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W. R.

Souza

MetaCity

Vigilantes
PROLOGO

A queda
Estados Unidos. MegaCity. 2010.
Eu sou Bianca Nakamura e você está assistindo o documentário “Vigilantes a
queda”:
Vocês se lembram dos vigilantes? Um grupo de Meta’s adolescente que se
tornaram heróis no ano 2000. O grupo era composto por:

Big Guy – Aumento de tamanho, o maior tamanho registrado por câmeras


foi quando ele atingiu 13.53 Metros.

A imagem na câmera mostra um rapaz ruivo sorridente com um uniforme


vermelho com um grande B em amarelo no meio do peito.
Uma imagem mostra ele passando por cima de um grupo de pessoas e sendo
filmado de baixo.

Mentix – Telepatia.

Uma imagem de uma menina asiática com um cabelo curto branco. Ela estava
com um sorrisinho sem graça de canto de boca.
Outra filmagem aparece e ela está parada com dois dedos levados em sua
têmpora enquanto um grupo de assaltantes de um carro fortes estão largando as armas e
se rendendo.

Fenomenal Mind – Superinteligente, Inventor, Construtor.


A filmagem dele mostra um garoto baixinho de óculos, cabelos escuros. Ele está
com o rosto vermelho. Mexendo em um dos vários bolsos com ferramentas e
mecanismo.
Uma outra filmagem mostra ele retirando uma bola de metal e arremessando em
direção a um carro que está passando em alta velocidade. A esfera libera uma
quantidade imensa de espuma que faz com que o carro pare.

Phantom – Intangibilidade. Invisibilidade.

O rapaz tinha os cabelos brancos e platinados, a única parte do seu corpo que
estava amostra em seu uniforme branco era os cabelos.
Uma filmagem mostra ele atravessando a parede em um prédio em chamas e
depois saindo por uma outra parede segurando um bebe.

Suprema – Poder de Voou, Super força, Super Resistencia.

Seu uniforme era preto, ela tinha os cabelos loiros, e óculos de aviados presos
no pescoço, ela utilizava os ósculos quando estava em voou. Ela estava sorrindo
A outra imagem mostra ela levantando um conversível vermelho enquanto um
homem está caído na sua frente com as mãos para cima em sinal de pânico.

Galoman – Cacarejo supersônico, Produção de ovos explosivos. Força


aumentada. Regeneração acelerada.

Ele está com o aspecto de galo humanoide, as penas do corpo amareladas, uma
sunga preta e distraído olhando em direção a Suprema.
Uma outra filmagem mostra ele utilizando os poderes sonoros e derrubando um
grupo de bandidos armados na entrada de um banco. Quando ele usa os poderes a
câmera que está filmando tem a lente da filmadora rachada.

Gravitor – Manipulação da gravida. Líder dos Vigilante.

Ele está serio no meio do grupo enquanto estão cercados por reportes.
Outra filmagem mostra ele esticando os braços em direção a um grupo de
assaltantes e todos os assaltantes, mais carros e alguns hidrantes na rua começam a
levitar.

Eram o time dos sonhos dos heróis. Sempre que perguntávamos sobre o que
podíamos esperar do grupo daqui a alguns anos o líder deles sempre dizia:

- Antes de sermos um grupo somos uma família. – Gravitor disse olhando em


direção a câmera e sorrindo. – E famílias ficam juntas para sempre.

O grupo salvou a cidade e o mundo diversas vezes. Quando o assunto era


Metas, eles sempre chegavam com seu jato voador em forma de olho e salvavam o dia.
Já venceram diversos inimigos como robôs gigantes, cientistas loucos,
bandidos, Assassinos e até impediram uma invasão alienígena uma vez.
Eles já foram chamados até a Casa Branca onde o próprio presidente os
concedeu uma medalhe para agradecer os anos de serviço prestado não somente para
os estados unidos como também para todo mundo.
Os Vigilantes eram capas de revistas, quando novos heróis começaram a surgi
em unanimidade todos diziam que forma de alguma forma inspirado pelos vigilantes.
Mais famosos que estrelas de rock.
Apareciam em programas de TV, ganharam uma linha de quadrinho, filmes,
series de televisão e bonequinhos.
Tinham um agente publicitário: Norman Cherman que foi entrevistado algumas
vezes falando pelo grupo.

- Eles são meus garotos de ouro. Eu estou dizendo caras. – Ele dizia animado
com seu bigode grande, chapéu de cowboy e ósculos escuro. – Todo esse sucesso só
advém deles, eu apenas dei algumas ideias.

Em 2005 o grupo travou uma luta para derrotar o seu empresário que mostrou
ser o super-vilão “Ideia”. Um Meta com poderes de dominação mental, com apenas
algumas sugestões ele fez o grupo cometer vários pequenos delitos, na época foi se
pensado que eles haviam se tornado vilões, entretanto a heroína Mentix conseguiu
reverte a situação.
Depois disso, todo dinheiro que os Vigilantes ganhavam com produtos com sua
marca eram mandados para à intuição do Orfanato “Novo Amanhã” onde órfãs vivem
para ter uma qualidade de vida melhor.
Muitos lembram-se de umas das maiores batalhas que o grupo travou contra o
vilão “Doutor Zector” em 2008. O qual resultou em uma grande explosão do
laboratório do vilão, 62 pessoas foram mortas na luta entre elas, Elizabeth Sawley, que
em 2006 já foi vista tendo um caso com o herói Gravitor.
Temos a gravação de algumas pessoas sobre o ocorrido.

- Eu vi tudo cara. – Um homem careca, negro, com uma barba longa dizia para
câmera. – Eu estava indo comprar cigarros a noite quando eu vi aquele olho esquisito
voando em direção algum lugar. Eu lembro de ter pensando “pega ele heróis”. Eu não
podia imaginar que fosse ocorre aquilo, eles já fizeram isso antes certo?

A imagem mudou para uma mulher que estava com um bebê no colo.

