— Eu não vou a uma festa estúpida mãe — disse Lívia Morgan.
Ela se apressou através do escritório com o celular pressionado na orelha, carregando os projetos de marketing que apresentaria em algumas horas. Lívia sentiu a tensão na voz de sua mãe através da linha de telefone. — Por favor, Lívia é apenas por algumas horas e seu pai quer que você conheça alguém. Ela se encolheu tentando arrumar os tubos com projetos na mesa da sala de conferências, ajustou o telefone mais uma vez para que ela pudesse ouvir sua mãe com mais facilidade. — Mais uma razão para evitar a festa. Não existe nenhuma maneira que eu queira conhecer qualquer um dos pretendentes do papai. Eles são altamente detestáveis e repugnantes, para não mencionar machistas e patéticos. Ruth Morgan não discutiu a questão. Havia muita evidência apoiando essa afirmação. — Ouvi dizer que este homem é um bom partido, querida. Lívia revirou os olhos, espantada que sua mãe pensasse tal coisa, seu pai era um bandido nojento, para não mencionar um valentão patético, e não havia nenhuma maneira de amenizar esse fato. Todos os seus parceiros de trabalho eram culpados por associação em sua mente. — Se ele está no negócio com o papai, ele não presta. — Oh, querida, mas ele não está no negócio com seu pai! — Sua mãe explicou. — Na verdade, este homem tem resistido a fazer qualquer negócio com o seu pai, é por isso que ele quer que você esteja aqui esta noite. — Papai quer que eu seja o boi de piranha, hein? — Ela riu, balançando a cabeça enquanto dava um arquivo para o funcionário da copiadora. — Cinquenta cópias deste, por favor! — pediu com um sorriso. — O que você está fazendo, querida? — perguntou a mãe. Lívia sufocou um suspiro. Ela amava sua mãe, mas a mulher não tinha trabalhado um dia em sua vida. Ela tentou, mas... bem, as coisas tinham impedido de se aventurar e tentar qualquer tipo de emprego. — Mãe, eu estou trabalhando. Lívia podia ouviu sua mãe esfregando sua testa. — Você não precisa trabalhar querida. Elas tiveram essa conversa muitas vezes ao longo dos últimos anos. — Eu gosto do meu trabalho. E de nenhuma maneira pedirei dinheiro ao papai. Nunca. — Ela fez uma pausa, se perguntando se era hora de dar a sua mãe um “escape”. — Você sabe, se quiser vir morar comigo, eu tenho um quarto extra no meu apartamento. Você poderia... Ela poderia dizer? Será que ela se atreveria? — Você poderia sair da pressão e das críticas constantes do meu pai. Encontrar o seu próprio caminho no mundo. Houve um longo silêncio e ela se perguntou se sua mãe estava realmente considerando. Ruth Morgan estava casada com seu pai por trinta anos e sofreu muito abuso durante esse período. Houve momentos em que sua mãe não saía do seu quarto por dias. E noites em que Lívia ouvia seu pai gritando, então se escondia debaixo da cama sozinha, com medo de seu temperamento, não querendo ouvir os sons. — Meu Deus, olha a hora! — exclamou sua mãe. — Eu realmente preciso me apressar, querida. A festa é às oito horas da noite. Se você pudesse estar aqui, só para me agradar, isso seria... — ela fez uma pausa. — Bem, isso seria maravilhoso — finalmente sua mãe falou. Lívia quase tinha chegado a sua mesa quando ouviu essas palavras. Ela se inclinou contra a parede, fechando os olhos quando ouviu o apelo silencioso de sua mãe. — Oito horas — ela repetiu. — Estarei lá, mas não ficarei muito tempo. Um suspiro trêmulo de sua mãe veio através da linha também. — Isso seria realmente ótimo. — Mas você considerará minha oferta? — perguntou ela, esperando que sua mãe pudesse querer sair da vida de tirania do pai de Lívia. Daniel Morgan nunca tinha atingido Lívia, mas isso não significava que ela tinha poupado qualquer amor para o homem que doou metade de seu DNA. Ela finalmente aprendeu a sair por conta própria e a se defender, e jurou que nunca viveria como sua mãe vivia por toda a sua vida de casada. — Eu tenho que correr querida. Obrigada por concordar em vir esta noite. Lívia desligou em seguida, abraçando o telefone celular em seu peito como se fosse sua mãe. Falou com psicólogos, mas não havia nada que pudesse fazer, ela estaria lá quando sua mãe estivesse pronta para agir por si mesma e sair do relacionamento. E foi por isso que, várias horas mais tarde, ela vestia um longo vestido preto conservador, e um colar de pérolas falsas, quando entrou na casa de seus pais. Quando andava em direção ao seu pai, sentiu sua respiração acelerar e o corpo formigar, no momento em que viu um homem alto e surpreendentemente atraente ao lado dele, olhando aborrecido e irritado. Naquele exato momento ele a olhou através do salão de festas, quando seus olhos se encontraram sentiu-se abismada. Nunca um homem lhe causara um efeito tão forte assim, pensou. Mesmo quando sua mãe correu para cumprimentá-la, Lívia não conseguia tirar os olhos do homem. — Você está aqui — sua mãe suspirou com alívio óbvio e abraçando sua filha. — Estou tão feliz. Seu pai estava perguntando por você. Isso nunca foi bom. O principal interesse de seu pai em sua única filha era para ganho pessoal. — Por quê? — Lívia perguntou, estreitando os olhos, ainda olhando para o homem alto e atraente. Ela estava tentando desviar o olhar, e com um esforço monumental conseguiu e olhou para sua mãe. Todo o tempo, Lívia tentava ignorar o rubor através dela, porque sabia que ele ainda a olhava. As mãos de sua mãe vibraram no ar com desdém. — Oh, lembra-se que eu mencionei que havia um cliente potencialmente importante que seu pai quer que você conheça? O coração de Lívia caiu, ela olhou nos olhos do homem alto e seu coração acelerou quando percebeu que ele ainda estava olhando para ela. Por favor, não deixe que esse homem com os olhos fascinantes, seja amigo do meu pai, ela pensou. Qualquer outra pessoa na sala menos ele! — Sim, você me falou sobre ele. Sua mãe olhou em volta para os outros convidados. — Sim, ele está aqui há apenas trinta minutos e já quer ir embora. Seu pai está tentando enrolá-lo. Mas agora que você está aqui, tudo melhorará. Lívia ouviu a nota de pânico na voz de sua mãe e olhou para ela. — Está tudo bem, mãe? — ela perguntou suavemente, parando-a para colocar a mão suavemente no ombro da mãe. — Papai tem... — Eu estou bem — ela sussurrou. — É só entrar e conhecer o homem. Ele é realmente muito charmoso. As bochechas de sua mãe ficaram vermelhas. — Bem, eu acho. Estou esperando que você pense assim também. Lívia aceitou uma taça de vinho branco, mas suas mãos amortecidas não conseguiam levar a taça os lábios. O homem ainda a olhava, fazendo-a se sentir desajeitada. — Quem é ele? — indagou surpresa quando viu que disse as palavras em voz alta. Com os olhos assustados sua mãe olhou para ela. — Você não está o reconhecendo? Lívia balançou a cabeça, finalmente capaz de desviar o olhar. — Não. Eu deveria? — É Stefan Kozlov! Aquele bilionário russo, fabulosamente rico, que mudou sua sede para Houston, Texas, recentemente. Há um enorme boom imobiliário. Milhares de pessoas estão mudando de todo os países. O que está gerando uma grande aflição, pois todos querem ficar perto desse homem — ela sussurrou sorrindo discretamente. — Eu não me importaria de estar perto dele — ela riu. — Mas acho que o seu pai não se mudaria para o Texas. Lívia ficou tão surpresa pela declaração de sua mãe que olhou chocada para ela. — Mãe! — Ela riu. Sua mãe apenas balançou a cabeça e encolheu os ombros. — Bem? Sou casada, não morta! — ela disse como desculpa. A mão de Lívia cobriu a boca, em choque, porque sua mãe nunca falou assim antes. E certamente nunca sobre seu pai. — Lívia! — A voz grossa de seu pai chamou da porta da sala de estar, extinguindo a leve energia da sala. Lívia se virou, retirando o sorriso incriminatório de seu rosto antes de enfrentar seu pai. — Como você está? — perguntou ela e quase tropeçou quando percebeu que o homem alto e lindo estava parado ao lado de seu pai. E ele a olhava como se ela fosse um saboroso doce, e que estava pronto para devorá-la. A sensação enviou uma faísca de emoção ao longo de seu corpo, apesar de seu desconforto por ter sido convocada por seu pai. Olhou para o homem, mas não conseguia realmente olhar para ele. Não quando ele estava tão perto! — Bem! — Seu pai falou com jovialidade forçada. — Estou feliz que você decidiu participar da festa — à advertência ao atraso evidente em sua voz. — Mamãe me pediu para vir, mas eu realmente... — Lívia começou, ainda que a intenção era de escapar do evento logo após as apresentações. — Bobagem — seu pai a interrompeu antes que pudesse dizer-lhe que ela estava em seu caminho para outro evento. — Você ainda não conheceu Stefan. Com isso, não tinha alternativa a não ser olhar para o homem alto e devastadoramente bonito. Sentiu como se o mundo estivesse em câmera lenta agora, mas talvez fosse apenas seu nervosismo em olhar para o homem de perto. Fora chocante quando ele estava do outro lado da sala. Mas tão perto? Ela já podia sentir o calor de seu corpo e agora sentia a energia elétrica nele. Ela ouviu as palavras de seu pai, como se elas estivessem vindo de longe, como se estivesse em um túnel. Todo o seu foco era esse homem, na forma em que seus olhos escuros olhavam para os seus verdes e ela sentiu os músculos do estômago contraírem e seus joelhos começarem a oscilar. Nenhum homem jamais teve esse efeito sobre ela, assim não tinha certeza de como lidar com isso. — Stefan, esta é a minha filha, Lívia Morgan. Lívia, Stefan Kozlov, de São Petersburgo, Rússia. Stefan observou a mulher com o cabelo glorioso, vermelho acastanhado e os olhos verdes surpreendentes ao olhar para ele. Sabia que ela estava nervosa e queria diminuir a tensão, mas não sabia como. Ele a tinha notado desde o momento em que ela entrou na casa e a achou muito acanhada. Seus olhos se moveram pelo seu corpo, notando a presença de seios fartos debaixo do vestido preto. Mas isso era tudo o que ele podia ver. O vestido era sem forma, mas ele suspeitava que houvesse um tesouro por debaixo dele. Não era muito magra, quadris cheios e seios fartos, curvas perfeitas para um homem agarrar. De repente, percebeu que ele preferia o corpo mais suave e redondo de uma mulher ao invés de um corpo onde os ossos ficam cutucando em todas as direções. Esta mulher seria suave e exuberante, definitivamente boa para agarrar. — É um prazer conhecê-la, srta. Morgan — ele disse e tomou seus dedos frios temendo ao seu aperto quente. Erguendo a mão à boca, ela se assustou com a energia que emanou em seu corpo quando os lábios dele tocaram a pele dela. Ele demorou e seus olhos escuros capturaram os seus verdes e não deixaram ir. Puxou sua mão mais para perto. Ou talvez ela tivesse se aproximado por vontade própria? Ela não tinha certeza. Neste momento, não tinha certeza sobre nada, exceto que este homem a fascinava, seduzia e assustava, tudo ao mesmo tempo. — Por que você e Stefan não pegam uma bebida fresca, querida? — Seu pai sugeriu. — Você sabe onde está tudo. Lívia olhou para a bebida do homem. Não parecia que tivesse bebido o líquido âmbar ainda. Isso só lhe disse que seu pai estava fazendo um pouco de marketing. E quando seu pai queria algo, isso era muito ruim. Inclinações românticas eram estranhas a seu pai, então se ele estava tentando juntá-la com este homem, algo não estava cheirando bem. — Ele está com o copo cheio de bebida — ela respondeu a seu pai, levantando seu olhar e desafiando o homem mais velho. — E eu tenho… — Você trabalha com marketing, correto? — Stefan interrompeu. Ele sabia que esta mulher fascinante estava tentando fugir e simplesmente não permitiria isso. Daniel Morgan era um empresário decente. E algumas de suas ideias valiam a pena considerar. Mas de toda a noite, agora foi a hora que valeu a pena, simplesmente por causa da filha do homem, e não por causa de quaisquer das propostas que o homem alto e desagradável fizera mais cedo. Lívia percebeu que ele ainda estava segurando a mão dela quando o sentiu puxá-la para frente, habilmente colocando a mão debaixo do braço se afastando de seus pais. Ela olhou para sua mãe, que apenas sorriu feliz em sua direção. Lívia, em seguida, olhou para o homem, não tendo certeza do que estava acontecendo. — Conte-me sobre o seu trabalho — ele pediu, olhando em seus olhos. Lívia abriu a boca para falar, mas as palavras não saíram. Ela tentou novamente, mas, em seguida, fechou a boca, sentindo-se idiota. — Sinto muito — ela sussurrou. — Se pudesse soltar minha mão, eu seria capaz de manter uma conversa inteligente. Stefan estava em transe. Seu longo cabelo, marrom em cascata sobre os ombros e as costas, os destaques vermelhos quase brilhantes sob as luzes ofuscantes da sala de estar. Seu cabelo foi ofuscado por seus olhos gloriosos. Nunca tinha visto um verde desse tom antes, exceto, talvez, nas colinas da Irlanda. Eles eram misteriosos e claros, eletrizante e calmante, tudo ao mesmo tempo. Ele estava completamente ciente de que conhecê-la era uma armadilha criada por Daniel, mas neste momento, não se importava. O velho foi sincero, sua filha era linda. Agora ele só tinha que fazê-la relaxar o suficiente, e sabia que ela ficaria estimulada em conversar sobre o seu trabalho. Por alguns dias, pelo menos. Esperava mais, pois a maioria das mulheres só prende a sua atenção por um ou dois dias, talvez uma semana. Eram criaturas encantadoras, mas previsíveis. — Conte-me sobre o seu trabalho, Lívia — ele a incentivou novamente. Mas sua mente vagava em como ela ficaria sem aquele vestido tedioso diante dele. Enquanto a maioria das mulheres que ele conheceu estaria vestida em sedas e cetins que aumentassem suas figuras, esta pequena dama esbelta tinha escolhido algo que escondia todos os seus atributos. Uma contradição intrigante, pensou. — Meu trabalho não é tão interessante, ao contrário do que quer que meu pai tenha lhe contado — Lívia revirou os olhos. — Eu duvido. Estou sempre intrigado com a capacidade da minha equipe de marketing em ver através de causas particulares e chegar a um conceito que rompe a consciência do público. Lívia piscou, surpresa com a sua visão. — Você atua com marketing? — ela perguntou. Stefan queria rir. — Você não sabe quem eu sou, não é? Lívia viu o humor em seus olhos e se irritou, achando que estava faltando algo importante. Mas se este homem era importante, seu pai teria explicado, não é? — Claro. Você é Stefan Kozlov — ela respondeu, repetindo o nome que seu pai tinha acabado de lhe dar. Stefan viu seus olhos, tentando ver se ela estava sendo modesta. — Mas você não sabe nada sobre mim além do meu nome? Lívia suspirou, olhando para traz dos ombros do homem para ver o seu pai os observando. — Eu sei que você é um amigo do meu pai e que provavelmente você está fazendo negócios com ele. Ela olhou para traços duros, mas de alguma forma atraentes do homem. — Isso significa que você é perigoso e eu não quero ter nada a ver com você. Ela afastou-se dele e respirou fundo. — Eu realmente preciso voltar para casa. Stefan estava tão atordoado com sua resposta que levou um tempo para reagir. Quando voltou ao normal, ela já tinha colocado a taça de vinho sobre uma mesa e estava andando em direção à porta da frente. Felizmente, não era uma casa grande, portanto foi capaz de alcançá-la antes que ela tivesse sequer deixado a sala de estar. — Vamos tomar um café — ele convidou e colocou a mão na cintura de Lívia, ignorando sua expressão assustada quando ele a direcionou para a porta. Stefan ignorou. Nenhuma mulher se afastava dele. Especialmente uma mulher tão bela e misteriosa como esta. Ela estava jogando com ele perfeitamente, e ele gostando da batalha, pensou. Era uma mudança refrescante do que as mulheres mostravam de óbvio em suas intenções, dando- lhe claramente sinal verde para uma noite de tudo o que ele pudesse desejar. Esta mulher era muito mais sutil e ele gostou. Percebeu que perdeu a batalha. Sentia falta da empolgação de tentar seduzir uma mulher. E Lívia era muito mais bonita do que a maioria. — Nós beberemos café — ele disse com firmeza. Ela puxou as chaves de sua bolsa e sacudiu a cabeça. — Não, obrigada pelo convite — ela respondeu sarcasticamente, porque ele não ofereceu. Ele ordenou. — Estou indo para casa. Tenho uma reunião amanhã cedo e não tenho... Sua boca se abriu enquanto ele simplesmente arrancou as chaves de sua mão, jogando-a um homem de terno escuro que tinha de alguma forma surgido das sombras. — Meu guarda costas conduzirá o seu carro. Você virá comigo. Nós conversaremos e você me dirá por que não quer tomar um café comigo. Lívia não tinha certeza se queria rir ou gritar. Rir ganhou, mas ela parou no caminho, sem se mover um passo até que o homem parou ao seu lado. — Sr. Kozlov, tenho certeza que seus funcionários se sentem muito seguros com esta rotina de comando do senhor, mas eu não serei controlada. Eu não quero tomar café com você. Stefan não podia acreditar que queria rir. Como essa mulher, realmente não o conhecia! Ele olhou para ela e percebeu a maneira como recuou, colocando mais espaço entre eles. — Por que não? Há obviamente uma conexão entre nós. Ela poderia negar que houve qualquer tipo de conexão, mas suspeitava que ele só quisesse desafiar esta afirmação, provar seu erro. Então ela tomou a abordagem honesta, enfrentando o problema de frente. Balançou a cabeça. — Não importa. Você é um amigo de meu pai, provavelmente, faz negócios com ele. Isso deixa você fora dos limites. Seus olhos de prata, esferas escuras na luz fraca vinda da varanda, não liberaram seus verdes. — Eu não faço negócios com seu pai. Ela estremeceu com sua seriedade, bem como uma grande dose de medo que este homem estivesse desafiando seu pai. — Todo mundo faz negócios com meu pai se ele quiser isso. Seus olhos bonitos ficaram preocupados quando ela olhou para ele na noite. — Ele prejudicará a sua empresa, se você o deixar por baixo. Por favor, não faça nada estúpido. Basta fazer o que ele quer e poderá ir embora ao final. Stefan estava atordoado. E encantado. — Você está tentando me proteger, Lívia? — perguntou, seu tom suave enquanto sua mão levantou para tocar seu rosto. Ele descobriu que sua pele era ainda mais macia do que parecia. — Sim — ela respondeu com uma urgência que nunca sentira antes. De alguma forma, havia uma sensação de segurança, de intimidade na escuridão com este homem... havia algo sobre ele que afetava sua alma, tocando algo profundo dentro dela, que jamais conheceu em sua existência. Ela tinha endurecido o seu coração para os homens, mas, de alguma forma, esse cara tinha começado a derrubar suas defesas, apesar do fato de acabar de conhecê- lo! As luzes ofuscantes da casa suavizaram as características deste homem, tornando-o um pouco mais acessível, menos perigoso do que ele parecia dentro da casa. — Meu pai não joga limpo, Stefan. Ele mentirá, enganará e fará o que precisar, a fim de te levar a fazer o que ele quer. Ele sorriu enquanto seu rosto se transformou e uma onda de desejo por esta pequena mulher o golpeou com força. — Por favor, tome uma xícara de café comigo. Lívia olhou fixamente para o homem, querendo tanto protegê-lo e fugir dele. — Eu não posso — ela sussurrou, mas seus olhos caíram para os lábios. — Não pode? — perguntou ele, aproximando-se. — Ou não quer? Os dedos de Lívia fecharam em um punho. Ela não tinha percebido que ela estava tocando seu peito. — Não devo — ela respondeu de volta, nervosismo ocultado pelo desejo. Seus olhos, observava hipnotizada, como aqueles firmes, sexys lábios se aproximaram. Ela não podia acreditar o quanto ela queria que este homem a beijasse, ela queria provar e sentir aqueles lábios contra os dela. Quando seus lábios finalmente tocaram os dela, ela engasgou e se afastou um pouco, olhando-o diretamente. Se assustou, e não pelo contato, mas pelo impacto desse contato. Era tão maravilhoso, se moveu para mais perto, na ponta dos pés para que pudesse tentar novamente. Com certeza, apenas o menor toque deixou seu corpo tremendo de prazer e sensações loucas. Quando sua boca se fechou sobre a dela, não mais dispostos a lidar com a luz, toques experimentais, ele tomou posse, beijando-a, seus dentes mordiscando o lábio inferior até que ela foi surpreendida e para seu choque forçada a participar. Lentamente, como se estivesse atordoada, suas mãos subiram ao longo de seu peito enquanto ele a beijava. Sentiu as mãos dele envolverem sua cintura, levantando seu corpo macio contra o seu duro e se deleitou com o sentimento, moveu-se contra ele para encher sua mente com aquela sensação incrível. Ela ouviu algo ou alguém fazendo um som estranho, mas não conseguiu se afastar para investigar. Tudo o que ela queria era mais. Mais desse beijo, mais do seu toque, mais dele. E não tinha absolutamente nenhuma ideia de como consegui- lo. As mãos de Stefan levantaram, pressionando-a contra o carro atrás dela e se perdeu no beijo. Seus lábios eram mais suaves do que ele pensava ser possível e seu corpo tinha as curvas em todos os lugares certos. Suas mãos se moveram ao longo de sua cintura, mantendo-a mais elevada, pressionando seu núcleo contra sua ereção. Quando ouviu seu gemido suave, sexy, ele quase perdeu todo o controle. Mas então ele se afastou e percebeu onde eles estavam. Pressionar esta mulher contra um carro na frente da casa de seu pai não era a maneira como ele conseguiria ter relações sexuais com ela pela primeira vez. Xingando baixinho em russo, a abaixou, deixando-a cuidadosamente em pé no chão. Ele teve que segurá-la por alguns instantes até que seus olhos se abrissem e ela percebesse onde estava, mais uma vez. Quando aqueles olhos verdes deslumbrantes finalmente focaram, teve dificuldade em lembrar por que ele tinha parado. — Vem comigo — insistiu ele, tomando a mão de Lívia e levando-a para sua limusine. Ele a tinha colocado na parte de trás antes dela perceber o que estava acontecendo. — Eu não vou com você, Sr. Kozlov — ela contestou com firmeza, inclinando-se para os lados, como se pudesse de alguma forma sair da limusine, pois o veículo tinha começado a se mover no momento em que ele fechou a porta. — Todas as evidências estão ao contrário — ele riu. Ele gostou da forma em que seus lábios cheios e carnudos estavam inchados e vermelhos agora. Ela mudou de uma beleza elegante e tímida para uma explosiva sexy e ele encontrou a sedutora mudança. Aparentemente, debaixo do vestido preto sério, existisse uma mulher apaixonada a espera para escapar. Lívia olhou ao redor, surpresa ao perceber que ela realmente estava na parte de trás de sua limusine. — Para onde você está me levando? E o meu carro! Como pegarei o meu carro? Preciso dele para trabalhar amanhã. Stefan pegou a mão dela, examinando os dedos. Ela não era uma dessas mulheres mimadas, que passava os dias no salão pintando as unhas. Suas unhas estavam cuidadosamente cortadas, mas não havia esmalte sobre elas. Por alguma razão, ele gostava disso nela. Era limpa e natural. Clara! E incrivelmente sexy! — Relaxe. Não estou sequestrando você. Eu geralmente não preciso recorrer a tal esforço para passar algum tempo a sós com uma mulher que eu estou interessado. Os olhos de Lívia se arregalaram e seu coração batia tão alto, que ela tinha certeza que ele podia ouvi-lo. — Você está interessado em mim! — Não era uma pergunta. — Por que um homem como você estaria interessado em uma mulher como eu? Suas sobrancelhas levantaram. — Porque você é uma mulher bonita. Atraente — ele riu suavemente. — Mas também porque você é gentil e carinhosa. Essas são qualidades que eu não costumo encontrar nas mulheres que andam em meus círculos. — Eu não... — ela olhou para sua expressão vazia — ando em seus círculos, é isso. Ele sorriu levemente. — Eu sei disso. Ou eu teria te conhecido antes. Ela balançou a cabeça. — Nada disso faz qualquer sentido. Ela levantou a mão, apenas tentando pensar sobre as coisas. — Você pode me deixar no meu apartamento? — ela perguntou, olhando em volta, nervosamente. A intimidade do veículo a estava deixando nervosa. Para não mencionar o homem extremamente grande, surpreendentemente atraente ao lado dela. — Claro — ele disse a ela. Ele apertou um botão e a tela de privacidade entre o passageiro e motorista deslizou suavemente para baixo. — Qual é o seu endereço? — perguntou. Lívia informou para o motorista. Um momento depois, a tela estava de volta no lugar e ela ficou mais uma vez sozinha com Stefan. — Obrigada — ela agradeceu, tentando relaxar contra os assentos macios de couro. Infelizmente, era difícil relaxar em torno deste homem. Ele era como um fio desencapado e ela o tubo condutor. — De nada. — Ele olhou para ela com cuidado. — Diga-me mais sobre você. Ela encolheu os ombros. — Não há muito para dizer — ela respondeu suavemente. Lívia não queria que esse homem soubesse mais sobre a vida dela. Já sabia que ele era perigoso para a sua paz de espírito. Tinha que manter uma distância segura dele. — Diga-me o que há para saber. O que torna Lívia Morgan especial? — ele perguntou. Lívia riu. — Não sou especial. Na verdade, sou totalmente normal, é chocante. É melhor correr e se esconder antes de descobrir quão realmente chata eu sou. Ele riu, um som sexy profundo que enviou vibrações ao longo de todo o seu corpo. — Eu duvido. Qual é a sua profissão? Eu sei que você está em marketing, mas isso foi tudo que seu pai me disse. Ou, mais especificamente, era tudo o que sabia. Seu pai estava tão interessado em nos juntar que sequer conseguia pensar em quaisquer mais detalhes sobre você. Lívia ignorou o comentário sobre o conhecimento de seu pai sobre a vida dela. — Eu trabalho para um tirano — respondeu ela, olhando-o. — Provavelmente alguém semelhante a você. Alguém que não aceitaria um não como resposta. Stefan levantou a mão e correu um dedo através de sua pele macia. — Eu aceitaria um não como resposta. — Ele fez uma pausa, seus olhos movendo-se sobre suas belas feições. — Quando é a resposta certa. Ela olhou para ele, hipnotizada pelo seu olhar ousado. — Quando é certa? Ele sorriu levemente. — Não agora — assegurou ele. Não perceberam que a limusine tinha parado até que o chofer abriu a porta, assustando os dois. Stefan saiu e estendeu a mão para ajudá-la descer. Lívia ignorou a mão, com medo de tocá-lo novamente. Seu toque, obviamente, não era uma boa ideia. Melhor evitá-lo. — Obrigada pela carona. Mesmo que não fosse necessária. — Ela olhou para trás. — E aprecio que seu guarda-costas tenha dirigido meu carro até aqui também. Ele quase riu do sarcasmo que entrou em seu tom. Ela realmente era uma mal-humorada, pensou. — Eu a levarei à sua porta. Ela suspirou e deu um passo atrás. — Estou supondo que não há realmente nenhuma maneira que eu possa te dizer que não preciso de você me acompanhando até minha porta, não é? — Ela poderia pensar que ele era o melhor homem para olhar que já tinha visto, mas também era o mais chato. Ele realmente não aceitaria um não como resposta, não é? Ignorando o comentário sobre não andar até a porta, ele olhou para a luz do teto no estacionamento que ia desaparecendo na escada e fez a caminhada para o apartamento dela inseguro. — Não é um acaso — ele respondeu, colocando a mão nas suas costas a guiando subir as escadas. Ele voltou para o seu guarda-costas. — Vá para o escritório do síndico e garanta instalação de luzes pela manhã — disse ao homem que imediatamente concordou e correu. Outro segurança o substituiu, olhando para longe na escuridão. Quando eles estavam em pé na porta do seu apartamento, Lívia olhou para o homem alto com cautela, preocupada com o que poderia acontecer a seguir. Ela não queria que ele a beijasse novamente. Precisava evitar a todo custo. — Ok, estou aqui. Você me acompanhou até minha porta e enviou o seu guarda-costas em uma missão inútil, porque não há nenhuma maneira que a luz aqui na escada ou no estacionamento sejam colocadas pela manhã. Mas isso mostra que você não é uma pessoa completamente horrível. — Ela suspirou e cruzou os braços, apertando a bolsa contra o corpo defensivamente. — Eu entendo, você está tentando mostrar que você é um cara legal. Isso é ótimo. Mas eu… — Destranque a sua porta Lívia. — Stefan a interrompeu, aproximando-se, sabendo que a perturbaria. E também porque gostava de seu perfume suave e feminino. Ela cheirava a biscoitos, pensou. Lívia pressionou as costas contra a porta quando ele se aproximou. — O que você está fazendo? Ele queria rir de sua expressão envergonhada, mas suprimiu sua diversão. Ela era encantadora, ele pensou consigo mesmo. — Eu estou esperando você abrir a porta. — Eu não posso... — Dê-me as chaves — ele disse. Ela balançou a cabeça, recusando-se a desistir de suas chaves novamente. Ele já tinha sequestrado seu carro. Isso foi o suficiente para uma noite. Com os dedos trêmulos, ela abriu a porta do apartamento de forma rápida, em seguida, virou-se para o homem. — Obrigada pela carona — disse ela, sentindo-se estranha, porque ele tinha roubado as chaves, forçou-a no banco de trás de sua limusine, ela teve que aceitar a carona e agora estava encurralando-a no corredor de seu apartamento. — Convide-me para um café — ele disse a ela, inclinando uma das mãos em cada lado da cabeça dela contra a parede. Lívia inalando e olhando para ele. Sacudindo a cabeça, ela disse: — Não, isso não seria uma boa ideia. — Então almoça comigo amanhã. Ela sorriu um pouco, apesar do nervosismo que sua proximidade estava criando dentro dela. — Você é incansável. Seus olhos se moviam sobre suas adoráveis características. — Você não tem ideia. Ela começava a suspeitar! — Eu tenho que trabalhar amanhã. Eu geralmente não tenho tempo para o almoço. — Então o jantar. Ela balançou a cabeça. — Eu não... — ela parou de falar quando seu dedo se moveu sobre seus lábios, silenciando-a. — Lívia, nos encontraremos. Eventualmente, farei amor com você. Como e quando isso acontecerá está no ar agora, mas o que não está em dúvida é que eu a verei novamente. Esse dedo se moveu sobre os lábios, criando sensações que provocaram um sentimento louco na boca do estômago, mais uma vez. — Nós não podemos — ela sussurrou, seus músculos do estômago contraíram com o anúncio que seriam íntimos um com o outro. Oh Deus, isso soou tão