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01/08/2023
→ Unidade I – Pressupostos Históricos Teóricos e Metodológicos da Construção da Teoria do
Direito Administrativo:
1873
Efervescência do
1648 Direito Administrativo
Direito como ramo
Internacional autônomo do Direito
Público na França (Agnes
Blanco)
Sociedade Contemporânea
1917
Constituição
1919
Mexicana
Constituição
Elevação
de
dos Direitos
Trabalhistas Weimar
Período Liberal Período do Bem Estar Social Período Neoliberal
1930
Getúlio
Vargas
1917 1923
1988 1990
1918 Saúde e
Previdência
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A presença do direito administrativo se dá com a formação dos estados modernos (critérios
objetivos [Poder, Povo, Território] + critérios subjetivos);
Art. 5º da Constituição:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
• Igualdade Formal;
• Igualdade baseada no critério socioeconômico;
• Igualdade baseada no critério de identidade – Políticas Afirmativas.
2 – Montesquieu:
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A ideia da separação de poderes - Aquele que detém o poder de forma absoluta tende a
abusar dele. E o único mecanismo para conter o abuso de poder é fracioná-lo, assim,
aquele que faz a lei não pode julgá-la e nem tampouco administra, aquele que julga não
pode fazer as leis e nem tampouco executá-las e aquele que executa não a julga e nem
a faz.
• Estado de Direito:
→ Na garantia dos Direitos Individuais – proteção do indivíduo em face ao Estado;
→ Na tripartição do poder – sistema de freios e contrapesos;
→ Na Supremacia da Constituição – consiste num limite para a atuação estatal;
→ Na superioridade das leis – Porque foram postas pela vontade geral, através de seus
Representantes.
Princípios/Estado de Direito:
• Princípio é valor, sendo algo que introjectamos como verdade absoluta.
• O art. 37, caput, da CF/88 reportou de modo expresso à Administração Pública (direta e
indireta) apenas cinco princípios, vejamos:
“Art. 37 - A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência”.
• LEGALIDADE
• IMPESSOALIDADE
• MORALIDADE
• PUBLICIDADE
• EFICIÊNCIA
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"qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise anular ato lesivo à
moralidade administrativa..."
Lembrando que: pode haver um ato que é legal, mas não é moral.
4- PUBLICIDADE: todos os atos da Administração Pública são públicos, a não ser que sejam
atos de beligerância, como por exemplo, a compra de material bélico não é licitada. É o
dever administrativo de manter plena transparência em seus comportamentos. É
regulamentado pela Lei 12.527/2011 – direito à informação.
Na esfera administrativa, o sigilo só se admite quando “imprescindível à segurança da
sociedade e do Estado”. (Art. 5°, XXXIII).
Tal princípio impõe ampla divulgação dos atos oficiais para conhecimento público e início
dos efeitos externos. Com isso, os cidadãos em geral podem exercer sua cidadania,
questionando atos governamentais, solicitando o controle destes e até ingressando ações
contra atos que estejam em desacordo com a ordem jurídica. É utilizado, portanto, para o
conhecimento do povo. Publicação é o uso dos meios adequados de informação para
informar a sociedade acerca da prática de determinado ato ou a tomada de alguma
decisão.
* Há exceções a esse princípio: Alguns atos oficiais são deixados em sigilo, mesmo que
temporariamente. Um exemplo é quando o país está em momento de guerra.
Lembrando que o princípio da publicidade não se confunde com a publicação.
5- EFICIÊNCIA: é a realização do ato de forma que haja produtividade.
Passou a fazer parte da Constituição a partir da Emenda Constitucional nº 19, de 04.06.98.
Exige que o exercício da atividade administrativa (atuação dos servidores, prestação dos
serviços) atenda requisitos de presteza, adequabilidade, perfeição técnica, produtividade e
qualidade.
Ou seja, este princípio impõe o dever de a administração pública atender satisfatoriamente
às necessidades dos administrados, bem como de o administrador público fazer o melhor
como profissional diante dos meios de que dispõe.
Para concretizar o princípio da eficiência, a EC – 19/1988 também trouxe para o servidor
público mais um requisito para adquirir a estabilidade, qual seja o de que passe por uma
avaliação pessoal de desempenho periodicamente, podendo ser exonerado caso não seja
aprovado em qualquer delas. Isso avalia a EFICIÊNCIA* do servidor.
*Eficiência não significa racionalização econômica com busca incessante de redução de
custos e otimização de recursos. Essa busca está ligada ao princípio da economicidade e
muitas vezes, a eficiência o mitiga, impondo um maior investimento público para que haja
um serviço de qualidade.
6- PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DE PODERES: Executivo, Legislativo e Judiciário.
Esses princípios informam que o Estado de Direito se constitui num Projeto Político
Societário, num modelo de organização social, que apresenta uma concepção política
fundada na contenção dos poderes e na igualdade de todos os homens perante a lei.
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• A Jurisdição Comum → busca resolver os conflitos entre pessoas comuns.
• Jurisdição Administrativa → busca resolver os conflitos nos quais a Administração Pública
aparece como parte = Criação do Conselho de Estado.
Colcha de
Retalhos
PJ PL
PE
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Relação do Direito Administrativo com os Demais Ramos do Direito:
“O Direito Administrativo se relaciona com todos os ramos do saber humano” (Cretella Júnior
apud Stein).
O Direito Administrativo não é uma ciência isolada, pois tem uma relação intrínseca com outros
ramos do Direito, como por exemplo, o direito civil, o direito penal, o direito previdenciário, o
direito do consumidor, o direito tributário, o direito empresarial (sociedade anônima de
economia mista), o processo penal (lei de execução – compartilhamento com o Estado da
execução da pena), o processo civil, etc.
O dever do Estado é realizar os anseios sociais. O Estado não pode obter lucro.
Código Penal
Direito
Empresarial
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§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei
estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de
consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após
divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da
lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 15, de 1996) Vide art. 96 - ADCT
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes
tributos:
I - impostos;
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial,
de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua
disposição;
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a
capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente
para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e
nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
§ 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade
econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança
nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
§ 1º A empresa pública, a sociedade de economia mista e outras entidades que explorem
atividade econômica sujeitam-se ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive
quanto às obrigações trabalhistas e tributárias.
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia
mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou
comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre: (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
I - sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade; (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos
e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)
III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os
princípios da administração pública; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de
1998)
IV - a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com a
participação de acionistas minoritários; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de
1998)
V - os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos
administradores. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
§ 2º As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de
privilégios fiscais não extensivos às do setor privado.
§ 3º A lei regulamentará as relações da empresa pública com o Estado e a sociedade.
§ 4º A lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à
eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros.
§ 5º A lei, sem prejuízo da responsabilidade individual dos dirigentes da pessoa jurídica,
estabelecerá a responsabilidade desta, sujeitando-a às punições compatíveis com sua
natureza, nos atos praticados contra a ordem econômica e financeira e contra a economia
popular.
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão
ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
Parágrafo único. A lei disporá sobre:
I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter
especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade,
fiscalização e rescisão da concessão ou permissão;
II - os direitos dos usuários;
III - política tarifária;
IV - a obrigação de manter serviço adequado.
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Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou
disciplinando direito, interêsse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em
razão de intêresse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à
disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes
de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à
propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. (Redação dada pelo Ato Complementar nº
31, de 1966)
Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando
desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do
processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou
desvio de poder.
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O direito penal deixa ao encargo da Administração Pública prerrogativas que é dele.
Art. 269 – Deixar o médico de denunciar à autoridade pública doenças cuja notificação é
compulsória (C.P).
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Lei Complementar Federal nº 95, de 26/02/1988, dispõe sobre a elaboração, a redação, a
alteração e a consolidação das leis.
O art. 8º da lei Complementar nº 95, estabelece que:
A vigência da Lei, inclusive a administrativa, será indicada de forma expressa.
O art. 9º da lei Complementar nº 95, estabelece que:
A Cláusula de Revogação – deve indicar expressamente a leis ou disposições legais
revogadas. É vedada a revogação tácita.
ESTADO
1º SETOR 2º SETOR
Entes Federativos
Administração Iniciativa privada, composta de
Órgãos
Pública Direita Entidades pessoas naturais e jurídicas,
Art. 175 da
sempre submetidas ao regime
Autarquias Constituição; jurídico privado. Normalmente,
Administração Fundações Regime Jurídico visam o lucro e o próprio
Pública Indireta Consórcios de Direito benefício, não sendo esta,
Administrativo; porém, uma regra.
Sociedade de Art. 173 da
Economia Mista Constituição;
Empresas Públicas
Regime Jurídico
de Direito
Privado
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3º SETOR 4º SETOR 5º SETOR
Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante
decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria
constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito
vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta
e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou
cancelamento, na forma estabelecida em lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de
2004) (Vide Lei nº 11.417, de 2006).
§ 1º A súmula terá por objetivo a validade, a interpretação e a eficácia de normas
determinadas, acerca das quais haja controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre
esses e a administração pública que acarrete grave insegurança jurídica e relevante
multiplicação de processos sobre questão idêntica. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
45, de 2004)
§ 2º Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em lei, a aprovação, revisão ou
cancelamento de súmula poderá ser provocada por aqueles que podem propor a ação direta
de inconstitucionalidade. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 3º Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que
indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a
procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e
determinará que outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
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responsável por criar, modificar e revogar as leis que regem a sociedade. A palavra
"legiferante" é derivada do termo latino "legifer", que significa "o que faz as leis".
➢ A função legiferante é essencial para o ordenamento jurídico de um país, uma vez que as
leis estabelecem os direitos, obrigações e normas de conduta que governam a
convivência da sociedade e a atuação do Estado. As leis podem abordar uma ampla
variedade de assuntos, desde direitos civis e criminais até questões econômicas,
ambientais e sociais.
➢ O processo legislativo normalmente envolve várias etapas, como a proposição de projetos
de lei, debates e discussões, análise em comissões parlamentares, votações e,
finalmente, a promulgação da lei pelo chefe de Estado. O Poder Legislativo pode ser
unicameral, quando há apenas uma câmara legislativa, ou bicameral, quando há duas
câmaras (como uma assembleia legislativa e um senado, por exemplo).
➢ A função legiferante é crucial para a democracia e para o sistema de separação de
poderes, pois permite que o Poder Legislativo exerça o controle sobre o poder executivo
e contribua para a criação de um sistema legal que reflita os valores e interesses da
sociedade. No entanto, é importante que a função legiferante seja exercida de forma
responsável e transparente, levando em consideração os princípios constitucionais e os
direitos fundamentais dos cidadãos.
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governador ou prefeito) e sua equipe executiva têm a responsabilidade de tomar decisões
e realizar ações que beneficiem a sociedade e garantam o bom funcionamento do Estado.
É importante que essa função seja exercida de maneira transparente, responsável e de
acordo com os princípios democráticos e os limites estabelecidos pela lei.
• Função Judicial: o Estado aplica a norma para compor os litígios existentes dentro das
sociedades;
➢ A função judicial é uma das funções fundamentais do Estado e está relacionada à
administração da justiça, ou seja, à aplicação das leis e à resolução de conflitos por meio
do sistema judiciário. A função judicial é exercida pelos órgãos do Poder Judiciário, que
têm a responsabilidade de interpretar as leis, decidir sobre casos judiciais e garantir que
a justiça seja feita de acordo com os princípios legais e constitucionais.
➢ A função judicial inclui várias atribuições e responsabilidades:
1. Interpretação e Aplicação das Leis: Os tribunais têm a tarefa de interpretar as leis e
aplicá-las aos casos concretos que chegam até eles. Isso envolve analisar os fatos e as
circunstâncias de cada caso e determinar como a lei se aplica a esses fatos.
2. Garantia dos Direitos Individuais: Um dos principais papéis do sistema judicial é
proteger os direitos individuais e as liberdades fundamentais dos cidadãos. Isso inclui
garantir que os direitos consagrados na Constituição sejam respeitados e assegurados.
3. Resolução de Conflitos: Os tribunais são responsáveis por resolver conflitos legais entre
indivíduos, organizações e o próprio Estado. Isso pode envolver questões civis, criminais,
administrativas, trabalhistas, familiares, entre outras.
4. Aplicação de Penas e Medidas Corretivas: Nos casos criminais, os tribunais
determinam as penalidades para os infratores, como prisão, multas ou medidas corretivas.
A ideia é garantir a punição proporcional aos atos cometidos e, quando possível, a
reabilitação do infrator.
5. Controle da Legalidade: Os tribunais também desempenham um papel importante no
controle da legalidade dos atos do Poder Executivo e da Administração Pública. Isso inclui
revisar ações governamentais para garantir que elas estejam de acordo com a lei.
6. Precedentes Jurídicos: As decisões judiciais muitas vezes estabelecem precedentes
que servem como base para futuros casos semelhantes. Isso contribui para a estabilidade
e a previsibilidade do sistema legal.
➢ A independência do Poder Judiciário é fundamental para o bom funcionamento da função
judicial. Os juízes devem tomar decisões imparciais e baseadas na lei, sem influência de
pressões políticas ou externas. Além disso, a transparência, a equidade e o acesso à
justiça são aspectos importantes para garantir a confiança do público no sistema judicial.
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OBS: O poder judiciário pode somente analisar a legalidade das decisões da Administração
Pública, não analisando o mérito, salvo quando houver demissão do funcionário público,
sendo assim será analisado o mérito da questão.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito ;
➢ A função executiva e a função judicial são duas das funções fundamentais do Estado,
cada uma desempenhando um papel específico na administração pública e no sistema
jurídico. Aqui estão as principais diferenças entre essas duas funções:
➢ Função Executiva:
1. Natureza da Atividade: A função executiva está relacionada à implementação das
políticas públicas, à administração do governo e à execução das leis. Ela envolve a
tomada de decisões administrativas, a gestão dos recursos públicos e a coordenação das
operações governamentais.
