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Noções Fundamentais Do

Direito
Constituição portuguesa

1- direitos fundamentais
2-organizações do poder político
3- aqui começa todos os ramos do direito (na constituição)

Portugal teve a constituição escrita em 3 monarquias e3 repúblicas

1°- monarquia (1822)


2º monarquia - carta constitucional de 1826 enviada do Brasil a
Portugal (mais importante)
3º- 1838

Bibliografia : A republica em Portugal começou em 1910


Constituição da republica portuguesa* 1º- república 1911
Código de direito civil* 2ª constituição da republica → 1933 estado novo - inicialmente
Introdução ao estudo do direito (Germano marques da silva)- comandado por Oliveira Salazar e mais tarde por Macedo Caetano
católica* 3° republica →1974 (começa a democracia e acaba a ditadura)
Introdução ao estudo do direito (João Castro Mendes)- pf* → 1976 (começa a constituição existente até hoje)
Introdução ao direito (domingos pereira de Sousa )*

Princípios “ Ius cogens “


g

Direitos fundamentais
• Direito à vida
Conteúdos programados ' Princípio dos direitos naturais e
• Direito à liberdade direitos humanos
1) objetivo e finalidades do direito
2) A justiça e os direitos fundamentais • Direito à busca de felicidade
3) direito e ciências sociais
4) As fontes de direito (processo de feitura e hierarquia das leis)
5) A norma jurídica (noção, estrutura e classificações ) —Pessoais: artigo 24 a 47
6) A proteção coativa e as sanções jurídicas — Participação política: artigo 48 ao 52
7) a interpretação e aplicação do direito — Trabalha(hadollo): artigo 53 a 57
8) os ramos do direito — Económicos: artigo 58 a 62
9) a relação jurídica (noção, elementos, sujeitos, capacidade jurídica) — Sociais: artigos 63 a 72
10) Os sistemas de direito, —Culturais(educação): artigo 73 a 79

Compreender a importância das normas jurídicas e as


finalidades que o Direito visa alcançar nas sociedades
modernas. Entender a problemática da produção legislativa e a Ubi homo, ibi societas
aplicação das leis pelos Tribunais. Capacidade para entender as (Não há homem sem sociedade)
diferenças entre os sistemas de Direito. Adquirir competência
para interpretar qualquer norma ou regulamento. Domínio da Ubi societas, ibi ius
tramitação legislativa, hierarquia e vigência das leis. Capacidade (Não há sociedade sem direito)

para enquadrar as situações factuais da vida corrente nas


Ubi homo, ibi ius
regras jurídicas. Conhecimento dos direitos e deveres das
(Não há homem sem direito)
pessoas e das organizações inerentes à vida em sociedade.
Capacidade de manuseamento e de aplicação da legislação.
Conceitos de direito

I
Núcleo interno:
Núcleo externo: elementos (3)/ composição do direito

características do direito (2)


um sistema de normas assistido de coercibilidade

1) sistema:
Visto ser um conjunto organizado segundo uma certa estrutura, que se relaciona entre si e não
1) regula as relações humanas uma confusão anárquica
Ordenado em dois ramos
Publico = interesse coletivo
Privado = interesse individual
casos dos Direitos Constitucional,
Ser humano designadamente os Direitos Civil,
Administrativo, Financeiro, Fiscal ou Penal
Comercial e do Trabalho

-
A B

B
Liberdade contratual: o princípio da autonomia
Princípio da legalidade: tem de se fazer como da contado (405 código civil)
está na lei Obrigações
Viver em sociedade Presidente - parlamento - governo - tribunais coisas
Direito (família, namoro, amigos) família
• Civil sucessões (herança)

• trabalho
2) determinada área geopolítica • comercial
composto por várias regras de conduta social, que indicam os comportamentos a serem
desenvolvidos na sociedade onde se encontram inseridos, ou seja, quais são os seus direitos e
• Estado deveres, de modo a que estes consigam conviver harmonicamente quando se relacionam entre si
• Povo
2)normas
• Território
regras de conduta social que perante uma hipotética situação que poderá vir a suceder no futuro
• Organização do poder político (previsão) nos apontam a atitude mais adequada a prosseguir (estatuição) através do cumprimento
dos nossos deveres ai preceituados num conjunto ordenado e harmónico de regras de conduta social,
ou seja, um sistema de normas de direitos e deveres.

Morais Religião Civilidade Uso social


O direito não tem como destinatários os animais
nem as coisas, que não gozam de capacidade de
3) coercibilidade
percepção para entenderem o seu significado
O direito remar proteção coativa → o estado intervém. Ele é obrigatório e
vinculativo, isso é, devemos cumprir.

Direito: significado e essência

Existem três denotações principais que são relevantes e que caracterizam a importância do direito.

• Já vimos e analisámos em artigos anteriores o conceito e elementos do Direito, designadamente o Sistema de normas coercivas destinado a
regular as relações humanas (serve precisamente para permitir a convivência e a resolução de conflitos que entretanto surjam numa
sociedade) no interior de uma determinada área geopolítica, ou dito de outra forma, um sistema de regras de conduta sociais assistido de
protecção coativa (sáo obrigatórias, dispondo de uma punição estadual caso não sejam cumpridas).

• Um dos seus significados são as próprias regras de comportamento aplicáveis de forma impessoal e abstrata a todos os membros da
comunidade, situando-se acima e destinado a esta. Estamos assim perante o direito objetivo ou se quisermos, a norma de atuação, sendo
por ela que existem direitos e deveres adstritos aos indivíduos.

Como consequência cada sujeito possui então garantias que não podem ser desrespeitadas por terceiros: o direito subjetivo (o poder de agir e
a faculdade de adotar certas atitudes).

Exemplo: direito que tenho de poder utilizar o meu automóvel devido à existência de preceitos jurídicos que regulam o direito de propriedade de uma coisa, ou da possibilidade de
me poder proteger de uma iminente agressão já que se a mesma acontecer, verei violado o meu direito geral à integridade física.

• Outro significado é que o estudo do Direito nos dois termos enunciados, ou se quisermos, a ciência que se dedica à percepção científica deste
conceito. E uma das questões fulcrais é a compreensão daquilo que deve ser considerado como direito positivo e natural.

Direito positivo é assim aquele que está Direito natural é o que devia vigorar, conferindo humanamente legitimidade ou
estatuido, que se encontra em vigor ilegitimidade ao primeiro mas que poderá não ser adotado por este

Exemplo: a escravatura ou mais atualmente para a pena de morte em alguns territórios, aceites e preceituadas pelas disposições jurídicas, mas transgressoras da natureza humana.
Finalidades do direito

Noção de Direito
Necessidade de serem criadas regras de conduta para estabelecer harmonia e paz.
• Direito natural (Teoria que procura fundamentar o direito no bom senso, na racionalidade, na equidade, na igualdade, na justiça e
no pragmatismo.)
• Direito positivo é assim aquele que está estatuído, que se encontra em vigor, enquanto Direito natural é o que devia vigorar,
conferindo humanamente legitimidade ou ilegitimidade ao primeiro, mas que poderá não ser adotado por este.

Três grandes grupos das finalidades do direito

Justiça Igualdade Segurança Jurídica


A Justiça é a principal fonte do direito Este princípio tem como principal Os seres humanos têm a liberdade de escolher o que querem fazer, mas
Aristóteles defendia a justiça como sendo característica o tratamento do que é que não impeça o direito do outro
uma igualdade proporcional igual Só posso ser punido por um ato que seja prejudicial ou ilícito
Justiça: Igualdade, Proporcionalidade, Os tribunais têm de proceder sem O exercício do Direito é importante que seja limitado
Imparcialidade e Equidade descriminações e de forma igual Através da tutela de confiança fazemos previsões e calculamos aquilo
que podemos fazer

Proporcionalidade: Baseia-se em atingir fins de uma ajustada e adequada.