bem. Ele sorriu para o desafio que ela apresentou. Lívia não fazia ideia de que sua resistência estava apenas fazendo-a mais atraente para ele. Inicialmente, poderia ter pensado que era tudo um truque, mas via de forma diferente agora. Ela era real. Estava realmente tentando evitar qualquer contato com ele, apesar de seus esforços serem inúteis. — Nós vamos. E se você continuar se recusando me ver, serei forçado a fazer negócios com seu pai. Portanto, cabe a você. Só você pode me salvar das garras antiéticas daquele homem. Quer me ver amanhã, para o almoço ou jantar, a sua escolha, ou eu chamarei o seu pai amanhã de manhã e começar a negociar um acordo com ele sobre alguma propriedade que eu quero comprar que ele possui. Ela suspirou, balançando a cabeça. — Não faça isso! Seria realmente horrível! Perderá muito dinheiro e ele te arrastará para o mundo de negócio sujo e você não será capaz de sair. — Ela não percebeu que agarrava as lapelas de seu terno com força para mantê-lo das garras de seu pai. Ele se inclinou mais perto, sua mão se movendo ao longo de seu rosto, provocando-a. — Então me salve. Ela começou a sacudir a cabeça, mas ele beijou seu pescoço. — Eu não farei negócios com alguém que eu estou pessoalmente envolvido, Lívia. É uma política que tenho e não a violarei. Se eu jantar com você, então isso significa que eu tenho uma relação pessoal com o seu pai. Eu não posso fazer negócios com ele. Ele respeitará isso. Ela fechou os olhos e estremeceu quando os lábios começaram a mordiscar ao longo de sua clavícula. — Ele não respeita qualquer limite, Stefan. Basta sair enquanto pode. Ele não joga pelas regras. — Ele vai. Confie em mim. — Ele se moveu mais em seu pescoço, seus dentes provocando o lóbulo da orelha. — Salve-me — ele brincou. Ela empurrou seus ombros largos, os dedos descobrindo músculos fascinantes debaixo da roupa. Mas ela ignorou essa descoberta, incidindo apenas sobre o homem e tentando mantê-lo longe das garras de seu pai. — Tudo bem — ela suspirou. — Você ganhou. Jantar amanhã. Ele levantou a cabeça e cobriu a boca de Lívia com os lábios, beijando-a profundamente, amando o jeito que suas mãos se moveram até o pescoço mais rápido desta vez. E ela apertou-se contra o seu corpo, em vez de esperar por ele para fazê-lo. Ela era toda necessidade balançando suave e ele adorou! Quando ele afastou sua boca, ambos estavam respirando pesadamente. — Até amanhã à noite, querida — disse ele e beijou-a levemente mais uma vez. Lívia entrou em seu apartamento, seu corpo todo tremendo, tremendo de desejo. Inclinou-se contra a porta, tomando respirações profundas, tentando se controlar, mais uma vez. Mas era impossível. Ela mal dormiu naquela noite, seu corpo em chamas pelo homem que tinha virado sua vida de cabeça para baixo em menos de uma hora. Até o momento que ela foi ao trabalho no dia seguinte, aceitou que não havia nenhuma maneira de sair com Stefan naquela noite. Se estava se sentido assim com ele por menos de uma hora, não podia imaginar como seria quando tivesse que passar mais tempo em sua presença. Estremeceu ao pensar no que poderia acontecer se Stefan a tocasse como fez na noite passada. Infelizmente, não foi capaz de chamá-lo para cancelar seus planos. Tentou escapar de uma reunião, mas seu chefe empilhou mais trabalho em sua mesa, dando-lhe prazos impossíveis. E cada vez que tentou ligar para Stefan, algo a impedia. Era quase como se o mundo estivesse conspirando contra ela, obrigando-a encontrá-lo para o jantar. Assim, no caminho atormentado até sua casa através de um trânsito louco naquela noite, ela aceitou que não tinha alternativa senão jantar com o homem. Ainda poderia chamá-lo e cancelar, porém seria rude tão em cima da hora, não é? Naquela noite, Lívia se vestiu com cuidado. Stefan mandou uma mensagem dizendo-lhe que a buscaria às sete horas. Originalmente, ela fez uma careta com o tempo. Era uma pessoa diurna. Trabalhava até tarde na maioria das noites, tentando terminar as exigências de seu chefe, chegar em casa por volta das sete e meia e apenas cair na cama, exausta e mais do que pronta para desligar seu cérebro. O jantar com Stefan, significava que ela não iria para a cama na hora de recarregar a energia para trabalho louco de amanhã, mas tinha realmente alguma alternativa? Stefan era... bem, ela meio que gostava dele. Ok, então ele era dominador, mas ... Lívia suspirou quando ela retocou seu batom. Sim, ela gostou da forma como ele a beijou. Ela gostou muito! Era macio e sensual ao mesmo tempo, exigente e apaixonado. Sua mãe a chamou quando ela estava experimentando um par diferente de sapatos pretos. Estes foram os melhores que ela podia pagar já que se recusou a aceitar o dinheiro de seu pai. Ela vivia somente de seu salário, o que não era muito. Assim, os sapatos eram mais do que um pouco usados, mas menos do que o outro par que ela usava na maioria dos dias. Ela abriu uma gaveta da cozinha e vasculhou o conteúdo, encontrou uma caneta permanente preta. Com cuidado, para não estragar a camurça que não fora danificada por excesso de uso e desgaste, ela coloriu os pontos mais claros sobre os sapatos. — Oi mãe. Você está bem? — ela perguntou, enquanto tentava deixar os sapatos um pouquinho mais apresentáveis. — Estou bem, querida. Estava ligando para saber como as coisas correram na noite passada. Será que você teve um bom encontro com o Sr. Kozlov? Lívia congelou, a caneta pairando sobre uma raia longa, branca, onde o couro tinha puxado longe do calcanhar de plástico. — Como você sabia que eu estava com Stefan na noite passada? — perguntou ela com cuidado. — Oh, Deus, você já está usando o primeiro nome dele! Seu pai ficará feliz, querida. Lívia abaixou a caneta e o sapato, pegando o celular na mão dela. — Mãe, não diga nada para o pai. Deixar a festa da noite passada com Stefan, o Sr. Kozlov — ela corrigiu rapidamente — não tem nada a ver com os interesses comerciais do pai. Na verdade, eu não posso nem imaginar vê-lo novamente — ela mentiu. Mas era uma mentira por uma boa causa, ela justificou. Se seu pai ficasse sabendo de qualquer relação pessoal com Stefan, não saberia mensurar que tipo de pressão seria colocado em Stefan para entrar no negócio com ele. Ele disse que não faria negócios com alguém que tinha uma relação pessoal, mas Stefan não sabia quão persuasivo seu pai poderia ser. Houve um momento de silêncio antes que a mãe suspirasse. — Eu entendo querida. Mas... — Lívia se encolheu, antecipando o que sua mãe poderia dizer. — Nada... Que você tenha uma boa noite. Me avise quando tiver tempo para um almoço, minha querida. Quando ela terminou a chamada, Lívia deu um suspiro de alívio. Ela odiava mentir para sua mãe, mas era mais seguro mentir do que colocar sua mãe em tendo que dar uma má notícia ao seu pai. Ele era um bruto e um valentão e descontava as suas frustrações sobre sua mãe. Ela olhou para o sapato na mão e suspirou. Concentrando-se no marcador e nos arranhados do sapato, fez o melhor que pode sobre os sapatos desgastados. Teria que substituí-los, sentiu um arrepio pensando no custo que seria. Estavam muito danificados. Seria a última vez que conseguiria deixá-los apresentáveis. Seu vestido estava muito mais conservado e ela rodou um pouco enquanto observava o vestido rosa sedoso, no espelho. Ele a fez se sentir bonita, se deu conta. Puxando seus cachos marrom para o alto, ela prendeu os cachos para que não incomodassem durante a noite, em seguida... esperou. Ela ficou pronta muito cedo, pensou quando olhou para o relógio. Ainda faltavam quinze minutos até que ele fosse buscá-la. Ugh! Lívia odiava ficar esperando! Ela, então, ficou andando pelo apartamento, à espera das sete horas e sua campainha tocar. Talvez devesse descer, pensou. Abriu a porta do apartamento e parou no caminho. Havia uma luz na escada? Hã! Espiando pela porta, percebeu que a luz do estacionamento fora trocada também! Quem diria! O guarda-costas deve ter algumas palavras mágicas, porque o síndico do edifício era um dos homens mais preguiçosos que ela já tinha visto. Ele preferia sentar e assistir televisão no escritório em vez de cuidar da propriedade. Mas o aluguel era barato, o bairro relativamente seguro se não se aventurasse muitas quadras para o norte ou para o sul, e os quartos eram bons. Ela raramente ouvia seus vizinhos e a localização era de fácil acesso para o trabalho, o que facilitava muito. Desviando o olhar da nova iluminação, viu a elegante limusine parar na frente do prédio e sentiu um estranho formigamento de excitação que tentou esquecer. Agarrando sua bolsa e as chaves, ela saiu do apartamento, certificando-se que a porta estava trancada, então desceu as escadas, não querendo que seus vizinhos vissem a limusine. Stefan estava apenas descendo do veículo, quando ela chegou ao último degrau, correndo pela calçada em direção ao carro. — Estou aqui — disse ela um pouco sem fôlego e prometendo a si mesma que ela voltaria para a academia para que pudesse criar músculos e resistência, claro que tão logo as coisas abrandassem no trabalho. Não faria mal a ela perder alguns quilinhos também. Não estava no ponto em que fosse ruim, mas algumas de suas roupas estavam um pouco mais justas do que ela preferia. Stefan saiu da limusine e olhou para a mulher no belo vestido rosa e um rubor de correspondência para suas adoráveis bochechas. — É suposto você esperar por mim para bater em sua porta, Lívia — ele advertiu. Lívia abriu um grande sorriso, não recuou, apesar da carranca em suas belas feições. — Oh — ela disse, acenando para sua galanteria. — Eu sou perfeitamente capaz de descer as escadas sem escolta. E por que eu faria você esperar para vir me buscar, se vi você chegando? Ela esperou por sua resposta, a cabeça inclinada para trás e quase riu do aumento de sua carranca. — Por favor, sente-se Lívia — ele disse, obviamente, não tinha qualquer resposta à sua lógica. Lívia entrou na limusine, dobrando a saia atrás dela por medo de revelar qualquer coisa a este homem que parecia ver tudo. Ela ainda estava sorrindo, sentindo-se como se tivesse conquistado algum tipo de vitória quando a limusine parou em frente a um dos mais elegantes restaurantes da cidade. Olhou para seu vestido, sentindo-se distintamente autoconsciente. O tecido rosa estaria perfeitamente bem em qualquer um dos outros estabelecimentos que normalmente frequentava com seus amigos, mas este elegante restaurante era necessário algo mais, algo especial. — Eu não posso entrar — ela sussurrou, os olhos arregalados enquanto observava os outros clientes que estavam entrando, as mulheres usando vestidos de cocktail elegantes e os homens de terno e gravata. Stefan olhou para a mulher bonita que agora estava mordendo seu lábio, inferior e cedeu. Por mais que ele quisesse tratar esta mulher com cuidado especial, ele percebeu que ela se sentiria desconfortável neste restaurante. — Vamos para outro lugar — ele respondeu. Ele deu uma ordem para o motorista em russo e a limusine imediatamente se afastou do meio-fio. Ela olhou de volta para o restaurante, em seguida, para o homem que ainda estava olhando para ela. — Você não precisa ligar para alguém e dizer-lhes que você não irá? Ele encolheu os ombros. — Meu assistente os farão saber, talvez. Livia não entendia, mas ela não era de seu mundo. Seu pai era rico, mas não era o tipo de homem que gastasse seu dinheiro com sua filha. Ele a enviou para as escolas particulares com uniformes e regras firmes sobre deixar o campus, mas após o colegial, ela pagou por sua faculdade por conta própria. Seu pai não via a necessidade de gastar dinheiro com educar uma mulher. Morava em uma casa grande enquanto crescia, mas não era realmente uma grande quantidade de riqueza em casa. Seu escritório? Essa era uma questão totalmente diferente. As poucas vezes que ela foi a seu escritório, notou que ele se cercou de diferentes cenários. Nada realmente combinando e tudo isso erai um pouco demasiado moderno e brega para o gosto dela, mas sabia que o mobiliário era muito caro. — Olha Stefan — ela começou, preocupada mais uma vez sobre as incógnitas com este homem. — Eu não sou, obviamente, da sua classe. Eu só não... — Nós chegamos aqui — disse ele, interrompendo-a e tomando-lhe a mão. Ele tirou a gravata e jogou seu terno sobre o assento em frente a eles. — Venha — ele comandou, pegando sua mão e levando-a para fora da limusine. Quando Lívia saiu, ela piscou duas vezes antes que entendesse o que via. Eles não estavam mais na parte elegante de Londres. Este era mais ao longo das linhas de... bem, foi um mergulho! Era basicamente um barracão com grades nas janelas, pranchas extras segurando o telhado e... um toldo que de alguma forma ligava ao lado do edifício? Ela não estava ciente de sua boca estar aberta quando olhou para o prédio em ruínas. — Onde estamos? — ela perguntou. Ele pegou sua mão e a colocou em seu braço. — Não se preocupe — assegurou. — A comida aqui é incrível. Você amará o chef. Ele é um mestre quando se trata de churrasco. Lívia olhou para o homem, surpreendida pela mudança nele. — Vamos comer aqui? — Sim. Seus olhos estavam arregalados com o choque. — Como você sabe sobre este lugar? — perguntou ela. Havia camadas neste homem que ela achou fascinante. — Ah, minha linda dama, há coisas sobre mim que você terá que descobrir lentamente. E saboreá-las — ele brincou. Ela pensou que ele estava brincando. Não estava completamente certa. Pensou que o tinha descoberto, mas quando eles entraram no estabelecimento, ela teve que rir e jogar fora todas as suas concepções anteriores. O homem foi até a cozinha e cumprimentou o cozinheiro, um homem grande, negro que num primeiro momento, ameaçou bater em Stefan com a espátula e, no momento seguinte, os dois estavam se abraçando e falando em um idioma que não podia mesmo adivinhar. Quando terminaram, Stefan virou-se e apresentou Lívia. — Este é Mustafa — explicou a ela. — Mustafa, esta é Lívia e ela está com medo de comer aqui. Os olhos de Lívia foram até Stefan, furiosa por ele revelar algo assim. Como ele sabia que ela estava preocupada? E ela estava apenas preocupada, não assustada. Havia uma diferença! Mustafa riu, um som grave que ecoou por todo o restaurante. — Ah, mocinha. Você está prestes a descobrir um dos segredos mais bem guardados em toda a cidade! Vá! — Ele ordenou, acenando com a espátula e faca no ar. — Eu te levarei a melhor comida que já provou! — Ele olhou para cima e para baixo da figura deliciosa de Lívia. — E você terá duas refeições. Você está magra demais para este homem. Ele a esmagará quando fizer amor com você! A boca de Lívia caiu aberta com o anúncio óbvio sentiu seu rosto pegar fogo. Stefan pôs o braço em sua cintura e levou-a para fora da cozinha. Eles se sentaram em uma das mesas que estava surpreendentemente limpa e uma mulher amigável com um turbante trouxe mais bebidas. — Você está assustando esta amável dama? — ela perguntou a Stefan quando se inclinou e lhe deu um abraço. — Estou aterrorizando-a! — Stefan respondeu. A senhora riu e se virou para Lívia. — Não aceite qualquer porcaria dele, querida! Todos, no mundo dos negócios, pensam que são uns figurões, mas eu sei — ela anunciou, batendo o peito. Ela inclinou-se e disse em um sussurro conspiratório: — Ele é um bobo! Com um aceno de cabeça, ela se afastou. — Beba! — ela gritou um momento antes de desaparecer atrás de um par de portas giratórias. Lívia olhou para a taça com olhos fascinados. Na verdade, não era uma taça, mas um copo, incluindo as bordas torcidas. E o copo de Stefan era um tipo completamente diferente. Fascinante! — O que é isso? — ela perguntou, dando um gole experimental. — Nunca pergunte! — Stefan disse a ela e levantou a taça, tomando um grande gole, sibilando enquanto descia. — Mas não insulte Danielle ou ela não lhe trará sobremesa. Você terá que terminar toda essa bebida antes que ela traga a sobremesa. E eu prometo, a sobremesa valerá a pena por cada gole dessa bebida. Lívia levantou o copo novamente e tomou um gole. A queimação em sua garganta era diferente de qualquer coisa que ela já tinha provado em sua vida. Seus olhos lacrimejavam e ela segurou a mesa, tinha certeza que a mistura lhe causaria cegueira permanente. Passou um tempo ofegante, mas, eventualmente, seus olhos eram capazes de se concentrar e olhou para Stefan. — Você está rindo de mim — ela acusou. Stefan nem conseguia disfarçar. — Você deveria ver a sua cara — disse ele. — Não tem preço. Ele balançou a cabeça enquanto olhava ela beber, pensando que deveria vir com uma etiqueta de aviso. E talvez um termo de liquido perigoso. — Eu não acho que esta bebida seja legal. — É possível — respondeu ele, tomando outro gole. — O segundo gole desce um pouco mais fácil — prometeu. Lívia era cética, mas ela não tinha certeza de que tivesse uma escolha. Ela levantou o copo mais uma vez e, com certeza, não foi tão horrível como o gole anterior. — Ok, você estava certo. A queimadura estava espalhando-se, fazendo com que o resto do seu corpo se sentisse confortável e acolhedor. Ela inclinou-se sobre os cotovelos e olhou para ele. — Como alguém como você sabe sobre um lugar como este? — ela perguntou. Seus olhos brilharam mais uma vez e ela estava nervosa sobre o calor, perguntando o que estava acontecendo naquele cérebro inteligente dele. — Eu te direi, mas só responderei se você me disser algo sobre si mesma que ninguém mais sabe. Ela considerou por alguns momentos antes de concordar. — Ok. — Havia um monte de coisas sobre ela que ninguém conhecia e fornecendo-lhe um pedaço de informação não parecia muito ameaçador. — Eu possuo o lugar — foi tudo o que disse. Ela esperou, mas quando ela percebeu que ele não diria mais nada, ela balançou a cabeça. — Ah não! Explique essa afirmação. Você não receberá nada sendo vago assim. Ele deu de ombros. — Diga-me um segredo seu e explicarei mais. Ela se inclinou para trás em sua cadeira, tomando sua bebida, considerando suas opções. — Eu desenho — foi tudo que ela disse. — Agora explique. Quando ele esperou para mais informações e ela simplesmente olhou para ele com as sobrancelhas escuras levantadas. Ele riu de seu desafio – um profundo, som maravilhoso que ela pensou que poderia ser a coisa mais sexy que já tinha ouvido. — Touché, minha bela. — Ele se inclinou para trás em sua cadeira também. — Mustafa costumava ser o cozinheiro no internato, eu o assisti quando era criança. Não era permitido várias regalias que ele cozinhava para os alunos. Eu e alguns dos meus amigos fomos pegos roubando alguns de seus suprimentos de cozinha — ele fez uma pausa, considerando cuidadosamente as palavras, ‘um evento social,’ foi tudo o que ele finalmente disse e Lívia sabia que havia muito mais nessa história também. — Ele nos fez prometer que o colocaríamos em um restaurante quando todos nós fizéssemos nossa vida. Ela olhou ao redor do restaurante. — E é isso que você deu a ele? — Claro que não! — Stefan riu. — Mustafa é também o chef no outro restaurante que eu a levaria. Ele só gosta de cozinhar. Não importa onde. Assim, ele se desloca em torno de vários restaurantes e cozinha tudo o que ele gosta. Os olhos de Lívia se arregalaram com esse comentário. — Quer dizer que ele administra outros? — Ela estava bebendo a bebida que descia muito mais suave agora. Stefan deu de ombros. — Ele tem cinco deles, todos decorados por uma amiga minha. Ele riu quando Lívia olhou para a decoração. — Sim, ela até mesmo decorou este. Mustafa disse-lhe o que queria e ela o criou. Ela é um gênio. Lívia mexeu na cadeira, sentindo ciúmes de sua admiração por essa mulher desconhecida. — Ela deve ser muito especial para você, do jeito que você fala sobre ela. Stefan resmungou ligeiramente. — Ela é uma pentelha, se mete em todos os nossos negócios e está namorando com um dos meus melhores amigos, mas sim, ela é muito especial. Lívia relaxou quando ele mencionou que a outra mulher estava apaixonada por outro homem, mas não examinou muito de perto por que ela deve ter mesmo cuidado. Não era como se fosse ter um relacionamento real com este homem. Ele era grande demais para seu gosto. Muito grande em todos os lugares, ela notou, os olhos movendo-se sobre seus ombros largos e os músculos que deixaram o tecido das mangas esticado. O corpo de Stefan reagiu quase que instantaneamente quando notou seus olhos se movendo sobre seu corpo. E quando ela lambeu os lábios, teve que segurar-se para não se levantar da cadeira e colocá-la em seu colo onde poderia beijá-la. Merda, ela era bonita, ele pensou. — Então me diga sobre o seu trabalho — disse ele, tentando distrair sua mente a partir do olhar vidrado em seus olhos. Lívia teve que forçar seu olhar para cima quando ele falou, levando seu olhar para longe dos ombros e seu fascínio com o que poderia estar escondido por essa camisa personalizada. Deus, ela silenciosamente se repreendeu, ele não era seu! Ela era o tipo reservada, tímida! Ela não olhava para o físico de um homem, mas ele seria mais delicioso do que o que estava sendo feito na cozinha! Depois de anos vivendo na casa de seu pai, ela não estava realmente interessada em um relacionamento. Estava mais interessada em desfrutar de sua liberdade, revelando como é bom sentir e saber que ela poderia fazer o que quisesse sem se encolher de medo. Não que ela fosse fazer isso! De jeito nenhum! Ela nunca tinha feito isso com seu pai e não estaria se colocando num relacionamento onde teria medo da outra pessoa. Hmmm... bem, havia dias, e algumas noites, que ela se esgueirou para fora através da janela do quarto quando ele chegava em casa com fúria louca e repugnantemente bêbado. A única vez que ela teve coragem de chamar a polícia foi quando seu pai tinha começado a bater em sua mãe. Ele encantou a polícia e, em seguida, quando a polícia se foi, ele bateu novamente na sua mãe mais pesado para ela não se atrever a chamar a polícia novamente. Quando Lívia se levantou para ele, disse-lhe que ela foi a única que tinha chamado a polícia e não sua mãe, seu pai tinha começado a vir em sua direção, um olhar furioso em seus olhos. A única coisa que tinha livrado Lívia de uma surra dura naquela noite foi sua mãe pisar na sua frente, tomando para si mesma a surra. — O que aconteceu? — Stefan perguntou baixinho, tocando suavemente sua mão com os dedos longos. Lívia empurrou o pensamento do passado e olhou em seus olhos. Eram olhos bondosos, ela pensou de repente. Mas ela admitiria a este homem forte, que se escondeu debaixo da cama algumas noites, apenas para que não ouvisse seu pai gritar com sua mãe? De jeito nenhum! A vergonha do seu passado era algo para ser enterrado. Ignorado. — Estou bem — ela disse e tomou outro gole de sua bebida. Ela deveria mover a mão. Ela deveria impedi-lo de tocá-la. Mas a sensação era incrivelmente boa. — Fale-me sobre você. — Eu sou uma pessoa de marketing — ela disse a ele e, em seguida, sua honestidade inata arrombada e ela fez uma careta por cima da mesa para ele. — Na verdade, eu sou uma faz tudo. Meu título poderia dizer assistente de marketing, mas o que eu realmente faço é correr para o meu chefe. — E você gosta deste trabalho? — ele perguntou cético. Ela encolheu o ombro. Não o ombro ligado ao braço que ele estava tocando. Ela não moveu o braço, com medo de que ela pudesse afastar seu toque. Deus, ela estava sendo ridícula por ter medo do homem, mas querendo seu leve toque. Basta mover para longe dele, disse mentalmente. Pôr as mãos debaixo da mesa! Mas ela não o fez. Por alguma razão, ela deixou a mão lá, sentindo sua pele como se estivesse pegando fogo, mas em um bom caminho. Uma maneira assustadora e louca. Mais uma razão por que ela deveria se mover. Mas ela não o fez. Ela olhou para ele, tentando lembrar o que eles estavam discutindo. Trabalho! Certo! O trabalho dela. — Eu tenho que pagar minhas contas — ela finalmente disse a ele. Uau, esta bebida está realmente boa agora! Ela tomou outro gole e o olhou, pensando que ele realmente era um homem bonito. Se não a assustasse muito com o jeito que a olhava. O calor nos olhos cinza a fez se sentir muito excitada. Ou talvez fosse a bebida, não tinha certeza. — E isso significa ser uma escrava para o seu chefe? Lívia sorriu para sua interpretação de sua posição. Ela não tinha dito isso, mas seu comentário foi preciso. — Bem, sim, na verdade — ela respondeu. Ele balançou sua cabeça. — Não. Não é assim que isso funciona. Lívia se sentia um pouco mais corajosa agora que ela tinha bebido a mistura forte. Inclinando-se para frente, olhou em seus olhos escuros. — Você está me dizendo que você trata a sua assistente de uma forma mais áspera na maioria dos dias? Ele deu de ombros, aqueles enormes ombros e seus olhos passearam sobre eles mais uma vez. — Minha assistente é muito eficiente — ele respondeu. Ela sorriu e perdeu o calor em seus olhos, porque ela olhou para o copo. — Que é uma forma velada de dizer sim, sem admiti-lo. Mas eu tomarei isso como um ponto feito. Ele balançou sua cabeça. — Não, minha assistente tem trabalhado comigo por cerca de quinze anos e pode antecipar os meus pedidos. Então, às vezes ela faz as coisas antes de eu perguntar. Lívia sorriu. — Que horas você entra no escritório? — perguntou ela, determinada a provar seu ponto. Ele fez isso de novo! Ele estava mexendo aqueles ombros gloriosos para atormentá-la? Ele chamou sua atenção por um momento e Lívia prometeu a si mesma que não olharia para os ombros ou os músculos salientes em seus braços. — Varia. Mantendo-se de rir de sua tentativa de fugir, ela se inclinou ligeiramente. — Em geral — ela respondeu, não o deixarei sair com qualquer coisa. Stefan sabia onde ela estava indo com isso, mas ela estava inclinada para frente, dando-lhe um vislumbre da sombra entre os seios. — Cerca de seis ou sete. — Eu também — ela riu. — E a que horas é que a sua assistente entra? — Quase ao mesmo tempo, dependendo do que está acontecendo. Ela fez um som estranho. — Meu chefe chega às nove — ela comentou, pensando sobre isso por um momento antes de ela balançar a cabeça e se concentrar em Stefan. — E que horas você sai de lá a cada noite? — Aqueles olhos misteriosos caíram para os seios? O pensamento deu-lhe uma onda de poder feminino e formigamento com excitação. — Depende. Lívia revirou os olhos. — Em geral! — insistiu, mas não conseguia parar o sorriso se formando em seus lábios, porque ele realmente era bonito. E encantador. E grande! — Geralmente, saio cerca de seis ou sete da noite. — E sua assistente está lá até esse tempo também, certo? — Sim — ele confirmou. — Mas eu pago muito bem. Lívia riu e sacudiu a cabeça. — Não. Eu aposto que você não paga bem a ela. E ela provavelmente pula os almoços para fazer as coisas para você e você nem sabe disso. Stefan lhe falou o salário que fez Lívia soltar um suspiro. — Você está brincando! Você não paga bem a sua assistente! Sua única resposta foi que levantar uma sobrancelha escura. Lívia caiu para trás em sua cadeira. — Ok, eu que sou mal paga e sobrecarregada — ela resmungou. Danielle chegou nesse momento, com os braços carregados de pratos de comida. Ela viu as bochechas coradas de Lívia e riu baixinho. — Querida, você está muito magra para essa bebida. Agora você beberá água. Seus olhos se moveram para Stefan. — Eu não contribuirei para esse homem ficar em sua grande, confortável cama hoje à noite. — Com essas palavras e seu riso, deixando Lívia envergonhada, ela pôs enormes pratos cheios de comida. Havia uma enorme pilha de churrasco em ambos os pratos, juntamente com salada de batata, salada de repolho e feijão verde com o que parecia ser bacon picado em cima dele. Ela também colocou uma cesta cheia de pão de milho quente e uma tigela de manteiga cremosa. — Você certifique que ela coma tudo — ela instruiu Stefan. — Mustafa me disse para trazer suas duas porções. — Coma! — Stefan ordenou. — É uma comida incrivelmente boa — ele prometeu. Nunca em sua vida Lívia tinha pensado em si mesma como magra. Teve momentos em que ela sentiu magra, mas na maioria das vezes, ela estava lutando para perder dez quilos ou mais que ela pensava que precisava perder para se sentir mais magra. Então, ouvir Danielle dizer que ela era muito magra a fez se sentir maravilhosa. Os olhares de Stefan estavam em seu corpo? Bem, isso foi... estranho. Ela não tinha certeza no que pensar quando ele fazia isso, mas sentiu arrepios estranhos em sua barriga. Lívia considerou os arrepios insignificantes, em seguida, levantou o garfo e comeu um pedaço da carne. Quando o sabor atingiu sua língua, ela fechou os olhos e suspirou. — Oh meu Deus! — sussurrou reverentemente. — Isto é incrível! — Eu sei. — Stefan balançou a cabeça enquanto ele deu outra mordida. — Eu não tenho ideia do que ele coloca nessas coisas, mas é a melhor carne que eu já provei. Lívia teve que concordar com ele, mas ela estava muito ocupada comendo para dizer qualquer outra coisa. Stefan observou-a comer com gosto e foi mais prazeroso do que ele pensava ser possível. Admirava seu corpo, não há dúvida sobre isso, mas ele amava o jeito que ela comia! Porra, ela era linda. Ele fez mais perguntas sobre sua vida e seu trabalho, notando que havia certas questões que ela evitava e outras que era mais aberta. Mas à medida que terminavam sua refeição, Stefan estava determinado a descobrir tudo o que podia sobre esta mulher. — Precisamos sair daqui — ele rosnou quando ela finalmente largou a colher depois de lambê-la da sobremesa de chocolate. Apenas olhando-a, ele estava duro e pronto para fazer amor com ela aqui na mesa do restaurante. Na verdade, estava tendo um momento difícil tentando manter suas mãos de deslizar na figura perfeita dela. Se ele não a tirasse daqui, não tinha certeza do que seu cérebro excitado poderia fazer. Era mais seguro apenas levá-la para um lugar privado e foder com seu corpo delicioso. Lívia instantaneamente se levantou, sentindo-se plena e feliz, para não mencionar muito feminina e sexy por causa da maneira como ele a olhou durante o jantar. Ela nem sequer hesitou quando ele pegou sua mão e saiu do restaurante. — Para onde vamos agora? — perguntou, ansiosa para estar com ele. — Minha casa — disse ele, quando eles