2. Órgão Responsável: A função executiva é exercida pelo Poder Executivo, que inclui o
chefe de Estado (como um presidente) e sua equipe de ministros ou secretários de
governo.
3. Atividades Principais: O Poder Executivo é responsável por implementar as políticas
definidas pelo Poder Legislativo, manter a ordem pública, gerenciar a administração
pública, representar o país em assuntos internacionais e administrar os recursos
financeiros do Estado.
4. Relação com a Legislação: O Poder Executivo implementa as leis criadas pelo Poder
Legislativo, traduzindo-as em ações concretas e regulamentos específicos.
➢ Função Judicial:
1. Natureza da Atividade: A função judicial está relacionada à aplicação das leis, à
interpretação dos textos legais e à resolução de conflitos por meio do sistema judiciário.
Ela envolve a análise imparcial dos casos, a tomada de decisões judiciais e a garantia de
que a justiça seja feita de acordo com a lei.
2. Órgão Responsável: A função judicial é exercida pelo Poder Judiciário, que inclui os
tribunais e os juízes.
3. Atividades Principais: O Poder Judiciário é responsável por interpretar e aplicar as leis
aos casos individuais, proteger os direitos fundamentais dos cidadãos, resolver conflitos
legais, garantir a legalidade dos atos governamentais e estabelecer precedentes jurídicos.
4. Relação com a Legislação: Os tribunais interpretam as leis e aplicam-nas aos casos
que chegam até eles, garantindo que as leis sejam cumpridas e que os direitos sejam
protegidos.
BLOCOS ORGÂNICOS
Desempenham funções típicas e atípicas ÓGÃO DE APOIO:
Tribunal de Contas
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PODER
LEGISLATIVO Administração
Pública
PODER EXECUTIVO
ÓRGÃO DE APOIO:
ÓRGÃO DE APOIO: Ministério Público
PODER
CNJ JUDICIÁRIO
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PODER LEGISLATIVO PODER EXECUTIVO PODER JUDICIÁRIO
As funções do Poder As funções do Poder O Poder Judiciário
Legislativo podem ser Executivo também desempenha um papel
divididas em duas podem ser divididas em crucial no sistema legal
categorias principais: funções típicas, que são de um país, garantindo
funções típicas e essenciais para o seu a aplicação das leis, a
funções atípicas. As papel central no resolução de conflitos
funções típicas são governo, e funções e a proteção dos
aquelas que são atípicas, que podem ser direitos dos cidadãos.
intrínsecas ao papel exercidas em Suas funções podem
fundamental do Poder determinadas ser divididas em
Legislativo, enquanto as circunstâncias ou funções típicas, que
funções atípicas são sistemas políticos. são essenciais para
aquelas que, embora sua atuação, e funções
não sejam suas funções atípicas, que podem
primordiais, também ser exercidas em
podem ser circunstâncias
desempenhadas em específicas ou
determinadas sistemas judiciais
circunstâncias. particulares.
FUNÇÕES TÍPICAS
Fazer a Lei Aplicar a Lei Aplica a Lei para
compor os litígios
1. Elaboração de Leis: A 1. Implementação das
principal função do Políticas* O Poder 1. Aplicação das Leis:
Poder Legislativo é a Executivo é responsável O Poder Judiciário é
elaboração, discussão e pela implementação das responsável por aplicar
aprovação de leis. As políticas públicas as leis aos casos
leis são normas que estabelecidas pelo concretos que chegam
regulam a vida da Poder Legislativo. Isso perante os tribunais.
sociedade, envolve a execução de Isso envolve
estabelecendo direitos, programas e ações que interpretar a legislação
deveres e regras para visam atender às e determinar como ela
os cidadãos e para o necessidades e se aplica a situações
próprio Estado. objetivos da sociedade. específicas.
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as ações do Poder do Estado. Isso inclui a dos cidadãos,
Executivo, garantindo elaboração e execução garantindo que as
que o governo esteja do orçamento, bem ações do governo e de
agindo de acordo com como a administração outros indivíduos não
as leis e políticas das finanças públicas. violem esses direitos.
estabelecidas. Isso
pode incluir audiências, 4. Política Externa: O 4. Garantia da
questionamentos e Executivo representa o Legalidade: Os
investigações país nas relações tribunais são
parlamentares. internacionais. Isso responsáveis por
envolve a condução de assegurar que todas as
negociações ações, políticas e
diplomáticas, a decisões
celebração de tratados e governamentais
acordos internacionais, e estejam em
a representação em conformidade com as
organizações leis e regulamentos
internacionais. existentes.
FUNÇÕES ATÍPICAS
Licitações, Medida Provisória, Art. 96, inciso I e
LEGISLATIVO
LEGISLATIVO
ADMNISTRATIVO
públicos, edita
resoluções e
portarias, tem
poder disciplinar
sobre os
funcionários
públicos
Art. 52, inciso I As decisões da Licitações,
ADMINISTRATIVO
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de controle sobre o Comutações): O Poder evitando a
Poder Executivo e Executivo, em alguns necessidade de um
outros órgãos casos, pode exercer julgamento formal.
governamentais, funções judiciais, como
garantindo que as conceder indultos 3. Precedentes
políticas sejam (perdão total ou parcial Jurídicos: As decisões
implementadas de de penas) e comutações judiciais podem
forma adequada e que (alteração da natureza estabelecer
não ocorram abusos de da pena) a condenados. precedentes legais que
poder. orientam futuros casos
3. Função de Crise e semelhantes e ajudam
3. Função de Educação Emergência: Em a moldar a
e Debate Público: Os situações de crise, como interpretação e a
legisladores podem desastres naturais ou aplicação da lei.
desempenhar um papel emergências nacionais,
educativo e informativo, o Poder Executivo pode 4. Administração
promovendo debates assumir funções Judiciária: O Poder
públicos sobre questões especiais para lidar com Judiciário também
de interesse nacional e a situação e garantir a desempenha um papel
esclarecendo a segurança e o bem-estar administrativo,
população sobre os da população. gerenciando tribunais,
assuntos em discussão. juízes e funcionários,
4. Função de bem como
4. Função de Nomeação: O Poder estabelecendo regras
Representação Executivo, em alguns e procedimentos
Internacional: Em sistemas, é responsável internos.
alguns sistemas, o pela nomeação de
Poder Legislativo pode funcionários públicos, 5. Funções de Crise:
estar envolvido na juízes, embaixadores e Em situações
ratificação de tratados e outros cargos de excepcionais, como
acordos internacionais, relevância. crises políticas ou
desempenhando um emergências, os
papel na representação 5. Função de Liderança: tribunais podem ser
do país no cenário O líder do Poder chamados a tomar
internacional. Executivo (presidente, decisões rápidas e
5. Função de Mediação: primeiro-ministro, etc.) relevantes para lidar
Em momentos de crise exerce uma função de com a situação.
política ou social, o liderança nacional e
Poder Legislativo pode internacional, 6. Tratados
atuar como mediador representando a nação e Internacionais: Em
entre diferentes grupos orientando a tomada de alguns casos, os
e interesses, buscando decisões estratégicas. tribunais podem ser
soluções para conflitos. encarregados de julgar
casos relacionados a
tratados internacionais
e questões de direito
internacional.
É importante notar que Lembrando que as É importante observar
as funções do Poder funções do Poder que as funções do
Legislativo podem Executivo podem variar Poder Judiciário
variar de acordo com o amplamente podem variar
sistema político de cada dependendo do sistema consideravelmente de
país e as disposições político e das país para país,
de sua Constituição. O disposições dependendo da
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equilíbrio entre as constitucionais de cada estrutura
funções típicas e país. O equilíbrio entre constitucional, do
atípicas pode ser as funções típicas e sistema legal e das
Aula influenciado por fatores atípicas é influenciado tradições judiciais 05 –
como o sistema pela estrutura específicas. O papel do
Direito parlamentar ou governamental, pelos Poder Judiciário é
presidencialista, a princípios crucial para a
tradição política e as constitucionais e pelas manutenção do Estado
mudanças nas necessidades de Direito e da justiça
necessidades da específicas da em uma sociedade.
sociedade. sociedade.
Administrativo
28/08/2023
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão
ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
Parágrafo único. A lei disporá sobre:
I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter
especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade,
fiscalização e rescisão da concessão ou permissão;
II - os direitos dos usuários;
III - política tarifária;
IV - a obrigação de manter serviço adequado.
ESTADO
MERCADO
Bandeira:
Negocial;
Meireles:
Delegação. 19
LEI Nº 8.987, DE 13 DE FEVEREIRO DE 1995.
Art. 2o Para os fins do disposto nesta Lei, considera-se:
I - poder concedente: a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Município, em cuja
competência se encontre o serviço público, precedido ou não da execução de obra pública,
objeto de concessão ou permissão;
II - concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, feita pelo poder
concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou
consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e
risco e por prazo determinado;
II - concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, feita pelo poder
concedente, mediante licitação, na modalidade concorrência ou diálogo competitivo, a
pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu desempenho,
por sua conta e risco e por prazo determinado; (Redação dada pela Lei nº 14.133, de 2021)
III - concessão de serviço público precedida da execução de obra pública: a construção,
total ou parcial, conservação, reforma, ampliação ou melhoramento de quaisquer obras de
interesse público, delegada pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de
concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para
a sua realização, por sua conta e risco, de forma que o investimento da concessionária seja
remunerado e amortizado mediante a exploração do serviço ou da obra por prazo
determinado;
III - concessão de serviço público precedida da execução de obra pública: a construção,
total ou parcial, conservação, reforma, ampliação ou melhoramento de quaisquer obras de
interesse público, delegados pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade
concorrência ou diálogo competitivo, a pessoa jurídica ou consórcio de empresas que
demonstre capacidade para a sua realização, por sua conta e risco, de forma que o
investimento da concessionária seja remunerado e amortizado mediante a exploração do
serviço ou da obra por prazo determinado; (Redação dada pela Lei nº 14.133, de 2021)
IV - permissão de serviço público: a delegação, a título precário, mediante licitação, da
prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que
demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco.
Art. 3o As concessões e permissões sujeitar-se-ão à fiscalização pelo poder concedente
responsável pela delegação, com a cooperação dos usuários.
Art. 4o A concessão de serviço público, precedida ou não da execução de obra pública,
será formalizada mediante contrato, que deverá observar os termos desta Lei, das normas
pertinentes e do edital de licitação.
Art. 5o O poder concedente publicará, previamente ao edital de licitação, ato justificando
a conveniência da outorga de concessão ou permissão, caracterizando seu objeto, área e
prazo.
CONSTITUIÇÃO
Art. 21. Compete à União:
XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de
telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação
de um órgão regulador e outros aspectos institucionais; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 8, de 15/08/95:)
XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão:
a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens e demais serviços de
telecomunicações; (Revogado)
a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 8, de 15/08/95:)
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b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de
água, em articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos;
c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura aeroportuária;
d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras
nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou Território;
e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros;
f) os portos marítimos, fluviais e lacustres;
3) Direção: para a operacionalização dos planos e projetos traçados pela AP, é necessário que
o Administrador venha a designar as tarefas e responsabilidades para os órgãos e os
servidores da Ad. Pública.
O administrador deve executar aquilo que foi planejado com o intuito de atender aos
usuários de forma satisfatória, buscar a redução de custos, melhorar a qualidade dos
serviços oferecidos, supervisionar o trabalho que está sendo realizado;
21
Ex.: Prestação de serviços públicos, polícia administrativa, formas de intervenção, fomento.
II – Por Delegação:
Transfere a execução do serviço;
Feita por meio de contrato ou ato particular;
DESCONCENTRAÇÃO DESCENTRALIZAÇÃO
Cria órgãos Cria entidades
Há hierarquia Não há hierarquia
Os órgãos NÃO tem personalidade As entidades tem personalidade jurídica
jurídica
Administração Pública:
• Administrar é fazer algo para o outro.
• Ad + ministrar = fazer para
• O governo são as metas estabelecidas por aquele que exerce o poder, mas não se confunde
com administrar (é aplicar a lei de ofício) – quando o Estado se envolve com a massa, ele é
obrigado a administrá-la.
22
• Na administração, tem que verificar se existe uma lei para resolver o serviço, se está calcado
em lei.
• Não se provoca a administração; é aplicação da lei de ofício. A administração atua
independentemente de provocação para que a vontade contida no comando legal seja
cumprida e alcançados os fins estatais.
• Conceito residual de administrar: é toda ação estatal que não seja julgar ou legislar.
• Sentido orgânico, formal, subjetivo: é o momento em que os órgãos estatais se organizam
em prol da sociedade; pensa-se no sujeito que se movimenta para realizar o interesse
público. Nesse sentido subjetivo, a administração pública designa os entes que exercem a
atividade administrativa; compreende pessoas jurídicas, órgãos e agentes públicos
incumbidos de exercer uma das funções em que se triparte a atividade estatal: a função
administrativa;
• Para bem entender-se a distinção entre Administração Pública (em sentido estrito) e
Governo, é mister partir da diferença entre as três funções do Estado. Embora o poder estatal
seja uno, indivisível e indelegável, ele desdobra-se em três funções: legislativa, executiva e
jurisdicional. A primeira estabelece regras gerais e abstratas, denominadas leis; as duas
outras aplicam as leis ao caso concreto: função jurisdicional, mediante solução de conflitos
de interesses e aplicação coativa da lei; a função executiva, mediante atos concretos
voltados para a realização dos fins estatais, de satisfação das necessidades coletivas.