Imparcialidade::Impõe que as pessoas sejam isentas independentemente do seu objetivo
Equidade: A justiça é realizada de uma forma abstrata ou de forma irracional.

Fontes do direito

As fontes do direito correspondem à formação e à revelação das regras jurídicas


Fontes
• Imediatas/diretas
• Mediatas/indiretas

Fontes do Direito
• Lei ( Norma Jurídica determinada por uma autoridade com o poder de a implementar)
• Costume ( O costume consiste num conjunto de práticas sociais e reiteradas acompanhadas da convicção de obrigatoriedade. O
costume prossupõe a existência de 2 elementos: corpus (elemento objetivo) e animus (elemento subjetivo). O costume é uma fonte
autónoma da criação de Direito, relacionando-se com a lei.)
• Jurisprudência ( As decisões judiciais podem assumir a forma de: acórdão, Sentenças e Despachos)
• Doutrina ( A doutrina luta pela compreensão, sistematização e explicitação das regras jurídicas)

Feitura da Lei

Processo Legislativo
• Elaboração -> É realizada pela assembleia nacional, de uma ideia, projeto de algum deputado, projeto de lei ou pelos cidadãos desde
que consigam 4000 assinaturas (a assembleia tem de prenunciar quanto à sua admissão)
• Aprovação -> Em seguida passa para o parlamento que é discutida e aprovada
• Promulgação -> É avaliada pelo presidente que promulga ou veta (caso ele tenha dúvidas sobre a legalidade da lei envia para o
tribunal constitucional pedindo uma opinião) e caso seja um decreto de lei é proclamada em conselho de ministros pelo primeiro-
ministro
• Publicação -> Após todas as etapas forem cumpridas a lei é publicada no diário da república
• Entrada em Vigor-> Caso não seja dada uma data de entrada em vigor da lei é chamado de vocatio-leis que é a entrada em vigor da lei
após 5 dias da sua publicação

Começo e Cessação da vigência da Lei


De acordo com o artigo número 5 do código civil “a lei só se torna obrigatória depois da publicação no jornal oficial”
De acordo com o artigo número 7 do código civil “quando não se destine a ter vigência temporária, a lei só deixa de vigorar se for
revogada por outra lei”, ou seja, a cessação da vigência da lei faz com que exista algumas modalidades da cessão tal como: Revogação e
caducidade, na revogação encontramos a revogação tácita (resulta de uma incompatibilidade entre leis novas e antigas) e expressa (a
nova lei declara que revoga a lei anterior)
Tutelas

• Tutela Pública (heterotutela)


Em princípio cabe ao Estado a realização de atos de coerção como prevenção ou sanção face à violação de normas.
“a ninguém é lícito o recurso à força com o fim de realizar ou assegurar o próprio direito, salvo nos casos e dentro dos limites
declarados na lei.” (Art 1o do Código de Processo Civil)

• Tutela Privada (autotutela)


A tutela privada é feita pelos particulares para a defesa dos próprios direitos e, por isso, essa é fundamentada pela autotutela.
Os mais importantes casos previstos na lei são.
-Ação direta, Artigo 336º do Código Civil;
- Legítima defesa, Artigo 337º do Código Civil;
-Direito de necessidade, Artigo 339º do Código Civil;
- Direito de retenção, Artigo 754º do Código Civil;
- Direito de resistência, Artigo 21º da Constituição da República

• Tutela Preventiva
Está presente no Art 362o do Código Civil:
“1. Sempre que alguém mostre fundado receio de que outrem cause lesão grave e dificilmente reparável ao seu direito, pode
requerer a providência, conservatória ou antecipatória, concretamente adequada a assegurar a efetividade do direito ameaçado.”

• Tutela Compulsiva
A medida compulsória é tomada após a violação da norma e é destinada a evitar essa violação se prolongue.
Destinam-se a atuar sobre o infrator de forma a constrangê-lo a adotar o comportamento que ele omitiu.
O art 829º-A do código civil consagra uma medida compulsória:
“4. Quando for estipulado ou judicialmente determinado qualquer pagamento em dinheiro corrente, são automaticamente devidos
juros à taxa de 5% ao ano, desde a data em que a sentença de condenação transitar em julgado, os quais acrescerão aos juros de mora, se
estes forem devidos, ou à indemnização a que houver lugar.”

Ação Direta Legítima Defesa


• Basta que exista perigo de inutilização prática de um direito • Condição essencial existir agressão atual e contaria à
subjetivo lei
• Reação a um perigo de inutilização prática do direito • Reação a uma ação atual ou eminente

• Direito de Necessidade ou Estado de Necessidade


É um meio de tutela de direitos diferente da ação direta e da legitima defesa, porque não se dirige contra atos de terceiros e sim
visa a proteção dos direitos colocados em perigo por forças da natureza ou terceiros
Embora a lei admita o sacrifício do interesse de terceiro inocente, a lei obriga a indemnizar o lesado quando o perigo for causado
por culpa exclusiva do agente
“é lícita a ação daquele que destruir ou danificar coisa alheia com o fim de remover o perigo atual de um dano manifestamente
superior, quer do agente, quer de terceiros.” (art 339 do Código Civil)
O direito da necessidade pode ser considerado autotutela ou Heterotutela
• Direito de Resistência
“Todos têm o direito de resistir a qualquer ordem que ofenda os seus direitos, liberdades e de repelir pela força qualquer
agressão, quando não seja possível recorrer à autoridade pública.” (Art 21o da Constituição da República)
O direito de resistência só torna legitimo o uso da força para repelir qualquer agressão ou para evitar a lesão dos direitos

• Direito da Retenção
Consiste na capacidade de que goza o credor, de em determinadas situações reter uma coisa do seu devedor para o coagir a
cumprir a sua obrigação, sem necessidade de recorrer à justiça pública
“O devedor que disponha de um crédito contra o seu credor goza do direito de retenção se, estando obrigado a entregar
certa coisa, o seu crédito resultar de despesas feitas por causa dela ou de danos por ela causados.” (art 754o do Código Civil)
Norma jurídica

Norma é um conjunto de padrões, regras e diretrizes usadas para dirigir o comportamento humano, que visa ajustar determinadas condutas ou atividades

A norma jurídica exprime, em termos gerais e abstratos, a representação de uma situação da vida cuja verificação ou
preenchimento determina a emissão de uma valoração ou a necessidade de um comportamento. A norma jurídica assume-se,
portanto, como parâmetro de qualificação da realidade e, ou, regra de conduta.
É possível exprimir a mesma norma através de diferentes enunciados, ou seja, a fonte pode alterar-se, mas a norma (regra)
mantém-se. As normas são unidades normativas que exprimem e concretizam a respetiva ordem jurídica em que se incluem e, ao
mesmo tempo, funcionam como mediadores na aplicação do direito às situações concretas

Previsão
A regra jurídica fixa padrões de conduta adequados às situações que de futuro advenham, e, por isso antes de maus, contém uma
representação dessa situação futura
Mas pode haver regras jurídicas cuja previsão seja um acontecimento futuro singular concreto
Quando a previsão é de um evento ou situação representadas em termos gerais e abstratos, tal evento ou situação exprimem-se muitas
vezes pela palavra italiana fattispecie (de facti species, modelo de facto), por vezes pela alemã Tatbestand
A previsão não aparece sempre de forma clara

