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Olimpíadas Rio 2016

As olimpíadas Rio 2016 celebraram e exibiram o esporte graças ao cenário


deslumbrante da cidade e um desejo de levar a apresentação do evento a um nível mais alto.
Foi uma oportunidade para a transformação da cidade e país a longo prazo.
Os 11.238 atletas desfrutaram de estruturas de alto nível, incluindo uma super vila,
todas localizadas em uma das cidades mais bonitas do mundo, em um espaço delimitado para
máxima conveniência, tudo para promover seu melhor desempenho.
Os 34 locais foram concentrados em quatro áreas e conectados por um anel viário,
facilitando a movimentação entre eles. Temos então:
 Área Deodoro
- Centro Nacional de Hipismo: hipismo
- Parque Radical: BMX, canoagem slalom e mountain bike
- Arena de Deodoro: esgrima
- Centro Nacional de Tiro: tiro esportivo
- Parque do Pentatlo Moderno: pentatlo moderno
 Área Maracanã
- Sambódromo da Marquês de Sapucaí: tiro com arco e chegada da maratona
- Ginásio do Maracanãzinho: voleibol
- Estádio do Maracanã: cerimônias de abertura e encerramento e finais do futebol. 
- Estádio Olímpico João Havelange: competições de atletismo. 
- Estádio São Januário: rugby de sete
 Área Barra
- Condomínio Reserva Uno: golfe
- Centro Olímpico de Tênis: tênis
- Estádio Olímpico de Desportos Aquáticos: nado sincronizado e natação
- Rio centro: badminton, halterofilismo e tênis de mesa e boxe.
- Centro Olímpico de Hóquei: hóquei sobre a grama
- Centro Aquático Maria Lenk: polo aquático e saltos ornamentais
- Arena Olímpica do Rio: ginástica artística, ginástica rítmica e ginástica de trampolim
- Centro Olímpico de Treinamento: basquetebol, handebol, judô, lutas e tae-kwon-do
- Velódromo Olímpico do Rio: ciclismo de pista
 Área Copacabana
- Marina da Glória: vela
- Parque do Flamengo: ciclismo de estrada e marcha atlética
- Praia de Copacabana: maratona aquática, voleibol de praia e triatlo
- Lagoa Rodrigo de Freitas: canoagem velocidade e remo

A mascote Vinícius
Vinícius é uma mistura de animais brasileiros e seu nome é uma homenagem ao poeta
e compositor brasileiro Vinícius de Moraes. A sua criação foi inspirada na cultura pop,
videogame e personagens de animação. Junto com tom, mascote das Paraolimpíadas, eles
representam a diversidade e cultura do povo brasileiro, assim como sua exuberante natureza.
Curiosidade sobre as mascotes: A solicitação para criar as mascotes do Rio 2016 foi lançada em
novembro de 2012 e direcionada a empresas brasileiras e profissionais do ramo de criação, animação e
ilustração. Após diversas seletivas, um júri selecionou o projeto final e as mascotes Olímpica e
Paraolímpica foram reveladas simultaneamente para o público em novembro de 2014.
Após algumas semanas da apresentação, o público foi convidado a votar para selecionar os
nomes. A proposta “Vinícius e Tom” foi a vencedora da competição com 44% dos votos.
As mascotes em tamanho real fizeram sua primeira apresentação no Ginásio Experimental
Olímpico Juan António Samaranch, uma escola no Rio inaugurada na altura dos Jogos e direcionada a
jovens talentos do esporte.
O Logotipo
“Todos os brasileiros unidos para entregar o melhor festival da Terra e avançar com
orgulho a nossa promessa nacional de progresso”, essa é a visão dos organizadores das
olimpíadas e é isso que a logo da Rio 2016 representa:
Ele tem os conceitos de paixão e transformação, e ambos refletem o Brasil moderno. A
posição é apoiada por 4 pilares: harmonia na diversidade, energia contagiante, natureza
exuberante e o Espírito Olímpico. Esses conceitos foram combinados com proeza para dar
uma identidade colorida à Rio 2016. Então ele não é somente um símbolo de esperança do
Rio e Brasil para esses Jogos, mas também para o futuro da cidade e do país.

