Você está na página 1de 24

C IN C O M I N U T O S E A

VIUVINHA
Cinco Minutos conta a história do casamento do autor com
Carlota. No entanto, para o leitor, parece que está
escutando uma história que não é para ele, já que Alencar
dirige seu texto a uma prima. O leitor aqui é uma terceira
pessoa, um “voyer” que fica entre José de Alencar e sua
prima.
Ao mesmo tempo em que tenta levar o leitor a pensar que
tudo é imaginário e faz parte das fantasias do autor, José de
Alencar faz questão de narrar fatos verídicos da época,
acontecimentos reais que marcaram o Rio de Janeiro no
início do século. É tão minucioso nesse aspecto que até
narra datas e horários etc.
Os livros Cinco Minutos e A Viuvinha falam sobre a
vida burguesa. Suas personagens são personagens
que, no fundo, representam o ideal acabado da vida
burguesa, tropicalmente reproduzida na Corte
brasileira. Em Cinco Minutos, o narrador-
personagem está disponível, da primeira à última
página, para satisfazer a todos os caprichos de sua
imaginação. Sem compromisso profissional algum, o
aspecto financeiro de suas peregrinações atrás de
Carlota não chegam jamais a preocupá-lo.
Personagens
Protagonista: Personagem redonda, também narrador, pois
conta a história em 1ª pessoa, não é citado seu nome. A
história gira em torno do amor que ele sente por Carlota e a
sede que sente em revê-la e estar ao seu lado.
Carlota: Personagem redonda, antagonista no começo,
porque ela mesma impede o personagem principal de
encontrá-la, pois pensa ter uma doença incurável e não
quer fazê-lo sofrer, mas logo se rende ao amor dele.
Personagens secundárias e planas: A prima a quem a carta
que contém a história é endereçada, a mãe de Carlota, o
velho da canoa.
Motivo desequilibrador: A história muda a partir do momento em que ele se
atrasa cinco minutos e perde seu ônibus. Ao ter que tomar outro ônibus acaba
encontrando Carlota, que não conhece fisicamente ou socialmente, mas que
se torna uma obsessão em sua mente.

Clímax: O momento culminante é quando ela revela sua identidade, sua doença
e seu amor por ele, mas logo em seguida o abandona, deixando-o com a
escolha de ir a se encontro e presenciar seus últimos dias ou esquece-la e não
ver seu sofrimento.

Desfecho final: A volta do equilíbrio acontece quando ela se cura de sua


doença e eles voltam casados da viagem e se estabelecem em “uma linda
casa, toda alva e louçã”, que fica fora da cidade e “vivem felizes para sempre”.
Espaço e ambiente
Espaço: A cidade do Rio de Janeiro, a cidade de
Petrópolis, Minas Gerais onde eles se estabelecem
no fim, além de vários países da Europa.
Ambiente: Calmo no começo e no fim. Doentio
quando ele procura saber a identidade de sua
amada e quando ele tenta chegar rápido ao Rio de
Janeiro.
Tempo
Tempo cronológico: A história que é narrada se
passa no ano de 1857.
Tempo psicológico: O livro é todo em flashback,
pois o narrador conta a história que se passou
dois anos atrás. Ele infere no meio da narração
suas reflexões sobre a vida, os costumes, suas
vaidades e seus conhecimentos sobre as
mulheres.
Publicado em 1857, o romance A Viuvinha aborda os
conflitos psicológicos vividos pela sociedade burguesa
carioca com a idealização do amor eterno e da honra
familiar como valores fundamentais do caráter humano. O
narrador escreve a história na forma de uma carta que
seria destinada à sua prima, sendo ele um amigo dos
protagonistas após o acontecimento dos fatos.
Capítulo 1

Em uma carta à sua prima, datada em 1857, o autor relata a história de um jovem
casal, Jorge e Carolina, que se encontrava diariamente na casa de D. Maria, mãe
da moça. O romance puro, respeitoso e abençoado pela matriarca guarda um
mistério que será desvendado nesta história.

