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RHEMABRASIL - MÓDULO2A

• Não podemos atingir o amadurecimento sem o au-


xílio (operação) do ministério quíntuplo (os cinco
dons ministeriais).

• Algumas igrejas só amadurecem até certo nível por-


que reconhecem somente alguns dons ministeriais,
porém o intuito de Deus ao estabelecer os cinco
dons era o de que crescêssemos em tudo.

QUANDO ALGUÉM É CHAMADO?


O chamado nasce conosco, isso não quer dizer que entra-
mos imediatamente nele. Existem atitudes e passos necessá-
Gálatas 1:15 – rios para entrarmos neles, como veremos a seguir, mas isso
“Quando, porém,aoque não anula o fato de que já nascemos com um chamado e um
meseparou antes deeu propósito de Deus a ser desenvolvido (ver Gálatas 1:15).
nascer emechamoupela
sua graça, aprouve.” “Não que eu o tenha já recebido ou tenha já obtido a per-
feição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que
também fui conquistado por Cristo Jesus. Irmãos, quanto
a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço:
esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando
para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para
o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”
(Filipenses 3:12-14).

Paulo nos mostra nessa passagem que, assim que ele


foi conquistado por Deus, já havia algo para que ele mes-
Jeremias1:5 – “Antes mo conquistasse. Essa vocação é soberana, ou seja, é uma
queeute formasse no escolha soberana de Deus e por isso mesmo imutável (ver
ventrematerno, eute
conheci, e, antesque Jeremias 1:5).
saísse damadre,te
consagrei, e te constitui
profeta as nações.”
QUALIFICAÇÕES PARA O MINISTÉRIO
Existe uma enorme urgência na obra do Reino de Deus
em nossos dias, mas o clamor bíblico por ceifeiros continua
ecoando. O problema é que muitos cristãos não entendem
que existem qualificações que nos colocam ou nos tiram da
obra. No ministério a primeira delas é fidelidade.

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MINISTÉRIO PRÁTICO

Fidelidade ao chamado
Fidelidade: exatidão em cumprir suas obrigações, em
executar suas promessas.

Fiel: aquele que guarda fidelidade, que cumpre seus con-


tratos, fiel a suas promessas; constante, perseverante, exato,
seguro. Consistente e constante em cumprir deveres.
1 Timóteo1:12 – “Sou
Ver 1 Timóteo 1:12 e 1 Coríntios 9:16. grato para comaquele
quemefortaleceu, Cristo
O homem inconstante não recebe de Deus coisa alguma: Jesus, nossoSenhor,que
“Não suponha esse homem que alcançará do Senhor alguma meconsideroufiel, desig-
coisa; homem de ânimo dobre, inconstante em todos os seus nando-mepara
caminhos” (Tiago 1:7-8). oministério.”

Dois exemplos clássicos de fidelidade ao chamado: 1 Coríntios 9:16 – “Se


anuncio o evangelho, não
tenhodequemegloriar,
• Moisés (ver Números 12:7 e Hebreus 3:5) pois sobremim pesa essa
obrigação; porqueai de
• Eliseu (ver 1 Reis 19:21) mimse não pregar
oEvangelho.”
Eliseu serviu Elias por cerca de vinte anos, e o resultado
do seu serviço foi a porção dobrada do Espírito que recebeu. Números12:7 – “Não
éassim comomeuservo
“Quando estava o SENHOR para tomar Elias ao céu por um Moisés, queé fiel emtoda
redemoinho, Elias partiu de Gilgal em companhia de Eli- a minha casa.”
seu. Disse Elias a Eliseu: ‘Fica-te aqui, porque o SENHORme
Hebreus3:5 – “E
enviou a Betel’. Respondeu Eliseu: ‘Tão certo como vive o
Moisés era fiel, emtoda
SENHORe vive a tua alma, não te deixarei’. E, assim, desce- a casa deDeus, como
ram a Betel. Então, os discípulos dos profetas que estavam servo, para testemunho
em Betel saíram ao encontro de Eliseu e lhe disseram: dascoisas quehaviam de
‘Sabes que o SENHOR,hoje, tomará o teu senhor, elevando-o ser anunciadas.”
por sobre a tua cabeça?’. Respondeu ele: ‘Também eu o sei;
calai-vos’. Disse Elias a Eliseu: ‘Fica-te aqui, porque o SE- 1 Reis 19:21 – “Voltou
NHOR me enviou a Jericó’. Porém ele disse: ‘Tão certo como Eliseu deseguira Elias,
tomoua junta debois,e
vive o SENHORe vive a tua alma, não te deixarei’. E, assim,
osimolou, e, comosapa-
foram a Jericó. Então, os discípulos dos profetas que esta- relhos dosbois, cozeuas
vam em Jericó se chegaram a Eliseu e lhe disseram: Sabes carnes, eas deuaopovo,
que o SENHOR,hoje, tomará o teu senhor, elevando-o por e comeram.Então, se
sobre a tua cabeça?. Respondeu ele: Também eu o sei; ca- dispôs,e seguiua Elias, e
lai-vos. Disse-lhe, pois, Elias: Fica-te aqui, porque o SENHOR o servia.”
me enviou ao Jordão. Mas ele disse: Tão certo como vive o
SENHORe vive a tua alma, não te deixarei. E, assim, ambos
foram juntos. Foram cinquenta homens dos discípulos dos
profetas e pararam a certa distância deles; eles ambos
pararam junto ao Jordão. Então, Elias tomou o seu manto,

