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AMORES INDECENTES - 4
MICHAELLY AMORIM
SINOPSE
2018
1ª Edição
SINOPSE
PRÓLOGO
CAPÍTULO 2 ― VISITAS
CAPÍTULO 3 ― COMPENSAÇÃO
CAPÍTULO 4 ― ÓPERA
CAPÍTULO 5 ― PREOCUPAÇÕES
CAPÍTULO 7 ― BEIJO
CAPÍTULO 8 ― WILLOW CASTLE
CAPÍTULO 9 ― DESCOBERTAS
CAPÍTULO 10 ― ALICE
CAPÍTULO 11 ― SENTIMENTOS
CAPÍTULO 12 ― DESMASCARADA
CAPÍTULO 13 ― PROPOSTA
CAPÍTULO 15 ― SEGREDOS
CAPÍTULO 16 ― ENTREGAS
CAPÍTULO 17 ― CASAMENTO
CAPÍTULO 18 ― ESCÂNDALO
CAPÍTULO 20 ― MAGDALA
EPÍLOGO
PRÓLOGO
14 anos atrás.
— Quero que cuide dos três. Eles não têm culpa dos erros
de seu pai. Não desconte nelas o pecado de Jonathan — a
Marquesa pediu em um fio de voz. Estava cada vez mais
fraca.
— Mamãe?
— Não sou como ele. Nunca farei o que faz. E não serei um
libertino como ele.
CAPÍTULO 1 ― CASAMENTO
INDESEJADO
Sabia que não tinha saída a não ser se casar, mas até o
casamento, faria o possível para aproveitar os dias contados
de sua liberdade.
― Que eu saiba, ele lhe deu tempo para escolher com quem
gostaria de se casar, é bem mais do que sua noiva teve ―
Copas o alfinetou.
― Ah, mas ela queria. Bem mais que isso. Estava querendo
sua cabeça em uma bandeja por estar negligenciando a
amiga dela ― Copas comentou, ácida. ― Eu insisti que não
o fizesse.
― Eu não quero fingir para minha noiva que estou feliz com
o casamento ― comentou, batendo o copo na mesa.
― Não, senhorita. Não vai trazer sua tela, da última vez que
permiti, foi necessário comprar um tapete novo para cobrir
o estrago que você fez no piso, com aquela tinta amarela. ―
Temia por Clara, era claro que a moça sentia algo pelo
Marquês, caso contrário, ele não a afetaria tanto. E isso a
preocupava. Não queria que sua garotinha tivesse o mesmo
fim de Lady Winchester.
― Uma libra.
― Sim, estou. Não sabia que isso era motivo para que me
odiasse tanto. A não ser que estivesse gostando de mim.
Diga-me, Copas, estava gostando de mim?
CAPÍTULO 2 ― VISITAS
A conversa na noite anterior havia lhe dado o que pensar e,
por esse motivo, tinha decidido fazer a coisa certa. Talvez,
conhecendo sua noiva, pudessem ser, ao menos, amigos e,
com um pouco de sorte, o casamento deles seria um fardo
suportável.
— Claro que esteve, que outro motivo teria para não ter
visitado sua noiva antes? — O
A lady sabia que não era feia. Sabia também que não era a
debutante mais bonita da temporada, mas não se
importava com isso. rei poderia ter escolhido uma mulher
muito pior para o Marquês, alguém como Lady Vitória de
Claire. Não que Lady Vitória tivesse feições pouco
agradáveis, mas a mulher era uma víbora interesseira.
Tinha desfeito o quase noivado com o Conde de Malthwood
para aceitar o compromisso com Lorde Theodor Hattsale, o
Duque de Arbex, que era quase quarenta anos mais velho
do que ela, apenas porque o homem era um Duque.
A criada saiu, lívida. Não era comum que Lady Clara agisse
de forma mal-educada. Mas Clara não poderia descer e
acolher o seu noivo como se não tivesse notado a relutância
dele em lhe fazer a corte e, o mais importante, não fingiria
que o que ele disse não a tinha afetado, ainda que ele não
soubesse quem ela era. Mesmo que, para ele, Clara fosse
uma mulher que possuía feições pouco agradáveis, ela
ainda era uma lady e não merecia ser destratada daquela
forma e nem sequer permitiria.