- Meu marido trabalhava como cientista no laboratório onde ocorreu a briga. –


Ela escuta a pergunta do reporte enquanto sacode os braços para ninar o bebê. – Não,
meu marido não era um capanga de vilão. Ele não sabia que o líder do laboratório era
um super-vilão louco. Olha eu só acho que existe jeito melhor de lidar com a situação.
Existia jeito melhor... – A mulher começou a chorar e a câmera cortou.

A cena mudou para um chefe da polícia.

- Se eu estou surpreso pelo ocorrido? – Ele disse enquanto baforava um charuto.


– É claro que não estou. Eles são só crianças e todos sabem que crianças fazem merda.
Só quero que vocês de casa lembrem que vocês foram tão responsáveis por essas mortes
quanto eles. Todos vocês aplaudiam quando eles ajudavam uma velinha atravessar a rua
com os poderes. O que vocês esperavam que fosse acontecer?

O grupo que antes já foi conhecido como os Beatles dos super- heróis começou
o seu declínio.
Ninguém sabe o que aconteceu entre eles, mas, algumas vezes eles chegavam
para lutar contra um super-vilão ou assaltantes e o grupo estava desfalcado.
Depois daquele dia era raro ver o Fenomenal Mind em alguma missão. O líder
deles o Gravitor começou a mostrar sinais de violência excessiva onde seus poderes
quase matavam inimigos já detidos.
As entrevistas divertidas, as participações em programa tudo isso foram ficando
menos e menos frequentes. O único que tinha mais contato com a mídia na época era o
Big Guy, quem sempre foi o membro mais acessível do grupo.

- É claro que estamos bem. – Ele dizia no programa de entrevista em algum talk-
show. – Todas famílias passam por problemas as vezes caras, a gente daqui a pouco
volta com tudo. Os vigilantes nunca vão acabar não se preocupe.

Essa foi a última entrevista registrada em um programa de TV.


O grupo de heróis desapareceram durante um tempo. Os membros começaram
a aparecer sozinho e combatendo crimes, mas a alegria jovial que víamos nos membros
haviam desparecidos por completo.
O estopim da queda ocorreu em 28 de outubro de 2010 às 21h17 da noite o
grupo iniciou uma batalha contra o próprio líder Gravitor.
Na ocasião, as equipes de filmagens não conseguiram chegar no local para
fazer o registro, entretanto poucas pessoas que moravam no centro da cidade e
algumas outras que estavam por lá conseguiram algumas filmagens e as subiram para
a plataforma de vídeo o Youtube.

Uma das filmagens tremulas mostravam o Phantom correndo enquanto


atravessava carros e pulava em direção a um transeunte que tentava escapar do fogo
cruzado, ele chegou bem atempo de torna tanto ele quando o homem intangível quando
um carro, que não dava para ser identificado pela filmagem, quase atingiu o homem.
Galoman usava o cacarejo sônico e tentava conter o amigo. Gravitor pareceu ser
abalado superficialmente pelo ataque, ele esticou a mão em direção ao herói que foi
arremessado contra a parede.
Suprema veio voando em seguida quase conseguiu atingir Gravitor que levantou
e desceu a palma da mão esquerda fazendo com que a gravidade aumentada derrubasse
a heroina contra o chão.
Outra câmera filmada de longe mostrou o Gravitor flutuando em olhando para
baixo quando o Phantom estava com a mão para o alto tentando falar alguma coisa que,
devido a filmagem de baixa qualidade, era impossível de se ouvir.
Big Guy estava na maior altura que já atingiu, ele desceu um soco em cima de
Gravitor que destruiu quase 4 quadras inteira com o impacto. O herói enlouquecido
pareceu não se abalar.
Outro celular filmou de longe Gravitor usar uma barreira gravitacional em volta
do corpo e empurra Big Guy contra um prédio que foi ao chão com o impacto.
Dava para se escutar a pessoa que estava filmando falando por cima do vídeo:
“Oh meu deus! Oh Meu deus! ”

Muitos naquele dia se perguntaram em meio a tragédia se o Gravitor estava


sendo controlado. Se era um clone do herói, ou se simplesmente ele havia
enlouquecido.
Outros heróis também apareceram para ajudar os Vigilantes como o milionário
Harry Snyder, proprietário das industrias Snyder aproveitou o momento para sair cm
seu traje tecnológico quem ele veio posteriormente a batizar de “Titânico” uma
tecnologia que rivalizava com os poderes dos Meta’s, segundo o Milionário em
algumas entrevistas.
A luta durou aproximadamente 2 horas e o fim trágico levou a morte de mais
1.300 pessoas. Quando o vilão foi detido e contido por um colar inibidor das células
mutagênicas que concede poderes aos Meta’s.
Depois do confronto equipes de reportagem chegaram junto a policias,
bombeiros e enfermeiros para fazer os resgates. Algumas pessoas mesmo abalados se
disponibilizaram para conceder entrevistas.

- Eu estava em um bar quando começamos a ouvir os barulhos lá fora. – Um


rapaz que estava com o corpo sujo de fuligem e cinzas dizia em lagrimas e tossidas. –
Era meu aniversário de noivado. Achamos que fossem esses vilões ou sei lá. A Yasmin,
ela me convenceu a corre quando a merda começou a acontecer – ele parou e chorou. –
O filho da mãe pegou ela. O Desgraçado do Meta pegou ela com aquele carro. Céus!

A gravação cortou. Outra gravação mostrava uma mulher ela estava sendo trada
por enfermeiros e a lateral da sua cabeça estava ferida.
- O prédio que o Gravitor derrubou tinha gente dentro. – Ela disse apática a
situação. Um claro sinal de trauma. – Eu sei disso porque eu trabalhava ali, umas
pessoas decidiram ficar lá para pegar um turno maior e ganhar umas horas extras....
Bem eles morreram. Eu estava no prédio mas tinha saído para buscar café para a turma,
foi sorte eu acho.

A gravação cortou par um gordinho com barba ele usava uma camisa do
Galoman.