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enrolou-o e feriu as águas, as quais se dividiram para os


dois lados; e passaram ambos em seco. Havendo eles pas-
sado, Elias disse a Eliseu: Pede-me o que queres que eu
te faça, antes que seja tomado de ti. Disse Eliseu: Peço-te
que me toque por herança porção dobrada do teu espírito.
Tornou-lhe Elias: Dura coisa pediste. Todavia, se me vires
quando for tomado de ti, assim se te fará; porém, se não
me vires, não se fará. Indo eles andando e falando, eis que
um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do
outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho. O que vendo
Eliseu, clamou: Meu pai, meu pai, carros de Israel e seus
cavaleiros!. E nunca mais o viu; e, tomando as suas vestes,
rasgou-as em duas partes. Então, levantou o manto que
Elias lhe deixara cair e, voltando-se, pôs-se à borda do
Jordão. Tomou o manto que Elias lhe deixara cair, feriu as
águas e disse: Onde está o SENHOR,Deus de Elias?. Quando
feriu ele as águas, elas se dividiram para um e outro lado,
e Eliseu passou. Vendo-o, pois, os discípulos dos profetas
que estavam defronte, em Jericó, disseram: O espírito de
Elias repousa sobre Eliseu. Vieram-lhe ao encontro e se
prostraram diante dele em terra” (2 Reis 2:1-15).

Se você sempre estiver pronto, sendo fiel, o Senhor vai


poder confiar a você o ministério, os dons e a unção, cada
vez em maiores medidas. Mas, também, precisamos atentar
Lucas 16:10 – “Quem
para o fato de que unção significa mais responsabilidade (ver
éfiel nopoucotambém
é fiel no muito; e quemé
Lucas 16:10).
injusto nopoucotambém
Outra coisa a se destacar é que, algumas pessoas nunca
é injusto no muito.”
foram chamadas ou são tremendamente irresponsáveis; po-
rém, Deus nunca planejou o fracasso ministerial de ninguém.

MINISTÉRIO É TRABALHO
Como o próprio ponto a ser explanado afirma, ministério
2 Timóteo 2:15 – é trabalho, e para isso é necessário:
“Procura apresentar-te
a Deusaprovado, como • Estudo (ver 2 Timóteo 2:15).
obreiro quenão temde
queseenvergonhar, que “Estude e desejoso de fazer o seu melhor para apresen-
maneja bema palavra tar-te a Deus aprovado (testado em uma prova), como
daverdade.” obreiro que não tem de que se envergonhar, analisando
corretamente e dividindo com precisão (manuseando cor-
retamente e ensinando habilmente) a Palavra da Verdade”
(2 Timóteo 2:15, Amplificada).

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MINISTÉRIO PRÁTICO

• Dedicação (Romanos 12:7).


Romanos12:7 – “... se
▪ Consagração: “Porém em nada considero a vida pre- ministério, dediquemo-
-nosaoministério; ouo
ciosa para mim mesmo, contanto que complete a mi- queensina esmere-se
nha carreira e o ministério que recebi do Senhor Je- nofazê-lo.”
sus para testemunhar o Evangelho da graça de Deus”
(Atos 20:24).

Deixe o Senhor moldar o seu ministério como Ele quiser.

• Submissão à vontade de Deus.

Um ministro é alguém que dedicou a vida a Deus e o mi-


nistério desenvolvido pertence ao próprio Pai, assim como as
vidas por Ele alcançadas. Dessa forma, a vontade do Senhor
deve ser soberana a respeito de cada passo a ser dado.

ALGUNS CONSELHOS PARA QUEM


ALMEJA OMINISTÉRIO
“Fiel é a palavra: se alguém aspira ao episcopado, exce-
lente obra almeja. É necessário, portanto, que o bispo seja
irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante, só-
brio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao
vinho, não violento, porém cordato, inimigo de contendas,
não avarento; e que governe bem a própria casa, criando os
filhos sob disciplina, com todo o respeito (pois, se alguém
não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja
de Deus?); não seja neófito, para não suceder que se enso-
berbeça e incorra na condenação do diabo. Pelo contrário,
é necessário que ele tenha bom testemunho dos de fora, a
fim de não cair no opróbrio e no laço do diabo. Semelhante-
mente, quanto a diáconos, é necessário que sejam respeitá-
veis, de uma só palavra, não inclinados a muito vinho, não
cobiçosos de sórdida ganância, conservando o mistério da
fé com a consciência limpa. Também sejam estes primeira-
mente experimentados; e, se se mostrarem irrepreensíveis,
exerçam o diaconato. Da mesma sorte, quanto a mulheres,
é necessário que sejam elas respeitáveis, não maldizentes,
temperantes e fiéis em tudo. O diácono seja marido de uma
só mulher e governe bem seus filhos e a própria casa. Pois
os que desempenharem bem o diaconato alcançam para si
mesmos justa preeminência e muita intrepidez na fé em
Cristo Jesus” (1 Timóteo 3:1-13).

