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Sumário

Apresentação 03 Judô 87

Investimentos 05 Natação 94

Atletismo 06 Parabadminton 114

Bocha 40 Parataekwondo 117

Canoagem 48 Remo 121

Ciclismo 54 Tênis de Mesa 127

Esgrima em Tênis em
Cadeira de Cadeira de
Rodas 59 Rodas 136

Futebol de 5 63 Tiro com Arco 142

Goalball 70 Tiro Esportivo 147

Halterofilismo 78 Triatlo 150

Hipismo 84 Vôlei Sentado 154

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro


Apresentação

Uma seleção paralímpica de R$ 117 milhões em


investimentos federais diretos via Bolsa Atleta

Este Guia traça os perfis completos de todos os atletas que representarão o Brasil nas Pa-
ralimpíadas de Tóquio 2021, com recorte de investimentos públicos federais realizados na
preparação da maior delegação brasileira numa edição dos Jogos Paralímpicos fora do país,
histórico esportivo e um breve relato da vida de cada um.

Além disso, a publicação voltada para imprensa, comunidade esportiva e curiosos em geral
detalha cada modalidade, os aportes realizados nelas via Bolsa Atleta, os resultados mais
expressivos do país, as formas de classificação funcional, dentre outras informações.
A delegação brasileira vai atuar no Japão respaldada por um investimento total de R$ 117
milhões do Governo Federal via Bolsa Atleta. Esse é o valor repassado historicamente, desde
2005, a 226 esportistas (95,7% da delegação) do grupo de 236 titulares do Brasil presen-
tes na capital japonesa.

Só no ciclo entre os Jogos Rio 2016 e Tóquio 2021, são R$ 75 milhões investidos direta-
mente nos integrantes do elenco nacional pelo programa da Secretaria Especial do Esporte
do Ministério da Cidadania. Em 15 das 20 modalidades em que o Brasil terá representantes
nas competições disputadas entre 24 de agosto e 5 de setembro, 100% dos atletas fazem
parte do programa.

O atletismo responde pela maior quantidade de repasses no ciclo Rio - Tóquio. Na modali-
dade, 64 dos 65 inscritos fazem parte do Bolsa Atleta. O aporte para eles no período foi de
R$ 30,9 milhões. A natação aparece na sequência. A modalidade tem 32 dos 36 atletas em
Tóquio contemplados pelo programa. Eles receberam um montante equivalente a R$ 12,9
milhões entre a última edição dos Jogos e a atual.

Num recorte que indica o potencial da delegação nacional, a ampla maioria dos bolsistas
na capital japonesa pertence à categoria Pódio, a principal do programa. São 136 atletas
(57,6%) que recebem mensalmente de R$ 5 mil a R$ 15 mil por terem resultados expressi-
vos no cenário internacional e estarem entre os 20 melhores do mundo em suas classes e
modalidades. Os demais estão divididos entre as categorias Paralímpica (44), Internacional
(26) e Nacional (20).

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro


No grupo de bolsistas, a mais jovem é Jardênia Felix da Silva, do atletismo, com 17 anos e
11 meses. Em Tóquio, a integrante da Classe T20 vai disputar os 400m e o salto em distân-
cia. A mais experiente também é do atletismo. Elizabeth Gomes tem 56 anos e chega com
grandes perspectivas no lançamento de disco na Classe F52, para cadeirantes. Em 2019,
quebrou duas vezes o recorde mundial da categoria e foi ouro no Parapan de Lima e no Mun-
dial de Dubai.

A mais assídua no histórico do Bolsa Atleta é a goiana Jane Karla. Contando o tempo em que
praticou o tênis de mesa e o período mais recente, em que está dedicada ao tiro com arco, a
atleta de 46 anos já viu o nome dela no resultado de 17 editais do Bolsa Atleta.

Outros investimentos
Apenas neste ciclo entre 2016 e 2021, a Lei de Incentivo ao Esporte (LIE) do Ministério da
Cidadania teve 699 projetos voltados ao alto rendimento aprovados para captação de recur-
sos. O valor captado no período superou os R$ 640 milhões.

Outro importante aporte é realizado pela Lei de Loterias. Só em 2020, foram destinados R$
163,1 milhões ao Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), mais R$ 82 milhões ao Comitê Brasi-
leiro de Clubes (CBC) e outros R$ 292,5 milhões ao Comitê Olímpico do Brasil (COB).

Legado potencializado
A delegação paralímpica brasileira também chega a Tóquio com um salto de qualidade na
estrutura esportiva de treinamento de alto rendimento. No ciclo entre os Jogos Rio 2016 e
Tóquio 2021, os atletas do país passaram a contar de forma integral com os recursos de
ponta oferecidos pelo Centro de Treinamento Paralímpico de São Paulo.

O complexo é uma referência mundial e o principal centro de excelência da América Latina. A


instalação, sob gestão do Comitê Paralímpico Brasileiro, recebeu R$ 187 milhões do Governo
Federal, sendo R$ 167 milhões na construção e outros R$ 20 milhões em equipagem, e foi
concluído antes dos Jogos Rio 2016.

O local tem capacidade para receber mais de 200 atletas simultaneamente e estrutura para
treinamentos e competições de 15 modalidades: atletismo, basquete em cadeira de rodas,
bocha, natação, esgrima em cadeira de rodas, futebol de 5, futebol de 7, goalball, halterofilis-
mo, judô, rúgbi em cadeira de rodas, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas, triatlo e vôlei
sentado.

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Atletismo
O atletismo faz parte do programa dos Jogos Paralímpicos desde a primeira edição, em
Roma 1960. Mas foi apenas em Nova Iorque / Stoke Mandeville 1984 que o Brasil con-
quistou as primeiras medalhas na modalidade, sendo 21 no total (seis ouros, 12 pratas e
três bronzes). A vocação inicial não parou, e de lá pra cá, o país nunca mais deixou de subir
ao pódio.

O atletismo é a modalidade em que o Brasil mais conquistou medalhas na história dos


Jogos Paralímpicos. São 142, com 40 de ouro, 61 de prata e 41 de bronze. No Rio 2016,
os brasileiros tiveram sua melhor performance, subindo 33 vezes ao pódio: oito ouros, 14
pratas e 11 bronzes.

Nos Jogos Paralímpicos, as provas do atletismo são disputadas por atletas com deficiência
física, visual ou intelectual. Há competições de corrida, saltos, lançamentos e arremessos,
tanto no feminino quanto no masculino. As disputas em Tóquio serão no Estádio Olímpico,
mesmo palco da cerimônia de abertura e de encerramento do megaevento.

Dos 65 convocados para a seleção brasileira em Tóquio, 64 são atualmente contemplados


pelo Bolsa Atleta, programa de patrocínio individual do Governo Federal Brasileiro. O in-
vestimento direto nesse grupo, no ciclo entre os Jogos Rio 2016 e Tóquio 2021, foi de R$
30,96 milhões, garantido via Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania.

Dos 64 bolsistas, 55 integram a categoria Pódio, a principal do programa, voltada para


quem se qualifica entre os 20 melhores do mundo em sua modalidade. A categoria Pódio
prevê repasses que variam de R$ 5 mil a R$ 15 mil mensais de acordo com os resultados
esportivos dos atletas.

No atletismo paralímpico como um todo, foram 2.083 bolsas concedidas no ciclo entre Rio
de Janeiro e Tóquio (2017 a 2021), num investimento federal de R$ 61,67 milhões.

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Classificação
No atletismo, os atletas que disputam provas de pista (velocidade, meio
fundo, fundo e saltos) e de rua (maratona) levam a letra T (de Track) à
frente de sua classe.

T11 a T13 - Deficiências visuais.


T20 - Deficiências intelectuais.
T31 a T38 - Paralisados cerebrais (31 a 34 para cadeirantes, 35 a 38 para
andantes).
T40 e T41 - Baixa estatura.
T42 a T44 - Deficiência nos membros inferiores sem a utilização de prótese.
T45 a T47 - Deficiência nos membros superiores.
T51 a T54 - Competem em cadeiras de rodas.
T61 a T64 - Amputados de membros inferiores com prótese.
RR1 a RR3 - Deficiência grave de coordenação motora competindo na petra.

Já os atletas que fazem provas de campo (arremessos e lançamentos) são


identificados com a letra F (Field) na classificação.

F11 a F13 - Deficiências visuais.


F20 - Deficiências intelectuais.
F31 a F38 - paralisados cerebrais (31 a 34 para cadeirantes, 35 a 38 para
andantes).
F40 e F41 - Baixa estatura.
F42 a F44 - Deficiência nos membros inferiores.
F45 a F46 - Deficiência nos membros superiores.
F51 a F57 - competem em cadeiras de rodas (sequelas de poliomielite, le-
sões medulares, amputações).
F61 a F64 - Amputados de membros inferiores com prótese.

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Atletismo S U M Á RIO

Alan Fonteles
Nascimento: 21/08/1992 (28 anos)
Naturalidade: Marabá (PA)
Prova: 100m
Classe: T62
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Pequim 2008, Londres 2012, Rio 2016
Instagram:@alanfonteles_oficial
Histórico: Alan Fonteles é protagonista de uma das imagens mais
conhecidas na história dos Jogos Paralímpicos. O paraense silen-
ciou o Estádio Olímpico de Londres ao vencer os 200m nos Jogos
de 2012, deixando para trás o amplamente favorito Oscar Pisto-
rius. O atleta que precisou amputar as duas pernas aos 21 dias de
vida em função de uma sepcetemia causada por infecção intesti-
nal coleciona resultados expressivos em provas de velocidade. É
recordista mundial em sua categoria nos 100m (10s57) e 200m
(20s66). Em outras edições de Jogos Paralímpicos, conquistou
uma prata no 4x100m em Pequim. Em sua melhor temporada, foi
ouro nos 100m, 200m e 400m e prata no 4x100m no Mundial de
Lyon, na França, em 2013.

Alessandro Rodrigo
Nascimento: 28/08/1984 (36 anos)
Naturalidade: Santo André (SP)
Prova: Lançamento de disco e arremesso de peso
Classe: F11
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @alessandrogigante
Histórico: O paulista Alessandro Rodrigo é o nome mais dominante
no lançamento de disco da classe F11, voltada para deficientes
visuais, nos últimos seis anos, além de ser intensamente competi-
tivo no arremesso de peso. O atleta que se tornou deficiente visual
em função de toxoplasmose foi ouro no disco nos Jogos Paralímpi-
cos Rio 2016 e no Mundial de Londres, em 2017. É bicampeão no
disco e no arremesso de peso nos Jogos Parapan Americanos de
Toronto 2015 e de Lima 2019. Foi ouro no disco e bronze no peso
no Mundial de Dubai, em 2019.

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Atletismo S U M Á RIO

Alex Douglas Pires


Nascimento: 07/05/1990 (31 anos)
Naturalidade: Sapiranga (RS)
Prova: Maratona
Classe: T46
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @alexpiresatletaparalimpico
Histórico: A família de Alex descobriu que ele tinha um encurta-
mento no braço esquerdo quando o menino tinha oito anos. Desde
então, procuraram tratamento, mas em função da complexidade da
situação, que poderia determinar a perda de movimento do braço,
optaram por não fazer cirurgia. O gaúcho conheceu o atletismo
paralímpico em 2007 e tem como principais conquistas o ouro no
Mundial de Maratonas de 2017, em Londres, além da prata na
Maratona do IPC, em Londres 2015.

Ana Claudia da Silva


Nascimento: 23/12/1987 (33 anos)
Naturalidade: Recife (PE)
Provas: 100m e salto em distância
Classe: T42
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @aninhalala.58
Histórico: Principal velocista do Brasil e uma das mais competi-
tivas das Américas na classe T42, foi medalhista de bronze nos
100m no Mundial de Doha, no Catar, em 2015, além de quarta co-
locada nos Jogos Rio 2016. A pernambucana sofreu uma queda e
fraturou o fêmur quando tinha seis anos e ficou praticamente sem
andar até os 12. Tempos depois, conheceu o atletismo paralímpico.

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Atletismo S U M Á RIO

Ariosvaldo Fernandes
Nascimento: 23/12/1976 (44 anos)
Naturalidade: Campina Grande (PB)
Provas: 100m e 400m
Classe: T53
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Londres 2012, Rio 2016
Instagram: @parrebrasil
Histórico: Veterano nas provas de atletismo em cadeira de rodas,
representou o Brasil nos Jogos Parapan Americanos Rio 2007,
Guadalajara 2011, Toronto 2015 e Lima 2019, somando 11
medalhas, incluindo os ouros nos 100m e nos 400m e a prata no
revezamento 4x100m em Lima 2019. O atleta que teve poliomie-
lite aos 18 meses e ficou com os membros inferiores paralisados,
também foi bronze nos 100m no Mundial de Lyon, na França, em
2013, e tem oito títulos brasileiros.

Aser Mateus Ramos


Nascimento: 23/06/1991 (30 anos)
Naturalidade: Porto Alegre (RS)
Provas: 100m e salto em distância
Classe: T36
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @aser_ramos
Histórico: Em 2019, conquistou o quarto título brasileiro no salto
em distância. Em 2017, o atleta quebrou o recorde das Améri-
cas, superando a marca dos 6 metros. Aser Ramos tem paralisia
cerebral devido a uma icterícia neonatal. Em função disso, o lado
esquerdo do corpo não acompanha o lado direito com igualdade
nos movimentos.

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Atletismo S U M Á RIO

Christian Gabriel da Costa


Nascimento: 10/05/2002
Naturalidade: Sertãozinho (SP)
Provas: 100m e 200m
Classe: T37
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2019 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @christian.gabriel02
Histórico: Ouro nos 100m e nos 200m no Mundial de Jovens de
Atletismo em Nottwill, na Suíça, em 2019. No mesmo ano, em Du-
bai, chegou à final do Mundial de Atletismo em ambas as provas e
conquistou o quarto e o quinto lugar. Christian tem paralisia cere-
bral que se manifestou ao longo da sua infância, sem diagnóstico
exato.

Cícero Nobre
Nascimento: 23/06/1992 (29 anos)
Naturalidade: Aguiar (PB)
Prova: Lançamento de dardo
Classe: F57
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @cicerof57
Histórico: Em sua estreia paralímpica, conquistou o quarto lugar
nos Jogos Rio 2016. No ciclo seguinte, passou a ser dominante.
Foi ouro no Mundial de Atletismo, em Dubai 2019, quando quebrou
o recorde mundial, e nos Jogos Parapan Americanos de Lima, no
mesmo ano. O atleta tem má-formação congênita bilateral nos pés.

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Atletismo S U M Á RIO

Claudiney dos Santos


Nascimento: 13/11/1978 (42 anos)
Naturalidade: Bocaiuva (MG)
Prova: Lançamento de disco
Classe: F56
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @claudineysantos4668
Histórico: Atual campeão paralímpico na prova de disco da classe
F56, manteve a consistência ao longo do ciclo para Tóquio e foi
campeão mundial na prova em Dubai 2019 e campeão dos Jogos
Parapan Americanos de Lima, no mesmo ano. Também tem no
currículo a prata no lançamento de dardo nos Jogos de Londres
2012. Em 2005, um acidente de moto lesionou a perna esquerda
de Claudiney, que precisou ser amputada. No mesmo ano, foi con-
vidado a participar do atletismo paralímpico e se identificou com as
provas de campo.

Daniel Martins
Nascimento: 12/03/1996 (25 anos)
Naturalidade: Marília (SP)
Prova: 400m
Classe: T20
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @danieltmartinsoficial
Histórico: Daniel é um fenômeno dos 400m da classe T20, para
atletas com deficiência intelectual. Desde que venceu a prova no
Mundial de Doha, no Catar, em 2015, foi ouro em todas as com-
petições que participou. Atual campeão e recordista paralímpico,
sagrou-se tricampeão mundial com os ouros conquistados em Lon-
dres (2017) e Dubai (2019). É forte candidato ao pódio em Tóquio.

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Atletismo S U M Á RIO

Daniel Mendes
Nascimento: 15/6/1979 (42 anos)
Naturalidade: Nova Venécia (ES)
Provas: 100m e 400m
Classe: T11
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Pequim 2018, Londres 2012, Rio 2016
Instagram: @daniel.m.silva
Histórico: Daniel tem grande regularidade e consistência na pro-
va de velocidade para deficientes visuais. Foi prata nos 400m no
Mundial de Dubai 2019 e ouro na mesma prova nos Jogos Para-
pan Americanos Lima 2019. Nos Jogos Rio 2016, saiu com um
bronze nos 200m e um ouro no revezamento 4x100m. Antes, já
tinha resultados expressivos, como o ouro nos 400m no Mundial
Doha 2015 e de Lyon 2013, além da prata nos 200m nos Jogos
Paralímpicos Londres 2012. O capixaba sofreu um grave acidente
em 2002, quando trabalhava em uma marmoraria e duas placas
de mais de 700kg se desprenderam e atingiram o rosto dele. O
acidente provocou afundamento de crânio e o fez perder a visão.
Passou por diversas cirurgias de reconstrução facial e conheceu o
atletismo paralímpico em 2005.

Edenilson Roberto Floriani


Nascimento: 26/05/1990 (31 anos)
Naturalidade: Joinville (SC)
Provas: Lançamento de dardo e arremesso de peso
Classe: F42
Bolsa Atleta 2021: Nacional
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @edenilson.paratleta
Histórico: O catarinense sofreu um acidente de trânsito em 2011
que causou atrofia no joelho e na articulação de quadril. Ele estreia
em Jogos Paralímpicos trazendo no currículo o recorde mundial de
lançamento de dardo da classe F42, registrado em 2019. Chega
a Tóquio também com o título do Aberto da Colômbia em 2018 no
lançamento de dardo e no arremesso de peso.

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Atletismo S U M Á RIO

Edilene Boaventura
Nascimento: 16/12/1987 (33 anos)
Naturalidade: Jaguaruna (SC)
Prova: Maratona
Classe: T12
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2019 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @edilene.paratleta
Histórico: Primeira colocada do Ranking Mundial na categoria T11,
Edilene nasceu com retinose pigmentar e perdeu a visão aos pou-
cos. Começou no esporte por saúde, para perder peso, em 2017.
Migrou para a maratona em 2019.

Edneusa Santos
Nascimento: 28/07/1976
Naturalidade: Salvador (BA)
Provas: Maratona e 1.500m
Classes: T12 e T13
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @edneusa_santos_santos
Histórico: Edneusa tem baixa visão desde o nascimento, decorren-
te de uma rubéola que sua mãe adquiriu na gravidez. Aos 24 anos,
competia no atletismo tradicional e, em 2012, passou para o atle-
tismo paralímpico. Em sua estreia na seleção, tornou-se a primeira
medalhista paralímpica brasileira em maratonas da história, com o
bronze que conquistou nos Jogos Rio 2016. No ciclo para Tóquio,
teve como destaque a prata no Mundial de Maratonas de Londres,
em 2019.

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Atletismo S U M Á RIO

Edson Pinheiro
Nascimento: 03/06/1979 (42 anos)
Naturalidade: Cruzeiro do Sul (AC)
Provas: 100m e 400m
Classe: T38
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @edsoncavalcantepinheiro
Histórico: Fenômeno nas provas de velocidade na classe para
atletas com paralisia cerebral, foi ouro nos 100m no Parapan de
Lima 2019, bronze nos 100m no Mundial de Londres 2017 e bron-
ze nos 100m nos Jogos Rio 2016. Edson tem paralisia cerebral
em função de falta de oxigenação no cérebro durante o parto, o
que prejudica a movimentação de seu braço direito. Antes do ciclo
Rio – Tóquio, foi ouro nos 100m e bronze nos 200m no Parapan
de Toronto 2015, prata nos 100m no Mundial de Doha em 2015,
bronze nos 100m no Mundial de Lyon em 2013, ouro nos 100m
e nos 200m e prata nos 400m no Parapan de Guadalajara 2011,
além de ouro nos 100m e nos 200m no Parapan de 2007, no Rio.

Elizabeth Gomes
Nascimento: 15/01/1965 (56 anos)
Naturalidade: Santos (SP)
Prova: Lançamento de disco
Classe: F52
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Pequim 2008 (basquete em cadeira de rodas)
Instagram: @atletabethgomesoficial
Histórico: Em 2019, quebrou duas vezes o recorde mundial da
categoria no lançamento de disco e foi ouro no Parapan de Lima e
no Mundial de Dubai. Além disso, tem no currículo o bronze no arre-
messo de peso no Mundial de 2015, no Catar, o ouro no lançamen-
to de disco e a prata no arremesso de peso no Parapan de Toronto
2015. Elizabeth Gomes era jogadora de vôlei em 1993, quando foi
diagnosticada com esclerose múltipla. Depois disso, integrou a se-
leção brasileira de basquete em cadeira de rodas em Pequim 2008
até descobrir o atletismo.

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Atletismo S U M Á RIO

Emanoel Victor de Oliveira


Nascimento: 08/12/1991 (29 anos)
Naturalidade: São Gonçalo (RJ)
Prova: Arremesso de peso
Classe: F37
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @atleticsemanoel
Histórico: Sexto colocado no Mundial de Dubai 2019, é o atual recor-
dista brasileiro e das Américas no arremesso de peso. O atleta tem
hemiplegia do lado direito do corpo causada por paralisia cerebral.

Fábio Bordignon
Nascimento: 20/06/1992 (29 anos)
Naturalidade: Duque de Caxias (RJ)
Provas: 100m e 200m
Classe: T35
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Londres 2012 (futebol de 7), Rio 2016
Instagram: @atletafabiobordignon7
Histórico: Vascaíno com direito a tatuagem no corpo em homenagem
ao time, Fábio iniciou a carreira paralímpica no futebol de 7, para
atletas com paralisia cerebral. Chegou a disputar os Jogos de Londres
2012 pela seleção. Depois migrou para o atletismo e se tornou um
dos principais velocistas do país. Nas conquistas mais recentes, foi
ouro nos 100m e bronze nos 200m no Parapan de Lima 2019. Ficou
em terceiro no Mundial de Londres, em 2017. Nos Jogos Rio 2016, foi
prata nos 100m e nos 200m.

Fabrício Ferreira
Nascimento: 17/01/1998 (23 anos)
Naturalidade: Naviraí (MS)
Provas: 100m e 400m
Classe: T12
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @fabricioferreiraofficial
Histórico: Nasceu com toxoplasmose, doença que afeta a visão,
e sofreu um deslocamento de retina aos 14 anos. Conheceu o
esporte paralímpico em 2013. Em sua estreia nos Jogos, chega
respaldado por uma medalha de ouro nos 100m e uma de bronze
nos 400m no Parapan de Lima 2019 e por um bronze nos 100m
no Mundial de Dubai, em 2019.

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Atletismo S U M Á RIO

Felipe Gomes
Nascimento: 26/04/1986 (35 anos)
Naturalidade: Campos dos Goytacazes (RJ)
Provas: 100m e 400m
Classe: T11
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @felipegomesatleta
Histórico: Felipe Gomes tem uma longa lista de serviços prestados
ao esporte paralímpico brasileiro. Vítima de glaucoma congênito,
catarata e descolamento de retina, perdeu totalmente a visão. Ele
passou pelo goalball e futebol de 5 antes de se estabelecer como
um dos principais velocistas do mundo na classe T11. Nos resul-
tados mais recentes, foi bronze nos 100m e nos 400m no Mundial
de Dubai 2019, prata nos 100m e nos 400m no Parapan de Lima
2019 e ouro no revezamento 4x100m e prata nos 100m, 200m e
400m nos Jogos Rio 2016.

Fernanda Yara da Silva


Nascimento: 15/08/1986 (34 anos)
Naturalidade: Curionópolis (PA)
Provas: 100m, 200m e 400m
Classe: T47
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Pequim 2008, Rio 2016
Instagram: @fernanda_atleta
Histórico: A veterana atleta chega a Tóquio com o currículo recente
de dois bronzes (200m e 400m) nos Jogos Parapan Americanos de
Lima 2019. Fernanda tem má-formação congênita no braço esquer-
do, abaixo do cotovelo. Ela chegou a disputar o atletismo convencio-
nal antes de migrar para o esporte paralímpico, em 2008.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 17


Atletismo S U M Á RIO

Flavio Reitz
Nascimento: 11/10/1986 (34 anos)
Naturalidade: Francisco Beltrão (PR)
Prova: Salto em altura
Classe: T42
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Londres 2012, Rio 2016
Instagram: @reitzflavio
Histórico: Recordista brasileiro em 2019 no salto em altura, foi
terceiro colocado no ranking mundial da classe T42 em 2018. O
paranaense precisou amputar a perna esquerda aos 15 anos em
função de um tumor no fêmur. Tem no histórico esportivo uma prata
conquistada nos Jogos Parapan Americanos de Toronto 2015.

Francisco Jefferson de Lima


Nascimento: 12/11/1991 (29 anos)
Naturalidade: Pindoretama (CE)
Prova: Lançamento de dardo
Classe: F44
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @jefferson.javelinf44
Histórico: O atleta cearense estreia em Jogos Paralímpicos aos 29
anos respaldado pela medalha de bronze conquistada no Parapan
de Lima 2019. Mais cedo na carreira, o atleta que nasceu com os
dois pés tortos foi ouro na mesma prova no Parapan de Guadalajara
2011 e no Mundial da República Tcheca em 2010.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 18


Atletismo S U M Á RIO

Gustavo Henrique Dias


Nascimento: 05/05/2000 (21 anos)
Naturalidade: Marília (SP)
Provas: 400m e salto em distância
Classe: T20
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @gustavodias_19
Histórico: Talento da nova geração do atletismo nacional, foi ouro
nos 400m e prata no salto em distância no Mundial de Jovens da
Suíça 2019 na categoria para atletas com deficiência intelectual.
Foi ouro nos 400m e no salto em distância no Parapan de Jovens de
2017, em São Paulo.

Izabela Campos
Nascimento: 11/04/1981 (40 anos)
Naturalidade: Belo Horizonte (MG)
Provas: Lançamento de disco e arremesso de peso
Classe: F11
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Londres 2012, Rio 2016
Instagram: @izabela.campos.73
Histórico: A veterana Izabela Campos tem o currículo recheado de
pódios na classe F11, para atletas com deficiência visual. As con-
quistas mais recentes são o ouro no lançamento de disco e o bronze
no arremesso de peso e lançamento de dardo no Parapan de Lima
2019, além de um bronze no disco no Mundial de Dubai, no mesmo
ano. Ainda neste ciclo, a mineira, vítima de sarampo aos seis anos
e de perda progressiva da visão até não enxergar mais aos 15, foi
prata no dardo e bronze no disco no Mundial de Londres 2017 e é
medalhista de bronze no disco nos Jogos Rio 2016.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 19


Atletismo S U M Á RIO

Jardênia Félix
Nascimento: 09/09/2003 (17 anos)
Naturalidade: Natal (RN)
Provas: 400m e salto em distância
Classe: T20
Bolsa Atleta 2021: Internacional
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2018 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @jafe_._
Histórico: Mais uma atleta da nova safra de talentos paralímpicos na-
cionais, a potiguar foi prata nos 400m no Mundial de Jovens da Suíça,
em 2019, e conquistou duas medalhas de bronze, nos 100m e 200m,
no INAS Global Games, para atletas com deficiência intelectual.

Jeohsah dos Santos


Nascimento: 31/09/1999 (21 anos)
Naturalidade: Pesqueira (PE)
Prova: Salto em altura
Classe: T64
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @jeohsah
Histórico: O jovem atleta pernambucano nasceu com má formação
na perna esquerda. Estreou no esporte adaptado nas Paralimpíadas
Escolares aos 12 anos e foi finalista no salto em altura nos Jogos Rio
2016, ainda aos 16 anos. No currículo mais recente, foi prata na mes-
ma prova no Grand Prix da Alemanha em 2018 e campeão mundial
de jovens na Suíça, em 2017.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 20


Atletismo S U M Á RIO

Jerusa Geber
Nascimento: 26/04/1982 (39 anos)
Naturalidade: Rio Branco (AC)
Provas: 100m e 200m
Classe: T11
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Pequim 2008, Londres 2012, Rio 2016
Instagram: @jerusa100m200m
Histórico: Cega de nascença e velocista por natureza, Jerusa cole-
ciona pódios e feitos nas provas mais rápidas do atletismo. Foi ouro
nos 100m no Mundial de Dubai 2019. No mesmo ano, foi ouro no
Parapan de Lima nos 100m e nos 200m e tornou-se a primeira atleta
cega a correr os 100m abaixo de 12 segundos. O currículo da acriana
também tem espaço para a prata no revezamento 4x100m nos Jogos
Rio 2016 e para as pratas nos 100m no Mundial de Doha 2015 e de
Lyon 2013. Jerusa Geber também subiu no pódio nos Jogos Paralím-
picos de Londres 2012 (prata nos 100m e nos 200m) e de Pequim
2008 (bronze nos 100m).