- Eu só quero saber quem é que vai pagar pelo “preju” que tomei pela destruição
da minha loja cara. – Ele parou e ouviu a pergunta do reporte. – É claro que estou
preocupado com isso cacete! Minha loja de quadrinhos não tinha seguro, cara!

Mudou para um policial gordinho. Ele estava empurrando uns repórteres que
filmavam os corpos, destroçados de pessoas que foram vítimas da luta.

- Circulando pessoal! Circulando! – Ele berrava para conter o reporte e a


população que tentava entrar, uns para achar sua família outros para saber qual foi o
estrago que a luta ocasionou.
Um reporte pergunta algo ao policial.
- Se quer saber quem é que vai se responsabilizar por isso aqui. Pergunte aos
Vigilantes. Isso tudo aqui e culpa dele. – Ele segurou a Câmera e a aproximou do seu
rosto. – Estão ouvindo moleques? Isso é culpa de vocês! É CULPA DE VOCÊS!

Muitos se perguntaram onde estava o Fenomenal Mind durante a luta. Outros


simplesmente queriam saber como eles se retratariam por essa atrocidade. O Governo
emitiu um mandato criminalizando qualquer ação de Vigilantes sejam eles Meta´s ou
não.
A lei 1300, como ficou conhecida em homenagem aos civis mortos, foi suspensa
a quase 4 anos depois daquele dia, pois proibir os Meta’s que queriam fazer a coisa
certa era mais difícil do que simplesmente administra-los.
Depois do incidente o único vigilante que permaneceu na ativa como herói que
aos poucos reconquistou a confiança da população foi o Galoman. O resto dos seus
integrantes renunciaram a vida de combate ao crime. Fenomenal Mind, tornou-se um
cientista. Mentix tornou-se uma psicóloga reconhecida. Big Guy se mudou para Los
Angeles onde começou sua carreira de ator.
Nenhum dos 3 dá entrevistas ou falam publicamente da época que eram
vigilantes. Mas de todos os membros a pergunta que não quer calar é: Onde está a
Suprema? Fica aqui esse questionamento para os telespectadores.
Eu sou Bianca Nakamura e esse foi o documentário “Vigilante a Queda”.
EDIÇÃO 1

