanto.
Ela o atraía. Tinha algo nela que ele não conseguia resistir,
talvez fosse a forma como ela se ofendia e se irritava com
tudo que ele dizia, ou seu sorriso sincero quando não estava
irritada, ou seu jeito leve. Não importava, ele nunca a teria
para seu completo prazer, não podia se dar esse luxo.
Mas isso não queria dizer que não podia dar mais um ou
dois, ou dez beijos, não queria
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dizer que não poderia sentir prazer com ela, mesmo não
podendo se afundar nela como gostaria, tinha outros meios
de duas pessoas se darem prazer sem necessariamente
uma delas perder a virgindade.
Ele pensou que ela iria se irritar por ele chamá-la de forma
tão intima. E na verdade até esperava isso, se e somente
se, ela não sentisse nenhum desejo por ele, e fosse, de
verdade, a mulher santa que a tia tinha garantido. Mas ela
não reclamou, em vez disso respondeu corando ainda mais
pela intimidade proporcionada pelo apelido. Mesmo de
costas ele conseguiu imaginar perfeitamente seu rosto
avermelhado e ela mordendo o lábio inferior como ele já a
tinha visto fazer algumas vezes.
Mas ela não iria desistir só por causa disso. Depois que ele a
deixou no escritório, ela percebeu que já tinha conseguido
avançar e muito nos seus planos. E que, talvez fosse mais
fácil do que imaginava. Se bem que ainda não tinha
chegado a parte difícil. Um beijo era uma coisa, mas dormir
com ele era outra. Contudo, estava determinada a levar seu
plano até o fim. Tinha que fazer isso pelos seus irmãos, e
era por isso que estava em Londres. Precisava voltar para
casa com o casamento marcado, então, tinha que se
apressar, pois lhe restava apenas três semanas para
conseguir isso.
Com a Condessa ali teria que ter ainda mais cuidado para
que a tia de Daniel não suspeitasse de nada. Não poderia
deixar nada atrapalhar seus planos.
― Querida, o que a trouxe a Londres? ― A Condessa havia
perguntado enquanto estavam jantando.
Ele saiu rapidamente sem olhar para trás e Lizzie não soube
dizer o que o tinha feito fugir desse jeito. Mas deu de
ombros ao se lembrar do paraíso onde estava e logo se
esqueceu da fuga estranha do Conde ao abrir um livro e
mergulhar na história que ele contava.
O Conde foi para seu escritório e a primeira coisa que fez foi
pegar sua garrafa de Whisky e encher o copo, bebendo-o de
uma vez. A ardência em sua garganta foi bem-vinda e lhe
acalmou. Não podia ver Lizzie daquela forma. Não podia
começar a se importar daquele jeito com ela.
Ele estava com uma mão nas costas dela e a outra desceu
pelo seu quadril, envolvendo as nádegas dela na mão e
apertando-a em direção a sua pelve. Quanto mais a beijava,
mais queria se afundar nela e torná-la sua. Passeava as
mãos pelo corpo dela, decorando cada curva perfeita.
― Está tudo bem, sou apenas eu, estava sem sono e decidi
andar um pouco ― o Conde disse acalmando seu criado.
não via outra escolha que lhe salvasse. Pedir ao Conde que
a emprestasse o valor estava fora de cogitação, ele iria
querer saber para que era o dinheiro, e ela precisaria contar
tudo, inclusive que estava ali por interesse. E além dele, não
conhecia nenhum outro nobre rico o suficiente para pedir
dinheiro emprestado.
― Ah, não diga isso, tenho certeza que não é tão ruim
quanto diz. Sente-se eu insisto que toque. — O Conde se
afastou para que ela sentasse ao lado dele no banco.
― Então tá, depois não diga que não avisei — ela informou
uma última vez e em seguida ergueu as mãos e começou a
tocar a 12° sinfonia de Beethoven, era uma das poucas que
tinha conseguido aprender e ainda não conseguia tocá-la
muito bem.
― Só vou soltar porque vou ter que sair agora — ele disse
enquanto a soltava. ― Bom, sinta-se à vontade para tocar
quando quiser, eu vou sair. Foi uma honra tocar com a
senhorita.
O Conde saiu sem mais delongas, fugindo de tudo que Lizzie
poderia significar na vida dele.
Capítulo 13 — Consciência
― Não seja tolo, não vou deixar que ela vá embora nesse
estado. ― A Condessa interveio antes que Lizzie abrisse a
boca para concordar. ― Venha querida, eu vou cuidar de
você, esse resfriado vai embora logo.
Capítulo 14 — Descobertas
― Falou sim, mas minha tia vai lhe perdoar, ela tem um
coração mole — o Conde disse sentando na cama ao lado
de Lizzie.
ironizou.
Ele saiu sem esperar resposta, mas ainda a viu lhe dando
língua e isso o fez sorrir ainda mais. Fazia tempo que não
sorria tanto.
Já sabia não ser certo fazer aquilo com o Conde, não depois
de ter passado a semana doente e ele ter se mostrado tão
disposto a fazê-la melhorar. Ele sempre passava um pouco
mais de tempo ali com ela conversando para que ela não se
sentisse só, e sempre que tinha pesadelo, como teve duas
vezes, ele estava lá segurando sua mão mesmo estando
adormecido na cadeira ao lado dela.
Ela olhava a lista e se sentia uma tola, era uma tola por se
apaixonar, mas não mudaria nada que sentia, ela se
preparava para rasgar a lista de uma vez por todas quando
a porta foi aberta e ela se assustou.
