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onde os dois primeiros termos da primeira equação são a SRQ para sinais senoidais que ocupam toda a
faixa de valores. O último termo indica a perda na SRQ quando o sinal não ocupa toda a faixa.
Resolvendo graficamente esta equação obtemos a figura 1.18.
50
número de
40 bits/amostra
13
Relação Sinal Ruído (dB)
12
30 11
10
9
8
7
6
20
10
Na prática os sinais quantizados são filtrados, reduzindo assim tanto o potência do sinal como
do ruído, no entanto a redução do ruído é maior uma vez que possui um espectro de freqüências maior.
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Desta forma a filtragem do sinal quantizado resulta em um aumento da relação sinal ruído de 1dB a
2dB.
A faixa dinâmica normalmente adotada em telefonia é de 40dB, de modo que SRQ(dB) +
FD(dB) = 75dB se considerarmos ao mesmo tempo o sinal no limite inferior da faixa dinâmica (40dB)
e a inteligibilidade (35dB). O número de bits necessários neste caso será de n = (75 - 1.76) / 6.02 =
12,16 = 13 bits.
+0
0
Intervalo de
quantização -0
-∆V
Figura 1.19- Ruído de canal vazio produzido pelo quantizador com os primeiros intervalos de quantização iniciando
na origem.
Um modo de evitar este problema é fazer com que o primeiro intervalo de quantização tenha o
zero como centro. Neste caso temos uma quantidade ímpar de intervalos de quantização, e todas as
amostras localizadas no intervalo central serão decodificadas como nulas (0).
1.5∆V Sinal de saída não
Sinal de entrada filtrado Instantes de
+1 (canal vazio) amostragem
0.5∆V
Intervalo de
quantização 0
-0.5∆V
-1
-1.5∆V
baixas amplitudes do que nas amplitudes maiores, de modo que se consiga reduzir o número de bits
necessários mantendo relação sinal ruído e faixa dinâmica dentro do desejado. Esta técnica é
conhecida como quantização não uniforme ou quantização não linear.
Existem três diferentes métodos de implementar a quantização não uniforme conforme
mostram as figuras 1.21,22 e23. Nos três casos existe um circuito que realiza a COMpressão do sinal
na entrada e um circuito que realiza a exPANSÃO do sinal na saída. O processo de comprimir e
depois expandir o sinal é denominado de COMPANSÃO.
No caso da figura 1.21, o sinal analógico de entrada é transmitido através de um circuito com
ganho não linear (compressor) e, em seguida, uniformemente quantizado por um conversor analógico
digital. Este método foi o primeiro a ser utilizado, mas já caiu em desuso devido a dificuldade de
implementar o amplificador logarítmico, no qual são exigidos diodos especiais com alta precisão na
sua característica de tensão x corrente.
Sinal A D Sinal
Sinal de analógico Palavra digital analógico Sinal de
Entrada comprimido comprimida comprimido Saída
D (8 bits) A
Compressão Codificador linear Decodificador linear Expansão
A D
Sinal de Palavra digital Sinal de
Entrada comprimida Saída
D (8 bits) A
Codificador Decodificador
não linear não linear
A Sinal Sinal D
Sinal de digital Palavra digital digital Sinal de
Entrada (13 bits) comprimida (13 bits) Saída
D (8bits) A
Codificador linear Compressão Expansão Decodificador linear
Digital Digital
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a) Lei µ
A lei de compansão utilizada no Japão, nos EUA e em todos os países cujo código
internacional é 1 é a Lei µ , que é definida pelas seguintes equações:
ln(1 + µ x )
Compressão: y = Fµ ( x)= sgn(x)⋅
ln(1 + µ )
⎛1⎞
x = Fµ −1 ( y ) = sgn ( y )⎜ ⎟[(1 + µ )
y
Expansão: − 1]
⎜µ⎟
⎝ ⎠
onde x é a amplitude do sinal de entrada 0 ≤ x < 1, y é o valor comprimido Fµ(x), sgn(x ) é a polaridade
(+ ou - ) de x, e µ é o parâmetro usado para definir a taxa de compressão.
Nesta equação, a tensão de entrada x e a tensão de saída y = Fµ(x) estão normalizadas, estando
os valores limitados entre -1 e +1. A curva traçada a partir da equação acima é logarítmica para
valores grandes de amplitude de entrada e aproximadamente linear para valores de pequena amplitude
( x < 1 / µ ). A Lei µ possui um intervalo de quantização centrado na origem, para diminuir o problema
de ruído de canal vazio, conforme mostrado na figura 1.20.