• Considerando os sujeitos que exercem a atividade administrativa, a Administração Pública
abrange todos os entes aos quais a lei atribui o exercício dessa função.
• Predominantemente, a função administrativa é exercida pelos órgãos do Poder Executivo;
mas, como o regime constitucional não adota o princípio da separação absoluta de
atribuições e sim o da especialização de funções, os demais Poderes do Estado exercem,
além de duas atribuições predominantes – legislativa e jurisdicional – algumas funções
tipicamente administrativas.
• Assim, compõem a Administração Pública, em sentido subjetivo, todos os órgãos integrantes
das pessoas jurídicas políticas (União, Estado, Municípios e Distrito Federal), aos quais a lei
confere o exercício de funções administrativas. São os órgãos da Administração Direta do
Estado.
• Porém, as vezes a lei opta pela execução indireta da atividade administrativa, transferindo-
a a pessoas jurídicas com personalidade de direito público ou privado, que compõem a
chamada Administração Indireta do Estado.
• Dessa forma, pode-se definir Administração Pública, em sentido subjetivo, como o conjunto
de órgãos e de pessoas jurídicas aos quais a lei atribui o exercício da função administrativa
do Estado.
• Sentido material, conceito da ação, objetivo ou funcional: é realizar o interesse do povo de
forma direta (1), concreta (2) e imediata (3). Nesse sentido, a administração pública designa
a natureza da atividade exercida pelos referidos entes; a administração pública é a própria
função administrativa que incumbe, predominantemente, o Poder Executivo.
• Traz a solução agora; não se utiliza de subterfúgios. A atividade julgadora é que realiza o
interesse público de forma indireta.
• No direito administrativo, há a realização do anseio de cada um da comunidade, não de uma
massa disforme. Tem que atender o interesse do povo, mas considerando o indivíduo para
a produção e realização do interesse comum. Modernamente, o interesse público é
concretizado, não uma abstração. Leva-se em consideração as classes existentes na
sociedade, determinados direitos = realização do interesse público.
• Resolver o interesse público de forma concreta é administrar. A lei atende ao interesse
público sendo impessoal, genérica e abstrata, ao passo que administrar busca a concretude
da lei. Quando se concretiza a lei, está administrando.
23
• São as seguintes características da Administração Pública, em sentido objetivo:
1- É uma atividade concreta, no sentido de que põe em execução a vontade do Estado
contida na lei;
2- A sua finalidade é a satisfação direta e imediata dos fins do Estado;
3- O seu regime jurídico é predominantemente de direito público, embora possa também
submeter-se a regime de direito privado, parcialmente derrogado por normas de direito
público.
• Assim, em sentido material ou objetivo, a Administração Pública pode ser definida como a
atividade concreta e imediata que o Estado desenvolve, sob regime jurídico total ou
parcialmente público, para a consecução dos interesses coletivos.
Atos Administrativos:
• Conceito: é o ato jurídico que cria, modifica ou extingue direitos para o administrado ou para
a própria Administração. Vem da Administração Pública que pode fazer meros atos
instrumentais, materiais, não necessariamente atos administrativos.
• O ato administrativo NÃO pode ser entendido como ato da Administração.
• É um ato jurídico que cria, modifica e extingue direitos para o administrado ou para a própria
administração. Apesar de ser um ato jurídico, ele vem da administração pública. Em outras
palavras, ato administrativo é toda manifestação unilateral de vontade da administração
pública que, agindo nesta qualidade, tenha por fim imediato resguardar, adquirir, modificar,
extinguir e declarar direitos ou impor obrigações aos administrados ou a si própria.
• Se diferencia do fato Administrativo: Este é o acontecimento material da Administração, que
produz consequências jurídicas. No entanto, não traduz uma manifestação de vontade
voltada para produção dessas consequências.
Ex.: A construção de uma obra pública; o ato de ministrar uma aula em escola pública; o ato
de realizar uma cirurgia em hospital público.
• O Fato Administrativo não se destina a produzir efeitos no mundo jurídico, embora muitas
vezes esses efeitos ocorram, como exemplo, uma obra pública mal executada vai causar
danos aos administrados, ensejando indenização. Uma cirurgia mal realizada em um hospital
público, que também resultará na responsabilidade do Estado.
• Elementos do ato administrativo:
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1- COMPETÊNCIA: poder; é sempre legal; não se confunde com capacidade; todo poder é
dever/competência. O administrador público tem que fazer tudo que a lei determina.
Administrar é aplicar a lei de ofício. Portanto, competência é poder-dever.
2- MOTIVO: é uma pergunta que responde questões de fato e de direito do ato (por que do
ato?). É diferente de motivação (pode ser vinculada ou discricionária).
Motivo é o pressuposto de fato e de direito que serve de fundamento ao ato administrativo.
Pressuposto de direito é o dispositivo legal em que se baseia o ato.
Pressuposto de fato corresponde ao conjunto de circunstâncias, de acontecimentos, de
situações que levam a Administração a praticar o ato.
3- OBJETO: é o ato; é o conteúdo do ato; é o efeito jurídico imediato que o ato produz.
4- FORMA: é o corpo do ato; tem que estar prescrita em lei.
✓ Decreto: é abrangente; DECRETO é a forma de que se revestem os atos individuais ou
gerais emanados do Chefe do Poder Executivo (Presidente da República, Governador e
Prefeito).
Ele pode conter, da mesma forma que a lei, regras gerais e abstratas que se dirigem a
todas as pessoas que se encontram na mesma situação (decreto geral) ou pode dirigir-se
a pessoa ou grupo de pessoas determinadas (decreto individual).
✓ Circular: é o ato administrativo que circula dentro das dependências de uma repartição
pública; tem limitação de aplicabilidade dos interessados.
É o instrumento de que se valem as autoridades para transmitir ordens internas uniformes
a seus subordinados.
✓ Resolução e Portaria: tem como característica a generalidade e a regulamentação de
determinadas situações; é genérico.
• São formas de que revestem os atos, gerais ou individuais, emanados de autoridades outras
que não o Chefe do Executivo.
✓ Aviso: é noticiar uma situação de interesse particular ou público; não vincula.
✓ Ofício: é correspondência de um superior a outro; pode ser de oficio ou eletrônico.
• Classificação do ato administrativo:
1) Quanto à vontade:
a) Simples: emana de uma só vontade (ato de vontade única);
b) Composto: é composto de duas vontades que se unem (uma inferior e uma superior).
Torna-se existente pela vontade do subalterno e exequível pela vontade do superior.
c) Complexo: as vontades se unem no mesmo patamar para a realização de um fim; faz-
se um CONVÊNIO. Há a necessidade de mais de uma vontade, nascidas no mesmo
patamar para uma mesma finalidade.
2) Quanto ao limite da lei:
a) Vinculado: há uma margem pequena de atuação.
b) Discricionário: há uma ampla margem de atuação.
➢ Atos que aumentam direitos do administrado:
1) PERMISSÃO: é um ato discricionário que transfere o uso e o gozo de um bem público
ou a tarefa de uma determinada atividade, com exclusividade. Há uma ampliação dos
direitos do administrado; é precário pois a qualquer momento pode ser revogado.
Existem permissão de uso e de serviço (ex.: serviço de transporte como o táxi).
Permissão, em sentido amplo, designa o ato administrativo unilateral, discricionário e
precário, gratuito ou oneroso, pelo qual a Administração Pública faculta ao particular a
execução de serviço público ou a utilização privativa de bem público.
O seu objeto é a utilização privativa de bem público por particular ou a execução
de serviço público.
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2) LICENÇA: para se obter a licença tem que preencher certos requisitos determinados
pela lei, como por exemplo, a licença para construir. É um ato vinculado porque tem que
preencher certos requisitos legais.
É o ato administrativo unilateral e vinculado pelo qual a Administração faculta àquele que
preencha os requisitos legais o exercício de uma atividade.
A autorização é ato constitutivo e a licença é ato declaratório de direito preexistente.
3) AUTORIZAÇÃO: é um ato discricionário e muito precário.
Pode-se definir a autorização administrativa em sentido amplo como o ato administrativo
unilateral, discricionário e precário pelo qual a Administração faculta ao particular o uso
de bem público (autorização de uso), ou a prestação de serviço público (autorização de
serviço público), ou o desempenho de atividade material, ou a prática de ato que, sem
esse consentimento, seriam legalmente proibidos (autorização como ato de polícia).
4) CONCESSÃO: (PÁG.300) é um ato administrativo bilateral: concedente x
concessionário. Os usuários são aqueles que desfrutam do serviço concedido.
A concessão atinge não só as pessoas naturais como também as pessoas jurídicas
(exemplo: CEMIG). Esse serviço é prestado sob a perspectiva do lucro.
A concessão só pode ser viabilizada pela LICITAÇÃO (é plenamente vinculada, a
escolha é feita nos termos da lei). O concessionário, quando obtém a concessão, adquire
a exclusividade na prestação do serviço, pois a mesma é pautada em um contrato
bilateral. Porém, seu direito é limitado à vontade da concedente.
1- O controle e fiscalização do contrato: é o poder-dever que regula cláusulas exorbitantes
(cláusulas derrogatórias do direito comum); tem a vontade normativa (é a superioridade
de vontade da concedente).
Pela cláusula exorbitante, modifica-se a cláusula de serviço apenas.
2- Clausulas de serviço: devido à individualização do objeto, não se pode modificar a
licitação (objeto contratual). A cláusula de serviço pode alterar as cláusulas contratuais,
desde que não haja alteração no objeto contratual.
3- Cláusulas essenciais: são o próprio objeto do contrato, não podendo ser modificadas.
No contrato de concessão não há renovação do contrato, mas pode haver um
alongamento no prazo pela Administração Pública.
4- Cláusula econômico-financeira: a cada direito corresponde uma obrigação.
XY = Y
XY: possibilidade de modificação.
Y: permanência do direito.
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revogação também uma forma anormal de pôr fim ao contrato, mas não é o
entendimento da professora que considera apenas uma consequência.
Alguns autores consideram a desapropriação uma forma de resolução do contrato.
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2) Executória, a qual abrange uma fase administrativa e uma fase judicial.
Compreende os atos pelos quais o Poder Público promove a desapropriação. A
competência para promover a desapropriação é tanto das pessoas jurídicas competentes
para editar o ato declaratório, como também das entidades, públicas ou particulares, que
ajam por delegação do Poder Público, feita por lei ou contrato.
A fase executória será administrativa quando houver acordo entre expropriante e
expropriado a respeito da indenização.
Sendo judiciária, só podem ser discutidas questões relativas ao preço ou vício processual,
não podendo o Poder Judiciário, no processo de desapropriação, decidir se se verificam
ou não os casos de utilidade pública.
Não são apenas bens privados que podem ser desapropriados, o bem público também
pode, como por exemplo, bem municipal que pode ser desapropriado pelo Estado ou pela
União.
As favelas (comunidades) são bem públicos, o solo é público, mas não é desapropriação,
pois a partir do momento que se constrói na favela, o imóvel passa a pertencer ao particular.
A declaração tem vigência de 5 anos. Se um imóvel foi declarado de utilidade pública, o
proprietário pode obter uma licença para construir? Há o preenchimento de todos os
requisitos para a construção, pode haver a renúncia à licença de construção? NÃO. Há
ainda a propriedade do imóvel pelo particular. O proprietário tem o uso, gozo e fruição do
imóvel e ele assume o risco de construir em uma área que já foi declarada desapropriada.
Não existe compensação de indenização em desapropriação, pois é para não se locupletar
ilicitamente.
A desapropriação tem que ser indenizada e tem que ser prévia (antes da perda da
propriedade) e será recebida em forma de precatória (tem que ser justa). Pode ser por título
de dívida pública se for de reforma agrária.
➔ Decreto-lei 1075 – bens de moradia:
A desapropriação é um procedimento MISTO: de mérito e vinculado.
A desapropriação é uma relação REAL (entre Estado e coisa) e não pessoal.
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Antes do tombamento faz-se um inventario de todos os bens. Em regra, é de
competências do Município inventariar os bens antes do tombamento e comunicar aos
proprietários.
A pessoa tem a possibilidade de se defender no inventario, mas já na fase de
tombamento há a coercibilidade.
É crime de dano ao ambiente interferir em bem tombado.
Os bens listados ainda serão submetidos a perícia e só depois, se for o caso, serão
tombados.
LISTA → INVENTÁRIO → TOMBAMENTO
É um processo totalmente administrativo, só quando há algum problema no tombamento
é que se leva ao Judiciário.
O tombamento suporta uma anulação quando não há contraditório, perícia, etc.
Diante do §1° do art. 216, o tombamento é um dos institutos que têm por objeto a tutela
do patrimônio histórico e artístico nacional. O tombamento é sempre restrição parcial;
se acarretar a impossibilidade total de exercício dos poderes inerentes ao domínio, será
ilegal e implicará desapropriação indireta, dando direito à indenização integral dos
prejuízos sofridos.
O tombamento é a forma de intervenção do Estado na propriedade privada, que tem por
objetivo a proteção do patrimônio histórico e artístico nacional.
Pelo tombamento, o Poder Público protege determinados bens, que são considerados
de valor histórico ou artístico, determinando a sua inscrição nos chamados Livros do
Tombo, para fins de sua sujeição a restrições parciais; em decorrência dessa medida, o
bem, ainda que pertencente a particular, passa a ser considerado bem de interesse
público.
O tombamento é sempre uma restrição parcial, não impedindo ao particular o exercício
dos direitos inerentes ao domínio; por isso mesmo, não dá, em regra, direito a
indenização; para fazer jus a uma compensação pecuniária, o proprietário deverá
demonstrar que realmente sofreu algum prejuízo em decorrência do tombamento.