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“Por esta causa, te deixei em Creta, para que pusesses em


ordem as coisas restantes, bem como, em cada cidade, cons-
tituísses presbíteros, conforme te prescrevi: alguém que
seja irrepreensível, marido de uma só mulher, que tenha
filhos crentes que não são acusados de dissolução, nem são
insubordinados. Porque é indispensável que o bispo seja ir-
repreensível como despenseiro de Deus, não arrogante, não
irascível, não dado ao vinho, nem violento, nem cobiçoso de
torpe ganância; antes, hospitaleiro, amigo do bem, sóbrio,
justo, piedoso, que tenha domínio de si, apegado à palavra
fiel, que é segundo a doutrina, de modo que tenha poder
tanto para exortar pelo reto ensino como para convencer os
que o contradizem” (Tito 1:5-9).

“No dia seguinte, assentou-se Moisés para julgar o povo;


e o povo estava em pé diante de Moisés desde a manhã
até ao pôr do sol. Vendo, pois, o sogro de Moisés tudo
o que ele fazia ao povo, disse: ‘Que é isto que fazes ao
povo? Por que te assentas só, e todo o povo está em pé
diante de ti, desde a manhã até ao pôr do sol?’. Respon-
deu Moisés a seu sogro: ‘É porque o povo me vem a mim
para consultar a Deus; quando tem alguma questão, vem
a mim, para que eu julgue entre um e outro e lhes decla-
re os estatutos de Deus e as suas leis’. O sogro de Moisés,
porém, lhe disse: ‘Não é bom o que fazes. Sem dúvida,
desfalecerás, tanto tu como este povo que está contigo;
pois isto é pesado demais para ti; tu só não o podes fa-
zer. Ouve, pois, as minhas palavras; eu te aconselharei,
e Deus seja contigo; representa o povo perante Deus,
leva as suas causas a Deus, ensina-lhes os estatutos e as
leis e faze-lhes saber o caminho em que devem andar e
a obra que devem fazer. Procura dentre o povo homens
capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que abor-
reçam a avareza; põe-nos sobre eles por chefes de mil,
chefes de cem, chefes de cinquenta e chefes de dez; para
que julguem este povo em todo tempo. Toda causa grave
trarão a ti, mas toda causa pequena eles mesmos julga-
rão; será assim mais fácil para ti, e eles levarão a carga
contigo. Se isto fizeres, e assim Deus to mandar, poderás,
então, suportar; e assim também todo este povo tornará
em paz ao seu lugar’” (Êxodo 18:13-23).

“Então, os doze convocaram a comunidade dos discípu-


los e disseram: ‘Não é razoável que nós abandonemos a
palavra de Deus para servir às mesas. Mas, irmãos, esco-
lhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do

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MINISTÉRIO PRÁTICO

Espírito e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste


serviço; e, quanto a nós, nos consagraremos à oração e
ao ministério da palavra’. O parecer agradou a toda a co-
munidade; e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do
Espírito Santo, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e
Nicolau, prosélito de Antioquia. Apresentaram-nos peran-
te os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as mãos.
Crescia a palavra de Deus, e, em Jerusalém, se multiplica-
va o número dos discípulos; também muitíssimos sacer-
dotes obedeciam à fé” (Atos 6:2-7).

1. Não despreze os pequenos começos. Quando começa-


Zacarias 4:10 – “Pois
mos no ministério, não começamos no topo, geralmente
quemdespreza odia dos
os primeiros anos envolvem um grande sacrifício (ver humildes começos,esse
Zacarias 4:10). alegrar-se-á vendoopru-
mona mãodeZorobabel.
2. Seja uma pessoa íntegra e desenvolva o seu caráter (ver Aqueles seteolhos são
Tito 1:7). osolhos doSenhor, que
percorremtoda a terra.”
Um grande dom sem um grande caráter pode causar
mais dano do que se imagina. Tito 1:7 – “Porqueé
indispensável queo bispo
A palavra traduzida por irrepreensível em Tito 1:7 é a pala- seja irrepreensível como
vra grega anagkletos que Strong traduz como: “... que não pode despenseirodeDeus, não
ser julgado, irreprovável, não acusado” (ver 1 Timóteo 4:16). arrogante,nãoirascível,
nãodadoao vinho, nem
Ministros salvam os homens com a doutrina correta e violento, nemcobiçosode
com o procedimento correto, acatando e cumprindo seus de- torpeganância...”.
veres. Um ministro não pode, nunca, pegar o caminho mais
1 Timóteo 4:16 – “Tem
fácil, tem a obrigação de pegar sempre o caminho certo. Ser
cuidado deti mesmoeda
irrepreensível, como vimos, não é ser perfeito, existem habili- doutrina. Continua nestes
dades e talentos que serão absorvidos ao longo do trabalho deveres, porquefazendo
ministerial, mas o caráter deve vir antes de tudo. assim,salvarás tanto a ti
mesmocomo aos
3. Cuide da sua imagem, não seja um impedimento à unção teusouvintes.”
que está sobre sua vida (ver Eclesiastes 7:1).
Eclesiastes7:1 – “Me-
Em todas as passagens que falam sobre qualificações lhor é a boa fama do que
ministeriais a boa fama é citada, o que indica o quanto isso o unguentoprecioso...”.
é importante.

4. Cuide da sua família.

Muitas esposas são frustradas por causa de seus maridos


ministros ou vice-versa. Infelizmente, é muito comum pasto-
res (ministros) caírem no erro de serem pessoas melhores na
igreja do que em casa.