Os primeiros sistemas utilizavam o parâmetro µ = 100, e implementavam a compressão na
forma analógica utilizando amplificadores logaritmos com diodos especiais. Atualmente o parâmetro
µ = 255 é utilizado em circuitos que implementam a compressão na forma digital, sendo a curva
aproximada através de 8 segmentos de reta na parte positiva e negativa. Como os segmentos positivos
e negativos que começam na origem são colineares, eles formam um único segmento, de modo que no
total temos a curva aproximada por 15 segmentos.
1
0.8 µ=255
Valor comprimido de saída
µ=100
0.6
µ=0
0.4
0.2
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
Valor de entrada
b) Lei A.
Uma outra lei de compansão utilizada é a Lei A que é recomendada pelo ITU-T para a Europa,
América do Sul, e a maior parte dos países do mundo, incluindo os enlaces internacionais. Esta Lei A
é definida pelas seguintes equações:
⎡ Ax ⎤ 1
Compressão: y = FA ( x ) = sgn( x )⎢ ⎥ para 0 ≤ x ≤ (parte linear)
⎢⎣1 + ln( A ) ⎥⎦ A
⎡1 + ln Ax ⎤ 1
y = FA ( x ) = sgn( x ) ⎢ ⎥ para ≤ x ≤1 (parte logarítmica)
⎢⎣ 1 + ln( A ) ⎥⎦ A
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⎡ y [1 + ln( A )] ⎤ 1
Expansão: x = FA −1 ( y ) = sgn( y ) ⎢ ⎥ para 0 ≤ y ≤ (parte linear)
⎢⎣ A ⎥⎦ 1 + ln( A )
1
7
0.8
A = 87.6
6
Valor comprimido de saída
5
0.6
4
3
A=0
0.4
2 Curva logarítmica A= 87.6
0.2
1 Curva segmentada A=87.6
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
Valor de entrada
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Lei µ = 255
30 contínua
8 bits
Linear
8 bits
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10
Faixa dinâmica de 40 dB
Sinal de Informação
Amax
Sinal Quantizado
gráfico é muito utilizado para especificar a região de funcionamento dos sistemas, sendo conhecido
por "Máscara".
S/D (dB)
35,5
32,9
24,9
19,9
Figura 1.29 - Especificação da relação Sinal / Distorção total para CPA-T (SPT 220-250-706).
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1.5 C odificação.
+8 1 0 0 0 1 0 0 0 +8 1 0 0 0 1 0 0 0 +8 1 1 0 1 1 1 0 1
1 0 0 0 0 1 1 1 1 0 0 0 0 1 1 1 1 1 0 1 0 0 1 0
1 0 0 0 0 1 1 0 1 0 0 0 0 1 1 0 1 1 0 1 0 0 1 1
1 0 0 0 0 1 0 1 1 0 0 0 0 1 0 1 1 1 0 1 0 0 0 0
1 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 1 1 0 1 0 0 0 1
1 0 0 0 0 0 1 1 1 0 0 0 0 0 1 1 1 1 0 1 0 1 1 0
1 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0 1 0 1 1 0 1 0 1 1 1
+1 1 0 0 0 0 0 0 1 +1 1 0 0 0 0 0 0 1 +1 1 1 0 1 0 1 0 0
+0 1 0 0 0 0 0 0 0 +0 1 0 0 0 0 0 0 0 +0 1 1 0 1 0 1 0 1
-1 0 1 1 1 1 1 1 1 -0 0 0 0 0 0 0 0 0 -0 0 1 0 1 0 1 0 1
0 1 1 1 1 1 1 0 -1 0 0 0 0 0 0 0 1 -1 0 1 0 1 0 1 0 0
0 1 1 1 1 1 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 1 0 1 1 1
0 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 1 0 1 0 1 1 0
0 1 1 1 1 0 1 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 1 0 0 0 1
0 1 1 1 1 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 1 0 1 0 0 0 0
0 1 1 1 1 0 0 1 0 0 0 0 0 1 1 0 0 1 0 1 0 0 1 1
-8 0 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 0 1 0 1 0 0 1 0
-8 0 0 0 0 1 0 0 0 -8 0 1 0 1 1 1 0 1
-124 0 0 0 0 0 1 0 0
-125 0 0 0 0 0 0 1 1 -124 0 1 1 1 1 1 0 0 -124 0 0 1 0 1 0 0 1
0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 1 1 1 1 0 1 0 0 1 0 1 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 1 1 1 1 1 0 0 0 1 0 1 0 1 1
-128 0 0 0 0 0 0 0 0 -127 0 1 1 1 1 1 1 1 -127 0 0 1 0 1 0 1 0
a) Código binário simples b) Código binário simétrico c) Código binário simétrico com
inversão dos bits pares
Para que um código possa ser utilizado em telefonia, ele deve permitir a implementação
simples da codificação e decodificação e permitir boas condições para a transmissão do sinal de
relógio, por isso é utilizado o binário simétrico com inversão dos bits pares.