Jhulia Karol dos Santos


Nascimento: 18/09/1991 (29 anos)
Naturalidade: Terra Santa (PA)
Prova: 400m
Classe: T11
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Londres 2012
Instagram: @jhuliak
Histórico: A paraense que perdeu a visão aos nove anos em função
de uma meningite, é um dos destaques da delegação nacional nas
provas de velocidades da classe T11. Foi ouro nos 400m no Parapan
de Lima 2019, prata nos 100m no Parapan de Toronto 2015 e bron-
ze nos 100m no Mundial de Atletismo de 2015, no Catar. Também
tem no currículo o bronze nos 100m no Mundial de Atletismo 2013
na França, o bronze nos 100m nos Jogos Paralímpicos de Londres
2012 e o bronze nos 100m no Parapan de Guadalajara 2011.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 21


Atletismo S U M Á RIO

João Victor Teixeira


Nascimento: 26/03/1994 (27 anos)
Naturalidade: Rio de Janeiro (RJ)
Prova: Arremesso de peso e lançamento de disco
Classe: F37
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @_joaovictorteixeira_
Histórico: João Victor iniciou a carreira no atletismo convencional aos
sete anos, mas passou por uma cirurgia para a retirada de um coá-
gulo aos 15, que resultou em paralisia cerebral e comprometimento
dos movimentos do lado esquerdo do corpo. Adotou, um ano e meio
depois, o atletismo paralímpico e passou a se destacar no cenário in-
ternacional. Foi ouro no lançamento de disco e bronze no arremesso
de peso no Mundial de Dubai 2019. Saiu com a prata nas duas moda-
lidades no Parapan de Lima no mesmo ano. Nos Jogos Rio 2016, foi
quinto lugar no peso e sexto no disco.

Joeferson Marinho
Nascimento: 07/01/1999 (22 anos)
Naturalidade: João Pessoa (PB)
Prova: 100m
Classe: T12
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @joeferson_marinho
Histórico: O atleta paraibano nasceu com albinismo e foi diagnostica-
do com baixa visão aos três anos. Descobriu o atletismo por diversão,
aos nove e, com o tempo, se destacou nas provas de velocidade. No
ciclo entre os Jogos Rio 2016 e Tóquio 2021, foi prata nos 100m no
Mundial de Dubai, além de primeiro no ranking mundial da prova tam-
bém em 2019. Ainda tem um bronze nos 100m no Mundial de Jovens
de Nottwill, na Suíça, em 2017.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 22


Atletismo S U M Á RIO

Júlio Cesar Agripino


Nascimento: 17/01/1991 (30 anos)
Naturalidade: Diadema (SP)
Prova: 1.500m e 5.000m
Classe: T11
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @correjuliao
Histórico: Antes de se consolidar como um fundista paralímpico de
excelência, Júlio foi diagnosticado com ceratocone, doença degene-
rativa na córnea, aos sete anos. Com a progressão da enfermidade,
migrou do atletismo convencional para o paralímpico na classe T11.
No ciclo entre os Jogos Rio 2016 e Tóquio 2021, conquistou o ouro
nos 1.500m no Mundial de Dubai, em 2019.

Julyana Cristina da Silva


Nascimento: 01/05/1996 (25 anos)
Naturalidade: Rio de Janeiro (RJ)
Prova: Lançamento de disco e arremesso de peso
Classe: F57
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @ju.shotput
Histórico: Julyana é amputada da perna esquerda, na altura do joelho,
em função de má-formação congênita. Começou no esporte paralím-
pico na natação, em 2008, e migrou para o atletismo em 2012, nas
provas de campo, após convite de uma treinadora. No currículo recen-
te, somou três medalhas de ouro em etapa do Circuito Loterias Caixa
de Atletismo Paralímpico em 2019.

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Atletismo S U M Á RIO

Kesley Teodoro
Nascimento: 24/01/1993 (28 anos)
Naturalidade: Rolim de Moura (RO)
Prova: 100m
Classe: T12
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @kesleyjosue
Histórico: Quarto colocado nos 100m nos Jogos Paralímpicos Rio
2016, o atleta de Rondônia tem a doença de Stargardt, que afeta a
retina. Iniciou sua caminhada no atletismo em 2012 por vias tortas.
A irmã Ketyla estava no ensino médio e foi convidada a participar das
Paralimpíadas Escolares. Os pais afirmaram que só deixariam a me-
nina ir a São Paulo se o irmão a acompanhasse. Ele foi e o talento de
ambos pôde ser descoberto.

Ketyla Teodoro
Nascimento: 18/11/1995 (25 anos)
Naturalidade: Rolim de Moura (RO)
Provas: 200m e 400m
Classe: T12
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @ketylateodoro
Histórico: Medalhista de bronze nos 400m no Parapan de Lima 2019,
Ketyla tem a doença de Stargardt, que afeta a retina. Enxergou até
os 13 anos e depois passou a ter baixa visão. Conheceu o esporte
paralímpico no último ano do ensino médio, quando um treinador em
Rondônia buscava atletas para as Paralimpíadas Escolares de 2012.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 24


Atletismo S U M Á RIO

Leylane Moura
Nascimento: 07/03/1994 (27 anos)
Naturalidade: Recife (PE)
Prova: Arremesso de peso
Classe: F33
Bolsa Atleta 2021: Internacional
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Histórico: Medalhista de prata no arremesso de peso nos Jogos Pa-
rapan Americanos de Lima 2019, Leylane Moura tem encefalopatia
crônica, após cair de uma escada e ter parada cardiorrespiratória. Ela
ficou com sequelas motoras e na fala. Procurou o esporte paralímpico
como forma de tratamento para a postura e coordenação. Tentou a
bocha e migrou para o atletismo, onde se consolidou como recordista
das Américas no peso e no disco na Classe F33.

Lorena Spoladore
Nascimento: 19/12/1995 (25 anos)
Naturalidade: Maringá (PR)
Prova: 100m, 200m e salto em distância
Classe: T11
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @lorenaspoladore
Histórico: Lorena Spoladore é uma das mais versáteis integrantes da
seleção feminina de atletismo, com habilidades tanto em provas de
salto quanto nas de velocidade. No ciclo entre os Jogos Rio 2016 e
Tóquio 2021, a atleta que teve glaucoma congênito nos primeiros me-
ses de vida e ficou totalmente cega aos seis anos, conquistou o bron-
ze nos 100m no Mundial de Dubai e foi terceira nos 100m e 200m
no Parapan de Lima, as duas competições em 2019. Nos Jogos Rio
2016, saiu com o bronze no salto em distância e integrou o reveza-
mento 4 x100m medalhista de prata. No salto em distância, acumula
ainda o bronze no Parapan de Toronto e a prata no Mundial de Doha,
ambos em 2015, além do ouro no Mundial de Lyon, em 2013.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 25


Atletismo S U M Á RIO

Lucas Lima
Nascimento: 19/10/1995 (25 anos)
Naturalidade: São Paulo (SP)
Provas: 100m e 400m
Classe: T43
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @luuh.lima10
Histórico: Em 2013, Lucas sofreu um acidente de moto e precisou
amputar o braço esquerdo na altura do ombro. Em 2017, iniciou a
carreira no atletismo, e mostrou excelência tanto em provas de veloci-
dade quanto nas de meio fundo.

Lucas Prado
Nascimento: 27/05/1985 (36 anos)
Naturalidade: Poxoréu (MT)
Provas: 100m
Classe: T11
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Pequim 2008, Londres 2012, Rio 2016
Instagram: @lucasprado_oficial
Histórico: Depois de perder a visão em 2002 em função de um des-
colamento de retina, Lucas Prado passou pelo futebol de 5 e goalball
até se fixar nas provas de velocidade do atletismo, em 2006, e se tor-
nar um dos principais medalhistas paralímpicos do país. No ciclo entre
os Jogos Rio 2016 e Tóquio 2021, foi ouro nos 100m no Mundial de
Dubai e no Parapan de Lima, ambos em 2019. Em ciclos anteriores,
foi ouro no revezamento 4×100m e prata nos 100m no Parapan de
Toronto 2015. No Mundial de 2013, em Lyon, na França, foi ouro nos
100m. Nos Jogos Paralímpicos de Londres, duas pratas, nos 100m e
400m. Em Pequim 2008, saiu com ouros nos 100m, 200m e 400m.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 26


Atletismo S U M Á RIO

Marco Aurélio Borges


Nascimento: 05/01/1978 (43 anos)
Naturalidade: São Paulo (SP)
Prova: Arremesso de peso
Classe: F57
Bolsa Atleta 2021: Nacional
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Pequim 2008, Londres 2012
Instagram: @marcaof57
Histórico: Marco Aurélio trabalhava como motoboy quando sofreu
um acidente em 1998 e teve que amputar parte da perna direita. O
primeiro contato com o atletismo ocorreu em 2005, no lançamento
de disco. Tem como destaques em sua carreira o bronze no lançamen-
to de disco e no lançamento de dardo no Parapan de 2007, no Rio
de Janeiro. No ciclo para Tóquio, foi vice-campeão no lançamento de
disco em etapa do Circuito Loterias Caixa 2019 e conseguiu a classi-
ficação para disputar o arremesso de peso na Classe F57.

Marivana da Nóbrega
Nascimento: 02/05/1990 (31 anos)
Naturalidade: Maceió (AL)
Prova: Arremesso de peso
Classe: F35
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @maryoliveiraoficial35
Histórico: Marivana tem paralisia cerebral em função de falta de
oxigenação no cérebro. A lesão limita o movimento de seus membros
inferiores. Numa sessão de fisioterapia em 2008, ouviu que tinha per-
fil de atleta, mas só seis meses depois testou a vocação num treino e
se encontrou nas provas de campo. No ciclo Rio – Tóquio, foi bronze
no Parapan de Lima e no Mundial de Dubai no arremesso de peso,
ambos em 2019. Nos Jogos Rio 2016, também foi bronze na prova,
assim como no Mundial de Doha, em 2015.

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Atletismo S U M Á RIO

Mateus Evangelista
Nascimento: 15/02/1994 (27 anos)
Naturalidade: Porto Velho (RO)
Prova: 100m e salto em distância
Classe: T37
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @mateusevangelista
Histórico: Em função de falta de oxigenação no cérebro na hora
do parto, Mateus tem os movimentos do lado direito de seu corpo
comprometidos. Ele despertou para o esporte paralímpico depois
de uma palestra em sua escola, quando tinha 12 anos. Ingressou
no atletismo e se especializou em provas de velocidade e de salto.
No ciclo Rio - Tóquio, foi ouro nos 100m no Parapan de Lima e
prata no salto em distância no Mundial de Dubai, ambos em 2019.
Antes, em 2017, foi ouro nos 100m e prata nos 200m e no salto
em distância no Mundial de Londres, e já tinha no currículo a prata
no salto nos Jogos Rio 2016.

Michel Gustavo Abraham de Deus


Nascimento: 03/11/1997 (23 anos)
Naturalidade: Mauá (SP)
Prova: Salto em distância
Classe: T47
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @michelgustavo07
Histórico: Uma colisão com um caminhão quando andava de bi-
cicleta, aos 12 anos, deixou Michel sem os movimentos do braço
esquerdo. Quatro anos depois do acidente, ele buscou o atletismo
paralímpico a partir de um convite de um professor de educação
física. Recordista brasileiro no salto em distância na classe T47, foi
sexto colocado no Mundial de Londres, em 2017.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 28


Atletismo S U M Á RIO

Paulo Guerra
Nascimento: 03/08/1992 (28 anos)
Naturalidade: Vargem Grande do Sul (SP)
Prova: Salto em altura
Classe: T47
Bolsa Atleta 2021: Nacional
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @paulohigh_jump
Histórico: Paulo não tem o braço direito em função de má-formação
congênita. Iniciou no esporte paralímpico após ser visto jogando
basquete numa quadra de rua por um professor que ficou impres-
sionado com sua habilidade. Convidado, passou a integrar equipes
de atletismo paralímpico e se destacou no salto em altura. Estreia
em Jogos Paralímpicos respaldado pelo recorde brasileiro de 1,94m,
obtido em 2019 em etapa do circuito Loterias Caixa de Atletismo.

Petrúcio Ferreira
Nascimento: 18/11/1996 (24 anos)
Naturalidade: São José do Brejo da Cruz (PB)
Provas: 100m e 400m
Classe: T47
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @petrucio_t47
Histórico: Um dos principais nomes do esporte paralímpico brasi-
leiro e escolhido para conduzir a bandeira brasileira na cerimônia
de abertura, Petrúcio Ferreira é um fenômeno nas provas de veloci-
dade e de meio fundo do atletismo na classe T47, para amputados
do braço. No ciclo Rio – Tóquio, foi ouro nos 100m e nos 400m no
Mundial de Dubai, além de ouro nos 100m e nos 400m e prata no
revezamento 4x100m no Parapan de Lima, ambos em 2019. Tor-
nou-se o atleta paralímpico mais rápido da história, com os 10s42
registrados nos 100m. Antes, foi ouro nos 100m e 200m no Mun-
dial de Atletismo de Londres, em 2017. É o atual campeão paralím-
pico dos 100m, além de ter uma prata nos 400m e no revezamento
4x100m no evento realizado no Rio de Janeiro, em 2016.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 29


Atletismo S U M Á RIO

Poliana Fátima Sousa


Nascimento: 12/02/1986 (35 anos)
Naturalidade: Uberaba (MG)
Prova: Lançamento de dardo
Classe: F54
Bolsa Atleta 2021: Paralímpica
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Pequim 2008, Rio 2016
Instagram: @polisousaatl
Histórico: Atropelada aos quatro anos, Poliana ficou paraplégica.
Ela iniciou na natação aos sete anos, mas se apaixonou pelo atletis-
mo quando apresentada à modalidade, em 2007. No ciclo Rio – Tó-
quio, foi prata no lançamento de dardo no Parapan de Lima 2019.
Nos Jogos Paralímpicos Rio 2016, foi quinta colocada no arremes-
so de peso e sexta no lançamento de dardo.

Raíssa Machado
Nascimento: 17/05/1996 (25 anos)
Naturalidade: Ibipeba (BA)
Prova: Lançamento de dardo
Classe: F56
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @raissarochamachadooficial
Histórico: Recordista brasileira e das Américas no lançamento de
dardo da Classe F56, foi ouro no Parapan de Lima e bronze no
Mundial de Dubai, ambos em 2019. Raíssa nasceu com má forma-
ção nas pernas e buscou o atletismo aos 12 anos. Tem no currículo,
ainda, um bronze no Parapan de Toronto e a prata no Mundial do
Catar, as duas competições em 2015.

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Atletismo S U M Á RIO

Rayane Soares
Nascimento: 20/01/1997 (24 anos)
Naturalidade: Caxias (MA)
Prova: 100m e 400m
Classe: T13
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @rayane_soares_silva
Histórico: Destaque nas provas de velocidade e meio fundo para
atletas de baixa visão, a maranhense Rayane Soares chega aos
Jogos de Tóquio com um ouro nos 400m e uma prata nos 200m no
Mundial de atletismo de Dubai, em 2019. No mesmo ano, foi prata
nos 100m no Parapan de Lima. Rayane nasceu com má-formação
nos globos oculares e entrou para o esporte em 2015.

Ricardo Costa
Nascimento: 14/06/1982 (39 anos)
Naturalidade: Três Lagoas (MS)
Prova: Salto em distância
Classe: T11
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @ricardocosta67_
Histórico: Com dois anos, Ricardo já tinha dificuldade para enxer-
gar. Em 1996, descobriu que tinha a doença de Stargardt em está-
gio avançado, que o deixou completamente cego. Iniciou no esporte
com corridas de rua e depois passou para as provas de pista. Com-
petiu pela primeira vez internacionalmente em 2015, no Mundial
de Doha, no Catar. Foi bronze no salto em distância no Mundial de
Londres, em 2017, e é o atual campeão paralímpico da prova, título
conquistado nos Jogos Rio 2016.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 31


Atletismo S U M Á RIO

Ricardo Gomes
Nascimento: 29/01/1990 (31 anos)
Naturalidade: Natividade (RJ)
Prova: 100m e 200m
Classe: T37
Bolsa Atleta 2021: Nacional
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @ricardoatl31
Histórico: Ricardo sofreu um acidente em 2014 que deixou seque-
las no braço e perna direitos. Ele iniciou no esporte paralímpico
apenas em 2019 e já conquistou o índice para os Jogos de Tóquio
nos 100m e 200m da classe T37.

Rodrigo Parreira
Nascimento: 09/09/1994 (26 anos)
Naturalidade: Rio Verde (GO)
Prova: 100m e salto em distância
Classe: T36
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @rodrigo.parreira.1232
Histórico: Destaque em provas de velocidade e no salto em distân-
cia, Rodrigo nasceu com paralisia cerebral, o que afetou sua coorde-
nação motora, em especial no lado esquerdo do corpo. No ciclo Rio
– Tóquio, foi medalhista de prata no salto em distância no Mundial
de Dubai, em 2019, e ouro no Parapan de Lima, no mesmo ano. An-
tes, garantiu uma prata no salto em distância e bronzes nos 100m
e 200m no Mundial de Londres 2017. Nos Jogos Paralímpicos Rio
2016, foi prata nos 100m e bronze no salto em distância.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 32


Atletismo S U M Á RIO

Samira Brito
Nascimento: 06/08/1989 (32 anos)
Naturalidade: Juazeiro (BA)
Prova: 100m e 200m
Classe: T-36
Bolsa Atleta 2021: Nacional
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @samira_atleta709
Histórico: Segunda colocada no ranking mundial dos 100m e 200m
na categoria T36, Samira estreia em Jogos Paralímpicos na edição
de Tóquio. A atleta tem paralisia cerebral como consequência da
falta de oxigenação no parto, que tem consequências na coordena-
ção motora, na fala e na audição. Iniciou a trilha no esporte paralím-
pico em 2008, a partir de um técnico que identificou seu potencial.

Silvânia Costa
Nascimento: 23/05/1987 (34 anos)
Naturalidade: Três Lagoas (MS)
Provas: 400m e salto em distância
Classe: T11
Bolsa Atleta 2021: Sem bolsa
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018 e 2019
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @costadoliveira
Histórico: Silvânia tem a doença de Stargardt, que faz com que a
visão regrida de forma progressiva. Encontrou o esporte apenas
aos 18 anos, como ferramenta de inserção social, mas rapidamen-
te conseguiu grande destaque nas provas de salto em distância.
Foi campeã nos Jogos Paralímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. É
recordista brasileira e das Américas na classe T11.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 33


Atletismo S U M Á RIO

Táscitha Cruz
Nascimento: 30/01/1993 (28 anos)
Naturalidade: Salvador (BA)
Prova: 100m e 200m
Classe: T36
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @parathlete_t36_tascithaoficial
Histórico: A velocista se destacou no ciclo Rio – Tóquio com um
bronze no Mundial de Dubai e medalhas de prata nos 100m e nos
200m no Parapan de Lima, ambos em 2019. Recordista brasileira
nos 100m e 200m, Táscitha nasceu com encefalopatia bilirrubíni-
ca, doença que deixa sequelas neurológicas e tem consequências
na fala e na coordenação motora da atleta baiana, que começou a
praticar atletismo em 2012.

Thalita Simplício
Nascimento: 20/08/1997 (23 anos)
Naturalidade: Natal (RN)
Prova: 100m, 200m e 400m
Classe: T11
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @thalita.simplicio
Histórico: Medalhista de prata nos Jogos Paralímpicos Rio 2016
no revezamento 4x100m, Thalita Simplício conquistou o ouro nos
400m no Mundial de Atletismo de Dubai, em 2019. No mesmo
ano, foi prata nos 100m e nos 200m no Parapan de Lima. A atleta
nasceu com glaucoma e, aos 12 anos, ficou completamente cega.
Antes do atletismo, praticou natação, caratê e goalball.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 34


Atletismo S U M Á RIO

Thiago Paulino
Nascimento: 29/12/1985 (35 anos)
Naturalidade: Orlândia (SP)
Prova: Arremesso de peso
Classe: F57
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @thiagaopaulino
Histórico: Thiago amputou a perna esquerda abaixo do joelho em
função de um acidente de moto em 2010. Começou a praticar atle-
tismo em 2011, a partir do convite de um professor de educação
física. Destacou-se nas provas de campo, em especial o arremesso
de peso e o lançamento de disco. No ciclo entre os Jogos Rio 2016
e Tóquio 2021, foi ouro no arremesso de peso no Mundial de Dubai
e no Parapan de Lima, ambos em 2019. Dois anos mais cedo, já
havia conquistado o ouro no arremesso de peso e no lançamento de
disco no Mundial de Londres.

Thomaz Ruan de Moraes


Nascimento: 07/08/2001 (20 anos)
Naturalidade: Jundiaí (SP)
Prova: 400m
Classe: T47
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @thomoraes
Histórico: Destaque da nova geração do atletismo brasileiro, Thomaz
nasceu com má-formação no braço direito e conheceu o atletismo
paralímpico por meio de um projeto em Jundiaí. Vai estrear em Jogos
Paralímpicos com uma prata conquistada nos 400m no Mundial de
Dubai, em 2019. Antes, em 2017, já havia se destacado no Parapan
de Jovens de São Paulo, com ouros no salto em distância, nos 100m
e nos 400m. No mesmo ano, foi prata no salto em distância e nos
400m no Mundial de Jovens de Nottwill, na Suíça.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 35


Atletismo S U M Á RIO

Tuany Barbosa
Nascimento: 26/05/1993 (28 anos)
Naturalidade: Rio de Janeiro (RJ)
Prova: Lançamento de disco
Classe: F-57
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @tuanybarbosa
Histórico: Tuany é ex-atleta de judô convencional. Ela sofreu um
acidente durante uma luta, em 2014, no Grand Prix de Judô em São
José dos Campos (SP), que causou deficiência motora e falta de
sensibilidade na perna direita. Começou no atletismo em 2017 e
passou a se destacar nas provas de campo. No ciclo Rio – Tóquio,
foi prata no arremesso de peso e bronze no lançamento de disco
nos Jogos Parapan Americanos de Lima 2019.

Vanessa Cristina
Nascimento: 20/11/1989 (31 anos)
Naturalidade: São Paulo (SP)
Prova: 1.500m, 5.000m e maratona
Classe: T-54
Bolsa Atleta 2021: Nacional
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @vanessacris.oficial
Histórico: Campeã das maratonas de Los Angeles e Sevilha em
2020 na classe T54, para cadeirantes, Vanessa é recordista bra-
sileira da categoria e tricampeã da São Silvestre (2017, 2018 e
2019). A paulista, que também venceu a Maratona de São Paulo
em 2019, precisou amputar a perna esquerda abaixo do joelho em
função de um acidente de moto. Em Tóquio, também está inscrita
nas provas de 1.500m e 5.000m.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 36


Atletismo S U M Á RIO

Vinícius Rodrigues
Nascimento: 28/11/1994 (26 anos)
Naturalidade: Maringá (PR)
Prova: 100m
Classe: T63
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @viniciusbellator.rodrigues
Histórico: Vinícius Rodrigues sofreu um acidente de moto aos 19
anos e precisou amputar a perna esquerda acima do joelho. Durante
o período de internação, recebeu a visita da velocista paralímpica
Terezinha Guilhermina, que o incentivou a iniciar no esporte. Reabili-
tou-se e passou a correr com o auxílio de uma prótese. No ciclo Rio
– Tóquio, foi medalhista de bronze no Mundial de Dubai, em 2019.

Vitor Antônio de Jesus


Nascimento: 09/10/1995 (25 anos)
Naturalidade: Rio de Janeiro (RJ)
Prova: 200m
Classe: T37
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @vitorjesusoficial
Histórico: Vitor de Jesus nasceu com paralisia cerebral, que afeta
a coordenação motora do lado esquerdo do seu corpo. Chegou ao
esporte paralímpico pelo futebol de 7, mas fez amigos no atletismo
e migrou após fazer um teste na modalidade. No ciclo Rio – Tóquio,
foi ouro nos 200m e nos 400m no Parapan de Lima e medalhista
de prata nos 200m no Mundial de Dubai, ambos em 2019.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 37


Atletismo S U M Á RIO

Viviane Soares
Nascimento: 14/05/1996 (25 anos)
Naturalidade: Rio de Janeiro (RJ)
Provas: 100m e 200m
Classe: T12
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Londres 2012, Rio 2016
Instagram: @vivianee.soares
Histórico: Viviane Soares nasceu com glaucoma e teve o primeiro
contato com o atletismo em 2006, por meio de amigos que pratica-
vam a modalidade. No ciclo Rio – Tóquio, foi medalhista de bronze
nos 100m no Mundial de Dubai, em 2019. Colecionou ainda uma
prata nos 100m e no revezamento 4x100m, além de um bronze nos
200m no Parapan de Lima 2019.

Wallace Antônio de Oliveira


Nascimento: 22/07/1984 (37 anos)
Naturalidade: Rio de Janeiro (RJ)
Prova: Arremesso de peso
Classe: F55
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Pararalimpíadas: Rio 2016
Instagram: @wallace.antonio.3
Histórico: Wallace de Oliveira fraturou uma vértebra da coluna
lombar e ficou paraplégico num acidente de trabalho em 2007. Ele
estava sob um ônibus quando o macaco hidráulico não suportou o
peso e o veículo caiu. Conheceu o esporte paralímpico em 2013 e
se identificou com as provas de campo, em especial o lançamento
de dardo e o arremesso de peso. No ciclo Rio – Tóquio, foi ouro no
peso e prata no dardo no Parapan de Lima 2019.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 38


Atletismo S U M Á RIO

Washington Assis Júnior


Nascimento: 20/12/1996 (24 anos)
Naturalidade: Rio de Janeiro (RJ)
Prova: 100m
Classe: T47
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @wjshitao47
Histórico: Washington Assis nasceu com má-formação no braço
direito e começou a praticar o atletismo paralímpico em 2012. No
ciclo Rio – Tóquio, foi prata nos 100m no Mundial de Dubai, em
2019.

Yeltsin Francisco Ortega


Nascimento: 21/09/1991 (28 anos)
Naturalidade: Campo Grande (MS)
Provas: 1.500m, 5.000m e maratona
Classes: T11 e T12
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Londres 2012, Rio 2016
Instagram: @yeltsin.atleta
Histórico: Yeltsin Ortega nasceu com baixa visão. Ele conheceu o
atletismo ajudando um outro colega, cego, a correr. Iniciou a carrei-
ra nas Paralimpíadas Escolares, em 2007, e passou a se destacar
nas provas de fundo. No ciclo Rio – Tóquio, foi ouro nos 1.500m e
bronze nos 5.000m no Parapan de Lima 2019.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 39


Bocha
Praticada por atletas com elevado grau de paralisia cerebral ou deficiências severas, a bo-
cha é uma modalidade exclusiva do programa paralímpico. A estreia foi nos Jogos de Nova
York/ Stoke Mandeville 1984, no masculino e no feminino. Mas, foi apenas em Atlanta
1996, que a modalidade passou a contar com a disputa em duplas. Atualmente, também há
provas por equipes.

A bocha teve um antecessor nos Jogos Paralímpicos, o lawn bowls, uma espécie de bo-
cha jogada na grama. Foi nesta modalidade que o Brasil conquistou sua primeira medalha
paralímpica. Róbson Sampaio de Almeida e Luiz Carlos “Curtinho” foram prata nos Jogos de
Heidelberg, na Alemanha, em 1972.

No formato atual, o Brasil soma nove conquistas, nas edições de Pequim 2008 (2 ouros e
1 bronze), Londres 2012 (3 ouros e 1 bronze) e Rio 2016 (1 ouro e 1 prata). No total, são
seis ouros, duas pratas e dois bronzes.

Das conquistas brasileiras na história dos Jogos Paralímpicos, considerando os dois for-
matos da bocha, dois nomes tem participação em 70% delas. Dirceu Pinto faturou quatro
ouros (Pequim 2008 e Londres 2012), sendo dois nas duplas com Eliseu dos Santos, e
uma prata (Rio 2016), por equipe ao lado dos irmãos Eliseu e Marcelo dos Santos. Um dos
grandes nomes da modalidade, o paulista faleceu em 2020. Eliseu que disputará as Para-
limpíadas de Tóquio, também soma cinco medalhas. Além das conquistas ao lado de Dir-
ceu, ele tem dois bronzes no individual (Pequim 2008 e Londres 2012).

Todos os 11 convocados para a seleção brasileira em Tóquio, maior delegação do país na


bocha na história dos Jogos, são atualmente contemplados pelo Bolsa Atleta, programa de
patrocínio individual do Governo Federal Brasileiro. O investimento direto nesse grupo, no
ciclo entre os Jogos Rio 2016 e Tóquio 2021, foi de R$ 3,04 milhões, garantido via Secre-
taria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania.

Dos 11 bolsistas, seis integram a categoria Pódio, a principal do programa, voltada para
quem se qualifica entre os 20 melhores do mundo em sua modalidade. A categoria Pódio
prevê repasses que variam de R$ 5 mil a R$ 15 mil mensais de acordo com os resultados
esportivos dos atletas.

No ciclo dos Jogos de Tóquio, o Ministério da Cidadania investiu R$ 5,03 milhões na bocha
paralímpica por meio do Bolsa Atleta. Entre 2017 e 2021, foram concedidas 193 bolsas
em todas as categorias para os atletas da modalidade.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro


Classificação
Os atletas da bocha competem em cadeira de rodas. Na classificação
funcional, eles são divididos em quatro classes, de acordo com o grau da
deficiência e da necessidade de auxílio ou não. No caso dos atletas com
maior grau de comprometimento, é permitido o uso de uma calha para dar
mais propulsão à bola. Os tetraplégicos, por exemplo, que não conseguem
movimentar os braços ou as pernas, usam uma faixa ou capacete na
cabeça com uma agulha na ponta. O calheiro posiciona a canaleta à sua
frente para que ele empurre a bola pelo instrumento com a cabeça.

BC1
Destinada apenas aos atletas com paralisia cerebral, que podem jogar
com as mãos ou com os pés e podem ter um auxiliar para entregar a bola
ou ajustar a cadeira de rodas.

BC2
Nenhum auxiliar é permitido e um suporte ou cesto para bola pode ser
adaptado. O atleta apresenta quadro de paralisia cerebral.