Cacarejo

1
MegaCity. 13 de julho de 2020. 23h34min.
A sirene do carro da polícia gritava pelas ruas em direção ao banco central de
MegaCity. Ela passava por carros e cortava o sinal em alta velocidade.
- Quantas pessoas estão de refém? – O jovem policial Johnson que havia
acabado de engrenar na polícia perguntou ansioso.
- 3 Seguranças noturnos pelo que foi informado. – O polícia veterano estava
servindo como parceiro e guia na primeira semana para Johnson respondeu.
Seu nome era Lawrence, um agente da lei que estava muito acima de seu peso.
Ele era o típico “policial rosquinha”, não era muito ativo e também não parecia estar
preocupado com a situação.
Johnson olhava para o policial enquanto batia os dedos em sua perna direita. Ele
respirava fundo e estava suando muito. Lawrence levantou uma das suas sobrancelhas e
sorriu com a cena do jovem garoto negro que estava nervoso com sua primeira ação de
verdade.
“Ação de verdade? ”
Lawrence pensou e riu em silencio ele sabia que isso na polícia não existia de
verdade pelo menos a uns 20 anos. Ele observava o garoto enquanto acelerava o carro.
Ele se lembrou quando era ele no lugar do jovem Johnson, é claro que naquela
época as coisas eram diferentes, desde que os Meta’s
apareceram a situação havia saído do controle. Pessoas com poderes, pessoas
com habilidades que tornavam a polícia obsoleta.
Quando eles começaram a aparecer os policias tentaram assumir a situação, até
que os denominados “heróis” começaram a ser mais efetivos, começaram a ser a lei.
O que o governo fez em relação a isso? Ele permitiu, obviamente, deixou que
essas pessoas com poderes e sem treinamento assumissem a situação. Mas também
quem diria “não” a um garoto que pode levantar um prédio apenas com a força de seu
pensamento.
“Não era esse mesmo garoto que ficou louco? ” Lawrence se perguntou
enquanto fazia uma curva fechada na esquina da rua do banco. Estava em poucas
quadras do local onde ele sabia que seu papel seria observa e esperar um desses
denominados “Heróis” aparecerem e tomassem o controle da situação.
Ele só esperava que o pobre Johnson, quem ele sabia que estava empolgado para
ser um policial, quem estava animado para ajudar, quem desde de pequeno
provavelmente estava ansioso a se torna um herói, percebesse o quanto antes que a
cidade era dos Meta´s.
Enquanto pensava nisso e estacionava o carro ao lado de outros 4 carros de
polícia que estavam fechando a rua. Lawrence viu uma sobra pousando em frente ao
prédio ao lado do banco central. Ele sorriu.
- Mais um dia de trabalho. – Ele disse sem alegria para o garoto que o
acompanhava. – Olhe e veja como as coisas funciona de verdade garoto. Olhe e veja o
que a academia não ensinou.
2
O homem pousou em cima do prédio e conseguia ver o movimento dos policias
fechando a rua e abrindo o perímetro. Ele cerrou os punhos e respirou fundo. Ele havia
escutado a sirene dos policias ao longe, seu trabalho iria ter início. Não era uma ronda,
nunca era apenas uma ronda.
O Meta em questão não poderia ser chamado apenas de homem, na verdade era
um galo humanoide de quase dois metros de altura, ele estava trajando apenas uma
tanga longa semelhante ao uma tanga indígena. Ele respirou fundo e contou até 10 em
sua mente e depois saltou do prédio.
Sentiu o ar cortando as penas de seu corpo enquanto planava e direção a barreira
de policiais.
- Qual é a situação? – Ele perguntou enquanto pousava para o tenente da polícia
que sorriu ao velo.
- Suspeito armados e provavelmente Meta’s, eles estão com reféns, calculamos
que sejam 3 seguranças noturnos. – O tenente Roger respondeu enquanto ajeitava o seu
chapéu policial em sua cabeça.
- Certo. Mande que seus homens esperem aqui, eu vou entrar. Quando for
seguro darei o sinal para que vocês possam... – O galo foi interrompido pelo jovem
Johnson que não pode conter a sua empolgação ao ver o herói de sua infância parado
em sua frente.
Lawrence tentou impedir o recruta de se aproximar, mas não se esforçou ao
ponto de conseguir impedir de fato.
- Ga- Galo senhor? Eu sou seu maior fã senhor! – Ele disse como um
adolescente. – É uma honra trabalhar com você senhor.
O Meta herói interrompeu o tenente que estava preste a repreender o novo
policial.
- Qual é seu nome filho? – O galo perguntou.
- Johnson Fleischer senhor.
O galo movimentou o seu bico o que poderia ou não ser uma tentativa de
sorriso. Ele estendeu a mão ao rapaz que a apertou e depois olhou para a palma da mão
empolgado.
- Pode me chamar de galo, mas sabia que é Galoman.
O rapaz concordou e antes que pudesse dizer algo o Galoman deu as costas e foi
em direção a entrada do banco.
- Esperem meu sinal. – Ele disse aos policiais e subiu a escada em direção a
porta.
3
Galo entrou no banco com cuidado e se mantendo atento a um possível ataque.
Ele ouvia a sirena a qual alertaram os policias suando baixinho em algum ponto do teto.
O salão principal era composto por vários caixas eletrônicos que estavam posicionados
nas paredes laterais do canto direito.
Galoman deu mais uns passos e observou uma pilha do que parecia ser areia
caído no chão com uma arma, uma pistola de cabo de madeira caído no meio da pilha.
Na frente existiam vários balcões de madeira e bancos acolchoados na frente
onde eram realizados as transações e atividades do dia a dia entre clientes e o banco.
Atrás existia uma grande porta de ferro, porta qual estava aberta. Não apenas aberta ele
percebeu, era como se o pedaço da tranca estivesse sumido.
Galoman avaliou a situação antes de prosseguir, não escutava barulhos e não via
ninguém, significava que os bandidos não estavam esperando sair pela porta da frente e
também com toda a certeza não esperavam negociar com a polícia e isso o preocupou
por queria dizer que os reféns eram descartáveis.
Ele deu mais um passo e escutou a voz de um dos bandidos que estava
escondido atrás da porta. Era um garoto jovem, Galoman calculou pela voz que o rapaz
deveria ter no máximo 24 anos. Sua máscara era uma meia calça com furos onde iam os
olhos.
- Fique parado Galoman! Nem mais um passo se não eu vou larga o dedo em
você!