O tombamento pode ser definido como o procedimento administrativo pelo qual o Poder
Público sujeita a restrições parciais os bens de qualquer natureza cuja conservação seja
de interesse público, por sua vinculação a fatos memoráveis da história ou por seu
excepcional valor arqueológico ou etnológico, bibliográfico ou artístico.
É procedimento administrativo, porque não se realiza em um único ato, mas numa
sucessão de atos preparatórios, essenciais à validade do ato final, que é a inscrição no
Livro do Tombo.
4) Modalidades:
1. Quanto à constituição ou procedimento: de ofício, voluntário ou compulsório;
Quando incide sobre bens públicos, tem-se o tombamento de ofício; processa-se
mediante simples notificação à entidade a quem pertencer (União, Estado ou
Município).
O tombamento que tem por objeto bens particulares podem ser voluntários ou
compulsórios.
2. Quanto à eficácia: provisório ou definitivo;
O tombamento provisório que ocorre com a notificação do proprietário, produz os mesmos
efeitos que o definitivo, salvo quanto à transcrição no Registro de Imóveis, somente
exigível para o tombamento definitivo.
3. Quanto aos destinatários: geral ou individual.
O individual é aquele que atinge um bem determinado e o geral que atinge todos os bens
situados em um bairro ou uma cidade.
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5) REQUISIÇÃO: é ato administrativo unilateral, autoexecutório e oneroso, consistente na
utilização de bens ou de serviços particulares pela Administração, para atender
necessidades coletivas em tempo de guerra ou em caso de perigo público iminente. Visa
buscar um bem particular para realizar a atividade pública; é um ato administrativo
coercitivo para o estabelecimento de zonas eleitorais. Não há indenização.
Pode-se requisitar serviços para época de eleições.
A requisição de alimento tem que ser fundada em um perigo público. A indenização é a
posteriori.
A requisição administrativa pode apresentar-se sob diferentes modalidades, incidindo
ora sobre bens, móveis ou imóveis, ora sobre serviços; é forma de limitação à
propriedade privada e de intervenção estatal no domínio econômico; justifica-se em
tempo de paz e de guerra.
A atual constituição prevê a competência da União para legislar sobre requisição civil e
militar, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra (art. 22, III).
Em qualquer das modalidades, a requisição caracteriza-se por ser procedimento
unilateral e autoexecutório, pois independe da aquiescência do particular e da
prévia intervenção do Poder Judiciário; é em regra oneroso, sendo a indenização
a posteriori. Mesmo em tempo de paz, só se justifica em caso de perigo público
iminente.
A requisição, quando recai sobre imóvel, confunde-se com a ocupação temporária; o seu
fundamento é o art. 5°, XXV.
Quando recai sobre bens móveis fungíveis, assemelha-se à desapropriação, porém, com
ela não se confunde: na requisição, a indenização é posterior, o fundamento é
necessidade pública inadiável e urgente; na desapropriação, a indenização é prévia e o
seu fundamento poder ser a necessidade pública, a utilidade pública e o interesse
social. Além disso, na desapropriação, o Poder Público depende de autorização judicial
para imitir-se na posse do imóvel.
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Característica típica das servidões, quer públicas, quer privadas, é a perpetuidade,
ou seja, perduram enquanto subsistir a necessidade do Poder Público e a utilidade
do prédio serviente.
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Seu fornecimento gratuito por parte da repartição pública é dever constitucional (CF/88,
art. 5º, XXXIV, ‘b’).
Órgãos Públicos:
• O Estado não tem vontade e nem ação própria. O interesse e a obrigatoriedade de agir, a
manifestação de vontade são atributos da pessoa física. Esses atributos da pessoa física são
dados ao Estado (órgãos da administração pública), através da atuação dos agentes
públicos.
O Órgão e o Agente
AGENTE PÚBLICO – Relações Jurídicas
Público se SOLICITAM.
Princípio da
Impessoalidade CONJUTO DE ATOS
ADMINISTRATIVOS
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da
administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre
seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de
desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre: (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998) (Regulamento) (Vigência)
I - o prazo de duração do contrato; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e
responsabilidade dos dirigentes; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
III - a remuneração do pessoal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
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A. A SUA POSIÇÃO NA ESTRUTURA ESTATAL;
B. A SUA COMPOSIÇÃO;
C. A ATUAÇÃO FUNCIONAL.
• Independentes:
Art. 2 – Poderes legislativo, Poder Executivo, Poder Judiciário;
NA ESFERA FEDERAL: o Congresso Nacional e as suas duas casas, a Presidência da
República, o STF, o TSE e o TST.
NO ÂMBITO ESTADUAL: Assembleia legislativa, a governadoria, o Tribunal de Justiça.
NO ÂMBITO MUNICIPAL: Câmara dos Vereadores, Chefe do Executivo.
Características dos órgãos Independentes:
1)Fixam as opções políticas do Governo;
2)Possuem independência administrativa, financeira e política;
3)Estão no ápice da estrutura organizacional;
4)Sujeitam-se ao controle de ordem constitucional;
5)Não possuem subordinação hierárquica ou funcional.
• Autônomos:
São órgãos situados no alto da estrutura organizacional, abaixo dos órgãos independentes e
a estes estão subordinados.
Ministérios e Secretarias;
Ex.: todos os ministérios porque estão subordinados ao Presidente da República; AGU, DPE
(Defensoria Pública do Estado) DPU (Defensoria Pública da União) (§ 3º ao art. 134 da C.F.).
CARACTERÍSTICAS:
1. Tem autonomia administrativa, financeira e técnica.
2. São órgãos de direção, de coordenação e de controle, de planejamento das atribuições e
competências.
3. Participam das decisões governamentais e executam suas atividades com autonomia,
observando as diretrizes traçadas pelos órgãos independentes.
• Superiores:
São órgãos de direção, de controle, de decisão, de comando em assuntos de sua respectiva
competência.
Ex.: Departamento de Polícia é um órgão superior subordinado ao departamento da justiça.
CARACTERÍSTICAS:
1. Órgão superior só possui autonomia de natureza técnica, não possui autonomia
orçamentária.
2. Possuem funções técnicas e de planejamento na área de sua correspondente atribuição.
Ex.: São as inúmeras repartições dos órgãos independentes e autônomos, como por exemplo:
secretarias, divisões, departamentos.
• Subalternos:
São órgãos com reduzido poder decisório e tem como função precípua executar as atividades
administrativas.
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CARACTERÍSTICAS:
1. Não possuindo autonomia administrativa, financeira, técnica ou política.
Ex.: Setor de Protocolo, as portarias, centros de saúde.
• Simples ou Unitários:
São dotados de um único centro de competências ou atribuições.
Não há outro órgão público para auxiliá-lo no exercício de suas funções.
Tendo mais de um agente público ou mais de um cargo, isso não desnatura sua unidade
orgânica.
Ex.: presidente da república, departamento da polícia federal, ministério da justiça.
• Compostos:
São órgãos integrados por outros órgãos públicos.
São órgãos menores, encarregados do exercício da mesma função principal, embora
especializado (atividade – fim), ou responsáveis por funções auxiliares (atividade – meio).
Ex.: Ministério (Federal). Secretaria (Estadual e Municipal). Na estrutura desse Ministério
estão os órgãos de pessoal, de transporte, com o intuito de realizar as suas respectivas
competências.
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Todavia se o interesse secundário for coincidente com o dever primário, poderá a
Administração praticar o ato.
→ Regime Jurídico-Administrativo:
• Conjunto de Prerrogativas + Deveres ou Restrições;
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• ESPÉCIES DE PRERROGATIVAS: presunção de veracidade de seus atos, pode requisitar
bens e serviços, auto - executoriedade, a autotutela, o poder de expropriar, ocupar
temporariamente imóvel alheio, o poder de instituir servidão, aplicar sanções administrativas,
alterar e rescindir unilateralmente os contratos, impor medidas de polícia, possui imunidade
tributária, prazos dilatados em juízo, juízo privativo, processo especial de execução.
F (finalidade)
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Á (ampla defesa)
C (contraditório)
I (interesse público)
L (legalidade)
PRO (proporcionalidade)
MO (moralidade)
MO (motivação)
• Princípio da Legalidade:
O princípio da legalidade é específico do Estado de Direito é o que lhe dá uma identidade
própria e está radicado especialmente nos arts. 5º, II, art. 37 caput e 84, IV da Constituição
A Administração Pública, em toda a sua atividade, encontra-se presa aos mandamentos da
lei e as exigências do Bem – Comum.
Efeitos = provoca a invalidade do ato administrativo e o seu autor responderá criminalmente,
civilmente e disciplinarmente.
Inciso I, do parágrafo único do art. 2º da Lei 9.784/99.
“a eficácia de toda atividade administrativa está condicionada ao atendimento da Lei e do
Direito.”
A Administração Pública, para além de ter que atuar em conformidade com a lei, deve
obrigatoriamente observar os princípios administrativos.
Sentido Formal ou Restrito: Atuação Administrativa em consonância com a Lei.
Sentido Amplo: Atuação administrativa em consonância aos princípios.
As leis administrativas têm natureza pública, não podem ser descumpridas, nem mesmo por
acordo ou vontade conjunta de seus aplicadores e destinatários.
IMPOSIÇÃO LEGAL PELA LEI REGULADORA DA AÇÃO POPULAR:
Ação Popular = São considerados nulos os atos lesivos ao patrimônio público quando
eivados de ilegalidade do objeto.
A ilegalidade do objeto ocorre quando o resultado do ato importa em violação de lei,
regulamento ou outro ato normativo.
• Princípio da Razoabilidade:
QUAL O OBJETIVO DO PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE?
R: Impor limites à discricionariedade administrativa.
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A OPORTUNIDADE E A A FINALIDADE DO
CONVENIÊNCIA DE UM LADO OUTRO
• Princípio da Proporcionalidade:
Celso Antônio Bandeira de Melo coloca que o princípio da proporcionalidade está
intimamente relacionado ao princípio da razoabilidade, porque o ato só poder ser realizado
na extensão e intensidade proporcionais para o cumprimento da finalidade de interesse
público.
A base legal desse princípio está esculpida segundo o autor no art. 37, c/c art. 5º, II e art.
84, IV.
Lei. 9.784/99 prevê o princípio da razoabilidade e da proporcionalidade – Art. 2º, parágrafo
único, VI)
Observância do critério de “adequação entre meios e fins (cerne da razoabilidade)”.
• Princípio da Finalidade:
“Afonso Queiro” o fim da lei é o mesmo que o seu espírito e o espírito da lei fazem parte da
lei mesma”. (BANDEIRA DE MELLO, p. 103).
O princípio da finalidade está contido na própria lei.
OBS: Desvio de Poder = Desvio de Finalidade (Ato praticado contrário ao interesse público).
OBS: Excesso de Poder está relacionado à Competência (Excesso de Competência);
ABUSAR DO PODER É USAR DO PODER ALÉM DE SEUS LIMITES. UM DOS LIMITES
DO PODER É O FIM PROPOSTO PELA LEI.
Com base no princípio da finalidade, destaca-se:
TODOS OS ATOS DA ADMINISTRAÇÃO SE VOLTAM OBRIGATORIAMENTE PARA O
INTERESSE PÚBLICO.
A finalidade tem um objetivo certo, esse objetivo é inafastável de qualquer ato administrativo.
Todo o ato que se afasta do interesse público é um ato inválido porque desviou de sua
finalidade.
Lei – nº 4.717/67, art. 2º, § único, “e” – Conceituou o desvio de finalidade como sendo:
“o fim diverso daquele previsto, explicita e implicitamente, na regra de competência do
agente”.
Tipos de Desvio de Finalidade:
1) Genérico: Quando o ato deixa de atender ao interesse Público.
Ex.: Desapropriação de bens para doá-los a um particular ou por perseguição ou como
medida de vingança.
2) Específico: quando o ato desatenta a finalidade indicada na Lei.
Ex.: Bolsa Família.
A lei nº 9.784/99 refere-se ao princípio da finalidade em seus dispositivos – art. 2º, § único,
XIII e III: “a interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o
atendimento do fim público a que se dirige”, vedada “a promoção pessoal de agente ou
autoridades”.
Se manifesta de forma implícita no texto constitucional, em específico no art. 5º, LXIX que
prevê o mandado de segurança, a concessão do mando se faz contra ilegalidade e abuso
de poder.
• Princípio da Moralidade:
A moralidade é um pressuposto de validade de todo ato da Administração Pública.
A moralidade de que se trata o art. 37 da C.F. não é a moral comum, mas uma moral jurídica.
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“A moral comum é imposta ao homem para sua conduta externa a moral administrativa é
imposta ao agente público para sua conduta interna”.
No exercício de sua atividade o agente público não terá que decidir somente entre o legal e
o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas
também entre o honesto e o desonesto.
O PRINCÍPIO DA MORALIDADE ENCONTRA-SE PREVISTO:
Código de Ética Profissional do Servidor Público Federal;
Art. 37 parágrafo 4º da C. F.;
Art. 2º- parágrafo único, IV da Lei 9. 784/99;
“atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé”.
OBS:
1º) A legalidade e a moralidade são colocadas pelo art. 37º da Const. como princípios
autônomos;
2º) Quais as consequências da prática de um ato administrativo eivado pela improbidade
administrativa?
A imoralidade administrativa produz efeitos jurídicos, porque acarreta a sua invalidade que
pode ser decretada tanto pelo judiciário como pela Administração. (Zanella – p. 70 a 71)
• Princípio da Igualdade:
O art. 5º, caput da Constituição prescreve que todos são iguais perante a lei.