Estatuição
A previsão, antecedente, liga a regra, como consequente, a necessidade de uma conduta. A isto chama-se estatuição. A necessidade
dessa conduta, em cada pessoa a quem a regra se dirige, chama-se dever ou obrigação, no sentido mais amplo da palavra
A estatuição é sempre geral e abstrata, sendo não se estará perante uma regra jurídica, mas perante um mero preceito singular e
concreto. Se as expressões regra, disposição, preceito e até lei e comando se usam com cena indiscriminação, no entanto o termo regra deve
reservar-se para a estatuição geral e abstrata

Sanção
A sanção não é um elemento integrante da regra jurídica, mas do sistema jurídico. Este caracteriza-se por dispor de meios de proteção
coativa, não quer dizer que os aplique a todas as regras
As regras são jurídicas por fazer parte do sistema, este é jurídico por comportar meios de coação. Por nesse motivo, é mais crucial
considerar a sanção como terceiro elemento do direito a analisar. Mas a regra jurídica, na sua forma mais perfeita e completa, comporta a
sanção coativa.

Sanção juridica

No plano jurídico, a sanção consiste na reação da ordem jurídica à violação do Direito, mediante a aplicação de uma consequência
desfavorável ao autor dessa violação ou ao ato que a perpetrou
A sanção é, como referimos, a consequência jurídica da violação do comando normativo por exemplo, o art 131o do Código Penal
determina que quem matar outra pessoa é punido com pena de prisão de 8 a 16 anos, a qual poderá ir até aos 25 anos no caso de homicídio
qualificado (art 132o)

Invalidade
O ordenamento jurídico acolhe a declaração negocial e reconhece-a, mas valora-a negativamente
Exemplo: Coação Moral “ou bates naquela pessoa, ou quem leva és tu”. Neste caso eu tenho a capacidade de decidir

• Nulidade está presente quando o ato não produz efeitos jurídicos (art 286, 220, 280, 245, 295)
• Anulabilidade está presente quando o ato produz efeitos jurídicos pretendidos, mas uma das partes do
negócio tem o direito de o anular (art 287)

Inexistência jurídica
A situação mais grave. Estamos perante uma declaração negocial do nosso orçamento jurídico, rejeita, sem qualquer a valorar.
A declaração não produz qualquer efeito, se o declarante não tiver a consciência de fazer uma declaração negocial ou for coagido pela
força física a emiti-la; mas, se a falta de consciência da declaração foi devida a culpa, fica o declarante obrigado a indemnizar o declaratário
(art 246)

Ineficácia jurídica
A ineficácia jurídica significa que o ato em si não produz os efeitos correspondentes, ou seja, que não produz os efeitos que a categoria
está pronta para produzir
A ineficácia jurídica é equivalente a insucesso
Estrutura da Administração pública

Relação Jurídica
É a relação da vida social disciplinada pelo direito, ainda que mais formal, é o enlace normativo entre o direito e um dever.

Exemplos:
• A relação social de arrendamento
Direito objetivo: o conjunto de leis vigentes, que nasceram da
• Testamento de óbito vontade geral e passam a integrar o ordenamento jurídico ( a
• Indeminização por perdas e danos Constituição, as legislações), ele estabelece normas de
conduta social.

Tipos de Relação Jurídica Direito subjetivo: poder de atuar, atribuído à vontade do


sujeito e garantido pelo ordenamento jurídico, para a
• Simples -> Veicula somente um direito subjetivo
satisfação dos seus interesses juridicamente reconhecidos.
• Complexa -> Veicula, mais de um direito subjetivo, com diversos titulares
• Plúrima -> Veicula mais de um direito subjetivo, oriundos de um único titular

São as pessoas da relação jurídica o No sujeito existe 2 instantes:


• Pessoas da relação jurídica
Sujeito Ativo -> É o titular do direito e da relação Passivo -> É o adstrito do direito e da relação
Sujeito passivo -> é adstrito do direito e da relação
• Pessoa humana
Pessoa singular -> é uma pessoa individual Pessoa coletiva -> é uma entidade
Pessoa coletiva-> é uma identidade
• Pessoa jurídica
É uma entidade formada por indivíduos e reconhecida pelo estado como detentora de direitos e deveres
A personalidade jurídica adquire-se no nascimento e cessa na morte. Podem representar pessoas singulares ou coletivas.

Sujeito
É o evento juridicamente relevante, ou seja, o
Aquilo que une o sujeito ativo e o passivo
acontecimento. o O facto jurídico divide-se
Pode ser:
em:
• Objeto mediato -> É constituída pelos
• Ato Jurídico -> É a conduta humana
direitos e deveres do sujeito ativo e do
influenciada pela vontade do sujeito Facto Jurídico Objeto sujeito passivo.
• Facto Juridicamente estrito -> É todo o
• Objeto imediato -> É um bem ou
evento juridicamente relevante que não é
serviço a ser transacionado ou vedado
influenciada pela vontade do sujeito
entre o sujeito ativo e do passivo.

Garantia

Consiste no conjunto de meios que a lei oferece ao sujeito ativo para a sua efetivação (Art 1o)
• Garantia especifica -> Consiste em o tribunal retirar forçosamente ao devedor e entregar ao credor.
• Garantia substitutiva -> Consiste em o tribunal apreender os bens do devedor, vendê-los e entregar os
resultados devidos ao credor
• Garantia direta -> É o processo em que o tribunal obriga o devedor a pagar o que deve ao credor no
momento
• Garantia Indireta -> É o processo em que o tribunal condena o devedor a pagar o que deve e ainda o
sanciona com juros pelos dias a mais e pelas infrações cometidas
Interpretação das leis

A lei foi criada para ser aplicada, mas para a mesma ser aplicada tem de ser compreendida para se concluir se a tem a solução
adequada para o caso apresentado.
Para que seja possível aplicar uma lei num caso em concreto para daí chegarmos a uma conclusão jurídica, o primeiro passo
consiste em saber qual o conteúdo da norma (o seu sentido). O texto legal tem por norma múltiplos sentidos e contem com
frequência, expressões ambíguas ou obscuras.
Uma lei que o seu conteúdo posso parecer facilmente compreendido necessita de ser interpretada para que seja possível
determinar o seu sentido.
Para interpretar uma lei implica um exercício de compreensão que pode ser mais ou menos fácil, mas ou sempre necessário
independentemente da lei. Por vezes diz-se que quando uma lei é clara não necessita de interpretação chegando a ser usada a
expressão em latino in claris non fit interpretario (a interpretação não é tão clara).
Interpretar uma lei consiste em fixar-lhe o seu sentido e alcance isto é determinar com exatidão e plenitude o conteúdo do
pensamento contido na norma. Só depois desta determinação se pode proceder à aplicação da lei no caso em concreto.
(art 9o do código civil) - norma que regula a matéria da interpretação da lei – o intérprete não deve atender unicamente à letra da
lei, deve tentar chegar ao espírito legislativo, isto é, procurar fixar o sentido do alcance da lei, o pensamento que nela está mantido.

Elementos de interpretação:

1- Elemento Literal- na realização da interpretação da lei, o intérprete pode apenas atender à própria letra ou texto da lei, na medida
em que a lei é de tal forma clara e objetiva que não suscita qualquer dúvida no espírito do intérprete.
Um dos exemplos clássicos consiste no Artigo 122 do Código Civil.

