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“Claro que não. Eles não são homens bons. Eles não
sabem que temos que ser bons, bondosos, pacientes
e obedientes. Mas isso é o problema deles. Se alguém
deles quiser virar bom ou até evangélico deveria ser
ensinado a ele. Nós, porém, devemos ser diferentes.
Não podemos, nesta situação de escravidão, falar
muito de nossa fé, mas podemos viver assim que
outros perguntam por nossa fé.”
“Mas eu não sou evangélica.”
“Sei. É uma pena. Assim você não tem o consolo que
eu tenho.”
“Não quero consolo. Quero justiça. Fomos vendidas
como escravas embora que seja proibida no Brasil.”
“É proibida, mas eles pagaram. Imagina se você
comprasse um papagaio e se delicia na beleza e com
o que ele faz todos os dias, mas depois de alguns
meses vem um policial e confisca-o alegando que a
venda desse animal no Brasil seria proibida. Você
ficaria triste e sentir-se-ia enganada, né. É certo
castigar o que te vendera o papagaio, mas também
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Como sempre tive que pedir perdão pelo mal que lhe
fizera quando ele recebeu uma surra de meu primo, e
jurei que futuramente queria ser sua puta e escrava
obediente e boa. Tive que enfiar uma garrafinha de
Coca-cola em sua frente e ele me abusou de todas as
formas.
Sobre a autora:
Petala Parreira vive no Estado Espírito Santo perto
da capital Vitória. Começou a se prostituir
regularmente com 14 anos, incentivada por
“amigos“ e primos, principalmente para pagar
dívidas deles com o tráfico. Jamais considerava
sua profissão um mero bico ou suplício, mas
sempre procurava um desempenho bom,
trabalhando com dedicação e amor, e sempre
travou muitas amizades com outras prostitutas,
também através da internet. Compartilhava das
ONGs APROSMIG (Associação de prostitutas
Minas Gerais) e “Hookers for Jesus” (Piranhas de
Jesus) e conheceu biografias comoventes,
lancinantes e cruciais de prostitutas de vários
países e se interessou por seus destinos muitas
vezes cruéis e tristes, mas às vezes também
encorajadores. Publicou os relatos em
comunidades de prostitutas na rede Orkut para dar
voz a quem não tinha voz. Escreveu também
sobre meninas sequestradas por milícias
muçulmanas (Nuas nas mãos do Boko Haram) e
sobre uma menina brasileira que foi forçada a ficar
na prisão masculina e torturada e abusada com
conivência e permissão da polícia (Sozinha na
prisão masculina). Seu primeiro livro “Contos de
Prostitutas” é uma coletânea com histórias de
prostitutas forçadas e meninas prostituídas de
todo o mundo.
Sempre tenta mostrar que prostitutas também são
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Contos de prostitutas
Meninas novinhas, obrigadas a se venderem,
contam as coisas mais incríveis de suas vidas.
Prostitutas e putas de vários países contam como
foram seduzidas, exploradas, estupradas,
escravizadas, abusadas e castigadas sem dó e
relatam como viraram escravas e putas totalmente
obedientes. Essa coletânea publica material
confidencial de meninas presas no comercio do sexo
e de organizações mafiosas. Você vai ler coisas, que
você jamais imaginou. Com 147 páginas e mais de
50 fotos que ilustram como meninas novinhas são
sacrificadas e exploradas na prostituição. Conheça
um mundo que é fechado à maioria das pessoas.
Muitos usam prostitutas, mas não conhecem seu
coração, sua alma e a luta da vida delas. Entre
centenas de relatos e destinos Petala Parreira
escolheu os melhores para essa coletânea.
Puta
Uma jovem tailandesa tenra, frágil, bonita e
submissa nas mãos da organização mais dura e
rigorosa do mundo: a máfia russa. Leia como na
Tailândia as meninas, desde pequenas, são
preparadas para a prostituição, como elas são
defloradas, vendidas, prostituídas, exploradas,
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Escrava de favela
Petala Parreira, prostituta, puta e membro de
“Piranhas para Jesus” publicou seu novo livro
“Escrava de favela”, em que ela narra a vida
horrível de uma menina vendida por seu pai em
troca de drogas ao traficante local. O fenômeno de
vender filhas a traficantes já bateu na justiça por
várias vezes, mas raramente alguém foi preso por
escravidão e prostituição forçada. Petala quer
confrontar os leitores com o destino dessas meninas
boazinhas e obedientes, que são vendidas por pais
irresponsáveis e transformadas em putas e escravas
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Puta perfeita
(Livro autobiográfico) Desde pequena me
acostumei que prostituição é uma coisa normal e
bacana, e que meu futuro poderia ser puta ou
prostituta. Já com cinco anos colocavam às vezes
roupas bonitas em mim e me elogiavam: “Que
putinha bonitinha!” Assim imaginei que putinha é
uma coisa gostosa, boa e elogiável. Aprendi ser puta
já brincando com bonecas e com minhas amigas.
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Contos avulsos:
Confissões forçadas de empregadas evangélicas
novinhas
Amealhando uma novinha negra evangélica
Abraão e Isaquinha – versão moderna de um
episódio bíblico
Desenhos animados:
Estado Islâmico (ISIS) Volume 1 até 16
O sofrimento das meninas cristãs, yazidis e de
outras minorias nos Estado Islâmico
https://aindiaromance.blogspot.com/2019/03/roman
ce-historico-da-epoca-da.html
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http://petalaautora.blogspot.com/
http://petalap.blogspot.com
https://www.google.de/search?hl=pt-
BR&tbo=p&tbm=bks&q=inauthor:%22Petala+Parr
eira%22
https://openlibrary.org/authors/OL7283999A/Petala
_Parreira
•
Gramática portuguesa para
putas •
Nua nas mãos do Boko
Haram
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•
Escrava de favela
•
Puta
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Petala Parreira
Puta
O destino cruel
de uma menina
tailandesa jovem,
tenra e submissa no
poder da máfia
russa
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querem.
Depois o homem fez o mesmo com minha colega.
Ela era mais tensa, e
demorou até relaxar.
Talvez nem molhou, mas
o homem, com o tempo,
molhou-a com sua saliva,
e nem deu para saber o
que era dela e o que era
do homem. Depois o
homem perguntou, se
nós sentimos algo
gostoso, e falamos de
sim, já pela educação.
“Que bom,” disse. “Agora
aprenderam como se
chupa. E assim vocês
vão desde agora fazer
com os homens.”