A tocha Olímpica
Movimento, inovação e um toque brasileiro formaram a essência da tocha:
Quando a chama é passada de uma tocha para a outra seus vários segmentos se abrem
revelando elementos que representam o cenário brasileiro.
 O ponto mais alto da tocha olímpica é representado pelo sol que assim como o
brasileiro, brilha e Ilumina por onde passa. Sua cor remete ao ouro, que representa as
conquistas dos jogos.
 Depois temos a beleza natural do Rio, expressa nas curvas verdes de seus mortos e
vales.
 As ondulações azuis, orgânicas e fluidas representam as águas do Brasil e do Rio.
 ⁃Por último, nossa terra, que faz parte da nossa história. Representada pelo calçadão de
Copacabana, o pedacinho de chão mais famoso do Rio
Na parte inferior, segurada pelo portador, tem uma textura feita de pequenos
triângulos, uma alusão aos três valores Olímpicos: excelência, amizade e respeito.

Dia 21 a 27 de abril iniciou o percurso da tocha olímpica na Grécia, com a tradicional


cerimônia de acendimento da tocha em Olímpia, e terminou no Estádio Panatenaico, com uma
cerimônia para a entrega da tocha ao Comitê Organizador dos Jogos Rio 2016.
Durante quase 100 dias a tocha passou por cinco regiões do país, mais de 300 cidades
foram visitadas como grande parte do litoral brasileiro, locais como as praias da Bahia, o
arquipélago de Fernando de Noronha, o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses e as
Cataratas do Iguaçu. Alcançando 90% da população.

As medalhas
Com um design que celebra a relação entre a força dos heróis Olímpicos e as da
natureza, as medalhas foram feitas seguindo o princípio da sustentabilidade.
As medalhas de prata e bronze foram produzidas usando 30% de materiais recicláveis,
enquanto as fitas foram feitas com PET . As medalhas de ouro foram criadas livres de
mercúrio, mais puras dos que nunca, e atenderam os critérios de sustentabilidade, desde o
momento da extração ao da refinação, assim como às leis do meio ambiente e trabalhistas.
Eles fizeram uso de prata crua reciclada com 92.5% de pureza, derivadas de espelhos
descartados, restos de solda e chapas de raio-x. Além disso, 40% do cobre usado nas
medalhas de bronze foram reciclados da Casa da Moeda. A substância foi derretida e
descontaminada para ser usada como matéria-prima para as medalhas.
Na face, Nike, deusa da vitória, voa sobre o Estádio Panatenaico trazendo a vitória ao
melhor atleta. Para esses Jogos, a imagem foi acompanhada pela inscrição: “XXXI Olimpíada
Rio 2016”. No verso, algumas folhas de louro, símbolo da vitória na Grécia Antiga, na forma
de coroas para os vencedores da competição. São cercadas pela logo dos Jogos Olímpicos do
Rio 2016.
Número de medalhas: 812 de ouro, 812 de prata e 864 de bronze.

Destaque e recordes:
Recordes:

Atletas em destaque:
Michael Phelps na natação Neymar Júnior no futebol
Kaori icho na luta livre Simone biles na ginástica artística

Portugal nas olimpíadas Rio 2016


A judoca portuguesa Telma Monteiro conquistou a medalha de bronze na categoria -
57 quilos em judo e deu a Portugal o seu primeiro título a Portugal no Rio 2016.
Telma Monteiro bateu a romena Corina Caprioriu por "yuko", selando a 24.ª medalha
do desporto português em Jogos Olímpicos. Depois de cinco medalhas em Mundiais e 11 em
Europeus, a judoca do Benfica arrebatou, finalmente, o ‘metal’ olímpico, depois do 12.º lugar
de Atenas2004 e do nono em Pequim2008, ainda na categoria de -52kg, e do 17.º em
Londres2012.
A judoca natural de Almada fez um combate praticamente irrepreensível, conseguindo
uma vantagem ainda cedo no combate, gerindo depois os ataques da opositora romena. Telma
Monteiro ainda apresentou algumas queixas no ombro esquerdo, mas recuperou e conseguiu
impor-se até ao fim do tempo regulamentar.
Portugal passou a contar 4 medalhas de ouro, 8 de prata e 12 de bronze, sendo 2 no
judo, com Telma Monteiro a juntar-se a Nuno Delgado, terceiro em -81kg em Sydney2000.