2- Elemento Histórico- diz respeito ao exato contexto social e histórico em que a lei foi realizada, pelo que, podemos mencionar que o
mencionado elemento é composto por 2 realidades, a saber:
• Os trabalhos preparatórios, ou seja, o conjunto de documentos, atas (resumo do que aconteceu) ou textos jurídicos que explicam
todas as opiniões e debates prévios da própria elaboração da lei.
O exemplo clássico consiste na elaboração da lei do medicamento genérico.
• O preâmbulo, que corresponde em qualquer lei a um texto introdutório que de forma resumida, explica os objetivos e as razões da
criação daquela lei, bem como todo o contexto económico, social e até político no exato momento em que for elaborada a lei.
Um dos exemplos clássicos consiste no próprio preâmbulo da Constituição da República Portuguesa.

3- Elemento Sistemático- na ordem jurídica mundial existem 2 grandes sistemas jurídicos, a saber:
• Sistema Continental- teve a sua origem no ordenamento jurídico de Itália e da Alemanha, tem como principal característica a lei escrita,
ou seja, praticamente todo o direito encontrasse escrito ou reduzido a leis escritas.
Em termos práticos e rigorosos todo o direito português ao nível das suas leis, normas jurídicas, valores e princípios jurídicos foi
fortemente influenciado pelas ideias do Sistema Continental.
• Sistema Anglo-saxônico- tem como principal característica a chamada regra do precedente, ou seja, um juiz num tribunal norte
americano ou britânico não se apoia unicamente na lei escrita, mas igualmente nos casos precedentes ou do passado em que sobre os
mesmos factos o tribunal tenha proferido uma decisão judicial.

4- Elemento finalístico ou teleológico- diz respeito à finalidade na elaboração, realização e execução de uma determinada lei, ou seja, a
realização do sentimento de justiça por cada uma das partes em conflito.
Em termos práticos e rigorosos, qualquer juiz ao aplicar uma lei deve obedecer a critérios de bom senso, ponderação e acima de tudo de
equidade, isto é, a justiça no caso concreto, prevista na Artigo 4 do Código Civil.
Um dos exemplos clássicos de uma decisão justa, equilibrada e com critérios de equidade, consiste na aplicação concreta da medida da
pena de prisão ou pena de multa, que de acordo com o regime jurídico previsto nos Artigos 69 a 71 do Código Penal, deve ser tido em
consideração diversos fatores como por exemplo o arrependimento do arguido, a sua condição económica e financeira, o seu
enquadramento pessoal e familiar, por último se tem o estatuto de primário (se é a primeira vez que comete um crime).

!!! O Código Civil é considerado lei, dentro das leis é que temos as normas jurídicas.
Tipologia da interpretação quanto ao resultado

Interpretação declarativa
• Quando existe coincidência entre a letra e o espírito da lei, isto é, correspondência entre o literário e o extraliterário. O intérprete
limita- se a fixar e declarar o sentido que o texto direta e claramente comporta.
• Dentro dela existe, a interpretação declarativa lata e a restrita ( quer em linguagem corrente quer jurídica)
• Exemplo: no artigo 1326. ° do Código Civil, a palavra «homem» é utilizada com o sentido de todo o ser humano. Todavia, se essa palavra
for utilizada com o seu sentido mais restrito de ser humano do sexo masculino, então, estamos perante uma interpretação declarativa
restrita, que conduz à exclusão dos elementos do sexo feminino.

Interpretação Extensiva
• Há lugar à interpretação extensiva quando se chega à conclusão de que a letra da lei é mais restrita que o seu espírito, caso em que o
intérprete verifica que o legislador disse menos do que queria dizer (minus dixit quam voluit).
• Obriga o intérprete a estender o texto, dando-lhe um alcance conforme ao pensamento legislativo.
• Assume, normalmente, a forma de extensão teleológica, caso em que a própria razão de ser da lei (ratio legis) determina a sua
aplicação a situações que não são diretamente abrangidas pela letra da lei, mas são contempladas pela finalidade da norma.
• Os argumentos usados pelo jurista para fundamentar a utilização da interpretação extensiva são o argumento da "identidade de
razão" e o argumento de "maioria de razão"

Interpretação Restritiva
• Existe interpretação restritiva quando o legislador disse mais do que aquilo que queria dizer, isto é, o espírito legislativo ficou aquém
da letra e então é necessário restringir a letra da lei aproximando-a do espírito.
• Exemplo: o n.o 1 do artigo 1881. ° do Código Civil, fala de menores, o intérprete é levado a restringir a sua letra porque se considerar o
artigo 132. °, n.o 1 conclui que não são todos os menores, mas só os solteiros.
• Quer na interpretação extensiva quer na restritiva já não há coincidência entre o sentido da lei e o seu sentido literal, seja qual for a
amplitude, maior ou menor, com que se utilizem as palavras da lei.
• Como atrás ficou dito, para a determinação do sentido da lei não basta atender-se ao elemento literal.
• O artigo 9. ° do Código Civil não só obriga o intérprete a recorrer a outros elementos interpretativos, como faz prevalecer o sentido
que através destes se atribua à lei, em detrimento do seu sentido literal.

Tipologia de interpretação pela fonte de valor

Interpretação Autêntica
• Considerando a fonte ou o órgão, a interpretação autêntica é a interpretação feita por uma lei com maior ou igual valor da lei
interpretada.
• Exemplo: Um artigo do Código Civil que por ser ambíguo carece de ser interpretado por uma fonte competente, de igual valor jurídico
(exemplo, o Governo). Se existirem restrições a nível de competência legislativa, então uma fonte inferior já não pode fazê-la.
• A interpretação autêntica é vinculativa para todos, quer indivíduos quer instituições, e a partir da sua vigência passa a obrigar os
próprios tribunais que ficam obrigados a interpretar da mesma forma.

Interpretação Oficial
• A interpretação oficial é a que é feita em lei, mas de valor hierárquico inferior ao da norma interpretada.
• Em princípio, uma fonte de grau inferior não interpreta uma fonte superior. No entanto, pode acabar por ser a exceção à regra.
• Exemplo: Um decreto regulamentar ou mesmo um despacho ministerial a interpretar uma lei.
• Este tipo de interpretação só vincula no plano interno, no plano da obediência hierárquica, isto é, só vincula dentro do organismo (v.
g., Ministério) que a elaborou e dentro de todos os organismos que lhe estão dependentes.
• Não tem força exterior, não vincula os tribunais.
• A sua função é a de regulamentar as leis e não as interpretar.
• Mesmo que a lei remeta para interpretação oficial esta tem sempre um mero vínculo interno (artigo 112. °, n.o 6, da Constituição).
• Não obstante, os decretos regulamentares podem interpretar de forma autêntica um outro decreto ou fonte inferior.