— Sei que está chateada com ele por não ter aparecido
durante um mês inteiro, e sei também que ele não seria sua
primeira escolha para marido, mas você vai se casar com
ele, não precisa dificultar as coisas. Sabe o quanto este
casamento será vantajoso para nós. Para você. Não
estrague tudo.
— Como se eu pudesse estragar tudo. — Clara bufou. —
Estou tão presa ao Marquês, quanto ele a mim. Só que
diferente dele, não sou eu quem está tentando fugir do
casamento.
Quando seu pai usava aquela voz com ela, Clara sabia que
era impossível retrucar. O
vamos logo.
Era claro que tinha, ele tinha dito que ela não o atraía em
nada e ainda tinha ficado um mês sem cortejá-la.
Absolutamente, tinha tudo contra ele.
― Não sei qual das duas me odeia mais. Acredita que Copas
usa a desculpa do meu noivado para justificar seu desprezo
por mim? ― O Marquês bufou, incrédulo.
CAPÍTULO 3 ― COMPENSAÇÃO
― Eram lindas.
― O senhor merece.
Clara respirou fundo. Não iria conseguir ficar com raiva por
muito tempo, conhecia a si mesma o suficiente para saber
que logo o perdoaria, mas até ele provar que seria um bom
noivo de verdade, não o deixaria saber que ela já estava
perdoando-o.
― Assim espero.
― É claro.
― Dia 19 é perfeito.
― É claro, milady.
― Está perdoado.
― Sim, está perdoado ― Cristine imitou a irmã.
― Não vejo por que deixar de fazer algo que eu gosto, basta
apenas que seja mais cauteloso, e evitar ser pego
conversando com as damas do clube.
CAPÍTULO 4 ― ÓPERA
― Claro.
vestido que usava lhe caia bem e deixava seus olhos mais
azuis do que cinzas.
― É claro, mas, por ora, não diga nada a ela, quero fazer
uma surpresa a minha amiga mais antiga.
que conheço?
Clara riu com o elogio. Sr. Callahran era sempre assim. Ela o
conhecia desde bebê. Era um grande amigo de sua mãe e
sempre frequentou a sua casa. Ele a vira crescer e ela o
considerava da família.
― Não importa, como seu pai, ele deveria ter sido contra
essa união, os Winchester são todos libertinos, nenhum se
salva.
― Compreendo.
― Não o estou.
― Por que você tem que tornar tudo tão mais complicado?
― O senhor sabe.
lo daquela forma.
íntimo.
― Por quê?
― Então, não deve ter medo, prometo que não farei nada
que não queira.
Copas sabia que aquela era uma péssima ideia. Não devia
deixar que ele a convencesse a ir, mas fazer isso era o
mesmo de concordar que ele estava certo. E ele não estava.
Por esse motivo, se levantou e se deixou guiar para um
quarto onde poderiam ter privacidade.
Ele era seu noivo e, por mais que quisesse, Clara não
poderia se esconder dele para sempre. O que diria quando
lhe sugerisse a fuga seguida de casamento? Ela teria que
lhe contar toda a verdade sobre sua família, mas não
confiava nele o suficiente para isso. Então, o que faria?
― Ah, claro que não. O Duque não irá permitir que ela volte
a trabalhar. Onde já se viu uma Duquesa trabalhando?
Que orgulho.
Callahran riu.
Clara suspirou, ouvir aquilo doeu tanto quanto ele dizer que
teria uma amante. Ele realmente não sentia nada por ela.
Ela levou a mão ao pescoço, parecia que algo a sufocava, e
encontrou o colar. Tocá-lo lhe trouxe um pouco de alívio.
Talvez o joalheiro tivesse falado a verdade e aquela pedra
fosse mágica.
Devia estar feliz pela facilidade com que ela aceitou aquilo,
então por que não estava?
fazia pensar que ele não iria ficar do seu lado no que se
tratava de economizar nos festejos.
― Não o sou.
― Clara, meu anjo, por que não toca um pouco para nós?
Seu noivo ficaria mais do que feliz em ouvi-la tocar. ― Lady
Catterfield indicou o piano para sua filha, que com um
suspiro, seguiu para o instrumento e se sentou.