Jorge, que na vida real tem outro nome, era filho de um rico negociante falecido e
havia gasto boa parte de sua fortuna em vícios, luxos e amantes. Os prazeres
excessivos, no entanto, fizeram com que ele se aborrecesse da vida e tivesse
desperto em sua alma o desejo de uma existência mais elevada. Numa bela
manhã, após uma noite de insônia, o rapaz sentiu um impulso para ir à missa.
Capítulo 2

Na igreja, após fazer uma oração que pareceu tê-lo libertado de um enorme
peso, Jorge mirou uma moça de quinze anos, acompanhada de sua mãe, e
encantou-se imediatamente. Dali dois meses iniciaram-se as visitas descritas
no capítulo anterior.

Purificado pelo amor, Jorge não tinha mais qualquer traço do jovem
voluptuoso dos tempos passados: valorizava a simplicidade e o
trabalho. Ele pediu a mão de Carolina em casamento e na véspera
desse evento, que contaria com uma cerimônia modesta para
apenas alguns amigos, o casal estava em êxtase.
•EM UMA CARTA À SUA PRIMA, DATADA EM 1857, O AUTOR RELATA A
HISTÓRIA DE UM JOVEM CASAL, JORGE E CAROLINA, QUE SE
ENCONTRAVA DIARIAMENTE NA CASA DE D. MARIA, MÃE DA MOÇA.
O ROMANCE PURO, RESPEITOSO E ABENÇOADO PELA MATRIARCA
GUARDA UM MISTÉRIO QUE SERÁ DESVENDADO NESTA HISTÓRIA.

CAPÍTULO 1 •JORGE, QUE NA VIDA REAL TEM OUTRO NOME, ERA FILHO DE UM
RICO NEGOCIANTE FALECIDO E HAVIA GASTO BOA PARTE DE SUA
FORTUNA EM VÍCIOS, LUXOS E AMANTES. OS PRAZERES
EXCESSIVOS, NO ENTANTO, FIZERAM COM QUE ELE SE ABORRECESSE
DA VIDA E TIVESSE DESPERTO EM SUA ALMA O DESEJO DE UMA
EXISTÊNCIA MAIS ELEVADA. NUMA BELA MANHÃ, APÓS UMA NOITE
DE INSÔNIA, O RAPAZ SENTIU UM IMPULSO PARA IR À MISSA.
•.
•NA IGREJA, APÓS FAZER UMA ORAÇÃO QUE PARECEU TÊ-
LO LIBERTADO DE UM ENORME PESO, JORGE MIROU UMA
MOÇA DE QUINZE ANOS, ACOMPANHADA DE SUA MÃE, E
ENCANTOU-SE IMEDIATAMENTE. DALI DOIS MESES
INICIARAM-SE AS VISITAS DESCRITAS NO CAPÍTULO
ANTERIOR.

CAPÍTULO 2 •PURIFICADO PELO AMOR, JORGE NÃO TINHA MAIS


QUALQUER TRAÇO DO JOVEM VOLUPTUOSO DOS TEMPOS
PASSADOS: VALORIZAVA A SIMPLICIDADE E O TRABALHO.
ELE PEDIU A MÃO DE CAROLINA EM CASAMENTO E NA
VÉSPERA DESSE EVENTO, QUE CONTARIA COM UMA
CERIMÔNIA MODESTA PARA APENAS ALGUNS AMIGOS, O
CASAL ESTAVA EM ÊXTASE.
•A CAMINHO DE SUA CASA, JORGE ANSIAVA PELA NOVA VIDA
QUE O ESPERAVA, QUESTIONANDO-SE SE ISTO VALERIA APENA,
COMO QUALQUER NOIVO PRESTES A SE CASAR. CHEGANDO À
RESIDÊNCIA ELE DESCOBRE QUE UMA VISITA O ESPERA.