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Igualdade Formal, Igualdade baseada no Critério Socioeconômico e Igualdade baseada no
critério da Identidade;
A Administração Pública deve tratar a todos igualmente, seja, quando concede benefícios,
isenções ou confere vantagens, assim como, multas, sanções, agravos, etc.
Todas as pessoas têm o direito de receber da Administração o mesmo tratamento.
Fundamentos legais:
Art. 3º, III e IV
Art. 5, I e 7º, XXX e XXXI
• Princípio da Motivação:
Compete a Administração Pública motivar os atos administrativos, dizendo quais são as
razões de fato (pressuposto de fato) e de direito (pressuposto de direito) que levaram a
Administração a proceder daquele modo.
A MOTIVAÇÃO DEVE SER:
a) prévia ou contemporânea e não após a realização do ato.
Ou seja, a motivação pode ser feita de forma a declarar a concordância com fundamentos
em pareceres, informações, decisões ou proposta, que nesse caso são partes integrantes
do ato (Art. 50, §1º).
A motivação das decisões dos órgãos colegiados ou de decisões orais deve constar de ata
ou de termo escrito (Art. 50, § 3).
Na solução de vários assuntos da mesma natureza pode ser utilizado meio mecânico que
reproduz os fundamentos da decisão, desde que isso, não prejudique direitos ou garantias
do interessado (Art. 50, § 2º)
A motivação é obrigatória para a assegurar a garantia da ampla defesa e do contraditório
previsto pelo art. 5º, LV da C.R.
NÃO É A CHANCELA DA AUTORIDADE QUE VALIDA O ATO E O TORNA RESPEITÁVEL
E OBRIGATÓRIO. É A LEGALIDADE A PEDRA DE TOQUE DE TODO ATO
ADMINISTRATIVO.
O fundamento Constitucional da obrigação de motivar está implícito no:
Art. 1º, II, visto que a cidadania consiste num fundamento da República;
No parágrafo único de que todo o poder emana do povo, como ainda, no art. 5º, XXXV que
assegura o direito à apreciação judicial nos casos de ameaça ou lesão de direito.
Teoria dos Motivos Determinantes:
Se a Administração, quer quando obrigatório, quer quando facultada, motivar o ato
administrativo, a Administração estará vinculada a esses motivos determinantes.
SE OS MOTIVOS FOREM FALSOS OU INEXISTIREM O ATO PRATICADO É NULO.
• Princípio da Autotutela:
É dever da Administração Pública invalidar, espontaneamente ou mediante provocação, o
próprio ato que foi realizado de forma contrária à sua finalidade, por ter sido inoportuno ou
inconveniente, imoral ou ilegal.
Nessa direção, emerge duas oportunidades do Controle dos Atos Administrativos:
1) Uma interna – pela própria Administração;
2) Outra externa – pelo Poder Judiciário.
A Administração pode desfazer os seus atos:
a) POR CONSIDERAÇÕES DE MÉRITO;
b) POR CONSIDERAÇÕES QUANDO A ILEGALIDADE DO ATO.
Poder Judiciário ao examinar os atos praticados pela Administração - Controle Judiciário –
só pode fazê-lo em relação a sua legalidade.
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SÚMULA 473 DO STF “A ADMINISTRAÇÃO PODE ANULAR SEUS PRÓPRIOS ATOS
QUANDO EIVADOS DE VÍCIOS QUE OS TORNAM ILEGAIS, OU REVOGÁ-LOS, POR
MOTIVO DE CONVENIÊNCIA OU OPORTUNIDADE, RESPEITADOS OS DIREITOS
ADQUIRIDOS E RESSALVADAS, EM TODOS OS CASOS, A APRECIAÇÃO JUDICIAL”.
• Princípio da Eficiência:
A atividade administrativa deve ser exercida com presteza, perfeição e rendimento funcional.
Dec. Lei n 200/67, diz:
1. Submete toda a atividade do executivo ao controle de resultados – arts. 13 e 25, V,
fortalece o sistema de mérito (art. 25, VIII).
2. Sujeita a Administração Indireta a supervisão ministerial quanto à eficiência
administrativa (art. 26, III);
3. Recomenda a demissão ou dispensa do servidor comprovadamente ineficiente ou
desidioso (Art. 100).
O art. 41 da C.F permite a demissão ou dispensa do servidor estável mediante procedimento
de avaliação de desempenho, na forma da lei complementar.
Estabelece como condição para a aquisição da estabilidade, à avaliação especial de
desempenho por Comissão instituída para essa finalidade.
O QUE É EFICIÊNCIA FUNCIONAL?
A eficiência é vista em sentido amplo – abrangendo não só a produtividade do exercente do
cargo ou da função como a perfeição do trabalho e sua adequação técnica aos fins visados
pela Administração.
Cabe a Administração avaliar os resultados, confrontar o desempenho e
• Princípio da Publicidade:
TODOS OS ATOS DA ADMINISTRAÇÃO DEVEM SER PUBLICADOS?
R: Não. O pedido de retificação de dados Art. 5º, LXXII, B. As atividades relacionadas com
a segurança nacional (art. 5º, XXXIII, da C.F), os atos relacionados a determinados
processos disciplinares não são publicados.
A autoridade competente deve nos casos de impossibilidade de publicação dos atos
administrativos, declará-los sigiloso de forma prévia e deve motivar o ato declaratório – O
sigilo deve ser declarado.
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Art. 5º, XXXIII;
Art. 2º, parágrafo único, da lei Federal nº 9.784/99;
Medida Provisória nº 228, de 09/12/2004;
Lei Federal nº 11.111, de 05/05/2005 – que regulamenta o acesso aos documentos públicos
de interesse particular ou de interesse coletivo ou geral.
COMO A ADMINISTRAÇÃO DÁ CONHECIMENTO DE SEUS ATOS?
Através da publicação, ou se isso não for possível, expedirá uma certidão, tornando os seus
atos transparentes.
QUAIS SÃO OS EFEITOS DA PUBLICAÇÃO OFICIAL?
❖ presumir o conhecimento dos interessados em relação ao comportamento da
Administração Pública direta, indireta e fundacional.
❖ desencadear o decurso dos prazos de interposição de recursos.
❖ marcar o início dos prazos de decadência e prescrição.
❖ Impedir a alegação de ignorância em relação ao comportamento da Administração
Pública direta ou indireta.
ONDE DEVE SER FEITA A PUBLICAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO?
A publicação deve ser feita no Órgão Oficial.
QUEM É O ÓRGÃO OFICIAL?
R: o Órgão Oficial é o Jornal, público ou privado, destinado a publicação dos atos estatais.
TODOS OS ATOS DA ADMINISTRAÇÃO DEVEM SER DIVULGADOS NO DIÁRIO OFICIAL
DA UNIÃO?
Não. Porque os atos declarados sigilosos não são divulgados;
1. A aplicabilidade do princípio da publicidade dos atos administrativos não pode ser
desvirtuada.
2. Não se comete a infração com a colocação dos nomes das autoridades públicas
responsáveis por determinada obra em placa alusiva à sua inauguração ou com a
colocação de fotos de autoridades em galerias especialmente criadas, a exemplo das
Galerias dos ex-Prefeitos.
3. AS SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA SE SUBORDINAM AO PRINCÍPIO DA
PUBLICIDADE? A regra é não. Porém se essas sociedades estiverem prestando serviço
público, estão sujeitas à publicidade dos atos. Assim, só não submeteram a esse
princípio se atuarem na qualidade de interventoras da atividade econômica, em
consonância ao Art. 173 do C.F.
Abrangência do Princípio da Publicidade:
A publicidade abrange toda a atuação estatal, não só sob o aspecto de divulgação oficial
de seus atos, como, também deve dar conhecimento da conduta interna de seus agentes.
NESSE SENTIDO, A PUBLICIDADE ATINGE:
1) Os atos concluídos e em formação;
2) Os processos em andamento;
3) Os pareceres dos órgãos técnicos e jurídicos;
4) Os despachos intermediários e finais;
5) Os atos de julgamentos das licitações;
6) Os contratos com quaisquer interessados;
7) Os comprovantes de despesas e as prestações de contas submetidas aos órgãos
competentes.
Publicidade X Processe Administrativo:
A Lei n.9.784/99 que trata do processo administrativo determina que a intimação do
interessado para ciência da decisão ou efetivação de diligência, pode ser efetuada:
❖ por ciência no processo;
❖ por via postal com aviso de recebimento;
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❖ por telegrama ou por outro meio que assegure a certeza de sua ciência.
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• O Gestor não possui liberdade de ação, ficando vinculado aos ditames legais;
• É um instrumento do administrador público; é a competência dada para que o administrador
público realize, edite atos, etc. para o interesse público. É competência presa ao que é dito
na lei.
• Quando a lei confere à Administração Pública poder para a prática de determinado ato,
estipulando todos os requisitos e elementos necessários à sua validade. Refere-se à
competência para a prática de determinados atos, visando sempre o interesse social e a
correta aplicação da lei.
Ex.: Para promover algum servidor público, o administrador não pode avaliar se Fulano é
mais produtivo, mas sim por critério de antiguidade. Mas importante ressaltar que o poder
vinculado não pode contrariar os princípios constitucionais.
Ex.: Aposentadoria Compulsória;
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• O Poder Discricionário é, dessa forma, pautado no mérito, sendo um poder de escolha, um
juízo valorativo. O Judiciário não pode interferir no mérito administrativo, pois isso seria um
equívoco.
• O tombamento, por exemplo, é feito pelo Poder Executivo, não pelo Poder Judiciário. O
tombamento pressupõe um bem que possua valor histórico, arquitetônico, etc. O Poder
Judiciário pode apenas aferir sobre a ilegalidade ou não do mérito administrativo.
• O administrador público, portanto, pode ser arbitrário por detrás do mérito. Mérito tem que
atingir o interesse público, não pode decorrer de uma conduta arbitrária.
• O ato arbitrário, por sua vez, deve ser analisado pelo Poder Judiciário, pois não constitui ato
de mérito.
• IMPORTANTE!!! O ato arbitrário não significa dizer que o ato é ilegal, pois aquele é
contra o interesse público e este é contra a lei.
• Se houve erro no exercício do poder vinculado é um ato ilegal, se houve erro no
exercício do poder discricionário já é um ato arbitrário.
Poder Disciplinar:
• Compete a Administração Pública apurar e aplicar penalidades junto as pessoas que
possuem algum vínculo com a Administração Pública.
• Possibilidade de a Administração pública investigar e aplicar punições a pessoas que tem
relação estatutária com a mesma (como o servidor público);
• Suspensão, demissão e advertência;
• Quem possui vínculo com a AP?
45
→ Os servidores e empregados públicos.
→ As demais pessoas sujeitas à disciplina administrativa.
• Disciplinar é estabelecer conforme a realidade social; atinge aqueles que estão
desempenhando atividade pública. É um poder utilizado para apurar faltas e aplicar sanções.
• É conferido à Administração para apurar infrações e aplicar penalidades funcionais a seus
agentes e demais pessoas sujeitas à disciplina administrativa, como é o caso das que por
ela são contratados. Coloca de acordo com a realidade social. Atinge aqueles que estão
sob controle do Estado e atua na administração pública.
Ex.: Utilizar-se de bens públicos para fins particulares. → É uma ilicitude que deve ser
apurada e penalizada pelo poder público através do Poder Disciplinar.
• Penas:
▪ Pena de advertência no exercício do poder disciplinar.
▪ Processo disciplinar.
▪ Suspensão.
▪ Exoneração.
• No poder disciplinar não há sanções específicas. Portanto, o poder disciplinar é um
poder conferido ao administrador público para apurar faltas e aplicar sanções – pena
de advertência no exercício do poder disciplinar.
• A censura é um tipo de apenamento, assim como a suspensão no exercício das atividades.
• Todo servidor público quando é nomeado tem três responsabilidades: civil, administrativa e
penal.
• Para apenar tem que haver um processo administrativo disciplinar com amplo contraditório.
• Também há pena de expulsão (demissão) que é uma pena administrativa, assim como
advertência.
• As penas administrativas são ATÍPICAS (não têm um tipo definido). Quem traz a pena
é o administrador público em razão do mérito administrativo.
• O administrador, portanto, é livre para aplicar a pena que quiser. As penalidades que
admitem amplo contraditório são a suspensão e a expulsão (demissão).
• Lembrando que as penas administrativas são de MÉRITO, pois dependem do juízo de
conveniência e oportunidade do administrador público para instaurar um processo
administrativo-disciplinar ou apenas para aplicar uma advertência ou censura.
• O serviço de ensino sendo um serviço público de educação submete-se ao processo
administrativo disciplinar em qualquer instituição de ensino, sendo pública ou privada.
• No processo administrativo não há coisa julgada, pois sempre pode haver revisão pelo
Poder Judiciário.
OBS.: Exoneração é um ato da administração que corta o vínculo sem qualquer tipo de
penalidade. É diferente de demissão que é efetivamente a expulsão – tem um amplo
contraditório. Exoneração é um ato de vontade.
• Se estiver um processo em curso, não há o que se falar em exoneração, pois está sub iudice
e tem que esperar o fim do processo administrativo.
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distribui as atribuições, fazendo com que a hierarquia nasça (Figuras do superior e do
Subalterno).
• A ordem administrativa deve ser sempre cumprida, exceto quando estas sejam
manifestadamente ilegais.
• Todo poder é dever e quem detém responde por suas ações e omissões.
• Outras atribuições do poder hierárquico:
1) AVOCAÇÃO: é chamar atribuições de quem tem competência menor a quem tem
competência maior.
2) DELEGAÇÃO: é a transferência de atribuições. Na delegação, a responsabilidade é do
delegante (quem tem a atribuição e a transfere) e do delegado que responde também
subsidiariamente.