― Eu sei que não, mas saiba que se algo acontecer com ela,
o senhor terá que se ver comigo.
Copas respirou fundo. Era óbvio que ele não perderia tempo
para flertar com a mulher que desejava.
― Sim.
― E se nós dois ainda quisermos um ao outro, não
poderíamos continuar como amantes?
― Por que não? Você não ama sua noiva, por que, então, se
importaria com os sentimentos dela?
mas não podia. Ah se ele soubesse que ela era a noiva dele.
Seria tão mais simples se render àquele desejo se ele
conhecesse a verdade.
― Por que você não ama sua noiva? Seria tão mais fácil se
você a amasse. Se essa conversa fosse com ela e você a
tivesse convencendo a se entregar antes do casamento ―
Copas desabafou. ― Você não estaria aqui tentando
arrumar uma amante.
— Meu senhor, ela está trapaceando, não tem como ela não
ter passado de vinte e um com cinco cartas — o homem a
acusou.
— Mas...
Admita.
— Casa de acolhida.
Quando Cecília morava com eles, era mais fácil manter Alice
nos eixos, mas agora que sua irmã havia se casado, tinha
restado a ele o papel de guardião da irmã caçula.
— O que é isso?
Layla debochou.
CAPÍTULO 9 ― DESCOBERTAS
Esta tinha o brasão dos Claire. Era o seu pai que estava indo
jogar no clube. Ela esperou a carruagem de sua família
passar por ela e seguir em frente, indo para a entrada dos
sócios, só então desceu de sua própria carruagem.
Esse era o motivo para, desde a primeira vez que esteve ali,
alterar a voz, impedindo que ele a reconhecesse.
— Céus, não. — Dmitri riu. — Ela foi com ele para Magdala.
— Essa mesma.
Sinto muito.
— Não exatamente.
— Como assim?
— Winchester.
Tudo agora fazia sentido. Por isso, seu pai tinha dito que era
um casamento vantajoso.
— Obrigada, Carmelita.
Clara ainda demorou um pouco a dormir, mas logo o
cansaço a venceu e o sono a tomou.
CAPÍTULO 10 ― ALICE
O Marquês suspirou.
— Você está dizendo para eu não ser vista com elas. — Alice
ergueu uma sobrancelha, entendendo facilmente o que ele
queria dizer com aquelas palavras.
— Uma mulher casada não será mal vista caso faça obras
de caridade para ex-prostitutas, então, depois que se casar,
você poderá ajudar as meninas de alguma forma.
Nunca tinha entrado no tema com sua noiva, mas algo nela
lhe fazia ter certeza de que Clara receberia sua irmã de
braços abertos. ― Tenho certeza de que será bem-vinda.
— Ela parece ser uma boa mulher. Acho que vou gostar
dela. Ela é bonita?
Que inferno!
CAPÍTULO 11 ― SENTIMENTOS
Tudo que ela não queria naquele momento era ter que fingir
que estava tudo bem. E daquela vez, nem sequer poderia
culpá-lo. Ele era tão vítima quanto ela.
— Que maldade! Não seja tão cruel com sua irmã. Ela vai
encontrar facilmente um marido.
— Ele não está sendo cruel, apenas realista. Não vai ser
fácil encontrar um homem que queira se casar com uma
bastarda, que gosta de raposas e quer ajudar prostitutas.
Droga. Não era para vê-la assim, ele gostava de Copas, não
podia gostar também de Clara. Mas Clara era a sua noiva e
não Copas. Então, ele devia gostar de Clara e não de Copas.
Gabriel?
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— É uma alegria poder ajudar. Eu farei uma lista com as
governantas que conheço e pedirei algumas indicações.
Quando tiver a lista pronta, enviarei ao senhor.
Ele não tinha nenhuma resposta para aquilo. Mas logo iria
descobrir. Por enquanto, ia se empenhar em encontrar uma
governanta para sua irmã. Depois resolveria mais esse novo
problema.
Mas não era apenas por isso que queria vê-la. Precisava
olhá-la e sentir que era por ela que estava apaixonado.
Afinal, só fazia alguns dias que tinha saído da cidade, seus
sentimentos não poderiam ter mudado em tão pouco
espaço de tempo.