estavam no ar quente e úmido da noite de verão. Lívia olhou para ele cautelosamente. — Não. Isso não acontecerá. — Toda a felicidade que ela estava sentindo há pouco foi dissipada e ela tirou a mão dele. Stefan se moveu para mais perto, fazendo com que seu ritmo cardíaco subisse rapidamente. — Por que você está fingindo que não há uma forte atração entre nós, Lívia? — ele perguntou baixinho, chegando ainda mais perto. Ela balançou a cabeça, desejando não estar tremendo tanto. Por favor, ela pensou, não o deixe perceber meu nervosismo! — Não, Stefan. Não acontecerá. Tudo o que você tem planejado dentro do seu cérebro, apenas não podemos dar o próximo passo. Nós não faremos isso. — Você acha? Sua mão se moveu até a cintura, avançando mais alto até que ela agarrou seu pulso. Até mesmo sua resistência foi transformada por algum motivo. Foi a primeira vez que isso aconteceu. Jamais! Mesmo na escola, as mulheres se jogavam nele e ele adorava. Mas havia algo novo e excitante sobre Lívia tentando parar o que sabia que aconteceria. A tensão entre eles era muito forte, muito intensa. — Isto acontecerá, Lívia. É inevitável. Ela balançou a cabeça, sem saber da maneira como seu cabelo flutuava ao redor de seus ombros, deixando-a bonita e sexy como o inferno. Ela estava sem fôlego, querendo-o, mas com medo do que poderia acontecer se ele fizesse. — Nada é inevitável. Nós todos somos mestres de nossos destinos e temos a liberdade de escolher. Ele sorriu levemente. — E você acha que você está escolhendo não fazer sexo comigo? — ele perguntou, curioso sobre sua recusa. — Você acha que pode ignorar o que acontece quando nos tocamos? Ele parou, sua mão se movendo mais alto e ele ouviu a ingestão aguda da respiração dela, quando sua mão se moveu ao longo de sua caixa torácica esguia, sentiu seu aperto afrouxar quando sentiu a mesma coisa que ele. — Você me deseja como eu a desejo, não tem como ignorar isso. — Não podemos! — Ela engasgou quando seus dedos mudaram de novo. Fechou os olhos e tentou fingir que sua mão não estava marcando-a através de seu vestido, que seu corpo não estava balançando em direção a ele e que não estava mordendo o lábio para se impedir de lhe implorar para apenas tomar a decisão para ela. — Stefan, por favor... — ela implorou. — Diga-me o que você quer — ele lhe disse, inclinando-se e beijando seu pescoço. O trânsito na rua movimentada atrás dela desapareceu. O restaurante em ruínas, o motorista esperando dentro da limusine preta e os guarda-costas que estavam parados nos cantos do estacionamento... tudo desaparecendo da sua mente. Tudo o que podia pensar era neste homem e a maneira como seus lábios se moviam sobre seu pescoço, fazendo cócegas em sua orelha e enviando faíscas de desejo por todo seu corpo, cada um deles fazendo uma conexão direta entre as pernas, nunca sentira nada como isso antes. — Eu não… — Não, Lívia — ele persuadiu suavemente. — Eu não quero ouvir o que você não quer. Eu quero ouvir o que você quer, o que faz você se sentir bem, o que faz virar a cabeça? — Isto — ela finalmente disse, suspirando quando sua mão escorregou ainda mais baixo, descansando sob seu ombro e ela estremeceu, querendo que a mão movesse mais para baixo. Nunca se sentiu assim, sempre imaginou um homem tocando seus seios antes. Mas quando a mão dele parou, o impulso assumiu o comando e moveu a mão superior. Quando os dedos apalparam em torno da plenitude de seu seio, ela não poderia mais manter a cabeça ereta. Ela caiu para trás, sua mente girando fora de controle. Stefan, assistiu as reações da mulher e pensou que ele poderia facilmente fazer amor com ela ali mesmo, em pé no estacionamento quase vazio. Puxando-a para frente, ele a colocou no veículo, a fim de levá-los de volta para seu apartamento. Ele a queria com uma intensidade que estava quase fora de controle e que precisava levá-la para um lugar privado. Rápido. Assim que a porta se fechou, o motorista se afastou e Stefan a puxou para o seu colo. Ficou aliviado quando ela veio de boa vontade que só lhe dizia que estava tão envolvida quanto ele nesse momento. Inclinando a cabeça, beijando-a, sentindo o tremor enquanto sua boca descobriu seu gosto e envolvendo os braços em torno dela, tentando mostrar a ela que isso seria bom. — Stefan — ela disse suavemente quando ele ergueu a boca para mover contra o pescoço dela mais uma vez. — Diga meu nome de novo — ele ordenou bruscamente, movendo suas mãos ao longo de suas pernas, deslizando seu vestido fora de seu caminho. Ele queria vê-la, precisava olhá-la. Ela saltou quando sentiu as mãos sobre as coxas, seu corpo estremecendo sentimentos inexplicáveis assaltando seus sentidos. — Não! — Ela engasgou. — Por favor, você está indo rápido demais para mim! — ela gritou, mas não foi capaz de pará-lo, porque, apesar de seus medos e confusão, ele estava fazendo com que ela sentisse algo incrivelmente maravilhoso. Stefan levantou a cabeça e parou o momento para frente de suas mãos. Mas com grande esforço para fazê-lo. — O que está errado, Lívia? Por que está tão nervosa? Eu posso sentir você tremer, mas você tem que saber que eu não te machucarei. Ela sorriu timidamente. — Eu não posso... — ela balançou a cabeça, seus olhos suplicantes com ele para entender. — Você não... Eu não posso... — Ela suspirou e juntou as mãos. — Eu nunca fiz isso antes — ela finalmente deixou escapar, em seguida, lamentou a declaração quando ela viu o choque em seus olhos. Ela escorregou de seu colo e empurrou o vestido de volta para baixo sobre os joelhos — Eu sei, eu sou boba, mas ... Stefan estava tendo dificuldade em entender. — Nunca? — ele perguntou, sua voz mostrando seu choque e descrença. Lívia olhou pela janela, tentando esconder a dor que ela estava sentindo em seu horror de sua condição virginal. — Eu não sou uma aberração — disse ela. O motorista parou em frente de seu apartamento e ela saiu, nem esperou o motorista abrir a porta ou mesmo Stefan para sair. — Obrigada pelo jantar. A comida foi maravilhosa. Por favor, diga Mustafa que ele é o melhor. Com isso, ela fechou a porta e subiu as escadas correndo, recusando-se a olhar para trás, com medo de vê-lo rindo. Ela fechou a porta do apartamento e encostou-se nela, olhando para o teto com raiva de si mesma por admitir sua virgindade para um homem como Stefan. Ela podia imaginá-lo rindo com seus amigos, dizendo a todos eles sobre a mulher louca que ele levou para jantar mas que nunca teve relações sexuais! Uma batida na porta a assustou e ela se virou. — Lívia! Abra a porta! — Stefan ordenou. Ela abriu a porta, mas apenas para que sua voz retumbante não perturbasse os vizinhos. Assim que foi aberta, ele empurrou a porta e fechou-a atrás dele. — Isso não acabou, Lívia — ele disse a ela com firmeza. Um momento depois, o braço voou ao redor de sua cintura, puxando-a contra ele. Sua boca cobriu a dela antes que ela pudesse proferir um protesto e ela ficou perdida novamente em uma neblina sensual com ele enrolado em sua mente. Mas antes que ela pudesse começar a responder ao seu beijo, ele se afastou. — Nós não terminamos — disse a ela novamente, suavemente desta vez e o anúncio foi seguido por seus dedos correndo ao longo de seu rosto. No momento seguinte, ele se foi, a porta de seu apartamento fechando cuidadosamente atrás dele e ela estava olhando para a porta, tentando entender o que tinha acontecido. Capítulo 2 — Livy! Lívia rangeu os dentes enquanto seu chefe, Chris Feller, gritou chamando- a mais uma vez. Ela odiava esse apelido, mas ele se recusou a chamá-la de qualquer outra coisa. Só mais uma vogal! Era um homem tão preguiçoso que não podia sequer pronunciar a última vogal do seu nome? Lívia esfregou a testa, tentando se acalmar. Não tinha dormido muito bem, virando de um lado para outro enquanto sua mente repassava o beijo. Mais e mais, ela se perguntou... Pegando seu bloco de notas e caneta, se afastou da sua mesa, empurrando todos os pensamentos do homem e a maneira como ele a beijou fora de sua mente. Novamente! Ela em direção ao escritório. — Sim, senhor? — perguntou educadamente, caneta sobre seu caderno. O homem estava recostado na cadeira, os pés apoiados sobre a mesa. — Onde estamos no projeto Livingston? Lívia não respondeu por um momento, a necessidade de se acalmar, a fim de lutar contra as palavras de raiva que brotaram de sua mente a sua pergunta. Infelizmente, sua pausa pareceu não a ajudar. Ela estava muito cansada de sua noite sem dormir e não conseguiu conter as palavras. — Você quer dizer, onde 'eu' estou nesse projeto? Porque eu não me lembro de você contribuir em nada para o trabalho! — Ela olhou para ele, desafiando-o a contradizê-la. Os olhos do homem se arregalaram e ele parou de jogar a bolinha para o alto. — Bem, bem, a gatinha tem garras, hein? — Ele riu. — Sim, você está certa. Você fez a maior parte do trabalho e eu terei certeza que você tenha o crédito se ganharmos a conta. Lívia foi surpreendida. Ele nunca lhe ofereceu o crédito para qualquer um dos trabalhos que tinha feito no passado. Bem, exceto quando ele perdeu uma conta. Então, ele a culpava por estragar a apresentação. — As placas estão acabadas e no departamento de arte — explicou, em seguida, desfiou um status sobre o resto da apresentação que foi criado para ser entregue no prazo de três dias. — Mais alguma coisa? — ela perguntou, lançando seu cabelo atrás das costas. Ele riu novamente. — Eu não penso assim. — Chris disse, seus olhos se movendo para cima e para baixo de sua figura no terno preto. — Bom trabalho. Lívia não respondeu. Ela simplesmente se virou e saiu do seu escritório... em linha reta, firme, sem respirar. — Ooooh! Ela sentiu fortes mãos da agarrando sua cintura. — Stefan, o que você está fazendo aqui? — perguntou, puxando para trás para sair de seus braços. Ela puxou o tablet sobre o peito, como se isso pudesse ser um escudo contra a maneira como ele a fazia se sentir, mas não funcionou. Ela já estava tremendo. E excitada. E terrivelmente nervosa após o modo como ele a beijou noite passada. — Eu estou aqui para levá-la para almoçar — disse ele. Lívia balançou a cabeça. — Eu não tenho tempo para o almoço. — Ela passou por ele e correu de volta para seu cubículo, desejando ter uma sala que pudesse entrar, fechar a porta e impedi-lo de entrar. Ela não tinha dormido bem na noite passada, o corpo ainda em chamas devido a esse homem. E não conseguia conciliar a reação de Stefan à sua presença, juntamente com sua declaração de que eles não terminaram. Que, coroada por aquele beijo alucinante, ela era apenas um corpo cansado, tremendo com luxúria. — Vá embora — disse ela quando seu corpo enorme entrou no espaço aberto que constituía uma porta para o seu cubículo. Não havia privacidade para os peões que trabalhavam na empresa. Talvez em alguns anos, se ela se impusesse para Chris um pouco mais, ela teria um escritório. Mas até então, qualquer um, incluindo homens confusos, magníficos e irritantes, poderia simplesmente entrar em seu espaço de trabalho sem permissão. Stefan cruzou os braços musculosos sobre o peito enorme, olhando para ela. Ele estava se controlando para não bater no chefe dela, devido a maneira como ele tinha falado com Lívia, mas este era o seu local de trabalho. Ele estava se esforçando para respeitar o que ela fazia, mas o cara tinha que se comportar melhor! — Eu não vou embora e você pausará e sairá para almoçar comigo. Ela balançou a cabeça. — Não acontecerá, Stefan. Tenho muito trabalho a fazer. Ele teve a ousadia de puxar a cadeira de sua mesa, efetivamente impedindo-a de pressionar as teclas em seu teclado. — Como você se atreve! — Ela retrucou, apenas para ser presa contra o gabinete de seu corpo quando ele a tirou de sua cadeira de escritório. — Atrevendo-me! — ele rosnou, com as mãos na cintura dela. — E se você quer ter esta discussão aqui, onde todos os seus colegas de trabalho podem ouvi-la, isso é bom para mim. Mas eu estou supondo que você não quer mais ninguém para me ouvir exigir... — Ele não poderia terminar essa declaração porque ela bateu com a mão sobre sua boca. Ela olhou para ele, furiosa por ter falado com ela dessa maneira. — Ok! Sairemos para o almoço. Mas tem que ser rápido. Tenho um monte de trabalho hoje. E supostamente ajudar Chris com uma apresentação esta tarde. Stefan não respondeu. Ele observou quando ela agarrou a bolsa de uma gaveta antes de sair do cubículo. Ele só teve um momento para enfiar a cabeça no escritório de seu chefe, disse alguma coisa rapidamente, e depois a seguiu através do labirinto de corredores. Quando eles estavam na rua, Lívia começou a andar para os Foodtruck, caminhando para o seu favorito. — Eu estou comprando o meu almoço — disse ela com firmeza. Ela nem sequer se preocupou em olhar para trás para ele, enquanto se dirigia para o caminhão de comida mexicana. — Completo? — ela perguntou, mal olhando para ele. Stefan pensou que era bonita, tentando controlá-lo. Ele poderia deixá-la. Por agora. — Você pode pedir o que você achar que é bom. Eu não sou um especialista e parece que você tem experiência com esses alimentos. — Ele cruzou os braços sobre o peito e olhou para ela com diversão. Ela olhou para ele por um longo momento, se perdeu em seus olhos escuros e sua expressão divertida. Quando alguém cutucou, ela percebeu que a fila tinha andado e era sua vez de pedir. — Oi linda! — O homem no caminhão gritou assim que a viu. — Você não vem me ver tem um tempo! Está tentando me evitar? Lívia se encolheu interiormente, capaz de sentir raiva de Stefan tão logo o homem mais jovem começou a falar. — Oi Júlio. Parece que o negócio está crescendo. — Com certeza! — Ele respondeu com um sorriso enorme. — Então, quando você me deixará levá-la para jantar? Ou melhor, para minha casa e eu cozinharei a melhor refeição que você já teve? — A senhora já experimentou isso — disse Stefan, envolvendo o braço em volta da cintura de Lívia. O gesto gritou sua posse e mãos de Lívia instantaneamente subiram a sua, tentando empurrar suas mãos longe. Mas ele não a deixou mover os braços e Lívia teve que fingir que não a incomodava. Os olhos de Júlio arregalaram enquanto ele observava o casal, mas ele entendeu a mensagem alta e clara. — Claro. O que posso servir para você? — ele perguntou, mais profissional agora. — Taco de carnitas de porco e o delicioso creme de milho de vocês. Duas porções — ela disse a ele. Lívia olhou para Stefan, sacudindo a cabeça. — Melhor, três. Júlio gritou a ordem para a pessoa na outra extremidade do caminhão, em seguida, virou-se para ela e falou o preço. Ele acrescentou uma piscadela no fim, em seguida olhou para o homem carrancudo. Antes que Lívia pudesse puxar sua carteira de sua bolsa, Stefan já tinha o dinheiro e pagou. — Fique com o troco — disse o homem e cutucou Lívia até a próxima janela para pegar o pedido. Ela olhou para ele, furiosa assim que ele a puxou pela cintura. Ela realmente não entendia o porquê, mas ela foi direta batendo o pé. — Eu lhe disse que eu estava pagando o almoço. Você pagou o jantar na noite passada. Eu pago o almoço. Ele balançou sua cabeça. — Essa não é a forma como isso funcionará, minha bela — ele disse e empurrou-a para sua comida que acabara de aparecer na segunda janela. — Venha comigo — ele disse a ela e agarrou o saco grande. Lívia observou-o com raiva quando ele atravessou a rua com o seu saco de comida. Ele nem sequer se preocupou em voltar-se para ter certeza que ela estava seguindo. Mas seu estômago roncou, naquele momento, e ela realmente não tinha uma escolha. Ela estava com muita fome e a fila estava agora com cerca de dez pessoas de modo a ficar para pegar mais uma porção de comida não era uma opção. Especialmente se ela quisesse voltar a tempo de trabalhar com Chris, para preparação da apresentação. Suspirando, ela o seguiu, mas não estava feliz com isso. — Você está sendo desagradável — ela disse a ele quando se sentou ao lado dele no banco. Propositadamente, deixou espaço extra entre seus corpos. Ela estava tocando-o ontem à noite na mesa de jantar e olha onde chegou! Beijada e sem dormir, pensando no beijo. Querendo outro beijo. Mas com muito medo de onde aquele beijo poderia levar. Suspirando, não tinha certeza de quanto tempo ficou pensando. Ele entregou-lhe um dos tacos e vários guardanapos. — Acostume-se com isso. Seu comando a irritava mais. — Não. De jeito nenhum. Ele riu. — Eu só terei que descobrir como mantê-la feliz de outras maneiras — disse ele e mordeu a comida. — Isso é bom — ele disse a ela, balançando a cabeça gostando da explosão de sabor. Ela bufou com seus comentários durante um longo momento, mas no final, o fascínio pelo alimento foi demais para ela. Ela estava com fome e... frustrada? Oh não, ela não ficaria frustrada porque isso significaria... Não! Absolutamente não. Lívia olhou para Stefan, preocupada que ele pudesse ler seus pensamentos. Incidindo apenas sobre a comida e não a frustração que não era realmente frustração, porque ela se recusou a ficar desse jeito, ela disse: — Júlio é um bom chef. Não tanto quanto Mustafa, mas... — Ela encolheu os ombros e deu uma mordida. A comida picante e quente atingiu seu paladar e ela suspirou de prazer. Ela não tinha tomado café da manhã, por conta também do beijo da noite anterior e insônia, então estava faminta. Eles comeram em silêncio por alguns instantes antes de Stefan falar. — Ok, comece a explicar! Lívia sabia exatamente o que ele estava falando, mas ela fingiu estar confusa. — Bem, eu acho que ele deixa a carne de porco marinando por cerca de 24horas ... — Lívia — ele rosnou, interrompendo-a. Ela virou a cabeça e olhou em seus olhos escuros e irritados. — O que? Você quer que eu explique a minha vida sexual para você? — Não. Eu quero que você explique para mim a sua falta de uma vida sexual. Ela tinha acabado metade do taco, mas, com a sua pergunta, ela perdeu o apetite. Dobrou o papel cuidadosamente sobre a refeição, se recostou no banco. — Não há muito a dizer. Eu não durmo com qualquer um. — Você tem vinte e cinco anos, Lívia. Certamente você já teve alguma experiência. — Sim. Tenho vinte e cinco. Mas eu simplesmente não encontrei um homem que eu estivesse interessada suficiente para me entregar. — Até agora. Ela não respondeu, porque negar seria uma mentira. Ela tinha pensado nisso. Muito! Toda a noite passada quando deveria estar dormindo, estava se perguntando como seria fazer amor com Stefan. — Isso não acontecerá, Stefan. Ele jogou a embalagem vazia para o caixote do lixo e pegou outro taco. — Sim. Apenas seguiremos ao seu ritmo. Ela sorriu, pensando que era doce. — Meu ritmo? — Exatamente. Ela riu. — Stefan, você não é o tipo de homem que pode levar as coisas devagar. Especialmente no meu ritmo. Ele deu de ombros. — Ok, então não nos tocaremos até que esteja pronta. Quando ele engoliu o próximo taco e comeu a salada de milho, ela não lhe permitiria fugir com isso. — Ei! — E ela roubou o saco de batatas fritas, dando um mergulho no milho com queijo. — Este é o meu favorito — informou e saboreou a batata. Eles argumentaram sobre a melhor maneira de fazer salsa por uma boa parte da próxima hora. Lívia realmente se encontrou rindo, desfrutando da companhia de Stefan agora que a ameaça de avanços sexuais se foi. Quando ele a levou de volta para seu escritório, sorriu para ele. — Obrigada. O almoço foi muito bom. Ele a puxou para mais perto. — Eu tenho que sair da cidade por alguns dias. Quer jantar comigo no sábado à noite? Ela pensou sobre isso por um longo momento antes de ela balançar a cabeça. — Sim. Mas… — Espere — ele disse a ela. — Eu cozinharei — afirmou. — O almoço foi a sua vez, o jantar será meu. — Com isso, ele a puxou para mais perto e beijou-a suavemente, não aprofundando o beijo de qualquer forma. Ainda estava agarrada a ele, mas ele levantou a cabeça lentamente antes de se afastar. Lívia observou-o, se perguntando se ela estava cometendo um erro ao continuar a vê-lo. Ele definitivamente não era o tipo normal de cara que ela saía. Mas de qualquer forma ela não tinha realmente um tipo... relembrou dos últimos meses e não conseguia se lembrar de um homem em sua vida. Não há mais de um ano. E que fora breve, apenas um encontro casual, alguns encontros com um cara antes que ele parasse de ligar. Ela não conseguia sequer lembrar do nome dele. Ela percebeu que nunca tinha namorado. Mas perderia Stefan ao longo dos próximos dias. Deus, ela tinha acabado de conhecer o homem e já sentiria falta dele? Ela estava sendo boba! Capítulo 3 — Lívia! Lívia tinha acabado de abrir a porta do apartamento, pensando que um de seus vizinhos precisava de algo. Por isso, foi um choque ao encontrar seu pai de pé do outro lado da porta do seu apartamento. — Papai? O que você está fazendo aqui? Pensei que não soubesse meu endereço. Mas ela deu um passo atrás, não sabia o que fazer. Seu pai nunca tinha vindo visitá-la. Por que estava aqui agora? — Nós precisamos conversar — disse ele e abriu caminho por ela. Lívia estava assustada o suficiente, por isso ela o deixou entrar em seu santuário privado, não tinha certeza do que mais fazer. Lívia não gostou do jeito que ele estava assumindo o controle de seu apartamento. Apoiando-se contra a porta, ela olhou para o homem que fora abusivo e negligente por toda a sua vida. — O que você quer falar? — perguntou, não tinha certeza se realmente se importava. — Você se casará com Stefan Kozlov. Lívia piscou. — Eu..., como assim? Sua voz ficou mais baixa. — Você fará o que for preciso para obter uma proposta dele. Ele será meu genro e você fará isso acontecer. Lívia sentiu mal do estômago. — Você tem uma proposta de negócio para ele? Seu pai realmente esfregou as mãos com alegria avarenta. — Eu tenho muitas propostas de negócios para o homem. Você não tem ideia das portas que Kozlov poderia abrir para mim e eu obterei cada uma delas! Lívia tentou muito não zombar. Não queria provocar seu pai, mas também não queria que ele pensasse que ela cairia em todos os seus planos maníacos. — Você está louco se você acha que pode manipular Stefan. Ele não é esse tipo de homem. Seu pai deu de ombros. — Você faça a sua parte e deixe que me preocupo com o resto. Ele estava caminhando para fora do apartamento e ela abriu a porta para ele. Quando estava a salvo do outro lado da porta, ela disse: — Pai, você não entende nada sobre Stefan. Se eu casar com ele, então não há nenhuma maneira que ele fará negócios com você. Ele já me disse isso. Seu pai sacudiu a cabeça. — Você é apenas uma menina, Lívia. Não sabe como o mundo dos negócios funciona. Você se atenha apenas aos seus desenhos bonitos e deixe os meninos grandes com seus jogos de negócios. Quando ele estava na escada, ela o chamou. — Eu o avisarei sobre você — ela disse a seu pai e foi recompensada com o rosto demonstrando de raiva. — Vou lhe dizer que você é uma má pessoa. Stefan é bom e gentil. Ele não terá nada a ver com um bandido como você. Lívia bateu a porta apenas momentos antes de ele começar a subir a escada, fúria e vingança em seus olhos. Ela não se importou. Isso lhe deu um sensação maravilhosa! Claro, apenas dizendo as palavras a fazia se sentir bem, mas agora ela tinha que realizar sua ameaça. Ela deveria proteger Stefan mantê-lo longe por mais tempo? Deus, a dor em seu peito com essa ideia a fez mal. Ela não conseguiria parar de ver Stefan. Mas ela poderia fazer o seu melhor para protegê-lo, pensou. Capítulo 4 Três semanas mais tarde, quando ela jogou a bolsa na gaveta da mesa e ligou seu computador, Lívia sabia que era além de tola. Ela sabia que Stefan saiu da cidade em outra viagem de negócios, mas após as últimas semanas, os jantares e as conversas, os beijos dele e do jeito que ele a tocou... já sentia como se seu mundo fosse cinza e chato apenas porque não o veria esta noite. Como ele tinha feito isso com ela? Ele teve que sair da cidade novamente e cada vez que ele saía, sentia-se mais do que um pouco desolada, sabendo que não o veria naquela noite. — Lívia, traga uma xícara de café — Chris gritou. Lívia pensou sobre isso por um longo momento. Chris nunca tinha lhe pedido café antes, nem tinha pedido para ela ir à lavanderia ou abastecer seu carro, os quais ele também lhe pediu ontem. E que ela tinha respondido que ela era sua assistente de negócios, não sua assistente pessoal. Na época, ela simplesmente saiu de seu escritório depois de lhe dizer que não, mas algo não estava certo. Andando em seu escritório, ela olhou para sua expressão presunçosa. — O que está acontecendo? — perguntou com irritação. Chris jogou a bola irritante no ar e pegou-a novamente antes de se preocupar em olhar para ela. — Não sei o que quer dizer. Só preciso de uma xícara de café. Lívia balançou a cabeça. — Você nunca se atreveu a me pedir algo assim ou seus outros pedidos pessoais, os quais está jogando o meu caminho ao longo dos últimos dias. Então, o que mudou? Chris riu. — Acho que estou apenas impressionado que alguém como você poderia marcar um cara como Stefan Kozlov. Isso soou ofensivo e teve sua volta. — O que quer dizer 'alguém como eu'? — ela perguntou. Ele empurrou seus pés fora da mesa e virou-se para encará-la totalmente. — Você sabe. Você é uma tarefa simples. Estou simplesmente empurrando para ver até onde posso ir. Lívia apenas olhou para o homem horrível por um longo momento antes de sair do seu escritório. Ela precisava de um novo emprego, ela pensou quando se sentou em seu computador. O homem era horrível! O que era pior, ele não havia lhe dado o crédito prometido da última apresentação de marketing, mesmo que o cliente tenha assinado para os serviços. Ela fizera a apresentação, respondeu a todas as perguntas, acompanhou todas as suas alterações, trabalhando até tarde e chegando cedo, fazendo todo o trabalho, enquanto Chris se sentava em sua cadeira, olhando presunçoso e irritante. Sim, era tempo para encontrar um novo emprego. Ela não poderia trabalhar para Chris por mais tempo. Lívia sabia que não podia dizer nada para Stefan até que ela tivesse um novo emprego. Não tinha ideia do que Stefan poderia fazer, mas Lívia suspeitava que não iria gostar. Ele tinha uma tendência a ser arrogante. Era doce, de uma forma. Ele também a fez mais determinada a mantê-lo a salvo de seu pai. Como é que faria isso, ela não tinha ideia. Mas seu pai era mal e Stefan não poderia lidar com esse tipo de ameaça. Mais tarde, era quase hora de ela sair e estava ansiosa para ver Stefan naquela noite. Ainda estava tentando descobrir o que fazer com sua carreira quando entrou na cozinha para pegar outra xícara de chá. Estava ansiosa para estar com Stefan e pedir seu conselho. Ou talvez não devesse. Ficou com raiva cada vez que lhe falou sobre seu trabalho. Ele continuou dizendo-lhe para sair e vir trabalhar para ele, o que não era uma boa resposta. Ela tinha acabado de lavar sua xícara quando sentiu alguém por atrás dela. Virando-se, ela encontrou Chris a menos de um passo dela. — O que você está fazendo? — perguntou Lívia, atônita por ele invadir seu espaço pessoal. Chris apenas riu suavemente e se aproximou. — Eu acho que isso, a sua nova versão é muito sexy. — Sua mão se aproximou e tocou seu rosto. Lívia empurrou para trás, não gostando da maneira como ele a estava tocando. — Chris, fique longe de mim. Agora! Seu sorriso se alargou. — Porra, você é linda quando está bravinha. Vou fazê-la um pouco mais. — Sua mão se aproximou e deslizou ao longo de seu pescoço. Lívia bateu na mão dele apenas uma fração de segundo antes que pudesse deslizar sobre seu peito. — Me largue! — Ela retrucou e mudou-se para a esquerda, para que ela pudesse passar por ele. Era tarde, ela estava cansada e tudo que ela queria era sair daqui e ver Stefan. Ele viria buscá-la em vinte minutos e levá-la para jantar. Chris não estava escutando. — Eu não penso assim. — Seus olhos se moveram mais baixo, tentando espreitar por baixo da camisa de seda que ela usava. — O que está por baixo dessa roupa social que tem atraído o interesse de um homem como Kozlov? — perguntou. — Algo que você nunca verá — ela murmurou e moveu-se em torno do homem. Ela enfiou o leite de volta na geladeira e virou-se para sair. Ela não esperaria mesmo por Stefan buscá-la aqui no escritório. Ela sairia para a rua e esperaria lá, apenas um novo local. Estava chovendo, mas não se importava. Melhor ser molhada do que atacada. Infelizmente, Chris pensou que suas evasivas era um jogo e seu sorriso se alargou repugnantemente. Seus braços vieram e a bloquearam em ambos os lados da geladeira, imobilizando-a contra o aparelho pesado. Lívia olhou para o homem que era apenas algumas polegadas mais alto que ela. — Deixe-me ir, Chris. Você não quer fazer isso. — Ele poderia ser mais alto, mas ele não era mais forte e ela sabia o que poderia ter que fazer. Ele sorriu de novo, fazendo-a pele arrepiar. — Oh, acho que eu quero. Ela balançou a cabeça, tentando avisá-lo. — Você realmente não quer. Sua mão desceu e tocou seu ombro. — Que tal se nós descobrirmos o que é tão especial sobre você? Você sempre se pareceu como um rato, mas suspeito que haja um tigre por baixo. Ela bateu a mão dele e apertou contra seus ombros, tentando abrir espaço para que ela pudesse sair da cozinha e longe dele. — Chris, isso é ridículo. Eu não estou jogando. — O que está acontecendo? — perguntou uma voz feminina. Lívia olhou para a mulher, os olhos implorando por ajuda. Chris estava tendo nada disso. — Saia daqui Ellen. Isso não é da sua conta. — O homem nem sequer olhou para longe, tão confiante que ele estava no comando e suas ordens seriam seguidas. Lívia olhou de volta para Chris. — Eu te machucarei se você não me deixar ir, Chris. Estou avisando. Ellen se aproximou. — Chris, o que você está fazendo? Chris virou-se ligeiramente para a mulher. — Saia! — ele gritou. Mas não mexeu os braços, mantendo Lívia presa entre eles. Ellen saltou para trás, assustada com o grito. Ela olhou entre seu supervisor e Lívia, não tinha certeza do que fazer. Mas saiu da cozinha rapidamente, quase se encolhendo. Lívia observou a outra mulher sair e estava furiosa. Ela ficou mais uma vez a sós com um homem que estava tentando atacá-la! — Sai fora! Chris riu, um som maléfico