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RHEMABRASIL - MÓDULO2A

Já os filhos de ministros vivem debaixo da pressão de se-


rem perfeitos. Por isso é preciso que seus pais saibam equili-
brar as coisas para de alguma forma tornar mais leve a cami-
nhada e não deixar que a pressão do ministério leve os filhos
a se desviarem ou a blasfemarem contra o Senhor.
(Para mais aprofundamento deste tópico, consulte a apostila da
matéria "Família Cristã".)

5. Não tenha pressa.

1 Timóteo 3:6 –
Leva certo tempo até as pessoas ficarem equipadas. Para
“[o ministro] nãoseja isso é necessário, portanto, maturidade tanto natural como
neófito, para nãosuceder espiritual (ver 1 Timóteo 3:6).
quese ensoberbeça e
incorra na condenaçãodo 6. Normalmente as pessoas começam em uma área do mi-
diabo” (grifo doautor). nistério diferente daquela que Deus chamou (ver Atos
13:1 e Romanos 1:1).
Atos13:1 – “Havia
na igreja deAntioquia “Ora, naqueles dias, multiplicando-se o número dos discípulos,
profetas emestres: houve murmuração dos helenistas contra os hebreus, porque
Barnabé, Simeão, por as viúvas deles estavam sendo esquecidas na distribuição diá-
sobrenomeNíger, Lúcio
ria. Então, os doze convocaram a comunidade dos discípulos
deCirene, Manaém,
colaço deHerodes,o e disseram: ‘Não é razoável que nós abandonemos a palavra
tetrarca, e Saulo.” de Deus para servir às mesas. Mas, irmãos, escolhei dentre
vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de
Romanos1:1 – “Paulo, sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço; e, quanto
servo deJesus Cristo, a nós, nos consagraremos à oração e ao ministério da palavra’.
chamadopara ser O parecer agradou a toda a comunidade; e elegeram Estêvão,
apóstolo, separado para o homem cheio de fé e do Espírito Santo, Filipe, Prócoro, Nicanor,
evangelho deDeus.” Timão, Pármenas e Nicolau, prosélito de Antioquia. Apresenta-
ram-nos perante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram
as mãos [...]. No dia seguinte, partimos e fomos para Cesareia;
e, entrando na casa de Filipe, o evangelista, que era um dos
sete, ficamos com ele” (Atos 6:1-6, 21:8).

O lugar no qual você começa não importa, muitas vezes


habilidades importantes para o seu chamado serão aprendi-
das enquanto você serve em outra área do ministério; dessa
forma, seja fiel.

7. Não faça propaganda.


Provérbios27:2 – “Seja
outro oquetelouve, Conhece-se a árvore pelos frutos. Quando você tem um
e não a tua boca, o
chamado, os frutos dele aparecerão sem você precisar fazer
estrangeiro enãoos
teuslábios.”
propaganda, pois é Deus quem chama e levanta o ministro
(ver Provérbios 27:2).

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MINISTÉRIO PRÁTICO

8. Tenha uma vida consagrada.

Oração e jejum são práticas cristãs, porém, o ministro 1 Coríntios 14:18 –


deve ser ainda mais aplicado e frequente nelas (ver 1 Corín- “Dou graças a Deus,
porquefalo emoutras
tios 14:18). línguas mais doque
todosvós.”
9. Não tente entrar em um ofício para o qual não foi cha-
mado. Os dons são dados a quem é chamado, e sem o
equipamento espiritual necessário você não irá tão lon-
ge e abrirá brechas para o inimigo na sua vida.

10. Os meios pelos quais você entra no ministério não são


importantes. Não se baseie nem procure meios extraor-
dinários, pois o diabo pode tentar enganar você.

11. Tenha convicção! Você precisará disso para permanecer


no ministério quando as adversidades e perseguições
chegarem. Convicção do chamado fará com que você
seja inabalável.

12. Nunca coloque o dinheiro como alvo do seu ministé-


rio. Deus é sua fonte, e não se esqueça: o ministro é
um servo!

“Altercações sem fim, por homens cuja mente é pervertida


e privados da verdade, supondo que a piedade é fonte de
lucro. De fato, grande fonte de lucro é a piedade com o
contentamento. Porque nada temos trazido para o mundo,
nem coisa alguma podemos levar dele. Tendo sustento e
com que nos vestir, estejamos contentes. Ora, os que que-
rem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas
concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam
os homens na ruína e perdição. Porque o amor ao dinheiro
é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desvia-
ram da fé e a si mesmo se atormentaram com muitas dores”
(1 Timóteo 6:5-10).

O MINISTÉRIO DA RECONCILIAÇÃO
É o ministério comum a todo filho de Deus. Todos os
crentes são chamados para esse serviço no Corpo de Cristo,
sem exceção.

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“E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coi-


sas antigas já passaram; eis que se fizeram novas. Ora, tudo
provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por
meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, a
saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o
mundo, não imputando aos homens as suas transgressões,
e nos confiou a palavra da reconciliação. De sorte que so-
mos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exor-
tasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, roga-
mos que vos reconcilieis com Deus” (2 Coríntios 5:17-20).

Reconciliação (katallage): ajuste de uma diferença, recon-


ciliação, restauração à situação favorável anterior (Strong).
Jesus Cristo nos reconciliou com Deus por meio de Sua
morte, e nos deu a missão de comunicar essa verdade a ou-
tros, para que eles também sejam reconciliados.
“Porque Ele [Jesus Cristo] é a nossa paz, o qual de ambos
fez um; e, tendo derribado a parede de separação que es-
tava no meio, a inimizade, aboliu na sua carne a lei dos
mandamentos na forma de ordenanças, para que dos dois
criasse em si mesmo um novo homem, fazendo a paz, e re-
conciliasse ambos em um só corpo com Deus, por intermé-
dio da cruz, destruindo por ela a inimizade” (Efésios 2:14-
16, grifo do autor).