Interpretação Judicial
• A interpretação feita pelos tribunais e a respetiva aplicação da lei num
determinado processo só tem valor vinculativo no processo em causa

Interpretação Doutrinal
• A interpretação feita por jurisconsultos (Ex: jurista), professores de direito e advogados, pode ter elevada força persuasiva, em
razão do prestígio dos intérpretes, mas não tem qualquer força vinculativa.
Princípio da separação e da interdependência dos poderes

• É a limitação de poder mediante a divisão das respetivas


funções
• Para Montesquieu, a liberdade é o direito de fazer tudo o que
as leis permitem, e, por isso, a separação dos 3 poderes é a razão
para existir tal liberdade
• O equilíbrio entre a separação e a interdependência de
Poderes será o principal segredo para uma melhor forma de
governo, evitando a concentração de poder
• Não existe, portanto, uma separação de poderes do Estado,
visto que o poder é invisível, mas sim uma separação de funções
dos Órgãos desse estado

Presidente da República
• “O Presidente da República representa a República Portuguesa, garante a independência nacional, a unidade do Estado e o regular
funcionamento das instituições democráticas e é, por inerência, o Comandante Supremo das Forças Armadas.” (Art. 120o da CRP)
• É o chefe de estado e o mais alto magistrado da Nação
• Nomeia o primeiro-ministro e outros membros do governo
• Promulga, assina e manda publicar as leis e decretos-lei
• É eleito pela sociedade para um mandato de cinco anos
• Tem o pode de dissolver a Assembleia da República e exercer o direito de veto

Assembleia da República
• “A Assembleia da República é a assembleia representativa de todos os cidadãos portugueses.” (art.147 da CRP)
• Representa todos os portugueses
• Poder de legislar e fiscalizar
• Podem concorrer cidadãos integrados em partidos políticos
• A relação com o presidente da República este pode dissolver o Parlamento e vetar os Decretos da Assembleia
• Na relação com o governo, este tem a atividade submetida à fiscalização da Assembleia da República e é responsável perante a
assembleia

Governo
• “O governo é o órgão de condução política geral do País e o órgão
superior da Administração pública” (art.182o da CRP)
• É chefiado pelo primeiro-ministro e conta, ainda, com os ministros e secretariados de estado
• Reúne-se, semanalmente, em conselho de Ministros para debater assuntos de cariz imediato e urgente
Pode apresentar propostas à assembleia da República, legislar e aprovar decretos-lei
• É responsável pelo orçamento de Estado
§ Pode pronunciar-se sobre o estado de sítio e o estado de Emergência o Tribunais
• “Os tribunais são o órgão de soberania com competência para administrar a justiça em nome do povo” (art.202o no1 da CRP)
• São independentes e estão sujeitos à lei
• As suas decisões são obrigatórias para qualquer entidade pública ou
privada e prevalecem sobre qualquer outra entidade
• Em Portugal, são divididos em 3 categorias:
Supremo tribunal de Justiça
Tribunais da Relação
Tribunais de primeira instância

Sistema de governo
• “Forma a que obedece a estruturação dos órgãos do poder político soberano do estado, envolvendo o elenco desses órgãos e a sua
composição, o processo de designação e o estatuto dos respetivos titulares, a sua competência em geral e a sua inter-relação
funcional em particular, o modo de funcionamento e as formas de controlo da sua atuação”
Parlamentarismo
Presidencialismo
Semipresidencialismo
Noções fundamentais do direito

O papel social do direito

Direito- consiste num conjunto de princípios, regras e normas jurídicas com o objetivo de regular com ordem, justiça e equilíbrio as relações
jurídicas numa determinada sociedade.

Neste sentido, o direito em Portugal é inspirado em 4 fontes fundamentais, a saber:

1- A lei- consiste num comando imperativo, geral, abstrato e em caso de sua violação suscetível do recurso a meios violentos.

2- O costume- em termos jurídicos, o costume consiste numa prática contínua e reiterada ao longo do tempo, com a convicção do seu
caráter obrigatório e do cumprimento por parte de uma determinada comunidade.

Neste sentido, podemos mencionar que o costume como fonte de direito, compreende 2 elementos jurídicos, a saber:
• Elemento Objetivo- consiste no comportamento ou numa prática apoiada em tradições históricas ao longo do tempo.
• Elemento Subjetivo- isto é, uma determinada sociedade ou comunidade aceita sem reservas o cumprimento do costume.

Um dos exemplos clássicos em Portugal, de um costume que foi fonte e deu origem à criação de uma lei, consiste na legislação sobre
as touradas de morte.

3- A doutrina- consiste nas opiniões especializadas e nos pareceres jurídicos elaborados por profissionais do direito de elevado mérito
e reconhecidos por toda a comunidade jurídica, como por exemplo professores universitários ou juízes reformados.

Deste modo, a doutrina embora seja fonte de direito, as opiniões ou pareceres dos mencionados profissionais, têm valor jurídico
meramente sugestivo e não vinculativo para a decisão de um tribunal.

Um dos exemplos clássicos e mais mediáticos do peso e da importância da doutrina em Portugal, consistia na elaboração dos pareceres
jurídicos do professor Marcelo Rebelo de Sousa (ganha cerca de 8 200€).

4- A jurisprudência- consiste nas decisões dos tribunais perante uma situação individual e concreta, sendo que em Portugal e de acordo
com a lei portuguesa, existe uma hierarquia descente dos tribunais e que consiste no seguinte, a saber: (do tribunal menos importante para
o mais importante)

• Tribunal de Pequena Instância Civil ou Criminal- as decisões são realizadas por um tribunal singular (constituído por 1 juiz), que se chama
juiz de direito e a decisão final tem o nome de sentença.

• Tribunal da Relação- os juízes denominam-se de juízes desembargadores e dado a decisão ser proferida por um tribunal coletivo
(constituído no mínimo por 3 juízes), as decisões têm o nome de acórdãos (acórdão em singular).

• Supremos Tribunal de Justiça- a exemplo do Tribunal da Relação, as decisões têm o nome de acórdãos proferidas pelos chamados
juízes conselheiros.
!!! Em média uma decisão é de 3 anos no 1° e 29 tribunal e de 1 ano e meio no 39 tribunal.

• Tribunal Constitucional- analisa todas as matérias e assuntos relacionados com a Constituição da República Portuguesa CRP), sendo
que, as decisões deste tribunal chamam-se acórdãos e são decididas por 13 juízes.

• Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias (TJCE- com sede em Estrasburgo, em que se discute todas as matérias jurídicas
relacionadas com a União Europeia, nomeadamente, questões como a liberdade de circulação de pessoas, capitais e mercadorias na
Europa.

• Tribunal Penal Internacional (TPI)- com sede em Haia (Holanda) e que decide processos e matérias jurídicas praticadas por pessoas
que ofendem os valores e princípios fundamentais da humanidade, como por exemplo a prática de crimes de genocídio (dizimar uma
população inteira por não ser de uma religião) ou de limpeza étnica.

!!! Quem faz as leis é a Assembleia da República (230 deputados, 9 partidos), quem as aplica são os tribunais.
!!! Para uma lei ser aprovada têm de votar a favor 116 deputados.
A interpretação das leis

Em termos jurídicos, interpretar uma lei significa precisar o seu conteúdo, teor e sentido perante uma situação individual e concreta
da vida em sociedade.
Neste sentido e de acordo com o regime jurídico previsto no Artigo 9 do Código Civil, o intérprete da lei apoia-se em 4 elementos
jurídicos fundamentais, a saber:

1- Elemento Literal- na realização da interpretação da lei, o intérprete pode apenas atender à própria letra ou texto da lei, na medida
em que a lei é de tal forma clara e objetiva que não suscita qualquer dúvida no espírito do intérprete.
Um dos exemplos clássicos consiste no Artigo 122 do Código Civil.

2- Elemento Histórico- diz respeito ao exato contexto social e histórico em que a lei foi realizada, pelo que, podemos mencionar que o
mencionado elemento é composto por 2 realidades, a saber:
• Os trabalhos preparatórios, ou seja, o conjunto de documentos, atas (resumo do que aconteceu) ou textos jurídicos que explicam
todas as opiniões e debates prévios da própria elaboração da lei.
O exemplo clássico consiste na elaboração da lei do medicamento genérico.