Precisava vê-la, era só o que precisava para pôr em ordem
seus sentimentos. Pois estava apaixonado por Copas, não
estava?
Seguiu, sem saber para onde ia, até que se viu em um dos
quartos da Luxúria. Só queria fugir por um momento, então
bateu à porta e quando ninguém respondeu, ela girou a
maçaneta e entrou.
— Você não sabe, você não vai gostar do que verá por trás
desse disfarce — ela apontou, irritada e magoada. Como ele
poderia dizer aquilo? Ele já conhecia a mulher por trás da
máscara e estava rejeitando. Ela não conseguiu evitar uma
lágrima rolar.
CAPÍTULO 12 ― DESMASCARADA
Não era possível. Não podia. Ele conhecia Clara. Ele falou de
Clara para Copas, a jogadora perguntava de sua noiva.
Ele tinha sido um tolo. Era isso que sentia. Tinha sido um
tolo nas mãos dela. Como não tinha percebido que eram a
mesma pessoa? Claro que ela mudava a voz e tinha o
cabelo e a máscara para disfarçarem sua aparência. Mas,
ainda assim... Os olhos eram o mesmo... Ele devia ter
reconhecido.
Ela devia achar que ele era mesmo um tolo. Devia mesmo
ter se divertido à sua custa.
— Ah. Devo supor que, uma vez que ele decidiu ir para a
Ira, a reação dele não foi das melhores — concluiu.
— Claro que não. Mas não foi culpa minha. Ele que se
apaixonou por Copas.
Foi levado para uma das salas para ser atendido. Por causa
da proibição de acertar o rosto, ele não tinha hematomas na
face, mas em compensação, seu joelho doía como o inferno,
talvez ficasse sem andar por alguns dias.
Por que ela não tinha lhe dito? Como ela pudera enganá-lo
daquele jeito? Se ela tinha planejado aquilo, qual era o
motivo? O que ela ganharia ao enganá-lo?
— Então, por que iria terminar tudo para ficar com ela?
Admita, você nunca gostou da ideia de se casar comigo.
CAPÍTULO 13 ― PROPOSTA
Três dias depois...
Clara escutou cada palavra que ele disse. Mas sua mente se
focou na frase: "Conversei com o rei". Isso queria dizer que
ele tentou realmente desfazer aquele casamento.
Ela sabia que ele tentaria fazer aquilo. Era fácil imaginá-lo
diante do rei, tentando desfazer o arranjo. Mas seus
instintos diziam que tinha algo mais naquilo.
Clara suspirou. Ele tinha razão. Não tinha por que esconder
tudo aquilo dele, em poucos dias ele seria seu marido, não
tinha nenhuma escolha quanto aquele fato. Se contasse a
verdade, ele poderia ser um aliado.
― Exatamente.
Eu lhe falei que havia sido sorte, mas ele sabia que era uma
questão de probabilidade.
Tudo o que você fez por sua família é incrível. Você é uma
mulher forte, Clara, mas não precisa mais fazer isso
sozinha. Podemos cuidar de sua família juntos, sem que
você precise ser Copas por duas décadas.
— Não, não posso abandonar Copas. Meu pai continuará
perdendo dinheiro e logo estará novamente endividado. Eu
pensei que compreenderia.
Clara sabia que ele tinha razão, estava no direito dele exigir
aquilo dela, mas tudo que ela tinha feito pela família teria
sido em vão se não concluísse sua tarefa.
CAPÍTULO 15 ― SEGREDOS
A única resposta que tinha era a que Phillipa lhe deu no dia
casamento dela com Henry.
Mas ela não estava preparada para o que veio depois. Nem
passou pela sua cabeça que, ao impedir que o beijo tivesse
fim, o Marquês a puxaria para seu colo. Clara sentiu seu
corpo ser removido do banco, onde estava sentada, e
levado até o colo do Marquês. A posição indecente a fez
abrir os olhos, assustada e envergonhada. Já tinha visto
mais do que isso no clube, mas nada do que viu a preveniu
da vergonha que sentiria quando a cena fosse com ela.
CAPÍTULO 16 ― ENTREGAS
Ele pode até ter o meu corpo, mas não terá meu coração —
ela pensou, enquanto se direcionava para a tina com água
quente e se abaixava para poder se banhar. — Não vou me
apaixonar por ele. Não é só porque eu gosto dos beijos dele,
que eu já esteja apaixonada.