“E a vós outros também que outrora éreis estranhos e ini-


migos no entendimento pelas vossas obras malignas, ago-
ra, porém, vos reconciliou no corpo da sua carne, mediante
a Sua morte, para apresentar-vos perante Ele santos, incul-
páveis e irrepreensíveis” (Colossenses 1:21-22).

Marcos 16:15-16– Note que todo crente tem esse chamado. Existe um im-
“E disse-lhes:Ide por perativo na missão da Igreja de anunciar o evangelho a toda
todo omundoe pregai criatura (ver Marcos 16:15-16).
o Evangelho a toda
criatura. Quemcrer e “Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: ‘Toda a auto-
for batizado será salvo; ridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei
quem,porém,não crer discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do
será condenado.” Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guar-
dar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que
estou convosco todos os dias até a consumação do século’”
(Mateus 28:18-20).

Pregar e ensinar o evangelho e reconciliar o mundo não


são responsabilidades do ministério, mas de toda a Igreja.

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MINISTÉRIO PRÁTICO

Alguns acham que o dom ministerial de ensino é um


chamado inferior, mas não é! Lembre-se: todos nós precisa-
mos uns dos outros.

MINISTÉRIO DE SOCORROS
“A uns estabeleceu Deus na igreja, primeiramente, apósto-
los; em segundo lugar, profetas; em terceiro lugar, mestres;
depois, operadores de milagres; depois, dons de curar, SO-
CORROS,governos, variedades de línguas” (1 Coríntios 12:28,
grifo do autor).

O ministério de socorros inclui todo o trabalho que é fei-


to ao redor do ministério quíntuplo para fazê-lo mais efetivo.
É toda atividade feita pelos santos em submissão ao pastor
da igreja local para cumprir a visão de Deus para a Igreja.

A palavra grega traduzida por “socorros” em 1 Coríntios


12:28 é antilepsis, e significa “auxiliar, ajudar”. Ela só aparece
traduzida como “socorro” nessa passagem, em todas as outras
ocorrências os estudiosos gregos traduzem a palavra como
um ajudador ou aliviador.

Esse ministério pode proporcionar grandes benefícios e


assistência, especialmente no papel de apoio aos quíntuplos
dons ministeriais. O mau andamento dele comprometerá
o desempenho dos dons ministeriais, daí podemos ver que
cada membro do corpo de Cristo é essencial atuando naquilo
que Deus chamou, para que haja um bom funcionamento do
corpo. Assim, aquele que auxilia deve ter o verdadeiro equi-
pamento de poder e graça divina.

De acordo com o Dicionário Explicativo de Palavras do


Novo Testamento W. E. Vine, o ministério de socorros é “um
dos ministérios da igreja local, na forma de prestação de as-
sistência, especialmente do socorro ministrado aos oprimi-
dos e aos necessitados”. Provavelmente o melhor comentário
sobre esse ofício está na lista paralela sobre os ministérios
em Romanos, que diz: “... ou o que exorta faça-o com dedicação;
o que contribui, com liberalidade; o que preside, com diligência;
quem exerce misericórdia, com alegria” (Romanos 12:8).

A Bíblia Amplificada traduz assim: “... aquele que exerce


misericórdia com genuína satisfação e alegre impetuosidade”
(Romanos 12:8).

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RHEMABRASIL - MÓDULO2A

• “Se ministério, dediquemo-nos ao ministério...”


(Romanos 12:7).

A palavra traduzida por “ministro” frequentemente é usa-


da no Novo Testamento para se referir a todos aqueles que
ministram nas coisas santas, incluindo os próprios apóstolos.
Logo, Romanos 12:7 pode ser usado de modo geral. “Aquele
que ministra dedique-se ao seu ministério”, o que significa que
para ser bem-sucedido, você terá de gastar tempo em prepa-
rar a si mesmo e para esperar em Deus.

Contudo, como a palavra “ministério” é usada em Roma-


nos 12:7, evidentemente tem um sentido distinto dos outros
ministérios mencionados. Aproxima-se intimamente ao tipo
de ministério dos diáconos descrito em Atos 6:

“Ora, naqueles dias, multiplicando-se o número dos dis-


cípulos, houve murmuração dos helenistas contra os he-
breus, porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas
na distribuição diária. Então, os doze convocaram a co-
munidade dos discípulos e disseram: ‘Não é razoável que
nós abandonemos a palavra de Deus para servir às me-
sas. Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa
reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais
encarregaremos deste serviço; e, quanto a nós, nos consa-
graremos à oração e ao ministério da palavra’. O parecer
agradou a toda a comunidade; e elegeram Estevão, ho-
mem cheio de fé e do Espírito Santo, Filipe, Prócoro, Ni-
canor, Timão, Pármenas e Nicolau, prosélito de Antioquia.
Apresentaram-nos perante os apóstolos, e estes, orando,
lhes impuseram as mãos” (Atos 6:1-6).