antes que ele puxasse sua camisa. — Eu não penso assim! — E um som estridente atravessou o ar. Lívia não podia acreditar que aquilo estava acontecendo! Ela veio para tomar alguma coisa, apenas para ter mais energia para encontrar Stefan esta noite. Mas aqui estava ela, com seu sutiã exposto e a blusa rasgada. Esta era uma camisa linda. Estava animada para Stefan vê-la esta noite! Ela olhou para a manga rasgada por cerca de um segundo antes de ter finalmente uma reação. Quando seus olhos se moveram da manga rasgada de volta para Chris, ela mal conseguiu controlar sua reação. Com uma leve, mas rápida joelhada acertou as bolas de Chris. Em câmera lenta, ela viu a expressão atordoada, viu sumir suas características previamente confiantes. E depois, lentamente, ele caiu no chão, com o rosto levemente arroxeado com suas mãos cobrindo seus testículos. — Ela está aqui! — Ellen gritou, muito furioso Stefan para a cozinha. Stefan olhou para a cena, entendendo tudo rapidamente, blusa rasgada de Lívia e o homem se contorcendo no chão era tudo o que precisava ver. Levantando Chris por sua camisa, ele bateu o homem nos armários. — Você se atreveu a tocar na minha mulher?! — perguntou, sua voz quase um sussurro. — Você tem alguma ideia de que tipo de perigo você está em neste momento? Ellen tinha se aproximado de Lívia, segurando-lhe o braço e certificando- se de que ela estava bem. — Obrigada! — Lívia disse a outra mulher. — Quando você foi embora, eu não tinha certeza do que Chris faria. Ellen olhou para a manga de Lívia. — Eu tinha certeza que ele faria algo — ela veio de volta. — Eu estava no meio de discar para a polícia quando seu namorado entrou na área do átrio. Fiquei feliz que ele estava aqui. O cara cuidará de Chris desta vez. Stefan ouviu o comentário e olhou para a mulher loira. — Você está dizendo que ele fez isso com outras mulheres? — perguntou. Ellen assentiu. — Ele meio que tem uma péssima reputação — ela explicou. Stefan torceu o punho ligeiramente, apertando o pescoço do homem. — Chame a polícia agora! — instruiu. Ellen imediatamente começou a discar e Lívia sentiu-se ainda pior. — Não podemos sair daqui? — ela perguntou, preocupada com o tumulto que isso causaria. — Absolutamente não — Ellen respondeu, levantando o telefone celular no ouvido. — Esse homem tem atormentado muitas mulheres! Lívia sabia que a outra mulher estava certa. Ela devia reportar o incidente à polícia e Chris deveria ser preso. Mas isso significava que todos saberiam o que tinha acontecido aqui. E isso também levaria mais tempo para ela ficar sozinha com Stefan. Mas as sirenes à distância lhe disseram que a ligação já foi feita. Durante a hora seguinte, ela contou sua história para vários policiais diferentes, os quais lhe pediram para repeti-la e as mesmas perguntas de maneiras diferentes. Eles tiraram fotos de sua manga e declarações de Ellen e Stefan, que não tinha visto nada, mas ele estava mais do que disposto a dizer- lhes o que tinha visto quando ele entrou na cozinha. — São para alguém? — perguntou um policial, levantando um buquê de rosas vermelhas bagunçado que, anteriormente, parecia ser lindo. Stefan olhou para o buquê e levou-os em suas mãos. — Eram para você — disse a Lívia, os dedos subindo para acariciar sua bochecha suavemente. — Mas eu te darei outro. Lívia balançou a cabeça, sentindo-se um pedaço de ternura inchar dentro dela. — Você é um homem muito gentil — ela disse a ele e levantou na ponta dos pés para beijá-lo. Stefan estava atordoado quando ela o beijou. Foi a primeira vez que ela iniciou qualquer tipo de intimidade com ele. Oh, ela estava mais do que feliz quando ele a beijou ou, ultimamente, quando a tocava. Mas ela nunca se aproximou e beijou-o primeiro. Ele passou os braços em volta da cintura e puxou-a para mais perto, aprofundando o beijo, precisando de um contato mais próximo e querendo a garantia de que o bastardo que estava sendo algemado e acusado de agressão não a tinha machucado. — Você está bem? — ele questionou enquanto suas mãos se moviam sobre seu corpo, assegurando-se de que ela não estava ferida. — Estou bem — ela respondeu, envolvendo os braços ao redor da cintura e colocando sua bochecha contra seu peito. — Obrigada por estar aqui. Ele suspirou e segurou-a firmemente. — Estou te tirando daqui. E você não voltará. Ela riu. — Não até amanhã de manhã. Eu ainda tenho que trabalhar. Stefan não discutiu com ela, mas ele não permitiria que Lívia voltasse a este lugar. — Vamos. A polícia já fez seu trabalho aqui. — Ele tinha um plano para a noite e era hora de colocar esse plano em prática. Ele pegou sua mão e a levou para fora do escritório, dando-lhe tempo apenas o suficiente para pegar a bolsa. Já era tarde quando a levou para seu prédio e se perguntou por que ele parecia tão furioso agora, quando, anteriormente com a polícia, ele fora frio e calmo, indicando os fatos e o que tinha visto, discutindo outros incidentes que ele ouviu falar que a polícia deveria investigar também. — O que há de errado? — perguntou ela ao vê-lo andar de um lado a outro do sofá. Stefan esfregou a parte de trás do seu pescoço e olhou para ela. O que estava errado? Ele estava furioso! Esta mulher era uma das mais evasivas que já tinha conhecido. Queria fazer amor com ela, mas não poderia fazê-lo. Ele tinha um plano e... caramba! Ela era sua mulher e queria o direito de protegê- la! Esta noite nunca deveria ter acontecido e ele estava lívido porque não tinha o direito de acabar com aquele homem. Ainda! Ele enfiou as mãos nos bolsos e seus dedos sentiram o anel que ele comprou ontem. Com a memória de que finalmente decidiu resolver este problema que tinha tido durante a semana passada, a tensão deixou seus ombros. Lívia ficou tensa quando o olhar estranho encontrou em seus olhos. Ela tinha visto aquele olhar várias vezes ao longo dos últimos dias, quando eles jantaram em restaurantes ou quando ele a apresentou a conhecidos. — O que acabou de acontecer? Stefan sorriu e sentou-se na mesa de café na frente dela. — Nós nos casaremos — disse ele. Os olhos de Lívia se arregalaram e, por um momento de parar o coração, ela sentiu como se o sol tivesse saído e todos os seus sonhos se tornaram realidade. Tais palavras simples e ainda, tão poderosas! Mas então ela pensou sobre isso, sobre a noite e tudo o que tinha acontecido mais cedo. Ele realmente não queria se casar com ela, pensou. Ele só se sentiu culpado por não estar perto o suficiente para protegê-la de Chris. Sorrindo suavemente, ela tirou as mãos e fechou os dedos em torno dos dele, mais uma vez, no temor de quão forte era ele, além de maravilhoso, amável e generoso. — Você não precisa se casar comigo — ela falou. — Eu sei que pareço uma bagunça agora, mas... — ela prendeu a respiração por um longo momento, então se levantou e começou a desabotoar a blusa com os dedos trêmulos. Ela estava mais do que pronta para seguir com seu plano, querendo este homem gentil com todo seu coração. Stefan olhou por um longo momento, com os olhos paralisados em seus dedos que estavam desabotoando lentamente a seda rasgada de sua blusa. — O que você está fazendo? — ele perguntou. Levantando-se, ele agarrou seus dedos, impedindo-a de se despir. Ele estava louco? Não, Stefan não estava maluco. Ele poderia ficar se não conseguir essa mulher em sua cama rapidamente, mas ele não estava louco. Ainda não. Mas um sentimento há muito adormecido de decoro o alcançou-o naquele momento e ele sabia o que queria. Queria tudo dela. Não apenas uma noite aqui e ali. E não apenas a promessa de finalmente fazer amor com esta beleza incrível na frente dele, olhando para ela com cautela, e era tão linda. Ele queria esta mulher. Tudo o que ela quisesse e estivesse disposta a lhe dar. Lívia olhou para ele, surpresa que ele a impediu de desabotoar a blusa. Será que interpretou mal seus avanços ao longo das últimas semanas? Ela tinha perdido completamente a noção? Ou tinha mudado tão drasticamente desde a última vez que o viu e ele não a queria? — Você não me quer? — ela perguntou, suas mãos congelando e ele imediatamente viu a expressão de dor no seu rosto tão bonito. Ele suspirou e tomou suas mãos longe do tecido. Foi uma das coisas mais difíceis que ele já tinha feito, puxar os dedos suaves longe desses botões. — Eu quero que se case comigo, Lívia. Não quero apenas uma noite. Eu quero você. Para sempre. Uau! Todo poder feminino desapareceu quando o medo sorrateiro a alcançou outra vez. Uma coisa era ele pensar que ela era bonita. O instante seguinte, sobre todos esses olhares aquecidos, era uma questão totalmente diferente. Lívia se afastou, não tendo certeza do por que ele diria algo assim. Erguendo a mão, colocou-a cuidadosamente no meio do peito. Suas palavras suavizaram a dor causada por sua rejeição e fez seu coração bater ainda mais rápido. Por tudo o que ele era e o que significava para ela. — Stefan, o que aconteceu mais cedo... não foi sua culpa. Você não tem que corrigir isso com uma proposta de casamento. Stefan riu, balançando a cabeça. A mulher não acreditava nele! Incrível! A única mulher que ele já tinha proposto e ela disse não. Assim, muitas mulheres já haviam tentado e não conseguiram levá-lo a propor e esta disse não! Ele enfiou a mão no bolso e tirou o anel que ele tinha guardado. — O desejo de me casar com você não tem nada a ver com aquele bastardo e tudo a ver com querer você como minha esposa, Lívia. Ele levantou a mão de seu peito e olhou em seus olhos. — Eu comprei esse anel ontem, Lívia. Esta não é uma decisão de momento com base no que aconteceu em seu escritório. Eu quero casar com você. Desejo você na minha vida. Lívia olhou fixamente em seus olhos, em seguida, para o anel. Era lindo, pensou. O solitário de diamante era surpreendentemente lindo e brilhou nas luzes do teto. — Eu te amo — ela suspirou. Olhando para ele, ela sorriu e a felicidade que ela estava sentindo durante todo o dia, toda a noite, despertou para a vida, crescendo quando ela percebeu que ele a amava! — Você realmente quer se casar comigo? Esta não é uma reação ao Chris? Seu rosto mudou para uma careta e ele emitiu uma espécie de grunhido a essa possibilidade. — Absolutamente não. Aquele homem não tem nada a ver com isso. Tem tudo a ver com a minha necessidade de tê-la em meus braços todas as noites e acordar com você pela manhã. Para ver você sorrir quando você passar pela porta. Lívia pensou que poderia explodir com a felicidade que estava brilhando ao seu redor. — Sim! — ela respondeu. Uma fração de segundo depois, ela foi levantada em seus braços, sentiu como se estivesse sendo esmagada e não se importou quando ele levantou-a em seus braços. Quando ele a colocou em seus pés novamente, ela riu. — Então você fará amor comigo agora? — perguntou, prendendo a respiração, porque queria este homem tão desesperadamente. Ele estava alimentando as chamas cada vez mais desde que o conheceu e agora queria saber que grande negócio era isso tudo. Stefan não podia acreditar que ele estava dizendo isso. Depois de semanas querendo esta mulher em sua cama, ele estava negando. — Absolutamente não — ele disse, gemendo enquanto a abraçava contra seu corpo. Ela era tão suave, tão perfeita e ele estava sofrendo fisicamente apenas dizendo as palavras de negação. Mas por dentro, sabia que isso estava certo. Eles teriam que esperar. Ele queria fazer isso direito. Lívia congelou, não tinha certeza se tinha ouvido corretamente. — Não? Por que não? — perguntou ela, sentindo a dureza contra seu ventre. Ela sabia o que isso significava e era exatamente o que ambos queriam. Ele balançou a cabeça e firmemente colocou um espaço entre eles, incapaz de lidar com sua suavidade contra ele por mais tempo. — De jeito nenhum. Esperaremos até a nossa noite de núpcias — ele disse e se inclinou para beijá-la. Ela olhou para ele por um longo momento. Esperar? Até a noite de núpcias? Lívia pensou nisso, tentando entender. Ele queria esperar? Não, homens normalmente querem... Suas palavras eram a coisa mais romântica que já tinha ouvido. Ele esperaria? Ele a beijou, lenta e cuidadosamente e Lívia levantou os braços, envolvendo-os em torno de seu pescoço. — Por quê? — ela perguntou em voz baixa, sentindo uma sensação de maravilha que este homem tinha entrado em sua vida. — Porque você merece o melhor — disse a ela. Ele rosnou. — E será um período muito curto de noivado. Duas semanas. No máximo! — Ele declarou. Lívia só poderia rir de todo o coração. Capítulo 5 Durante as próximas duas semanas, Lívia pensou que estava flutuando nas nuvens. Se seus pés realmente tocaram o chão, ela não esteve ciente disso. Felizmente ela flutuou de um recado para o outro, tentando organizar seu casamento o mais rápido possível. Stefan lhe tinha dado um enorme orçamento, com a única condição de que a data não fosse superior a duas semanas. Fora isso, ele não se importava com o que acontecesse. Oh, e ele disse-lhe para se demitir de seu emprego, com efeito imediato. Ela recusou-se inicialmente, mas ele simplesmente puxou-a em seus braços e beijou-a até que ela não resistiu. E parecia ser o fim do argumento. Lívia só aceitou, porque sabia que organizar um casamento em duas semanas demandaria dedicação exclusiva devido ao volume de tarefas. Assim ela se demitiu, mas começou a procurar um novo emprego, submeteu seu currículo para posições potenciais, mas com a condição de que não poderia começar até depois de sua lua de mel. Sentiu-se com poderes maiores cada vez que apresentou o currículo para uma vaga. Stefan era um homem maravilhoso, mas um pouquinho dominador e ela não queria deixá-lo assumir o controle de todas as suas decisões. Ter um emprego daria a ela... ela pensou sobre a situação de sua mãe e... sim, ter um emprego lhe daria independência. Ela tinha que ter opções! Stefan pode não entender, mas não havia nenhuma maneira de ela ser completamente dependente de um homem. Assistiu a vida da mãe se deteriorar ao longo dos anos e não se colocaria nesse mesmo tipo de situação. Além disso, gostava de trabalhar. De pensar e ser criativa. Assim, um trabalho era uma necessidade para o seu bem-estar mental. Stefan entenderia isso. Ele trabalhava mesmo que não precisasse. E ele gostava da estimulação mental de vencer no mundo dos negócios. Outro passatempo que ele parecia estar gostando era torturá-la! Toda noite, ele a pegava em seus braços e a beijava até que ela estivesse com joelhos bambas. E todas as noites, ela puxava suas mãos mais perto de seus seios, querendo sentir os dedos tocando-a de uma forma tão íntima. Mas sua única resposta a seus esforços era um gemido ou um sorriso suave quando ele puxava suas mãos longe. Ele as mantinha firmemente em suas costas ou cintura. Quando eles começaram a namorar, ele tentou tocar seus seios e ela agora se repreende mais e mais por pará-lo. Uma noite, cerca de uma semana faltando para o casamento, ela praticamente rosnou em frustração quando ele não a tocava do jeito que queria. — Por quê?! — ela exigiu, levantando-se de seu colo, onde ele puxou após mais um jantar delicioso que sua governanta havia preparado. — Por quê o que, amor? — perguntou Stefan. Mas ele sabia! E ele sorriu quando ela olhou para ele. Lívia olhou para a evidência óbvia de sua excitação, corando quando seus olhos se mudaram de volta para o seu. — Por que você não pode pelo menos me tocar? Stefan estendeu-lhe a mão, rindo baixinho quando ela puxou a mão fora de seu alcance. — Porque nós estamos esperando até a nossa noite de núpcias antes de irmos adiante, amor. Lívia queria gritar. — Bem, então você não pode me beijar mais. Não até que você esteja disposto a... — ela inadvertidamente soltou um grito quando ele estendeu a mão e agarrou a mão dela, puxando-a de forma muito eficaz de volta em seus braços. Mas ela já não estava sentada no colo dele neste momento. Em vez disso, ela estava de costas com os ombros enormes de Stefan bloqueando a luz. — Nós não vamos mais longe, amor. Não até depois do casamento. — E ele beijou seu pescoço, mordiscou sua orelha. Lívia estava pronta para gritar enquanto seu corpo se arqueou contra o dele. Ela apertou-se contra ele, tentando desesperadamente durar para aliviar essa dor que pulsava dentro dela. — Por favor, Stefan! — Ela engasgou quando sua língua mordiscou contra seu pulso. Ela retirou a mão quando ele fez a mesma coisa com seu dedo, sentindo as sensações eróticas todo o caminho para aquele lugar secreto em seu corpo. Stefan olhou para a mulher se contorcendo debaixo dele e sabia que ele devia parar. Seu corpo estava em um estado quase constante de excitação, antecipando sua noite de núpcias. Mas ele tinha um plano. Ele o cumpriria mesmo que isso o matasse. Ele nunca tinha conhecido uma mulher como Lívia antes. Todas as suas antiquadas noções sobre casamento e virgindade da mulher estavam girando em torno de sua mente, mantendo a libido em cheque. — Vamos esperar, Lívia. Ela apertou seu braço, mas não com força suficiente para fazer outra coisa senão fazê-lo rir. — Há coisas que podemos fazer que não seja sexo! — ela resmungou, passando as mãos ao longo de seus braços, deleitando-se com os músculos debaixo de seus dedos. Stefan assistiu a varredura surgir um rubor encantador em toda a sua pele bonita. — Sim. E nós faremos todas elas. — Ele fez uma pausa, o corpo dolorido quando seus olhos se arregalaram com esperança. — Após o casamento — ele disse a ela com firmeza. Lívia gritou, mas saiu mais como um suspiro quando Stefan aproveitou a oportunidade para acariciar seu pescoço novamente. Ela tentou empurrar contra seus ombros, mas o homem era muito grande. — Stefan! Chega! Por favor! — ela implorou. — A não ser que você termine. Ele a ignorou mendicância, mas gostou do som. — Depois que eu tiver o meu anel em seu dedo — ele disse a ela sem piedade. — Bem! Então eu não virei mais jantar com você. Tudo o que fazemos é comer alimentos deliciosos e depois você me deixa louca e eu não aguento mais! Stefan não permitiria isso. — Você ficará aqui — ele disse a ela enquanto movia os lábios em seu ombro, encontrando ainda outro ponto sensível em seu corpo. Ele ficou encantado ao descobrir que sua futura esposa era composta de um padrão de zonas erógenas. — Pedirei para a cozinheira fazer macarrão amanhã! Lívia gemeu. Ela adorava massas! Não importava o molho, ela amava massas. Algumas pessoas preferiram arroz ou batatas. Ela adorava massas! — Eu não estarei aqui. Estou ficando gorda e meu vestido de casamento não caberá se continuarmos neste ritmo. Sua boca se moveu para baixo para o ligeiro V da blusa. — Compre outro vestido — disse a ela, sem preocupação. As mãos de Lívia pegaram seu rosto, tentando levantar a cabeça fora de sua pele. — Eu não posso comprar outro vestido, Stefan. Ele tomou suas mãos e as puxando por cima da cabeça. — Sim, você pode. Você não gastou uma fração do que eu te dei para o casamento, Lívia. E a sua parte inferior do corpo pressionado contra a dela, forçando seus olhos fecharem com a pressão contra seu calor centrando toda a sua mente para esse sentimento. Ela ainda levantou os quadris, querendo aumentar a pressão, mas Stefan riu, sabendo exatamente o que estava fazendo. — Não, Lívia. Nós não faremos o que você quer. Não até depois do casamento. Lívia discutiria com ele, mas antes que as palavras pudessem até mesmo deixar seus lábios, ele estava sentado no sofá, mais uma vez, com ela recatadamente sentada ao lado dele. — Eu não posso acreditar que você está fazendo isso Stefan. Você está sendo ridículo. Ela pensou em apenas levantar-se e tirar as roupas, mas não era assim tão valente. Embora tivesse que admitir que seu desespero era maior que sua timidez. — Venha, eu te levarei para casa. Ele levantou-se e puxou-a com ele, agarrando seu braço em volta da cintura, ela teve um pouco de dificuldade em ficar em pé sobre as pernas bambas. — Você é uma provocação, Stefan — ela murmurou enquanto pegava sua bolsa e caminhava com ele. Quando ele a acompanhou até a porta do apartamento, ela tentou mais uma vez levá-lo a entrar. Mas ele foi preparado para seus esforços e nem sequer puxou-a em seus braços para beijá-la desejando boa noite. Em vez disso, ele apoiou as mãos em cada lado do batente da porta e baixou a cabeça, frustrando seus esforços. — Boa noite, Amor. Durma bem. Ela olhou para ele. — Eu não vou! Não durmo bem desde a primeira noite em que te conheci e apenas piora! Mas ela não esperou por uma resposta. Em vez disso, ela pisou em seu apartamento e bateu a porta. Uma vez dentro, ela gritou sua frustração apenas para ouvir sua risada enquanto ele se afastava. O homem era diabólico! Capítulo 6 Ao final das duas semanas, ela ficou na frente do espelho na pequena igreja, a mãe suspirando feliz ao lado dela quando ela olhou para seu reflexo no espelho. Escolheu um vestido branco simples, mas elegante, com camadas de tecido que flutuavam em torno de suas panturrilhas. Sem véu e apenas uma gargantilha de pérolas com brincos de pérola para adorno. As joias simples faziam seu anel de noivado se destacar ainda mais e ela amou olhando para o anel e pensando em quão doce e pensativo ele fora naquela noite. — Você está linda — disse a mãe, apertando os ombros delicadamente. O sorriso de Lívia iluminou. — Eu não posso acreditar que hoje está finalmente acontecendo. O sorriso de sua mãe virou em causa. — Lívia, você está... — ela hesitou, tropeçando nas palavras. — Você tem certeza sobre ele? Tem certeza que ele não vai ...? Lívia estendeu a mão e pegou a de sua mãe onde ela descansou em seu ombro. — Stefan nunca me machucaria, mãe. — Lívia empurrou rumores ridículos de seu pai de sua mente. Stefan era doce e suave, nada como seu pai. Ela olhou para as características cansadas da mulher que tinha sofrido tanto. — Que traz outra questão. Eu estava esperando que, após o casamento, talvez você pudesse vir morar comigo e Stefan? Ela viu os olhos da mãe, viu a esperança em seus olhos. — Sim mãe. Stefan poderia protegê-la. Eu sei a razão principal que você nunca deixou meu pai, era porque você estava com muito medo de que ele fosse encontrá-la e feri-la ainda mais do que já teve de suportar ao longo dos anos. Ou o pai poderia até afastá-la de mim. Mas com Stefan, ele poderá ajudá- la. Poderia protegê-la da ira do meu pai. Stefan comprou uma bela casa. É enorme e maravilhosa e há muito espaço se você quiser vir morar conosco. Há até um pequeno apartamento em cima da garagem, se você não quiser viver na casa principal com a gente. Mas toda a área é protegida por sua equipe de segurança. Ela olhou profundamente nos olhos de sua mãe. — Papai não poderia te machucar de novo — ela disse com esperança de que sua mãe pudesse finalmente encontrar uma maneira de escapar do inferno de seu casamento. Lívia sabia que sua mãe ficou tentada. Era um mundo assustador, sair de algo que era muito errado e esperar que houvesse uma luz para escapar. Mas, em seguida, a luz morreu nos olhos de sua mãe. Lívia falou antes que sua mãe pudesse dizer não. — Basta pensar nisso, ok? — ela implorou. — Deixe que seja o meu presente de casamento. Basta pensar sobre a ideia. Sua mãe abriu a boca para responder, mas no final, ela simplesmente fechou a boca e sorriu. — Qualquer coisa para você no dia do casamento, querida — ela disse e beijou a bochecha de sua filha. Seu pai entrou na sala. — Você está pronta para se casar com esse cara? — Ele se entusiasmou. — Eu estou pronto para andar até o altar e entregar a minha menina! — Ele riu como se ele tivesse acabado de fazer uma piada hilariante. Lívia pegou o buquê de rosas e ajeitou o vestido. — Você não me levará para o altar — ela disse de forma sucinta. — Eu sou dona da minha própria vida e eu posso caminhar para o meu futuro marido sozinha. Ela pensou em contar que ele era um ser humano tão horrível, mas ela não queria que qualquer negatividade estragasse o dia do casamento. O homem olhou para ela por um longo momento, completamente pasmo com declaração ultrajante de sua filha. — Mas… Lívia simplesmente o ignorou e saiu da sala. — Vá se sentar, pai. Um momento depois, ela se afastou, movendo-se para a parte de trás da igreja. Ela não se importava se seu pai estaria lá para vê-la se casar ou não. E, na verdade, ela preferiria que ele não estivesse. Seria maravilhoso se ele deixasse o edifício, permitindo que sua mãe ficasse sozinha. Seu pai era o pessimista e ela não queria ouvir suas mentiras novamente. Em pé na parte de trás, ela olhou para a pequena multidão de pessoas e respirou fundo. Quando a música mudou, ela sentiu o coração bater mais rápido e ela entrou na igreja. As próximas horas foram como um sonho tornando-se realidade. Enquanto caminhava pelo corredor em direção a Stefan, seu coração se encheu com o amor que sentia por ele. Não, ela não sabia tudo sobre ele. E não, ela não podia prever o que poderia acontecer amanhã ou no próximo mês. Tudo que ela sabia era que com este homem ela se sentia animada e assustada. Ele era amável e gentil, e absolutamente nada parecido com o seu pai. Com o canto do olho, ela viu seu pai em pé contra a parede, com uma bebida e olhando como se quisesse perturbar o processo. Mas ela também viu um dos guarda-costas de Stefan de pé apenas alguns passos de distância e ela queria rir, encantada com a forma como Stefan tinha antecipado reações em potencial de seu pai e contornado quaisquer ações. Seu homem foi brilhante e ele seria seu marido! Era tudo tão excitante e emocionante e... bem, ela o amava! Um tremor de consciência passou por ela quando ele pegou sua mão. Encarando-o quando o celebrante começou a falar, ela não conseguia tirar o sorriso delirantemente feliz de seu rosto. Este era o seu sonho, ela pensou. Esse homem, esse dia e tudo, seus sonhos todos se tornando realidade! Capítulo 7 Como poderia tudo ter ocorrido tão errado? Lívia furiosamente limpou as lágrimas que deslizaram por suas bochechas. Por que ela estava ainda chorando por aquele homem?! Lívia pegou um pano e começou limpando a mesa na pequena casa de praia. Por causa de sua raiva, mais uma vez derramou café, o líquido estava em todos os lugares. Lívia culpou Stefan por isso também, furiosa com ele por... tudo! Não só estava casada com um homem que não poderia estar, mas estava fugindo dele, estava escondida em uma pequena casa de praia, fingindo que ela não era uma mulher casada e que o marido não tinha... que ele ainda era o homem com quem ela pensou que ela tinha se casado. Infelizmente, a conversa que tinha ouvido no dia do seu casamento tinha provado o contrário. Metade do tempo, ela desejava não tê-lo ouvido falar ao telefone. A outra metade, estava furiosa consigo mesma por se esconder de Stefan. Ela deveria voltar para Londres, confrontá-lo e dizer-lhe que ela não era o tipo de mulher que aceitaria abuso, não de qualquer homem. Não importando o quanto o amasse. Supere-o! Ele era um deles! Um dos bandidos! Um valentão, um idiota, um ser humano inseguro que tinha que bater em alguém mais fraco para se sentir forte! Como ela poderia ter caído na mesma armadilha que sua mãe tem sofrido por tanto tempo? Não houve indícios de que Stefan era um espancador de mulheres! Ela olhou para os sinais, foi cautelosa e atenta! Tinha tomado precauções! Mas no final, suas palavras revelaram que ele tinha cuidadosamente escondido dela. Droga, seu pai! Ela odiava que ele estivesse certo! Bem, ela não era fraca! Era forte e confiante e não o deixaria diminui-la. Ela se recusou a permitir homens em sua vida que pensaram que estava tudo bem diminuir uma mulher! Ela limpou a mesa e olhou para fora da janela, relaxando por alguns momentos antes de terminar seu próximo passo. Ela estava tão zangada com Stefan, tão confusa por suas palavras não combinarem com suas ações, que sofreu para apenas sair da cama de manhã. Ok, então ela não estava vivendo seus sonhos, disse a si mesma. Seus sonhos seriam se enrolar nos braços de Stefan e sentir quão especial ela era. Assim como ele costumava fazê-la sentir antes de seu casamento. Antes que ela tivesse ouvido essa conversa horrível. Com um suspiro, olhou ao redor, tentando decidir se queria ler um livro ou... apenas sentar aqui e olhar pela janela. Qualquer coisa diferente disso seria demais para ela agora. Por alguma razão, sentiu-se nervosa esta manhã. Estava um lindo dia hoje, com o sol brilhando e a baixa umidade não a fazia se sentir tão pegajosa como foi ao longo das últimas semanas. Deveria estar feliz hoje, Lívia disse a si mesma. Deveria ser muito feliz que tinha encontrado a coragem de sair de uma relação perigosa, forte o suficiente para ignorar a força da Stefan. E o clima estava bom. Então, por que se sentia tão nervosa? Por que sentia como se algo sinistro estivesse prestes a acontecer? Olhando pela janela, cuidadosamente observou as pessoas na rua. Pareceu como se houvesse mais homens de ternos hoje? Ou ela estava apenas sendo paranoica? Esfregando a ponte do nariz, ela tentou relaxar. Estava tudo bem! Stefan não estava à espreita ao virar da esquina, ele não estava prestes a atacar e definitivamente não estava enviando seus guarda-costas para cercar sua pequena casa de praia, seu refúgio. Relaxe, disse a si mesma com firmeza. Ela tinha acabado de se abaixar na frente da porta da geladeira, contemplando o que faria para comer no almoço, quando ela o sentiu. A sensação... ela conhecia esse sentimento! — Olá, Lívia! — A voz profunda de Stefan quando ele entrou pela porta dos seus aposentos temporários. Lívia quase derramou o leite que ela tinha acabado de tirar da geladeira enquanto o observava. Deus, ele parecia magnífico! Ela quase tinha esquecido quão grande ele era. O homem era chocantemente alto, quase não passava pela porta. E aqueles ombros! Oh meu, como ela se lembrava de agarrar aos ombros musculosos enquanto o beijava após um de seus encontros. Que o homem poderia deixar seus joelhos moles com a maneira como ele a beijava! Mas depois lembrou-se... das palavras, da conversa! Ela puxou os olhos longe de seus ombros e lembrou que ele era o cara mau. Ele não valia a pena sua alegria. — O que você está fazendo aqui? — ela perguntou, mesmo enquanto seu corpo se lembrava de quão alto e bonito ele