BC3
Atletas com maior grau de comprometimento motor e que usam um ins-
trumento auxiliar, podendo ser ajudados por outra pessoa para direcionar
a calha seguindo as indicações do jogador.

BC4
Atletas com qualquer outro quadro de origem não cerebral, como distrofia
muscular progressiva, esclerose múltipla, lesão medular com tetraplegia,
mas que não recebem assistência.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro


Bocha S U M Á RIO

Andreza Vitória
Nascimento: 28/01/2001 (21 anos)
Naturalidade: Recife (PE)
Prova: Individual BC1, Equipes BC1/BC2
Classe: BC1
Bolsa Atleta 2021: Internacional
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2019 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @andrezavitoriabc1
Histórico: Aos dois anos, os pais de Andreza notaram que ela
estava tendo dificuldades para andar e perda de força nas pernas.
Buscaram assistência médica e, depois de diversos exames, ela foi
diagnosticada com síndrome de leigh, característica da paralisia
cerebral. Até os 11 anos ela fez uso de muletas, mas depois dessa
idade necessitou usar cadeira de rodas. Ela começou a jogar bocha
em 2015 e no ano seguinte já conquistou o 2º lugar nas Paralim-
píadas Escolares, competição que venceria em 2017. Na época
era classificada como BC2. Em 2018 passou por reclassificação e
hoje joga como BC1. Ainda em 2018 foi convocada para a seleção
brasileira pela primeira vez. Foi bronze no campeonato brasileiro em
2019, 3º lugar por equipe no Open Mundial, em Póvoa de Varzim,
Portugal também em 2019.

Eliseu dos Santos


Nascimento: 15/11/1976 (44 anos)
Naturalidade: Telêmaco Borba (PR)
Prova: Individual BC4, Pares BC4
Classe: BC4
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Pequim 2008, Londres 2012, Rio 2016
Instagram: @eliseubc4
Histórico: Eliseu dos Santos tem distrofia muscular progressiva, as-
sim como seu irmão Marcelo dos Santos, que também representará
o Brasil nos Jogos de Tóquio. Um dos maiores nomes da modali-
dade no país, o atleta tem cinco medalhas paralímpicas no currí-
culo. São dois ouros nos pares, ao lado de Dirceu Pinto, nos Jogos
de Pequim 2008 e Londres 2012, além de uma prata nas duplas
mistas, com Dirceu e o irmão Marcelo, no Rio 2016. As conquistas
individuais são dois bronzes em Pequim 2008 e Londres 2012.
Desde o início da carreira, Eliseu soma mais de 70 medalhas em
competições nacionais e internacionais.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 42


Bocha S U M Á RIO

Ercileide Laurinda
Nascimento: 18/09/1975 (45 anos)
Naturalidade: Anápolis (GO)
Prova: Pares BC4
Classe: BC4
Bolsa Atleta 2021: Internacional
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @ercileidelaurinda
Histórico: Aos 13 anos descobriu que tinha distrofia muscular de
cinturas, que causa perda de força nos membros inferiores e supe-
riores. Passou a utilizar a cadeira de rodas aos 27 anos e em 2003
começou a praticar a bocha. Desde então, conquistou ouro nos
pares e bronze no individual na Copa América em 2009; prata no
Campeonato Brasileiro de 2014; bronze nos pares BC4 em Poznan,
na Polônia em 2015; prata nos pares BC4 na Copa America em
Montreal 2015; ouro no Brasileiro de Pares e Equipes de 2018; e
ouro por pares na Copa América em 2019.

Evani Calado
Nascimento: 29/11/1989 (31 anos)
Naturalidade: Garanhuns (PE)
Prova: Individual BC3, Pares BC3
Classe: BC3
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @evanicaladobc3
Histórico: Em decorrência de falta de oxigênio na hora do parto,
teve paralisia cerebral. Evani Soares conheceu a bocha no ensino
médio, mas só foi virar praticante da modalidade em um projeto da
faculdade e por insistência da mãe. Em sua primeira Paralimpíada,
no Rio 2016, já conquistou a medalha de ouro nas duplas mistas
BC3 ao lado de Antonio Leme e Evelyn Oliveira. Também é ouro por
pares, na Copa América em 2017 e 2019, edições que ganhou as
pratas no individual, e ouro por pares no Open Mundial em 2018.
Além de diversos títulos nacionais.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 43


Bocha S U M Á RIO

Evelyn Oliveira
Nascimento: 17/08/1987 (34 anos)
Naturalidade: Mauá (SP)
Prova: Individual BC3, Pares BC3
Classe: BC3
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @evelyn7oliveira
Histórico: Diagnosticada com Atrofia Muscular Espinhal, doença
congênita, a atleta não tem os movimentos dos membros inferio-
res e tem limitações e comprometimento de força nos superiores.
Conheceu a bocha aos 22 anos, a convite de uma professora do
SESI e passou a praticar a modalidade. Em sua estreia paralímpica,
no Rio 2016, ajudou o Brasil a conquistar a medalha de ouro nas
duplas mistas na classe BC3, ao lado de Evani Soares e Antonio
Leme. Foi ouro no Parapan de Lima 2019 e é tricampeã brasileira.

Guilherme Moraes
Nascimento: 03/08/1990 (31 anos)
Naturalidade: Mogi das Cruzes (SP)
Prova: Individual BC1
Classe: BC1
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Londres 2012, Rio 2016
Instagram: @guilherme_bocha
Histórico: Guilherme Moraes nasceu com paralisia cerebral devido à
falta de oxigenação no parto. Seu tio, que é professor de educação
física, o apresentou a bocha em 2006. O atleta tem uma prata no in-
dividual e um ouro por equipe BC1/BC2 no Open Regional São Paulo
2018, uma prata por equipe BC1/BC2 no Open Mundial de Montre-
al 2018 e um ouro nos Jogos Parapan Americanos de Toronto 2015.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 44


Bocha S U M Á RIO

José Carlos Chagas


Nascimento: 04/08/1977 (44 anos)
Naturalidade: Ribeirão Preto (SP)
Prova: Individual BC1, Equipes BC1/BC2
Classe: BC1
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Londres 2012, Rio 2016
Instagram: @josecarloschagasdeoliveira
Histórico: José Carlos Chagas tem paralisia cerebral devido à falta
de oxigenação no cérebro na hora do parto. Sua primeira Paralimpí-
ada foi em Londres 2012, quando terminou em quarto no individual
e alcançou as quartas de final por equipes, mesma fase em que
encerrou sua participação por equipes e no individual nos Jogos
do Rio 2016. Ele conquistou a prata por equipes no Mundial de
Pequim em 2014, além de um ouro no individual no Open Mundial
de 2018 e o bronze por equipes no Open Mundial de 2019. Jogou
três edições do Parapan, com bronze no individual em Guadalajara
2011, ouro no individual e por equipes em Toronto 2015 e prata no
individual e por equipes em Lima 2019. Na Copa América de 2019
foi vice no individual e campeão por equipes.

Maciel Santos
Nascimento: 05/09/1985 (35 anos)
Naturalidade: Crateús (CE)
Prova: Individual BC2, Equipes BC1/BC2
Classe: BC2
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Londres 2012, Rio 2016
Instagram: @macielsantosbc2
Histórico: O atleta nasceu com paralisia cerebral. Começou na
modalidade aos 11 anos e a representar o Brasil em competições
internacionais aos 14 anos. Sua maior conquista foi o ouro no
individual nos Jogos de Londres 2012. Ganhou a Copa América
em 2013, 2017 e 2019 e o ouro nos Parapans de Toronto 2015
(individual e equipes) e Lima 2019. Também tem um bronze no
individual e prata por equipes e nas duplas no Campeonato Mundial
de 2014.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 45


Bocha S U M Á RIO

Marcelo dos Santos


Nascimento: 10/09/1972 (48 anos)
Naturalidade: Telêmaco Borba (PR)
Prova: Individual BC4, Pares BC4
Classe: BC4
Bolsa Atleta 2021: Paralímpica
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @marcelobc4
Histórico: Marcelo dos Santos tem distrofia muscular progressiva,
assim como seu irmão Eliseu dos Santos, que também representará
o Brasil nos Jogos de Tóquio e foi seu influenciador na modalidade.
A estreia de Marcelo nos Jogos foi no Rio 2016, onde jogando ao
lado do irmão e de Dirceu Pinto conquistou a prata nas duplas mis-
tas BC4. Marcelo também conquistou a prata nos pares no Mundial
de Pequim 2014.

Mateus Carvalho
Nascimento: 24/12/1992 (28 anos)
Naturalidade: Uberlândia (MG)
Prova: Individual BC3, Pares BC3
Classe: BC3
Bolsa Atleta 2021: Internacional
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2019 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @mateus.bc3
Histórico: Mateus tem Artogripose Múltipla Congênita que limita os
movimentos das articulações. O atleta conheceu a bocha em 2010,
em uma Paralímpiada Escolar. No entanto, na época ele competia
na natação, modalidade a qual praticou de 2006 a 2012, quando
mudou de vez para a bocha. As principais conquistas dele são o
ouro no Parapan Lima 2019 nos pares e bronze no individual, ouro
por pares na Copa América 2019, ouro nos Jogos Paralímpicos
Universitários em 2018 e ouro nos pares em Défi Sportif Atergo
Montreal 2015.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 46


Bocha S U M Á RIO

Natali Faria
Nascimento: 26/02/1990 (31 anos)
Naturalidade: Santos (SP)
Prova: Individual BC2, Equipes BC1/BC2
Classe: BC2
Bolsa Atleta 2021: Internacional
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Londres 2012
Instagram: @natalifaria_
Histórico: A atleta nasceu com paralisia cerebral e conheceu a
bocha por um colega que fazia fisioterapia no mesmo local que ela.
Suas principais conquistas na modalidade são uma prata por equi-
pes no Open Mundial Canadá 2018, um ouro por equipes no Open
Mundial Kansas City2017, uma prata na Copa América da Colôm-
bia 2017 e uma prata no Parasul Americano de Santiago 2014.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 47


Canoagem
A canoagem paralímpica é aberta a pessoas com deficiência físico-motora, tanto no mascu-
lino quanto no feminino. A modalidade ainda é nova no programa dos Jogos Paralímpicos.
Em Tóquio fará a segunda participação, depois da estreia no Rio 2016.

Em Tóquio, as provas serão no Sea Forest Waterway, nas seguintes categorias: KL1 a 3 e
VL2 e 3. As disputas são em linha reta, com raias demarcadas por boias e com 200 metros
de extensão. Em todas as cinco classes, há provas individuais no masculino e no feminino,
exceto na VL3, exclusiva para os homens.

Apesar do domínio britânico na estreia da modalidade no Jogos do Rio 2016 (o país subiu
ao pódio em cinco das seis provas disputadas), o Brasil também viu um representante fatu-
rar uma medalha. Caio Ribeiro levou o bronze na KL3 masculina.

O Brasil terá sete atletas nas Paralimpíadas de Tóquio na canoagem, sendo três mulheres e
quatro homens. Todos eles são apoiados pelo Bolsa Atleta, programa de patrocínio individu-
al do Governo Federal. No ciclo paralímpico entre os Jogos do Rio e a atual edição, o investi-
mento direto nesses atletas foi de R$ 2,59 milhões.

Dos sete bolsistas, seis integram a categoria Pódio, a principal do programa, voltada para
quem se qualifica entre os 20 melhores do mundo em sua modalidade. A categoria Pódio
prevê repasses que variam de R$ 5 mil a R$ 15 mil mensais de acordo com os resultados
esportivos dos atletas.

Para este ciclo, o investimento total na modalidade foi de R$ 3,93 milhões, o que permitiu o
pagamento de 82 bolsas entre 2017 e 2021.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro


Classificação
Em termos de classificação funcional, os canoístas são divididos de acor-
do com o grau de movimentação dos membros inferiores, superiores e do
tronco. As classes KL são para atletas que competem utilizando o caia-
que, enquanto a VL é destinada aos que usam a canoa.

Nos Jogos Paralímpicos de Tóquio as competições são nas seguintes


classes:

KL1
Usa somente os braços na remada.

KL2 e VL2
Usa tronco e braços na remada.

KL3 e VL3
Usa braços, tronco e pernas na remada.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro


Canoagem S U M Á RIO

Adriana Azevedo
Nascimento: 06/04/1978 (43 anos)
Naturalidade: Natal (RN)
Prova: caiaque
Classe: KL1
Bolsa Atleta 2021: Nacional
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: estreante
Instagram: @dricaatleta
Histórico: Adriana teve poliomelite aos 11 meses. Com menos de
dois anos, começou a nadar e passou a competir. Aos 18, passou
a competir pela natação. Aos 32, recebeu o diagnóstico de uma
síndrome que causa degeneração muscular. Em 2016, buscou na
paracanoagem um estímulo para seguir no esporte. Campeã brasi-
leira na modalidade, foi prata no Sul-Americano de Canoagem na
Colômbia 2017.

Caio Ribeiro
Nascimento: 17/02/1986 (35 anos)
Naturalidade: Rio de Janeiro (RJ)
Provas: caiaque e canoa
Classe: VL3 e KL3
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @goldsaci
Histórico: Antes de sofrer um acidente de moto que resultou na
amputação da perna esquerda, Caio já havia participado de com-
petições de atletismo e jogou futebol profissional na América do
Norte. Na canoagem, tem extensa lista de bons resultados. No ciclo
Rio – Tóquio, foi prata na canoa e bronze no caiaque no Mundial
da Hungria em 2018. Prata na canoa na Etapa da Copa do Mundo
da Polônia em 2019. Prata no caiaque e na canoa no Mundial em
Mantemor-o-Velho, em 2018 (Portugal). Prata no caiaque na etapa
da Copa do Mundo da Hungria em 2018. Prata no caiaque e na
canoa no Mundial em Racice 2017 (República Tcheca). Na última
edição de Jogos Paralímpicos, foi bronze na canoa.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 50


Canoagem S U M Á RIO

Debora Benevides
Nascimento: 16/09/1995 (25 anos)
Naturalidade: Campo Grande (MS)
Prova: canoa
Classe: VL2
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @debora_raiza
Histórico: A atleta tem má-formação nos membros inferiores, que
causa atrofia nas pernas. Ouro no caiaque e na canoa no Pan-Ame-
ricano de 2018 em Dartmonth (Canadá), prata na canoa no Mun-
dial de Racice (República Tcheca) em 2017, ouro no caiaque no
Sul-Americano de Canoagem de Paipa, em 2017 (Colômbia), prata
na canoa no Mundial da Alemanha em 2016 e bronze na canoa no
Mundial de Milão em 2015 (Itália).

Fernando Rufino “Cowboy”


Nascimento: 22/05/1985 (36 anos)
Naturalidade: Itaquiraí (MS)
Provas: canoa e caiaque
Classe: VL2 e KL2
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo olímpico: 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: estreante
Instagram: @rufinopeao
Histórico: Fernando sempre teve o sonho de conquistar o mundo
montado em cima de um touro. No entanto, após ser atropelado por
um ônibus e perder parcialmente o movimento das pernas, o sul-ma-
togrossense reinventou seus sonhos em torno da canoagem paralím-
pica. No ciclo Rio – Tóquio, foi ouro no caiaque e na canoa no Cam-
peonato Pan-Americano 2018 em Dartmonth, no Canadá. Bronze no
caiaque e prata na canoa no Mundial de Montemor-o-Velho 2018
(Portugal). Ouro no Campeonato Sul-Americano de Paipa, na Colôm-
bia, em 2017.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 51


Canoagem S U M Á RIO

Giovane Vieira
Nascimento: 24/02/1998 (23 anos)
Naturalidade: Apucarana (PR)
Provas: caiaque e canoa
Classe: VL3 e KL3
Bolsa Atleta 2021: Internacional
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: estreante
Instagram: @giovanevieiraoficial
Histórico: Sofreu um acidente de trem aos 11 anos e teve a perna
esquerda amputada, acima do joelho. Aos 16 anos, conheceu a cano-
agem. No ciclo Rio – Tóquio, teve como destaques o ouro no Sul-A-
mericano de Enseada, na Argentina, em 2018, e o ouro no Pan-Ame-
ricano de Ibarra, no Equador, em 2017.

Luis Carlos Cardoso


Nascimento: 11/12/1984 (36 anos)
Naturalidade: Picos (PI)
Prova: caiaque
Classes: KL1
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @luiscarlosparacanoagem
Histórico: Luís era dançarino profissional e integrava o grupo de dan-
çarinos do cantor Frank Aguiar. No fim de 2009, perdeu os movimen-
tos das pernas em função de uma infecção na medula. Reinventou a
trajetória na canoagem. Pentacampeão mundial na prova de canoa
(Szeged 2019, Racice 2017, Duisburg 2016, Milão 2015 e Mos-
cou 2014), ouro no caiaque na etapa da Copa do Mundo da Polônia
2019, ouro no caiaque no Campeonato Pan-Americano 2018, em
Dartmonth, no Canadá, prata na canoa e bronze no caiaque no Mun-
dial em Montemor-o-Velho 2018 (Portugal), prata no caiaque e na
canoa na Etapa da Copa do Mundo da Hungria 2018, bronze no caia-
que no Mundial de Racice (República Tcheca) 2017, ouro no caiaque
no Sul-Americano de Canoagem, em Paipa 2017, na Colômbia.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 52


Canoagem S U M Á RIO

Mari Santilli
Nascimento: 15/04/1978 (43 anos)
Naturalidade: Curitiba (PR)
Prova: caiaque
Classe: KL3
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @marisantilli2011
Histórico: Em 2006, Mari sofreu um acidente de moto e teve a
perna esquerda amputada, na altura do joelho. Antes, ela era atleta
amadora do triatlo. Após o acidente, começou a fazer provas de
travessia no mar e a convite de uma amiga passou a participar de
competições oficiais do CPB na natação. Em 2014, migrou para
a canoagem e já em 2015 foi convocada pela primeira vez para a
Seleção. Entre seus principais resultados, é campeã pan-americana
de 2017 a 2019 e campeã brasileira de 2014 a 2018.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 53


Ciclismo
O ciclismo adaptado inclui atletas com paralisia cerebral, deficientes visuais, amputados
e pessoas com lesão medular (cadeirantes). Seguindo as regras da União Internacional de
Ciclismo (UCI), a modalidade tem apenas algumas diferenças para adequar-se ao programa
paralímpico. As provas podem ser de pista (velódromo) ou estrada.

Praticado desde a década de 1980, o ciclismo paralímpico era destinado apenas aos de-
ficientes visuais. Nas Paralimpíadas de Nova York/ Stoke Mandeville 1984, foi estendido
aos paralisados cerebrais e aos amputados, e nas de Seul 1988, passou a contar com a
prova de estrada no programa oficial. Mas foi apenas na edição de Atlanta 1996 que as
deficiências passaram a ser setorizadas em categorias. O velódromo entrou para a progra-
mação naquele ano e, em Sydney 2000, foi exibido pela primeira vez o handcycling.

A estreia brasileira na modalidade ocorreu em Barcelona 1992, com a participação de


Rivaldo Gonçalves Martins. Lauro Chaman foi o primeiro do país a subir ao pódio em Jogos
Paralímpicos. No Rio 2016, ele faturou duas medalhas: uma prata e um bronze.

Todos os cinco convocados para a seleção brasileira em Tóquio são atualmente contempla-
dos pelo Bolsa Atleta, programa de patrocínio individual do Governo Federal Brasileiro. O
investimento direto nesse grupo, no ciclo entre os Jogos Rio 2016 e Tóquio 2021, foi de R$
1,72 milhão, garantido via Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania.

Dos cinco bolsistas, três integram a categoria Pódio, a principal do programa, voltada para
quem se qualifica entre os 20 melhores do mundo em sua modalidade. A categoria Pódio
prevê repasses que variam de R$ 5 mil a R$ 15 mil mensais de acordo com os resultados
esportivos dos atletas.

No ciclismo paralímpico como um todo, foram 193 bolsas concedidas no ciclo entre Rio de
Janeiro e Tóquio (2017 a 2021), num investimento federal de R$ 4 milhões.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro


Classificação
São quatro tipos de bicicletas de acordo com a deficiência dos competi-
dores. Atletas amputados e com outras deficiências físico-motoras usam
bicicletas convencionais com adaptações específicas para o uso de câm-
bios e freios. As handbikes são usadas por atletas com paraplegia e tetra-
plegia, sendo impulsionadas pelos braços. Os triciclos são destinados aos
competidores com paralisia cerebral, são bicicletas com duas rodas atrás
para maior equilíbrio. Já os atletas com deficiência visual e seus guias
usam o tandem, bicicletas com dois bancos e quatro pedais.

Os ciclistas são divididos em quatro tipos de classes. As que começam


com H (H1, H2, H3 e H4) têm ciclistas que se posicionam deitados no
banco da bicicleta. Na H5, ficam ajoelhados e usam, também, a força do
tronco para impulsionar a bicicleta. Atletas da T1 são mais debilitados
que os da T2 e, os dois grupos, andam de triciclo. Nas classes C1 a C5,
quanto menor o número, mais debilitado é o atleta. E, por fim, a tandem é
exclusiva para os deficientes visuais.

H1 a H5
Atletas impulsionam a bicicleta adaptada (handbike) com os braços.

T1 e T2
Ciclistas com paralisia cerebral cuja deficiência impede de andarem uma
bicicleta convencional (competem em triciclos).

C1 a C5
Atletas competem em bicicletas convencionais. Classes direcionadas aos
competidores com deficiência físico-motora e amputados.

Tandem
Classe destinada aos deficientes visuais. As bicicletas são de dois lugares
e o ciclista da frente, ou “piloto”, enxerga normalmente.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro


Ciclismo S U M Á RIO

Ana Raquel Lins


Nascimento: 11/03/1991 (30 anos)
Naturalidade: Natal (RN)
Provas: Perseguição 3000m-C5, Contra-relógio 500m-C4-5, Con-
tra-relógio-C5, Estrada-C4-5
Classe: C5
Bolsa Atleta 2021: Paralímpica
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016 (paratriathlon)
Instagram: @anaraquellins
Histórico: Ana Raquel nasceu com uma deficiência congênita, a Sín-
drome de Poland, que acomete a mão, parte do tórax e o abdômen
esquerdo. Aos oito anos, ela já competia como nadadora. Participou
dos seus primeiros Jogos Parapan Americanos no Rio 2007. Alguns
anos depois, buscando novos desafios, Ana conheceu o paratria-
thlon, modalidade que representou o Brasil nos Jogos do Rio 2016.
Em 2018, migrou para o paraciclismo e participou das principais
competições de Estrada e Pista do calendário nacional e interna-
cional, carimbando o seu passaporte para Tóquio 2020. É a atual
campeã brasileira de Pista e Contra-relógio, além de ter conquistado
o 5º lugar na prova de resistência do Parapan de Lima 2019.

André Luiz Grizante


Nascimento: 26/12/1976 (44 anos)
Naturalidade: São Caetano do Sul (SP)
Provas: Contra-relógio 1000m-C4-5, Perseguição 4000m-C4, Con-
tra-relógio-C4, Estrada-C4-5
Classe: C4
Bolsa Atleta 2021: Nacional
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @andregrizante
Histórico: André Luiz Grizante foi atleta profissional de ciclismo de
Estrada entre os anos de 1995 e 2010, chegando a ser um dos
principais nomes da modalidade no país. Em 2013, sofreu um aci-
dente de moto, onde teve fratura de acetábulo com compressão e
esmagamento do nervo ciático, que deixou uma lesão definitiva na
perna esquerda. Três anos após o acidente, a convite de vários ami-
gos, resolveu retornar às competições, mas desta vez no paraciclis-
mo. É bicampeão brasileiro de Estrada (2017 e 2018) e bicampeão
Pan Americano (2018 e 2019).

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 56


Ciclismo S U M Á RIO

Carlos Alberto Soares


Nascimento: 31/12/1994 (26 anos)
Naturalidade: Anápolis (GO)
Provas: Perseguição 3000m-C1, Contra-relógio 1000m-C1-3, Con-
tra-relógio-C1, Estrada-C1-3
Classe: C1
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @carlosparalimpico
Histórico: Quando tinha seis anos, Carlos foi diagnosticado com pa-
raparesia espástica, doença que compromete a locomoção e a mo-
bilidade, no caso dele, da perna esquerda. O atleta teve o primeiro
contato com o paraciclismo em 2016, quando começou a pedalar
em bicicletas da disciplina de Estrada. No ano seguinte, participou
da primeira competição oficial e já em 2018 foi convocado para
representar a seleção brasileira no Campeonato Mundial de Paraci-
clismo de Pista, no Rio de Janeiro. Possui dois bronzes conquista-
dos na Copa do Mundo de Ciclismo em Cascais Portugal 2019 e é
tetracampeão brasileiro (2017, 2018, 2019 e 2020).

Jady Malavazzi
Nascimento: 07/09/1994 (26 anos)
Naturalidade: Jandaia do Sul (PR)
Provas: Contra-relógio-H1-3, Estrada-H1-4
Classe: H3
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @jadymalavazzi
Histórico: Após um acidente de carro em 2007, Jady perdeu o
movimento das pernas. Sua reabilitação foi realizada em Brasília, no
Hospital Sarah Kubitschek, onde teve o seu primeiro contato com
o esporte adaptado. Inicialmente começou a jogar basquete em
cadeira de rodas e, pouco tempo depois, em 2010, conheceu o pa-
raciclismo. A sua evolução no esporte foi muito rápida, passando a
competir em alto rendimento já no ano seguinte, em 2011, quando
foi convocada para a seleção brasileira que disputou os Jogos Para-
pan Americanos de Guadalajara, no México, e conquistou a medalha
de prata. Jady também soma duas medalhas em Mundiais e seis
pódios em etapas da Copa do Mundo.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 57


Ciclismo S U M Á RIO

Lauro Chaman
Nascimento: 25/06/1987 (34 anos)
Naturalidade: Araraquara (SP)
Provas: Contra-relógio 1000m-C4-5, Perseguição 4000m-C5, Con-
tra-relógio-C5, Estrada-C4-5
Classe: C5
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @laurochaman
Histórico: Lauro nasceu com o pé esquerdo virado para trás. O atle-
ta passou por cirurgia para corrigir o problema, mas o procedimento
acarretou na perda do movimento do tornozelo. Por conta disso,
teve atrofia na panturrilha. A bicicleta sempre foi utilizada por Lauro
como meio de transporte e, aos 13 anos, ele começou a competir
em provas tradicionais de Mountain Bike enfrentando atletas sem
nenhuma deficiência. Com 19 anos, passou por classificação fun-
cional e começou a disputar competições oficiais de paraciclismo
de Estrada e Pista. Lauro Chaman é o único atleta brasileiro meda-
lhista em jogos paralímpicos e olímpicos na modalidade, tendo con-
quistado duas medalhas na Rio 2016, sendo uma prata na prova de
resistência e um bronze no contrarrelógio. O atleta é o atual Cam-
peão Mundial de Estrada e apresentou grandes resultados durante
todo o ciclo paralímpico de Tóquio, subindo ao pódio em todos os
Campeonatos Mundiais e Copas do Mundo que participou durante
entre os anos de 2017 a 2021. Nesse período, Lauro conquistou
o título de campeão mundial em três oportunidades, duas vezes na
Estrada (2017 e 2021) e uma vez na Pista (2018).

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 58


Esgrima em Cadeira
de Rodas
Modalidade praticada por atletas com amputações, lesão medular ou paralisia cerebral,
a esgrima em cadeira de rodas conta com provas de florete, sabre e espada, seguindo as
regras e o sistema eletrônico de pontuação da federação internacional da modalidade. As
cadeiras devem ficar fixas no chão, em uma pista que mede 4m de comprimento por 1,5m
de largura. Se um dos atletas mover a cadeira de rodas, o combate é interrompido.

A esgrima adaptada surgiu em 1953, aplicada originalmente pelo médico alemão Ludwig
Guttmann, considerado o pai do movimento paralímpico. É uma das modalidades mais tra-
dicionais, disputada desde a primeira edição dos Jogos Paralímpicos, em Roma 1960.

Historicamente popular na Europa, a esgrima em cadeira de rodas é dominada, sobretudo


por atletas da Itália e da França. A China também vem se destacando na modalidade. No
Brasil, o único atleta a subir ao pódio foi Jovane Guissone, ouro em Londres 2012 na prova
de espada.

Os quatro convocados para a seleção brasileira em Tóquio são atualmente contemplados


pelo Bolsa Atleta, programa de patrocínio individual do Governo Federal Brasileiro. O in-
vestimento direto nesse grupo, no ciclo entre os Jogos Rio 2016 e Tóquio 2021, foi de R$
822,1 mil, garantido via Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania.

Entre os bolsistas, Jovane Guissone integra a categoria Pódio, a principal do programa,


voltada para quem se qualifica entre os 20 melhores do mundo em sua modalidade. A cate-
goria Pódio prevê repasses que variam de R$ 5 mil a R$ 15 mil mensais de acordo com os
resultados esportivos dos atletas.

No ciclo dos Jogos de Tóquio, o Ministério da Cidadania investiu R$ 2,24 milhões na esgri-
ma em cadeira de rodas por meio do Bolsa Atleta. Entre 2017 e 2021, foram concedidas
86 bolsas em todas as categorias para os atletas da modalidade.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro


Classificação
Nos Jogos Paralímpicos, a esgrima em cadeira de rodas tem três classes
que, por sua vez, são agrupadas em duas categorias de eventos.