Podemos observar nessa passagem que Filipe começou


no ministério de socorros. Ele ajudava os apóstolos servindo
Atos 21:8 – “No dia as mesas para que eles ficassem liberados para a oração e
seguinte, partimos e para o ministério da Palavra. Como Filipe provou ser fiel, Deus
fomospara Cesaréia; levou-o a tornar-se um evangelista (ver Atos 21:8).
e, entrando na casa de
Filipe, o evangelista,que Estevão começou no ministério de socorros e Deus o
era umdossete,ficamos
usou poderosamente.
comele.”
O Novo Testamento também faz referência a outros que
exerceram o ministério de socorros:

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MINISTÉRIO PRÁTICO

– No ministério de Jesus:

▪ Os discípulos distribuem pães e peixes para


a multidão.

“E, tendo mandado que a multidão se assentasse sobre a


relva, tomando os cinco pães e os dois peixes, erguendo os
olhos ao céu, os abençoou. Depois, tendo partido os pães,
deu-os aos discípulos, e estes, às multidões [...] tomou os
sete pães e os peixes, e, dando graças, partiu, e deu aos
discípulos, e estes, ao povo” (Mateus 14:19, 15:36).

▪ Os discípulos pegam o jumento para Jesus.

“Quando se aproximaram de Jerusalém e chegaram a


Betfagé, ao monte das Oliveiras, enviou Jesus dois discí-
pulos, dizendo-lhes: ‘Ide à aldeia que aí está diante de vós
e logo achareis presa uma jumenta e, com ela, um jumen-
tinho. Desprendei-a e trazei-mos. E, se alguém vos disser
alguma coisa, respondei-lhe que o Senhor precisa deles.
E logo os enviará’. Ora, isto aconteceu para se cumprir o que
foi dito por intermédio do profeta: ‘Dizei à filha de Sião:
Eis aí te vem o teu Rei, humilde, montado em jumento, num
jumentinho, cria de animal de carga’ Indo os discípulos e
tendo feito como Jesus lhes ordenara, trouxeram a jumenta
e o jumentinho. Então, puseram em cima deles as suas ves-
tes, e sobre elas Jesus montou” (Mateus 21:1-7).

▪ Os discípulos fazem os preparativos para a Ceia.

“No primeiro dia da Festa dos Pães Asmos, vieram os discípu-


los a Jesus e lhe perguntaram: ‘Onde queres que te façamos os
preparativos para comeres a Páscoa?’. E Ele lhes respondeu:
‘Ide à cidade ter com certo homem e dizei-lhe: o Mestre man-
da dizer: o meu tempo está próximo; em tua casa celebrarei a
Páscoa com os meus discípulos’. E eles fizeram como Jesus lhes
ordenara e prepararam a Páscoa” (Mateus 26:17-19).
Romanos 16:3-4, 6 –
– Na Igreja Primitiva (ver Romanos 16:3-4, 6): “Saudai Priscila eÁquila,
meuscooperadores em
O ministério de socorros trata-se de um dom divino con- Cristo Jesus, osquais pela
cedido por Jesus Cristo. É necessário mais do que simples- minhavida arriscaram
mente habilidade natural para efetivamente exercer esse a sua própria cabeça...
Saudai Maria, quemuito
ministério, assim como qualquer outro. Qualquer coisa que
trabalhou por vós.”
tem a ver com o funcionamento da Igreja ou com o ministério
passa pela operação do ministério de socorros.

363
RHEMABRASIL - MÓDULO2A

EXEMPLOS DE MINISTÉRIO DE SOCORROS


• Diaconato

• Introdução

• Música

• Teatro

• Ministério de crianças

• Trânsito

• Conselheiros

• Assistência social

• Secretaria

• Tesouraria

O MINISTÉRIO DAMÚSICA
O ministério da música funciona com o ministério de so-
corros, de apoio ao ministério quíntuplo. Ele não é um minis-
tério distinto, é o próprio ministério de socorros em operação.
Vale salientar que é ungido por Deus e não é algo que alguém
desempenha só porque é talentoso (ver 2 Reis 3:15-16).
2 Reis 3:15-16– “Ora, O ministério de música pode ser de grande valia para
pois, trazei-meum aqueles que exercem os quíntuplos dons ministeriais, parti-
tangedor.Quando o cularmente o profeta, como podemos observar no versículo
tangedortocava, veio
citado. O tocar aquele instrumento musical pelo tangedor foi
opoder deDeus sobre
um auxílio para o profeta entrar no Espírito.
Eliseu. Este disse:ʻAssim
diz o Senhor: fazei, neste
vale, covas e covasʼ.”

364
MINISTÉRIO PRÁTICO

O PERFIL DE UM LÍDER DE LOUVOR


por Ron Kenoly

Pastores às vezes me perguntam o que de-


vem procurar quando querem escolher um
ministro de louvor e adoração. Embora essa
escolha deva estar basicamente na confiança
no Senhor — e Ele pode nos surpreender às
vezes —, um bom líder de louvor e adoração
usualmente tem certas qualidades:

1. Radicalmente salvo e andando com


Cristo consistentemente

Algumas igrejas, sentindo-se desesperadas


para aprimorar sua qualidade musical, podem
se sentir tentadas a nomear líderes de louvor
que têm pouco ou nenhum fundamento espi-
ritual. Mesmo que a habilidade musical e as
experiências sejam um grande recurso, nunca
deveriam ser feitas mais importante do que o
caráter de uma pessoa e seu relacionamento
com Deus.