― Sim.
E ,para a devida surpresa de Clara, Winchester a tomou nos
braços e a levou para a cama.
Tão perfeita.
― Permita-me limpá-la.
― Ah, não precisa. Eu mesma faço isso mais tarde ― Clara
respondeu, constrangida em imaginá-lo olhando para algo
tão íntimo.
― Eu retornarei em instantes.
― Não é nada.
O Marquês bufou.
Eu fiz algo errado?
― Não.
Clara não sabia o que dizer. Sempre tinha ouvido falar que o
amor tinha matado a Marquesa. Sua mãe contou-lhe isso
quando ela ficou noiva do Marquês. Todos comentavam
sobre o fado que ela teve. Mas se tinha sido uma doença
que a matou, então, ela não tinha o que temer ao se
apaixonar pelo marido, que lhe prometia fidelidade.
Clara revirou os olhos. Devia ter esperado por isso. Mas não
se importou realmente. O
vermelho?
— Sim.
— E eu sou seu.
Clara sorriu ao ver o cuidado que ele tinha com ela. Vestiu-
se sem dificuldades, uma vez que o vestido era mais
simples que o que usava quando saia de casa para
trabalhar como Copas.
CAPÍTULO 17 ― CASAMENTO
― Sim, querido?
― Perfeito.
― Claro que não, mas eu creio que toda mulher deseja estar
linda no dia do seu casamento. Afinal, só se casa uma vez.
― Perfeito.
― Claro! Minha família vai me odiar por isso, mas não tem
problema, será melhor resolver logo essa situação,
ficaremos em sua casa em Londres?
CAPÍTULO 18 ― ESCÂNDALO
Londres não sabia falar outro assunto que não fosse a fuga
de Lady Clara Catterfield para se casar em Gretna Green
com o seu noivo, há pouco mais que cinco dias. As
matronas especulavam o motivo de tal atitude, uma vez
que ela já estava prometida em casamento ao homem com
o qual fugira. Nenhuma delas chegou a uma conclusão
satisfatória. Apesar da maioria dos comentários girarem em
torno de uma gravidez antes do casamento, nenhuma
chegou perto do real motivo que os levou a fugirem
rapidamente para se casar na Escócia.
Como ela pôde fazer isso? O que será das irmãs dela agora?
Como conseguirão casamento com um escândalo desses
sujando nosso bom nome?
Clara respirou fundo. Ver a mãe tão triste daquele jeito a fez
sentir-se culpada, mas não poderia permitir continuar
daquela forma.
― Pelo quê? Por estar tão apaixonada que não pôde esperar
mais para se casar com o homem que ama? Eu ficaria
furioso se tivesse se casado com outro homem, mas como
se casou com seu noivo, eu não tenho nenhuma objeção.
Quanto ao escândalo que sua conduta causará, não
― Não foi sua culpa, eu que pedi que fizesse isso. Você não
me forçou a me casar em Gretna Green.
― Talvez sim... Talvez não. Você não pode se culpar por isso,
fadinha. ― Tocou-lhe o rosto com afeto. ― E nem deve, pois,
sentir culpa não vai mudar o que aconteceu. Você fez a sua
escolha, e para você ela é a correta, então, pare de se julgar
pelos padrões alheios. Apenas você sabe o quanto cada
escolha lhe custou, não permita que desvalorizem tudo que
fez.
― Sempre.
― Agradeço.
― Obrigada.
Após tomar o café no quarto, Clara desceu para se juntar ao
Marquês, que tinha terminado de comer antes dela e
aproveitou para ajudar no carregamento das carruagens e,
assim, adiantarem sua partida.
― Você o viu?
― Quanto tempo você acha que ele vai demorar para levar
outra mulher, que não seja a esposa, para a cama? — a
outra perguntou.
― Tenho quase certeza que sim. Mas creio também que ele
lhe dirá em breve.
Era tão surreal que ele tivesse mudado tanto em tão pouco
espaço de tempo. Na verdade, ele sempre tinha tratado
Copas daquela forma, com flertes e agrados, mas ter a
mesma atenção como Clara ainda era novidade para ela,
pois ele tinha lhe reservado apenas a educação e a
amizade.