CAPÍTULO 3 •SR. ALMEIDA, AMIGO DE SEU FALECIDO PAI E RESPONSÁVEL PELA


ADMINISTRAÇÃO DE SUA HERANÇA ATÉ SUA MAIORIDADE, RELATA
UMA PREOCUPAÇÃO ACERCA DE SEU IMINENTE MATRIMÔNIO:
APESAR DE SEUS ALERTAS CONSTANTES SOBRE OS GASTOS
EXCESSIVOS DO JOVEM, ELE NÃO FORA OUVIDO E AGORA TODA A
RIQUEZA HAVIA SE ESVAÍDO. JORGE ESTAVA POBRE.
Procurando manter uma atitude positiva perante sua desgraça, Jorge
comprometeu-se em trabalhar duro e reabilitar o nome de seu pai no
mercado, mas Sr. Almeida esclareceu que além de não possuir capital, sua
empresa estava afundada em dívidas vencidas: os anos de luxúria haviam
custado muito caro e agora só lhe restava o castigo por seus excessos.

Almeida comprometeu-se a sanar as dívidas no nome de seu falecido


amigo, defendendo sua honra, mas nada faria para ajudar Jorge dali em
diante. O rapaz manteve uma calma aparente, mas que estava imersa em
pensamentos sinistros. Por fim, chorou tristemente.
• ANÁLISE DOS PERSONAGENS

•JORGE: HERÓI DO ROMANCE, FOI PRIVILEGIADO PELA ABUNDANTE HERANÇA


DEIXADA POR SEU PAI E SE DEIXOU LEVAR, DURANTE A JUVENTUDE, PELOS
PRAZERES DO MUNDO. APÓS TER SUA ALMA PURIFICADA PELO AMOR POR
CAROLINA DESCOBRE QUE SUA VIDA DE LUXÚRIA CUSTOU-LHE TODA A
FORTUNA. DOMINADO POR UMA CRISE MORAL, BUSCA O SUICÍDIO COMO
SAÍDA DE SEU DESESPERO, MAS ENFIM OPTA UMA VIDA DE PRIVAÇÕES QUE
MAIS TARDE LHE RECOMPENSARIA COM A RECONQUISTA DE SUA HONRA.
DURANTE ESSE PERÍODO ADOTA O NOME DE CARLOS FREELAND.
Carolina: Bela jovem que encantou Jorge quando este
buscava uma existência mais elevada. Quando recebe a
notícia de que seu marido suicidou-se logo após seu
casamento encarna o luto e o puro amor pelo falecido
como princípios de sua personalidade – daí o apelido
Viuvinha.
D. Maria: Mãe de Carolina, é uma senhora solitária e zelosa
pela felicidade familiar. Sua única condição para o casamento
de sua filha com Jorge é que todos vivam na mesma casa.

Sr. Almeida: Amigo do pai de Jorge, cuidou da herança do


garoto até a sua maioridade e depois lhe serviu de
conselheiro, ainda que sem efeito. Quando o rapaz
empobrece ele o orienta a recuperar sua honra e o impede
que se suicide.
Resumo Geral

Em uma carta à sua prima o autor relata o romance entre


Jorge e Carolina. O rapaz, na véspera de seu casamento, é
alertado pelo Sr. Almeida, amigo de seu falecido pai, que sua
fortuna se esgotara após os anos de luxúria que viveu na
mocidade.

Desesperado, Jorge tenta o suicídio após o casamento, mas é


impedido por Almeida, que sugere forjar sua morte e mandá-lo
aos Estados Unidos, onde poderia trabalhar para recuperar
sua honra.
Após cinco anos Jorge retorna sob o nome de Carlos Freeland
e, vivendo uma penosa rotina, recupera os papéis das dívidas
de sua empresa.

Carolina, que continuava vivendo em luto, é cortejada por um


vulto misterioso que lhe deixa flores em sua janela todas as
noites. Quando ela revela ao seu admirador que não poderia
amá-lo por ainda estar apaixonada por seu falecido marido, ele
se revela o próprio Jorge.

Você também pode gostar