2. Um estudante dedicado da Bíblia

Nem toda canção cristã popular ou coro de


louvor está em linha com a Palavra de Deus.
O líder de louvor precisa de um fundamento
bíblico suficiente para discernir se o material
que usa para alimentar o povo é teologica-
mente sadio.

3. Capaz de conduzir outros em oração

De tempos em tempos, aqueles que fazem


parte do grupo de louvor virão inevitavel-
mente ao líder em busca de oração sobre
problemas. Trata-se de problemas que não
são efetivamente resolvidos com a oração,
podendo causar um peso que impede a ado-
ração. Antes de iniciar um culto, o grupo de
louvor deveria fazer uma oração mais ou

365
RHEMABRASIL - MÓDULO2A

menos assim: “Senhor, nós nos despojamos


de todas as coisas que nos distrairiam de Te
adorar”. Com todos os cuidados lançados so-
bre o Senhor, então eles podem ir em frente e
conduzir a congregação na presença de Deus.

4. Um líder ousado

Se o líder de louvor fica nervoso quando está


diante de pessoas, a congregação se senti-
rá desconfortável e achará difícil entrar em
adoração. As pessoas seguem mais pronta-
mente líderes que transpiram confiança e
que parecem saber o que estão fazendo.

Líderes de louvor precisam exercitar au-


toridade em uma variedade de situações:
dizer às pessoas que é hora de parar de
conversar e começar a adorar; discernir se
línguas ou profecia em um culto é de Deus;
ou “tratar” com alguém cuja exuberância
esteja se tornando uma distração desne-
cessária para outros.

5. Um cantor ou músico perito

Davi nomeou músicos que eram peritos. Isso


não quer dizer que um diploma em música
seja necessário; mas notas ruins e canto de-
safinado deveriam ser impedidos. Baixa qua-
lidade musical é uma distração e impede as
pessoas de adorarem. Músicos cristãos agem
muito como se eles fossem tão espirituais
que não precisassem trabalhar sua técnica
ou praticar suas canções.

6. Submisso às autoridades

Muitas igrejas têm sido prejudicadas por lí-


deres de louvor que têm agendas próprias.
A condução do louvor é um ministério subordina-
do. Deus colocou pastores sobre nós. Aqueles
que pensam que conduzem o louvor melhor

366
MINISTÉRIO PRÁTICO

do que o pastor prega, precisam se lembrar do


engano similar de Lúcifer.Nada é mais perigo-
so do que ser tragado pelo orgulho.
Um líder de louvor precisa conhecer a per-
sonalidade do pastor, as canções favoritas e
sua visão para a igreja, pois a comunicação
é vital.
O pastor deveria estar consciente de qualquer
desafio particular enfrentado pelo departa-
mento musical. O líder de louvor precisa estar
em sintonia com o que é pregado de maneira
que as canções reforcem as mensagens.
Líderes de louvor precisam tomar as dores
para manter relacionamentos harmoniosos
com seus pastores. Eles devem ser leais e
sempre colocar seus pastores em uma luz fa-
vorável diante de suas congregações.

7. Um adorador

Um líder de louvor efetivo não é apenas al-


guém que é um bom músico ou cantor e que
conduz as pessoas para cantar as canções.
Para conduzir outros em adoração é preciso,
antes de tudo, que se seja um adorador.À me-
dida que adoramos ao Senhor, apaixonada e
genuinamente, outros também serão condu-
zidos à Sua presença.
Portanto, o ministério de socorros não é um
ofício inferior. Os que são chamados para
o ministério de socorros, se forem fiéis, re -
ceberão tão grande recompensa quanto a
dos ministérios quíntuplos: “Quem vos da-
ria ouvidos nisso? Porque, qual é a parte dos
que desceram à peleja, tal será a parte dos
que ficaram com a bagagem, receberão partes
iguais” (1 Samuel 30:24).
Deus não nos recompensa de acordo com
o ofício que ocupamos; Deus recompensa
a fidelidade.

367
MINISTÉRIO PRÁTICO

Nem todos terão variedade de línguas. Poucas pessoas,


entre aquelas que são cheias do Espírito e falam em outras
línguas, serão usadas no ministério público de línguas. É por
isso que Paulo pergunta: “[...] Falam todos em outras línguas?”
(v. 30). Obviamente a resposta é não.
Alguns tiram o versículo 30 do contexto e dizem: “Falar
em línguas não é para todos”. Eles tentam fazer o ministério
de línguas igual ao dom de línguas, no qual cada crente cheio
do Espírito tem operado na própria vida de oração particular.
E não é o caso. Pelo contexto, fica claro que Paulo se refere ao
ministério de línguas ou diversidade de línguas. Como um dom
do ministério, línguas e interpretação operam juntas.
Uso: público
Propósito/finalidade: edificação da Igreja
(Para maior aprofundamento deste tópico, consulte a apostila da
matéria “As Manifestações do Espírito”.)

Romanos12:8 – “... ou
O Ministério de Contribuição oqueexorta faça-o com
(ver Romanos 12:8) dedicação; o quecontri-
bui, comliberalidade...”.
O ministério de contribuição era um ministério reconhe-
cido na igreja primitiva, tal como o de ensino ou de cura.
Trata-se de um dom ministerial. Todos nós podemos entrar
na graça de contribuir, mas alguns são divinamente equipados
para isso:

– Aptidão empresarial

– Capacidade de administração de recursos associados

Outra tradução assim o expressa: “[...] aquele que tem


riqueza para distribuir deve fazê-lo com vistas ao serviço
de Deus”.
Alguns podem sentir o chamado para esse ministério de
contribuição, pois Deus sempre tem chamado pessoas para
realizá-lo.