Classe 2
Atletas com justo equilíbrio sentado e braço de esgrima normal, como pa-
raplégicos ou tetraplégicos incompletos com braço minimamente afetado
e bom equilíbrio sentado.

Classe 3
Atletas com bom equilíbrio sentado e sem apoio das pernas..

Classe 4
Atletas com bom equilíbrio sentado, com apoio das pernas.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro


Esgrima em S U M Á RIO
Cadeira de Rodas

Carminha de Oliveira
Nascimento: 15/08/1990 (31 anos)
Naturalidade: Foz do Iguaçu (PR)
Provas: Florete e espada
Classe: Categoria A
Bolsa Atleta 2021: Nacional
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @carmemoliveira_2017
Histórico: Prata na espada do Regional das Américas em Saska-
toon, no Canadá, em 2018, Carminha de Oliveira conquistou
ainda o bronze na I Copa Brasil de Esgrima em Cadeira de
Rodas, no mesmo ano. Em 2016, foi campeã brasileira. A atleta
tem uma atrofia na parte inferior da perna direita devido a uma
vacina vencida de poliomielite, tomada aos três anos. Conheceu
o Movimento Paralímpico assistindo aos Jogos Rio 2016 pela te-
levisão. Antes de migrar para a esgrima, praticou tênis de mesa.

Jovane Guissone
Nascimento: 11/03/1983 (38 anos)
Naturalidade: Barros Cassal (RS)
Provas: Florete e espada
Classe: Categoria B
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Londres 2012, Rio 2016
Instagram: @jovaneguissone
Histórico: Campeão dos Jogos Paralímpicos de Londres 2012,
Jovane teve conquistas de destaque no atual ciclo em etapas
da Copa do Mundo, como o ouro de 2020 em Eger e o bronze
em 2019 na etapa de Amsterdã. Além disso, venceu na espada
e no florete o Regional das Américas em Saskatoon, em 2018.
Ao reagir a um assalto em 2004, Jovane levou um tiro que o fez
perder o movimento das pernas. Começou a praticar a esgrima
em cadeira de rodas em 2008.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 61


Esgrima em S U M Á RIO
Cadeira de Rodas

Mônica Santos
Nascimento: 22/03/1983 (38 anos)
Naturalidade: Santo Antônio da Patrulha (RS)
Provas: Florete e sabre
Classe: Categoria A
Bolsa Atleta 2021: Paralímpica
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @monicamonstrinha
Histórico: Bronze no florete na etapa de Eger da Copa do Mun-
do em 2020, foi a responsável pela primeira medalha de ouro
paralímpica feminina em campeonatos internacionais no Regio-
nal das Américas, no Canadá, em 2015. Mônica perdeu o movi-
mento das pernas em 2002, devido a um angioma medular que
se manifestou na gravidez. Depois do parto, ficou paraplégica e
começou a jogar basquete em cadeira de rodas. Migrou para a
esgrima em 2008.

Vanderson Luis Chaves


Nascimento: 21/07/1994 (27 anos)
Naturalidade: Porto Alegre (RS)
Provas: Florete e sabre
Classe: Categoria B
Bolsa Atleta 2021: Paralímpica
Bolsa Atleta no ciclo olímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @vanhderson_chaves
Histórico: Prata no florete no Campeonato das Américas em
2016 e 2018, o atleta tem ainda um bronze na espada con-
quistado no torneio de 2016. A deficiência foi causada por um
acidente com arma de fogo, em 2008.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 62


Futebol de 5
Modalidade exclusiva para atletas cegos ou com deficiência visual, o futebol de 5 é pratica-
do em uma quadra com dimensões iguais a do futsal, mas geralmente com grama sintética.
O goleiro tem visão total e só pode atuar dentro da área ao redor do gol. Junto às linhas
laterais, são colocadas bandas que impedem que a bola saia do campo.

A bola tem guizos internos para que os atletas consigam localizá-la e a torcida só pode se
manifestar na hora do gol. Os jogadores usam uma venda nos olhos para evitar qualquer
vantagem dos que apresentem percepção luminosa. Há, ainda, um guia (chamador) que
fica atrás do gol adversário para orientar os atletas do seu time. Ele diz onde os jogadores
devem se posicionar em campo e para onde devem chutar. O técnico e o goleiro também
auxiliam em quadra.

O futebol de 5, ao que tudo indica, surgiu na Espanha, por volta da década de 1920. No
Brasil, há indícios de que era praticado durante a década de 1950 por cegos que jogavam
com latas. Durante as Olimpíadas das APAEs, em 1978, foi organizado, na cidade de Natal
(RN), o primeiro campeonato da modalidade. Em 1984, ocorreu a primeira Copa Brasil, em
São Paulo. Posteriormente, a seleção brasileira participou de edições da Copa América,
conquistando o ouro em 1997, 2001 e 2003. Em 1998, o Brasil foi campeão do primeiro
Mundial, realizado em Paulínia (SP).

A participação do futebol de 5 nos Jogos Paralímpicos aconteceu, pela primeira vez, em


Atenas 2004. Se existe um “Dream Time” nas Paralimpíadas, esse é a seleção brasileira,
que conquistou todas as medalhas de ouro disputadas até hoje. Além do título na Grécia, o
Brasil ganhou as disputas em Pequim 2008, Londres 2012 e Rio 2016.

Todos os dez convocados para a seleção brasileira em Tóquio são atualmente contempla-
dos pelo Bolsa Atleta, programa de patrocínio individual do Governo Federal Brasileiro. O
investimento direto nesse grupo, no ciclo entre os Jogos Rio 2016 e Tóquio 2021, foi de R$
1,16 milhão, garantido via Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania.
No ciclo paralímpico dos Jogos de Tóquio, o Ministério da Cidadania investiu R$ 2,68 mi-
lhões no futebol de 5 por meio do Bolsa Atleta. Entre 2017 e 2021, foram concedidas 145
bolsas em todas as categorias para os atletas da modalidade.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro


Classificação
Os atletas são divididos em três classes que começam sempre com a
letra B (blind, cego em inglês). Nos Jogos Paralímpicos, porém, competem
apenas os da classe B1.

B1
Cegos totais ou com percepção de luz, mas sem reconhecer o formato de
uma mão a qualquer distância.

B2
Atletas com percepção de vultos.

B3
Atletas que conseguem definir imagens.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro


Futebol de 5 S U M Á RIO

Cássio Lopes
Nascimento: 15/05/1989 (32 anos)
Naturalidade: Ituberá (BA)
Posição: Fixo/ Ala defensivo
Classe: B1
Bolsa Atleta 2021: Paralímpica
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016, Londres 2012
Instagram: @cassioreis.oficial
Histórico: Cássio Lopes perdeu a visão, aos 14 anos, em decor-
rência de um deslocamento de retina seguido de catarata. Aos 20
anos, começou no futebol de 5 e desde então já conquistou com
a seleção brasileira dois ouros nos Jogos Paralímpicos (Londres
2012 e Rio 2016), três ouros nos Jogos Parapan Americanos
(Guadalajara 2011, Toronto 2015 e Lima 2019), dois ouros na
Copa América (Santa Fé 2013 e São Paulo 2019), além do tricam-
peonato Mundial (Hereford 2010, Tóquio 2014 e Madri 2018).

Damião Robson Ramos


Nascimento: 28/12/1974 (46 anos)
Naturalidade: Campina Grande (PB)
Posição: Fixo
Classe: B1
Bolsa Atleta 2021: Paralímpica
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Atenas 2004, Pequim 2008 e Rio 2016
Instagram: @damiaorobsonfut5
Histórico: Damião Ramos sempre foi praticante de futebol, mas
aos 16 anos sofreu um acidente com arma de fogo e perdeu a
visão. Dois anos depois, começou a praticar o futebol de 5. Pela
seleção brasileira conquistou três ouros nos Jogos Paralímpicos
(Atenas 2004, Pequim 2008 e Rio 2016), três ouros nos Jogos
Parapan Americanos (Rio 2007, Guadalajara 2011 e Toronto
2015), três ouros na Copa América (Buenos Aires 2009, Santa Fé
2013 e São Paulo 2019), além do tricampeonato Mundial (Here-
ford 2010, Tóquio 2014 e Madri 2018).

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 65


Futebol de 5 S U M Á RIO

Gledson Barros
Nascimento: 10/09/1990 (30 anos)
Naturalidade: Salvador (BA)
Posição: Ala ofensivo/ Pivô
Classe: B1
Bolsa Atleta 2021: Internacional
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2019 e 2020
Paralimpíadas: Londres 2012
Instagram: @gledson.barros.7
Histórico: Devido a uma atrofia no nervo óptico, Gledson Barros
perdeu a visão aos seis anos. Depois disso, ingressou no Instituto
de Cegos da Bahia (ICB) para se reabilitar e conheceu o futebol de
5. Foi convocado para a seleção brasileira pela primeira vez aos 16
anos. Conquistou ouro nas Paralimpíadas de Londres 2012, nos
Jogos Parapan Americanos de Guadalajara 2011 e Lima 2019,
na Copa América de São Paulo em 2019 e é bicampeão Mundial
(Tóquio 2014 e Madri 2018).

Jardiel Vieira
Nascimento: 26/07/1996 (25 anos)
Naturalidade: Pinheiro (MA)
Posição: Ala ofensivo
Classe: B1
Bolsa Atleta 2021: Internacional
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @jardiel.vieira
Histórico: Jardiel Vieira nasceu cego em decorrência devido a toxo-
plasmose. Conheceu o futebol de 5 em um evento para deficientes
visuais em São Luís (MA). Pela seleção brasileira conquistou o ouro
no Parapan de Lima 2019 e na Copa América de São Paulo 2019.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 66


Futebol de 5 S U M Á RIO

Jeferson da Conceição “Jefinho”


Nascimento: 05/10/1989 (31 anos)
Naturalidade: Candeias (BA)
Posição: Ala ofensivo
Classe: B1
Bolsa Atleta 2021: Paralímpica
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Pequim 2008, Londres 2012 e Rio 2016
Instagram: @jefinhofut5
Histórico: Eleito o melhor jogador do mundo em 2010, Jefinho
perdeu a visão aos sete anos, em decorrência de um glaucoma.
Passou pela natação e atletismo, mas foi aos 12 anos que se
encontrou no futebol de 5. Pela seleção brasileira conquistou três
ouros nos Jogos Paralímpicos (Pequim 2008, Londres 2012 e Rio
2016), quatro ouros nos Jogos Parapan Americanos (Rio 2007,
Guadalajara 2011, Toronto 2015 e Lima 2019), dois ouros na
Copa América (Buenos Aires 2009 e Santa Fé 2013), além do tri-
campeonato Mundial (Hereford 2010, Tóquio 2014 e Madri 2018).

Luan de Lacerda
Nascimento: 06/01/1993 (28 anos)
Naturalidade: João Pessoa (PB)
Posição: Goleiro
Bolsa Atleta 2021: Paralímpica
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @luanlacerda01
Histórico: Luan Lacerda começou no futsal aos oito anos. Em
2013, Damião, companheiro de seleção atualmente, o chamou
para jogar futebol de 5. Desde então, vem sendo convocado para a
equipe nacional. No período, conquistou o ouro na Paralimpíada do
Rio 2016, nos Parapans de Toronto 2015 e Lima 2019, nas Copas
América de Santa Fé 2013 e São Paulo 2019, além de ser bicam-
peão Mundial (Tóquio 2014 e Madri 2018).

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 67


Futebol de 5 S U M Á RIO

Matheus Costa
Nascimento: 03/10/1994 (26 anos)
Naturalidade: Campina Grande (PB)
Posição: Goleiro
Bolsa Atleta 2021: Internacional
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2019 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @matheuscosta12
Histórico: Um amigo de Matheus Costa, que era goleiro de futebol
de 5, o convidou para conhecer a modalidade em 2012. Foi con-
vocado para a seleção brasileira pela primeira vez em 2018. No
ano seguinte, conquistou os ouros no Parapan de Lima e na Copa
América de São Paulo.

Raimundo Nonato Mendes


Nascimento: 19/08/1987 (34 anos)
Naturalidade: Orocó (PE)
Posição: Ala ofensivo/ Pivô
Classe: B1
Bolsa Atleta 2021: Paralímpica
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Londres 2012, Rio 2016
Instagram: @nonatomendes08
Histórico: Raimundo Nonato nasceu praticamente sem enxergar
devido a uma retinose. Sempre gostou de jogar bola com os ami-
gos e aos 23 anos conheceu o futebol de 5. Pela seleção brasileira
conquistou dois ouros nos Jogos Paralímpicos (Londres 2012 e Rio
2016), dois ouros nos Jogos Parapan Americanos (Toronto 2015
e Lima 2019), dois ouros na Copa América (Santa Fé 2013 e São
Paulo 2019), além do bicampeonato Mundial (Tóquio 2014 e Ma-
dri 2018).

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 68


Futebol de 5 S U M Á RIO

Ricardo Steinmetz “Ricardinho”


Nascimento: 15/12/1988 (32 anos)
Naturalidade: Osório (RS)
Posição: Ala ofensivo
Classe: B1
Bolsa Atleta 2021: Paralímpica
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Pequim 2008, Londres 2012, Rio 2016
Instagram: @ricardinho_fut5
Histórico: Eleito por três oportunidades o melhor do mundo no
futebol de 5 (2006, 2014 e 2018), Ricardinho começou a jogar
aos dez anos. Um descolamento de retina lhe havia comprometido
a visão quatro anos antes. Pela seleção brasileira conquistou três
ouros nos Jogos Paralímpicos (Pequim 2008, Londres 2012 e Rio
2016), quatro ouros nos Jogos Parapan Americanos (Rio 2007,
Guadalajara 2011, Toronto 2015 e Lima 2019), três ouros na
Copa América (Buenos Aires 2009, Santa Fé 2013 e São Paulo
2019), além do tricampeonato Mundial (Hereford 2010, Tóquio
2014 e Madri 2018).

Tiago da Silva “Paraná”


Nascimento: 28/09/1995 (25 anos)
Naturalidade: Pinhais (PR)
Posição: Ala defensivo
Classe: B1
Bolsa Atleta 2021: Paralímpica
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @tiagoparanafut5
Histórico: Tiago da Silva nasceu com alta miopia e aos dois anos
sofreu um descolamento de retina no olho esquerdo. Três anos de-
pois, a retina do olho direito também se descolou e ele ficou com-
pletamente cego. Praticou natação, atletismo e goalball até que em
2009, entrou para o futebol de 5. Foi convocado para a seleção
brasileira pela primeira vez em 2013. Desde então, conquistou o
ouro na Paralimpíada do Rio 2016, dois ouros nos Jogos Parapan
Americanos (Toronto 2015 e Lima 2019), um ouro na Copa Améri-
ca de São Paulo 2019, além do título Mundial de Madri 2018.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 69


Goalball
O goalball é um esporte desenvolvido exclusivamente para pessoas com deficiência visual,
não tendo correspondente olímpico. Criado em 1946 pelo austríaco Hanz Lorezen e pelo
alemão Sepp Reindle, para veteranos da Segunda Guerra que perderam a visão, a modali-
dade foi incluída no programa paralímpico nos Jogos de Arnhem 1980. Na edição seguinte,
em Nova Iorque/ Stoke Mandeville 1984, as disputas femininas foram incluídas.

O Brasil estreou no goalball em Jogos Paralímpicos na edição de Pequim 2008. Já em Lon-


dres 2012 viria a primeira medalha. A prata foi conquistada pela equipe masculina que, na
final, foi derrotada pela Finlândia. Já no Rio 2016, a seleção masculina conquistou a meda-
lha de bronze.

O jogo é dividido em dois tempos de doze minutos cada e as equipes são formadas por três
jogadores titulares e três reservas, sendo que todos exercem, ao mesmo tempo, as funções
de ataque e defesa. Há um guizo no interior da bola para emitir sons. Todos os atletas usam
vendas nos olhos para não beneficiar quem tenha percepções luminosas.

Dos 12 convocados para a seleção brasileira em Tóquio, dez são atualmente contemplados
pelo Bolsa Atleta, programa de patrocínio individual do Governo Federal Brasileiro. O inves-
timento direto nesse grupo, no ciclo entre os Jogos Rio 2016 e Tóquio 2021, foi de R$ 1,2
milhão, garantido via Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania.

No ciclo paralímpico dos Jogos de Tóquio, o Ministério da Cidadania investiu R$ 3,4 milhões
no goalball por meio do Bolsa Atleta. Entre 2017 e 2021, foram concedidas 196 bolsas em
todas as categorias para os atletas da modalidade.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro


Classificação
Os atletas deficientes visuais são divididos em três classes (B1, B2 e B3)
e competem juntos. As classificações são realizadas por meio da mensu-
ração do melhor olho e da possibilidade máxima de correção do problema.
Todos os competidores, independente do nível de perda visual, utilizam
uma venda durante as partidas para que haja condições de igualdade na
disputa.

B1
Cegos totais ou com percepção de luz, mas sem reconhecer o formato de
uma mão a qualquer distância.

B2
Atletas com percepção de vultos.

B3
Atletas que conseguem definir imagens.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro


Goalball S U M Á RIO

Feminina

Ana Carolina Custódio


Nascimento: 23/04/1987 (34 anos)
Naturalidade: Rio de Janeiro (RJ)
Posição: Ala
Classe: B2
Bolsa Atleta 2021: Paralímpica
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Atenas 2004, Pequim 2008, Londres 2012,
Rio 2016
Instagram: @duarteanacarolina23
Histórico: Aos 11 anos, Carol teve um tumor cerebral. Em de-
corrência da doença, perdeu a visão. Praticou natação, mas foi
no goalball que descobriu sua vocação esportiva. Com a seleção
brasileira conquistou os ouros no Parapan de Toronto 2015 e Lima
2019, além da prata em Guadalajara 2011. Ainda tem uma prata
no Campeonato das Américas de São Paulo em 2017 e um bronze
no Mundial de Malmö em 2018.

Ana Gabriely Assunção


Nascimento: 15/08/1990 (31 anos)
Naturalidade: Brasília (DF)
Posição: Pivô
Classe: B3
Bolsa Atleta 2021: Internacional
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @anagabrielybrito
Histórico: Ana Gabriely tem baixa visão devido ao albinismo. Co-
nheceu o goalball na educação física no Instituto Benjamin Cons-
tant, no Rio de Janeiro, e começou a praticar a modalidade em alto
rendimento em 2014. A primeira convocação para a seleção brasi-
leira foi em 2016. Desde então, conquistou um ouro no Parapan de
Lima 2019, uma prata no Campeonato das Américas de São Paulo
em 2017 e um bronze no Mundial de Malmö em 2018.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 72


Goalball S U M Á RIO

Jéssica Vitorino
Nascimento: 22/07/1993 (28 anos)
Naturalidade: Brasília (DF)
Posição: Ala
Classe: B3
Bolsa Atleta 2021: Internacional
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: jessica_g_vitorino
Histórico: Jéssica Vitorino nasceu com baixa visão por causa de
uma catarata congênita hereditária. Aos 16 anos, viu uma apresen-
tação de goalball na escola e começou a praticar o esporte. Suas
principais conquistas com a seleção brasileira são dois ouros nos
Parapans de Toronto 2015 e Lima 2019, uma prata no Campeo-
nato das Américas de São Paulo em 2017 e um bronze no Mundial
de Malmö em 2018.

Kátia Silva
Nascimento: 24/04/1995 (26 anos)
Naturalidade: Unaí (MG)
Posição: Ala
Classe: B1
Bolsa Atleta 2021: Sem bolsa
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: Sem bolsa
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @katiasilva_aparecida
Histórico: Kátia Silva nasceu com glaucoma congênito, mas só foi
descobrir o problema após sofrer uma hemorragia aos 13 anos,
fruto da pressão ocular. Em 2015, mudou-se para Brasília, onde
conheceu o goalball. Passou em uma peneira da Uniace em janeiro
de 2016 e começou a se dedicar exclusivamente ao paradesporto.
No final de 2019, foi convocada pela primeira vez para a seleção
brasileira. Ainda não tem conquistas com a equipe nacional.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 73


Goalball S U M Á RIO

Moniza de Lima
Nascimento: 16/04/1998 (23 anos)
Naturalidade: Recife (PE)
Posição: Pivô
Classe: B2
Bolsa Atleta 2021: Nacional
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @moniza_lima
Histórico: Moniza de Lima nasceu com glaucoma. Conheceu o
goalball no ICB-BA, por indicação de um professor, em 2013. Foi
convocada pela primeira vez para a seleção brasileira em 2017. De
lá para cá conquistou uma prata no Campeonato das Américas de
São Paulo em 2017 e um bronze no Mundial de Malmö em 2018

Victória Amorim
Nascimento: 29/11/1997 (23 anos)
Naturalidade: Itaguaí (RJ)
Posição: Ala
Classe: B1
Bolsa Atleta 2021: Sem bolsa
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018 e 2019
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @euvictoriaamorim
Histórico: Victória Amorim ficou cega aos 11 anos por causa de
uma atrofia no nervo óptico. Começou a jogar goalball dois anos
depois de perder a visão, quando já estudava no Instituto Benjamin
Constant, no Rio de Janeiro. É medalhista de ouro nos Parapans de
Toronto 2015 e Lima 2019.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 74


Goalball S U M Á RIO

Masculino

Alex de Melo
Nascimento: 10/12/1994 (26 anos)
Naturalidade: Rio de Janeiro (RJ)
Posição: Ala
Classe: B2
Bolsa Atleta 2021: Paralímpica
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @alexdemelosousa
Histórico: Alex tem baixa visão causada por estrabismo e proble-
ma no nervo óptico. Passou a acompanhar os treinamentos de
uma equipe de goalball em 2004. Cinco anos depois, começou
a praticar a modalidade. Fez sua estreia nos Jogos Paralímpicos
Rio 2016 e participou da campanha que resultou na medalha de
bronze da seleção masculina. Ainda tem dois ouros nos Parapans
de Toronto 2015 e Lima 2019, dois ouros nos Mundiais de Espoo
2014 e Malmö 2018 e outro ouro no Campeonato das Américas
de São Paulo de 2017.

Emerson Ernesto
Nascimento: 11/02/1999 (22 anos)
Naturalidade: Campina Grande (PB)
Posição: Ala
Classe: B3
Bolsa Atleta 2021: Internacional
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @emerson.goalball
Histórico: Emerson possui miopia, nistagmo e degeneração da
retina. O atleta conheceu a modalidade por meio do irmão que
já praticava goalball e se apaixonou ao frequentar um treino. Foi
convocado para a seleção brasileira pela primeira vez em 2016,
tendo participado da conquista da medalha de ouro no Parapan
de Lima 2019.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 75


Goalball S U M Á RIO

José Roberto de Oliveira


Nascimento: 02/04/1981 (40 anos)
Naturalidade: Lagoa Seca (PB)
Posição: Pivô
Classe: B1
Bolsa Atleta 2021: Paralímpica
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Londres 2012, Rio 2016
Instagram: @joseroberto.ferreiradeoliveira
Histórico: José Roberto nasceu cego e iniciou sua trajetória no
esporte aos nove anos, no atletismo, tendo passagens pelo futebol
de 5 e natação. Aos 14 anos conheceu o goalball. Um dos mais
experientes do time, ele foi prata nos Jogos de Londres 2012 e
bronze no Rio 2016. No currículo, tem ainda os ouros nos Jogos
Parapan Americanos de Guadalajara 2011, Toronto 2015, Lima
2019, no Mundial de Spoo 2014 e Malmö 2018, além de um bron-
ze no Campeonato das Américas de Colorado Springs em 2013 e
um ouro no Campeonato das Américas de São Paulo em 2017.

Josemárcio Sousa
Nascimento: 08/09/1995 (25 anos)
Naturalidade: Santa Maria do Pará (PA)
Posição: Ala
Classe: B3
Bolsa Atleta 2021: Paralímpica
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @josemarciosousa11
Histórico: Uma atrofia óptica de nascença deixou o atleta com ape-
nas 40% da visão. Descobriu o goalball aos 14 anos, a convite do
irmão e de uma professora. Fez sua estreia paralímpica nos Jogos
Rio 2016, ajudando a seleção masculina a conquistar a medalha
de bronze. No currículo tem também os ouros nos Jogos Parapan
Americanos de Toronto 2015 e de Lima 2019, no Mundial de
Malmö em 2018 e no Campeonato das Américas de São Paulo em
2017.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 76


Goalball S U M Á RIO

Leomon Moreno
Nascimento: 21/08/1993 (28 anos)
Naturalidade: Brasília (DF)
Posição: Ala
Classe: B1
Bolsa Atleta 2021: Paralímpica
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Londres 2012, Rio 2016
Instagram: @leomonmorenoficial
Histórico: A exemplo dos irmãos – que também praticam goalball -,
Leomon Moreno nasceu com retimose pigmentar (doença degenerativa
com um histórico forte na família) e buscou refúgio no esporte. Nasci-
do em Brasília, conquistou medalhas pelo Distrito Federal em compe-
tições de futebol de 5 e atletismo. Aos 12 anos, começou a praticar o
goalball. Dois anos depois, mais forte e experiente, passou a integrar a
seleção masculina, com a qual foi prata em Londres 2012. A segunda
medalha veio no Rio 2016, um bronze conquistado após um gol mar-
cado por ele na prorrogação contra a Suécia. No currículo, tem ainda
os ouros nos Jogos Parapan Americanos de Toronto 2015, Lima 2019,
no Mundial de Spoo 2014 e Malmö 2018, além de um bronze no Cam-
peonato das Américas de Colorado Springs em 2013 e um ouro no
Campeonato das Américas de São Paulo em 2017. Leomon foi eleito o
melhor do mundo na modalidade em 2018.

Romário Marques
Nascimento: 20/07/1989 (31 anos)
Naturalidade: João Pessoa (PB)
Posição: Pivô
Classe: B1
Bolsa Atleta 2021: Paralímpica
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Pequim 2008, Londres 2012, Rio 2016
Instagram: @romariogoalball
Histórico: Romário Marques já nasceu ligado ao esporte. Ganhou o
nome do atacante tetracampeão do mundo com a seleção brasileira na
Copa de 1994 como uma homenagem do pai ao “Baixinho”. O xará do
craque dos gramados perdeu a visão aos oito anos, em decorrência de
uma retinose pigmentar. Ele tentou primeiro o judô, antes do goalball,
modalidade que conheceu aos 17 anos. Em 2006, fez sua estreia pela
seleção. Participou dos Jogos de Pequim 2008, foi prata em Londres
2012 e ajudou o Brasil a conquistar o bronze em casa no Rio 2016.
No currículo, tem ainda os ouros nos Jogos Parapan Americanos de
Guadalajara 2011, Toronto 2015 e Lima 2019, no Mundial de Spoo
2014 e Malmö 2018, além de um bronze no Campeonato das Amé-
ricas de Colorado Springs em 2013 e um ouro no Campeonato das
Américas de São Paulo em 2017.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 77


Halterofilismo
Na modalidade competem homens e mulheres com deficiência nos membros inferiores (com
amputação de membros inferiores e/ou com lesão medular), baixa estatura e paralisados. Os
atletas executam um movimento chamado supino, deitados em um banco. Cada competidor
tem três tentativas. O maior peso levantado é considerado como resultado final.

O halterofilismo estreou nos Jogos de Tóquio 1964, apenas com provas no masculino. As
mulheres passaram a fazer parte do programa a partir dos Jogos de Sydney 2000. O primeiro
representante brasileiro da modalidade em uma Paralimpíada foi Marcelo Motta, em Atlanta
1996. Já em Sydney, o país contou com Alexander Whitaker, João Euzébio e Terezinha Mulato.

Até a edição Rio 2016, o halterofilismo brasileiro nunca havia subido ao pódio em Paralimpía-
das. Evânio Rodrigues foi o responsável pelo feito inédito. Na categoria -88kg, o halterofilista
tornou-se o primeiro medalhista do país conquistando a prata.

O Brasil será representado por sete atletas. Todos eles são integrantes da categoria Pódio, a
principal do Bolsa Atleta, programa de patrocínio individual do Governo Federal Brasileiro. No
ciclo Rio - Tóquio (2017 a 2021), o grupo recebeu R$ 2,38 milhões em repasses diretos, via
Bolsa Atleta.

No mesmo período, o Governo Federal repassou R$ 5,66 milhões via Bolsa Atleta para honrar
o pagamento de 202 bolsas a atletas da modalidade como um todo.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro


Classificação
Os atletas competem em Classe Única, divididos por categorias de peso
corporal, assim como na versão olímpica. São dez categorias masculinas
e dez femininas.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro


Halterofilismo S U M Á RIO

Ailton de Andrade Bento de Souza


Nascimento: 07/03/1985 (36 anos)
Naturalidade: Mamanguape (PB)
Prova: até 80kg
Classe: Única
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @ ailtonandrade24
Histórico: Um erro médico e a aplicação de benzetacil no nervo
ciático atrofiou a perna esquerda de Ailton quando ainda bebê.
Conheceu o halterofilismo por um amigo que praticava a modali-
dade. No ciclo Rio – Tóquio, foi bronze na etapa de Tbilisi da Copa
do Mundo, em 2021, e bronze nos Jogos Parapan-Americanos de
Lima, em 2019.