• A organização funcional do Estado é baseada em dois fundamentos:
1) Distribuição de Competências;
2) Hierarquia entre os agentes.
“Art. 78. Considera-se poder de polícia a atividade da administração pública que, limitando
ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato,
em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes,
à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes
de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à
propriedade e aos direitos individuais ou coletivos”.
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O objeto de estudo é a polícia administrativa que seria um poder de instrumento
(competência) imposto por lei que faz com que o administrador público possa frenar direitos
e atribuições dos cidadãos. Há uma restrição da liberdade caso haja necessidade pública
(em benefício de um bem maior que é a coletividade) e uma restrição da propriedade.
O poder de polícia é uma forma de cerceamento, de limitação da liberdade e da propriedade
em prol do bem comum. Hoje, o poder de polícia também atinge as pessoas jurídicas.
A polícia judiciária é aquele que atua auxiliando o Poder Judiciário. Já a polícia administrativa
atua em favor do Poder Executivo na Administração Pública. Não há distinção de ambos os
institutos pela prevenção ou correção. A grande distinção é que a polícia judiciária atua em
favor da pessoa, já a polícia administrativa tem como objeto os atos, é instrumento do
Poder Executivo que limita a liberdade e o direito de propriedade das pessoas.
• Espécies de Poder de Polícia na Administração Brasileira:
a) POLÍCIA DE COSTUMES: são os atos estatais que protegem a cultura de uma sociedade,
os bons costumes. Há uma proteção aos bons costumes em prol da sociedade. Ex.:
censura em novelas, revistas pornográficas, etc. (há uma proteção ao menor).
A polícia de costumes é ato de censura; poder instrumental. A censura é
manifestação do Estado Democrático de Direito.
b) POLÍCIA DOS LOGRADOUROS PÚBLICOS: são os atos estatais para zelar pelo bem
público (lugar público), como por exemplo, a proibição de afixar cartazes em paredões, a
proibição de “camêlos”, onde há a venda (comércio) ilegal de mercadorias em local público
(pode haver a apreensão de toda a mercadoria, mas a polícia administrativa não tem
competência para prender o cidadão).
c) POLÍCIA DE TRÂNSITO: tem por objetivo assegurar o bom funcionamento do trânsito.
Trânsito é poder de polícia = pode de polícia concomitante ou correlata, pois ocorre nas
três esferas de poder (União, Estados e Municípios). Como exemplo, temos as
sinalizações de trânsito.
Todo poder de polícia tem sanção e tem mérito administrativo na própria escolha
da sanção. No caso do poder de polícia de trânsito, uma das sanções é a multa.
d) POLÍCIA DE PESOS E MEDIDAS: é a fiscalização da fabricação de produtos, como a
atuação do INMETRO, por exemplo, que deve fiscalizar a qualidade/veracidade das
mercadorias que são postas à venda. Há a necessidade da identificação de produtos com
etiquetas, rótulos.
Tudo que é colocado no mercado deve ter discriminado a quantidade, tamanho, tecido,
etc.
e) POLÍCIA DE SAÚDE: fiscalização das condições hospitalares em nome da saúde pública.
A penalidade pode chegar a fechar estabelecimentos. Pode ocorrer também em casos de
supermercados que estejam comercializando produtos fora do prazo de validade.
f) POLÍCIA EDILÍCIA: é a polícia de construção que segue o plano da cidade e fiscaliza as
construções que serão realizadas.
g) POLÍCIA FUNERÁRIA: é a determinação dos locais de enterramento das pessoas; há
locais determinados para tal (cemitérios ou crematórios). É de competência municipal.
• IMPORTANTE!!! O poder de polícia é coercitivo (ele obriga por meio de sanções), tem mérito
administrativo e se auto edita (auto executoriedade). São três, portanto, características
importantes do poder de polícia.
• A Administração Pública submete ao Regime jurídico administrativo que contempla dois
aspectos que lhe são fundamentais:
• Regime Jurídico Administrativo:
1) Prerrogativas: que são concedidas a Administração Pública para o exercício de suas
atividades;
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2) Sujeições: São os limites de atuação administrativa em benefício dos direitos dos
cidadãos.
• É por este mecanismo de frenagem que o Estado irá deter as atividades do particular que
for nociva, inconveniente, contrária ao:
Tipos de Polícia:
1) Polícia Administrativa - atua sobre bens, direitos e atividades do indivíduo;
2) Polícia Judiciária - atua sobre pessoas individualmente e indiscriminadamente;
3) Polícia de Manutenção da Ordem Pública - atua de forma preventiva e repressiva;
49
➔ Apreensão de mercadorias deterioradas.
• O poder de polícia possui atributos que lhe são específicos, tais como:
DAC
1) Discricionariedade;
→ Liberdade para escolher quais atividades serão fiscalizadas, quais sanções serão
aplicadas;
OBS: Alguns atos de polícia podem ser vinculados (Ex.: Licença):
→ A Administração Pública é livre para escolher de acordo com a oportunidade e a
conveniência.
→ Discricionariedade:
a) Para aplicar sanções;
b) Para escolher os meios a fim de atingir ao fim colimado;
→ Intuito: assegurar o interesse público;
→ DISCRICIONARIEDADE é a liberdade de agir dentro dos limites legais.
→ ARBITRARIEDADE é uma ação praticada com abuso e desvio de poder – Ato arbitrário
é sempre ilegítimo e inválido, portanto, nulo.
2) Autoexecutoriedade:
→ Atos administrativos produzem efeitos independentemente de ordem judicial;
OBS: alguns atos de polícia podem ser não autoexecutórios (Ex.: Cobrança de multa
não paga);
2.1) Exigibilidade;
2.2) Executoriedade;
3) Coercibilidade:
→ Medidas podem ser impostas ao administrado, inclusive mediante o emprego de força;
OBS: Alguns atos de polícia pode ser ou não coercitivos (Ex.: Atos preventivos, como
licenças e autorizações);
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• O que é o abuso de poder? É quando a Administração Pública utiliza do poder de forma
anormal.
• O que ocorre quando há o uso anormal do poder? Pode ocorrer o excesso de poder ou o
desvio de poder.
• Excesso: quando o agente público age fora ou além de sua competência;
• Desvio: quando o agente público age dentro de sua competência, porém com uma
finalidade diversa ao interesse público;
• Omissão;
O que é Poder?
• O poder é um instrumento de realização do interesse público e cada servidor público será
investido de uma parcela necessária deste poder para que ele possa desempenhar a sua
função.
• Portanto,
a) Poder não é privilégio, benefício ou vantagem.
b) Poder é um instrumento de trabalho do servidor público.
• O servidor público utiliza-se destes poderes normalmente, no exercício de suas atribuições
para o cumprimento do interesse público
51
• O Poder Legislativo controla a administração indireta, exemplo: através das CPI’s; Tribunal
de Conta da União.
• O Poder Judiciário controla a administração indireta através das diversas ações judiciais,
exemplo mandado de segurança, habeas data, ação popular.
• O Poder Executivo controla a administração indireta através da supervisão ministerial,
controlando finalidade, controle de receitas e despesas.
• Previsão Constitucional:
ART. 37, INCISO XIX DA CF – SOMENTE POR LEI ESPECÍFICA PODERÁ SER CRIADA
AUTARQUIA E AUTORIZADA A INSTITUIÇÃO DE EMPRESA PÚBLICA, DE SOCIEDADE
DE ECONOMIA MISTA E DE FUNDAÇÃO, CABENDO À LEI COMPLEMENTAR, NESTE
ÚLTIMO CASO, DEFINIR AS ÁREAS DE SUA ATUAÇÃO.
STF decidiu que a exigência da autorização legislativa “em cada caso” não significa
necessidade de “uma lei para cada subsidiária a ser criada”. É suficiente, para satisfazer a
exigência do art. 37, XX, CF, a existência de um dispositivo conferindo genericamente a
autorização para a criação de subsidiárias na própria lei que criou (ou autorizou a criação de)
determinada entidade da administração indireta. (ADIN 1649-DF, in Info 341 e 349 do STF)
• Administração Indireta:
➔ Entidades Personalizadas:
1) Autarquias:
1.1) Comum;
1.2) De regime especial.
2) Fundações:
2.1) De direito público;
2.2) De direito privado.
3) Empresas:
3.1) Públicas;
3.2) Sociedades de Economia Mista.
4) Associações Públicas:
4.1) Consórcios Públicos.
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Regime Jurídico:
• QUAL A DIFERENÇA ENTRE PESSOAS DE DIREITO PÚBLICO E DE DIREITO PRIVADO?
• Pessoas públicas;
• Pessoas de direito privado instituída pelos particulares;
• Pessoas de direito privado instituída pelo Poder Público.
• Quais são os critérios que distinguem as pessoas públicas das pessoas privadas
constituídas por particular?
• Quais são os traços comuns entre o regime jurídico das pessoas públicas e o das pessoas
de direito privado instituídas pelo estado?
➢ TRAÇOS COMUNS ENTRE AS PESSOAS PÚBLICAS E AS PESSOAS DE DIREITO
PRIVADO INSTITUÍDAS PELO ESTADO:
1) Têm personalidade jurídica própria o que implica direitos e obrigações definidas em
lei, patrimônio próprio, capacidade de autoadministração, receita própria.
2) Sua criação é sempre feita por lei ou por autorização legislativa – art. 37, XIX e XX da
C.F.
3) Sua finalidade não é o lucro e sim a consecução do interesse público.
4) Ausência de liberdade na fixação ou modificação de seus próprios fins. É a própria lei
que, ao criar a entidade define o seu objeto, o qual só pode ser alterado por outra lei
da mesma natureza.
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5) Não tem a possibilidade de se extinguirem pela própria vontade – Princípio do
paralelismo. Se criada por lei, só outra lei poderá extingui-la. Por isso não se aplicam
a essas entidades as formas normais de extinção previstas no direito civil e comercial.
6) A todas elas se aplica o controle positivo do Estado, o qual tem por finalidade verificar
se a entidade está cumprindo os fins para os quais se destinam.
Autarquias:
• Na visão de Celso Antônio Bandeira de Mello, as autarquias “são pessoas jurídicas de direito
público de capacidade exclusivamente administrativa”.
• Na visão de Zanella, “São pessoas jurídicas de direito público, criada por lei, com capacidade
de autoadministração, para o desempenho de serviço público descentralizado, mediante
controle administrativo exercido nos limites da lei”.
• Características:
a) Criação por lei;
A criação por lei é uma exigência que vem desde 1943 (Dec. 6.016/43) e repete-se no
Dec. 200/67, bem como consta no art. 37, XIX da Constituição.
b) Personalidade jurídica de direito público;
54
O fato de as autarquias serem pessoas jurídicas significa que essas entidades são
titulares de direitos e obrigações que lhes são próprios. Portanto, esses direitos e
obrigações são distintos daqueles pertencentes ao ente que a instituiu;
A sua natureza é pública, porque se submete ao regime jurídico de direito público, quanto
a sua criação, a sua extinção, aos seus poderes, as suas prerrogativas, aos seus
privilégios e sujeições.
c) Capacidade de autoadministração;
As autarquias se diferenciam das pessoas jurídicas públicas políticas (União, Estados e
Municípios), porque elas não possuem autonomia de criar o próprio direito, enquanto as
pessoas jurídicas públicas políticas têm o poder de criar o próprio direito, dentro de um
âmbito de ação fixado pela própria Constituição.
A autarquia tem, apenas, a capacidade de se autoadministrar a respeito das matérias que
lhe foram destinadas pela pessoa pública política que lhe deu vida.
E, para que possam se autoadministrarem, lhe é outorgado um patrimônio próprio, sem
qual não teria a capacidade de se autoadministrar.
d) Especialização dos fins ou atividades;
As autarquias se enquadram dentro da modalidade de descentralização por serviços ou
funcional, ou seja, a autarquia possui capacidade específica para a prestação de serviços
determinados.
O reconhecimento dessa capacidade específica das autarquias deu origem ao princípio
da especialização, que as impede de exercer atividades diversas daquelas para as quais
foram criadas;
e) Sujeição a controle ou tutela.
O controle administrativo ou tutela é indispensável para que a autarquia não se desvie
dos fins para os quais foi criada. Esse controle se faz nos limites estabelecidos em lei.
• Descentralização:
Nós dizemos que as autarquias são entes descentralizados quando, no bojo dos diversos
tipos de serviços públicos executados pela Administração Pública, a Administração destaca
ou pinça um desses serviços para atribuí-lo a outra pessoa jurídica, daí o seu conceito como
serviço público descentralizado.
• Espécies:
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A) Autarquia Comum.
B) Autarquia Funcional: Fundação Pública de Direito Público;
C) Autarquia Territorial: é a divisão geográfica, com personalidade jurídica própria, criada
para prestar serviços genéricos à sociedade – Territórios Federais;
D) Autarquia Profissional/Corporativa: Conselhos de Fiscalização das Profissões;
E) Autarquia Interfederativa: integra a administração indireta de mais de um ente federado.