Galoman pendeu a cabeça para o lado com certa curiosidade. Ele sabia que o
garoto era novo nisso, ele percebeu o tremor na mão do jovem e a falta de segurança e o
desespero enquanto ele proferia ameaças.
- Calma jovem. – Galo disse levantando as mãos. – Porque você não baixa essa
arma e podemos resolver isso? Afinal de contas você é apenas um e eu Bem, eu sou o
Galoman.
O rapaz deu um passo para trás e pensou por um momento em larga a arma, mas
então se conteve.
- Quem disse que eu estou sozinho? Galoman sorriu com a afirmação.
- Certo, mas mesmo que vocês sejam 2 ou 3. Eu ainda tenho poderes e vocês
não.
- É aí que você se engana! Nós somos 5 e nosso líder também tem poderes e ele
vai te pegar se tentar nos impedir.
Galo deu um passo para trás.
- E como ele faria isso? – Ele perguntou com um tom de preocupação.
- Ele é a morte cara. Tudo que ele toca vira pó.
- A pilha de areia que eu vi na entrada.
- Aquilo era um guarda. – O rapaz disse hesitante e por um momento Galoman
pode sentir um medo real na voz do garoto. – Meu chefe avisou que ele não deveria
tocar no alarme.
- EI! Com quem você está falando aí na entrada seu idiota? – Uma voz gritou de
dentro da grande porta de aço.
O rapaz se distraiu por um momento, foi tempo suficiente para que o Galoman
pudesse soltar e bater as penas de seu braço que serviam também de asa e pegar um
impulso que o tirou a 4 metros do chão, o bandido se surpreendeu e não teve tempo de
atirar pós o herói já havia preparado seu movimento.
Estufando seu peito puxando o ar o Meta ativou sua habilidade. Um cacarejo
sônico soou alto e a massa do som atingiu o assaltante que foi arremessado para trás
contra a parede e bateu o corpo.
O homem que estava dentro da porta agora sabendo com quem estava lidando
deu um grito para alerta seus companheiros do herói que havia chegado ao local para
impedir o assalto que eles planejaram por meses.
Galoman havia pousado após atacar o rapaz que ficou inconsciente. Os anos que
ele passou combatendo supervilões o forneceu uma gama de habilidades e entre elas
estava o reflexo, reflexo o qual ele utilizou para se esquivar de uma saraivada de tiros
vindo da submetralhadora UZI que o outro bandido, esse já mais velho e experiente,
disferiu contra ele.
Após termia o rolamento para trás de um dos grossos balcões de madeira o herói
avaliou suas opções.
Ele sabia que um de seus cacarejos sônicos poderiam encerra com o combate,
mas era ariscado, ele não seria mais veloz que as balas que eram disparadas sem pausa
em cima da cobertura que conseguiu.
- O droga. Odeio essa merda. – Ele disse quando percebeu o que tinha de fazer.
Um dos poderes do Galoman além de poderoso cacarejo sônico era sua
habilidade de expelir de sua garganta ovos do tamanho de ovos de galinha que serviam
como explosivos.
Ele sentiu sua garganta queimar e seu estomago revirar após fabricar um desses
ovos, ele sabia que depois dali precisaria comer. Sempre que usava essa habilidade
sentia como se boa parte da sua energia sumisse.
Olhando pelo reflexo do espelho de uma das paredes conseguiu observa onde
estava o homem e conseguiu arremessar o ovo com precisão. O pequeno projétil fez
uma parábola e caiu na frente do atirador que só percebeu tarde demais. A explosão o
arremessou para trás, não era forte o suficiente para matar, mas o dano causado iria com
toda certeza desabilitar o jovem por alguns minutos.
Galo aproveitou esse tempo e correu em direção ao homem que fora
arremessado em direção de uma das paredes. Antes que ele pudesse se recuperar, e
ainda agachado no chão não percebeu a aproximação do herói que o atingiu com uma
forte joelhada no rosto.
O Meta sentiu o nariz do rapaz se quebrar com o golpe, o homem caiu ao chão
inconsciente e com sangue por cima da máscara. O galo pegou a pistola e a
submetralhadora e usando sua força que era quase o triplo de um ser humano comum,
entortou os canos da arma deixando-as inutilizáveis.
Ele avançou para porta de aço que estava trancada e entrou ele observou
atentamente antes de entrar. Sabia que o cacarejo sônico alertou quem quer que
estivesse lá dentro de sua chegada.
Andando a passos vagarosos Galoman avaliou o corredor que era cercado de
diversas salas, a parte administrativa do bando ficava ali, ele sentiu a raiva em seu peito
inchar quando pisou em grãs de areia, era mesma quantidade do que tinha na entrada,
provavelmente era outro dos guardas.
Disparando pelo corredor e seguindo o rastro de desintegração que o vilão havia
feito para abrir a passagem e entrar nos níveis mais afastado do banco onde estavam
contidos o dinheiro e a joia de verdade. Em uma das pilhas de areia, galo encontrou um
crachá com o nome e a foto de um dos seguranças. O homem sorria na foto e ao ver
aquilo o peito do herói inflamou em fúria.
Quando chegou no cofre principal, um salão de concreto, com uma porta
redonda de aço que só poderia ser aberta por um painel que iria analisar a digital, a
porta em si pesava quase 3 toneladas e era revestida com camadas de aço para impedir
que fosse arrombada por Meta’s superfortes. Claro que ninguém pensou em criar algo
contra um que tem a habilidade de desintegrar matéria.
Galo se escondeu atrás de uma das diversas prateleiras espalhada pela sala. Ele
observou os três bandidos com fuzis na mão e um que estava usando uma jaqueta de
couro preta, era careca e magro, era bem baixo comparados aos outros, mas mesmo
assim estava com uma expressão dura e Galoman deduziu que esse fosse o chefe.
Ele planejou pegar todos eles desprevenidos, mas ele observou o quanto de areia
havia nesse local, ele olhou para o teto e virou várias vigas de sustentação da sala que
estavam destruídas eles planejavam derrubar tudo após o roubo, usar seus poderes na
sala botaria tudo a perde. Era hora de improvisar.
Um dos homens estava botando pilhas e pilhas de barra de ouro, notas de
dinheiro dentro de sacolas grandes de plástico preto como essas sacolas que se bota
lixo. Galo pigarreou alto e os homens que estavam apressado olharam para trás.
- Eu me lembro de o banco possuir limite de saque. Acho que vocês estão
passando um pouco demais da conta não?