Bruno Pinheiro Carra


Nascimento: 20/01/1989 (32 anos)
Naturalidade: Salto (SP)
Prova: até 54kg
Classe: Única
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @bubulift
Histórico: Bruno tem nanismo e conheceu o halterofilismo em
2009. No ciclo Rio – Tóquio, foi prata na etapa de Tbilisi da Copa
do Mundo de 2021, prata na Copa do Mundo da Nigéria em 2020,
ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Lima, em 2019, prata por
equipe no Mundial da modalidade no Cazaquistão em 2019. Nos
Jogos Rio 2016, foi quarto colocado.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 80


Halterofilismo S U M Á RIO

Evânio Rodrigues da Silva


Nascimento: 02/09/1984 (36 anos)
Naturalidade: Cícero Dantas (BA)
Prova: até 85kg
Classe: Única
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @evaniodasilva
Histórico: Evânio teve poliomielite aos seis meses de idade, o que
causou um encurtamento da perna direita. Começou a praticar
halterofilismo em 2010 a convite de um amigo e foi medalhista de
prata nos Jogos Rio 2016. No ciclo Rio – Tóquio, foi prata na etapa
de Tbilisi da Copa do Mundo 2021. Ouro na Copa do Mundo da Ni-
géria em 2020. Ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Lima, em
2019. Prata por equipe no Mundial da modalidade no Cazaquistão,
em 2019. Bronze no Mundial da Cidade do México, em 2017.

João Maria de França Júnior


Nascimento: 20/10/1995 (25 anos)
Naturalidade: Natal (RN)
Prova: até 49kg
Classe: Única
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: estreante
Instagram: @ jrfrancaoficial
Histórico: João nasceu com artrogripose, doença que comprome-
teu o movimento de suas pernas. Antes de adotar o halterofilismo
de forma mais profissional em 2015, praticou atletismo e basquete
em cadeira de rodas. No ciclo Rio – Tóquio, foi prata por equipes
na etapa de Tbilisi da Copa do Mundo, em 2021, prata na Copa do
Mundo da Hungria, em 2017, e ouro nos Jogos Parapan-America-
nos de Lima, em 2019.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 81


Halterofilismo S U M Á RIO

Lara Aparecida Sulivan de Lima


Nascimento: 25/04/2003 (18 anos)
Naturalidade: Uberlândia (MG)
Prova: até 41kg
Classe: Única
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: estreante
Instagram: @ laralimahalter
Histórico: Lara nasceu com mielomeningocele, doença que afeta a
espinha dorsal, e artrogripose, que afetou os movimentos de seus
membros inferiores. Talento da nova geração do halterofilismo
brasileiro, foi ouro no júnior e bronze no adulto na etapa de Tbilisi
da Copa do Mundo, em 2021, além de prata nos Jogos Parapan-A-
mericanos de Lima, em 2019.

Mariana D’Andrea
Nascimento: 12/02/1998 (23 anos)
Naturalidade: Itu (SP)
Prova: até 73kg
Classe: Única
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @maah_dandrea
Histórico: Outro talento da nova geração da modalidade, Mariana
tem nanismo. Seu atual técnico, Valdecir Lopes, a encontrou na
rua, em 2015, e a convidou para praticar halterofilismo. No ciclo
Rio – Tóquio, foi ouro na etapa de Tbilisi da Copa do Mundo, em
2021, ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Lima, em 2019.
Prata por equipe e quarto lugar no individual no Mundial do Caza-
quistão, em 2019. Líder do ranking mundial.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 82


Halterofilismo S U M Á RIO

Tayana de Souza Medeiros


Nascimento: 14/03/1993 (28 anos)
Naturalidade: Rio de Janeiro (RJ)
Prova: até 86kg
Classe: Única
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: estreante
Instagram: @taayanamedeiros
Histórico: Tayana Nasceu com artrogripose, que comprometeu o
movimento de suas pernas. Conheceu o halterofilismo depois de
um evento da modalidade antes dos Jogos Paralímpicos Rio 2016
e se apaixonou pelo esporte. No ciclo Rio – Tóquio, foi prata por
equipes mistas na etapa de Tbilisi da Copa do Mundo 2021 e pra-
ta nos Jogos Parapan-Americanos de Lima, em 2019.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 83


Hipismo
Aberta a homens e mulheres com deficiência físico-motora ou visual, o hipismo tem uma única
disciplina nas Paralimpíadas: o adestramento paraequestre, com provas no individual, estilo
livre individual e por equipes.

O hipismo estreou de forma pontual na edição de Nova York / Stoke Mandeville 1984 dos
Jogos Paralímpicos. A modalidade só voltou de forma mais constante ao programa das Para-
limpíadas em Sydney 2000.

Até aqui, as melhores participações do Brasil ocorreram em Pequim 2008 e no Rio 2016. Mar-
cos Fernandes Alves, o Joca, faturou dois bronzes para o Brasil na edição disputada na China,
um no estilo livre e outro no individual, enquanto Sérgio Oliva faturou dois bronzes na edição
brasileira dos Jogos, um no adestramento Grau IA e outra no Estilo Livre Grau IA.

O Brasil terá dois representantes em Tóquio 2021: Rodolpho Riskalla e Sérgio Oliva, ambos be-
neficiados pelo Bolsa Atleta do Governo Federal na categoria Pódio, a mais alta do programa.
O valor investido nos dois no ciclo Rio– Tóquio (2017 a 2021) soma R$ 721,2 mil.

Voltada para quem se qualifica entre os 20 melhores do mundo em sua modalidade, a cate-
goria Pódio prevê repasses que variam de R$ 5 mil a R$ 15 mil mensais de acordo com os
resultados esportivos dos atletas.

No mesmo período, o valor total investido via Bolsa Atleta no hipismo paralímpico como um
todo foi de R$ 1,7 milhão, o que permitiu o pagamento de 43 bolsas.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro


Classificação
Existem cinco graus de classificação dos atletas:

Grau I
Cadeirantes com comprometimento severo nos quatro membros.

Grau II
Cadeirantes ou andantes com boa funcionalidade dos braços e atletas
com comprometimentos unilaterais severo ou cegos.

Grau III
Andantes com comprometimento unilateral, moderado nos quatro mem-
bros ou severo nos braços e atletas com deficiência visual severa.

Grau IV
Comprometimento leve em um ou dois membros e atletas com deficiência
visual moderada.

Grau V
Comprometimento leve em um ou dois membros e atletas com deficiência
visual leve.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro


Hipismo S U M Á RIO

Rodolpho Riskalla
Nascimento: 29/12/1984 (36 anos)
Naturalidade: São Paulo (SP)
Prova: individual misto
Classe: Grau IV
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @rriskala
Histórico: O paulista é cavaleiro desde os seis anos de idade. Em 2015,
contudo, contraiu meningite bacteriana e, depois de vários dias em
coma, precisou passar por amputações nos dois pés, na mão direita e
em quase todos os dedos da mão esquerda.
Menos de um ano após deixar o hospital, conseguiu migrar para a mo-
dalidade paralímpica e se classificou para os Jogos Rio 2016. No ciclo
Rio – Tóquio, obteve dois ouros em provas individuais no Torneio de
Maio em Mannheim, na Alemanha, em 2018, e foi prata no individual e
estilo livre nos Jogos Equestres Mundiais dos EUA, em 2018. Conquis-
tou ainda o no individual no Hartpury Festival of Dressage, em 2019, na
Inglaterra. Foi campeão geral do Concurso Internacional Paraequestre
de Doha, em 2019, além de ouro no individual e no estilo livre e bronze
por equipes no Torneio de Maio em Mannheim, na Alemanha (2019).

Sérgio Oliva
Nascimento: 17/08/1982 (38 anos)
Naturalidade: Brasília (DF)
Prova: individual misto
Classe: Grau I
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Pequim 2008, Londres 2012 e Rio 2016
Instagram: @cavaleirosergiooliva
Histórico: Sérgio tem paralisia cerebral por falta de oxigenação no
processo do parto. Iniciou a trajetória no hipismo como forma de
terapia em 1989, mas ficou por apenas seis meses. Praticou outras
modalidades e, aos 13, tropeçou na saída do edifício onde morava e
caiu na vidraça da portaria. O acidente lesionou nervos do brasiliense
na altura da axila e ele perdeu movimentos do braço direito. Voltou ao
hipismo em 2002 e abraçou a versão de alto rendimento do esporte.
No ciclo Rio – Tóquio, foi ouro no individual e bronze no estilo livre no
Hartpury Festival of Dressage 2019, na Inglaterra, além de brone indi-
vidual, no estilo livre e por equipe no Torneio de Maio em Mannheim,
na Alemanha, em 2019. Nos Jogos Rio 2016, foi bronze no individual
e no estilo livre IA.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 86


Judô
Nos Jogos Paralímpicos, o judô é praticado por atletas com deficiência visual. Por isso, a
modalidade recebeu algumas adaptações em relação à versão convencional, apesar de
seguir as regras gerais da Federação Internacional de Judô (IJF, na sigla em inglês). Uma
das principais diferenças é que os atletas já iniciam o combate segurando o quimono do
adversário e, sempre que esse contato é perdido, a luta é interrompida. Além disso, não há
punições para quem sai da área de combate.

Há sete categorias de peso no masculino (60kg, 66kg, 73kg, 81kg, 90kg, 100kg e
+100kg), e seis no feminino (48kg, 52kg, 57kg, 63kg, 70kg, +70kg), e as lutas têm quatro
minutos de duração. Apesar de os atletas receberem classificações de acordo com o grau
de deficiência, todas as classes podem competir juntas, respeitando a divisão por peso, e
não são usadas máscaras nos olhos.

A modalidade entrou para o programa dos Jogos Paralímpicos em Seul 1988, mas apenas
no masculino. As mulheres só começaram a lutar a partir de Atenas 2004. O Brasil já con-
quistou, ao todo, 22 medalhas, sendo quatro de ouro, nove de prata e nove de bronze. Além
disso, o país sobe ao pódio do judô no megaevento desde Atlanta 1996.

Naquele ano, o responsável pelo primeiro ouro do Brasil foi Antônio Tenório, hoje dono de
seis medalhas: as quatro de ouro do país, além de uma prata no Rio 2016 e um bronze em
Londres 2012.

Todos os nove convocados para a seleção brasileira em Tóquio são atualmente contempla-
dos pelo Bolsa Atleta, programa de patrocínio individual do Governo Federal Brasileiro. O
investimento direto nesse grupo, no ciclo entre os Jogos Rio 2016 e Tóquio 2021, foi de R$
4,22 milhões, garantido via Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania.

Todos os nove bolsistas integram a categoria Pódio, a principal do programa, voltada para
quem se qualifica entre os 20 melhores do mundo em sua modalidade. A categoria Pódio
prevê repasses que variam de R$ 5 mil a R$ 15 mil mensais de acordo com os resultados
esportivos dos atletas.

No ciclo dos Jogos de Tóquio, o Ministério da Cidadania investiu R$ 8,63 milhões no judô
paralímpico por meio do Bolsa Atleta. Entre 2017 e 2021, foram concedidas 259 bolsas
em todas as categorias para os atletas da modalidade.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro


Classificação
No judô, os atletas são divididos em categorias por peso. Na versão pa-
ralímpica, há ainda a divisão em classes, de acordo com o grau da defi-
ciência visual. A letra B vem de “blind”, que significa cego em inglês. Nos
Jogos Paralímpicos, atletas de diferentes classes podem competir juntos.

B1
Cegos totais ou com percepção de luz, mas sem reconhecer o formato de
uma mão a qualquer distância.

B2
Atletas com percepção de vultos.

B3
Atletas que conseguem definir imagens.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro


Judô S U M Á RIO

Alana Maldonado
Nascimento: 27/07/1995 (26 anos)
Naturalidade: Tupã (SP)
Prova: -70kg
Classe: B2
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @alanamaldonadooficial
Histórico: Prata nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 e nos Jogos
Parapan Americanos de Toronto 2015 e de Lima 2019, Alana
acumula ainda resultados como o ouro no Mundial de Lisboa, em
2018, e a prata nos Jogos Mundiais de Fort Wayne, em 2019. Em
2021 já conquistou a prata no Grand Prix de Warwick e o ouro no
Grand Prix de Baku. Alana descobriu a doença de Stargardt aos 14
anos. Atleta do judô convencional desde os quatro, entrou para a
versão paralímpica da modalidade apenas em 2014.

Antônio Tenório
Nascimento: 24/10/1970 (50 anos)
Naturalidade: São Bernardo do Campo (SP)
Prova: -100kg
Classe: B1
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Atlanta 1996, Sydney 2000, Atenas 2004, Pequim
2008, Londres 2012, Rio 2016
Instagram: @tenoriojudoca
Histórico: Maior nome da história do judô paralímpico brasileiro,
Antônio Tenório disputará no Japão sua sétima edição dos Jogos.
Em todas ele subiu ao pódio, conquistando quatro ouros, uma prata
e um bronze. Em Jogos Parapan Americanos, tem um ouro, uma
prata e dois bronzes. Neste ciclo, conquistou ainda três ouros no
Campeonato das Américas, além do bronze nos Jogos Mundiais
de Fort Wayne, em 2019. Tenório perdeu a visão do olho esquerdo
aos 13 anos, quando foi atingido por uma semente de mamona.
Seis anos depois, uma infecção no olho direito o deixou totalmente
sem visão.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 89


Judô S U M Á RIO

Arthur Silva
Nascimento: 11/03/1992 (29 anos)
Naturalidade: Natal (RN)
Prova: -90kg
Classe: B1
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Londres 2012, Rio 2016
Instagram: @arthursilvajudoca
Histórico: Com duas experiências em Jogos Paralímpicos no currí-
culo, Arthur tem na carreira o bronze no Parapan de Toronto 2015
e a prata na edição de Lima 2019. No ciclo atual, levou ainda dois
ouros e uma prata no Campeonato das Américas, além do bronze
nos Jogos Mundiais de Fort Wayne. Arthur teve retinose pigmentar
aos dois anos, quando começou a perder a visão até ficar cego aos
18 anos.

Harlley Damião
Nascimento: 05/07/1979 (42 anos)
Naturalidade: Belo Horizonte (MG)
Prova: -81kg
Classe: B1
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Londres 2012, Rio 2016
Instagram: @harlleyjudoca
Histórico: Bronze nos Jogos Parapan Americanos de Guadalajara
2011, Toronto 2015 e Lima 2019, o judoca tem ainda um ouro e
dois bronzes no Campeonato das Américas. Harlley perdeu a visão
em 1999, vítima de um acidente com arma de fogo. Três anos de-
pois, foi convidado para o judô paralímpico por Antônio Tenório.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 90


Judô S U M Á RIO

Karla Cardoso
Nascimento: 18/11/1981 (39 anos)
Naturalidade: Rio de Janeiro (RJ)
Prova: -52kg
Classe: B3
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Atenas 2004, Pequim 2008, Londres 2012,
Rio 2016
Instagram: @karlafcjudo
Histórico: Com quatro participações em Jogos Paralímpicos e duas
medalhas conquistadas (pratas em Atenas 2004 e Pequim 2008),
a judoca tem ainda os ouros nos Jogos Parapan Americanos do Rio
2007, de Guadalajara 2011 e de Toronto 2015, além do bronze
em Lima 2019. No atual ciclo, conquistou três pratas no Campeo-
nato das Américas. Karla nasceu com baixa visão e entrou no judô
aos 12 anos, por influência do irmão mais velho.

Lúcia Teixeira
Nascimento: 17/06/1981 (40 anos)
Naturalidade: São Paulo (SP)
Prova: -57kg
Classe: B3
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Pequim 2008, Londres 2012, Rio 2016
Instagram: @lucinha_teixeira
Histórico: Dona de duas pratas em Jogos Paralímpicos (Londres
2012 e Rio 2016), Lúcia tem ainda dois ouros em Jogos Parapan
Americanos (Toronto 2015 e Lima 2019). Foi bronze nos Jogos
Mundiais de Fort Wayne em 2019, e em 2021 conquistou o ouro
no Grand Prix de Warwick e o bronze no Grand Prix de Baku. Com
baixa visão desde o nascimento devido a uma toxoplasmose con-
gênita, Lúcia começou a praticar o judô aos 15 anos por intermé-
dio dos irmãos.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 91


Judô S U M Á RIO

Meg Emmerich
Nascimento: 23/10/1986 (34 anos)
Naturalidade: São Paulo (SP)
Prova: +70kg
Classe: B3
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @megemmerich
Histórico: Bronze no Mundial de Lisboa em 2018 e ouro no Para-
pan de Lima em 2019, Meg fará, no Japão, sua estreia nos Jogos
Paralímpicos. A judoca tem ainda um bronze nos Jogos Mundiais
de Fort Wayne, realizado em 2019. Já em 2021, conquistou a
prata no Grand Prix de Warwick e o ouro no Grand Prix de Baku.
Meg nasceu com atrofia no nervo óptico. Ela começou no judô
aos 15 anos.

Thiego Marques
Nascimento: 02/01/1999 (22 anos)
Naturalidade: Parauapebas (PA)
Prova: -60kg
Classe: B3
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018 e 2019
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @thiegomarquesjudo
Histórico: Estreante em Jogos Paralímpicos, Thiego tem três me-
dalhas de bronze no Campeonato das Américas, além do bronze
no Parapan de Lima 2019. Com baixa visão devido ao albinismo,
Thiego começou a praticar judô aos 12 anos.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 92


Judô S U M Á RIO

Wilians Araújo
Nascimento: 18/10/1991 (29 anos)
Naturalidade: Riachão do Poço (PB)
Prova: +100kg
Classe: B1
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Londres 2012, Rio 2016
Instagram: @wilians.araujojudo
Histórico: Prata nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 e nos Jogos
Parapan Americanos de Guadalajara 2011 e Toronto 2015, o
judoca conquistou em 2021 o bronze no Grand Prix de Warwick.
O atleta perdeu a visão aos 10 anos, vítima de um acidente com
tiro de espingarda. Wilians começou a praticar judô em 2009.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 93


Natação
A natação paralímpica pode ser praticada por atletas com diferentes tipos de deficiência,
como intelectual, visual e físico-motora. Há os mesmos estilos da modalidade convencio-
nal (livre, peito, costas, borboleta), mas com adaptações nas largadas, viradas e chegadas
dependendo da deficiência.

Os nadadores cegos, por exemplo, recebem um aviso do tapper, com um bastão, quando es-
tão se aproximando das bordas. Atletas que não conseguem sair do bloco de partida podem
realizar a largada já de dentro da água. As disputas são separadas de acordo com o grau e
o tipo de deficiência.

A modalidade é uma das oito praticadas desde a primeira edição dos Jogos Paralímpicos,
em Roma 1960. As conquistas do Brasil nas piscinas tiveram início em 1984, em Nova
Iorque/ Stoke Mandeville, quando o país faturou sete medalhas. Na ocasião, Maria Jussara
Mattos ganhou o primeiro ouro, além de duas pratas.

De lá para cá, o Brasil soma, ao todo, 102 medalhas na modalidade, sendo 32 de ouro, 34
de prata e 36 de bronze. Depois do atletismo, é o esporte que mais rendeu pódios ao país
nos Jogos Paralímpicos. Daniel Dias é o maior medalhista masculino da história da natação
paralímpica, com 24 conquistas. André Brasil e Clodoaldo Silva também foram nomes de
grande destaque, com 14 medalhas cada.

Dos 36 convocados para a seleção brasileira em Tóquio, 32 são atualmente contemplados


pelo Bolsa Atleta, programa de patrocínio individual do Governo Federal Brasileiro. O inves-
timento direto nesse grupo, no ciclo entre os Jogos Rio 2016 e Tóquio 2021, foi de R$ 12,9
milhões, garantido via Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania.
Dos 32 bolsistas, 29 integram a categoria Pódio, a principal do programa, voltada para
quem se qualifica entre os 20 melhores do mundo em sua modalidade. A categoria Pódio
prevê repasses que variam de R$ 5 mil a R$ 15 mil mensais de acordo com os resultados
esportivos dos atletas.

No ciclo dos Jogos de Tóquio, o Ministério da Cidadania investiu R$ 28,38 milhões na


natação paralímpica por meio do Bolsa Atleta. Entre 2017 e 2021, foram concedidas 986
bolsas em todas as categorias para os atletas da modalidade.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro


Classificação
As classes têm início com a letra S (swimming), e o atleta pode ter dife-
rentes classificações para o nado peito (SB) e o medley (SM). Para a de-
finição da classe física, o nadador é avaliado por meio de testes motores,
de força muscular e mobilidade articular. Os atletas com deficiência visual
são submetidos a exames para verificação da acuidade visual e assim
entram em uma das três classes disponíveis: S11 para cego total, S12 e
S13 para baixa visão. Quanto maior o grau de comprometimento, menor o
número da classe.

1 a 10
Atletas com limitações físico-motoras

11 a 13
Atletas com deficiência visual

14
Atletas com deficiência intelectual

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro


Natação S U M Á RIO

Ana Karolina Soares


Nascimento: 04/05/2000 (21 anos)
Naturalidade: Jesuânia (MG)
Provas: 100m costas, 200m medley, revezamento misto
4x100m livre
Classe: S14
Bolsa Atleta 2021: Internacional
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @anasoares_oficial
Histórico: Ana Karolina nasceu com deficiência intelectual e por
indicação médica começou a praticar natação. No Parapan de Lima
2019, ela subiu três vezes ao pódio. Foi ouro nos 100m costas,
prata nos 200m livre e bronze nos 200m medley. Já no INAS Global
Games Austrália 2019, competição disputada apenas por deficien-
tes intelectuais, foram oito medalhas (dois ouros, duas pratas e
quatro bronzes), sendo três em provas individuais.

Andrey Garbe
Nascimento: 04/01/1997 (24 anos)
Naturalidade: Bragança Paulista (SP)
Provas: 100m costas, revezamento 4x100m medley
Classe: S9
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @andreygarbe
Histórico: Andrey já teve a experiência de subir ao pódio nos Jogos
Paralímpicos. No Rio 2016, foi bronze no revezamento 4x100m
medley. Além disso, foi campeão dos Jogos Parapan Americanos de
Lima 2019 nos 100m costas. Andrey perdeu a perna direita com
um ano de idade, devido a uma meningite bacteriana.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 96


Natação S U M Á RIO

Beatriz Carneiro
Nascimento: 07/05/1998 (23 anos)
Naturalidade: Maringá (PR)
Provas: 100m peito, 200m medley
Classe: S14
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @beatriz.carneirooficial
Histórico: Irmã gêmea da também nadadora Débora Carneiro, Be-
atriz já viveu a experiência dos Jogos Paralímpicos. No Rio 2016,
ficou em quinto lugar nos 100m peito S14, classe voltada para atle-
tas com deficiência intelectual. Mesma prova em que conquistou a
prata no Mundial do México em 2017. Ela ainda ganhou três meda-
lhas nos Jogos Parapan Americanos de Lima 2019: ouro nos 200m
medley, prata nos 100m peito e bronze nos 200m livre.

Bruno Becker
Nascimento: 17/11/1990 (30 anos)
Naturalidade: Curitiba (PR)
Provas: 200m livre, 50m peito e 50m livre
Classe: S2
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @brunobeckerdasilva
Histórico: Três vezes medalhista de bronze (50m, 100m e 200m
livre) nos Jogos Parapan Americanos de Lima 2019, Bruno foi fina-
lista do Mundial do mesmo ano. Devido a uma anomalia congênita,
a focomelia, o atleta não tem as pernas e um dos braços.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 97


Natação S U M Á RIO

Caio Amorim
Nascimento: 17/02/1993 (28 anos)
Naturalidade: São Gonçalo (RJ)
Provas: 100m livre, 400m livre e revezamento 4x100m medley
Classe: S8
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Londres 2012, Rio 2016
Instagram: @caioamorims8
Histórico: Com duas participações em Jogos Paralímpicos, Caio
soma diversas conquistas em Jogos Parapan Americanos. Em Gua-
dalajara 2011, subiu cinco vezes ao pódio, e em Toronto 2015 foi
ouro nos 400m livre. O atleta nasceu com má-formação nos mem-
bros inferiores e começou a nadar ainda na infância, por recomen-
dação médica.

Cecilia Kethlen de Araújo


Nascimento: 13/10/1998 (22 anos)
Naturalidade: Natal (RN)
Provas: 50m livre, 100m livre, 100m costas e 100m borboleta
Classe: S8
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @ceciliakethlenn
Histórico: Dona de nove medalhas em Jogos Parapan Americanos,
sendo quatro de ouro, Cecília foi campeã mundial dos 50m livre no
México 2017. No mesmo evento, levou ainda a prata nos 100m
livre. Foi finalista nos Jogos Paralímpicos Rio 2016, e ainda levou
mais uma prata no Mundial de Londres 2019, nos 50m livre.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 98


Natação S U M Á RIO

Daniel Dias
Nascimento: 24/05/1988 (33 anos)
Naturalidade: Campinas (SP)
Provas: 50m livre, 50m costas, 50m borboleta, 100m livre, 200m
livre, revezamento misto 4x50m livre
Classe: S5
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Pequim 2008, Londres 2012, Rio 2016
Instagram: @danieldias88
Histórico: Maior nome da natação paralímpica brasileira, Daniel
Dias já contabiliza 24 medalhas nos Jogos, sendo 14 de ouro. Na
última edição, no Rio de Janeiro, foram nove pódios. Já em edições
dos Jogos Parapan Americanos, são 33 medalhas, todas de ouro.
No último Mundial, realizado em Londres, em 2019, o atleta levou
um ouro, uma prata e dois bronzes. Daniel nasceu com má forma-
ção dos membros superiores e da perna direita, e começou a nadar
apenas aos 16 anos, quando assistiu, pela televisão, as conquistas
de Clodoaldo Silva nos Jogos de Atenas 2004.

Débora Carneiro
Nascimento: 07/05/1998 (23 anos)
Naturalidade: Maringá (PR)
Provas: 100m peito, 200m medley, revezamento misto
4x100m livre
Classe: S14
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @debora.carneirooficial
Histórico: Irmã gêmea de Beatriz, Débora nasceu com deficiência
intelectual. Conheceu a natação aos 14 anos e será estreante nos
Jogos Paralímpicos de Tóquio. A nadadora foi ouro nos 100m peito
e prata nos 200m medley no Parapan de Lima 2019 e ainda con-
quistou um bronze no Mundial do mesmo ano.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 99


Natação S U M Á RIO

Douglas Matera
Nascimento: 05/08/1993 (28 anos)
Naturalidade: Rio de Janeiro (RJ)
Provas: 100m borboleta, 50m livre, 200m medley, revezamento
misto 4x100m livre
Classe: S13
Bolsa Atleta 2021: Internacional
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @douglasmatera
Histórico: O nadador carioca conquistou o ouro nos 100m costas
e a prata nos 100m livre nos Jogos Parapan Americanos de Lima
2019. Douglas tem baixa visão causada por retinose pigmentar. Ele
foi atleta da natação olímpica até 2009.

Edênia Garcia
Nascimento: 30/04/1987 (34 anos)
Naturalidade: Crato (CE)
Provas: 50m costas, 100m livre
Classe: S3
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Atenas 2004, Pequim 2008, Londres 2012, Rio 2016
Instagram: @edeniagarciaoficial
Histórico: Dona de três medalhas em Jogos Paralímpicos, prata em
Atenas 2004 (50m costas), bronze em Pequim 2008 (50m livre) e
outra prata em Londres 2012 (50m costas), Edênia é ainda pentacam-
peã parapan americana (Mar del Plata 2003, Rio 2007, Guadalajara
2011, Toronto 2015 e Lima 2019). No Mundial de Londres 2019,
conquistou o ouro nos 50m costas, tornando-se tetracampeã mundial
da prova. Edênia tem uma enfermidade congênita chamada Charco-
t-MarieTooth, também conhecida como atrofia fibular muscular, que
afetou os movimentos dos membros seus membros inferiores.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 100


Natação S U M Á RIO

Eric Tobera
Nascimento: 16/12/1993 (27 anos)
Naturalidade: Telêmaco Borba (PR)
Provas: 50m livre, 50m peito, 100m livre, 200m livre
Classe: S4
Bolsa Atleta 2021: Sem bolsa
Bolsa Atleta no ciclo olímpico: 2018
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @eric.tobera
Histórico: Eric disputou os Jogos Parapan Americanos de Lima
2019 e terminou em quinto lugar nos 50m livre. O atleta nas-
ceu prematuro e sofreu uma paralisia cerebral, com comprome-
timento nos membros inferiores. Entrou na natação como forma
de reabilitação.

Esthefany Rodrigues
Nascimento: 31/10/1998 (22 anos)
Naturalidade: São Paulo (SP)
Provas: 100m livre, 200m livre, 50m borboleta, 200m medley
Classe: S5
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @esthe.15
Histórico: Campeã mundial em 2015 no revezamento misto
4x50m livre, Esthefany conquistou seis medalhas no Parapan
de Toronto, no mesmo ano. Em Lima 2019, foram mais quatro
pódios. A atleta tem displasia epifisária, uma doença que causa
encurtamento nos membros e escoliose na coluna.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 101


Natação S U M Á RIO

Felipe Caltran
Nascimento: 13/02/1997 (24 anos)
Naturalidade: Santa Rita do Passa Quatro (SP)
Provas: 200m livre, revezamento misto 4x100m livre
Classe: S14
Bolsa Atleta 2021: Paralímpica
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @caltranfelipe
Histórico: No Mundial do México 2017, Felipe Caltran conquis-
tou três medalhas de bronze: nos 200m livre, nos 200m me-
dley e nos 100m borboleta. Já nos 100m costas terminou em
quinto lugar. O nadador, que tem deficiência intelectual, tam-
bém foi medalhista no Parapan de Lima 2019, com uma prata
e quatro bronzes. No Global Games, disputado na Austrália no
mesmo ano, foram mais três medalhas, sendo uma de ouro,
uma de prata e uma de bronze. No Rio 2016, foi finalista nos
200m livre.