• O preâmbulo, que corresponde em qualquer lei a um texto introdutório que de forma resumida, mas fundamentada explica os
objetivos e as razões da criação daquela lei, bem como todo o contexto económico, social e até político no exato momento em que
for elaborada a lei.
Um dos exemplos clássicos consiste no próprio preâmbulo da Constituição da República Portuguesa.

3- Elemento Sistemático- na ordem jurídica mundial existem 2 grandes sistemas jurídicos, a saber:
• Sistema Continental- teve a sua origem no ordenamento jurídico de Itália e da Alemanha, tem como principal característica a lei
escrita, ou seja, praticamente todo o direito encontrasse escrito ou reduzido a leis escritas.
Em termos práticos e rigorosos todo o direito português ao nível das suas leis, normas jurídicas, valores e princípios jurídicos foi
fortemente influenciado pelas ideias do Sistema Continental.

• Sistema Anglo-saxônico- tem como principal característica a chamada


regra do precedente, ou seja, um juiz num tribunal norte americano ou britânico não se apoia unicamente na lei escrita, mas igualmente
nos casos precedentes ou do passado em que sobre os mesmos factos o tribunal tenha proferido uma decisão judicial.

4- Elemento finalístico ou teleológico- diz respeito à finalidade na elaboração, realização e execução de uma determinada lei, ou seja,
a realização do sentimento de justiça por cada uma das partes em conflito.

Em termos práticos e rigorosos, qualquer juiz ao aplicar uma lei deve obedecer a critérios de bom senso, ponderação e acima de tudo
de equidade, isto é, a justiça no caso concreto, prevista na Artigo 4 do Código Civil.

Um dos exemplos clássicos de uma decisão justa, equilibrada e com critérios de equidade, consiste na aplicação concreta da medida
da pena de prisão ou pena de multa, que de acordo com o regime jurídico previsto nos Artigos 69 a 71 do Código Penal, deve ser tido
em consideração diversos fatores como por exemplo o arrependimento do arguido, a sua condição económica e financeira, o seu
enquadramento pessoal e familiar, por último se tem o estatuto de primário (se é a primeira vez que comete um crime).

!!! O Código Civil é considerado lei, dentro das leis é que temos as normas jurídicas.
O processo legislativo

O processo legislativo compreende a prática de diversos atos jurídicos e processuais na elaboração de uma lei e que consistem em:
1° ato: a iniciativa legislativa que pode ser realizada pela assembleia da república ou por qualquer um dos 230 deputados (o projeto de lei),
com uma aprovação de pelo menos 116 deputados (maioria simples) (50%+1). Igualmente, o próprio governo de Portugal tem iniciativa
legislativa, através do decreto de lei aprovado em conselho de ministros. Por outras palavras, a criação de uma lei pertence sempre a
assembleia da república enquanto que a criação de um decreto-lei pertence ao governo.
2° ato: aprovação da lei e respetiva premugação, que pertence ao senhor presidente da república, que pode realizar um de três atos
jurídicos, a saber:
• 1° ato - aprovação sem reservas da lei ou do decreto-lei.
• 2° ato - veto político ou jurídico, designadamente, por considerar que existem duvidas sobre a legalidade da lei ou do decreto-lei.
• 3° ato - proceder ao envio da lei ou do decreto-lei para o tribunal constitucional pata que o mesmo se prenuncie sobre a legalidade ou não
da lei o do decreto-lei. O exemplo clássico foi a lei sobre a eutanásia.
3° ato: a publicação da lei que em Portugal é realizada no documento oficial e jurídico, isto é, o diário da república eletrónico (DRE).
4° ato: a entrada em vigor da lei ou do decreto-lei, ou seja, caso a lei diga a data que entra em vigor na ordem jurídica portuguesa, deve a
mesma ser atendida, sendo que, o exemplo clássico foi no passado recente a lei sobre o estado de emergência no âmbito da covid-19. Todavia,
na maior parte das situações a lei ou o decreto-lei não menciona a data que entra em vigor, deve aplicar-se a figura jurídica da vacatio legis, ou
seja, a lei ou o decreto-lei entra em vigor em Portugal, no prazo de 5 dias após a sua publicação no DRE.

Integração de lacunas da lei- nos termos do Artigo 10 do Código Civil, existem 2 formas jurídicas de integrar ou solucionar uma
lacuna na lei, ou seja, uma falha ou uma omissão na lei com relevância jurídica e social.
Neste sentido e em termos práticos, as soluções para integrar as lacunas nas leis consistem em 2 realidades, a saber:

• a norma jurídica que o intérprete criaria, ou seja, o juiz ao aplicar a lei no caso concreto que está a decidir no seu tribunal, cria uma
norma jurídica com eficácia unicamente no caso que é objeto de discussão em tribunal.
• O recurso à analogia, ou seja, o juiz procura dentro das normas jurídicas outras leis já existentes em tribunal, uma solução análoga
ou semelhante àquela que o juiz tem de resolver, nos termos do Artigo 10 n°2 do Código Civil.

Hierarquia das leis- em termos jurídicos encontra-se ordenada no seguinte modo, a saber:

• Constituição da República Portuguesa- realizada e aprovada pela Assembleia da República com uma maioria mínima de 2/3 dos
230 deputados existentes e consiste num documento legal, que define os principais valores, princípios e organização jurídica de
todo o Estado e sociedade portuguesa, designadamente, ao nível da Assembleia da República, presidência da república,
governo, tribunais, câmaras municipais e da própria estrutura da sociedade portuguesa.

• As Convenções ou os Tratados Internacionais- por força do Artigo 8 da Constituição da República Portuguesa, tem entrada
imediata na ordem jurídica portuguesa, sendo o exemplo clássico, o Tratado de Adesão à NATO ou ainda as diretivas ou os
regulamentos comunitários.

• Decreto-lei- em termos jurídicos, o decreto-lei é realizado pelo governo sob matérias que não são da competência exclusiva da
Assembleia da República ou do Presidente da República.
Neste sentido e em termos práticos, o governo todas as quintas-feiras de manhã nas reuniões do conselho de ministros realiza e
aprova vários decretos-leis sobre a vida de Portugal e da sociedade portuguesa, como por exemplo, a alteração dos escalões de
tributação do imposto IRS, a construção de um comboio rápido entre Lisboa e Porto ou ainda a abolição de feriados nacionais.

• O Decreto Legislativo Regional- ou seja, Portugal sendo constituído por 2 regiões autónomas, os Açores e a Madeira, têm plena
capacidade e autonomia jurídica dos chamados decretos legislativos regionais por parte do governo regional dos Açores ou da
Madeira e ainda a elaboração de leis regionais pelo Parlamento dos Açores ou da Madeira, desde que não violem qualquer lei
elaborada pela Assembleia da República.
O exemplo clássico, consiste na criação de impostos ao nível do IVA e do IRC mais baixos para as empresas com sede social nos
Açores, sendo que, em caso algum o Parlamento Regional dos Açores poderia criar uma lei regional que isentasse de pagamento de
imposto ao nível do IVA ou do IRC.