O líder dos bandidos olhou para ele e sorriu. Ele fez com que os homens
continuassem o trabalho e andou em direção ao galo mas parou no meio do caminho.
- Finalmente eu te conheci, Galoman. – Ele disse.
- Se você queria falar comigo poderia ter mandado uma mensagem no twitter.
O homem sorriu. Ele retirou um frasco de plástico com uma coloração vermelha
transparente do bolso de sua jaqueta. E com o polegar retirou a tampa de plástico que
caiu no chão.
- Terminem o trabalho rapazes. Meu assunto agora é com a galinha ali.
Ele virou o frasco de comprimidos goela a baixo e galo observou enquanto o seu
oponente se contorcia com o efeito da medicação suspeita. O líder dos bandidos se
ajoelhou gritando com a mão em sua cabeça e não só o herói como os bandidos se
assustaram.
Todos viram quando a pele do corpo do líder começou a desgrudar do corpo e
ao invés de mostrar os seus músculos e cartilagem o soltar da pele deu vez a um corpo
de todo negro. Um corpo escuro como contemplar um céu a noite sem estrela, era como
olhar a imensidão do espaço.
O homem parou de gritar e olhou para as palmas das mãos e cerrou os punhos,
uma energia negra os cobriu ele começou a ri. Os homens não sabiam o que fazer e
todos estavam olhando assustado para ele.
O ser negro que antes já havia sido um homem olhou para os capangas com
desdém.
- O que estão esperando? CONTINUEM!
Os homens se apressaram e voltaram a recolher o dinheiro. O herói observava
com cuidado, ele não sabia do que o vilão era capaz e se preveniu para não iniciar uma
investida descuidada.
- Senhor. Não temos uma saída daqui. – Um dos homens disse.
O vilão bufou de tedio e apontou uma de suas mãos para a parede que foi
envolvida por uma energia negra e em menos de 5 segundos foi reduzida a resquícios
de pó.
Galo sabia que não podia esperar mais, ele tinha que derrubar o homem
enquanto tinha chances e quando estava preste a atacar ele então
percebeu a mesma energia que havia envolvido a parede, envolver o chão a qual
estava pisando e de repente tanto ele quanto o vilão caíram em direção a escuridão.
Foram 8 metros de queda, o herói foi pego de surpresa e não teve tempo o
suficiente de reagir, o seu oponente, que estava caindo pouco centímetros a cima,
estendeu a mão em sua direção e gritou:
- A VITORIA É MINHA!
Galoman não teve de agir por impulso. Antes que fosse tarde demais ele puxou
o pouco ar de seus pulmões e disparou um de seus poderosos cacarejos sônicos.
A estrutura, já abalada do prédio, ruiu com o disparo de energia do herói. O
vilão foi lançado para cima sem tempo de ativar seu poder e foi de encontro a estrutura
do banco que estava caindo. O galo humanoide também não saiu ileso com o disparo. A
pressão do grito o impulsionou para baixo e atingiu o chão com toda a sua força. A
estrutura de concreto atingida pelas costas do herói rachou com o impacto.
Enquanto gemia de dor Galo viu partes dos destroços do banco caírem pelo
buraco junto de seu oponente que estava abalado com o golpe que recebera. Desviando
por alguns segundos e por centímetros Galo rolou para a direita e viu enquanto
pedações de concreto, aço e madeira subterravam o vilão que havia acabado de atingir o
chão.
Galoman se levantou, sentiu os ossos de seu corpo arderem e teve dificuldade de
saber onde estava. A parca luz que adentrava pelo buraco em cima da sua cabeça
mostrava um emaranhado de tubos de aço grudados a parede. O cheiro de podridão que
vinha do local foi o suficiente para o herói saber que ele havia caído em direção ao
sistema de esgoto da cidade.
- Que maravilha... – Ele disse enquanto sua voz fazia eco no túnel de metal.
Ele tentou mexer o braço mas sentiu uma forte dor quando movimentava. Ele
então conseguiu deduzir o dano da queda. Um braço quebrado, algumas costelas
também quebradas e a perna provavelmente torcida. A queda em si não teria causando
tanto dano, mas o impulso em direção ao chão qual o seu cacarejo deu fez com que os
ferimentos que ele já iria sofrer quase duplicasse a intensidade.
Ele olhou em direção ao buraco analisando como sairia dessa situação. Enquanto
observava quais eram as melhores opções para conseguir resolver o problema, a qual
acabara de se meter, ele escutou barulhos vindo da pilha de destroços que estavam em
torno de uma energia negra pulsante. Segundos depois a pilha havia se tornado um
monte de pó de areia e o vilão estava se levantando.
Galo avaliou suas opções e notou que o homem estava com dificuldades de se
manter em pé, ele havia sofrido tanto dano quanto o herói, ou até mais pela queda.
- Maldito galinha! – O homem berrava. – Pagará por isso! Te matar antes era só
um trabalho, agora eu terei o prazer de fazer isso!
Galo então tentou ganhar tempo, ele sabia que a dor que estava sentindo em
questão de alguns minutos seria aliviada graças ao seu metabolismo acelerado, as dores
do ferimento passavam rapidamente. Elas não sumiam por inteira mas passavam ao
ponto de ele conseguir se mexer. Ele só precisava manter o seu oponente falando e
graça a estupidez do vilão ele acabará de lhe dar um assunto para fazer isso. Alguém
contrato esse sujeito para que ele desse fim a ele, isso já havia acontecido antes, Galo só
tinha que descobrir quem era o mandante do feito.
- Eu imaginei que você fosse só um capanga mesmo. Seu chefe deve pagar
muito bem para você ir atrás de um dos maiores achando que tinha chances.
O vilão riu e sua risada ecoou ao longo do escuro e frio túnel.
- Ele não é meu chefe. – Ele disse. – Nós temos um acordo, o doutor me deu
isso. – O vilão disse enquanto fazia com que um pedaço de metal torcido que estava
segurando virasse pó. – E meu papel é acabar com você.
Galo deu um passo para trás e forçou um pouco a perna que antes estava
doendo, ele conseguiu pisar com firmeza no chão. Bom, a dor estava passando.
- Existe um cara por aí que está dando poderes as pessoas? – Galoman
perguntou.
O homem agora conseguiu ficar em pé mas apoiou a mão em um dos canos para
se equilibrar.
- Sim, não vejo motivos para não contar. Afinal de contas em breve você será
apagado. - O homem sorriu de forma medonha. – A cabeça de vocês vigilantes estão a
prêmio. O doutor, está dando poderes para quem estiver disposta a caçar e matar vocês.
- E quem é esse tal doutor?
- Eu sei lá, ele me deu poderes cara! – O vilão disse tentando movimentar o
braço direito sem sucesso e o herói percebeu o movimento.
- E qual é seu nome? – Galo disse movimentando o braço. Ele estava pronto
para mais uma.
- Meu nome? O que isso importa?
- Todo vilão tem um nome.