Gabriel Bandeira
Nascimento: 29/10/1999 (21 anos)
Naturalidade: Indaiatuba (SP)
Provas: 100m peito, 100m borboleta, 100m costas, 200m
livre, 200m medley, revezamento misto 4x100m livre
Classe: S14
Bolsa Atleta 2021: Sem bolsa
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: Sem bolsa
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @flag.bill
Histórico: Apesar de competir na natação convencional desde
os 11 anos, Gabriel só migrou para o paradesporto no início de
2020. Logo se destacou na classe S14, para deficientes inte-
lectuais. Na sua estreia em competições paralímpicas, durante
a etapa Regional Centro-Leste do Circuito Loterias Caixa, em
Brasília, conquistou seis medalhas de ouro com quatro quebra
de recordes brasileiros. No início de 2021, bateu seis recordes
das Américas. Neste ano, ele também faturou seis ouros no
Aberto Europeu, em Portugal.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 102


Natação S U M Á RIO

Gabriel Cristiano de Souza


Nascimento: 25/02/1995 (26 anos)
Naturalidade: Guarujá (SP)
Provas: 50m livre, 50m costas, 100m livre, 100m borboleta,
revezamento 4x100m medley
Classe: S8
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @gabrielcristianoswim
Histórico: Recordista das Américas nos 100m borboleta, Ga-
briel Cristiano foi atropelado por um trem aos nove anos e teve
um dos braços amputado. Dois anos depois, entrou na natação
para evoluir no surfe, que já praticava. No Rio 2016, disputou
as eliminatórias dos 50m livre e dos 100m borboleta. Conquis-
tou ouro nos 50m livre e nos 100m borboleta e uma prata nos
100m livre nos Jogos Parapan Americanos de Lima 2019.

Gabriel Geraldo Araújo


Nascimento: 16/03/2002 (19 anos)
Naturalidade: Santa Luzia (MG)
Provas: 50m costas, 100m costas, 200m livre
Classe: S2
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2019 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @gabrielaraujo_s2
Histórico: Recordista mundial dos 50m borboleta, o mineiro é
estreante nos Jogos Paralímpicos. No Parapan de Lima 2019,
sua primeira competição internacional, Gabriel conquistou
quatro medalhas, sendo duas de ouro (50m e 100m livre) e
duas de bronze (50m costas e 50m borboleta). Ele nasceu com
focomelia, uma anomalia congênita que compromete o desen-
volvimento dos membros.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 103


Natação S U M Á RIO

Gabriel Melone
Nascimento: 02/02/1999 (22 anos)
Naturalidade: Cubatão (SP)
Provas: 50m borboleta, 100m livre, 100m costas
Classe: S6
Bolsa Atleta 2021: Nacional
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2019 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @melone.gabriel
Histórico: Gabriel Melone já disputou uma edição dos Jogos
Parapan Americanos, em Lima 2019, mas será estreante nos
Jogos Paralímpicos. O jovem sofreu um grave acidente aos 15
anos, quando foi atropelado por um trem e precisou amputar a
perna e o braço esquerdos. Entrou na natação inspirado na his-
tória de Talisson Glock, que também foi atropelado por um trem.

Joana Maria Jaciara


Nascimento: 14/02/1987 (34 anos)
Naturalidade: Natal (RN)
Provas: 50m borboleta, 100m livre, revezamento misto
4x50m livre
Classe: S5
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Londres 2012, Rio 2016
Instagram: @peixinhajoana
Histórico: Prata nos 50m borboleta e bronze nos 50m livre no
Mundial de Londres 2019, Joana já disputou duas edições dos
Jogos Paralímpicos. Em Londres 2012, ficou com um bronze.
Já no Rio de Janeiro, quatro anos depois, faturou duas pratas e
mais um bronze. A atleta tem acondroplasia (nanismo) e come-
çou a nadar na adolescência, por recomendação médica. Em
cinco Mundiais disputados, conquistou, ao todo, 14 medalhas.
Em 2020, foi eleita a melhor nadadora paralímpica do Brasil no
Troféu Best Swimming.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 104


Natação S U M Á RIO

João Pedro Brutos


Nascimento: 03/06/2004 (17 anos)
Naturalidade: Uberlândia (MG)
Provas: 100m peito, 200m medley
Classe: S14
Bolsa Atleta 2021: Sem bolsa
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: Sem bolsa
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @_jpbrutos
Histórico: Mais jovem atleta da missão brasileira, João Pedro
praticava natação convencional quando teve a deficiência inte-
lectual detectada. Em 2021, disputou sua primeira competição
internacional, o Campeonato Europeu, realizado em Portugal, e
conquistou a prata nos 100m peito.

José Ronaldo da Silva


Nascimento: 09/09/1980 (40 anos)
Naturalidade: Santa Rita do Passa Quatro (SP)
Provas: 50m costas, 100m costas
Classe: S1
Bolsa Atleta 2021: Nacional
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2019 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @ronaldo_atleta_s1
Histórico: O atleta sofreu um acidente automobilístico em
2006 e fraturou a coluna cervical, que o deixou tetraplégico.
Por intermédio de um amigo, José Ronaldo conheceu a natação
paralímpica no final de 2015. Na seletiva deste ano no Cen-
tro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, ele quebrou o
recorde das Américas nos 50m costas da classe S1 ao nadar a
prova em 1min26s33.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 105


Natação S U M Á RIO

Laila Suzigan
Nascimento: 02/08/2000 (20 anos)
Naturalidade: Uberlândia (MG)
Provas: 50m livre, 100m livre, 400m livre
Classe: S6
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @lailasuzigan
Histórico: Nos Jogos Parapan Americanos de Lima 2019, Laila
nadou oito provas e conquistou sete medalhas, sendo duas de
ouro (100m peito e 200m medley), três de prata (100m livre,
50m livre e revezamento 4x100m medley) e duas de bronze
(400m livre e revezamento 4x100m livre). A atleta de Uberlân-
dia já nadava na infância, e aos nove anos começou a apresen-
tar sinais de deficiência. Apenas na adolescência foi diagnosti-
cada com Paraparesia Espástica Hereditária, uma doença que
causa uma fraqueza muscular gradual nas pernas.

Lucilene Sousa
Nascimento: 04/05/2000 (21 anos)
Naturalidade: Santa Maria do Pará (PA)
Provas: 50m livre, 100m livre, 100m borboleta, revezamento
misto 4x100m livre
Classe: S12
Bolsa Atleta 2021: Sem bolsa
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017 e 2018
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @luhsousas12
Histórico: No Parapan de Lima 2019, Lucilene conquistou
três medalhas de prata (50m, 100m e 400m livre). Dois anos
antes, ela já havia se destacado durante o Open Internacional
realizado no CT Paralímpico, em São Paulo, quando quebrou o
recorde brasileiro dos 50m livre. É irmã do também atleta para-
límpico Josemárcio, do goalball, e tem baixa visão devido a uma
atrofia no nervo ótico.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 106


Natação S U M Á RIO

Maiara Regina Barreto


Nascimento: 06/07/1987 (34 anos)
Naturalidade: Jacareí (SP)
Provas: 50m costas, 100m livre
Classe: S3
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @maiara.barreto.16
Histórico: Finalista dos 100m livre nos Jogos Paralímpicos Rio
2016 e medalhista de prata nos 50m costas e nos 50m peito
no Parapan de Lima 2019, Maiara sofreu um acidente de moto
em 2009 que a deixou paraplégica. Entrou na natação como
forma de reabilitação.

Maria Carolina Santiago


Nascimento: 02/08/1985 (35 anos)
Naturalidade: Recife (PE)
Provas: 50m livre, 100m livre, 100m costas, 100m borboleta,
100m peito, revezamento misto 4x100m livre
Classe: S12
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2019 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @mariacarolinasantiago
Histórico: Apesar de nadar desde os quatro anos, Maria Caro-
lina começou a competir na natação paralímpica apenas em
2018. No ano seguinte, conquistou duas medalhas de ouro e
duas de prata no Mundial de Londres. No Parapan de Lima, su-
biu quatro vezes ao topo do pódio. A atleta nasceu com síndro-
me de Morning Glory, alteração congênita na retina que reduz
seu campo de visão.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 107


Natação S U M Á RIO

Mariana Gesteira
Nascimento: 28/06/1995 (25 anos)
Naturalidade: Rio de Janeiro (RJ)
Provas: 50m livre, 100m livre, 100m costas
Classe: S9
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @marigesteira
Histórico: Três vezes medalhista no Parapan de Toronto 2015,
Mariana ampliou as conquistas quatro anos depois e subiu cin-
co vezes ao pódio em Lima 2019. Nos Jogos Paralímpicos do
Rio 2016, foi finalista em quatro provas. A atleta nasceu com a
síndrome de Arnold Chiari, que compromete o sistema nervoso
central.

Matheus Rheine
Nascimento: 10/12/1992 (28 anos)
Naturalidade: Brusque (SC)
Provas: 50m livre, 100m borboleta, 400m livre
Classe: S11
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Londres 2012, Rio 2016
Instagram: @matheusrheine
Histórico: Com a experiência de já ter subido ao pódio dos Jo-
gos Paralímpicos, com o bronze nos 400m livre do Rio 2016, o
atleta tem ainda cinco medalhas em Mundiais e seis em Jogos
Parapan Americanos. Matheus nasceu prematuro e perdeu a
visão ainda nos primeiros dias de vida.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 108


Natação S U M Á RIO

Patrícia Santos
Nascimento: 11/12/1977 (43 anos)
Naturalidade: Coronel Fabriciano (MG)
Provas: 50m livre, 50m peito, revezamento misto 4x50m livre
Classe: S4
Bolsa Atleta 2021: Paralímpica
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @patriciasantosparatleta
Histórico: Nos Jogos Rio 2016, Patrícia integrou o revezamento
misto 4x50m livre que conquistou a medalha de prata. Tem ain-
da uma prata do Mundial do México 2017 e um ouro do Para-
pan Pacífico de 2018. Em 2002, ela levou um tiro no pescoço
durante um assalto, o que a deixou tetraplégica. Ingressou na
natação sete anos depois.

Phelipe Andrews Rodrigues


Nascimento: 10/08/1990 (30 anos)
Naturalidade: Recife (PE)
Prova: 100m livre
Classe: S10
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Pequim 2008, Londres 2012, Rio 2016
Instagram: @rodriguesphelipe
Histórico: Desde a estreia em Jogos Paralímpicos, em Pequim
2008, Phelipe Rodrigues sempre subiu ao pódio. Na ocasião,
conquistou duas pratas, nos 100m e nos 50m livre. Quatro
anos depois, em Londres, foi novamente prata nos 100m livre.
Já no Rio de Janeiro, em 2016, faturou quatro medalhas: prata
nos 50m livre e no revezamento 4x100m livre, e bronze nos
100m livre e no revezamento 4x100m medley. Além disso, so-
mando três edições dos Jogos Parapan Americanos (Guadala-
jara 2011, Toronto 2015 e Lima 2019), o atleta conquistou 17
medalhas, sendo 12 de ouro. Em 2019, foi vice-campeão dos
50m livre no Mundial de Londres. O pernambucano nasceu com
má formação no pé direito e começou na natação por recomen-
dação médica.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 109


Natação S U M Á RIO

Roberto Alcalde
Nascimento: 14/01/1992 (29 anos)
Naturalidade: Bagé (RS)
Provas: 100m peito, 200m medley
Classe: S6
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Londres 2012, Rio 2016
Instagram: @robertoalrz
Histórico: Finalista dos 100m peito no Rio 2016, o nadador foi
campeão mundial em 2013 e duas vezes medalhista de ouro
em Jogos Parapan Americanos, Toronto 2015 e Lima 2019, na
mesma prova. Roberto Alcade nasceu com mielomeningocele,
má-formação congênita da coluna vertebral e da medula.

Ronystony Cordeiro
Nascimento: 19/06/1980 (41 anos)
Naturalidade: João Pessoa (PB)
Provas: 50m costas, 50m peito, 50m livre
Classe: S4
Bolsa Atleta 2021: Paralímpica
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Londres 2012, Rio 2016
Instagram: @ronynatacao
Histórico: Rumo à terceira participação nos Jogos Paralímpicos,
Ronystony soma um ouro e um bronze conquistados no Para-
pan de Guadalajara 2011, e duas pratas na edição de Toronto
2015. No Mundial de 2013, em Montreal, foi ainda ouro com o
revezamento 4x50m livre. Aos 24 anos, ele sofreu um acidente
de bicicleta que causou uma lesão na medula cervical. Come-
çou a nadar como forma de fisioterapia.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 110


Natação S U M Á RIO

Ruan Felipe de Souza


Nascimento: 03/12/1992 (29 anos)
Naturalidade: Taubaté (SP)
Provas: 100m peito, 100m livre, 200m medley, revezamento
4x100m medley
Classe: S10
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @ruansou1
Histórico: Bronze no revezamento 4x100m medley no Rio
2016, o atleta foi campeão mundial no ano seguinte, no Méxi-
co, com ouros nos 100m peito e no mesmo revezamento. Ruan
Felipe foi atropelado aos 11 anos quando andava de bicicleta.
O acidente comprometeu a força e o movimento da perna es-
querda.

Ruiter Antônio Silva


Nascimento: 15/12/1992 (28 ano)
Naturalidade: Catalão (GO)
Provas: 50m livre, 200m medley, revezamento 4x100m livre
Classe: S9
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @ruitersilvas9
Histórico: No Rio 2016, Ruiter conquistou a medalha de prata
com o revezamento 4x100m livre masculino. Além disso, o na-
dador tem quatro medalhas em Mundiais e 11 em Jogos Pa-
rapan Americanos. Ruiter tem má formação congênita na mão
esquerda e no pulso.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 111


Natação S U M Á RIO

Susana Schnarndorf
Nascimento: 12/10/1967 (53 anos)
Naturalidade: Porto Alegre (RS)
Provas: 150m medley, 100m livre, 50m livre, 50m costas
Classe: S4
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Londres 2012, Rio 2016
Instagram: @sudorf
Histórico: Finalista nos 100m peito e nos 200m medley em
Londres 2012, e prata no revezamento misto 4x50m livre no
Rio 2016, Susana foi campeã mundial dos 100m peito em
2013. Antes de migrar para o esporte paralímpico, chegou a
disputar os Jogos Pan Americanos de Mar Del Plata, em 1995,
no triatlo, e a competir 13 vezes no Ironman. Descobriu uma
doença degenerativa, a Atrofia de Múltiplos Sistemas (AMS),
em 2005.

Talisson Henrique Glock


Nascimento: 23/02/1995 (26 anos)
Naturalidade: Joinville (SC)
Provas: 100m livre, 400m livre, 100m costas, 50m borboleta,
200m medley, revezamento misto 4x50m livre, revezamento
4x100m livre
Classe: S6
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @talisson.glock
Histórico: Estreante no Rio 2016, o nadador saiu da compe-
tição com a prata no revezamento misto 4x50m livre e com
o bronze nos 200m medley. Em edições dos Jogos Parapan
Americanos, são 11 medalhas: quatro de ouro, três de prata e
quatro de bronze. Talisson já conquistou também sete meda-
lhas em Mundiais, incluindo o ouro nos 100m costas em 2017.
Ele teve um braço e uma perna amputados aos nove anos após
ser atropelado por um trem.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 112


Natação S U M Á RIO

Vanilton Antônio Filho


Nascimento: 03/01/1993 (28 anos)
Naturalidade: Goiânia (GO)
Provas: 50m livre, 100m borboleta, revezamento 4x100m livre
Classe: S9
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @vaniltonfh
Histórico: Em três edições dos Jogos Parapan Americanos
(Guadalajara 2011, Toronto 2015 e Lima 2019), Vanilton con-
quistou, ao todo, oito medalhas de ouro. Ele nasceu com uma
má formação no fêmur da perna direita.

Wendell Belarmino
Nascimento: 20/05/1998 (23 anos)
Naturalidade: Brasília (DF)
Provas: 100m borboleta, 200m medley, revezamento misto
4x100m livre
Classe: S11
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @wendell_belarmino
Histórico: Campeão mundial em 2019 e dono de seis medalhas
no Parapan de Lima, no mesmo ano, Wendell fará sua estreia
em Jogos Paralímpicos no Japão. O atleta tem deficiência visual
devido a glaucoma congênito.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 113


Parabadminton
O parabadminton é o badminton estruturado para pessoas com deficiências físicas e terá a
sua estreia nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020. Atletas em cadeira de rodas e andantes
utilizam uma raquete para golpear uma peteca na quadra dos adversários competindo em pro-
vas individuais, duplas e mistas em seis classes funcionais diferentes.

O primeiro Campeonato Mundial da modalidade foi realizado em 1998, na Holanda. De lá


para cá, foram outras 11 edições. No Brasil, o parabadminton foi introduzido em 2006, pelo
professor Létisson Samarone Pereira, no Distrito Federal. Mesmo local das primeiras competi-
ções oficiais no país. Desde 2011, os atletas brasileiros participam de todos os campeonatos
internacionais da modalidade.

No ciclo paralímpico dos Jogos de Tóquio, o Ministério da Cidadania investiu R$ 3,35 milhões
no parabadminton por meio do Bolsa Atleta. Entre 2017 e 2021, foram concedidas 141 bol-
sas em todas as categorias para os atletas da modalidade.

Nas Paralimpíadas no Japão, o único representante brasileiro no parabadminton é contempla-


do na categoria Pódio, a mais alta do Bolsa Atleta, voltada para quem se qualifica entre os 20
melhores do mundo em sua modalidade. A categoria Pódio prevê repasses que variam de R$ 5
mil a R$ 15 mil mensais de acordo com os resultados esportivos dos atletas.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro


Classificação

WH1 e WH2
Classes funcionais de cadeiras de rodas.

SL3 e SL4
Classes funcionais de pessoas com deficiência nos membros inferiores
que andam.

SU5
Classe funcional de pessoas com deficiência nos membros superiores.

SH6
Classe funcional de baixa estatura.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro


Parabadminton S U M Á RIO

Vítor Tavares
Nascimento: 07/03/1999 (22 anos)
Naturalidade: Curitiba (PR)
Prova: Simples
Classe: SH6
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @vitorgtavares
Histórico: Vítor Tavares possui hipocondroplasia congênita, po-
pularmente conhecida como nanismo. Praticava mountain bike
convencional até 2016, quando conheceu o parabadminton no
colégio por meio de um professor que dava aulas para crian-
ças e atletas de alto rendimento e que o convidou a praticar a
modalidade. O atleta foi ouro no Parapan Americano de Lima
2019, quando a modalidade estreou no evento. No mesmo ano,
conquistou três medalhas de bronze no Campeonato Mundial
de Basileia em sua primeira participação no torneio. Também
venceu o Brazil Parabadminton International em 2020, supe-
rando o líder do ranking mundial.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 116


Parataekwondo
Modalidade estreante no programa dos Jogos Paralímpicos, o parataekwondo ocorre com
uma disputa entre dois atletas, que usam coletes azul e vermelho. O colete tem sensores
que medem a potência do chute quando em contato com a meia do oponente. São 12 sen-
sores na meia, em pontos distintos do pé.

Cada luta tem três rounds de dois minutos, com um minuto de intervalo. Ganha quem so-
mar mais pontos até o término do último round. Em caso de empate, é realizado um round
extra, com vitória de quem fizer os dois primeiros pontos. Caso um atleta some 20 pontos
a mais que o adversário, é considerada vantagem técnica e a luta é encerrada antes do
final do terceiro round.

Os atletas competem de acordo com a categoria de peso. São três no feminino (49kg,
58kg, +58kg) e três no masculino (61kg, 75kg, +75kg). Assim como nas disputas con-
vencionais, a área de luta mede 8m x 8m. Há algumas adaptações no sistema de pontua-
ção e nas faltas. É proibido, por exemplo, o chute na altura da cabeça.

O primeiro Mundial da modalidade foi realizado em 2009, em Baku, no Azerbaijão. Em


2015, foi anunciado que o parataekwondo passaria a integrar o programa dos Jogos Para-
límpicos em Tóquio.

Os três convocados para a seleção brasileira em Tóquio são atualmente contemplados


pelo Bolsa Atleta, programa de patrocínio individual do Governo Federal Brasileiro. O in-
vestimento direto nesse grupo, no ciclo entre os Jogos Rio 2016 e Tóquio 2021, foi de R$
815,15 mil, garantido via Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania.

Os três bolsistas integram a categoria Pódio, a principal do programa, voltada para quem
se qualifica entre os 20 melhores do mundo em sua modalidade. A categoria Pódio prevê
repasses que variam de R$ 5 mil a R$ 15 mil mensais de acordo com os resultados espor-
tivos dos atletas.

No ciclo dos Jogos de Tóquio, o Ministério da Cidadania investiu R$ 1,32 milhão no para-
taekwondo por meio do Bolsa Atleta. Entre 2017 e 2021, foram concedidas 27 bolsas em
todas as categorias para os atletas da modalidade.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro


Classificação
Os atletas competem de acordo com a categoria de peso, mas há ainda
diferentes classes esportivas conforme as deficiências. No parataekwon-
do, há as modalidades Poonse (definida pela letra P) e Kiorugui (K).

Na Poonse, competem atletas com deficiência visual (P10), deficiência


intelectual (P20), deficiência física (P30) e baixa estatura (P70). A classe
KP60 é para surdos. Na modalidade Kiorugui, a única que será disputada
em Tóquio, competem deficientes físicos (K40). Serão unidas duas clas-
ses em um mesmo evento no Japão.

K43
Atletas com amputação bilateral do cotovelo até a articulação da mão,
dismelia bilateral.

K44
Atletas com amputação unilateral do cotovelo até a articulação da mão,
dismelia unilateral, monoplegia, hemiplegia leve e diferença de tamanho
nos membros inferiores.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro


Parataekwondo S U M Á RIO

Débora Bezerra
Nascimento: 18/05/1990 (31 anos)
Naturalidade: São Paulo (SP)
Prova: +58kg
Classe: K44
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @deboraparatkdoficial
Histórico: Campeã mundial em 2019, na Turquia, a atleta tem
ainda uma prata no Parapan de Lima, no mesmo ano. Débora
nasceu com má-formação abaixo do cotovelo direito, e conhe-
ceu os esportes paralímpicos no fim da graduação em educa-
ção física. Até 2013, competia no lançamento de dardo, antes
de migrar para o taekwondo.

Nathan Cesar Torquato


Nascimento: 09/01/2001 (20 anos)
Naturalidade: Praia Grande (SP)
Prova: 61kg
Classe: K44
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2019 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @nathan_torquato
Histórico: Ouro no Pan Americano do México, em 2021, no África
Open e no US Open, ambos em 2019, o atleta foi ainda campeão
dos Jogos Parapan Americanos de Lima, no mesmo ano. Nathan
nasceu com uma má-formação no braço esquerdo. Aos três anos,
viu uma academia enquanto voltava da escola e insistiu para a
mãe matriculá-lo. Ele treina no mesmo local até hoje.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 119


Parataekwondo S U M Á RIO

Silvana Fernandes
Nascimento: 23/04/1999 (22 anos)
Naturalidade: São Bento do Sul (PB)
Prova: 58kg
Classe: K44
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo olímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @silvanatkd
Histórico: Ouro no Open do Líbano e no Pan Americano do
México, em 2021, a atleta tem ainda os títulos do Pan Ameri-
cano de Heredia, em 2020, e do Parapan de Lima, em 2019.
Silvana tem má-formação congênita no braço direito e começou
a praticar atletismo aos 15 anos. Conheceu o parataekwondo
pela internet, em 2018, e no ano seguinte recebeu sua primeira
convocação para a seleção brasileira.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 120


Remo
Apenas em 2001 a Federação Internacional de Remo (Fisa) solicitou formalmente a inclu-
são da modalidade nos Jogos Paralímpicos. A estreia se deu sete anos depois, na edição de
Pequim 2008, quando o Brasil conquistou uma medalha de bronze no Double Skiff misto
com Elton Santana e Josiane Lima, única do país no remo em Paralimpíadas.

No Brasil, a modalidade teve início nos anos 1980, no Rio de Janeiro. A Superintendência
de Desportos do Rio de Janeiro (SUDERJ) iniciou um programa de reabilitação para pessoas
com deficiência física, mental e auditiva utilizando o remo como ferramenta. Porém, so-
mente em 2005, depois dos dois Mundiais, a Confederação Brasileira de Remo reativou o
departamento de Remo Adaptável.

A delegação brasileira de remo nas Paralimpíadas no Japão é formada por oito remadores,
todos apoiados pelo Programa Bolsa Atleta do Governo Federal. O investimento nesses atle-
tas no ciclo Rio 2016 – Tóquio 2021 foi de R$ 1,67 milhão.

Dos oito bolsistas, três integram a categoria Pódio, a principal do programa, voltada para
quem se qualifica entre os 20 melhores do mundo em sua modalidade. A categoria Pódio
prevê repasses que variam de R$ 5 mil a R$ 15 mil mensais de acordo com os resultados
esportivos dos atletas.

Neste ciclo paralímpico, o investimento total do Bolsa Atleta no remo foi de R$ 2,27 mi-
lhões, o que permitiu o pagamento de 74 bolsas.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro


Classificação
A modalidade possui três grupos de classificação funcional:

PR1
Aberta a remadores com função mínima ou nenhuma função de tronco,
que impulsionam o barco principalmente por meio da força dos movimen-
tos de braço e ombro. Esses remadores têm um equilíbrio insuficiente ao
sentar, o que exige que sejam amarrados ao barco/assento.

PR2
Aberta a remadores que possuem uso funcional dos braços e tronco, mas
apresentam fraqueza ou ausência da função das pernas para deslizar o
assento.

PR3
Aberta a remadores com função residual nas pernas, o que lhes permitem
deslizar no assento. Esta classe também inclui atletas com deficiência
visual.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro


Remo S U M Á RIO

Ana Paula de Souza


Nascimento: 19/11/1984 (36 anos)
Naturalidade: Lages (SC)
Prova: Quatro com timoneiro misto
Classe: PR3
Bolsa Atleta 2021: Nacional
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @ana5ouza
Histórico: Ana Paula de Souza tem esclerose sistêmica e iniciou
no esporte paralímpico em 2009. Ela é bicampeã brasileira e
foi segundo lugar no qualificatório para os Jogos de Tóquio em
Gavirate 2021 no quatro com misto PR3.

Cláudia Santos
Nascimento: 04/08/1977 (44 anos)
Naturalidade: Carapicuíba (SP)
Prova: Skiff Individual
Classe: PR1
Bolsa Atleta 2021: Paralímpica
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Pequim 2008, Londres 2012, Rio 2016
Instagram: @claudiasantosremocanoagem
Histórico: Cláudia Santos foi atropelada em 2000, quando saía
do trabalho, e precisou amputar a perna direita por completo.
Em 2005, começou na natação e dois anos depois, conheceu o
remo. Em oito meses de treino participou do Mundial de Muni-
que, onde conquistou a medalha de ouro. Ainda tem um bronze
no Mundial da Coreia do Sul 2013, um ouro no Mundial Indoor
de Boston 2012, um bronze na Copa do Mundo da Itália 2012,
uma prata na Copa do Mundo de Munique 2012, um bronze na
Copa do Mundo da Eslovênia 2010 e uma prata no Mundial da
Nova Zelândia 2010.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 123


Remo S U M Á RIO

Diana Cristina Barcelos


Nascimento: 17/03/1988 (33 anos)
Naturalidade: Rio de Janeiro (RJ)
Prova: Quatro com timoneiro misto
Classe: PR3
Bolsa Atleta 2021: Nacional
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @dianabarcelos88
Histórico: Diana sofreu um acidente em 2004 e perdeu a perna
direita, abaixo do joelho. Em 2016, começou no remo paralím-
pico. Antes, praticou a vela. Obteve o segundo lugar no quali-
ficatório para os Jogos de Tóquio em Gavirate 2021 no quatro
com misto PR3 e é bicampeã mundial no Mix2x PR3 (2017 e
2018).

Jairo Natanael Klug


Nascimento: 18/04/1984 (37 anos)
Naturalidade: São Paulo (SP)
Prova: Quatro com timoneiro misto
Classe: PR3
Bolsa Atleta 2021: Nacional
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Londres 2012
Instagram: @jairoklug
Histórico: Jairo é ex-atleta convencional do remo e chegou
a participar dos Jogos Pan Americanos do Rio 2007. Após
um acidente de moto ele ficou com monoparesia no membro
superior esquerdo. Em 2012, ingressou no remo paralímpico.
Ele é bicampeão mundial no Mix2x PR3 (2017 e 2018) e ficou
em segundo lugar no qualificatório para os Jogos de Tóquio em
Gavirate 2021 no quatro com misto PR3.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 124


Remo S U M Á RIO

Josiane Lima
Nascimento: 26/02/1975 (46 anos)
Naturalidade: Florianópolis (SC)
Prova: Double misto
Classe: PR2
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Pequim 2008, Londres 2012, Rio 2016
Instagram: @limarowing
Histórico: Josiane sofreu um acidente de moto que comprome-
teu os movimentos do joelho esquerdo. Sua carreira como atle-
ta começou na natação, em travessias aquáticas. Foi apresen-
tada ao remo em 2006. Ela é a única medalhista paralímpica
brasileira no remo, com um bronze nas duplas mistas nos Jogos
de Pequim 2008. Ela também foi ouro no Single Skiff na Regata
Internacional de Gavirate 2015, na Itália, além de ser tetracam-
peã do Mundial Indoor de Boston (2011, 2013, 2014 e 2015),
prata no Double Skiff Misto na Copa do Mundo 2015, na Itália,
e bronze no Double Skiff Misto no Mundial de Amsterdã.