era. Ela também se lembrou de quão desesperadamente ela queria fazer amor com esse homem, como ela estremecia em seus braços. Pare! Ele era um ser humano horrível! Não era bonito! Nem fascinante! Suas pernas cederam e ela caiu sobre a cadeira mais próxima, olhando para ele. Sentou-se à mesa com ela, seu corpo enorme superando a cadeira simples e ela se lembrou de como a presença do homem poderia encher uma sala inteira. — O que você está fazendo aqui? — ela perguntou novamente. Uma sobrancelha escura levantada e ele riu suavemente, enviando sensações ao longo de todo o seu corpo. — Eu imagino que a resposta a essa pergunta seja óbvia. Ela balançou a cabeça. — Não. Porque... como você me encontrou? — Talvez a melhor pergunta fosse por que você fugiu no dia do nosso casamento. Importa-se de explicar? — ele perguntou e Lívia podia sentir sua raiva. Ela não se importava! Este homem era... Ela tinha que dar uma resposta. Stefan não era o tipo de homem que se contentava com nada menos do que a verdade. Ela abriu a boca para explicar, mas as palavras não saíam. Ela queria ser mais forte para ele, para gritar a sua raiva, frustração e desilusão. Suas ilusões sobre este homem, seu amor, foram esmagados com um único telefonema. — Não importa — ele estalou quando ela não respondeu rapidamente. Seus dedos desviaram a questão de lado, impaciente. — O que é importante é que sua mãe precisa de você. Todo o corpo de Lívia ficou tenso. Ela não foi capaz de chegar a sua mãe nos últimos dias. Ela sabia que algo estava errado, mas não tinha descoberto uma maneira de entrar em contato. — Minha mãe? O que há de errado com a minha mãe? — Ela está bem — ele lhe disse suavemente, o primeiro toque de gentileza em sua voz. Mas então seus olhos endureceram mais uma vez. — Mas precisa de você. Ela está se recuperando. Lívia engoliu o nó doloroso com o pensamento de sua mãe gentil ferida. — O que aconteceu com ela? — Lívia exigiu, mas ela sabia! No fundo, Lívia sabia que seu pai tinha batido nela novamente. — De acordo com o que a polícia pode reunir a partir de breves comentários de sua mãe, houve uma invasão na casa — esclareceu. E sua mãe estava em casa. Sua voz era suave e sua mão estendeu a mão para cobrir a dela. — Ela está bem. Agora. Lívia engoliu, tentando parar as lágrimas e o sentimento de culpa. Se ela tivesse ficado, talvez sua mãe tivesse ido viver com ela e não estaria no hospital agora. — Então você veio me buscar, não é? — ela perguntou. Houve um silêncio enquanto ela olhava para o café. — Precisamos fazer um acordo. Lívia não tinha certeza se entendera suas palavras. — Um acordo? Sua mãe estava ferida e este homem horrível, o homem que ela pensou que estivesse apaixonada por até... por que no mundo ele tentaria fazer um acordo neste momento? Os olhos de Stefan estavam frios como cacos de cristais agora. Não mais com suavidade ou diversão como ele costumava olhar para ela. — Sim. Você vê isso tem que parar — disse ele e ela instantaneamente sabia que ele estava se referindo a seu casamento. Ele queria o divórcio! Ela sabia que era verdade, tinha pensado e tinha mesmo procurado um advogado para iniciar o processo. Mas parou antes de ligar, não realmente se perguntando o porquê. Mas ouvir este homem dizer aquelas palavras causaram dor física que passou através de seu corpo. Stefan voltou a pensar em sua discussão com o tio Charles. Ele foi correto. Não importa o que, ele precisava para fechar o livro sobre seu relacionamento com essa mulher. Ele ainda estava furioso por ser privado de todos os segredos escondidos do seu corpo delicioso, todos os segredos que ele negou a si mesmo antes de seu casamento. Vê-la agora, ele entendeu que ele queria o fechamento. Ele queria saber por que ela tinha fugido dele no dia do casamento. Uma vez que ele soubesse poderia tirá-la de sua mente. Era um plano bastante simples, exigir uma explicação para sua saída abrupta e seguir em frente. Direto ao ponto. — Não, Lívia. Não é o que você está pensando. Exatamente o oposto, na verdade. Os olhos verdes de Lívia voltaram-se aos dele, seu coração acelerou freneticamente enquanto tentava descobrir o que o homem dizia. — Eu não entendo. Stefan recostou-se na cadeira, observando a bela mulher sentada em frente a ele. Ela tinha perdido muito peso, seu rosto parecia magro e seu cabelo estava puxado para trás, como se tivesse demando muito esforço. Ele suspeitava que ela não estivesse comendo bem, porque sua pele estava muito pálida e olheiras. E ele ainda a queria. Cometera um erro enorme em se casar com esta mulher. Ele deveria ter tomado o que ela tinha oferecido uma noite e a esquecido. Se ele tivesse feito amor com ela, em seguida, ela provavelmente estaria desaparecida de sua mente agora. Geralmente, seus relacionamentos não duravam muito tempo, mas porque ele tinha tratado Lívia diferente, nunca a tinha levado a sua cama, ele nunca superara. Foi tudo apenas uma questão física, ele dizia a si mesmo. Todas as noites sem dormir eram porque ele a queria, não porque estivesse preocupado com ela. Mas ele ainda a queria. Ele odiava o fato, mas lá estava ela. Nenhuma outra mulher poderia chegar perto do calor que esta mulher o fazia sentir-se com apenas um toque ou o beijo. Respondendo à preocupação em seus olhos, ele cedeu um pouco e disse: — Sua mãe está bem. Ela se recuperará de seus ferimentos, mas demorará um longo tempo. Ela está em um hospital agora, mas uma vez que seja liberada, precisará de fisioterapia para terminar a sua recuperação, possivelmente até mesmo uma enfermeira para ficar com ela, para ajudá-la. Ele esperou um momento, deixando essas palavras serem compreendidas. Quando viu seus olhos se arregalarem com o entendimento do custo que ela estava enfrentando, ele continuou. — Eu cuidarei das despesas de sua mãe, todas as suas contas médicas, até mesmo um lugar para ela viver após o hospital, mas você voltará para mim. Eu quero você na minha cama. Você agirá como minha esposa enquanto a recuperação de sua mãe durar. Ele olhou para ela, observando seu rosto com cuidado. Lívia ouviu atentamente, tentando entender por que ele diria algo assim. Em sua cama? Agir como sua esposa?! Ele era louco? Os olhos dela mudaram para os seus, onde suas mãos tremiam, aos seus olhos, tentando encontrar alguma compaixão lá. Alguma gentileza que ela se deliciava enquanto eles estavam namorando. Ou mesmo a compreensão! Mas ainda nenhuma emoção mais suave estava disponível. — Por quê? Um desses ombros enormes levantou em um encolher de ombros. — Porque eu quero você. Suas palavras enviaram uma corrente elétrica de sentimento em linha reta através de seu corpo, fazendo com que arrepios surgissem novamente. Deus, ela não sentira nada tão intenso desde a última vez que ele a segurou em seus braços. De volta a sua cama? Oh meu, todos aqueles sonhos, todas as noites sem dormir quando ela gritou, rezando para que sua necessidade de manter este homem fosse diminuir. Ela pensou em sua oferta por um momento, se perguntando como seria. Pensando em todas essas vezes que a tinha segurado em seus braços, mas não continuava, quão desesperada se sentiu, o quanto queria apenas ficar em seus braços e descobrir o que seria fazer amor com Stefan. E mesmo sendo um choque, porque ela estava mesmo contemplando esta sugestão? Insano! Seus ombros endureceram e ela balançou a cabeça com firmeza. — Não. De jeito nenhum. Stefan sorriu. Ele tinha antecipado essa reação. — As contas médicas já são mais de cem mil libras. Seu pai pediu o divórcio, e não aceitará mais a responsabilidade financeira com a recuperação de sua mãe. Ela precisará de fisioterapia e cirurgia, para reparar os danos nas pernas devido a invasão na casa. Tem certeza de que quer deixá-la à mercê do sistema de saúde do estado? O estômago de Lívia revirou com essa explicação. Não havia nenhuma maneira que ela pudesse pagar as contas médicas! Ela tinha guardado o dinheiro ao longo dos anos, para que ela tivesse um lugarzinho seu, mas nada que pudesse cobrir as despesas dessa magnitude. — Você não faria isso com ela — ela sussurrou, esperando que ela estivesse certa. Mas o endurecimento em seus olhos lhe disse que ele faria. — Não se iluda, Lívia. Eu não consegui tudo o que tenho até agora no mundo dos negócios por ser um cara legal. Quando quero algo, eu consigo. — Ele fez uma pausa, deixando que seus olhos se moverem examinando sua figura. Ela estremeceu, sentindo seu olhar como uma carícia. — E agora, eu sou algo que você quer. Ele a olhou intensamente por um longo momento. — Sim. Seus dedos estavam tremendo agora. A ideia de estar na cama deste homem, de agir como sua esposa era... aterrorizante! — E se eu não puder fazê-lo? Ele não se moveu. — Já discutimos as consequências — ele respondeu com firmeza. — Você voltará para casa comigo. Agirá como minha esposa em todos os sentidos e, se de repente desaparecer novamente em qualquer momento, você aceitará a responsabilidade na recuperação de sua mãe e contas médicas daí para frente. Então você decide, Lívia. Se você quiser se sentir livre, fantasie — ele deu de ombros de novo — então você estará livre para ir. Só assumirei a responsabilidade enquanto você estiver ao meu lado, agindo como minha esposa. — Ele se inclinou para frente para enfatizar suas próximas palavras. — Em todas as maneiras. Ela engoliu em seco, olhando para aqueles olhos escuros e se perguntando como tinha errado tanto em seu julgamento com ele. — Eu te odeio — ela sussurrou com os lábios que pareciam congelados. — Suspeito que você odeie, é por isso que você me deixou tão de repente e sem nenhuma explicação — ele respondeu calmamente. Seus olhos caíram para a pulsação na base da sua garganta. — Mas eu suspeito que você ainda me queira tão intensamente como eu quero você. Há negócios inacabados entre nós dois. Então, eu estou bastante certo de que posso mudar seu ódio para algo mais... apaixonado. Ele se levantou. — Vamos? — perguntou. Lívia olhou em volta, o pânico enchendo seus olhos quando ela percebeu que a proposta era para começar imediatamente! Ela precisava de tempo! Necessitava descobrir como lidar com esta mais recente ameaça à sua mãe, bem como a forma como passaria o tempo na companhia deste homem e não... bem, não se apaixonaria por ele novamente! Ela sabia melhor agora. O que se escondia debaixo daquele exterior bonito. Ser agarrou a única desculpa que podia pensar. — Eu não posso sair. Nem sequer paguei a minha estadia aqui. Ele balançou sua cabeça. — Você quer sair por aquela porta comigo ou não? Se não o negócio apenas é nulo e sem efeito. Lívia sabia que ele não estava blefando, mas isso não tornava a decisão mais fácil. Sua mãe deve estar em condição crítica se ela já tinha contas hospitalares tão altas em um curto período de tempo. Mas ela poderia voltar com ele? Ela poderia agir como sua esposa, em todos os sentidos? — Eu não posso sair — insistiu ela, sem saber o que fazer. Ela precisava pensar, mas Stefan nunca foi um homem para dar-lhe tempo ou espaço. Ele era um homem de ação. Seus olhos cortaram através dela, deixando-a sem fôlego enquanto ele disse entre dentes. — Tranque as portas e venha comigo. Ou no carro mandarei uma mensagem de texto para o hospital privado em que sua mãe está se recuperando. Você pode fazer arranjos para ela ser transferida para um hospital público. Lívia viu quando ele se levantou e começou a caminhar para a porta. O pânico tomou conta e sua mente freneticamente tentou vir para cima com outra solução. Mas ela estava perplexa. Sua mãe ou sua vida? — Espere! — ela gritou. Stefan parou, com a mão na maçaneta da porta. — Deixe-me pegar minha bolsa — disse ela, com a voz fraca e patética. Ela não gostou do som e endireitou os ombros. Ela não era uma vítima! Não permitiria que ele a machucasse, mas tinha que proteger sua mãe. Uma vez que sua mãe estivesse totalmente recuperada, Lívia prometeu que levaria sua mãe para longe e a esconderia em algum lugar seguro. — Eu não tenho o dia todo, Lívia — ele disse a ela secamente. Lívia secou a mão com o pano de prato com dedos trêmulos, pendurando-o cuidadosamente sobre o gancho ao lado da pia. As chaves da casa estavam no balcão. Ela as pegou e caminhou até a porta da frente, fechando-a com cuidado. Quando ficou fora da casa, realmente não sabia o que fazer. As chaves estavam penduradas em seus dedos dormentes e a porta da limusine de Stefan estava aberta enquanto ele estava lá esperando por ela para entrar no interior escuro em primeiro lugar. — O que devo fazer com as chaves? — ela perguntou baixinho, incapaz de olhar nos olhos dele. Stefan murmurou algo baixinho e ele pegou as chaves de sua mão impaciente. — Aqui — ele disse a um de seus guarda-costas. — Localize o proprietário deste lugar e devolva-lhe. — O proprietário é ela — Lívia afirmou, irritada com a suposição de Stefan. — Irrelevante — Stefan respondeu de volta. — Você está entrando no carro ou ficaremos aqui o dia todo? Os lábios de Lívia comprimiram com raiva e ela olhou para ele. — É incompreensível eu entender como você escondeu suas tendências de intimidação de mim na última vez que estivemos juntos — e ela se abaixou na parte de trás, não lhe dando uma chance de responder. Ele veio logo após ela e a limusine saiu, indo em direção a Londres. Felizmente, seu celular tocou naquele momento e ele respondeu rapidamente, falando em sua língua nativa, russo. Lívia inclinou-se contra a porta e tentando descobrir qual próximo passo daria, como ela lidaria em ter relações sexuais com Stefan assim que retornassem a Londres. Ela se lembrava de tantas noites quando ela tinha lhe pedido para fazer amor com ela. Agora era diferente. Ele era um estranho, e ela sabia muito mais sobre seu marido agora. Lívia estava tão envolvida em sua ansiedade sobre o que aconteceria depois, que ficou chocada quando a limusine parou em frente de um edifício bastante rodeado por árvores. Parecia uma residência privada com paisagismo deslumbrante e lugares privados para contemplar o mundo. — Onde estamos? — perguntou, tentando descobrir o que estava acontecendo. Ela assumiu que a traria de volta para a bela casa que tinha comprado antes do casamento e pedir-lhe para se despir. — Sua mãe está aqui — ele explicou, sem qualquer inflexão na voz. — Você pode ficar com ela enquanto eu estou em reuniões esta tarde, mas te esperarei de volta na cobertura à noite. Um motorista estará aqui esperando por você. Esteja pronta às seis horas em ponto para um evento social que deverá comparecer — ele lhe informou e saiu da limusine, estendendo a mão para ajudá-la. Sempre um cavalheiro, pensou com ironia amarga, e colocou sua mão fria na sua mais quente. Assim que estavam na calçada, ela puxou sua mão da dele e cruzou os braços sobre seu estômago. — Obrigada — ela agradeceu, tentando se lembrar de suas maneiras, apesar da sensação de mal-estar, que foi arranhando suas entranhas. — De nada — disse ele com uma mordida sarcástico. — Seis horas, Lívia. E voltou para o veículo. Ele afastou-se rapidamente e Lívia olhou para ele, seu corpo relaxou um pouco quando as luzes traseiras diminuíram com a distância. Quando ela já não podia ver o carro, ela se virou e olhou para o prédio. Ele era excepcionalmente agradável e ela nunca teria imaginado que seria um hospital. Movendo-se para dentro, ela falou com uma mulher atrás da mesa recepcionista. — Estou aqui para falar com minha mãe, sra. Morgan. A mulher sorriu educadamente, inserindo algumas informações em um computador. — E seu nome? — Lívia Morgan. A mulher consultou seu computador e, um momento depois, assentiu com a cabeça. — Basta ir por esta porta, vire para a direita e sua mãe está no quarto 1214. Basta perguntar a qualquer um dos enfermeiros caso você queira falar com o seu médico. Lívia ficou impressionada com a eficiência da mulher e, se fosse completamente honesta consigo mesma, também estava aliviada de que sua mãe estivesse num hospital de alta segurança. Stefan tinha mencionado algo sobre seu pai pedir o divórcio, mas ele ainda pode voltar e levá-la para um hospital normal. Lívia não permitiria qualquer coisa do valentão que era seu pai. Seguindo as instruções da recepcionista, ela fez seu caminho através dos longos corredores tranquilos. Quando ela encontrou o quarto correto, ela notou que o nome de sua mãe estava do lado de fora da porta. Outra medida de segurança? Abrindo as portas, ela olhou para dentro e engasgou quando viu sua mãe deitada na cama do hospital. Seu rosto estava muito machucado, as duas pernas estavam em elevação e um de seus braços estava em uma tipoia. — Mãe! — Lívia murmurou, movendo-se com cuidado para dentro do quarto. — Oh Deus, o que ele fez com você? Sentou-se na cadeira, ela colocou a mão cuidadosamente sobre o braço da mãe, querendo que ela soubesse que ela estava aqui. A cabeça de sua mãe virou-se ligeiramente e tentou abrir suas pálpebras. — Lívia? — ela resmungou. — Estou aqui, mãe. Não se mexa. Eu sei que está com dor. — Você está aqui — ela sussurrou, seus lábios mal se movendo porque estavam tão rachados e inchados. — Ele disse que a traria aqui, mas eu não sabia se podia. — Sim — Lívia respondeu com tranquilidade. — Stefan sabia exatamente onde eu estava. Sua mãe suspirou enquanto seu corpo relaxou, mais uma vez. — Ele disse que sim. Eu não tinha certeza. Lívia olhou para rosto roxo da mãe e da mandíbula. — Meu pai quem fez isso? — perguntou ela com cuidado. — Ou realmente teve uma invasão em casa? — Mas Lívia já sabia a resposta. Sua mãe não respondeu. Seus olhos se agitaram e, um momento depois, ela estava mais uma vez dormindo. A falta de uma resposta lhe disse a verdade. Seu pai tinha batido tanto em sua mãe e era chocante que o homem ainda estava andando livre. Lívia ficou lá pela a próxima hora, apenas ouvindo os batimentos cardíacos da mãe nos monitores, precisando da evidência de que sua mãe estava bem e ainda vivendo. Seu coração doía por seu pai ter feito algo tão horrendo. Era impossível acreditar que um homem pudesse ser tão brutalmente cruel, mas ela o tinha visto fazer algo semelhante no passado, embora não tão ruim. Nunca assim. Normalmente, ele parava com um soco ou um tapa. Houve uma batida na porta e Lívia olhou para cima para encontrar uma mulher amável olhando e sorrindo para ela. — Sou a Doutora Miller — ela disse suavemente, tentando não perturbar sua mãe. — Posso falar com você lá fora? Lívia assentiu com a cabeça e olhou para sua mãe mais uma vez. — Eu já volto — ela disse suavemente, mesmo que sua mãe ainda dormisse. Uma vez que elas estavam no corredor, a médica levou Lívia para um quarto particular. As duas sentaram e as mãos de Lívia estavam entrelaçadas enquanto a médica explicava todos os ferimentos de sua mãe e seu processo de recuperação. — Ainda há um risco significativo de infecção — explicou a médica. — Mas estamos monitorando-a com cuidado. Os olhos de Lívia fecharam, seu coração dolorido pela a dor que sua mãe tinha passado. — Será que ela se recuperará completamente? A médica sorriu. — Sim. O intruso usou um taco de beisebol sobre ela, ou algo parecido. Ossos foram quebrados e não há danos no tecido profundo, mas ela se recuperará totalmente. Felizmente, os órgãos vitais não foram danificados que é o que normalmente vemos nestes tipos de casos. Lívia assentiu com a cabeça. — Obrigada. Isso é tudo muito reconfortante. A médica hesitou, obviamente considerando suas próximas palavras cuidadosamente. — A polícia ainda quer falar com sua mãe sobre a invasão, mas sua mãe se recusa a discutir qualquer coisa com eles. Talvez se você falasse com ela, ela poderia estar mais disposta a discutir o que aconteceu. Lívia apertou as mãos. — Tentarei — ela ofereceu. E isso era uma promessa. Ele foi além de cruel, ela pensou de volta para o quarto. Seu pai precisava ser preso por isso. Não havia nada que pudesse fazer agora. Quando sua mãe estivesse se sentindo melhor, elas teriam uma discussão longa e sincera sobre as surras de seu pai e como elas teriam que parar. Sua mãe precisava prestar queixa. Esta foi... a última! Por enquanto, se sentou ao lado da cama de sua mãe e falou baixinho, com foco em memórias felizes, assando biscoitos quando ela era pequena, no natal ou nas férias divertidas, especialmente quando eram apenas as duas. Um homem em um terno escuro enfiou a cabeça na porta e Lívia o reconheceu como um dos guarda-costas de Stefan. — Senhora Kozlov, me desculpe incomodá-la, mas o Sr. Kozlov me pediu para se certificar de que você estaria de volta ao apartamento às seis horas. Sua cobertura? O que aconteceu com a casa? Ele não havia se mudado? Ela suspirou e esfregou a testa. Outro mistério. Ela estava exausta e confusa, preocupada com sua mãe e agora se sentia culpada sobre uma casa. Qual seria o próximo? Lívia olhou para o relógio e sabia que era a sua vez de viver de acordo com o negócio. Que era justo, pensou. Stefan tinha feito tudo isso para sua mãe quando ele poderia ter apenas deixado, mas a mandou para um dos melhores hospitais em Londres. Além disso, mencionou um evento hoje à noite. Por isso, não era como se ela teria que... fazer isso com ele. Seria exatamente como foi quando eles estavam namorando, ela disse a si mesma, enquanto seguia o homem através dos corredores. Acomodando-se na parte de trás da limusine, ela percebeu que este veículo era mais novo. Isso era estranho, ela pensou. A noite era iminente à frente dela e teria que descobrir como ficar ao lado de Stefan e não gritar com ele por ser tão horrível... pela traição que ela sentiu depois de ouvir sua conversa telefônica. Por que ele não poderia ser um dos mocinhos?! Ela fora tão feliz nos dias que antecederam seu casamento. Ela suspirou e baixou a cabeça. Quem ela estava tentando enganar? Ela fora insanamente feliz desde o momento em que ela colocou os olhos sobre ele nos meses antes do casamento. Tudo sobre o homem era maravilhoso e cada vez que ele a tocou, a beijou... ela acabava excitada! O motorista parou na garagem subterrânea e ela suspirou, pensando em todas às vezes antes do casamento que ela tinha chegado da mesma maneira, sem suspeitar que Stefan fosse o tipo de homem que... Ela saiu e puxou a camiseta para baixo sobre seus jeans. Eram roupas de baixo custo que tinha usado muito antes, mas ela não se importou antes de hoje. Ela se sentiu poderosa e forte, porque tinha saído do que teria se tornado eventualmente um relacionamento tóxico. Mas agora, aqui de pé em meio ao luxo do edifício de Stefan, e sabia que ele realmente era o dono da construção e não apenas o apartamento em que ele possuía dois andares superiores que compõem a cobertura, ela se sentia inadequada. Suas roupas não adequadas ao ambiente. Sentia-se deselegante. Despenteada e juvenil. Respirando fundo, ela saiu do veículo e levantou-se ereta, quase desafiando alguém a criticar sua roupa. Não havia nada que pudesse fazer sobre isso agora de qualquer maneira. Ela tinha apenas de perseverar, seguir. Este era seu destino. Até sua mãe se recuperar o suficiente, para ela sair dessa casa, Lívia seria sua... esposa. Enquanto andava até o elevador, lembrou o quanto ela adorava dizer essa palavra, pensando nisso ao fazer os planos de casamento. Sussurrava no caminho quando saía para encontrá-lo para o almoço ou jantar. No espelho enquanto se preparava para o dia ou para um dos seus encontros. Deus, como ficou animada que seria ela quem se casaria com esse homem! Se tornaria sua esposa! Agora ela sabia que conhecer um homem por apenas um mês, prometendo passar a vida com ele não era um período de tempo suficientemente. Lívia entrou no apartamento, sem saber para onde ir. Ela ficou lá sozinha por alguns instantes, tentando decidir o que fazer. Só tinha estado na grande sala e na sala de jantar antes, por isso, se ela deveria agir como a mulher de Stefan, precisava de um mapa deste lugar. Era enorme! — Senhora Kozlov? — Uma mulher gritou na sua direção e Lívia suspeitava que fosse a cozinheira. Ela não estava completamente certa porque cada vez que ela esteve aqui no passado com Stefan, ele subjugou com sua presença. Não teve uma oportunidade para olhar em volta desde que ela só tinha olhos para ele. Tentando parecer um pouco mais confiante, ela virou a cabeça e levantou o queixo, forçando os lábios em um sorriso, mesmo que ela se sentia aterrorizada. — Sim? A mulher sorriu. — Sou a Senhora Flura, governanta do Sr. Kozlov. — Ela estendeu a mão. — É maravilhoso conhecê-la. Lívia pegou a mão da mulher, sem saber o que dizer. Ela não tinha ideia do que Stefan dissera a sua equipe ou seus amigos sobre seu desaparecimento, então apenas ficou em silêncio. A empregada continuou, sem se deter pela falta de resposta de Lívia. — Seu vestido para esta noite chegou mais cedo hoje e eu coloquei no quarto principal. Eu lhe mostrarei o caminho — disse ela e liderou o caminho até as escadas e um longo corredor forrado com várias portas que estavam fechadas no momento. Lívia estava louca para abri-las e descobrir o que tinha por trás de todas as portas, mas manteve as mãos cuidadosamente em seus lados. Guardou sua curiosidade para outra ocasião, quando não estivesse esperando o recém- marido aterrorizante voltar a qualquer momento. A governanta a levou para o quarto principal, não indicando que era estranho encontrar Lívia pela primeira vez. — Se você precisar de alguma coisa, por favor, não hesite em me perguntar. Lívia se sentiu humilhada pelas palavras educadas da mulher. — Muito obrigada — disse Lívia quando a governanta saía do quarto. Por um longo momento, ela só ficou lá, olhando ao redor. Ela nunca tinha visto o quarto de Stefan, mas sempre se perguntou como seria. Azul. Huh, ela pensou. Ela teria imaginado marrom por algum motivo. O homem realmente tinha lados ocultos para ela. Não que a cor de seu quarto fosse um daqueles mistérios que ela se perguntava por um longo tempo. Não, seus pensamentos foram mais para o lado sensual do homem do que a prática. Ela muitas vezes se perguntou como Stefan seria na cama, mas não necessariamente a cor da cama em que essas atividades aconteceriam. Ela olhou dentro do banheiro e o encontrou decorado com tons de creme. Mais uma vez, ela teria imaginado ele em algo mais ousado. Mais forte. Como o preto. Mas isso foi bom! Foi... ela ousa dizer isso... confortável? Não, isso não estava certo. Ela passou o dedo sobre a bancada de mármore, sentindo-se um pouco como visitante olhando através da janela de alguém. Ela queria espreitar dentro de seu armário de remédios, mas não se atreveu. Isso poderia ser uma invasão de privacidade. Ela olhou para o relógio e percebeu que teria que se apressar senão ela não estaria pronta às seis horas. Ele não tinha dito a que evento iriam hoje à noite, mas o vestido sobre a cama parecia muito bonito. Era um vestido de noite escarlate completo com sapatos impressionantes que ela mal podia esperar para experimentá-los. Entrou no chuveiro, e deixou a água quente acalmar sua pele. Fora um dia absolutamente horrível e ela não tinha tanta certeza de que a noite seria muito melhor. A perspectiva de ficar em pé ao lado de Stefan toda a noite era... assustadora. Antes de seu casamento, ela ficou ao seu lado onde quer que eles tivessem ido e se sentia orgulhosa de estar com ele. Agora... ela não sabia o que estava sentindo. Essas estranhas sensações de formigamento ainda estavam lá. Mas... sim, elas foram misturadas com medo. E raiva que ela tinha se colocado em uma situação perigosa, assim como sua mãe tinha sofrido toda sua vida de casada. Lívia saiu do chuveiro e pegou uma toalha, tentando mover-se rapidamente. Ela nunca esteve num banheiro com alguém antes, então era estranho pensar que Stefan poderia entrar aqui a qualquer momento. Certamente ele respeitaria seu espaço pessoal, não é? Então ela pensou sobre o homem. Mesmo antes que ela descobrisse sobre... esse outro lado dele... ele foi um homem muito sexual. Ele havia retido, mas... ela balançou a cabeça e apertou o nó da toalha. — Só se apresse menina — ela murmurou para si mesma. Entrando no quarto, ela parou na porta e olhou ao redor, escutando. Não, havia outros sons. Ela deu um suspiro de alívio e, em seguida, correu para o closet onde encontrou lingerie. Abriu uma gaveta e engasgou com toda a roupa íntima bonita, de laços, pensando sobre quão incrível algumas das peças ficariam contra sua pele. Ela sorriu, mas depois pensou em como o coração de Stefan era frio e a maneira como a tinha olhado quando ele selou esse negócio com ela mais cedo hoje. Se ele tivesse comprado todas essas peças para ela? E se tinha, quando fez isso? O dedo de Lívia ainda tremia quando ela levantou um par de calcinhas de renda preta. Nenhuma dúvida sobre isso, a ideia de ver Stefan em sua roupa íntima ainda tinha o poder de atraí-la. Ela desejou que não fosse assim, mas o que uma mulher poderia fazer? O homem era devastadoramente bonito. E aqueles ombros! Meu Deus, eles eram geniais! — Pensando na paz mundial? — perguntou uma voz profunda. Lívia assustou-se, os olhos arregalados quando olhou para Stefan enquanto ele estava encostado na porta. — O que... o que você está fazendo? — ela perguntou, suas mãos indo para o nó que manteve a toalha ao redor dela. Ele se aproximou dela, crescendo sobre ela. Lívia tentou não reagir, mas ela nunca fora muito boa em ignorar a atração sexual por Stefan. Ele era muito másculo e muito sexy. Assim como sua extraordinária confiança e todos os músculos do seu corpo que também ajudavam. Ela deveria afastá-lo, estar furiosa com ele por colocá-la neste tipo de situação. Mas não havia raiva neste momento, nem medo de ele ser cruel como seu pai. Não havia nada, apenas o fascínio pelo homem e o peitoral magnífico na frente de seus olhos. — O que você acha que estou fazendo? — ele perguntou suavemente, sua mão subindo para empurrar uma mecha molhada de cabelo sobre o ombro. Ela respirou fundo. — Tentando me intimidar — ela respondeu. Mas ele não estava. Tentando, quero dizer. Com Stefan, isso era natural. Mas ela estava realmente intimidada? A antecipação indicou que ela não, porém realmente focada no aspecto intimidante da personalidade do homem. Era mais sobre a... bem, o