DIREITO

ADMINISTRATIVO
Organização da Administração Pública
Fundações Públicas

Prof. Denis França

 Fundações Públicas

• Fundações são pessoas jurídicas criadas por meio da destinação de certo

patrimônio para a realização de uma finalidade não econômica (art. 62 e
parágrafo único do Código Civil).
• Diz-se que uma fundação é pública quando for instituída/controlada pelo
poder público. Fundações privadas (maioria) não interessam ao Direito
Administrativo.
• Já as fundações públicas podem se organizar apenas sobre regras de
direito público ou predominantemente sob regras de direito privado, a
depender da lei que as criar ou autorizar.
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• Conceito do Decreto-Lei 200/67, 5º, IV: Fundação Pública - a entidade

dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos,
criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de
atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito
público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos
respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos da
União e de outras fontes. (Incluído pela Lei nº 7.596, de 1987)
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Fundações públicas de direito público: são o mesmo que autarquias!

Afinal, seguem integralmente o regime de direito público e, por isso, como
autarquias devem ser tratadas (ex: são criadas por lei).
• Pode-se dizer que essa nomenclatura, portanto, não é muito “técnica”.
• Essas instituições podem ser chamadas de fundações autárquicas ou de
autarquias fundacionais.
• Quando há a expressão “fundação pública de direito público”, pense em
autarquias. Contudo, quando não se especifica o regime, pense em
fundações públicas de direito privado.
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Fundações públicas de direito privado: seguem regime jurídico

predominantemente privado, pois são regidas pelo Código Civil, apesar do
regime jurídico híbrido. São (ao menos em tese) a regra, quando se fala em
fundações públicas.
• A elas se aplicam, em geral, regras típicas do direito privado, com
incidência de regras publicistas por incidência de normas constitucionais
ou legais. Por isso, pode-se falar, na prática, a existência de um regime
jurídico híbrido.
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Papel da lei complementar (CF/88, art. 37, XIX): as finalidades para as

quais as fundações públicas podem ser criadas devem estar definidas em
Lei Complementar. Ou seja, apenas uma LC pode especificar quais são os
ramos de atividades para os quais o poder público pode criar fundações
(atenção às situações consolidadas antes da Constituição)
• Atenção: não é essa Lei Complementar que autoriza a criação (ou cria...)
de uma fundação pública (tal lei deve apenas ser específica):
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Fundações públicas

Art. 37: (...)

XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a
instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de
fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de
sua atuação.