– Na forma de Associação Pública (Consórcios Públicos);
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Regulamentação sobre a matéria de ordem técnica, com base nos parâmetros e nas
diretrizes da lei.
a.2) Função Administrativa:
Realizam procedimentos licitatórios para escolha de concessionário ou
permissionário de serviços públicos;
Celebram contratos de concessão e permissão de serviços públicos;
Praticam atos unilaterais de outorga de autorização;
Fiscalizam a execução de atividades sob sua competência;
Aplicam sanções administrativas;
a.3) Função Quase-Jurídica:
Resolução de conflitos afetos à área regulada;
Instância administrativa.
b) Possuem:
b.1) Autonomia Decisória:
Caráter final de suas decisões;
Não passível de apreciação por outros órgãos ou entidades Administrativas
Públicas.
b.2) Autonomia Administrativa:
Relativa estabilidade de seus dirigentes;
Investidura a termo (mandato fixo);
Vedada exoneração ad nutum;
b.3) Autonomia Financeira:
Possuem recursos próprios;
Instituição de taxas de regulação.
c) Controle:
c.1) Controle do Legislativo:
Seus atos normativos não podem conflitar com normas constitucionais e legais;
Sujeitas ao controle e à fiscalização do Congresso Nacional – Art. 49, X da CF;
Sujeitas ao controle financeiro, contábil e orçamentário – Art. 70 da CF;
c.2) Controle do Executivo:
Tutela Administrativa ou Controle finalístico;
Exercido pelo Ministério a que se acham vinculadas – Supervisão Ministerial – Art.
87, inciso I da CF;
c.3) Controle do Judiciário:
Sujeitas ao controle jurisidicional;
Princípio da inafastabilidade da jurisição – Art. 5º, inciso XXXV da CF;
Finalidade – Exercer o controle e a fisclização:
1) Dos seviços públicos:
1.1) Delegados;
1.2) Livres.
2) De atividades de interesse público.
b) Agência Executiva:
▪ Uma velha autarquia ou uma velha fundação pública sucateada, que necessita de uma
modernização (de um plano estratégico de reestruturação) para se tornar eficiente. Não é
uma nova entidade estatal, mas de uma pré-existente com novo atributo.
▪ Celebra contrato de gestão com a Administração Direta. Para receber mais recursos,
liberdade e autonomia.
Ex.: INMETRO, Agência Desenvolvimento da Amazônia (ADA).
57
Conceito de Fundação:
• Fundação consiste em uma entidade instituída pelo poder público como o patrimônio, total
ou parcialmente público, dotado de personalidade jurídica, de direito público ou privado, e
destinado, por lei, ao desempenho de atividades do Estado na ordem social, com capacidade
de autoadministração e mediante controle da Administração Pública, nos limites da lei.
• Fundação Pública:
✓ Patrimônio: Dotado de personalidade jurídica de Direito Público ou de Direito Privado;
✓ Destinado por lei, à prestação de atividades públicas na área social;
✓ Atribuição de personalidade jurídica a determinado patrimônio, destinado a fim específico;
✓ Área de atuação – lei complementar – Art. 37, XIX da CF;
✓ Natureza Jurídica:
A) Fundação Pública de Direito Público:
a) Criação:
Criada por Lei específica – Art. 37, XIX da CF;
b) Regime Jurídico:
Somete-se às mesmas sujeições e prerrogativas que caracterizam o regime jurídico de
direito público;
Espécie do gênero Autarquia – Fundações Autárquicas;
Ex.: FUNAI;
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2) PERSONALIDADE JURÍDICA PÚBLICA OU PRIVADA, ATRIBUÍDA POR LEI;
3) DESEMPENHO DE ATIVIDADE ATRIBUÍDA AO ESTADO NO ÃMBITO SOCIAL:
Compete as fundações desempenharem atividades sociais que são atribuídas ao Estado.
Disso decorre a ideia de descentralização de uma atividade estatal e que também a
Fundação é uma forma adequada para o desempenho de funções de ordem social, cujo
objetivo é atender pessoas estranhas à entidade ou indeterminadas: como saúde,
educação, cultura, meio ambiente, assistência.
4) CAPACIDADE DE AUTOADMINISTRAÇÃO;
5) SUJEIÇÃO AO CONTROLE ADMINISTRATIVO OU TUTELA:
Essa sujeição se faz nos termos da lei.
• Conceito de Fundação – Personalidade Jurídica de Direito Privado:
IV - Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem
fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de
atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com
autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e
funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes. LEI No 7.596, DE 10 DE
ABRIL DE 1987.
• Características da Fundação de Dirieto Privado:
A fundação com personalidade jurídica de direito privado, nunca se submete inteiramente ao
regime privado. Sua posição perante o Poder Público é a mesma das sociedades de
economia mista e empresas públicas. Porque tanto, a fundação, a sociedade de economia
mista e as empresas públicas:
1. são entidades públicas com personalidade jurídica de direito privado;
2. são instrumentos de ação do Estado para a consecução de seus fins;
3. Todas se submetem ao controle estatal para que à vontade do ente público que as institui
seja cumprida;
4. Nenhuma delas se desligam da vontade do Estado, para ganhar vida inteiramente própria;
5.Todas gozam de autonomia parcial, nos termos que outorgou as respectivas leis
instituidoras.
• Normas de Natureza Pública que se Aplicam às Fundações de Direito Privado:
São as seguintes normas de natureza pública que se aplicam às fundações de direito
privado:
1. Subordinação à fiscalização, controle e gestão financeira, o que inclui fiscalização pelo
Tribunal de Contas e controle administrativo, exercido pelo poder executivo (supervisão
ministerial), com sujeição a toadas as medidas indicadas no art. 26 do Dec. 200 (art. 49,
inciso X, 72 e 73 da Constituição);
2. Constituição autorizativa em lei (art. 1º, inciso II da Lei nº 7.596 e art. 37, inciso XIX da CF.
3. Sua extinção somente poderá ser feita por lei.
4. Equiparação dos seus empregados aos funcionários públicos para os fins previstos no art.
37 da C. F., inclusive acumulação de cargos. Para fins criminais aplica-se o art. 327 o Código
Penal. Para fins de improbidade administrativa aplicam-se os arts. 1º e 2º da Lei nº 8.429/92.
5. Sujeição dos seus dirigentes a mandado de segurança quando exerça função delegada
do Poder Público, somente no que entender com essas funções (art.1º, §1º, da Lei nº
1.533/51 e art. 5º, inciso LXIX, da C.F.), cabimento de ação Popular contra ato lesivo ao seu
patrimônio (art. 1ºda Lei nº. 4.717/65 e art. 5º, inciso LXXIII, da C.F); legitimidade ativa para
propor ação civil pública.
6. Submissão à lei nº 8.666/93, nas licitações e contratos nos termos dos artigos 1º e 119.
7. Em matérias de finanças públicas, as exigências contidas nos arts. 52, VII, 169 e 165, §§
5º e 9º, da C.F.
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8. Imunidade tributária referente ao imposto sobre o patrimônio, a renda ou serviços
vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes (art. 150, §2º, da
Constituição).
Autarquias x Fundações:
• Os dois órgãos fazem parte da Administração Pública Indireta;
AUTARQUIAS FUNDAÇÕES
CONCEITO Executam atividades típicas da Possuem caráter social, sem fins
Administração Pública. lucrativos.
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Personalidade Jurídica Pública; Personalidade Jurídica Pública;
Capacidade de Capacidade de
CARACTERÍSTICAS autoadministração; autoadministração;
Sujeição ao Controle ou Tutela. Sujeição ao Controle ou Tutela;
Atividade em âmbito social;
Dotação patrimonial.
CRIAÇÃO Através de Lei Específica. Por Lei: quando de Direito
E Público;
EXTINÇÃO Por autorização do Legislativo:
quando de Direito Privado.
100% Público. Direito Público: Bens Públicos;
PATRIMÔNIO Direito Privado: Bens privados.
REGIME JURÍDICO DE Estatutário. Direito Público: Estatutário;
PESSOAL Direito Privado: Celetista.
Imunidade tributária; Direito Público: Imunidade
PRERROGATIVAS tributária;
Impenhorabilidade de bens; Prazos Especiais;
Imprescritibilidade de bens; Regime de Precatórios.
Créditos sujeito a execução Direito Privado: Somente
fiscal. imunidade tributária;
Empresas Estatais:
• As empresas governamentais são pessoas jurídicas de direito privado, instituídas pelo
Estado mediante autorização legislativa específica para, em nome do Estado, explorar
diretamente uma atividade econômica relacionada com a execução de políticas públicas, e
integram a administração indireta, vinculando-se ao órgão da administração
direta responsável pela sua área de atividade e estando sujeitas a supervisão da
administração direta. São, geralmente, sociedades anônimas em que o Estado é o acionista
majoritário. As empresas estatais são apenas de dois tipos:
A) Empresa pública;
B) Sociedade de economia mista.
• Quanto à finalidade, a empresa estatal pode ser:
a) Empresa exploradora de atividade econômica de produção e comercialização de bens;
• Empresa Pública e Sociedade de Economia Mista:
→ Empresa Pública:
As empresas públicas se subdividem em duas categorias:
1) empresa pública unipessoal, com patrimônio próprio e capital exclusivo da União;
2) empresa pública de vários sócios governamentais minoritários, que unem seus
capitais à União, tendo, esta, a maioria do capital votante.
A empresa pública tanto pode ser criada originariamente pelo Estado como ser objeto
de transformação de autarquia ou de empresa privada.
Ex.: Caixa Econômica Federal, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos,
a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, o Serviço Federal de Processamento
de Dados e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social são exemplos
de empresas públicas.
→ Empresa de Economia Mista:
Empresa de economia mista ou sociedade de economia mista é uma empresa cujo
capital é majoritariamente detido pelo governo, mas que tem sócios privados e que,
geralmente, tem suas ações negociadas em bolsas de valores.
Ex.: Petrobras, Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, Banco do
Brasil, Banco Nossa Caixa, Eletrobras.
• Sociedade de Economia Mista e Empresas Públicas:
→ Sociedade de Economia Mista:
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✓ Conceito:
Significa que a maior parte do capital da empresa pertence ao Estado.
Dessa forma, a menor parcela das ações pode pertencer a pessoas físicas.
Pessoa Jurídica de Direito Privado, integrantes da administração indireta, instituídas
pelo poder público, mediante autorização em lei específica, sob a forma de
sociedade anônima e com capitais públicos e privados.
✓ Criação:
Ato do poder público:
1) Inscrição do ato constitutivo no registro competente – Art. 45 do CC.
2) Após autorização em lei específica – Art. 37, XIX da CF.
Criação Subsidiária: Necessária autorização legislativa para criação – Art. 37, XIX
da CF.
OBS: Não precisa ser autorização específica – Pode constar da própria lei que
autorizou a instituição estatal.
✓ Regime Jurídico:
1)Explora Atividade Econômica:
Regime jurídico de Direito Privado;
Derrogado somente no que dispõe a CF – Art. 173, §1º, II da CF;
2)Presta Serviço Público:
Regime jurídico de Direito Privado;
Derrogado por – Art. 175 da CF:
2.1) CF – Ex.: Responsabilidade civil objetiva (sujeição) – Art. 37, §6º da CF;
2.2) LEI;
✓ Traços Distintos:
A) Forma de Organização:
Sociedade Anônima (capital aberto ou fechado);
B) Composição do Capital:
Capital público e privado.
C) Foro Processual:
Justiça Estadual.
✓ Regime Pessoal:
Emprego Público – CLT – Obrigatoriedade de concurso público.
→ Empresas Públicas:
✓ Conceito:
Quando alguém usa este termo, está querendo dizer que a empresa é
exclusivamente administrada pelo governo.
Isso significa que 100% do capital de investimento veio de dinheiro público.
Pessoas Jurídicas de Direito Privado, integrantes da administração indireta,
instituídas pelo poder público mediante autorização em lei específica, sob qualquer
forma jurídica e com capital exclusivamente público;
✓ Criação:
Ato do poder público:
3) Inscrição do ato constitutivo no registro competente – Art. 45 do CC.
4) Após autorização em lei específica – Art. 37, XIX da CF.
Criação Subsidiária: Necessária autorização legislativa para criação – Art. 37, XIX
da CF.
OBS: Não precisa ser autorização específica – Pode constar da própria lei que
autorizou a instituição estatal.
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✓ Regime Jurídico:
3)Explora Atividade Econômica:
Regime jurídico de Direito Privado;
Derrogado somente no que dispõe a CF – Art. 173, §1º, II da CF;
4)Presta Serviço Público:
Regime jurídico de Direito Privado;
Derrogado por – Art. 175 da CF:
2.1) CF – Ex.: Responsabilidade civil objetiva (sujeição) – Art. 37, §6º da CF;
2.2) LEI;
✓ Traços Distintos:
D) Forma de Organização:
Qualquer das formas admitidas no Direito.
E) Composição do Capital:
Exclusivamente público.
F) Foro Processual:
Empresa Pública Federal – Justiça Federal – Exceto causas trabalhistas – Art.
109, I da CF.
✓ Regime Pessoal:
Emprego Público – CLT – Obrigatoriedade de concurso público.
→ O que as empresas estatais fazem?
Por terem recebido investimento das riquezas do Estado, uma empresa estatal brasileira
pode produzir e comercializar bens ou prestar serviços.
Vale ressaltar que essa regra vale tanto para a sociedade mista quanto para a empresa
pública.
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64
Terceiro Setor:
• É uma terminologia sociológica que dá significado a todas as iniciativas privadas de utilidade
pública com origem na sociedade civil. A palavra é uma tradução do inglês third sector, uma
expressão muito utilizada nos Estados Unidos para definir as diversas organizações sem
vínculos diretos com o primeiro setor (público, o Estado) e o Segundo setor (privado, o
mercado).
• Definição:
Terceiro Setor é um termo usado para fazer referência ao conjunto de sociedades privadas
ou associações que atuam no país sem finalidade lucrativa. O terceiro setor atua
exclusivamente na execução de atividades de utilidade pública. Possuem gerenciamento
próprio, sem interferências externas.
• Organização:
Entre as organizações que fazem parte do Terceiro Setor, podemos citar principalmente as
ONGs (Organizações Não Governamentais) e OSCIPs (Organizações da Sociedade Civil de
Interesse Público).
• Voluntariado:
Outra característica importante das associações do Terceiro Setor é que elas contam com
uma grande quantidade de mão-de-obra voluntária (que não recebem remuneração pelo
trabalho).