cheiro dele. Ele cheirava... incrível! Picante e masculino, com apenas um toque de limão. Bom Deus, se alguém pudesse engarrafar esse cheiro, perfumistas sairiam do negócio. — O que você está pensando? — perguntou. Sua mão caindo-lhe no braço para os dedos, em seguida, levantou a mão. Ela não tinha ideia do que ele faria, mas parecia que ele só queria tocá-la. E uma vez que se sentia extraordinariamente bem, ela não se importava nem um pouco. Ela adorava a maneira como seus dedos tocavam sua pele. Quando sua outra mão desceu o braço que estava segurando o nó de sua toalha, ela não estava realmente certa do que fazer. Seu instinto era segurar a toalha com força, mas quando seus dedos se enroscaram com os dela e, lentamente, retirou a mão, ela estava indefesa para parar a ação. Seus olhos se moveram sobre os ombros, os seios que já estavam inchados e roçando contra a toalha macia, mas também louca para sentir suas mãos. Ele tocou seus seios uma vez, antes que soubesse que ela nunca tinha tido relações sexuais antes e, de repente, seu corpo precisava de seu toque mais do que precisava respirar. Ela sentiu a toalha afrouxar tão pouco, embora ele não incentivasse de forma alguma, mas simplesmente segurou suas mãos longe de seu corpo, deixando a gravidade fazer a mágica. Quando a toalha escorregou, seus olhos se ergueram para ele e ela foi pega, seu corpo em chamas. Ela era autoconsciente da necessidade de seu olhar e não importava o quanto lutou para obter os dedos livres, suas mãos não estavam liberando as dela de seu aperto suave, mas firme. Baixando a cabeça, ele a beijou, um lento beijo, sensual que derreteu a resistência do seu corpo ainda mais. Sua língua tocou seus lábios e ela engasgou, permitindo-lhe entrada para sua boca e ela gemeu quando ele aprofundou o beijo. Este já foi muito mais exigente e ela fechou os dedos em torno dos dele aumentando a necessidade dentro dela. Ela não podia acreditar quão rápida e furiosa surgiu a necessidade deste homem em tocar seu corpo, precisando experimentar algo mais do que o beijo aquecido que ele tinha permitido antes do casamento. Ela o queria todo esse tempo! As noites que passara sozinha, perguntando como ela poderia ter perdido o lado violento dele, e ainda, tão logo sua mente relaxada, essa necessidade, essa sensação de dor invadindo sua mente. Muitas noites desde que eles tinham chegado tão perto, ela ansiava por seu toque assim. A toalha começou a deslizar ainda mais e ela empurrou para trás, instintivamente tentando segurá-la, mas ele já estava segurando suas mãos e apertou ainda mais. Quando ele levantou a cabeça, sua respiração era áspera e irregular quando olhou para ele. Mas ele não estava olhando para os olhos. Ele estava completamente focado na toalha e na forma como sua respiração estava ajudando a toalha descer. Quando finalmente a toalha caiu ao redor de seus pés, ele estava pronto e os dedos apertados, mais uma vez, não permitindo-lhe qualquer pausa do seu olhar vestida apenas com a calcinha de renda preta. Tudo o que podia fazer era ficar lá na frente de Stefan enquanto ele olhava para ela e o calor que acumulava entre as pernas era diferente de tudo que já tinha sentido antes. Ela deveria sentir-se zangada com ele por fazer isso, mas tudo o que sentia era o calor. Essa sensação quente e pesada que a fez querer se aproximar dele, de sentir os dedos mágicos em seu corpo e experimentar todas essas sensações deliciosas que havia sentido há muito tempo. — Por favor, Stefan — ela implorou, movendo-se tão perto quanto suas mãos permitiriam. Quando seus olhos olharam para os dela, ela respirou fundo enquanto sua mente absorveu o fogo em seus olhos. Ele a queria e não era apenas um desejo suave e gentil. Nem poderia ser porque este homem não era suave e gentil. Ele estava duro e poderoso e era o tipo de desejo que viu naquelas profundezas de prata. Era tudo para ela! — Você é minha, Lívia — ele rosnou um momento antes dele levantá-la em seus braços. Ela colocou os braços ao redor de seu pescoço, seus dedos tocando a ponta de seu cabelo, o calor da pele do pescoço. Ela amava essa sensação, amava sentir os fortes braços deste homem ao seu redor. Quando ele baixou seu corpo sobre a cama enorme, ela não conseguia se lembrar por que fugiu dele. Stefan olhou para a mulher incrivelmente bela em sua cama e não podia acreditar que ela estava finalmente aqui, finalmente, sua. Esta mulher tinha controlado seu desejo por tanto tempo e depois de sua saída abrupta, ele se ressentia do poder que ela tinha sobre ele. Mas agora ele estava no controle. E hoje, esta noite, ela se tornaria sua em todos os sentidos da palavra. Ele olhou para baixo e sua ereção voltou dolorosamente quando ele percebeu que ela ainda estava usando seu anel de casamento. Ele não entendia o poder desse símbolo, nem se importava neste momento. Seu anel estava lá em seu dedo e ele o manteria lá! Ele a queria. Tudo dela. Mostrar-lhe o que ela tinha perdido e entender porque ela tinha fugido. Ele deveria agir lentamente. Levá-la para jantar e exigir respostas do por que ela fugiu, sem qualquer explicação. Mas sua mente não funcionava. Especialmente quando ele viu os dedos enrolarem contra o edredom e seus quadris se moveram. Seu corpo estava implorando para que ele a tocasse mesmo que ela não soubesse. Stefan aproximou-se, curvando-se e tomou duro um mamilo em sua boca, chupando e mordendo-o antes lambê-lo novamente com a língua. Ele ouviu os suspiros de prazer e trabalhou mais, querendo mais desses sons. Não a deixaria afastar-se dele. Este foi o seu tempo e ele daria e receberia prazer da forma mais selvagem. Mostraria a Lívia o que ela estava perdendo. Quando ela tentou se afastar novamente, ele sorriu e puxou para mais perto, apenas para mover a boca para o outro seio. Levando seu tempo e movendo os dedos ao longo da curva suave de sua barriga, ele gostava de suas reações intensas. — Toque-me — ele disse e puxou as mãos, puxando-a para seu abdômen quando ela hesitou. — Eu saberei tudo de você esta noite — ele prometeu quando ela só olhou para ele em silêncio confusa. Quando ela estava em seu abdômen, ele olhou para baixo, observando a forma como o preto do laço de sua calcinha realmente não escondia nada. Ele gostava disso. Esta era a sua mulher. Ela havia se casado com ele, feito seus votos e ele a queria. Empurrando seu cabelo longe, começou em seu pescoço e beijou ao longo de toda sua espinha, explorando as costas e apreciando seus gemidos suaves quando ele encontrou ponto após ponto que dava prazer a ela. Ela certamente era uma mulher sensível, pensou com prazer quando se mudou para suas costas. Stefan riu quando ela virou a cabeça para vê-lo, mas suas mãos estavam segurando-a no lugar. — Stefan, o que você ... — Qualquer coisa que eu quiser — disse ele com uma misteriosa risada profunda. Sua boca beijou seu traseiro e se moveu mais para baixo. Quando ela se moveu na cama, ele apenas riu novamente e mudou-se para a cintura. — Não pense que você sairá dessa. Eu voltarei nela — prometeu. Quando ela tentou se mover, ele a segurou para baixo e voltou em cima dela, pressionando seu peito contra suas costas. — Ah, Lívia. Eu não acho que você entende quem está no comando aqui, não é? Ela olhou por cima do ombro para ele, mas estava tão excitada que nem conseguia nem falar. Ela abriu a boca, mas as palavras não saíam. Quando ele a beijou, ela tentou mais uma vez rolar, mas ele ainda a tinha presa por seu enorme corpo, másculo, para que ela não fosse a lugar nenhum. Quando ele deixou sua boca, ela estava pressionando seu traseiro contra sua virilha, sem saber do movimento. Tudo que ela sabia era que estava em chamas para ele, precisando dele para terminar, ela estava quase chorando com o desejo, a ânsia desesperada para ter o orgasmo que lera muitas vezes, mas nunca experimentou. A liberação que ela sabia que ele podia lhe dar. Quando seus dedos deslizaram pelas costas, ambos fazendo cócegas e provocando sua pele em chamas com seu toque, ela balançou a cabeça, tentando controlar o que ele estava fazendo, porque era muito intenso, muito para seu corpo inexperiente. — Stefan, por favor... — ela implorou novamente, desejando que ele fosse fazer algo para aliviar essa dor. Em resposta, ele mudou-se para baixo de seu corpo e delicadamente beijou as costas de joelhos e mordiscando a pele sensível. Ele já tinha antecipado sua resposta, então prendeu seu tornozelo para que fosse capaz de mordiscar a pele sensível, até ficar satisfeito. Quando chegou a seus pés, após descobrir que ela era extremamente sensível, sentira prazer em atormentá-la. Mas no final, ele não poderia demorar muito mais e ele rolou para trás por cima puxando a renda preta e jogando-a para trás. Só então ele se levantou e retirou suas roupas. Lívia observou fascinada quando ele tirou sua camisa, sua boca se abrindo enquanto observava os músculos que estavam por todo o corpo do homem. Ela estava tremendo por ele, chocada como alguém podia ter tanto debaixo de uma fina camada de tecido. — Você é lindo — ela sussurrou, inclinando-se para trás contra o colchão e deixando seu corpo esfriar um pouco depois de seu martírio. Mas vendo-o retirar a roupa não estava dando certo. Ela deveria virar a cabeça para longe, disse a si mesma com firmeza. Parar de assistir. Especialmente quando suas mãos se moviam para a fivela de sua calça. Lívia sabia que Stefan estava observando suas reações, mas não pôde evitar o espanto quando ele tirou sua calça. Ela sentiu a ereção do homem contra seu ventre várias vezes, mas vê-lo ali, em toda a sua incrível glória foi uma experiência completamente chocante. Seu olhar se moveu rapidamente até os olhos, em seguida, de volta para aquela parte dele e seu batimento cardíaco aumentou dramaticamente. Quando ele veio para perto dela mais uma vez, ela balançou a cabeça. — Stefan — ela disse seu nome, mas desta vez havia um tom nervoso. Ele parou instantaneamente, percebendo que ela estava genuinamente nervosa agora. Não era apenas nervosismo e ele abrandou, querendo a necessidade de volta em seus olhos. — Está tudo bem — ele prometeu, pairava sobre ela quando ele lentamente baixou seu peso contra sua nudez. Lívia estava distraída de sua ereção por causa daquele primeiro contato de pele contra pele. Com um suspiro de choque, ela levantou as mãos para tocar os ombros nus enquanto se movia sobre ela, seu corpo aquecendo-a mais do que ela tinha pensado ser possível. Lívia fechou os olhos, saboreando as diferentes sensações de seu corpo contra o dela, de dureza contra suavidade, de cabelo áspero contra sua pele mais macia, esfregando sempre tão sutil e esperando que ele não percebesse o movimento, mas foi o suficiente para fazê-la excessivamente sensível e seus mamilos quase tremeram com a necessidade de ele fazer alguma coisa, para corrigir essa dor dentro dela. Se ela gritou? Ela não tinha certeza de mais nada. Rangendo os dentes, ela saboreou a sensação enquanto esfregava o cabelo no peito escuro contra seus mamilos, quase gemendo em voz alta. Certamente ela não tinha feito aquele som desesperado, tinha? Ela não tinha certeza sobre qualquer coisa, exceto a necessidade de ter este homem para aliviar a dor dentro dela. Ela precisava dele de uma maneira louca que levou sua razão. — Dobre os joelhos, amor — ele ordenou, então alisou a mão para baixo de sua cintura e quadris para o joelho dela para fazê-la seguir seu comando mais rapidamente. — Sim, assim mesmo — e ele esperou, equilibrando em sua abertura e olhou para ela. — Você é minha, Lívia — ele disse a ela e um momento depois, ele pressionou em seu calor, fechando os olhos quando ele sentiu o molhado, a envoltura apertada dar lugar a sua dureza. Ele se mudou de volta para fora e a ouviu respirar profundamente enquanto pressionava mais profundamente. Para frente e para trás, movendo-se um pouco mais profundo de cada vez vendo a expressão no rosto dela. Tão irritado como ele estava com seu desaparecimento repentino e inexplicável, ele ainda não poderia machucá-la. Não queria, mas quando ele pressionou mais profundo, ele pode sentir a barreira. Olhando para baixo em seus olhos suaves, verdes, ele empurrou, agarrando suas mãos quando ele sentiu a membrana e na esperança de que ela estivesse bem. Quando ela olhou em seus olhos e sorriu, levantando as pernas ao redor de sua cintura, ele quase jogou a cabeça para trás e riu com alívio. Mas a necessidade de se mover dentro dela era muito grande, muito poderosa e não conseguia segurar por mais tempo. Por muito tempo, ele quis essa mulher e agora estava totalmente incorporado em seu calor. Movendo-se ligeiramente, ele sentiu seus músculos internos em torno dele e ele gemeu. Uma e outra vez, ele pressionou para dentro dela, sentindo-a apertar-lhe com mais força. Movendo, mudando e deslizando para dentro dela, ele não conseguiu se segurar. Mais e mais rápido ele se movia contra ela, sentindo seu corpo tremer. De repente, ele entendeu que ela não sabia o que fazer. Seus olhos estavam confusos e ansiosos quando as reações do seu corpo assumiram e uma gentileza invadiu-o, uma ternura por essa mulher que ele não queria sentir. Mas ele não podia ignorar esse sentimento. Stefan entendeu o que ela estava fazendo e balançou a cabeça. — Não esconda nada, amor. Apenas confie em mim. Ela olhou para o marido e ele a observou fascinado enquanto ela mordia o lábio, e se moveu um pouco. Assim ele sabia o que fazer. Levantando seus quadris, ele pressionou mais uma vez em seu calor e ela não podia controlá-lo por mais tempo. Seu corpo estilhaçado em pedaços, com as pernas apertando contra a sua cintura, enquanto seu corpo pulsava em torno dele. Stefan a penetrou uma e outra vez, tentando segurar o seu próprio prazer, tentando torná-lo melhor, mais longo e mais intenso, mas quando seu corpo começou a vibrar, ele não conseguia se segurar por mais tempo. O orgasmo dela trouxe para ele o mais intenso orgasmo que ele já tinha experimentado. Quando ele foi capaz de abrir os olhos novamente, ele olhou para baixo e percebeu que estava deitado em cima dela, provavelmente esmagando-a. Rapidamente rolou, a puxou contra seu lado, sentindo seu corpo enrolar-se contra o seu, pois ambos lutaram para voltar a respirar normalmente. Levou um longo tempo, as repercussões desses orgasmos foram perfeitas e fortes demais. Mas, eventualmente, ele foi capaz de ver suas encantadoras características. — Você está bem? — ele perguntou suavemente, seus dedos em enroscando-se em seus cabelos que estavam quase completamente secos agora. Esquecendo-se de todos os seus medos sobre este homem, Lívia riu e beijou seu peito. — Não tenho certeza. — Ela se sentiu tonta e viva, todo o seu corpo parecia um formigueiro depois dessa experiência incrível. Nenhuma palavra poderia descrever as sensações arrebatadoras dentro dela neste momento. Ele riu e rolou para o lado, pressionando sua perna entre as dela. — Você é linda — ele gemeu e deixou suas mãos deslizarem para baixo de seu corpo. O sorriso bobo preso a suas feições quando ela olhou para ele, sentindo-se especial nos braços deste homem. Ela tinha esquecido todo o terror desde aquele telefonema, toda a raiva em sua traição com as palavras que ouvira. Tudo o que sabia neste exato momento era a felicidade gloriosa como nada que já tivesse sentido antes. — Eu pensei que você precisava ir a algum evento esta noite. O que aconteceu com esse plano? Ele começou a mordiscar seu pescoço. — Eu vi você entrar no closet. Ela esperou por mais de uma explicação, mas quando ele apenas continuou a mordiscar seu pescoço, ela se afastou e olhou para ele. — E? — ela perguntou. Ele deu de ombros e, porque seus ombros eram tão grandes, que bloqueou a luz do teto por um momento. — E nada. Segui você lá dentro. O resto eu tenho certeza que você pode descobrir. — Ele deslizou sua mão até a cintura dela, colocando seu peito para que pudesse provocar seu mamilo. Lívia gemeu e arqueou as costas enquanto ainda tentava puxar a mão. — Eu não acho que posso... Ele sorriu com confiança e se abaixou para acariciar seu ouvido. — Você não precisa fazer nada — disse ele. — Só esteja lá e deixe-me fazer todo o trabalho. Então ela fez. E ele fez! Capítulo 8 Lívia estava sentada no parque, esmigalhando o pão do seu sanduíche enquanto ela jogava para as aves que estavam cutucando umas às outras, tentando obter o próximo pedaço de pão. O que ela tinha feito na noite passada? Por que ela tinha se dado tão livremente, tão completamente, a um homem que usava a violência para controlar as pessoas? Ela acordara com um sorriso bobo no rosto, pensando que queria experimentar fazer amor com Stefan novamente. Foi a luz do sol entrando pelas janelas que a havia trazido de volta à realidade. Voltar para o fato de que ela tinha acabado de fazer amor com um homem que ela deveria ter resistido com tudo dentro dela. Crescendo ouvindo gritos e os tapas de seu pai, enquanto se escondia debaixo de sua cama, ela jurou que nunca se colocaria neste tipo de posição. Um homem poderoso que pensava que era bom para bater em alguém? Como é que qualquer mulher poderia ficar em um relacionamento assim? Mas depois de apenas uma noite, ela entendeu. Talvez um pouco. O prazer que ela tinha recebido do enorme corpo de Stefan foi... maravilhoso, mesmo agora, seus olhos rolaram só de pensar nisso. O prazer foi incrível! Se ela mesma não tivesse experimentado, não acreditaria. Como poderia conciliar o homem de ontem à noite com o homem que poderia... ferir uma mulher? E a bondade que Stefan estava mostrando à sua mãe? Ele simplesmente não fazia sentido! Ela deveria falar com ele, disse a si mesma. Ela deve simplesmente confrontá-lo, tentar entender a conversa que tinha ouvido. Lívia estremeceu com as possíveis consequências, lembrando as poucas vezes que sua mãe tinha confrontado o pai. Talvez se ela fizesse em um lugar público? Isso lhe daria uma sensação de segurança? Ou será que ele simplesmente esconderia suas reações até que eles estivessem sozinhos? Ela inclinou a cabeça quando o peso da sua situação ameaçou sufocá-la. — Você está pronta, Sra. Kozlov? Lívia olhou para cima e percebeu que motorista de Stefan estava de pé na frente dela, olhando solícito e ansioso para agradar. — Sim, claro — respondeu ela e se levantou. Ela visitaria a mãe novamente hoje. O que ela faria sobre sua mãe? Ruth estava tão ferida e Lívia só sabia que não fora uma invasão de domicílio. De alguma forma, ela tinha que convencer a mãe para contar à polícia o que realmente aconteceu. O que sua mãe diria se soubesse que Lívia estava na mesma posição? Ela ficaria furiosa, Lívia sabia. E ela lutava para sair da cama de hospital, que estava exatamente onde ela precisava estar no momento. Portanto, não falaria com a mãe sobre a situação, disse a si mesma com firmeza. — Obrigada — disse ela quando o motorista fechou a porta da limusine. Um momento depois, ficou novamente perdida em pensamentos conforme a cidade passava pela janela. Mas Lívia não via nada disso. Sua mente estava alternando entre memórias da noite anterior, para saber como um homem podia ser tão incrivelmente suave e ainda assim, achar que era bom bater numa mulher. E mais uma vez, ela se perguntou que pista ela perdeu, o indício de que teria dito a ela para fugir de Stefan antes que ela chegasse nesta profundidade. Lívia suspirou quando o motorista estacionou fora do hospital privado. Talvez não houvesse qualquer pista. Provavelmente os homens que usavam a violência como resposta sabiam que era errado e escondiam suas verdadeiras personalidades do mundo. Ela sabia que seu pai era muito cuidadoso para esconder seu temperamento dos outros. Ele mostrava-se somente quando sabia que estava sozinho. Ela riu cinicamente, assustando a recepcionista que estava vendo-a entrar. Lívia limpou o sorriso de seu rosto, mas tinha lhe ocorrido que seu pai comprara uma casa com uma quantidade significativa de terra em torno dela. Era para que nenhum dos vizinhos ouvisse os gritos? Sua gritaria, na verdade. A mãe de Lívia era relativamente tranquila. Ela raramente teve a chance de gritar antes dos tapas ou socos começarem. Mas este último abuso... ele foi muito além do que já acontecera antes. Talvez isso, realmente, tivesse sido uma invasão de casa? — Obrigada — disse ela quando a recepcionista abriu a porta de segurança. Andando pelos longos corredores silenciosos, ela sorriu para a equipe sempre eficiente em uniformes que se movimentavam, fazendo o que quer que eles estivessem que fazer. Todos pareciam tão ocupados, pensou. Ela teria que arranjar outro emprego uma vez que estivesse tudo acabado. Lívia sabia que seria difícil desde que ela estava fora do trabalho por várias semanas antes de seu casamento. E ela provavelmente precisaria procurar até que finalmente conseguisse um emprego em qualquer empresa. Mas faria isso. Colocaria lentamente sua vida de volta nos trilhos. E faria tudo em seu alcance para garantir que sua mãe estivesse em segurança. Que seu pai não pudesse ferir sua mãe novamente. Um policial estava de pé ao lado da cabine da enfermeira. Lívia fez uma pausa, pensando se deveria dizer ao policial sobre suas suspeitas. O homem a viu no mesmo instante e interrompeu a conversa com a enfermeira. Caminhando em direção a ela, o homem sorriu calorosamente e Lívia relaxou um pouco. — Você é Sra. Kozlov? — perguntou ele, estendendo a mão. Lívia apertou a mão do homem, ainda não tinha certeza do que deveria dizer ao homem. — Sim. Como está, oficial? — ela perguntou. O homem sorriu novamente. — Você tem alguns minutos para falar comigo? Lívia assentiu e eles se mudaram para a sala de espera. Quando estavam sentados, o coração de Lívia acelerou. Ela sabia que no momento que este homem abriu a boca ele faria uma pergunta que ela temia. — Você sabe por que sua mãe é tão hesitante em me dar qualquer informação sobre a invasão da casa? Lívia olhou para suas mãos, apreciando a paciência do homem. Em sua mente, ela tinha debatido o que diria se alguma vez fosse confrontada com esta situação. Mas agora que a questão estava bem na frente dela, sabia que teria que levantar-se pela mãe, mesmo que sua mãe não fosse fazer isso por ela. — Duvido que tenha ocorrido realmente uma invasão de domicílio, Oficial — ela finalmente disse. Olhando para cima, ela percebeu que o oficial já sabia disso. O olhar em seus olhos lhe disse que sua primeira pergunta fora apenas um teste. — Alguma ideia de onde eu poderia olhar para encontrar o autor do ataque? Lívia inclinou a cabeça ligeiramente. — Você já sabe a resposta para isso, não é? — Ela viu a confirmação nos olhos do homem. — Então você também sabe que não há nada que alguém possa fazer até que... — Lívia deixou sua frustração óbvia. O oficial balançou a cabeça com resignação. — Você está certa. Infelizmente. Ele levantou-se naquele ponto. Tirando seu cartão, entregou a ela. — Se você puder convencê-la a dar queixa, me avise. Caso contrário, o caso será deixado em aberto, mas não trabalharemos nisso. Nós não temos nenhuma outra informação para seguir em frente, nesse caso. Os lábios de Lívia apertaram quando ela balançou a cabeça. — Compreendo. Verei o que posso fazer. — Isso seria bom. Se... — ele parou o que ele diria. — Bem, me ligue se você ouvir mais alguma coisa. — Telefonarei — ela disse, e levantou-se com ele. Lívia observou o oficial sair do hospital, desejando que pudesse fazer algo para ajudar sua mãe. Esta era uma situação desesperadora que ninguém deveria ter que viver assim. Ela entrou no quarto de sua mãe, mas ela estava dormindo. A enfermeira entrou para verificar seu pulso. — Ela teve uma noite agitada, Sra. Kozlov — a enfermeira explicou. — Nós lhe demos analgésicos adicionais, mas seu estômago não poderia lidar com eles. O médico estará aqui em breve para falar com você. Lívia se sentou ao lado da cama de sua mãe, segurando a mão dela até que o médico chegou. Depois de ouvir sobre a condição médica de sua mãe, ela só assentiu com a cabeça, sem entender todos os termos médicos, mas depois voltou a segurar a mão de sua mãe. Por um breve período da tarde, a mãe acordou. Lívia falou sobre o clima do outono, as cores das árvores e o sentimento mais otimistas no ar agora que o calor e a umidade se dissiparam um pouco. Ela falou sobre tudo o que podia pensar até que a mãe voltou a dormir no final da tarde. Mas ela não achava que era o momento certo para trazer o ataque. Não quando sua mãe mal conseguia manter os olhos abertos. Naquela noite, ela entrou no apartamento e olhou em volta. Tudo parecia... em silêncio, ela pensou. A empregada saiu da cozinha. — O Sr. Kozlov lhe deixou um recado, senhora. Ele disse que tinha que voar para Boston para uma reunião. Ele estará de volta em poucos dias. — Ela fez uma pausa e Lívia sentiu seu coração. Certamente que não poderia ser desapontamento, poderia? — O jantar estará pronto em uma hora. Lívia balançou a cabeça. — Obrigada, mas eu não estou com fome — falou à mulher. — Apenas subirei e tomarei um banho. — Tentou sorrir para a governanta, mas estava muito triste... de repente. Quando Lívia subiu as escadas, entrando no banheiro bonito de Stefan com todo o luxo possível, disse a si mesma que necessitava ter suas emoções sob controle. No mínimo, ela precisava descobrir se estava com medo de seu marido, ou se sentia falta dele, já que só teve conhecimento há quinze minutos que ele não estaria aqui esta noite. As duas emoções não faziam sentido juntas. Isso era ridículo, ela pensou quando tirou a roupa e ligou a água. Não queria se sentir assim! Queria se sentir aliviada por Stefan ter ido embora! Deveria ter se deleitado com a sua paz agora. Então, por que se sentia como se estivesse indo se debulhar em lágrimas? Era só porque estava confusa, disse a si mesma. Não estava chateada com sua saída, ela estava confusa com as mudanças dramáticas na sua vida durante as últimas quarenta e oito horas. Quando afundou seu corpo cansado na água morna, perfumada, fechou os olhos, ignorando as lágrimas escorrendo pelo rosto. Capítulo 9 Lívia entrou no apartamento, perguntando onde no mundo Stefan poderia estar. Ela podia estar com medo do que ele poderia fazer com ela, mas ela ainda... estava com saudades dele. Sim, ela podia admitir isso. Ele saiu há quatro dias. E depois de apenas uma noite em seus braços, ela queria estar com ele novamente. Esqueceu a possibilidade de qualquer outra coisa, ela queria este homem. Olhando através da correspondência que a governanta deixou sobre a mesa, ela se perguntou o que tinha acontecido com o e-mail que ela deveria ter recebido nas últimas semanas. Ela costumava receber toneladas de e-mails, mas depois de seu casamento, ela trocou todas as suas contas para entrega on-line e cancelou todas as suas assinaturas. Sentia-se solitária, ela percebeu. Ela tentou se esconder de Stefan após o casamento, mas agora que ele tinha ido embora há quatro dias ela sentia falta dele dolorosamente! Seus sentimentos não faziam sentido, mas estava muito cansada e sentindo-se vulnerável para tentar entendê-los. Ela até começou a dormir em seu lado da cama e vestindo uma de suas camisas de noite, apenas para se sentir mais perto dele. Ele pode tê-la chantageado a voltar para ele, mas seu corpo não se importava. E ela estava começando a aceitar que seu coração não se importava tanto. Ela andou até as janelas de vidro enorme que dava para as árvores e horizonte de Londres. Sua mente passando através de seus sentimentos, tentando identificar o que estava acontecendo e como ela conseguiria conciliar todas as suas questões. E quando ela olhou para as aves competindo uma após a outra, ela percebeu que ainda estava apaixonada por Stefan. Quão patético era isso? Estava tão confusa! Seus sentimentos não faziam qualquer sentido, mas, novamente, as emoções raramente faziam sentido. Ela o amava tanto e uma noite em seus braços não foi suficiente. Mas o que seria suficiente? O que faria com que ela fosse capaz de ter um relacionamento com Stefan e ainda se sentir segura? Ela não tinha certeza. Nem ideia de como falar com este homem silencioso. Bem, um homem ausente, ela percebeu, olhando por trás dela para a enorme cobertura que continha apenas ela. Foi assim que Stefan se sentiu depois que ela foi embora? Será que ele sentiu esta solidão desolada? Seu coração doía em pensar que ele se sentiu... abandonado. Ela estava com tanto medo dele, não teve energia para pensar sobre o que ele poderia estar sentindo. Mas agora, olhando ao redor, se perguntava se ele sentiu um pouco dessa solidão. Ela o deixou sem qualquer tipo de explicação. Agora ela percebeu que estava errada. Muito errada. Deveria ter tido a coragem de enfrentá-lo, para lhe dizer que nunca o deixaria machucá-la em nenhuma hipótese! Ela pensou que era tão forte, tão no controle de seu destino. Mas estava muito, muito errada! Fora uma covarde, apenas fugindo assim! Deveria ter encontrado um lugar seguro para confrontá-lo e dizer-lhe exatamente isso, em seguida afastar-se dele! Lívia sentou em uma das cadeiras de couro, não vendo nada exceto sua covardia. Tinha vergonha agora quando percebeu como suas ações foram infantis. Deveria ter se desafiado para si mesma. Ou melhor, ela deveria tomar aulas de autodefesa! Ela deve aprender a defender-se e mostrar-lhe que ela nunca permitirá ser ferida como sua mãe foi. Mas havia muito mais desse tipo de relacionamento deformado. Além dos tapas e socos, seu pai também tinha abusado verbalmente de sua mãe há anos, derrubando sua autoestima. Algo torceu dentro dela quando ela percebeu que Stefan nunca fizera nada parecido com ela. Completamente o oposto, na verdade. Sua cabeça caiu contra a almofada de couro, enquanto ela vacilava entre a raiva, o ressentimento, a excitação sobre o prazer que ele poderia dar a seu corpo e... amor? Uma coisa era certa, apesar de todas as suas emoções loucas, ela precisava falar com ele. Dizer-lhe o que estava acontecendo e porque o tinha deixado tão abruptamente. Essa era a única coisa justa a fazer. Ele merecia entender suas preocupações. Também precisava pedir desculpas por simplesmente deixá-lo assim. Ela se sentiu justificada na