• Portarias ou Regulamentos de Extensão- traduzem a ideia de após a aprovação de um decreto-lei, existe por vezes da parte do
governo a necessidade de concretizar a aplicação na vida em sociedade de matéria jurídica prevista no decreto-lei.
A relação jurídica

Em termos jurídicos, um conceito de relação jurídica compreende todo o acontecimento, ato ou negócio jurídico com relevância
para a sociedade portuguesa, apoiada em 4 elementos jurídicos fundamentais, a saber:

1-O Sujeito (o cidadão) - consiste numa pessoa jurídica singular (ser humano) ou coletiva (uma empresa ou fundação), com
personalidade e capacidade jurídica, nos termos dos Artigos 66 a 69 do Código Civil.
Neste sentido, a personalidade de um ser humano adquire-se para o direito português com o seu nascimento completo e com
vida, nos termos do Artigo 66 n°1 do Código Civil.

Por outro lado, a capacidade jurídica é ao contrário da personalidade jurídica, um conceito quantitativo, isto é, podemos medir
o grau de incapacidade de uma pessoa, na medida em que a mesma pode sofrer de várias incapacidades jurídicas, como por
exemplo, por deficiência física ou psicológica, por vício de álcool, drogas ou jogo (prodigalidade) ou ainda a menoridade.

Sendo que a menoridade pode ser ultrapassada em 2 situações, ou seja, se o menor com 16 anos de idade casa com
autorização dos pais ou realiza um contrato de trabalho adequado à sua idade e condição física.

No que diz respeito ao sujeito da relação jurídica, cumpre realizar uma referência especial aos chamados direitos de
personalidade, previstas entre os Artigos 70 a 81 do Código Civil e que consistem nas seguintes realidades, a saber:

• O Direito à Vida, ou seja, a vida em Portugal é inviolável e constituí a sua defesa uma das características fundamentais do
Estado de Direito Democrático, previsto nos Artigos 1 e 2 da Constituição da República Portuguesa.
Deste modo, a violação do direito à vida, constituí o seu autor na prática de um crime de homicídio, previsto no Artigo 131 do
Código Penal.

• O Direito à Integridade Física ou Psicológica de qualquer pessoa, sendo que, em caso de violação o seu autor comete um
crime de ofensas à integridade física, punível nos termos do Artigo 143 e seguintes do Código Penal com uma pena de prisão
até 8 anos.

• O Direito ao bom nome de qualquer pessoa, sendo que, nos termos do Artigo 72 do Código Civil, devemos respeitar a
personalidade de qualquer cidadão, sob pena de cometer o seu autor um crime de difamação, injúria ou calunia.

• O Direito à Imagem, previsto no Artigo 79 do Código Civil, que protege a imagem de qualquer pessoa, nomeadamente, em
fotografias, imagens públicas e mesmo depois da pessoa ter falecido.
Todavia, o mencionado direito à imagem tem algumas exceções, designadamente, para efeitos de prevenção de crime, que seja
realizada em locais públicos ou ainda quando seja realizada com uma figura pública.

• O Direito à reserva sobre a intimidade da vida privada, ou seja, nos termos do Artigo 80 do Código Civil, todas as pessoas têm
proteção legal sobre matérias e assuntos relacionados com a sua vida privada e pessoal, sob pena do seu autor cometer um
crime de devassa da vida privada.
2- O Objeto- compreende a prática de diversos atos, comportamentos, negócios jurídicos e contratos no âmbito da relação
jurídica em que uma das partes tem a qualidade de sujeito ativo (o credor) e a outra parte tem a qualidade de sujeito passivo (o
devedor).

Neste sentido e em termos jurídicos, a celebração de qualquer negócio jurídico ou um contrato em Portugal, deve obedecer ao
princípio da liberdade de forma, previsto no Artigo 219 do Código Civil e do princípio da autonomia privada dos contratos, previsto
no Artigo 405 do Código Civil, sendo que, ambos transmitem a ideia de que qualquer pessoa em Portugal tem total liberdade e
autonomia jurídicas para celebrar qualquer tipo de negócio jurídico ou contrato, com a única limitação de não violar a lei
portuguesa.

Regime Jurídico das Coisas- em termos jurídicos e de acordo com o Artigo 202 do Código Civil, uma coisa é toda a realidade que
pode ser objeto de uma determinada relação jurídica pelo que, nos termos do Artigo 203 do Código Civil existem os seguintes
tipos ou classificações de coisas, a saber:

• As coisas imóveis ou coisas móveis- nos termos do Artigo 204 do Código Civil, uma coisa imóvel é toda a construção ou
realidade jurídica que efetivamente tenha uma ligação física ao solo, podendo ser realidades tão distintas como um prédio
urbano, rústico, misto, uma nascente de água ou até um terreno com plantação de oliveiras.
O critério de distinção entre um prédio urbano, rústico ou misto consiste na exata finalidade e independência económica do
mencionado prédio relativamente aos demais, pelo que, um apartamento ou um prédio numa cidade deve ser considerado um
prédio urbano, mas um terreno sem qualquer construção no Alentejo deve ser considerado um prédio rústico.
Por outro lado, nos termos do Artigo 205 do Código Civil, as coisas móveis são definidas por exclusão de partes, ou seja, são
consideradas móveis todas as coisas que não conseguimos qualificar e enquadrar com coisas imóveis, como por exemplo, um
automóvel, um barco ou uma cadeira.

• As coisas simples ou coisas compostas- nos termos do regime jurídico previsto no Artigo 206 do Código Civil, é considerado
uma coisa composta, a existência de uma pluralidade de coisas móveis que pertencendo à mesma pessoa jurídica têm
igualmente um fim idêntico, ao passo que uma coisa simples embora possa construir em conjunto uma universalidade, todavia,
tem a capacidade de por si própria ser objeto de uma relação jurídica.

• As coisas fungíveis ou não fungíveis- nos termos do regime jurídico previsto no Artigo 207 do Código Civil, uma coisa fungível
(dinheiro) é toda aquela que no âmbito de uma relação jurídica é suscetível de ser determinada pelo seu género, qualidade e
quantidade, ao passo que uma coisa infungível pelas suas características únicas e específicas de género, qualidade e
quantidade não é possível ou é extremamente difícil de determinar.
Um contrato de empréstimo em dinheiro é uma coisa fungível.

• . As coisas consumíveis ou não consumíveis- nos termos do Artigo 208 do Código Civil, uma coisa consumível é toda aquela que
pela sua utilização regular e contínua no tempo, implica a sua destruição, perda de valor ou até de utilização, sendo as coisas
não consumíveis a situação exatamente contrária.

• . As coisas divisíveis ou indivisíveis- nos termos do regime jurídico do Artigo 209 do Código Civil, são consideradas coisas
divisíveis (terreno) todas aquelas que podem ser fracionadas ou divididas sem alteração da sua substância ou valor e por outro
lado, coisas indivisíveis (carro) são todas aquelas que pela sua natureza e características são insuscetíveis de divisão.

• As coisas principais ou acessórias- nos termos do regime jurídico previsto no Artigo 210 do Código Civil, uma coisa acessória
(carregador) é toda a coisa que não constituindo uma parte integrante, está ligada de forma duradoura ou ao serviço da coisa
principal (telemóvel).

• As coisas presentes ou coisas futuras- nos termos do Artigo 211 do Código Civil, as coisas futuras são todas aquelas que
embora já tenham a capacidade de ser objeto de relações jurídicas ainda não estão no poder ou na propriedade do seu
proprietário, ao contrário das coisas presentes.
Contrato- em termos jurídicos, um contrato significa um acordo de vontades contrapostas, mas perfeitamente harmonizáveis entre SI com
vista autorregulamentação dos respetivos interesses.
Igualmente, existem diversos tipos legais de contratos, a saber:

• Contrato Gratuito- existe um enriquecimento a nível financeiro ou patrimonial para uma das partes, enquanto que a outra parte sofre
uma diminuição do seu património ou da sua capacidade financeira.
O exemplo consiste no contrato de doação ou no contrato de testamento ( realização em vida da promessa de entrega de um bem a
outra pessoa, com eficácia jurídica após a morte do autor do testamento, com 2 testemunhas e de acordo com as regras de quota).