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11110010. Na decodificação, esta palavra será decodicada como +2368, que corresponde ao
valor médio do código de quantização.
S Q
Figura 1.33 - Tabela de compressão e expansão digital - lei A.
Exemplo: A mesma amostra de +2398 pode ser representado na forma binária como 1100101011110.
Da tabela de codificação, vemos que se P=b12 = 1, b11 = 1, wxyz = 0010, então S = 111 e Q =
0010. Desta forma o código comprimido é 11110010. Usando a tabela de expansão,
podemos determinar o código linear de saída como 1100101000000, que corresponde em
decimal a +2368, que corresponde ao valor médio entre todos os valores de 13 bits que são
codificados nesta palavra PCM (2304 a 2432).
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CONTADOR PORTA DE
DIGITAL SAÍDA
RELÓGIO
DIGITAL
Q1 Q2 Qn
Qn Qn-1 Q2 Q1
DETETOR DE
POLARIDADE
CODIFICADOR
(0 a Amax)
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CIRCUITO PORTA DE
PROGRAMADOR SAÍDA
Q1 Q2 Qn
Vi
t0 t1 t2 t3 t4 t
0000 1000 1100 1110 1101 0000
Ve > Vi Ve > Vi Ve < Vi Ve > Vi
Vr1
Q
MATRIZ
1
Q
Vr2
2
LÓGICA
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1.6 D ecodificação
Após o processamento (comutação/transmissão) do sinal PCM este sinal deve voltar a forma
analógica original, para poder ser ouvido. Na decodificação é atribuído um valor de tensão a cada
código PCM, sendo feita a expansão do sinal, segundo a lei A ou µ. A decodificação é feita por
circuitos conversores D/A.
A saída do decodificador é um pulso cuja amplitude corresponde ao valor situado na metade do
intervalo de quantização do código PCM. Para aumentar a potência do sinal, é comum nesta etapa
utilizar-se um circuito de retenção, que traz como conseqüência uma distorção do espectro do sinal
conforme já visto anteriormente.
A decodificação não uniforme pode ser realizada de três formas conforme mostram as figura
1.21, 1.22 e 1.23. A expansão deve ser feita pela mesma lei de compansão (lei A ou µ).
2R R R R Vs
2R 2R 2R 2R
b0 b1 bn-2 bn-1
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Em telefonia e na maioria das aplicações utilizam-se circuitos conversores D/A comerciais cujo
funcionamento é baseado na rede R-2R.
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1.7 F iltragem
Outro filtro que é utilizado é no processo final da recepção após ao qual o sinal de informação
fica recuperado. Essa filtragem tem como finalidade a eliminação das componentes de modulação do
sinal criadas pelo processo de amostragem. Ao mesmo tempo que se filtra a informação é necessário
fazer a compensação da distorção (sin x)/x criada pela decodificação do sinal na forma de amostras
instantâneas. A figura abaixo mostra uma 'mascara' das características que devem ser obedecidas pelo
filtro de recepção segundo o ITU-T. Note que não há necessidade de rejeição a freqüência de 60/50 Hz
da rede, pois o sinal chega a este ponto livre de interferências da rede uma vez que ele esta na forma
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digital. Observe que a rejeição acima de 4600 Hz deve ser de pelo menos 30 dB. Na faixa de 300Hz a
3300 Hz o filtro deve ter resposta quase plana (0.15 a -0.15dB).
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C ircuitos Comerciais.
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B ibliográfica.
10. Se você procura informações atualizadas procure na INTERNET nos links indicados no site www.etfsc-sj.rct-
sc.br/~moecke
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