época, apenas correndo com medo por causa de todas as vezes que ela ouviu falar ou visto seu pai bater em sua mãe. Sua mãe tinha ficado com seu marido durante anos, vivendo com o abuso, porque ele tinha manipulado suas emoções, dizendo-lhe que ela era a culpada. Então, tentou tudo para agradá-lo, para manter o seu mundo em paz para que ele não batesse nela novamente. E houve momentos em que Lívia, quando era mais jovem, tinha ouvido sua mãe rir. Seu pai poderia ser encantador quando queria. Infelizmente, aqueles momentos eram raros. Bem, não existiram realmente. Lívia só esperava que seu pai não voltasse para a vida dela. Tudo isso era para outro momento, ela disse a si mesma e se levantou. Hoje, ela descobriria onde Stefan estava e ela explicaria o problema, o porque ela fugiu e exigiria que ele procurasse ajuda para controle de raiva. Ou ela teria que deixá-lo novamente. Ela ficaria através da recuperação de sua mãe, mas diria a ele claramente que não podiam ficarem juntos, se ele achava que ferir uma mulher, ou qualquer pessoa, estivesse certo. A violência não era correto, pensou enquanto subia as escadas com firme determinação. Chamando seu escritório, ela chegou à sua assistente administrativa. — Olá, Mary? — ela disse. — Sou Lívia, esposa de Stefan — ela disse essas palavras com uma sensação de mal-estar no estômago. E se Stefan não tivesse contado a ninguém que ele era casado? O casamento fora pequeno e privado, sem muitos presentes. Mas as palavras seguintes da mulher a tranquilizou. — Olá, Sra. Kozlov. Como posso ajudá-la? Lívia suspirou de alívio. — Eu estava pensado se você poderia localizar meu marido para mim. Eu estou tentando... — ela não tinha ideia do que ela estava tentando fazer, mas a outra mulher com eficiência entendeu. — Ele está em uma reunião agora, sra. Kozlov. Mas ele deve terminar em cerca de meia hora. Eu posso mandar uma mensagem para ele, se há um problema. Lívia parou no meio do corredor, atordoado pelas palavras da assistente. — Ele está aqui? Em Londres? Stefan tinha dito a ela que ficaria fora por alguns dias. Bem, ele disse à sua governanta, a qual lhe havia dito. Então, por que ele estava aqui na cidade? Ele não deveria estar em alguma outra cidade fabulosa? — Sim, senhora. Ele tem reuniões até cerca de seis horas, mas eu não acho que elas passem desse horário. Os olhos de Lívia estreitaram ainda que não houvesse ninguém em volta para ver sua raiva. — Obrigada por essa informação — Lívia respondeu. — Se você pudesse avisar que ele tem outra reunião. Mas faça-me um favor e não deixe que ele saiba quem está se reunindo com ele. Você pode? A mulher riu suavemente. — Seria um prazer. Lívia tinha a impressão de que havia mais na afirmação do que ela estava disposta a explicar. Uma hora depois, ela estava em seu closet, olhando para sua imagem no espelho de corpo inteiro. O vestido preto que ela tinha escolhido se agarrou ao seu corpo, fazendo-a sentir-se forte e confiante. Não foi o mais caro dos vestidos e ela sabia que Stefan estava acostumado a ver mulheres vestidas com os mais recentes modelos com acessórios combinando e sapatos, mas ele nunca se queixou sobre sua roupa antes de seu casamento. Então ela suspeitava que ele não fosse reclamar muito sobre isso agora. Pelo menos, ela esperava que fosse esse o caso. Quando ela saiu do elevador quinze minutos antes das seis horas, a coragem de repente começou a minguar. Todos os seus medos, sua raiva e sua ansiedade vieram à tona e ela tremia enquanto ela caminhava em direção ao escritório de Stefan. Quantas vezes ela tinha andado pelo corredor antes de seu casamento? Ela estava tão ansiosa para vê-lo, tão animada sobre ele levá-la em seus braços e beijá-la. Ela fora tão ingênua naquela época. — Ele é todo seu — sua assistente disse quando ela arrumou a bolsa e empurrou a cadeira debaixo de sua mesa. — Quando o ver, pode lembrá-lo do jogo do meu neto? — Ela riu quando ela balançou a cabeça. — Ele tem estado uma fera nos últimos dias. E então ela se foi. Lívia estava na área da recepção, não completamente certa do que ela deveria fazer. Espreitar em seu escritório, ela se sentia como uma mulher em um filme de terror, olhando para uma sala para se certificar de que o psicopata não estava lá, pouco antes desse psicopata saltar e arrastar seu corpo através da porta. Racionalmente, sabia que não aconteceria, mas Lívia não era realmente racional no momento. Ela estava nervosa em ver Stefan, porque ele não ligou ou mandou uma mensagem para deixá-la saber que ele estava de volta em Londres. Com raiva que ela suspeitava que ele não pudesse ter dito a todos, e seu corpo também estava intensamente em formigueiro ciente que o homem estava indo para passar por aquelas portas e possivelmente, varrê-la em seus braços! E no fundo, ela sabia que todos os outros sentimentos foram apenas mascarando seu entusiasmo com a ideia de vê-lo novamente depois de uma noite. Ela estava nervosa sobre isso! Tensa em ver seu marido! Bom Deus, que ridículo! Um pensamento horrível lhe ocorreu. Ele não tinha lhe dito que ele estava de volta a Londres, porque foi somente uma noite juntos e talvez não fora tão mágico para ele como fora para ela? Ela entrou em seu escritório, apenas querendo estar cercada por suas coisas, por sua aura. O homem era poderoso, forte e incrivelmente bonito. Talvez as outras mulheres em seu passado fossem mais... aventureiras na cama. Quem sabe elas fossem mais bem informadas ou criativas! Oh Deus, ela acabara de ir com ele para cama, deixando-o fazer todas essas... coisas maravilhosas ao seu corpo, mas ... Stefan passou pela recepção, irritado que estava vazia. Ele tinha um monte de trabalho para ser realizado esta noite. Mas então ele se lembrou de um jogo do neto de sua assistente e esfregou a ponta do nariz. Jogou uma pilha de documentos em sua mesa, sabendo que ela entenderia o que fazer com eles pela manhã. Andando pelo seu escritório, se perguntou o que Lívia estaria fazendo agora mesmo. Ela estava no banho? Sua pele macia estaria rosada do calor da água? Droga, seu corpo estava reagindo a apenas o pensamento de ela lá, sozinha, sem ele. Esfregando o pescoço, ele percebeu que realmente odiava isso! Ele queria sua esposa, mas não entendia por que ela o tinha deixado. Ele estava furioso consigo mesmo por criar uma situação onde ela tinha que estar com ele. Razão pela qual ele tinha dormido no sofá de seu escritório nos últimos dois dias depois de voltar de Boston. Inferno, era só ir para um quarto de hotel, se não estava disposto a passar a noite em sua casa. Ou melhor, devia deixá-la ir. Ele pagaria pelos cuidados da mãe de Lívia, mas ele precisava começar a esquecê-la. Encontrá-la em seu closet várias noites atrás não ajudou. Ele pensou que tinha tudo planejado. Que poderia esquecê-la e parar de pensar nela. Infelizmente, fazendo amor uma só noite a tinha incorporado mais plenamente em seu cérebro. Ele não conseguia parar de pensar nela, desejando-a, querendo apenas falar com ela, vê-la sorrir ou rir. Ele entrou em seu escritório e parou em seu caminho. Lívia estava aqui! E porra, estava linda! O tecido elástico do vestido marcando contra sua cintura fina e bunda redonda, fazendo suas mãos desejarem sentir seu corpo, puxá-la contra ele para que ele pudesse desfrutar de todas as suas curvas exuberantes. Bom Deus, nenhuma outra mulher jamais o fez reagir tão rapidamente. Apenas Lívia. Então ela olhou para ele. Ele viu a forma em que seus olhos se moviam sobre o corpo dele, pegou o olhar faminto. Todos os seus pensamentos sobre deixá-la ir, de ser o homem correto e deixá-la seguir em frente com sua vida desapareceu de sua mente. De jeito nenhum ele poderia deixar Lívia ir. Fechando a porta atrás dele, ele segurou seus olhos quando ele atravessou a seu escritório. Sua bolsa caiu no chão, sem ser notado, enquanto seus olhos se chocaram e ele sabia! Ela poderia tentar negá-lo, mas ele sabia que Lívia queria ele tanto quanto ele a queria! E ele era muito bom para atiçar o fogo! Talvez se ele lhe mostrasse quão bom eles eram juntos, mostrar que ele estava indo para dar-lhe mais prazer alucinante... Ele não terminou esse pensamento. Ele nunca pediu uma mulher antes e ele não começaria agora. Mas ele a mostraria todas as diferentes maneiras que poderiam estar juntos. Começando agora. Puxando o nó da gravata, ele deixou cair sobre uma das cadeiras em frente de sua mesa. Quando ele desabotoou a camisa, ele observou com crescente desejo enquanto ela se inclinou contra sua mesa, seus olhos observando seus dedos atentamente. Quando sua boca se abriu, ele já não podia resistir à tentação de tocá-la. Curvando-se, seus lábios capturaram os dela, enquanto suas mãos estenderam e a puxaram. Absorvendo seu gemido em sua boca, ele aprofundou o beijo. Não houve palavras faladas. Só toques e suspiros, suspiros de surpresa. Seus dedos assumiram, puxando os botões de sua camisa enquanto suas mãos se moviam até a cintura, de forma eficiente puxando o cinto de seu vestido. Como proteção, a sua escolha de vestidos era patética, mas talvez isso fosse o que ela pretendia o tempo todo. Ele gemeu quando sentiu as mãos em seu peito. Quando ela puxou as mãos para trás, ele sacudiu a cabeça e as colocou de volta onde elas estavam antes. — Toque-me — ele rosnou em seu ouvido enquanto suas mãos a levantaram sobre a mesa. Ele empurrou os papéis para o lado, abrindo espaço para ela enquanto seus quadris se moviam entre os joelhos, abrindo as pernas mais amplas. Ele quase se perdeu quando Lívia inclinou-se para ele e colocou os lábios em seu peito. Ele estava tão perto, de machucar-se apenas por sua presença aqui e agora, porque ela era sua vontade, ansiosamente, tocando-lhe que ele tinha dificuldade de se afastar, de fechar-se em seu calor suave. Mas esta era Lívia e ele faria perfeito para ela. Melhor do que a última vez em que estiveram juntos, o que parecia eras atrás. Merda, ele a queria. Não importa o quanto ele tentasse, não poderia retardar assim a única solução que podia pensar era fazê-la encontrar o prazer dela mais rápido. E apenas o pensamento de que poderia fazer para que isso acontecesse fez sua ereção pulsar. Rasgando sua delicada calcinha, ele pressionou as costas dela contra a mesa. Quando ela estava lá, espalhou-se diante dele, ele pensou que tinha morrido e ido para o céu. Ela era tão perfeita, tão bonita! Ele beijou o seu caminho até sua barriga, parando para beliscar sempre que ele encontrava um ponto sensível, como o lugar certo do seu osso do quadril ou sua coxa... ah sim, era bom, pensou. Mas não tão bom como quando ele cobriu o calor com a boca, saboreando sua essência. Ela engasgou, mas não podia se afastar. Suas mãos nos quadris a seguraram no lugar e ele quase riu com prazer quando seus belos quadris levantaram, provando que ela estava tão excitada quanto ele. Bem, não é bem assim. Ainda não, pensou. Deslizando um dedo em seu calor, ele continuou a lamber e mordiscar, ouvindo aqueles sons sensuais que ela fazia enquanto ele pressionava seus dedos para o topo de seu calor, aumentando a pressão enquanto sua boca trabalhava fora. Na primeira impressão, ele ouviu ofegar mais uma vez, depois o silêncio e Stefan sabia de sua primeira noite juntos o que o silêncio significava. E ele deu a ela. Levando-a bem por cima, ele ouviu os gemidos um pouco mole quando seu corpo se apertou contra seus dedos. Provando seu orgasmo na boca, ajudando-a prolongar o prazer, foi possivelmente o melhor momento de sua vida. Quando sentiu todo seu corpo aliviar, ele se levantou e abriu o zíper de suas calças. Sem esperar, ele a puxou contra ele, observando-a de boca aberta quando ele a encheu. Sim, aquelas pernas sexys enroladas na cintura e seus olhos se abriram. — Eu gosto quando você me olha assim — ele rosnou, movendo-se dentro e fora de seu calor. Toda vez que ele puxava para fora, ele podia sentir seu corpo tentando trazê-lo de volta e ele estava mais do que disposto a acomodar os comandos silenciosos do seu corpo. Lívia sentiu os dedos emaranhados em seus cabelos, puxando sua cabeça para trás. Quando sentiu os dentes no pescoço dela, ela perdeu. O atrito contra ela, seu corpo já sensível, acrescentando estimulação foi demais e ela gozou mais uma vez. Ela sentiu seu próprio corpo enrijecer e tentou mostrar-lhe quão maravilhoso foi, mas tudo o que podia fazer era passear junto com ele, sentir o aperto de seu corpo contra o dela. Muito tempo depois, os braços ainda em volta do seu pescoço e seu corpo intimamente ligado ao dela, Lívia teve vontade de rir com alívio. Este homem e a maneira como ele a tocou foi incrível. Ela teria que aparecer em seu escritório mais vezes! — Droga! — Ouviu-o fazendo com que a felicidade se dissipasse. Levantando a cabeça, ela olhou para ele, tentando descobrir o que tinha feito de errado. — Eu te ataquei na minha mesa de escritório! — ele resmungou, levantando-a para a posição sentada e ajustando suas roupas. — Sinto muito, Lívia. Eu não queria fazer isso. Ela ajustou sua própria roupa também. — Eu sou... uh ... — Você não merecia isso — disse ele, levantando-a de sua mesa e cuidadosamente colocando-a para baixo em seus pés. — Venha, eu te levarei para casa assim você pode tomar banho. Ela olhou ao redor, frenética agora, porque ela pensou que seu tempo juntos fora incrível. Ele estava olhando como se estivesse se despedindo! — Existe um banheiro? Eu posso apenas ... — Lá. Atrás dessa porta — ele disse a ela, apontando para uma porta com painéis de madeira, assim como o resto de seu escritório. — Obrigada — ela sussurrou e atravessou o tapete grosso com cuidado. Dentro do banheiro, ela olhou para seu reflexo no espelho, chocada ao encontrar seus lábios inchados e seu cabelo uma bagunça. Houve também um olhar estranho em seus olhos, algo que a fez parar antes de pegar uma toalha. Quem era esta mulher? Ela olhou... devassa! Lívia sorriu, pensando em quão incrível ela sentiu momentos atrás, quando ele tinha estado dentro dela, movendo-se de forma especial que, mesmo agora, fez seu corpo querer mais. Ele pode estar com raiva por ter acabado de fazer amor com ela em sua mesa de escritório, mas Lívia tinha adorado e além do mais, ela não se sentiu mal sobre isso! Se o homem queria ter vergonha, deixe-o! Ela iria para... bem, ela não tinha absolutamente nenhuma ideia do que faria, mas isso não importava. Ela tinha desfrutado o momento e já pensando em tentar em outro lugar. Ela encontrou uma toalha e abriu a torneira, molhou um pouco o pano para que ela pudesse limpar-se por cima. Ela ficou chocada ao descobrir que ela ainda estava excitada. Apenas pensando sobre fazer amor com o homem de novo? Louca, disse a si mesma, mas ela ainda tinha problemas limpando o sorriso bobo fora de seu rosto. Quando ela parecia um pouco mais apresentável, ela saiu do banheiro ao descobrir que Stefan tinha abotoado sua camisa mais uma vez e vestido o casaco. O homem alto, bonito parecia exatamente como quando ela entrou mais cedo. Olhando para o relógio, ela ficou chocada ao descobrir que mais de uma hora tinha passado desde que ela chegou. Bom Deus! O homem estava completo. — Vamos — ele ordenou, olhando como se ele estivesse com raiva por algum motivo. Bem, talvez fazendo sexo na mesa violasse seu código de honra. Ela apenas sorriu um pouco e mudou-se para o seu lado. Ela queria inclinar-se contra ele, estender a mão e beijar sua boca, mas o olhar duro em suas belas feições a deteve. Então, em vez disso, ela se mudou a seu lado, mantendo de espaço entre eles quando a levou para os elevadores. Ocorreu-lhe que Stefan não estava agindo como seu pai seria neste momento. Ele foi... gentil. Talvez até mesmo... cuidadoso? Isso foi uma revelação tão estranha, ela não tinha certeza de como interpretar as ações e o comportamento de Stefan contra o que ela cresceu testemunhando. Foi uma surpreendente revelação de que ela tinha que ponderar o pensamento em torno de sua mente, não tinha certeza como lidar com a estranha forma de como ele a fazia se sentir. O escritório estava quieto agora desde que era tão tarde e, quando o elevador chegou, eles eram os únicos. Ela queria falar e dizer algo a ele, mas ela não tinha certeza de como romper sua atitude com raiva. Mas não tinha toda a sua razão para vir aqui hoje falar com ele? Para exigir uma explicação? Ela fora tão corajosa inicialmente, mas confrontada com o homem real, sua coragem desapareceu. Além disso, era bom andar apenas ao lado dele. Ele era tão alto e bonito e, apesar de seus medos sobre seu temperamento, ela realmente se sentia protegida quando ela estava perto dele. Isso não deveria ser um sinal de que a sua percepção de que a conversa fora errada? Esse pensamento fez seus olhos olharem para cima em direção ao seu. E ela o encontrou olhando de volta para ela. — Você está bem? — ele perguntou suavemente. Ela sorriu, e novamente, não havia essa sensação idiota que fez seu coração ter medo. — Eu estou bem — ela respondeu, enfatizando a palavra. — E você? — brincou. Ele riu e revirou os olhos. — Melhor — ele respondeu. Lívia perguntou: — Melhor? — Porque não teve relação sexual em sua mesa de escritório ou ele estava melhor porque tiveram? Saindo do elevador, ela tremeu quando sua mão forte se mudou para as suas costas. Enquanto caminhavam, ela moveu-se ligeiramente para mais perto dele, quase do jeito que costumava andar antes de seu casamento e... Suspirando, ela empurrou sua mente. Ela não queria lidar com isso agora. Essa conversa seria muito longa. — Lívia! — disse uma voz feminina à sua direita. Lívia olhou em volta, sua boca caiu aberta quando viu sua amiga de corrida vindo em sua direção. — Donala! O que você está fazendo aqui? — ela perguntou quando as duas mulheres se abraçaram. — Eu tenho tentado entrar em contato com você! Onde você estava? — Donala, uma mulher bonita com pele escura e cabelo preto sacudiu a cabeça. — Não importa. Não vejo você tem um tempo. O que você está fazendo hoje à noite? — Ela riu e pegou a mão de Lívia. — Na verdade, não me diga. Não me importo. Você vem à minha festa de noivado. Ela olhou para o homem alto de pé atrás Lívia. — E este deve ser o seu marido! — Ela riu e mudou-se em torno de sua amiga, pegando sua mão e a sacudiu. — Eu ouvi que você tinha se casado Lívia, mas este homem é quente! — exclamou, sorrindo enquanto ela continuava a apertar a mão de Stefan. Stefan riu levemente, apreciando a forma como os olhos de Lívia brilharam com ciúme instantaneamente. E foi ainda melhor quando Lívia puxou a mão da amiga da dele e se aproximou, inclinando sua suavidade contra seu lado. Ele colocou seu braço em volta da cintura, puxando-a ainda mais perto. — Sim, este é Stefan Kozlov, meu marido — disse Lívia. — Uau! — Donala exclamou, enquanto observava os dois interagirem. Ela suspirou e balançou a cabeça como ela se arrependesse de algo. — Bem, você encontrou-o primeiro, então eu acho que você fica com ele. — Seu sorriso brilhante iluminou-se novamente quando ela olhou para Lívia. — E, além disso, eu casarei com o homem mais maravilhoso do mundo inteiro! Então você tem que vir a nossa festa de noivado hoje à noite! Você sempre disse que queria experimentar um casamento real estilo indiano, bem, agora é a sua chance! Lívia riu, o entusiasmo de sua amiga contagioso. — Estou animada por você, mas não há nenhuma maneira que eu vá na sua festa de noivado no último minuto. — Absurdo! Você não acreditará a quantidade de comida que já tinha encomendado. E você conhece a minha família. Ela se virou para Stefan. — Minha mãe e meu pai estão casados há mais de 60 anos — explicou ela. — Eu sou a última dos doze filhos para se casar. Toda a minha família estará lá, todas as senhoras estão fazendo henna enquanto os homens sentam-se em um canto bebendo. Voltando-se para Lívia, ela avisou: — Minha mãe ficará furiosa com você, se ela descobrir que eu te encontrei e você não veio para a festa. Especialmente quando estamos a apenas um quarteirão de distância. Lívia olhou em volta. — Uma quadra de onde? Não existem lugares para ter uma festa desse tamanho! Ela riu. — Não há algo que caiba quarenta netos agora? — Quarenta e três — Donala corrigiu. — O último nasceu há apenas dois meses. E você sabe o quanto minha mãe te ama, então isso é o fim da conversa — sorrindo a mulher disse com determinação. — Você e esse lindo pedaço de homem irão. E você está indo para uma verdadeira festa indiana com todas as tradições. Com isso, ela os levou dois quarteirões da rua, conversando todo o caminho sobre os últimos acontecimentos com sua família. Lívia olhou para Stefan, preocupada que ele poderia não querer vir para algo como isto. Ela levou um pouco de tempo para se acostumar com a família de Donala. Eles usavam adornos barulhentos e adotavam todos que entravam em sua casa, crianças perdidas. Lívia adorava ir para a casa de sua amiga na escola porque era tão diferente do seu próprio sentimento sinistro de silêncio e de sua casa. Quando chegaram ao estacionamento, Lívia olhou para trás e viu seu motorista e guarda-costas seguindo a uma distância discreta. — Stefan, se você não quiser, eu inventarei uma desculpa para não ir hoje à noite. Ele olhou para suas características encantadoras, ainda liberados do seu encontro de escritório e balançou a cabeça. — Esta é a primeira amiga sua que eu conheci. Eu não perderia esta noite por nada. — E a empurrou-a para dentro. Donala já estava sendo cercada por seus parentes, muitos dos quais estavam falando, e longas mesas que pareciam que desabariam com a quantidade de alimento que estava sendo colocada sobre elas. Quando a mãe de Donala viu Lívia, ela rompeu com as pessoas que ela estava conversando e se aproximou, envolvendo Lívia em um enorme abraço. — Tem muito tempo! Não posso acreditar que Donala finalmente te encontrou! É bom que você esteja aqui. — Ela olhou diretamente nos olhos de Lívia. — Como está sua mãe? — perguntou ela solenemente. — Essa última vez foi a pior — disse ela e sacudiu a cabeça. — Seu pai deveria ser preso pelo que ele fez com aquela mulher! O coração de Lívia quebrou. Sua mãe tinha tentado tanto esconder a realidade de sua vida dos vizinhos, mas seus esforços, obviamente, não tinham dado bom resultado. — Sim. Ela está indo bem — ela respondeu, lutando contra as lágrimas. A mãe de Donala sacudiu a cabeça. — Ela não está bem. Eu posso ver isso em seus olhos. Ligarei amanhã e discutiremos isso. Mas esta noite, você precisa de uma bebida e de comida. O resto da noite foi tão divertido e barulhento como ela se lembrava. A comida era deliciosa, com especiarias e curry permeando cada mordida. O vinho e destilados fluíram fortemente e, quando a música começou a tocar, a pista de dança estava cheia de pessoas dançando e rindo. — Vem! — Donala ordenou, tomando a mão de Lívia e puxando-a para um grupo de mulheres sentadas no canto. — Você ficará com os braços pintados — ela anunciou e cutucou Lívia em uma cadeira. A mulher que faz os desenhos sorriu para Lívia. — Qual a mensagem que você quer? — perguntou ela. Lívia tinha acabado de abrir a boca para responder quando Donala sacudiu a cabeça. — Eu tenho — ela disse e se inclinou, sussurrando para a artista. A mulher sorriu e acenou com a cabeça. — Ambos os braços? — ela perguntou e Donala concordou imediatamente. — O que você falou? — perguntou Lívia, olhando para a amiga com cautela. Ela viu Stefan no canto, rodeado por outros homens. Todos eles pareciam estar discutindo sobre algo, mas o barulho tornava impossível ouvir qualquer um que estivesse um pouco longe. Foi quando Stefan fez algo escandaloso. Erguendo a taça, ele piscou para ela. A boca de Lívia caiu aberta e ela não podia acreditar que o sempre sério, rígido e formal Stefan Kozlov, tinha apenas piscado para ela! Quão escandaloso! Sem precedentes! Ela sentiu o calor subindo em suas bochechas, e as outras senhoras ao seu redor notaram isso também. A artista de henna sorriu, olhou para onde Lívia estava olhando, em seguida, voltou a concentrar nas mãos de Lívia. — Você está certa, Donala! — declarou rindo e foi trabalhar. Trinta minutos e outra bebida doce e muito letalmente intoxicante mais tarde, a artista levantou a cabeça com um sorriso enorme. — Tudo feito — disse ela. Stefan caminhou naquele momento e levantou as mãos de Lívia. Lívia não tinha ideia do que estava escrito em sua pele, mas ela amava os intrincados detalhes. Donala estava próxima e, como a noiva, ela estava recebendo seus braços e pernas feitas. Então ela estaria lá por um tempo. Stefan levantou-a para fora da cadeira, seus olhos se movendo através dos desenhos. — Você gosta disso? — ela perguntou. Stefan continuou a examinar o desenho de uma lua em forma de um crescente com uma estrela disparando em direção a ela. A artista tinha desenhado a lua em suas palmas que Lívia pensava que era estranho. Ela normalmente viu a henna feito na parte de trás da mão de uma mulher, mas o que ela sabia? — O que significa isso? — ela perguntou. Stefan olhou para ela com aquela diversão sutil que ela adorava em suas belas feições. Mas estava desaparecido desde que ela voltou. Compreensível. — Não importa — ele respondeu. — Dança comigo — ele ordenou e puxou- a para mais perto, fazendo o seu caminho para a pista de dança. Lívia pensou que era uma bela ideia. Ela tinha comido muito da deliciosa comida picante e tinha bebido vários copos de qualquer que seja a bebida potente que Donala ou outro membro de sua família havia pressionado em suas mãos. Dançar era uma boa ideia, pensou. No entanto, dançar com Stefan era uma atividade completamente diferente do que qualquer tipo de dança normal. Em seus braços, ela se lembrou de seu casamento. Não dançaram e ela estava muito nervosa e animada para realmente pensar muito, mas agora, sabendo o que ela fez sobre ele, sobre todos os lados dele, ela ainda se moveu facilmente em seus braços. Era bom, pensou. Ela queria descansar a cabeça contra seu peito duro, mas resistiu, não sabia como ele tomaria esse movimento. Houve tanta confusão entre eles, tantas perguntas sem respostas. Ela precisava se explicar, perguntar-lhe sobre a conversa telefônica para jogar tudo a limpo. Mas agora, neste momento, tudo parecia perfeito demais. Ela amava estar em seus braços, a música fluía ao redor deles quando eles balançavam suavemente ao ritmo. Era um momento no tempo que ela saborearia, mesmo se as explicações mais tarde não viessem bem. Então, o momento era ainda mais precioso por causa da insegurança entre eles. — Você me dirá o que o desenho significa? — perguntou ela, inclinando-se contra ele quando ela inclinou a cabeça para trás para olhar para ele. — Não. Ela não gostava dessa resposta. — Por que não? Ele riu e puxou-a para mais perto. — Porque... Ela esperou por ele para explicar, mas seu silêncio lhe disse que ele estava mantendo a informação para si mesmo. — Poderia explicar por que você não me dará a informação? — Não. Na sua frustração contínua, ele riu. — É um desenho de henna, Lívia. Não uma profecia. — Então, se não é importante, diga-me o que isso significa. — Por que não pergunta para sua amiga? Lívia olhou para Donala, que acenou alegremente de volta, ousada por sua brincadeira maliciosa. — Porque Donala é uma encrenqueira. Doce e muito divertida, mas ainda uma encrenqueira. Ele riu suavemente em sua resposta. — Vocês duas se parecem. Lívia suspirou, sabendo que ele não daria qualquer informação até que estivesse bem e pronto. — Nós somos. Fomos pelo menos. Ela era a pessoa que trazia problemas na maioria das vezes. Ela gostava de quebrar as regras na escola. Uma sobrancelha escura subiu com essa declaração. — Mas eu estou supondo que você fosse uma participante voluntária, certo? Lívia riu. — Acho que eu poderia ter sido uma boa companheira de armas. — Você está pronta para sair? — ele perguntou. Pensando que ele queria fazer amor com ela, mais uma vez, mas desta vez com ela vestindo apenas os desenhos de henna. O olhar em seus olhos a fez recuperar o fôlego. Oh meu Deus, pensou enquanto sua mente absorveu a promessa nessas profundidades de prata. — Acho que sim — respondeu ela. Saindo de seus braços, ela caminhou até Donala. — Estamos indo embora — explicou ela à amiga. Donala pulou e abraçou Lívia, em seguida, foi até Stefan, beijando-o em ambas as faces. — Cuide dela. Lívia merece uma pausa de... — acenou com a mão no ar. — Bem, você sabe. Um momento depois, uma série de gritos felizes rompeu a conversa e os olhos de Donala oscilaram para o outro grupo. — Tenho que ir! — ela disse e abraçou Lívia novamente. — Falo com você em breve! Stefan levou Lívia para fora no frio ar da noite. Sua limusine estava parada em frente, pronta para eles apenas entrarem na parte de trás. Lívia notou o olhar confuso nos olhos de Stefan e se encolheu, pensando que ele perguntaria a ela sobre o comentário de Donala. Depois de uma noite agradável com amigos e muita risada, ela não queria se aprofundar no lado vergonhoso de sua família. — Lívia — ele começou a dizer assim que o veículo começou a rolar pela rua. Ela sabia exatamente o que pediria e ela não queria estragar sua noite com essa pergunta. Então ela fez a única coisa que sabia que o distrairia de perguntas. Ela estendeu a mão e o beijou, com a mão correndo pelo lado áspero de sua bochecha. Ela adorava a maneira como seu rosto estava esta hora da noite, todo barbado e eriçado, assim como o homem. Quando ela se afastou, ela viu o brilho de calor e sabia que tinha conseguido. Ele começou a dizer alguma coisa, mas ela simplesmente repetiu o processo, sabendo que ele se distraiu uma vez, se distrairia novamente. Desta vez, ele realizou seu objetivo mais profundamente do que ela poderia ter sonhado possível. Assim quando ela estava prestes a puxar para trás, para avaliar sua reação, ele simplesmente arrancou-a do assento ao lado dele e levantou para o seu colo, os dedos mergulhando em seu cabelo para beijá-la mais profundamente. Lívia se emocionou com a sensação, exigindo sua boca, beijando-a como se ele precisasse dela mais do que o ar. E ela adorou. A limusine parou na garagem subterrânea do prédio e ele saiu, levando-a com ele e então a puxou atrás dele no elevador