- Ah isso... – O homem levou a mão no queixo e pareceu estar pensando. – Bem,
eu não tinha pensado nada, mas olhando para esses poderes... – O homem sorriu. – Sou
o Matéria Negra.! – Ele gritou e sua voz ecoou por todo o túnel, o herói notou o eco.
- Matéria Negra? - O Galo perguntou quase que para si mesmo. – Esse nome vai
ficar bacana no noticiário amanhã quando noticiarem que mais um Meta babaca foi
surrado pelo herói da cidade. – Galoman disse e pulou sobre o inimigo.
O punho do braço bom do herói atingiu em cheio o vilão que foi pego
desprevenido. A cada soco que ele desferia o sujeito dava um passo para trás. Por
reflexo e desespero o antagonista levantou a guarda e ativou seus poderes, Galoman era
mais preparado e acostumado a lutar contra Metas e teve vantagem, ao reparar no
movimento do inimigo ele se esquivou para o lado e a energia negra desintegrou o cano
que estava logo atrás do herói.
O sumiço do cano fez com que o gás que passava por ele vazasse para fora. O
galo após se esquivar atingiu com um gancho o queixo do inimigo. O homem bateu
com as costas na lateral da parede e estava com a respiração pesada pelo combate.
O herói não deu descanso, quando o vilão atingiu a parede ele aproveitou a
oportunidade e atingiu o peito do homem com um chute. O impacto do golpe fez com
que o vilão acertasse e rompesse outro dos canos com o dano. O gás saiu com muita
pressão e foi em direção ao rosto do herói que tossiu e teve sua visão obstruída por
alguns segundos.
O inimigo aproveitou a oportunidade e atingiu o galo com um soco em seu
rosto. O herói deu um passo para trás com o impacto. O Matéria Negra aproveitou a
oportunidade e segurou um dos canos da parede fazendo com que o ligamento que o
prendia a tubulação se desaparecesse.
Agora equipado com um bastão de ferro, Matéria Negra atingiu o galo com a
barra de aço na lateral de sua cabeça. O herói sentiu o sangue escorre pelo impacto e se
sentiu levemente tonto.
O vilão não esperou seu rival reagir e o atingiu novamente com a barra de ferro,
mas dessa vez acertou o joelho do herói que se agachou com o dano.
Ajoelhado Galoman não pode se defender do terceiro golpe que atingiu seu rosto
e sangue saiu pelo seu grande bico enquanto ele ia ao chão.
Com dificuldade o Vilão levantou o braço na direção do herói e riu enquanto via
o corpo de galo ficar com a aura pulverizadora de seu poder.
- Acabou Galoman.
O herói olhou para seu inimigo e sorriu ao dizer.
- Sim, acabou.
Em menos de 3 segundos o Galoman usou um de seus mais fortes cacarejos
sônicos que foi potencializado com o eco do túnel. Matéria negra foi arremessado a
quase 6 metros de distância. Ele sentiu os tímpanos de seu ouvido estourarem enquanto
ele desmaiava com o ataque.
Após o golpe, Galoman se levantou ofegante se apoiando na parede e mancou
em direção ao corpo do Matéria Negra, ele checou os batimentos cardíacos do vilão e
respirou aliviado, ele ainda estava vivo. Ele observou o sangue que sai de uma das
orelhas do seu rival e fez uma careta.
Ele viu o frasco que o sujeito utilizou para ganhar os poderes e o analisou por
um momento. Ele viu o grande “Z” em vermelho na embalagem e se perguntou por um
momento onde foi que havia visto esse símbolo antes. Ele se levantou e pegou o corpo
do sujeito do chão e com dor o posicionou em seu ombro. A luta tinha acabado, mas sua
missão havia apenas começado.
4
Galoman alçou voou para fora do buraco carregando o vilão derrotado em seus
ombros.
Quando chegou na rua pode ver o estrago que havia acontecido ali, metade da
construção do banco havia desabado por sorte, com o perímetro que os policias haviam
estabelecidos no local ninguém saiu ferido.
Ainda assim, o herói não pode deixar de sentir uma leve pitada de culpa. Ele
sabia que havia sido responsável tanto pelas vidas perdidas no local quanto pela
destruição do mesmo.
Equipes de televisão e outros civis estavam agora na rua todos atrás da faixa
amarela que os policias haviam posto na rua. Todos eles estavam esperando o
pronunciamento do herói sobre o ocorrido da noite.
Ele então reparou que haviam ambulâncias e os bombeiros estavam no local. Ele
andou até os policias com ainda segurando o vilão. Um dos homens da lei veio com um
colar metálico que foi desenvolvido pelo Fenomenal Mind que servia para inibir os
poderes dos Meta’s.
O colar foi colocado envolta do pescoço do vilão ainda desmaiado e o herói
sentiu que agora era seguro deixar que os policias fizessem seu trabalho. Ele entregou o
vilão a um dos guardas e soltou o ar de alivio.
- Enquanto aos reféns? – O tenente disse enquanto se aproximava do herói
acendendo um cigarro. – Não vimos nenhum deles sair do prédio.
- Você não deveria fumar. – Galoman disse evitando a pergunta. – Não faz bem
para seu pulmão.
O policial deu uma leve risada de canto de boca e tragou o cigarro novamente.
- Eu estou mais preocupado com os civis no momento. Os bandidos que saíram
pela lateral do prédio foram todos pegos. – Ele apontou para o carro onde os capangas
do vilão estavam detidos. – Mas nenhum dos civis foram vistos.
Galoman fitou o céu e depois olhou para o tenente que estava apenas fazendo o
seu trabalho.
- Não tem civis.
- Como assim? – O homem perguntou ao herói.
Galoman não respondeu ele apenas fitou o homem de cima a baixo.
- Desgraçados. – O tenente disse retirando o seu chapéu policial como um sinal
de condolência pelos seguranças mortos.
Antes que herói pudesse dizer qualquer palavra ele ouviu uma das reporte o
chamar. Ele reconheceu a mulher. Wendy Williams reporte principal do maior jornal de
MegaCity o “Noticias hoje”. Galoman sabia qual seria a reportagem do dia seguinte
“Galoman destrói bancos e seguranças morrem”.
A notícia não seria completamente verdade, mas o que adianta tentar se
explicar? Seguranças haviam morrido e ele era tão responsável pela destruição do banco
quanto o vilão, ele tentaria se explicar acabaria se contradizendo em algum ponto e no
final não iria mudar nada.
Ele caminhou até a jovem reporte morena que estava vestindo seu terno social
rosa e brincos de coração. Ele reparou no câmera que acompanhava a reporte, um
sujeito gordo com uma camisa do “Homem – Mosca” um desses novos heróis que
parece estar enfrentando gangues nas áreas mais urbanas de MegaCity. Ele se lembrou
que ainda tinha que ir atrás desse homem e descobrir qual é a dele.
- Galoman poderia contar aos nossos telespectadores o que aconteceu aqui
hoje? A reporte disse passando por outros entrevistadores e canais colocando o
microfone na direção do bico do herói.