Doping
Rio 2016 foi uma competição “mais limpa”. Isso nos casos de doping apontados no
período de competição e nas amostras testadas até agora. São apenas 11 casos de doping
contra 39 ocorridos nos Jogos anteriores.
A nova regra de controle antidoping determina que as amostras colhidas nos exames
no Rio 2016 ficarão armazenadas por 10 anos sob controle da WADA que poderá durante este
período reanalisar para possíveis novos casos. Este procedimento incrementa a possibilidade
de um controle mais apurado e o aumento de casos em futuras reanálises.
Dos 11 atletas dopados no Rio 2016, sete aconteceram nas competições do Rio e
outros quatro em testes pré-competição.
A natação teve dois casos de doping nesta Olimpíada. A velocista grega Theodora
Gianeni foi testada em testada em julho e o resultado positivo saiu quando já estava no Rio de
Janeiro. Foi mandada de volta para casa.
O único teste positivo que aconteceu no Rio, foi da jovem chinesa de 18 anos Chen
Xinyi, quarta colocada nos 100 metros nado borboleta, que testou positivo para
Hydrochlorothiazide, um diurético. O teste positivo foi confirmado com a amostra B e a
nadadora desclassificada e impedida de disputar a prova dos 50 metros nado livre.
Chen Xinyi esteve na Seleção Chinesa nos dois últimos Mundiais, Barcelona 2013 e
Kazan 2015. No ano passado, ficou em sexto lugar nos 100 borboleta no Mundial e fez parte
do revezamento medalha de ouro 4×100 medley feminino e quarto lugar no 4×100 medley
misto.
Nos casos do Rio, um brasileiro Kleber Ramos do ciclismo de estrada que testou
positivo para CERA. Um dado interessante foi a dupla de irmãos Tomasz e Adrian Zielinski,
da equipe de levantamento de peso da Polônia. Os dois testaram positivo para Nandrolona.

A sustentabilidade nas olimpíadas


Pesquisadores dos Estados Unidos, Suíça e Noruega publicaram um estudo analisando
o perfil sustentável de cada Olimpíada desde 1992.
Divulgado pela revista Nature em abril, o resultado aponta que, desde os Jogos de
Inverno de Salt Lake City, realizados nos Estados Unidos em 2002, a Olimpíada foi caindo no
índice, chegando a Sochi 2014 e Rio 2016, duas das edições de maior impacto ambiental e
social da história recente do evento.
O estudo considerou três patamares fundamentais para explicar o que seria uma
Olimpíada sustentável: baixa pegada ecológica, eficiência na gestão econômica e a promoção
de justiça social. A régua usada vem de conceito similar ao adotado pelo New Green Deal
(um programa de sustentabilidade proposto pelo governo Biden nos EUA), pelo Acordo de
Paris e pelas metas de desenvolvimento das Nações Unidas: a de minimizar desperdício
enquanto se garante um mínimo padrão de bem estar social. Cada edição da Olimpíada
recebeu notas entre 0 e 100 - quanto maior o número, mais sustentável o evento.
Os piores patamares recentes ficam com Sochi, na Rússia (24), tomada por um
escândalo de doping que colocou em xeque o atletismo local, e Rio de Janeiro em 2016 (29).
Apesar de um programa intensivo de coleta de lixo, o trabalho de despoluição de 80%
da Baía de Guanabara, que deveria ser um dos legados dos Jogos no país, não foi realizado, e
ela segue sendo destino de boa parte do esgoto da cidade. Obras da Linha 4 do Metrô seguem
inacabadas e o sistema BRT, assombrado por superlotações. Houve também problemas
iniciais na manutenção das instalações do Parque Olímpico e de Deodoro, que em 2017
passou das mãos da prefeitura para o “Ministério dos Esportes”, além de suspeitas de
corrupção em licitações - como a "farra dos guardanapos", investigada pela Lava-Jato no Rio.
O custo total das Olimpíadas está na casa dos R$ 39,07 bi, segundo informações da Prefeitura
do Rio - a projeção inicial era de US$ 28 bi.
E por que uma Olimpíada sustentável importa?:
Os pesquisadores dizem: "Em grande parte um megaevento urbano, os Jogos
Olímpicos poderiam confrontar os crescentes desafios sustentáveis que as cidades enfrentam
em uma era de rápida urbanização". Problemas como emissões de gases do efeito estufa e
desigualdade social, acirrados pelo fato de que, até 2050, 2/3 da população global estará
morando em áreas urbanas.
Os pesquisadores também alertam que falta um corpo de estudo mais robusto a
respeito do tema sustentabilidade nas Olimpíadas, e que o estudo tem como objetivo oferecer
um modelo que ajude outros pesquisadores, assim como legisladores, a entenderem o
fenômeno.
Encerramento

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