privado. Ele mal teve tempo para pressionar em seu código antes que ele se voltasse para ela, começando a beijá-la mais uma vez. Quando chegaram ao apartamento, ele não podia esperar mais. Levantando-a em seus braços, ele a levou até as escadas para o seu quarto e a intensidade só cresceu a partir desse momento. Lívia teria rido com sua distração, mas quando ele a despiu e a pressionou na cama, enchendo-a com seu calor, ela não podia dizer as palavras ou poupar a atenção das sensações que ele estava lhe dando para formar um pensamento lúcido. Capítulo 10 Ao longo das semanas seguintes, Lívia estava vivendo no limbo. Durante o dia, visitava sua mãe, ajudando em sua recuperação. Enquanto o corpo de Ruth curava, Lívia incentivava a mãe a falar com a polícia, mas até agora, ela resistiu. O fisioterapeuta ajudou sua mãe com seus músculos e ossos, enquanto um psicólogo vinha diariamente para conversar com ela sobre o ataque. Não era permitida sua presença na sala durante esse tempo, mas ela estava feliz que sua mãe estava falando com alguém. Finalmente! E depois as noites. Oh, Deus, as noites! Ela chegava de volta do hospital pelo início da noite, mas não tinha muito a fazer até que Stefan voltasse para casa no final da noite. Ela comia a maioria de suas refeições sozinha, desejando que tivesse a coragem de mudar as coisas, para falar com ele e exigir uma explicação, para dar-lhe uma razão do porque ela o tinha deixado. Mas todas as noites, assim que ele entrava pela porta, ele dava a ela um olhar e seu corpo derretia. Sua mente se voltava em marshmallow e ficava muito animada para estar em seus braços. Toda noite, ela prometia a si mesma que resistiria à atração magnética de seu corpo e o calor, o prazer incrível que só parecia intensificar entre eles aprendendo sobre os corpos um e do outro. E todas as noites, ela falhava. Então, na parte da manhã, acordava e jurava que teria a conversa naquele dia, apenas para ser varrida no calor de seu toque mais uma vez. Até o final de duas semanas, ela estava em sua cobertura, não é melhor do que estava no início desta... aventura? Relação? Caso? Lívia não tinha ideia de como definir o que ela dividia com Stefan. Eles eram casados, mas não compartilham qualquer coisa diferente de intimidade física. Eles viviam juntos, mas só se viam à noite na cama. Pela manhã, ele ia embora e ela ficava sozinha na enorme cobertura. A única vantagem para esta situação era que ela perdeu peso e agora ela sentia magra e esbelta, embora ela não tivesse dinheiro para obter novas roupas, as que ela possuía serviam. Ela estava usando um vestido preto que era cerca de dois tamanhos a mais agora, mas ela não tinha mais nada. Alisando o tecido para baixo sobre seus quadris, ela sabia que teria que fazer algo sobre sua situação financeira. E não havia nenhuma maneira que ela pediria dinheiro para Stefan. Estava fora de questão. Ela se contentaria com o que tinha ou descobriria outra maneira. Com isso determinado, ela forçou sua mente a pensar sobre seu relacionamento com Stefan. Sua mãe estava com previsão de ser liberada do hospital, possivelmente já na próxima semana. No fundo, ela não queria deixar Stefan. Ele disse que ela tinha que ficar com ele até que não houvesse mais contas do hospital, mas ela queria mais. Mas e se incluir a violência? Ela tinha que falar com ele! Deveria interrogá-lo e descobrir o que ele quis dizer naquele dia! As palavras pareciam bastante claras, mas talvez ela tivesse escutado errado? Talvez ele tivesse apenas brincando? Oh, ela não sabia! Stefan era um homem tão complicado e seu rosto raramente revelava o que estava pensando. Ela pensava que tinha começado a entender seus humores antes, mas agora não tinha ideia! Ele era muito mais intenso, mas era principalmente porque estavam na cama e ele estava sempre fazendo amor com ela. Ela entrou no elevador, como era sua rotina normal, para ir visitar sua mãe no hospital. Mas um momento antes que ela entrasse na limusine, ela olhou para o motorista. — Tim, você se importaria de me levar para o escritório do meu marido em primeiro lugar? — perguntou ela. O homem tirou o chapéu. — Claro, Sra. Kozlov — ele concordou. Lívia entrou na parte de trás e Tim fechou a porta. Um momento depois, eles estavam saindo da garagem e os músculos do estômago de Lívia apertaram com medo. E se a falar com Stefan fizesse tudo piorar? E se ele ouvisse e, em seguida, batesse nela? Ou se ele já sabia que sua mãe estava se recuperando e estava planejando um divórcio? Oh Deus, ela não gostava dessa ideia. Sua mão escorregou para seu estômago e ela sentiu um pouco enjoada com a ideia de perder mesmo sua ligação tênue com Stefan. Durante os dias que ela se escondeu dele, apenas uma vez ela considerou um divórcio. Mas ela fora incapaz de seguir adiante. Quando Tim parou em frente à sede de Stefan, ela olhou para o arranha- céu, construindo sua coragem. Apenas do lado de fora deste enorme edifício fez seus joelhos um pouco fracos. Tudo sobre o edifício a lembrava do poder e força de Stefan. Mesmo o prédio era cinza como a prata de seus olhos. Deus, ela estava sendo fantasiosa! Ele era apenas um homem, disse com firmeza. Humano. Tinha sentimentos assim como todo o resto do mundo, mesmo que ele pudesse ser melhor em escondê-los do que a maioria da população. Entrando no elevador, ela nervosamente fechou e abriu sua bolsa, desejando que ela soubesse as palavras certas para dizer, algo que romperia o que tinham vivido nas últimas semanas. Quando ela saiu dos elevadores, ela imediatamente percebeu que havia um tipo diferente de energia no piso executivo. Havia sempre um senso de urgência, mas foi intensificado hoje, por algum motivo. Um homem saiu realmente correndo pelo corredor com papéis na mão, outro estava chicoteando ao virar da esquina, uma mulher estava lutando por uma porta que ela conhecia de visitas anteriores que era uma grande sala de conferências. Na verdade, todos pareciam estar caminhando para essa área. Lívia se moveu lentamente em direção às portas, preocupada que ela estivesse interrompendo alguma coisa, mas muito curiosa para se conter. Quando chegou à porta, ela encontrou a sala cheia de pessoas, todas elas freneticamente chamando uns aos outros, empurrando papéis sobre a mesa que já estava cheia de papéis, as telas na parte de trás da sala foram preenchidos com números que não faziam sentido para os olhos inexperientes. — Quem é você? — Um homem gritou do outro lado da sala. — Segurança! — ele rapidamente chamou. Os olhos de todos cortaram para ela e Lívia sentiu um ajuste doloroso de lavagem vergonhosa sobre ela. Seus olhos se moveram pela sala, tentando determinar o que estava acontecendo, mas com a exclamação do homem, ela olhou para aquele homem que não parecia frenético. Stefan! — Não há necessidade de chamar a segurança — disse ele calmamente ao homem que estava correndo em direção ao fundo da sala. Dois guardas entraram na sala de conferências mesmo quando Stefan caminhou em sua direção. Ele levantou a mão para acenar os guardas de distância. — Continuem. Nós só temos hoje para finalizar. — Ele pegou a mão de Lívia e começou a levá-la para fora da sala de conferências. — Estarei de volta em um momento. Com isso, o resto das pessoas na sala curvou a cabeça e continuou trabalhando. — Tudo bem. — Sinto muito interromper — ela engasgou, erguendo mão para seu braço, mesmo quando ela olhou para trás para a sala de conferência. — Eu só… — O que houve? — Ele insistiu quando ela parou de falar. Os olhos de Lívia voltaram para os seus e, quase instantaneamente, o ruído e a urgência da sala de conferências desapareceram. — Sinto muito Stefan. Eu realmente não queria interromper o que está acontecendo hoje. — Está tudo bem. Por que você está aqui? Lívia inclinou a cabeça. — Eu queria falar com você sobre... uma coisa. — Ela estava juntando as mãos, não sabia como explicar. — Eu só estava... — ela suspirou e esfregou a testa. — Você nunca está em casa para o jantar recentemente. Você só volta a tempo para ... Stefan viu sua esposa, ignorando a necessidade latejante que o atingiu cada vez que estava perto dessa mulher. Ele tinha pensado que tê-la em sua cama toda noite aliviaria a dor, mas só intensificou. Ele a queria mais agora do que quando ele a viu pela primeira vez. Ele estendeu a mão, colocando em seu rosto suavemente. — Você me quer em casa para jantar? — ele perguntou, sem perceber que estava segurando a respiração enquanto esperava pela sua resposta. Como os olhos verdes de Lívia olhou nos seus, ela não conseguiu segurar. — Sim — em resposta ofegante. — Eu gostaria muito disso. Seus olhos sorriram, embora seus lábios mal se moviam. Deus, ela tinha esquecido o quanto ela amava esse lado dele, olhando em seus olhos para tentar descobrir o que ele estava pensando ou sentindo. — Como está sua mãe? — ele perguntou, sabendo que Lívia a visitava todos os dias. A boca de Lívia abriu pronta para lhe dizer a verdade, que sua mãe estava melhor e ela poderia receber alta em breve. Mas em vez disso, ela balançou a cabeça. — Não muito bem — disse a ele. — Pode ser um pouco cedo para ela estar bem o suficiente para viver por conta própria. Algo dentro de Stefan relaxou com as suas palavras. Ele recebia atualizações diárias do hospital, ele sabia que a mãe de Lívia poderia estar indo para casa na próxima semana. Na verdade, ele tinha arranjado um apartamento para ela, completo com uma enfermeira apenas no caso de ela não estar completamente pronta para ficar sozinha. — Isso é ruim. Deixe-me saber se ela precisa de mais alguma coisa, está bem? — perguntou delicadamente, aliviado que Lívia não estava dizendo a ele que ela estava saindo. Lívia assentiu, sem sentir-se culpada sobre estar mentindo para ele sobre a condição de sua mãe. Ela não tinha certeza do que estava fazendo, mas sabia que queria esse homem em sua vida de alguma forma. Ela o amava. Ela teve que fazer este trabalho! Ela tinha que descobrir isso! — Bem, eu deixarei você voltar ao trabalho. Eu só… — Me quer em casa para o jantar — ele terminou quando ela lutava para terminar a frase. Lívia olhou em seus olhos pratas nervosamente. — Sim. Isso seria legal. Stefan não hesitou. — Estarei lá — disse ele, tão calmamente. — Esta noite. Ela olhou de volta para a sala de aparência caótica cheia de pessoas. — Parece que algo importante está acontecendo lá. Se você não puder vir para o jantar hoje à noite, tudo bem. Seus lábios se curvaram em um leve sorriso e sua barriga capotou com entusiasmo. — Estarei lá. Ela suspirou, sua cabeça foi um pouco para baixo. — E nós podemos conversar? — perguntou ela, com a voz um pouco ofegante. Ele riu enquanto a ponta do polegar esfregou contra sua mandíbula. — Sim. Falaremos sobre qualquer coisa que você queira discutir. Seu rosto se iluminou e os ombros relaxados. — Isso seria bom. — Você tem algo específico que você gostaria de discutir? — perguntou. Ela considerou contar a ele sobre o assunto, mas, em seguida, sacudiu a cabeça. — Quero apenas falar com você — ela terminou, então amaldiçoou por ser uma covarde. Ela falaria tudo hoje à noite, ela prometeu. Passos de bebê. Ela disse a ele que o queria em casa para o jantar, e ele estava disposto a estar lá, apesar de tudo o que estava acontecendo aqui no escritório que parecia muito importante. Ela olhou para ele, ignorando a onda de sentimento nas proximidades de seu coração. — Sua equipe precisa de você. Sinto muito por interromper. Ele riu novamente. — Pode me interromper a qualquer momento, Lívia. Com essas palavras, ele inclinou a cabeça e beijou-a muito suavemente nos lábios antes que ele voltasse para a reunião. Era o beijo mais doce que ele já tinha concedido a ela e seu coração disparou. Certamente um homem que fez esta proposta não era um monstro, certo? Ela olhou mais uma vez para a sala de conferência, pegando seu olhar e sentiu suas bochechas virarem rosa. Ela virou a esquina e respirou fundo. Bastava estar em torno do homem que já era uma experiência intensa. Quando ela estava mais uma vez sentada na limusine, uma vez que viajou para fora da cidade para o hospital particular, ela ficou pensando o que queria dizer a ele. As palavras tinham que estar certas, e tinha que ser exatamente direta, sobre o modo que sentia agora, e que saiu errado. Ela estava distraída durante todo o dia, tentando prestar atenção à sua mãe, que era na verdade uma tagarela, uma mudança, enquanto ainda em sua mente ela pensava no que precisava dizer a Stefan. Mas quando ela estava de pé na sala de jantar mais tarde naquela noite, as mãos mais uma vez, alisando nervosamente para baixo suas coxas enquanto ela esperava por Stefan, todos os discursos ensaiados por ela e desenvolvidos em sua mente simplesmente desapareceram no momento em que o viu caminhar através da porta. Ele era tão bonito, ela pensou. Apenas a ligeira barba aparecendo em seu rosto indicou que era noite em vez de manhã. Ele parecia tão fresco da mesma maneira que ele tinha saído hoje. Quando ele se aproximou de onde ela estava, ele não parou. Ele simplesmente caminhou até ela e tomou-a nos braços, beijando-a até que ela estava agarrada a ele, sua necessidade engolindo todas as suas boas intenções. Quando ele mordiscou o lado de sua boca, ele perguntou: — O que tem para o jantar? — Quando os lábios atingiram seu ouvido, ela suspirou e tocou contra ele, incapaz de lutar contra a atração inevitável. ― Você? — ele perguntou quando ela ainda não tinha respondido ele. Ela tinha acabado de abrir a boca para responder quando seu celular tocou. Stefan levantou a cabeça e olhou para a mulher em seus braços. Seus lábios estavam abertos e os olhos vidrados, provando que ela estava sentindo a mesma coisa que ele. Mas havia uma aquisição importante que ele se afastou, a fim de jantar com ela. Ele prometeu que estaria disponível para perguntas, embora a maioria das questões tivesse sido fechada mais cedo hoje. — Eu tenho que resolver isso — ele disse com resignação e um profundo suspiro. Soltando-a, ele apertou o botão de resposta em seu telefone quando ele sorriu ligeiramente, observando Lívia em pé no sofá de couro e inclinou-se contra ela. Ele até gostava que sua respiração fosse difícil. Ele fazia isso com ela, pensou com orgulho e aumentou a confiança que tinha de alguma forma ser capaz de manter essa mulher em sua vida. Lívia ouviu com apenas metade de uma orelha, enquanto Stefan discutia algo com a pessoa no telefone. Ele jogou fora alguns grandes números, bem como questões que não podia sequer começar a entender. Quanto mais ela ouvia, mais intrigada ela estava com tudo o que ele fazia. Mas, então, o olhar em seus olhos mudou. Antes, tudo o que podia detectar era a paciência enquanto ele dava ordens sobre como lidar com o que estava acontecendo. À medida que a conversa continuou, porém, a paciência se dissipou e uma nova e assustadora emoção surgiu. Ele estava com raiva! Oh Deus, quantas vezes teve seu pai recebido um telefonema na noite e ficou irritado com o que estava sendo retransmitido? Lívia lembrou, seu corpo, inconscientemente, encolhido quando ela tentou se proteger. Sua mente imediatamente voltou para as muitas... muitas... noites que ela rastejou para debaixo da cama, ouvindo a ira de seu pai e de sua mãe... silêncio. Ela olhou ao redor da sala, tentando encontrar o melhor lugar para se esconder, mas ele terminou a chamada antes que ela pudesse vir com um plano. Quando Stefan guardou o telefone e olhou para cima, ele soube imediatamente que algo estava errado. Lívia não foi encostada no sofá. Ela estava do outro lado. Suas mãos estavam apertadas em punhos e seus olhos pareciam que ela estava pronta para fugir. — O que há de errado? — ele perguntou, suas próprias mãos em seus quadris quando ele notou sua expressão aterrorizada. Lívia abriu a boca para falar, mas as palavras não saíram, sufocada por seu medo. Ela estava muito apavorada. Já não era Stefan em pé em frente a ela, era seu pai, uma reação irracional que ela sabia, mas não conseguia parar o ataque de pânico que estava sufocando a possibilidade de que Stefan poderia levar suas frustrações sobre ela. Tudo o que ela queria fazer era se esconder, correr para fora da cobertura e encontrar algum lugar para isso até que sua raiva estivesse sob controle. Stefan estava furioso. — Ok, explique-me Lívia! Porque eu não entendi! Por que você se irrita quando eu fico com raiva? O que eu fiz ou disse que te faz tão assustada que você vive com medo da minha raiva? Lívia tremia enquanto ela se movia ao redor para o outro lado do sofá mais distante, precisando de mais barreiras entre os dois. Ou mais especificamente, uma barreira para os punhos. — Eu ouvi você! — ela respondeu, mantendo sua voz tão calma e até mesmo possível, mas que ainda era provavelmente muito dura. Quando ela olhou para ele, para seu rosto bonito e as memórias do caminho suas mãos poderia fazê-la sentir, o temperamento de Lívia quebrou. — Como você pôde dizer aquelas palavras? Como você pode me abraçar e ser tão gentil, suave e ainda... Stefan esperou, alívio inundando-lhe que ele finalmente descobriria o que a aterrorizava por tanto tempo. Mas quando ela não continuou, ele sacudiu a cabeça. — Lívia, se você não começar a falar... — ele ameaçou. — Eu não deixarei você me bater! — ela gritou. Ela agarrou a parte de trás do sofá, furiosa que ela se colocou nesta posição. Depois de sair da casa de seu pai, ela desembarcou de volta para o mesmo tipo de papel e ela estava com raiva. Furiosa! Consigo mesma, bem como com Stefan porque ele sempre pareceu como um dos mocinhos. — Eu não deixarei você fazer isso, Stefan. Eu não serei uma daquelas mulheres humildes e subservientes. Você é mais forte do que eu e muito mais poderoso, mas não o levarei quieta. Apenas continuarei a subir e você terá que me matar antes que eu deixe você fazer comigo o que meu pai fez a minha mãe! No momento em que ela terminou, ela estava gritando porque estava tão apaixonada pelo lado bom dele. Ela precisava superar isso, mas ele ainda estava escondendo o lado mal dele. Stefan olhou para ela, atordoado com o que ela estava dizendo. Certamente ele foi mal interpretado. — Lívia, você tem medo de mim porque você acha que eu perderei o meu controle e baterei em você? — ele perguntou em voz baixa. Seu rosto estava pálido e com os olhos arregalados, mas ela foi capaz de acenar com a cabeça com um empurrão para confirmar sua pergunta. As peças do quebra-cabeça de Lívia finalmente se encaixaram. Ele entendeu e havia tanto alívio, bem como fúria. A fúria era sobre o que ela tinha passado quando criança, bem como a raiva que ela poderia pensar que ele poderia fazer isso com ela. — Nunca bati em uma mulher na minha vida, Lívia. E nunca bateria em você. Sua voz era suave e calmante, porque de repente ele percebeu que seu pai não era apenas um valentão, ele era um batedor de esposa também. Ela continuou a olhar para ele e ele estava em uma perda sobre o que fazer para ajudá-la. — Lívia, o que te fez pensar que eu bateria em você? — Eu ouvi você! — Ela soluçou, tentando ficar de pé, mas suas palavras suaves foram de tal traição. Qualquer momento, ele mudaria. Ela tinha visto tantas vezes. Ela sabia o que aconteceria. — No dia do nosso casamento, você estava no telefone. Você pensou que eu não estava lá em cima, mas você estava demorando muito. Eu queria estar com você e então fui te olhar. — Ela furiosamente limpou as lágrimas que fluíam sobre suas bochechas. — Eu ouvi você ao telefone. Eu não sei o que você estava falando, mas você disse que se eu não ficasse em linha e fizesse o que me foi dito, você me bateria. Stefan voltou a pensar naquele dia. Ele tinha estado em uma névoa de desejo por tanto tempo, ele não estava pensando em linha reta. Mesmo a cerimônia de casamento era um borrão porque Lívia tinha usado um vestido que lhe tinha atormentando-o com suas suaves curvas e ele sabia que seria capaz de fazer amor com ela. Finalmente. — Quando eu fiz... — ele parou, lembrando-se de repente quando ele foi para o seu escritório e Grayson o tinha chamado. — Eu estava ao telefone — disse ele em voz baixa, tentando lembrar o que ele tinha dito. — Mas... — em seguida, lembrou. Ele tinha falado com Grayson, mas fora sobre Scarlett! Ele olhou para ela, não tinha certeza se ele queria explodir de raiva ou alívio. Ou mesmo riso. — Você entendeu mal a conversa, Lívia! Eu não estava falando sobre te bater. Ela tapou os ouvidos. — Eu não quero saber que você está abusando de outras mulheres! Stefan riu, alívio passando através dele. Finalmente! Ele finalmente entendeu todos os seus medos estavam presos! — Eu não estou abusando de ninguém, mas eu só poderia bater em sua bunda adorável, se você não parar de fazer suposições. Me escute Lívia. A conversa foi sobre Grayson e Scarlett. Primeiro de tudo, eu não bateria em Scarlett porque ela é como minha irmã. E mesmo se eu tivesse alguma forma começar a ideia ridícula de prejudicar qualquer fio de cabelo dela, Grayson me encontraria e me mataria. Aqueles dois são o amor um do outro durante anos e o idiota não fará nada sobre isso. Nem ela – nenhum deles percebe que são loucos um pelo outro. Lívia abriu os olhos e ouviu, atordoada. — Por que você disse algo assim, então? Stefan suspirou e moveu-se rapidamente ao redor do sofá. Ele ignorou as tentativas de manter o espaço entre eles. Ele não teria que esperar por mais tempo. — Lívia, você tem que entender que você tem uma perspectiva diferente sobre o mundo que eu não entendia até agora. Eu não tinha ideia de que seu pai era fisicamente abusivo ou nunca teria usado palavras como essas. Ele fez uma pausa, em seguida, considerando todas as implicações de sua nova compreensão. — Mas agora que eu sei disso, eu o destruirei. Lívia ficou rígida em seus braços. — Não! Deixe-o em paz! Não o toque, porque ele não joga limpo. Stefan bloqueou olhos com ela, o rosto sério. — Você realmente não tem ideia sobre o poder que eu exerço, não é? — Ele não esperou por uma resposta, porque era óbvio. E mesmo que a fizesse se sentir bem. Amava-o por si só. Não por causa de sua riqueza ou poder. Uma e outra vez, ela tinha provado que ele a amava ainda mais por isso. — Lívia, seu pai é um peixe pequeno. Eu sou a baleia neste oceano. Seu pai está terminado em negócios. Ele já nem sequer terá uma casa quando eu terminar com ele. Na verdade, eu provavelmente tenho provas suficientes para lançá-lo na prisão para o resto de sua vida. Ela já estava balançando a cabeça, mas ele colocou uma das mãos em cada lado da cabeça dela e a beijou. Ele não desistiu até que ela parou de resistir a ele e derreteu nele novamente. — Bom. Agora que está tudo claro na sua mente, aqui está o que acontecerá. Você passará os próximos dias, meses, anos, décadas — disse ele, mordiscando seu pescoço — aprendendo a confiar em mim. — Ele pegou sua mão e mudou-se em torno de seu pescoço. — E você se apaixonará por mim — ele prometeu a ela também. — Eu acho que eu já sou apaixonada por você. Ele balançou a cabeça, mesmo quando ele estava se movendo a boca ainda mais para baixo o peito. — Não. Se você me amasse, você confiaria em mim. Os dois andam de mãos dadas, minha bela. Mas você me amará. E você confiará em mim tão completamente que se eu começar vindo em sua direção com um taco de beisebol, você só assumirá que jogaremos beisebol e se jogará em meus braços. Ela riu com a imagem que ele tinha acabado de colocar em sua cabeça, não pensando que ela nunca seria capaz de confiar nele tanto assim, mas ela gostou do que ele estava dizendo. — Você nunca machucaria Scarlett, não é? Eu realmente gosto dela. Suas mãos tinham habilmente desabotoou a blusa. — Ela realmente gosta de você também. — Por que você a ameaçaria de espancá-la? — Ela quase esqueceu sua pergunta quando sua mão se moveu até seu seio, esfregando o polegar contra o mamilo sensibilizado. — Porque ela é uma intrometida irritante — disse ele com um sorriso. Lívia riu, agarrando seu pulso para puxar a mão. — Não consigo me concentrar quando você está fazendo isso comigo — ela gemeu. — Bom. Eu não quero que você se concentre. Temos meses de façanhas sexuais para compensar. E eu começarei a fechar a lacuna agora. Ele se levantou e ergueu em seus braços, levando até o quarto. Ela observou em um borrão como os quartos passaram zunindo de perto. — Quando é que testaremos as outras partes da casa? — perguntou ela, em seguida, fechou os olhos em constrangimento. Stefan parou, quase soltando-a com aquelas palavras. — Ah, amor, você me matará. Mas eu adoraria — disse ele enquanto ele continuava a subir as escadas para o quarto. — Mas agora, os funcionários estão aqui. E eu quero privacidade quando você gritar meu nome. Lívia riu nervosamente, mas ela seguiu suas instruções muito bem. Epílogo — Stefan! — Lívia gritou, batendo a porta da frente com um movimento furioso de seu pulso. — Onde você está, homem horrível?! Stefan saiu de seu escritório e Lívia teve que trabalhar duro para continuar seu olhar e lembrar por que ela estava tão furiosa. — Você fez isso! Um riso soou pela direita e Stefan sacudiu o menino naquele braço. — O que eu fiz, amor? — perguntou ele com cuidado. Ele tinha feito um monte de coisas e não tinha certeza de qual fora pego. Houve uma risadinha no outro lado dele para o qual ele sacudiu o braço. — Papai está em apuros. — Mia, sua filha de quatro anos sussurrou. Ela estava conversando com Oliver, o menino de dois anos que também estava segurando seu macaco de pelúcia da mesma maneira que seu pai estava segurando-o. E ambos estavam rindo o suficiente para precisar de outra brincadeira. Infelizmente, seus filhos não tinham respeito pela posição em que se encontravam. — Será que você pode colocar as crianças no chão? — ela perguntou, impaciente, tentando não rir de seu filho e filha agindo como animais selvagens. Era um jogo que jogavam uma e outra vez, com Stefan como o leão, que os seguia em toda a casa. Quem teria sabido que o poderoso, magnata dos negócios assustador tinha uma tarefa simples quando se tratava de seus filhos? Se apenas os outros empresários pudessem ver seu marido aterrorizado agora, eles relaxariam. Então, certamente, eles provavelmente não iriam. Stefan só tinha um fraquinho em seu coração para a sua família. O resto do mundo realmente devia prestar atenção. — Eu acho que os soltarei — ele disse a ela, e ambos Mia e Oliver bateram palmas e riram um pouco mais. — Eles provavelmente terão que me proteger. Lívia balançou a cabeça, estreitando os olhos quando ela olhou para ele. — Você submeteu meu nome! — exclamou ela. — Nada o protegerá agora. Stefan olhou para o papel em sua mão e se encolheu. — Você não deveria ver ainda. Ela colocou as mãos nos quadris, distraída quando Stefan mudou tanto as crianças de modo que elas estavam em seus quadris, os braços rechonchudos em torno de seu pescoço. Portanto, agora os três estavam olhando para ela. Era difícil manter a raiva quando os olhos verdes de Mia e Oliver estava fazendo sons de macaco para não mencionar o calor secreto no olhar de Stefan enquanto seus olhos percorriam seu corpo. Ela tinha esquecido sobre o vestido que usava hoje, o material agarrado ao seu corpo. Livia tinha a intenção de encontrá-lo para o almoço de hoje com uma surpresa, assim a roupa era sedução. Ela tinha acabado de encontrar o artigo antes que a hora do almoço chegasse. — Não! — Ela virou-se para ele. Seu sorriso se alargou e ele piscou para ela. — Eu vou. — Não! — Ela disse, mas o calor já estava construindo em seu estômago e irradiando para fora. — Já estou, meu amor. — As crianças ... Oliver torceu o nariz quando ele se inclinou para Mia. — Eles se beijarão, não é? Mia suspirou. — Eles estão sempre beijando, Oliver. Stefan riu quando ele se inclinou, beijando Lívia suavemente, mas ela podia sentir o desejo naquele beijo. E seu corpo, como sempre, reagiu a ele. — Você merece o reconhecimento — ele disse a ela. — Você e sua mãe fizeram grandes coisas com abrigo das mulheres. Além disso, o prêmio destacará todo o bom trabalho que vocês duas têm feito. — Nós não precisamos de publicidade — argumentou ela de volta. — O abrigo de mulheres está prosperando. Minha mãe está prosperando agora que ela não está sob as mãos abusivas de meu pai. Mudou-se para outro beijo. — Eu quero que o mundo saiba que é uma grande coisa que você criou. Então, eu submeti o seu nome. Ela olhou para a direita e para a esquerda, rindo, finalmente, para seus filhos adoráveis. — Você não está protegido — alertou a ele. Mia e Oliver aconchegaram mais perto de seu pai. — Você não pode ficar com ele — disse Mia. — Ele é nosso para a manhã. Ele prometeu. Lívia riu. — Então papai está vadiando no trabalho e vocês estão jogando selva. Novamente. Oliver acenou com a cabeça. — Eu acho que ele está seguro por agora, então. Mia e Oliver lançaram os seus braços para cima no ar, torcendo. Uma fração de segundo depois, Mia estendeu a mão e atirou-se nos braços de Lívia, deu a sua mãe um grande, beijo molhado. — Isso significa que você tem que ser o tigre, mamãe. Lívia olhou para o marido, amando tudo sobre ele. — O Tigre? Eu pensei que papai preferia quando eu era a gazela. Mia e Oliver riram e balançaram a cabeça. — Não. Quando você finge ser a gazela, o leão se esquece de perseguir o macaco e o pavão. Lívia riu, mas o que disse era verdade. Ela corou, pensando na última vez que brincou. Não tinha percebido o que aconteceria quando Stefan disse que ela seria a gazela. Pensou que ele ainda perseguiria as crianças. Mas Mia e Oliver tinham se chateado com seus pais naquele dia, desgostosos porque o leão tinha perseguido a gazela atrás do sofá e foi beijá-la. Novamente. O leão tinha esquecido de perseguir o macaco e pavão. A partir desse momento, as crianças se recusaram a deixar sua mãe ser outra coisa senão um predador também. — Bem, eu acho que ser um tigre é melhor do que uma gazela. Stefan balançou a cabeça enquanto Oliver e Mia assentiram. — Gazela se divertiu mais com o leão — ele disse a ela. Lívia corou um tom ainda mais profundo de vermelho, mas ela também se inclinou mais perto e beijou o marido. — Sim. Eles se divertiram! Fim!