• Contrato Oneroso- em termos jurídicos, significa que no âmbito de uma relação jurídica existem vantagens patrimoniais para uma ou
ambas as partes do contrato, designadamente, pelo pagamento de uma determinada quantia em dinheiro.
O exemplo consiste na compra e respetiva venda de uma casa ou de um automóvel, em que a parte vendedora recebe uma quantia
por parte da parte compradora previamente combinada.

• Contrato Formal- em termos jurídicos, significa que para produzir os seus efeitos jurídicos e ser juridicamente válido, tenho de
obedecer a uma determinada forma jurídica, ou seja, a forma escrita, sob pena desse contrato sofrer de uma nulidade processual que
afeta todo o conteúdo e sentido do contrato em causa.
Um exemplo: no contrato de compra e venda de uma casa, que tem obrigatoriamente de ser celebrada pela forma escrita através de
uma escritura pública de compra e venda celebrada perante um notário ou advogado e ainda o contrato de trabalho a termo certo (início
e fim), que nos termos do Artigo 129 do Código do Trabalho tem obrigatoriamente de ser celebrado através da forma escrita.
Por outro lado, uma situação que diz respeito à compra e venda de um livro, em que não é necessária a forma escrita, mas sim a forma
verbal, para que, quer a parte vendedora, quer a parte compradora, fiquem integralmente satisfeitas com o cumprimento do contrato.

• Contrato Sinalagmático- significa a existência de um vínculo de ligação entre as diversas partes do contrato, que se chama de
sinalagma, isto é, do próprio contrato nascem direitos e obrigações não apenas para a parte vendedora, mas igualmente para a parte
compradora.
O exemplo clássico consiste no contrato de compra e venda de uma casa, na medida em que embora o comprador tenha a obrigação
de pagar o preço combinado pela casa adquirida, igualmente, o vendedor tem a obrigação legal de proceder à entrega do imóvel objeto
do contrato de compra e venda.
Todavia, no momento da celebração do contrato ou na sua execução, podem existir alguns vícios da vontade que afetam a validade
do próprio contrato e que consistem em 3 realidades jurídicas, a saber:
→ A inexistência jurídica- consiste no vício mais grave na formação da vontade de qualquer uma das partes num determinado contrato,
na medida em que o objeto e a realidade descrita no contrato pura e simplesmente não existem.
O exemplo consiste na celebração de um contrato de compra e venda entre o Jorge e a Adriana, em que o Jorge menciona que vende
pelo montante de 100 000 mil euros um prédio situado no planeta Júpiter.
→ A nulidade- significa que um determinado contrato padece ou sofre de
um vício de tal forma grave que afeta a validade de todo o contrato, pode nos termos do Artigo 286 e 287 do Código Civil, ser invocada a
todo o tempo e pelas pessoas que tenham um interesse direto na boa execução do contrato em causa.
Um dos exemplos do vício de nulidade do contrato, consiste na falsificação da assinatura de uma das partes do contrato ou ainda um
contrato de compra e venda de uma casa não ter sido celebrado através da forma escrita.
Por último, cabe mencionar que apesar de um contrato com o vício de nulidade não produzir os efeitos jurídicos pretendidos, pode
produzir o efeito jurídico de a parte lesada apresentar em tribunal um processo judicial de indeminização, nos termos do Artigo 483 e
seguintes do Código Civil.
→ A anulabilidade- consiste no vício menos grave da formação da vontade
num determinado contrato, pelo que, nos termos do Artigo 287 do Código Civil, apenas pode ser invocada no prazo de 1 ano a contar do
seu conhecimento e apenas pelas pessoas que tenham um interesse real e direto no desenvolvimento normal do contrato em causa.
Em termos práticos e rigorosos, acontece que após as partes no contrato terem conhecimento do vício da anulabilidade as mesmas
tomarem a iniciativa de celebrarem um aditamento ao próprio contrato com o objetivo de corrigir e solucionar o vício da anulabilidade
entretanto detetável.
Um dos exemplos consiste no âmbito de um contrato de trabalho celebrado entre um trabalhador e a entidade empregadora,
todavia, por lapso não consta no mesmo o horário de trabalho do trabalhador.

• Contrato não Sinalagmático- significa que não existe uma relação direta
entre os direitos e os deveres de cada uma das partes de um contrato, ou seja, mesmo que uma das partes não cumpra com alguma das
suas obrigações contratuais, o próprio contrato permanece em vigor.
O exemplo consiste no contrato de testamento, em que o mesmo permanece em vigor e produz efeitos jurídicos mesmo que a parte
beneficiária não tenha conhecimento do mesmo.
3- O facto jurídico

É o evento juridicamente relevante, ou seja, o acontecimento.


O facto jurídico divide-se em:
• Ato Jurídico -> É a conduta humana influenciada pela vontade do sujeito
• Facto Juridicamente estrito -> É todo o evento juridicamente relevante que não é influenciado pela vontade do sujeito

4- A garantia

Um dos elementos mais significativos de qualquer relação jurídica, constituí na garantia dos direitos e dos deveres de qualquer
pessoa jurídica e nesse sentido, podemos mencionar que a garantia é constituída por 3 realidades jurídicas fundamentais, a saber:
Como nota introdutória, sempre que parente uma situação individual e concreta, uma pessoa tem um problema jurídico recorre aos
tribunais, como órgãos de soberania e que aplicam a justiça em nome do povo, nos termos dos Artigos 1 da Constituição da República
Portuguesa e ainda do Artigo 1 do Código de Processo Civil.
Todavia, existem determinadas situações da vida real que em tempo útil não é possível recorrer aos tribunais para salvaguardar ou
defender os nossos direitos, pelo que, a própria lei permite a utilização de uma das 3 modalidades de garantia anteriormente
mencionadas.

1- A Ação Direta- de acordo com o regime jurídico previsto no Artigo 336 do Código Civil, a lei permite o uso da força para realizar ou
assegurar o nosso direito, desde que não seja possível o recurso em tempo útil às forças de autoridade e ainda para evitar a inutilização
do nosso direito.
Um dos exemplos da vida real consiste no facto do Jorge Lemos ao aproximar-se do seu
BMW X6 surpreende uma pessoa de nome Júlio Rodrigues a tentar assaltar o seu automóvel. De imediato o Jorge utilizando os seus
conhecimentos de judo e karaté consegue imobilizar o Júlio até à chegada da polícia.

2- A Legítima Defesa- nos termos do Artigo 337 do Código Civil, é necessário


que sejam cumpridas 3 condições para uma determinada pessoa atuar ao abrir da
legítima defesa, a saber:
1. Uma agressão atual e ilícita.
2. Que essa agressão coloque em causa a própria pessoa, o seu património ou até uma 3ª pessoa.
3. Proporcionalidade entre a agressão e o meio empregue para afastar essa agressão.

3- Estado de Necessidade- nos termos do Artigo 339 do Código Civil, uma pessoa pode destruir ou danificar um bem de outra pessoa,
desde que tal seja essencial para defesa da sua pessoa ou do seu património.
O exemplo clássico consiste em destruir a porta de uma habitação vizinha, com o objetivo de salvaguardar a sua própria habitação.

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