Michel Pessanha
Nascimento: 29/03/1979 (42 anos)
Naturalidade: Barra Mansa (RJ)
Prova: Double misto
Classe: PR2
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @michelpessanha_remo
Histórico: Na infância, Michel não tomou a vacina contra a
poliomielite, o que lhe causou sequelas na perna e na nádega,
ambas do lado direito. Com excesso de peso, o atleta começou
a praticar a musculação e, consequentemente, o halterofilismo.
Em 2013, fez teste e entrou para o remo. No currículo possui
um ouro no Single Skiff masculino na Regata Internacional de
Gavirate 2016, na Itália, uma prata no Double Skiff no Mundial
Indoor 2015, em Boston, e um bronze no Double Skiff Misto no
Mundial de Amsterdã 2014.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 125


Remo S U M Á RIO

Renê Pereira
Nascimento: 27/06/1980 (41 anos)
Naturalidade: Itapetinga (BA)
Prova: Individual masculino
Classe: PR1
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @renepereiraremo
Histórico: Renê era médico residente em ortopedia, quando,
em 2006, sentiu dores na coluna. Ao procurar o hospital, foi
diagnosticado com abscesso epidural, o que causou uma com-
pressão medular e, por consequência, a perda dos movimentos
das pernas. Seis anos depois, e com passagem pela natação, o
baiano começou a praticar remo. Antes da lesão, ele jogou fute-
bol em várias equipes de base da Bahia e praticou várias outras
modalidades. É prata na Etapa da Copa do Mundo de Remo
2019 em Roterdã, Holanda, ouro no Campeonato Mundial de
Remo Indoor 2017, em Boston, EUA, ouro na Regata Internacio-
nal de Gavirate 2015, na Itália, ouro no Campeonato Regional
de Turim 2015, também na Itália, e prata no Mundial Indoor de
Boston 2015.

Valdeni da Silva Junior


Nascimento: 24/12/1989 (31 anos)
Naturalidade: Florianópolis (SC)
Prova: Quatro com timoneiro misto
Classe: PR3
Bolsa Atleta 2021: Nacional
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2019 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Histórico: Valdeni sofreu um acidente automobilístico e perdeu
parte da perna esquerda. Antes do ocorrido, competia no atle-
tismo. Em 2018 conheceu o remo através de um projeto. Sua
primeira prova internacional foi a Regata Final de Qualificação
Paralímpica, realizada em Gavirate, na Itália, em junho, que lhe
garantiu a participação em Tóquio 2020 ao terminar na segun-
da colocação.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 126


Tênis de mesa
A história do tênis de mesa no programa dos Jogos Paralímpicos precede a da modalidade
no programa olímpico. A versão para cadeirantes foi disputada pela primeira vez nos Jogos
de Roma 1960. Atletas paralímpicos “andantes” entraram nas disputas em Toronto 1976,
ano que marca a estreia do Brasil. No ambiente olímpico, o tênis de mesa só estreou em
1988, em Seul.

No tênis de mesa, participam atletas do sexo masculino e feminino com paralisia cerebral,
amputados e cadeirantes. As partidas são jogadas em melhor de cinco sets, e cada um
deles é disputado até que um dos jogadores atinja 11 pontos. Em caso de empate em 10 a
10, vence quem abrir primeiro dois pontos de vantagem.

Até os Jogos de Pequim 2008, a única conquista brasileira havia sido a prata da dupla
Welder Knaf e Luiz Algacir. No Rio 2016, contudo, a seleção fez a melhor campanha de sua
história, com quatro pódios. Israel Stroh foi prata no individual. Bruna Alexandre tornou-se
a primeira mulher brasileira a subir ao pódio na modalidade, com a prata no individual e de-
pois com um bronze por equipes, ao lado de Jennyfer Parinos e Danielle Rauen. O Brasil ain-
da levou outro bronze por equipes, com Iranildo Espíndola, Guilherme Costa e Aloísio Lima.
O tênis de mesa é uma das 15 modalidades em que 100% dos atletas inscritos pela sele-
ção brasileira nos Jogos de Tóquio são integrantes do Bolsa Atleta, programa de patrocínio
direto do Governo Federal.

O país terá 14 atletas na capital japonesa, sendo que oito deles são da categoria Pódio, a
mais alta do Bolsa Atleta. Eles receberam investimento direto de R$ 4,31 milhões desde os
Jogos Rio 2016 pelo programa.

Na modalidade como um todo, o tênis de mesa paralímpico recebeu R$ 11,15 milhões no


ciclo Rio - Tóquio, valor suficiente para a concessão de 515 bolsas.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro


Classificação
Os atletas são divididos em 11 classes. De 1 a 5 para cadeirantes.
Quanto menor o número, maior a restrição de mobilidade do atleta. O
mesmo critério vale para as classes de 6 a 10, voltadas para “andan-
tes”. A classe 11 contempla atletas com deficiência intelectual.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro


Tênis de mesa S U M Á RIO

Bruna Alexandre
Nascimento: 29/03/1995 (26 anos)
Naturalidade: Criciúma (SC)
Provas: Individual e equipe
Classe: 10
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Londres 2012, Rio 2016
Instagram: @ bruninha_alexandre
Histórico: Nos Jogos Rio 2016, Bruna Alexandre se tornou a
primeira mulher do país a subir ao pódio numa competição
paralímpica do tênis de mesa, e o fez duas vezes, com um
bronze no individual e outro na equipe. No ciclo Rio – Tóquio, foi
medalhista de ouro no Aberto da China 2019. Bruna também
frequenta convocações da seleção olímpica. A atleta precisou
amputar o braço direito aos seis meses de vida em consequên-
cia de uma trombose causada por injeção mal aplicada.

Carlos Carbinatti Júnior


Nascimento: 08/08/1984 (36 anos)
Naturalidade: Rio Claro (SP)
Provas: Individual e equipe
Classe: 10
Bolsa Atleta 2021: Paralímpica
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Londres 2012, Rio 2016
Instagram: @carloscarbinatti
Histórico: Tricampeão no individual e por equipes nos Jogos
Parapan Americanos (Lima 2019, Toronto 2015 e Guadalajara
2011). Foi prata no Aberto Paralímpico do Chile 2020 e ouro
na Copa da Costa Rica 2019. Carlos teve paralisia cerebral
por falta de oxigênio no parto. Começou a jogar tênis de mesa
na adolescência. Competiu pela modalidade convencional até
2007, quando migrou para a versão paralímpica.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 129


Tênis de mesa S U M Á RIO

Cátia Oliveira
Nascimento: 12/06/1991 (30 anos)
Naturalidade: Cerqueira César (SP)
Provas: Individual e equipe
Classe: 2
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @catiaoliveira_oficial
Histórico: Em outubro de 2007, aos 16 anos, Cátia sofreu
um acidente automobilístico e ficou tetraplégica. A atleta era
jogadora de futebol e, após se recuperar do acidente, conheceu
o tênis de mesa a convite de uma amiga. Tem como principal
conquista no ciclo Rio – Tóquio o vice-campeonato no Mundial
de 2018, na Eslovênia. Nos Jogos Parapan Americanos de Lima
2019 foi bronze.

Danielle Rauen
Nascimento: 18/12/1997 (23 anos)
Naturalidade: São Bento do Sul (SC)
Provas: Individual e equipe
Classe: 9
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @dannirauen
Histórico: Danielle sofre com artrite reumatoide juvenil – doen-
ça que causa atrofia nos músculos e degenera as articulações
– e passou a controlar a condição com medicação e ativida-
des físicas. Começou a jogar tênis de mesa aos nove anos, na
escola contra pessoas sem deficiência. Em 2013, foi convo-
cada para a seleção paralímpica pela primeira vez. Integrou a
equipe das classes 6 a 10 que conquistou o bronze nos Jogos
Rio 2016 e é bicampeã dos Jogos Parapan Americanos (Lima
2019 e Toronto 2015).

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 130


Tênis de mesa S U M Á RIO

David Freitas
Nascimento: 23/03/1978 (43 anos)
Naturalidade: Fortaleza (CE)
Provas: Individual e equipe
Classe: 3
Bolsa Atleta 2021: Paralímpica
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @davi_brasilino
Histórico: Após uma cirurgia para extrair um tumor medular que
afetou seus membros inferiores, David teve que se adaptar à ca-
deira de rodas. Conheceu o tênis de mesa em uma competição no
Ceará. No ciclo Rio – Tóquio, foi prata no Parapan de Lima 2019,
ouro nas duplas no Aberto Paralímpico dos Estados Unidos, em
Las Vegas 2018. Anteriormente, conquistou o ouro individual e
por equipes no Parapan de Toronto 2015 e foi prata no individual
e ouro por equipes no Parapan de Guadalajara 2011.

Israel Stroh
Nascimento: 06/09/1986 (34 anos)
Naturalidade: Santos (SP)
Provas: Individual e equipe
Classe: 7
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @israelstroh
Histórico: Primeiro atleta do país a conquistar uma medalha
individual no tênis de mesa nos Jogos Paralímpicos, com a prata
no Rio 2016, tem no currículo recente o bronze no Aberto da
Eslováquia e a prata no Parapan de Toronto, ambos torneios em
2015. Israel tem os movimentos de braços e pernas parcialmen-
te comprometidos em função de paralisia cerebral por falta de
oxigenação na hora do parto.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 131


Tênis de mesa S U M Á RIO

Jennyfer Parinos
Nascimento: 22/02/1996 (25 anos)
Naturalidade: Santos (SP)
Provas: Individual e equipe
Classe: 9
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @jennymarxx
Histórico: Jennyfer foi diagnosticada, com um ano de idade, com
uma doença conhecida como raquitismo hipofosfatêmico. Como
os ossos dela enfraqueceram em função da patologia, as pernas
arquearam. A atleta chegou ao tênis de mesa em 2009, por in-
dicação de uma vizinha que praticava a modalidade paralímpica.
Prata no individual nos Jogos Parapan Americanos Lima 2019,
integrou a equipe que foi medalhista de bronze nas classes 6-10
nos Jogos Rio 2016. Na reta final para Tóquio, venceu a seletiva
mundial da categoria.

Joyce de Oliveira
Nascimento: 24/06/1990 (31 anos)
Naturalidade: Jundiaí (SP)
Provas: Individual
Classe: 4
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Londres 2012, Rio 2016
Instagram: @joycefo90
Histórico: Um ponto de ônibus caiu em cima de Joyce em 2002,
quando tinha 12 anos, e a deixou paraplégica. Conheceu o pa-
radesporto em São Paulo, durante visita à AACD. Foi convocada
pela primeira vez em 2007. Foi ouro no individual e por equipes
no Parapan de Lima 2019. Ouro no individual e bronze por equipe
no Aberto Paralímpico da Espanha 2018, além de ouro no indivi-
dual e prata por equipe no Parapan de Toronto 2015.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 132


Tênis de mesa S U M Á RIO

Lethicia Lacerda
Nascimento: 12/09/2002 (18 anos)
Naturalidade: Goiânia (GO)
Provas: Individual e equipe
Classe: 8
Bolsa Atleta 2021: Internacional
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @lethicia_rodri
Histórico: Quando tinha 14 anos, Lethícia começou a sentir dores
nas pernas e dificuldade para se movimentar. Foi a muitos médi-
cos, mas nenhum chegou a um diagnóstico. Como ela e o irmão
têm a mesma patologia, acredita-se que a causa seja genética.
Com o tempo, as inflamações nas articulações dos joelhos e
quadril foram piorando e ela passou a usar cadeira de rodas. Sua
mãe, Jane Karla, jogou tênis de mesa antes de se tornar atleta do
tiro com arco. Assim, Lethícia começou a jogar tênis de mesa aos
sete anos. Bronze no individual no Parapan de Lima 2019 e ouro
no Parapan de Jovens de 2017, em São Paulo.

Luiz Filipe Manara


Nascimento: 19/11/1991 (29 anos)
Naturalidade: Mogi Mirim (SP)
Provas: Individual e equipe
Classe: 8
Bolsa Atleta 2021: Paralímpica
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @lfmanara
Histórico: Em função de falta de oxigenação e complicações no
parto, Luiz tem paralisia cerebral. Conheceu o tênis de mesa em
Brasília, como forma de fisioterapia. É bicampeão no individual e
por equipes nos Jogos Parapan Americanos (Lima 2019 e Toron-
to 2015).

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 133


Tênis de mesa S U M Á RIO

Marliane Amaral
Nascimento: 14/09/1991 (29 anos)
Naturalidade: Medina (MG)
Provas: Individual e equipe
Classe: 3
Bolsa Atleta 2021: Internacional
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @marlianeatleta
Histórico: Aos 15 anos, Marliane teve contato com água doce
com vermes, teve esquistossomose, que se alojou na coluna e
causou a tetraplegia. Ela conheceu o tênis de mesa em São Pau-
lo, por meio de uma gestora de esporte. Foi convocada pela pri-
meira vez em 2019 para os Jogos Parapan Americanos de Lima.
Na competição, foi prata individual e ouro por equipes.

Millena França
Nascimento: 09/04/1996 (25 anos)
Naturalidade: Aparecida de Goiânia (GO)
Provas: Individual e equipe
Classe: 7
Bolsa Atleta 2021: Nacional
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @millenabra
Histórico: Millena tem má-formação congênita no fêmur que ge-
rou um encurtamento da perna esquerda. Ela começou no espor-
te paralímpico em 2009, no tênis em cadeira de rodas. Em 2014
migrou para o tênis de mesa. Foi ouro no Campeonato Brasileiro
de 2019.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 134


Tênis de mesa S U M Á RIO

Paulo Salmin Filho


Nascimento: 12/11/1993 (27 anos)
Naturalidade: Barra Bonita (SP)
Provas: Individual e equipe
Classe: 7
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Londres 2012, Rio 2016
Instagram: @paulo_salmin
Histórico: Paulo nasceu sem o fêmur da perna direita e foi sub-
metido a cirurgias durante a infância para se adaptar à prótese.
Convidado pelos amigos do colégio, começou a praticar o tênis de
mesa por hobby. Anos mais tarde, se tornou profissional. Foi ouro
individual e por equipe nas edições do Parapan de Lima 2019 e
Toronto 2015. Adicionalmente, foi ouro por equipes e prata no
individual no Parapan de Guadalajara 2011.

Welder Knaf
Nascimento: 06/04/1981 (40 anos)
Naturalidade: Guarapuava (PR)
Provas: Individual e equipe
Classe: 3
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @welderknaf
Histórico: Quando tinha cinco anos, Welder sofreu um acidente
de carro e passou a utilizar cadeira de rodas. Ainda na infância,
começou a jogar tênis de mesa com o pai na mesa da cozinha. A
primeira competição paralímpica veio no início dos anos 2000.
No ciclo Rio – Tóquio foi bronze no individual e prata por equipe
nos Jogos Parapan Americanos de Lima 2019 e ouro nas duplas
no Aberto Paralímpico dos Estados Unidos, em Las Vegas 2018.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 135


Tênis em Cadeira
de Rodas
Para competir no tênis em cadeira de rodas, o único requisito é que o atleta tenha sido
diagnosticado com uma deficiência relacionada à locomoção. Ou seja, deve ter perda
funcional significativa de uma ou mais partes extremas do corpo. Se o atleta não for capaz
de participar de competições no tênis convencional, estará credenciado a jogar na versão
paralímpica.

Jogado na mesma quadra do tênis convencional e com praticamente as mesmas regras, o


tênis em cadeira de rodas exige muita habilidade do praticamente, já que além de ter que
usar os golpes com a raquete precisa guiar a cadeira para chegar a tempo de acertar a bola.
Os jogadores usam cadeiras de rodas adaptadas ao esporte, que permitem maior equilíbrio
e mobilidade. As raquetes e bolinhas são as mesmas do tênis convencional. A principal dife-
rença é que em sua versão paralímpica a bola pode quicar duas vezes em quadra antes de
ser rebatida para o outro lado da rede.

Quando foi criada a Federação Internacional de Tênis em Cadeira de Rodas (IWTF, em


inglês), em 1988, o esporte já estava bem encaminhado para se tornar paralímpico. Tanto
que naquele mesmo ano a modalidade participou dos Jogos de Seul como exibição. Outro
passo importante foi dado em 1991, ano em que a IWTF foi incorporada à Federação Inter-
nacional de Tênis (ITF, em inglês), até hoje responsável pelo tênis em cadeira de rodas. No
ano seguinte, nos Jogos de Barcelona 1992, a disputa paralímpica foi oficializada, valendo
medalhas pela primeira vez.

No Brasil, o primeiro atleta a ter contato com o tênis em cadeira de rodas foi José Carlos
Morais. Ele conheceu o esporte em 1985, na Inglaterra, quando competia com a seleção
de basquete em cadeira de rodas. Onze anos depois, Morais foi aos Jogos Paralímpicos de
Atlanta e, ao lado de Francisco Reis Junior, foram os primeiros brasileiros a representarem o
país na modalidade. O Brasil ainda não conquistou medalhas na modalidade nos Jogos.

Nos Jogos Paralimpícos de Tóquio, o Brasil terá sete atletas no tênis em cadeira de rodas.
Todos são beneficiados pelo Bolsa Atleta do Governo Federal, sendo que dois deles perten-
cem à categoria Pódio, a mais alta do programa. O investimento total nesses sete atletas
para o ciclo Rio– Tóquio (2017 a 2021) foi de R$ 1,1 milhão. A categoria Pódio prevê
repasses que variam de R$ 5 mil a R$ 15 mil mensais de acordo com os resultados esporti-
vos dos atletas.

O valor investido na modalidade como um todo no mesmo período foi de R$ 2,1 milhões, o
que permitiu o pagamento de 68 bolsas no atual ciclo paralímpico.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro


Classificação

Open ou Aberta
Atletas diagnosticados com alguma deficiência nos membros inferiores.

Quad ou Tetra
Atletas com deficiência em três ou mais extremidades do corpo.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro


Tênis em cadeira S U M Á RIO
de rodas

Ana Cláudia Caldeira


Nascimento: 15/11/1998 (22 anos)
Naturalidade: Belo Horizonte (MG)
Provas: simples e duplas
Classe: Open feminino
Bolsa Atleta 2021: Internacional
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2020
Olimpíadas: estreante
Instagram: @_anacaldeiratcr
Histórico: Sofreu um acidente de carro em setembro de 2012
que a deixou paraplégica. O primeiro contato com o esporte
paralímpico foi no Sarah Kubitschek, durante a fase de reabilita-
ção. Em 2014, começou a praticar o tênis em cadeira de rodas.
Segunda no ranking brasileiro, foi ouro nas duplas no Cañuelas
Open na Argentina, em 2019.

Daniel Rodrigues
Nascimento: 10/11/1986 (34 anos)
Naturalidade: Belo Horizonte (MG)
Provas: simples e duplas
Classe: Open masculino
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Londres 2012 e Rio 2016
Instagram: @daniel.rodrigues.alves
Histórico: Daniel nasceu com má-formação na perna direita. Em
2015, decidiu amputar a perna e usar prótese. Encontrou no
tênis em cadeira de rodas uma de suas paixões. No ciclo Rio –
Tóquio, foi bronze no individual no Parapan de Lima, em 2019,
e campeão do Brasil Wheelchair Tennis Open (Uberlândia), do
Swiss Open (Suíça) e do Brasília Open, todos também em 2019.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 138


Tênis em cadeira S U M Á RIO
de rodas

Gustavo Carneiro
Nascimento: 01/12/1972 (48 anos)
Naturalidade: Uberlândia (MG)
Prova: dupla
Classe: Open masculino
Bolsa Atleta 2021: Internacional
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2019 e 2020
Paralimpíadas: estreante
Instagram: @gustavocarneiros
Histórico: Gustavo já jogava tênis desde criança. Em 2013, após
a descoberta de um lipossarcoma, precisou amputar a perna
acima do joelho. No início de 2018, passou a adotar o tênis em
cadeira de rodas. No mesmo ano, foi campeão do Campeonato
Internacional de Belo Horizonte. Em 2019, disputou o Mundial em
Israel e o Parapan de Lima e terminou o ano como número dois
do Brasil.

Maurício Pommê
Nascimento: 24/03/1970 (51 anos)
Naturalidade: São Paulo (SP)
Prova: duplas
Classe: Open masculino
Bolsa Atleta 2021: Paralímpica
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Atenas 2004, Pequim 2008, Londres 2012
e Rio 2016
Instagram: @mauriciopomme
Histórico: Maurício sofreu uma queda, de 13m, do telhado de
uma quadra de tênis coberta em 1997. Adotou o tênis em cadei-
ra de rodas em 1999. Disputa em Tóquio a quinta edição con-
secutiva de Jogos Paralímpicos. Foi vice-campeão mundial por
equipes em Tóquio, no ano de 2016, e é tetracampeão brasileiro.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 139


Tênis em cadeira S U M Á RIO
de rodas

Meirycoll Duval
Nascimento: 13/10/1994 (26 anos)
Naturalidade: Belo Horizonte (MG)
Prova: simples e duplas
Classe: Open feminino
Bolsa Atleta 2021: Internacional
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: estreante
Instagram: @meirycoll_duval
Histórico: Meirycoll tem má-formação congênita na perna esquer-
da. Adotou o tênis em cadeira de rodas aos 17 anos. Primeira no
ranking nacional. Campeã do Circuito BRB de Tênis em Cadeira
de Rodas 2020. Campeã do Wheelchair Brasil – ITF Tênis Inter-
nacional de São José dos Campos (SP), em 2019. Campeã do
Vitória Wheelchair Tennis Open no Espírito Santo, em 2016.

Rafael Medeiros
Nascimento: 14/02/1990 (31 anos)
Naturalidade: Belo Horizonte(MG)
Prova: duplas
Classe: Open masculino
Bolsa Atleta 2021: Paralímpica
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Londres 2012 e Rio 2016
Instagram: @rafaelmedeiros90
Histórico: Aos dois anos, Rafael descobriu um cisto aracnoide na
medula que afetou os movimentos de suas pernas. Passou pelo
basquete antes de se fixar no tênis em cadeira de rodas. Terceiro
no ranking nacional (2020). Campeão do Circuito BRB de Tênis
em Cadeira de Rodas 2020. Campeão do Vitória Wheelchair Ten-
nis Open no Espírito Santo em 2016.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 140


Tênis em cadeira S U M Á RIO
de rodas

Ymanitu Geon
Nascimento: 23/04/1983 (38 anos)
Naturalidade: Tijucas (SC)
Prova: simples
Classe: Quad
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @ymanitu
Histórico: Ymanitu sofreu um acidente de carro em 2007 e ficou
tetraplégico. Durante a reabilitação, conheceu o tênis em cadeira
de rodas e passou a se dedicar profissionalmente. Décimo no
ranking mundial da categoria. Campeão do Kemal Sahin Open na
Turquia e do Aberto de Vilamoura em Portugal, em 2021. Cam-
peão na Categoria Quad no Circuito BRB de Tênis em Cadeira
de Rodas em Brasília, em 2020. Primeiro brasileiro a disputar
um Grand Slam no tênis em cadeira de rodas, em Roland Gar-
ros (França), em 2019. Campeão no Prague Cup Czech Indoor,
na República Tcheca, em 2019. Quinto colocado nos Jogos Rio
2016.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 141


Tiro com Arco
O tiro com arco paralímpico é uma modalidade que pode ser praticada por pessoas com
diferentes tipos de deficiência, como amputações, paralisia, paralisia cerebral, doenças
disfuncionais e progressivas, lesões na coluna e múltiplas deficiências. Além das disputas
individuais, há a prova por equipes, com três arqueiros em cada time.

As regras são as mesmas da modalidade na versão convencional, sendo que o objetivo é


acertar as flechas o mais perto possível do centro do alvo. Dependendo da categoria, há
uma distância e um tamanho para o alvo. No arco recurvo, por exemplo, ele fica posiciona-
do a 70m, e tem 1,22m de diâmetro, sendo formado por dez círculos concêntricos. O mais
externo vale um ponto, enquanto o central vale dez. Já em eventos W1, o alvo tem 80cm de
diâmetro e fica a 50m. No arco composto, ele mede 48cm e fica a uma distância de 50m.

Presente em todas as edições, desde Roma 1960, o tiro com arco é uma das mais tradicio-
nais modalidades dos Jogos Paralímpicos. O esporte, que teve início como forma de reabi-
litação e recreação para pessoas com deficiência, tem seus primeiros registros de torneios
datando de 1948, em Stoke Mandeville. Atualmente, China e Grã-Bretanha são as princi-
pais referências e os países a serem batidos. O Brasil ainda não subiu ao pódio da modali-
dade nos Jogos Paralímpicos.

O tiro com arco é uma das 15 modalidades em que 100% dos atletas inscritos pela sele-
ção brasileira nos Jogos de Tóquio são integrantes do Bolsa Atleta, programa de patrocí-
nio direto do Governo Federal. O país terá seis atletas na capital japonesa, que receberam
investimento direto de R$ 1,22 milhão desde os Jogos Rio 2016 pelo programa.

Jane Karla é a única que integra a categoria Pódio, a principal do Bolsa Atleta, voltada para
quem se qualifica entre os 20 melhores do mundo em sua modalidade. A categoria Pódio
prevê repasses que variam de R$ 5 mil a R$ 15 mil mensais de acordo com os resultados
esportivos dos atletas.

Na modalidade como um todo, o tiro com arco paralímpico recebeu R$ 2,51 milhões no
ciclo Rio - Tóquio, valor suficiente para a concessão de 86 bolsas.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro


Classificação
Os arqueiros são divididos em duas classes, dependendo
do grau de deficiência:

W1
Atletas com deficiência grave, em três ou quatro membros.

Open (arco recurvo e composto)


Atletas com deficiência em um membro (superior ou inferior) ou dois
membros (inferiores ou superior e inferior do mesmo lado).

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro


Tiro com Arco S U M Á RIO

Andrey Muniz
Nascimento: 12/04/1976 (45 anos)
Naturalidade: Apucarana (PR)
Prova: Composto individual
Classe: Open
Bolsa Atleta 2021: Paralímpica
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @andreymunizdecastro
Histórico: Prata no arco composto no Parapan da modalidade
realizado em Monterrey 2021, o atleta tem ainda o ouro na equi-
pe mista e o bronze no masculino no Parapan de Medellin 2018.
Além disso, foi campeão do IWAS World Games em 2013, me-
dalhista de bronze por equipe mista no Parapan de Guadalajara
2011 e dez vezes campeão brasileiro. Andrey perdeu o movimen-
to das pernas aos 19 anos devido a um acidente de carro. Um
ano depois, começou a praticar o basquete em cadeira de rodas,
antes de migrar para o tiro com arco em 2008.

Fabíola Dergovics
Nascimento: 23/06/1967 (54 anos)
Naturalidade: São Paulo (SP)
Prova: Recurvo individual
Classe: Open
Bolsa Atleta 2021: Paralímpica
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @fabiola_dergovics
Histórico: Ouro no arco recurvo no Parapan Americano da mo-
dalidade em Monterrey 2021, a atleta tem ainda duas pratas na
edição do torneio em Medellin 2018. É também a recordista das
Américas e do Brasil nas categorias individual e mista, e foi bron-
ze na Arizona Cup de 2015. Em 2007, Fabíola sofreu uma queda
de 3,5m de altura em um vão de escada. Por conta do acidente,
teve lesões diversas na coluna, paralisia na perna direita, fraturas
no braço esquerdo e três costelas soltas. Com a recuperação,
procurou esportes que poderia praticar mesmo com as limitações,
iniciando no tiro com arco em 2013.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 144


Tiro com Arco S U M Á RIO

Helcio Luiz Perilo


Nascimento: 26/02/1969 (52 anos)
Naturalidade: Palmeiras de Goiás (GO)
Prova: Individual
Classe: W1
Bolsa Atleta 2021: Nacional
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @helcioperillo
Histórico: Prata no Parapan da modalidade em Monterrey 2021
e em Medellin 2018, o atleta foi ainda bronze nos Mundiais de
2015, 2018 e 2019. Helcio sofreu um acidente de carro aos
quatro anos e ficou paraplégico. Na ocasião, seus pais e irmãos
foram vítimas fatais. Entrou para o tiro esportivo em 2013 e mi-
grou para o tiro com arco em 2017.

Heriberto Roca
Nascimento: 21/04/1980 (41 anos)
Naturalidade: São Caetano do Sul (SP)
Prova: Recurvo individual
Classe: Open
Bolsa Atleta 2021: Nacional
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @heribertoroca
Histórico: Prata no arco recurvo e por equipe mista no Parapan
da modalidade em Monterrey 2021, ouro no Muilti-site indoor
Championships of the Américas, em 2020, e bronze por equipe
no Parapan de Tiro com Arco de Medellin 2018, Heriberto sofreu
um acidente de carro aos 17 anos que o deixou paraplégico. De-
pois de dois anos de tratamento, conheceu o basquete em cadei-
ra de rodas. Migrou para o tiro com arco em 2014.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 145


Tiro com Arco S U M Á RIO

Jane Karla Gogel


Nascimento: 06/07/1975 (46 anos)
Naturalidade: Aparecida de Goiás (GO)
Prova: Composto individual
Classe: Open
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Pequim 2008, Londres 2012, Rio 2016
Instagram: @janetiroarco
Histórico: Ouro nos Jogos Parapan Americanos de Toronto 2015
e quinta colocada nos Jogos Paralímpicos Rio 2016, Jane che-
gou à liderança do ranking mundial em 2018. Foi sexta colocada
no Mundial de 2019 e, no ano seguinte, bateu o recorde mun-
dial indoor em Nimes, na França. Começou no tiro com arco em
2015, mas antes praticava tênis de mesa, faturando os ouros
nos Jogos Pan Americanos Rio 2007 e Guadalajara 2011, além
de dez títulos brasileiros. No tênis de mesa, disputou ainda os
Jogos Paralímpicos de Pequim 2008 e Londres 2012. Jane Karla
teve poliomielite aos 3 anos. Ela é mãe de Lethicia Lacerda, que
disputará as Paralimpíadas de Tóquio no tênis de mesa.