Não sabia por que, mas pensar que aquela era filha dele,
lhe deixou com o coração apertado.
— Torta de maçã?
— Exatamente.
— Ele não ousará vir aqui. Deixei bem claro, há quatro anos,
que ele não é bem-vindo.
― De um primo meu.
― Como assim?
CAPÍTULO 20 ― MAGDALA
A semana se passou rapidamente. Clara e Gabriel estavam
cada vez mais próximos um do outro. Era um casamento
feliz. Alinn havia se apaixonado por Clara, que, por sua vez,
também tinha se apaixonado pela criança.
A carta de cor preta foi entregue nas mãos dela e havia seu
nome escrito em um dos lados. A carta estava selada e o
selo pertencia ao Rogue’s, o que fez Clara franzir o cenho.
Henry nunca tinha lhe escrito em uma carta oficial como
essa. Ao abrir, deu-se conta que não havia sido Henry e,
sim, Phillipa que havia escrito.
Sinto muito.
jurou.
Gabriel não havia contado à Clara sobre seu plano, pois não
queria que ela se decepcionasse, caso não desse certo,
então deixaria que sua esposa conversasse com sua mãe
em particular, assim ficariam mais à vontade.
― Aceito sim.
― Aceito whisky.
― Não.
― Por que acha que ela quis se casar tão rapidamente? Por
que acha que não vim aqui exigir o dote, e em vez disso nos
casarmos em Gretna Green? Como acredita que ainda tem
dinheiro nos cofres? Foi ela. Enquanto o senhor se esforçava
para perder tudo, sua filha se esforçava para não deixar a
família sofrer as consequências de seus atos egoístas. E ela
nem mesmo imagina que está fazendo isso de propósito.
Apenas sabia que não poderia deixar a família sofrer com a
falta de recursos. E para isso, colocou sua vida e sua
reputação em risco, para tentar consertar os seus erros.
― Você não entende, jamais entenderia, não foi você que foi
traído.
Clara não queria acreditar nas palavras que sua mãe havia
lhe confidenciado. Não podia ser verdade.
Mas que outro motivo teria para o seu pai agir daquela
forma?
Por que nos culpa pelos erros dela? Nos odeia também?
― Ele não é meu filho. Não ouse dizer que aquele bastardo
é meu filho. Sua mãe me traiu com o Callahran.
― É claro que é, sua mãe mentiu, ela não iria lhe dizer que
o filho dela é um bastardo. O
caso dela com o Callahran é bem mais antigo. Não seja tola.
― Ele não pode ter filhos, mas ter um caso com a minha
esposa ele pôde.
sinto muito.
― Seu marido.
― Quando...?
― Por tudo. Por cuidar de mim. Por ter vindo mais cedo
tentar resolver as coisas com meu pai.
EPÍLOGO
― O Barão de Montress?
Document Outline
COMO NÃO ODIAR UM MARQUÊS
SINOPSE
PRÓLOGO
CAPÍTULO 1 ― CASAMENTO INDESEJADO
CAPÍTULO 2 ― VISITAS
CAPÍTULO 3 ― COMPENSAÇÃO
CAPÍTULO 4 ― ÓPERA
CAPÍTULO 5 ― PREOCUPAÇÕES
CAPÍTULO 6 ― JANTARES E SEDUÇÕES
CAPÍTULO 7 ― BEIJO
CAPÍTULO 8 ― WILLOW CASTLE
CAPÍTULO 9 ― DESCOBERTAS
CAPÍTULO 10 ― ALICE
CAPÍTULO 11 ― SENTIMENTOS
CAPÍTULO 12 ― DESMASCARADA
CAPÍTULO 13 ― PROPOSTA
CAPÍTULO 14 ― GRETNA GREEN
CAPÍTULO 15 ― SEGREDOS
CAPÍTULO 16 ― ENTREGAS
CAPÍTULO 17 ― CASAMENTO
CAPÍTULO 18 ― ESCÂNDALO
CAPÍTULO 19 ― WILLOW CASTLE
CAPÍTULO 20 ― MAGDALA
CAPÍTULO 21 ― TUDO FICARÁ BEM
EPÍLOGO