― Não é isso que parece! Essa lista está bem clara! O que
me faz pensar que a senhorita não é tão pura, não para
saber coisas desse tipo. Está carregando o filho de outro
homem também?
― Nada justifica isso, Elizabeth. Você não devia ter feito isso
com ele.
amigo, ela não era tão ruim assim. Enquanto Lizzie fazia
isso por seus irmãos, Letícia tinha feito apenas para
benefício próprio, e era essa a diferença entre elas. E de
alguma forma aquilo mexeu com ele.
Capítulo 15 — O Conde
― Nada, apenas que foi melhor ela ter ido embora mesmo.
— O Duque desconversou.
― O que você disse para Lorde Dorset sair daqui com ódio?
— Uma voz suave e feminina o fez levantar a cabeça. Sua
irmã estava na porta acariciando seu gato de estimação.
Capítulo 16 — Fernoy
Por ela estar de olhos fechados não o viu entrar, e por estar
absorta em pensamentos não percebeu sua presença.
― Por que você foi embora? — ele falou e ela abriu os olhos
assustada ao encarar o Conde. Quando não obteve resposta
ele repetiu a pergunta. ― Elizabeth, por que você foi
embora?
Ela viu mágoa no olhar dele, e algo que parecia medo. Ele
estava com o semblante cansado, não dormia desde que ela
tinha ido embora. Havia ido para casa quando saiu da casa
do Duque e, ao conversar com a Condessa, ela insistiu que
ele fosse a Fernoy saber o que aconteceu.
― Não foi culpa dele, foi minha, eu nunca deveria ter ido
para Londres para começar —
Lizzie respondeu desviando os olhos do Conde, não
conseguia encará-lo.
Era o Duque.
― Nunca mais pense nela como sua. Nem por cima do meu
cadáver vai se casar com ela!
O que ele estava fazendo ali? Por que tinha voltado? Ele a
olhava com um sorriso de lado, mas seu olhar parecia pedir
desculpas.
― Seja o que for vai ter que esperar, venha, não pode ficar
assim. ― Lizzie estava preocupada com o estado do Conde
não se importando com a conversa que tiveram mais cedo e
muito menos com o que ele tinha para lhe dizer, apesar de
curiosa, ela estava mais preocupada que ele ficasse doente.
― Sinto muito por não poder lhe contar. Eu prometi que não
contaria ― Lizzie explicou.
De tudo que ele tinha dito, nada ofendeu mais Lizzie do que
saber que o beijo que ele tinha lhe dado não passava de
uma aposta estúpida.
Dessa vez ele tocou seu rosto e a puxou para si, mas em
vez de sua boca ele foi direto ao seu pescoço causando um
arrepio em Lizzie.
― O beijar com paixão — ela disse e ele lhe deu seu melhor
sorriso cafajeste e em seguida a beijou.
Ele fez exatamente o que a lista pedia, a beijou com paixão,
segurando sua nuca enquanto invadia sua boca com a
língua e a explorava. Ela era doce e curiosa, e retribuiu na
mesma intensidade o beijo que se tornava cada vez mais
intenso para os dois. As mãos dele percorreram o corpo
dela, enquanto que as dela se afundaram nos cabelos dele,
puxando-o em direção a ela o impedindo de interromper o
beijo, algo que ele não cogitava fazer, não quando beijá-la
era tudo que ele queria continuar fazendo.
Ele ia perguntar a ela que livro era esse, mas ela baixou
uma manga de seu vestido, expondo o topo de seu seio, e
ele esqueceu o que ia dizer ficando hipnotizado com o
movimento.
― Venha, vou arrumar uma blusa para você antes que todas
as minhas criadas percam seus olhos em seu corpo e eu
tenha que mandar todas embora.
Não foi difícil achar, assim que ele o tocou ela se contorceu
com a intensidade do prazer.
Capítulo 18 — Reputação
O Conde puxou Lizzie para seus braços. Nunca tinha sentido
a felicidade que sentia agora. Ela era sua e se dependesse
dele seria sua para sempre. Ele beijou os cabelos dela e ela
se aconchegou mais nele.
― Tudo bem, não tenho planos para voltar tão cedo mesmo
— o Conde respondeu e em seguida voltou a entrar no
quarto. Precisava levá-la para o quarto dela, mas não
planejava deixá-la dormir sozinha.
Ouvir o Barão falar do pai dela tirou todo o controle que ela
ainda tinha.
― Não sei do que está falando, ele nunca foi pagar a conta
— o Barão mentiu tentando parecer que dizia a verdade,
afinal não tinha como eles provarem nada.
Mal ele sabia que, por causa de tanto ódio, teria um ataque
fulminante naquela mesma noite e nenhum dinheiro do
mundo seria capaz de salvar sua vida.
Epílogo
Londres, Inglaterra
― Tem pouco mais de uma semana, mas não deve ser nada,
apenas o nervosismo com a
proximidade do casamento. — Lizzie se justificou.
Ele era seu padrinho, junto com seu outro amigo, o Marquês
de Winchester. E ambos estavam olhando com um sorriso
debochado para ele.
Mas para você ver como eu sou uma boa pessoa, você não
está mais andando. Ainda bem que eu nunca vou passar por
isso!
― Sim, você vai ser pai, meu amor — ela disse com tanto
amor no olhar que ele a tomou nos braços a colocando no
colo e lhe dando beijos espalhados pela face.
Era a primeira vez que ele dizia que a amava, e isso somado
a gravidez, fez com que ela começasse a chorar.
FIM
Agradecimentos.