Rejane da Silva
Nascimento: 20/10/1976 (44 anos)
Naturalidade: Crixás (GO)
Prova: Individual
Classe: W1
Bolsa Atleta 2021: Paralímpica
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @rejanesilvaatleta
Histórico: Prata no Parapan de Tiro com Arco de Monterrey
2021, Rejane começou a praticar a modalidade apenas em
setembro de 2020. Desde 2004, era atleta de tênis em cadei-
ra de rodas, modalidade na qual conquistou duas medalhas em
Jogos Parapan Americanos: ouro em Toronto 2015 e prata no
Rio 2007. Rejane teve poliomielite aos dois meses de vida e ficou
com as pernas atrofiadas.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 146


Tiro Esportivo
Praticado por atletas com deficiência física de membros superiores ou inferiores, o tiro
esportivo paralímpico conta com provas de carabinas e pistolas de ar, com distâncias de
10m, 25m ou 50m. Há ainda três posições possíveis para os atiradores (em pé, deitado ou
ajoelhado), que podem ser adaptadas de acordo com a deficiência.

Presente nos Jogos Paralímpicos desde Toronto 1976, a modalidade começou a ser dispu-
tada apenas por homens. Na edição seguinte, em Arnhem 1980, foi a vez de as mulheres
estrearem, inclusive em provas mistas. No entanto, em Nova Iorque / Stoke Mandeville
1984 e em Seul 1988 as categorias mistas do tiro esportivo foram retiradas do progra-
ma, retornando apenas em Barcelona 1992, em substituição à prova feminina. Apenas em
Atlanta 1996 os três tipos de disputa foram fixados nos Jogos Paralímpicos.

O Brasil competiu pela primeira vez no tiro esportivo ainda em 1976, mas depois ficou um
longo período fora da modalidade nos Jogos. O retorno foi somente em Pequim 2008, com
Carlos Garletti. O país ainda não tem medalha em Paralimpíadas na modalidade.

No ciclo dos Jogos de Tóquio, o Ministério da Cidadania investiu R$ 1,78 milhão no tiro
esportivo paralímpico por meio do Bolsa Atleta. Entre 2017 e 2021, foram concedidas 84
bolsas em todas as categorias para os atletas da modalidade.

Nas Paralimpíadas no Japão, o único representante brasileiro no tiro esportivo é contempla-


do na categoria Pódio, a mais alta do Bolsa Atleta, voltada para quem se qualifica entre os
20 melhores do mundo em sua modalidade. A categoria Pódio prevê repasses que variam
de R$ 5 mil a R$ 15 mil mensais de acordo com os resultados esportivos dos atletas.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro


Classificação
A classificação dos atletas tem duas divisões, de acordo com o equilíbrio,
a mobilidade dos membros, a força muscular e o grau de funcionalidade
do tronco. Ainda assim, atletas com diferentes tipos de deficiência podem
competir juntos. Dependendo da classe, podem contar com um suporte
para a arma.

SH1
Atiradores de pistola e de carabina que não requerem suporte para
a arma

SH2
Atiradores de carabina que não possuem habilidade para suportar o peso
da arma com os braços e precisam de suporte para atirar.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro


Tiro Esportivo S U M Á RIO

Alexandre Augusto Galgani


Nascimento: 25/04/1983 (38 anos)
Naturalidade: Sumaré (SP)
Provas: Carabina de ar 10m em pé misto R4, Mixed 10m Air Rifle
Prone SH2, Carabina 50m deitado misto R9
Classe: SH2
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @alexandre_galgani
Histórico: Nos Jogos Parapan Americanos de Lima 2019, Ale-
xandre Galgani conquistou a prata na carabina de ar 10m misto.
O atleta sofreu uma lesão na coluna e ficou tetraplégico aos 18
anos, quando mergulhou em uma piscina e bateu a cabeça no
fundo. Ele sempre esteve em contato com o tiro, brincando com
carabinas de chumbinho. Em 2013, conheceu o treinador da
seleção brasileira, James Neto, e foi a Curitiba (PR) para receber
orientações sobre a modalidade. Desde então, aumentou a rotina
de treinos. Alexandre foi o primeiro atleta brasileiro classificado
para os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 149


Triatlo
O triatlo estreou no programa paralímpico nos Jogos Rio 2016, embora o primeiro Mundial
tenha sido bem antes, em 1989 na França. Na edição brasileira, nenhum atleta do país
subiu ao pódio.

A prova, que tem disputas nas categorias masculina e feminina, é composta de 750m de
natação, 20km de ciclismo e 5km de corrida, e pode ser praticada por pessoas com diferen-
tes tipos de deficiência, como cadeirantes, amputados ou cegos.

São seis classes distintas, cinco delas para quem tem deficiências físico-motoras e parali-
sia cerebral e uma para deficientes visuais (parcial ou total).

O Brasil será representado por quatro triatletas nos Jogos de Tóquio, três deles apoiados
pelo Bolsa Atleta do Governo Federal. Todos os beneficiados pelo patrocínio são da catego-
ria Pódio, a mais alta do programa, que prevê repasses que variam de R$ 5 mil a R$ 15 mil
mensais de acordo com os resultados esportivos de cada um. O investimento nesses três
atletas para o ciclo Rio - Tóquio foi de R$ 1,21 milhão.

Na modalidade como um todo, R$ 2,38 milhões foram investidos via Bolsa Atleta neste
ciclo paralímpico, o que permitiu ao pagamento de 41 bolsas a atletas da modalidade.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro


Classificação
O sistema de classificação é composto por um método de pontuação que
leva em conta a deficiência e a mobilidade do atleta.

PTWC
Aberta aos cadeirantes. Utilizam handcycle e cadeira de rodas para cor-
rida. A classe ainda é dividida nas subclasses PTWC1 (deficiências mais
severas) e PTWC2 (menos severas).

PTS1 a PTS5
Aberta a atletas andantes com deficiências físico-motoras e paralisia
cerebral. A PTS2 é voltada para deficiências mais severas e a PTS5 para
deficiências mais moderadas.

PTVI
Classe para triatletas cegos. As subclasses seguem as definições da IBSA
(Federação Internacional de Esportes para Cegos): PTVI1, PTVI2 e PTVl3.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro


Triatlo S U M Á RIO

Carlos Rafael Viana


Nascimento: 01/08/1999 (22 anos)
Naturalidade: São Carlos (SP)
Prova: masculina
Classe: PTS5
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: estreante
Instagram: @viana_bra
Histórico: Carlos é amputado de braço esquerdo, abaixo do coto-
velo. Em 2014, começou no paratriatlo. Ouro na Copa do Mundo
de Portugal em 2019, prata na Copa do Mundo da Espanha e
quinto na Grande Final do Mundial da Suíça.

Jéssica Moreira
Nascimento: 29/10/1987 (33 anos)
Naturalidade: Jaboticabal (SP)
Prova: feminina
Classe: PTWC
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: estreante
Instagram: @jessicamessali
Histórico: Jéssica ficou paraplégica após um acidente de carro
em 2013 e começou no triatlo adaptado em 2017. Em julho de
2021, numa sessão de sauna, sofreu queimaduras nos pés e
pernas, de 2º e 3º graus, e precisou amputar parte do pé. Entre
os resultados mais recentes da atleta estão a prata na etapa
dos EUA da Copa do Mundo (2021), ouro na etapa da Espanha
da Copa do Mundo (2021), ouro na etapa de Portugal da Copa
do Mundo (2019), prata na etapa da Itália da Copa do Mundo
(2019) e prata no Pan-Americano da modalidade nos Estados
Unidos (2019).

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 152


Triatlo S U M Á RIO

Jorge Luis Fonseca


Nascimento: 08/11/1984 (36 anos)
Naturalidade: Rio Negrinho (SC)
Prova: masculina
Classe: PTS4
Bolsa Atleta 2021: Pódio
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2019 e 2020
Paralimpíadas: estreante
Instagram: @fonseca_tri
Histórico: Jorge sofreu um acidente de moto em 2006 e ficou
com lesão que tornou imóvel o membro superior direito. Conhe-
ceu o triatlo em 2012. Em setembro de 2020, decidiu amputar
o braço debilitado. O atleta coleciona resultados expressivos no
triatlo. Bronze no World Triathlon Para Series La Coruña, na Es-
panha, em 2021. Prata no Campeonato Americano de Paratriatlo
nos Estados Unidos, em 2019. Prata na Copa do Mundo Banyo-
les, na Espanha, em 2019. Prata na Funchal Paratriathlon World
Cup em Portugal, em 2019. Campeão mundial de Paratriathlon
em Buffalo City, na África do Sul, em 2016.

Ronan Cordeiro
Nascimento: 10/08/1997 (24 anos)
Naturalidade: Curitiba (PR)
Prova: masculina
Classe: PTS5
Bolsa Atleta 2021: Não
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017 e 2019
Paralimpíadas: estreante
Instagram: @ronanncordeiro
Histórico: Ronan tem má-formação congênita na mão esquerda
e começou a competir no triatlo em 2018. Antes, entre 2012 e
2018, foi atleta da natação. Entre os resultados mais recentes,
foi bronze na etapa da Copa do Mundo de La Corunã 2021, bron-
ze no Wolrd Series Yokohama (Japão) 2021, prata na etapa de
Alhandra da Copa do Mundo 2020 e bronze na etapa de Funchal
na Copa do Mundo 2019.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 153


Vôlei sentado
O vôlei sentado surgiu em 1956, fruto da junção do vôlei convencional com um esporte
alemão praticado por pessoas com pouca mobilidade, mas sem rede, chamado sitzbal. Uti-
lizando basicamente as regras da modalidade olímpica, o vôlei sentado está no programa
paralímpico desde Arnhem 1980. Podem competir jogadores amputados, paralisados cere-
brais, lesionados na coluna vertebral e pessoas com outros tipos de deficiência locomotora.

O Brasil estreou nas Paralimpíadas de Pequim 2008, quando apenas a seleção masculina
disputou a competição, terminando em sexto lugar. Já em Londres 2012, os times dos dois
naipes se classificaram e ambos terminaram na quinta posição. O melhor resultado até hoje
foi conquistado no Rio 2016, quando a seleção feminina faturou o bronze.

As partidas são disputadas com sets de 25 pontos, como no vôlei convencional, com um
tie-break de 15 pontos no quinto set. No entanto, na versão paralímpica é permitido bloque-
ar o saque e os jogadores devem manter contato com o solo o tempo inteiro, exceto quando
forem se deslocar em quadra.

Dos 24 atletas convocados para as seleções masculina e feminina que disputarão os Jogos
Paralímpicos de Tóquio, 22 são atualmente contemplados pelo Bolsa Atleta, programa de
patrocínio individual do Governo Federal Brasileiro. O investimento direto nesse grupo, no
ciclo entre os Jogos Rio 2016 e Tóquio 2021, foi de R$ 2,47 milhões, garantido via Secre-
taria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania.

O valor total investido pelo Bolsa Atleta neste ciclo paralímpico no vôlei sentado foi de R$
5,65 milhões, o que resultou no pagamento de 308 bolsas.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro


Classificação
Os atletas são divididos em dois grupos de acordo com o grau de impacto
de suas deficiências nas funções de mobilidade:

VS1
Voltada para atletas com uma deficiência que tem maior impacto nas
funções essenciais do vôlei sentado, como, por exemplo, os amputados de
perna.

VS2
Atletas com deficiência que tem menor interferência nas funções em qua-
dra, como, por exemplo, amputação de parte do pé ou amputação bilateral
de polegar.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro


Vôlei sentado S U M Á RIO

Feminina

Adria Jesus
Nascimento: 01/06/1983 (38 anos)
Naturalidade: Goiânia (GO)
Classe: VS1
Posição: Levantadora e atacante
Bolsa Atleta 2021: Paralímpica
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Londres 2012, Rio 2016
Instagram: @adriaparatletavolei
Histórico: Prata no Parapan de Lima 2019, bronze nos Jogos Para-
límpicos Rio 2016 e bronze no Parapan de Toronto 2015, Adria Je-
sus sofreu um acidente de moto e teve que amputar a perna esquer-
da abaixo do joelho aos 16 anos. Foi convidada por um professor de
vôlei sentado para experimentar a modalidade no fim de 2005. Foi
convocada pela primeira vez para a seleção no ano seguinte.

Ana Luísa Soares


Nascimento: 27/03/2001 (20 anos)
Naturalidade: São Paulo (SP)
Classe: VS2
Posição: Central
Bolsa Atleta 2021: Nacional
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2019 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @analuh_soares
Histórico: Prata no Parapan de Lima 2019, Ana Luísa sofreu um
acidente de moto aos 14 anos e teve diversas fraturas na perna
direita, que mais tarde evoluíram para osteonecrose e osteoartrose,
causando limitação na amplitude de movimento e perda de força no
membro. Dois anos depois, conheceu o vôlei sentado por indicação
de uma psicóloga e começou a praticar a modalidade. Foi convocada
pela primeira vez para a seleção no fim de 2019.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 156


Vôlei sentado S U M Á RIO

Bruna Nascimento
Nascimento: 15/01/1990 (31 anos)
Naturalidade: Belém (PA)
Classe: VS1
Posição: Central
Bolsa Atleta 2021: Sem bolsa
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: Sem bolsa
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @bruna_atletaoficial
Histórico: Prata no Parapan de Lima 2019, Bruna Nascimento so-
freu um acidente de moto aos 24 anos e amputou a perna esquerda
acima do joelho. Em 2016, experimentou o vôlei sentado após um
treinador insistir por dois anos que ela fosse a um treino e, desde en-
tão, não parou de praticar a modalidade. Foi convocada pela primeira
vez para a seleção no fim de 2019

Camila Leiria
Nascimento: 08/05/1982 (39 anos)
Naturalidade: Rio de Janeiro (RJ)
Classe: VS2
Posição: Meio de rede
Bolsa Atleta 2021: Paralímpica
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @camilaleiria
Histórico: Bronze nos Jogos Paralímpicos Rio 2016, Camila Leiria
sofreu um acidente de moto, em 2011, e teve inúmeras fraturas na
perna e no pé direito, além de rompimento de ligamentos. Ela fez
várias cirurgias e tem artrose severa no pé, além de uma lesão na
coluna. Conheceu o vôlei sentado em 2013.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 157


Vôlei sentado S U M Á RIO

Edwarda Oliveira
Nascimento: 22/04/1999 (22 anos)
Naturalidade: Pinhão (PR)
Classe: VS1
Posição: Levantadora e atacante
Bolsa Atleta 2021: Paralímpica
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @edwardadoliveira
Histórico: Edwarda Oliveira é prata nos Jogos Parapan Americanos
de Lima 2019, bronze nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 e prata nos
Jogos Parapan Americanos de Toronto 2015. Durante a gestação,
o cordão umbilical de Edwarda enrolou em sua perna direita, o que
impediu a formação do membro abaixo do joelho. Ela também não
tem dois dedos do pé esquerdo. A paranaense teve seu primeiro con-
tato com o esporte durante os Jogos Paralímpicos de Londres 2012,
ao assistir o evento pela televisão. Nesse mesmo ano, enquanto ela
jogava vôlei em pé, um olheiro apresentou-a modalidade adaptada.

Gizele Costa
Nascimento: 29/10/1977 (43 anos)
Naturalidade: Mogi das Cruzes (SP)
Classe: VS1
Posição: Líbero
Bolsa Atleta 2021: Paralímpica
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Londres 2012, Rio 2016
Instagram: @gizele_costadias03
Histórico: Gizele Costa coleciona uma prata nos Jogos Parapan
Americanos de Lima 2019, um bronze nos Jogos Paralímpicos Rio
2016, uma prata nos Jogos Parapan Americanos de Toronto 2015
e outra prata nos Jogos Parapan Americanos de Guadalajara 2011.
Após uma cirurgia no ligamento cruzado anterior, no joelho esquerdo,
ela ficou com uma lesão no nervo tubular que deixou seu pé esquer-
do caído e lhe faz andar com dificuldade. Conheceu o esporte em
2009, quando um atleta da seleção a apresentou ao treinador do
time.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 158


Vôlei sentado S U M Á RIO

Jani Freitas
Nascimento: 13/08/1986 (35 anos)
Naturalidade: Alvorada do Norte (GO)
Classe: VS1
Posição: Ponteira
Bolsa Atleta 2021: Paralímpica
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Londres 2012, Rio 2016
Instagram: @janiatleta.oficial
Histórico: Bronze nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 e prata nos Jo-
gos Parapan Americanos de Toronto 2015, Jani Freitas foi atropela-
da por uma carreta enquanto andava de moto em 2006. Ela precisou
amputar a perna esquerda acima do joelho. Conheceu o vôlei senta-
do quando foi para Goiânia colocar uma prótese. Foi convocada para
a seleção pela primeira vez em 2008.

Laiana Rodrigues
Nascimento: 08/05/1982 (39 anos)
Naturalidade: Manaus (AM)
Classe: VS1
Posição: Meio de rede
Bolsa Atleta 2021: Paralímpica
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @laianarodrigues12
Histórico: Prata nos Jogos Parapan Americanos de Lima 2019, bron-
ze nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 e bronze nos Jogos Parapan
Americanos de Toronto 2015, Laiana Rodrigues era atleta conven-
cional de vôlei. Aos 18 anos, teve dengue hemorrágica e a manifes-
tação da síndrome de Guillain Barré, doença autoimune. Suas pernas
ficaram paralisadas e seu pé direito caído. Ela conheceu a modalida-
de paralímpica 15 anos depois, aos 33 anos.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 159


Vôlei sentado S U M Á RIO

Luiza Fiorese
Nascimento: 12/07/1997 (24 anos)
Naturalidade: Venda Nova do Imigrante (ES)
Classe: VS2
Posição: Meio
Bolsa Atleta 2021: Nacional
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @luizafiorese
Histórico: Aos 15 anos, Luíza teve um osteossarcoma no fêmur es-
querdo e precisou substituir parte dos ossos da perna por uma endo-
prótese. A atleta praticava handebol, mas parou devido ao tratamen-
to médico. Em novembro de 2018, uma das jogadoras da seleção
brasileira de vôlei sentado viu Luiza em um programa de televisão
e entrou em contato com ela. Neste período, a capixaba havia feito
duas cirurgias. Em março de 2019, ela aceitou o convite para conhe-
cer a modalidade e se adaptou rapidamente, conquistando um lugar
para os Jogos de Tóquio.

Nathalie Filomena
Nascimento: 13/04/1990 (31 anos)
Naturalidade: Jacareí (SP)
Classe: VS1
Posição: Ponteira
Bolsa Atleta 2021: Paralímpica
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Londres 2012, Rio 2016
Instagram: @nathaliefilomena
Histórico: Nathalie Filomena tem no currículo uma prata nos Jogos
Parapan Americanos de Lima 2019, um bronze nos Jogos Paralím-
picos Rio 2016 e outro bronze nos Jogos Parapan Americanos de
Toronto 2015. Ela nasceu com o plexo braquial comprometido e com
paralisia branda do lado esquerdo. A atleta jogava vôlei em pé desde
a infância. Aos 15 anos, recebeu uma ligação do clube onde pratica-
va a modalidade convencional para conhecer o vôlei sentado

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 160


Vôlei sentado S U M Á RIO

Nurya Almeida
Nascimento: 26/04/1991 (30 anos)
Naturalidade: Cromínia (GO)
Classe: VS1
Posição: Levantadora
Bolsa Atleta 2021: Paralímpica
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @nuryavolei
Histórico: Prata nos Jogos Parapan Americanos de Lima 2019, bron-
ze nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 e bronze nos Jogos Parapan
Americanos de Toronto 2015, Nurya Almeida sofreu um acidente
de carro que a deixou com uma lesão medular, em 2012. Dois anos
depois, quando foi a uma clínica ortopédica em Goiânia, a atleta foi
informada que existia o vôlei sentado e no mesmo ano começou a
praticar o esporte. Ainda em 2014, foi convocada pela primeira vez
para a seleção.

Pâmela Pereira
Nascimento: 25/04/1988 (33 anos)
Naturalidade: Balsas (MA)
Classe: VS1
Posição: Ponteira
Bolsa Atleta 2021: Paralímpica
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @pamelapereira.oficial
Histórico: Prata nos Jogos Parapan Americanos de Lima 2019 e
bronze nos Jogos Paralímpicos Rio 2016, Pâmela Pereira sofreu um
acidente de carro, em 2014, e teve que amputar a perna esquerda.
Três meses depois, um homem a abordou no mercado e a convidou
para conhecer o vôlei sentado. Foi convocada pela primeira vez para
a seleção em 2016.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 161


Vôlei sentado S U M Á RIO

Masculino

Alex Witkovski
Nascimento: 28/03/1993 (28 anos)
Naturalidade: Curitiba (PR)
Classe: VS1
Posição: Ponteiro e passador
Bolsa Atleta 2021: Sem bolsa
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: Sem bolsa
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @alexwitkovski
Histórico: Alex é um soldado reformado da Polícia do Exército. Em
2012, foi atropelado por um caminhão descontrolado enquanto
trabalhava. O paraense amputou a perna direita acima do joelho. Em
2017, conheceu o vôlei sentado e foi convocado pela primeira vez
para treinar com a seleção brasileira em 2019.

Anderson Rodrigues
Nascimento: 07/09/1983 (37 anos)
Naturalidade: Curitiba (PR)
Classe: VS1
Posição: Central
Bolsa Atleta 2021: Internacional
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @negoander
Histórico: Ouro nos Jogos Parapan Americanos Lima 2019, bronze
no Mundial da Holanda 2018 e ouro nos Jogos Parapan Americanos
de Toronto 2015, Anderson sofreu um acidente de moto em 2010 e
teve sua perna direita amputada abaixo do joelho. Procurou o espor-
te por orientação médica.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 162


Vôlei sentado S U M Á RIO

Daniel Jorge da Silva


Nascimento: 24/03/1981 (40 anos)
Naturalidade: Curitiba (PR)
Classe: VS1
Posição: Levantador
Bolsa Atleta 2021: Paralímpica
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017,2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Pequim 2008, Londres 2012, Rio 2016
Instagram: @danielparavolei
Histórico: Em 2000, durante um assalto, Daniel levou um tiro. Devi-
do a problemas circulatórios, teve a perna direita amputada abaixo
do joelho. Conheceu o vôlei sentado em 2004, a convite dos seus
amigos Anderson e Carlos Jacó, que jogaram nos Jogos Paralímpicos
de Sydney 2000 e Atenas 2004. Ele é bronze no Mundial da Holan-
da 2018, tem duas pratas no Mundial (China 2016 e Polônia 2014)
e é tetracampeão dos Jogos Parapan Americanos (Lima 2019, To-
ronto 2015, Guadalajara 2011 e Rio 2007).

Daniel Yoshizawa
Nascimento: 14/03/1986 (35 anos)
Naturalidade: Suzano (SP)
Classe: VS1
Posição: Levantador
Bolsa Atleta 2021: Internacional
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @danyoshizawa
Histórico: Aos 21 anos, Daniel teve meningite bacteriana e precisou
amputar as duas pernas acima do joelho, quatro dedos da mão direi-
ta e um da esquerda. Ele é ouro no Parapan de Lima 2019 e bronze
no Mundial da modalidade em 2018, na Holanda.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 163


Vôlei sentado S U M Á RIO

Diogo Rebouças
Nascimento: 24/10/1983 (37 anos)
Naturalidade: Rio de Janeiro (RJ)
Classe: VS2
Posição: Ponteiro
Bolsa Atleta 2021: Internacional
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @diogoreboucas
Histórico: Diogo sofreu um acidente de moto e depois teve uma in-
fecção hospitalar que o fez amputar a perna direita abaixo do joelho,
em 2003. Começou a jogar vôlei sentado três anos depois. Tem no
currículo o bronze no Mundial da Holanda 2018 e é tetracampeão
dos Jogos Parapan Americanos (Lima 2019, Toronto 2015, Guada-
lajara 2011 e Rio 2007).

Fabrício da Silva
Nascimento: 28/02/1994 (27 anos)
Naturalidade: Santos (SP)
Classe: VS2
Posição: Oposto
Bolsa Atleta 2021: Paralímpica
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @fabricio.volei
Histórico: Fabrício nasceu com o pé direito torto. Conheceu o espor-
te paralímpico nas Paralimpíadas Escolares. Ele é bronze no Mundial
da Holanda 2018, bicampeão nos Jogos Parapan Americanos (Lima
2019 e Toronto 2015) e prata no Mundial da Polônia 2014.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 164


Vôlei sentado S U M Á RIO

Gilberto Lourenço
Nascimento: 22/12/1978 (42 anos)
Naturalidade: São Paulo (SP)
Classe: VS1
Posição: Ponteiro
Bolsa Atleta 2021: Paralímpica
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @giba01volei
Histórico: Em 2003, Giba foi atropelado e teve sua perna direita
amputada abaixo do joelho. Começou a jogar vôlei em 2006. É
tetracampeão dos Jogos Parapan Americanos (Lima 2019, Toronto
2015, Guadalajara 2011 e Rio 2007) e tem um bronze no Mundial
2018, na Holanda.

Leandro Henrique da Silva


Nascimento: 13/06/1984 (37 anos)
Naturalidade: São Paulo (SP)
Classe: VS2
Posição: Central
Bolsa Atleta 2021: Internacional
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Estreante
Instagram: @leandrao16
Histórico: Devido a uma osteomielite adquirida aos quatro anos, Le-
andro teve anquilose de quadril, perda de movimentos como adução,
abdução e diminuição expressiva da flexão de quadril. Joga vôlei sen-
tado há dez anos e conheceu o esporte por meio de um amigo atleta.
Ele tem um ouro nos Jogos Parapan Americanos de Lima 2019 e um
bronze no Mundial da Holanda 2018.

Guia de atletas, modalidades e investimentos federais no esporte paralímpico brasileiro 165


Vôlei sentado S U M Á RIO

Renato Leite
Nascimento: 11/08/1982 (39 anos)
Naturalidade: São Paulo (SP)
Classe: VS1
Posição: Líbero
Bolsa Atleta 2021: Paralímpica
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @renatoleite10
Histórico: Renato sofreu um acidente de moto e precisou amputar a
perna esquerda abaixo do joelho. Em 2002, durante a reabilitação,
conheceu o vôlei sentado. Ele tem um bronze no Mundial da Holanda
2018, é tetracampeão dos Jogos Parapan Americanos (Lima 2019,
Toronto 2015, Guadalajara 2011 e Rio 2007), tem uma prata no
Mundial da Polônia 2014 e outra prata nos Jogos Parapan America-
nos de Mar del Plata 2003.

Samuel Henrique Arantes


Nascimento: 28/01/1987 (34 anos)
Naturalidade: Formiga (MG)
Classe: VS1
Posição: Ponteiro
Bolsa Atleta 2021: Internacional
Bolsa Atleta no ciclo olímpico: 2020
Paralimpíadas: Pequim 2008
Instagram: @samuel_arantes_11
Histórico: Foi atropelado e sofreu uma amputação na perna direita
abaixo do joelho. Começou a jogar em 2008 e desde então foi bi-
campeão dos Jogos Parapan Americanos (Lima 2019 e Guadalajara
2011).

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Vôlei sentado S U M Á RIO

Wellington Platini
Nascimento: 25/03/1985 (36 anos)
Naturalidade: Osasco (SP)
Classe: VS1
Posição: Ponteiro
Bolsa Atleta 2021: Paralímpica
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Instagram: @wplatini09
Histórico: Wellington sofreu um acidente de moto em 2005, quando
estava na garupa. Como consequência, teve uma amputação abai-
xo do joelho. Começou na modalidade depois de quatro meses, a
convite do jogador Renato Leite. Ele tem no currículo um bronze no
Mundial da Holanda 2018 e é tricampeão dos Jogos Parapan Ame-
ricanos (Lima 2019, Toronto 2015, Guadalajara 2011) e prata no
Mundial da Polônia 2014.

Wescley de Oliveira
Nascimento: 14/11/1983 (37 anos)
Naturalidade: São Gonçalo (RJ)
Classe: VS1
Posição: Central
Bolsa Atleta 2021: Paralímpica
Bolsa Atleta no ciclo paralímpico: 2017, 2018, 2019 e 2020
Paralimpíadas: Rio 2016
Histórico: Wescley sofreu um acidente, aos 16 anos, quando um veícu-
lo o atropelou na calçada. Ele ia fazer um teste para goleiro no Vasco
uma semana antes do acidente. Depois de amputar a perna direita
acima do joelho, foi para o futebol de amputados. Também praticou
natação e atletismo. No vôlei sentado, começou em 2003. Está há 15
anos na seleção brasileira, tendo conquistado o bronze no Mundial da
Holanda 2018, o tricampeonato nos Jogos Parapan Americanos em
Guadalajara 2011, Toronto 2015 e Lima 2019, além da prata nos
Jogos Parapan Americanos de Mar del Plata 2003.

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