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Entidades Paraestatais – 3º Setor:
• Definição:
Pessoas privadas, sem fins lucrativos, que exercem atividades de interesse público, mas
não exclusivas do Estado, recebendo fomento do Poder Público, e que não integram a
Administração Pública em sentido formal.
Entes de Colaboração.
• Características:
1) Entidades privadas, sem finalidade lucrativa;
2) Exercem atividade de interesse público:
Serviços não exclusivos do Estado, aos quais o Poder Público dispensa especial proteção.
3) Recebem incentivo do Poder Público:
Fomento;
Sujeitam-se ao controle pela Administração Pública e pelo TCU.
4) Integram o terceiro setor;
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Setor Público Não-Estatal;
Não abrangem as entidades da Administração Indireta.
OBS: Primeiro Setor – Composto pelo Estado;
Segundo Setor – Composto pelo Mercado.
• Serviços Sociais Autônomos:
a) Definição:
São pessoas jurídicas privadas, criadas, em regra, por entidades privadas representativas
de categorias econômicas (Confederação Nacional da Indústria, Confederação Nacional
de Aprendizagem Comércio, etc.), após autorização em Lei, mantidas por contribuições
parafiscais.
Ex.: Sesc (Serviço Social do Comércio), Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem
Comercial), Sesi (Serviço Social de Indústria), Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem
Industrial).
b) Criação:
Lei autorizadora – Inicialmente, sua criação é prevista em Lei.
Ato de respectiva entidade representativa – A aquisição de personalidade jurídica ocorre
quando a entidade privada instituidora inscreve o respectivo ato constitutivo no registro
civil das pessoas jurídicas (Art. 45 do CC.);
Possui personalidade jurídica de Direito Privado.
c) Finalidade:
Prestam atividade social, como assistência e ensino profissionalizante, aos respectivos
grupos sociais ou profissionais;
d) Características:
1) Pessoa Jurídica de Direito Privado sem fins lucrativos;
2) Mantidos por contribuições parafiscais:
Tributo;
Natureza compulsória – Art. 240 da CF.
3) Colaboram com o Poder Público:
Prestam atividade social;
Normalmente direcionada para prestação de um serviço de utilidade pública.
4) Controle pelo Poder Público:
Nomeação de dirigentes;
Regulamento – Normalmente aprovado por decreto.
Supervisão Ministral – DL 200/67, Art.183;
Sujeitos à jurisdição do TCU – Administram recursos públicos;
Não se sujeitam à Lei 8.666/93 – jurisprudência do TCU.
• Organizações Sociais (OS):
a) Definição:
→ Qualificação concedida pelo Poder Executivo:
As pessoas jurídicas de direito privado;
Sem fins lucrativos;
Para prestar atividade de interesse coletivo.
→ Área de Atuação (PETCuMAS):
I – Pesquisa Científica;
II – Ensino;
III – Desenvolvimento Tecnológico;
IV – Cultura;
V – Meio Ambiente;
VI – Saúde.
→ PNP (Programa Nacional de Publicização):
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Objetivo: Estabelecer diretrizes e critérios par a qualificação de • Organizações
Sociais (OS).
Finalidade: Abscisão de atividades desenvolvidas por entidades e órgãos públicos da
União, que atuam nas áreas citadas (PETCuMAS).
b) Requisitos de Habilitação:
Devem ser personalidade jurídica de Direito Privado;
Não podem ter finalidade lucrativa;
Devem investir os excedentes financeiros no desenvolvimento das próprias atividades;
Devem atuar em atividades relacionadas às áreas citadas (PETCuMAS);
OBS: Não são delegatárias de serviços públicos;
Não exercem atividades públicas em nome do Estado.
c) Qualificação:
→ Ato qualificado:
Discricionário – Segundo critérios de conveniência e oportunidade;
Competência – Ministro;
Titular do órgão.
d) Desqualificação:
→ Motivo: Descumprimento das disposições contidas no contrato de gestão;
→ Forma: Processo Administrativo – Assegurada a Ampla Defesa;
→ Consequência: Reversão – Dos bens permitidos / Dos valores entregues à utilização
pela OS.
e) Contrato de Gestão:
→ Definição: Instrumento firmado entre o poder público e a entidade qualificada como OS,
visando formação de parceria entre as partes para fomento e execução de atividades
relativas às áreas citadas (PETCuMAS) – Lei 9.637/98;
Vínculo de parceria que envolve:
Fomento do Poder Público;
Execução de atividades pela OS, relacionadas às áreas citadas (PETCuMAS).
→ Execução:
Programa de trabalho proposto pela OS;
Abrange:
Metas a serem atingidas;
Prazos de execução;
Critérios objetivos de avaliação de desempenho;
OBS: A execução será fiscalizada pelo órgão ou entidade supervisora da respectiva área
de atuação.
→ Fomento:
Abrange:
1 – Recursos orçamentários;
2 – Bens Públicos:
Dispensada licitação;
Permissão de uso.
3 – Cessão especial de servidor.
• OSCIP:
a) Definição: Qualificação jurídica atribuída a algumas pessoas de direito privado em razão
das atividades que venham a desenvolver em regime de parceria com o Poder Público;
Pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, instituídas por particulares, para
desempenhar serviços sociais não exclusivos do Estado, com incentivo e fiscalização do
poder público, mediante vínculo jurídico instituído por termo de parceria (Lei 9.790/99).
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b) Características:
Desempenham atividades de interesse público, por meio de termo de parceria;
1) Sociedade sem fins lucrativos:
Não distribuem entre sócios associados, conselheiros, diretores ou empregados
lucros, dividendos, bonificações, participações ou parcelas do patrimônio.
2) Ato de Qualificação:
Vinculado: Atendidos os requisitos previstos na Lei, é expedido certificado de
qualificação;
Competência: Ministro da Justiça.
3) Termo de Parceria:
Vínculo Jurídico – Estabelece um vínculo jurídico de cooperação entre a OS e o Poder
Público.
Servidores Públicos:
• USO DA EXPRESSÃO SERVIDOR PÚBLICO;
• Seção II, Cap. VII – São os servidores que prestam serviços a AP direta, autarquias e
fundações públicas.
• Seção I – São os servidores que prestam serviços a AP direta, indireta, inclusive, aquelas
que prestam serviços para empresas públicas, SEM e as Fundações de Direito Privado.
Agentes Públicos:
• São todas as pessoas físicas que prestam serviços ao Estado e às pessoas jurídicas da
Administração Pública Indireta;
Servidores Públicos:
• Servidores Estatais:
1)Servidores Públicos da Administração Pública Direta, Autarquias e Fundações:
➢ Servidores Estatutários: regime estatutário – Ocupam cargos públicos;
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➢ Empregados Públicos: regime celetista – Ocupam emprego público;
➢ Função Pública: regime celetista – Ocupam função pública (Art.37, IX da CR);
2)Servidores Celetistas:
➢ Empregados Públicos: regime celetista – Ocupam emprego público;
• Os servidores estatais possuem vínculo de permanência com o Estado (não há uma ligação
política) e, sim uma ligação profissional.
• Os servidores estatais – com ligação com as pessoas jurídicas de direito público são
denominados servidores públicos estatutários (AP Direta, Autarquias e Fundações).
• Os servidores estatais – com ligação com as pessoas jurídicas de direito privado são
denominados servidores celetistas (SEM e Empresas Públicas).
Militares:
• Servidores Públicos Militares:
1) Forças Armadas;
2) Polícia Militar;
3) Corpo de Bombeiros.
• Conceito: São servidores públicos militares as pessoas físicas que prestam serviços as
forças armadas, as polícias militares e ao corpo de bombeiros;
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a) DELEGAÇÃO DO PODER PÚBLICO:
Os empregados das empresas concessionárias, permissionárias de serviços públicos, os
que exercem serviços notariais e de registro (art. 236 da CR), os leiloeiros, tradutores e
interpretes públicos que exercem a função pública em seu próprio nome, sem vínculo
empregatício, porém sob a fiscalização do Poder Público. A renumeração recebida não é
paga pelos cofres públicos, mas por terceiros usuários do serviço.
• Prestam serviços ao Poder Público em decorrência de:
b) Requisição, nomeação ou designação para o exercício de uma função pública:
Ex.: Jurado, convocados para prestação de serviços militares ou eleitoral, integrantes de
comissão ou de grupos de trabalho.
Especificidades:
Não possuem vínculo empregatício com o Estado;
Não são remuneradas pelo seu trabalho.
Gestores de Negócios:
• São pessoas físicas que assumem determinadas função pública em situações de
emergência ou calamidades.
• Emprego Público:
➔ Empregado Público;
➔ CLT;
➔ Emprego Público – não tem estabilidade (art. 41 da CF), mas é obrigatória a motivação
da dispensa.
Cargo:
• Conceito: Menor unidade de competência. Ou, a mais simples unidade de poderes e deveres
estatais a serem expressos por um agente. - Bandeira de Melo.
71
• Deve ser criado por lei – Art. 61, II, “a”.
• A lei deve dispor sobre as atribuições do Cargo, o padrão remuneratório e quantos cargos
serão necessários.
• Exceções: Os cargos de auxiliares do legislativo – Art. 51, IV e 52, XIII da CR. Ex.: assessor
jurídico, secretário.
72
Seus ocupantes não possuem vocação para a retenção do cargo;
São de livre nomeação e exoneração;
São ocupados em caráter transitório;
A autoridade competente pode exonerá-lo (ad nutum) ou a pedido;
O cargo é permanente, mas a pessoa não.
b) Efetivos:
Necessitam de concurso público;
Tem vocação para a retenção do cargo;
São ocupados para serem vocacionados em caráter definitivo (fixidez);
O caráter de fixidez é do cargo e não de quem o ocupa;
Devem ser a maioria no serviço público;
Estão envoltos pela efetivação e pela estabilidade.
c) Vitalícios:
Podem ser exonerados ou demitidos;
Regra: acesso mediante concurso público;
Retenção de forma vitalícia;
Se dá após dois anos de efetivo exercício no cargo.
Cargos de Confiança:
• Exoneração:
a) De ofício: quando a autoridade competente dispensa o ocupante do cargo do exercício
de duas atividades;
b) A pedido: quando o ocupante do cargo requer a saída do cargo.
Cargos Efetivos:
• Considerações - Efetividade # Estabilidade;
• Efetividade – consiste na estabilidade em cargo de provimento efeito.
• Estabilidade – é o direito de não ser demitido do serviço público. Só há que se falar em
estabilidade para quem ocupa cargo.
• Estabilidade:
a) Concurso:
b) Para cargo efetivo;
c) Após estágio probatório de 3 anos;
d) Após avaliação de desempenho (Art. 41, §4º da CR).
• Estabilidade – direito do estatutário.
• Empregado Público – Goza de garantias – só pode ser demitido nas condições estipuladas
pela Lei nº 9. 962/00.
• OBS: O fato do empregado ser demitido mediante procedimento administrativo, não significa
que são estáveis.
• Desligamento:
a) Exoneração a pedido: Não tem caráter de pena;
b) Demissão: tem caráter de pena.
1) Processo Judicial;
2) Processo Administrativo;
3) Avaliação de Desempenho;
4) Adequação de Finanças – Art. 169, §4º.
• A estabilidade garante a permanência no serviço público. Porém, pode ocorrer o
desligamento.
73
Cargos Vitalícios:
• Magistrados (Art. 95, I da CR);
• Ministros ou Conselheiros (Tribunais de Contas – Art. 73, §3º);
• Membros dos Ministério Público (Art. 128, § 5º, I, “a”).
Tipos de Provimento:
1) Ordinário: é aquele em que o preenchimento do cargo dá início a uma relação estatutária
nova;
1.1) Nomeação – Cargo;
Quando não há vínculo prévio entre o servidor e a administração pública;
Pode se dar tanto para um cargo em comissão quanto para um cargo efetivo (concurso
público);
1.2) Contratação – função ou emprego;
Provimento Vertical:
• PROMOÇÃO: É quando se eleva o servidor para um nível mais alto dentro de sua própria
carreira. E forma de ascensão na carreira a qual pertence.
Provimento Horizontal:
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• READAPTAÇÃO: O servidor não ascende e nem tampouco será rebaixado em sua posição
funcional. O servidor nesse caso é transferido para um outro cargo, em razão de sua
capacidade física ou mental após apurada através de uma inspeção médica.
Aproveitamento:
• APROVEITAMENTO – Consiste no reingresso do servidor que havia sido colocado em
disponibilidade (no mesmo cargo anteriormente ocupado ou em cargo com atribuições e
vencimentos equivalentes.
Disponibilidade:
• O QUE É A DISPONIBILIDADE? A disponibilidade ocorre todas as vezes que a AP transfere
para a inatividade remunerada, servidor estável. Essa transferência pode ocorrer:
1)Devido a extinção do cargo;
2)O cargo foi declarado desnecessário;
3)Por reintegração – É quando o servidor retirado, antes, ilegalmente de seu cargo, retoma
ao cargo em virtude de reconhecimento administrativo ou judicial.
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo
de provimento efetivo em virtude de concurso público.
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em
disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado
aproveitamento em outro cargo.
Reintegração:
• REITEGRAÇÃO - Consiste no retorno do servidor ilegalmente desligado do seu cargo. O
reconhecimento pode se dar pela via administrativa ou judicial.
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Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo
de provimento efetivo em virtude de concurso público.
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e
o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a
indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração
proporcional ao tempo de serviço.
Recondução:
• RECONDUÇÃO – Consiste no retorno do servidor público estável ao cargo que antes era
titular, por ter sido inabilitado em estágio probatório, relativo a outro cargo para o qual tenha
sido nomeado.
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