369
RHEMABRASIL - MÓDULO2A

DISCIPLINA NA IGREJA
• Quem é o responsável?

É incumbência dos ministros.

“... mas, em breve, irei visitar-vos, se o Senhor quiser, e, en-


tão, conhecerei não a palavra, mas o poder dos ensober-
becidos. Porque o Reino de Deus consiste não em palavra,
mas em poder. Que preferis? Irei a vós outros com vara ou
com amor e espírito de mansidão?” (1 Coríntios 4:19-21).

Paulo fundou a Igreja em Corinto e disciplinou-a com au-


toridade dada por Deus. Ele não disciplinava de acordo com
Provérbios 15:10 – sentimentos ou entendimento natural, mas no espírito.
“Disciplina rigorosa
há para o quedeixa a • Para quem é a disciplina? (ver Provérbios 15:10)
vereda, eoqueodeia a
repreensãomorrerá.” • Como disciplinar? (ver Romanos 15:14)

Romanos 15:14 – A disciplina deve ser administrada em amor por pessoas


“E certo estou,meus que têm responsabilidade pelo rebanho de Deus.
irmãos, sim, eumesmo,
a vossorespeito, de Três passos da disciplina:
queestais possuídosde
bondade,cheios detodo o 1. Procurar sozinho o irmão que errou: “Se teu irmão
conhecimento,aptospara
pecar contra ti, vai argui-lo entre ti e ele só. Se ele te
vos admoestardesuns
aosoutros.” ouvir, ganhaste a teu irmão” (Mateus 18:15).

1 Timóteo1:20 –”E 2. Levar duas ou três testemunhas: “Se, porém, não te


dentre essessecontam ouvir, toma ainda contigo uma ou duas pessoas, para
HimeneueAlexandre, que, pelo depoimento de duas ou três testemunhas,
os quais entreguei a toda palavra se estabeleça” (Mateus 18:16).
Satanás, para serem
castigados, a fim de não
mais blasfemarem.” 3. Trazer a questão à luz em público: “E, se ele não
os atender, dize-o à igreja; e, se recusar ouvir tam-
Tito 3:10 – “Evita o bém a igreja, considera-o como gentio e publicano”
homemfaccioso, depois (Mateus 18:17).
deadmoestá-loprimeira
esegundavez.” Ver 1 Timóteo 1:20 e Tito 3:10.

“Irmãos, se alguém for surpreendido nalguma falta, vós,


que sois espirituais, corrigi-o com espírito de brandura; e
guarda-te para que não sejas também tentado. Levai as
cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo”
(Gálatas 6:1-2).

370
MINISTÉRIO PRÁTICO

“... e estais esquecidos da exortação que, como a filhos, dis-


corre convosco: Filho meu, não menosprezes a correção que
vem do Senhor, nem desmaies quando por ele és reprovado;
porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho
a quem recebe. É para disciplina que perseverais (Deus vos
trata como filhos); pois que filho há que o pai não corrige?
Mas, se estais sem correção, de que todos se têm tornado
participantes, logo, sois bastardos e não filhos. Além disso,
tínhamos os nossos pais segundo a carne, que nos corri-
giam, e os respeitávamos; não havemos de estar em muito
maior submissão ao Pai espiritual e, então, viveremos? Pois
eles nos corrigiam por pouco tempo, segundo melhor lhes
parecia; Deus, porém, nos disciplina para aproveitamento,
a fim de sermos participantes da sua santidade. Toda dis-
ciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de
alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto
pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de jus-
tiça” (Hebreus 12:5-11).

“Geralmente, se ouve que há entre vós imoralidade e imo-


ralidade tal, como nem mesmo entre os gentios, isto é,
haver quem se atreva a possuir a mulher de seu próprio
pai. E, contudo, andais vós ensoberbecidos e não chegas-
tes a lamentar, para que fosse tirado do vosso meio quem
tamanho ultraje praticou? Eu, na verdade, ainda que au-
sente em pessoa, mas presente em espírito, já sentenciei,
como se estivesse presente, que o autor de tal infâmia
seja, em nome do Senhor Jesus, reunidos vós e o meu espí-
rito, com o poder de Jesus, nosso Senhor, entregue a Sata-
nás para a destruição da carne, a fim de que o espírito seja
salvo no Dia do Senhor [Jesus] [...] Mas, agora, vos escrevo
que não vos associeis com alguém que, dizendo-se irmão,
for impuro, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou
beberrão, ou roubador; com esse tal, nem ainda comais.
Pois com que direito haveria eu de julgar os de fora? Não
julgais vós os de dentro? Os de fora, porém, Deus os jul-
gará. Expulsai, pois, de entre vós o malfeitor” (1 Coríntios
5:1-5, 11-13, grifo do autor).

“Porquanto, ainda que vos tenha contristado com a carta,


não me arrependo; embora já me tenha arrependido (vejo
que aquela carta vos contristou por breve tempo), ago-
ra, me alegro não porque fostes contristados, mas porque
fostes contristados para arrependimento; pois fostes con-
tristados segundo Deus, para que, de nossa parte, nenhum
dano sofrêsseis. Porque a tristeza segundo Deus produz

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