Ele empurrou com cuidado o microfone dela para trás. E depois olhou para
todos que estavam esperando por resposta.
- Um boletim da polícia deve sair pela manhã. – Ele disse tentando passar um ar
de confiança. – Por agora peço que se acalmem e saibam que vai ficar tudo bem.
- Enquanto aos civis que estavam no local? – A reporte insistiu. – Todos saíram
ileso do ocorrido? Porque pelo que parece o banco não.
Galoman não teve chances de responder um dos enfermeiros que estava
analisando e cuidando do vilão pediu para que o herói o acompanhasse. Sem se
despedir, Galoman deu as costas aos civis e seguiu o homem até a ambulância.
Ele viu o Matéria Negra com a boca espumando e com os braços pendidos para
baixo. Um dos outros enfermeiros, um rapaz negro e bem- apessoado estava checando o
pulso do vilão.
- Hora da morte 00h12. – Ele disse.
- Morte? – O herói se espantou. – Como assim morte?
- É isso que eu queria falar. – O enfermeiro que parecia ser mais experiente disse
ao herói. – O corpo dele teve uma reação inesperada e parece que o seu sistema nervoso
e sua pressão subiu a níveis anormais do nada e depois foi seguido de um ataque
cardíaco enquanto detectamos sinais de overdose.
- Tudo isso?
- Sim. Ele deve ter ingerido algum tipo de droga, mas nunca vi nada assim.
Galoman assentiu para o enfermeiro.
- Certo. – Ele disse. – Obrigado por me mostrar isso.
Ele se afastou da ambulância e deu uma última olhado no homem que havia
morrido. Pensou por um momento e decidiu não contar nada sobre o frasco, afinal esse
era um problema de super-vilão e ele iria resolver. Galoman bateu suas asas e pegou
impulso para o alto saindo do local. Ele sabia que tinha que voltar para casa e voltar ao
trabalho.
Enquanto ele planava de prédio a prédio um jovem negro com dreadlock
tomando uma raspadinha gigante olhava para ele do chão da rua. Ele sugou um pouco
mais de sua bebida e continuou a caminha em direção a uma lanchonete.
- Achei você... – Ele disse baixinho para si mesmo enquanto andava.
Tie-in
Maximus e DOMO
Maximus estava sentado no meio fio no outro lado da rua observando a agitação
de pessoas em volta do herói. Ele puxou um gole de seu refrigerante enquanto via de
longe Galoman falando com os policias sobre o ocorrido da noite. Ele se perguntou se
os policiais iriam citar ele e seu parceiro que ajudaram a capturar os bandidos, afinal de
contas eram heróis, mas... Bem, eles não eram muito conhecidos ao público. Eles
estavam na ativa a quase 5 anos, mas ainda não eram conhecidos.
Maximus, diferente de seu amigo, não era nada criativo tanto para uniforme
quanto para nome. Seu nome é Maxwell Miller, seu uniforme, uma calça jeans surrada,
um tênis confortável, uma camisa preta com um M em amarelo e um óculos escuro
tecnológico, feito pelo DOMO, que davam outros tipos de visões para ele. Ele
imaginava que sua identidade secreta iria ser descoberta na primeira semana, mas para
sua surpresa, ninguém se importava para ele.
Eles já haviam trabalhados com outros heróis, como o Titânico, a Corvina e
alguns outros. Quando os noticiários iriam falar sobre os vilões que eles ajudaram a
derrotar, pessoas que eles ajudaram a salvar, os jornais simplesmente ignoravam sua
existência. Ate o Titânico na segunda vez que eles se encontraram ele perguntou se ele
era um herói novo.
Seus poderes também não era lá essas coisas, ele tinha o poder de absorver
energia cinética, toda vez que ele tomava um soco, uma rajada de energia ou qualquer
outra coisa do gênero ao invés de morre, seu corpo ficava mais forte, mais rápido, mais
resistente e o permitia a lançar um raio de energia que iria descarregar seus poderes,
mas costumava ser um golpe decisivo nos confrontos.
Para o bem da verdade, Maximus sabia que o motivo principal de usar seus
poderes não era bem o altruísmo apenas, ele queria ser famoso, queria ser um herói
super popular assim como os vigilantes eram.
Ele pensou observando a entrevista, enquanto tomava seu refrigerante no copão
de 1 litro, que seu sonho de ser grande estava quase se realizando, afinal de contas eles
tinham trabalhado com o grande Galoman.
- Você acha que ele vai vir falar com a gente cara? – Maximus perguntou se
referindo ao amigo que estava analisando a amostra de um frasco que eles encontram
quando um dos assaltantes tentou fugir.
DOMO não o respondeu, ele estava concentrado demais. Seu computador de
pulso tinha um link direto com um dos prédios principais que ele usava como base.
O prédio era de sua família, eles eram donos de uma rede de hotéis “Comfort
Domain “, existiam 3 hotéis desse na cidade. Os hotéis eram tecnológicos e com
segurança contra Meta’s. A tecnologia era desenvolvida pelo próprio DOMO, ele era
formado como engenheiro tecnológico pela universidade ômega.
Diferente de que todos achavam ele não entrou para o instituto de pesquisa, ele
se formou e voltou sua atenção aos negócios da família fazendo assim os primeiros
hotéis com experiências de alta tecnologia da cidade e com isso pode começar a
expandir a franquia os tornando milionários.
Aos 21 anos, recém formado, ele decidiu não usar suas capacidades com
tecnologia apenas para ganho pessoal e decidiu se torna um herói e assim Albert
Roosevelt se tornou o DOMO.
Para ser o DOMO ele se preparou, ele criou uma roupa tecnologia resistente a
balas, rajadas de energia e explosões. A roupara era roxa e tinha vários designais que
lembrava algo cyberpunk e usava uma capa vermelha que ia até seus pés e ainda existia
seu capacete.
O capacete era o que ele mais se orgulhava de ter feito, era sua obra prima e era
o que dava o nome de DOMO.
Ele era transparente, mas ainda sendo transparente seu rosto não era visível pois
existia um mecanismo de holograma que simulava uma nevoa que cobria seu rosto e
essa nevoa formava expressões que eram na maioria das vezes cômicas para quem
conseguia perceber.
As habilidades que o capacete proporcionava eram bloqueio neural, imunização
a toxinas e o permitia usar de forma leve habilidades cinéticas como levitar e mover
objetos que não fossem pesados.
Ele era o DOMO a 5 anos e a 4 trabalhava com o Maximus. Por mais
improvável que seja ele e o aspirante a herói se tornaram grandes amigos, pode ate se
dizer que se tornaram melhores amigos e faziam uma boa dupla.
A falta de reconhecimento que a dupla tinha não o afetava diretamente, mas
parecia incomodar muito o Maximus. Ele havia encontrado o frasco por acaso quando
ele e o amigo estavam prendendo os assaltantes que pareciam estar muito assustados.
Os dois heróis haviam chagado ao local depois de Maximus insistir bastante
para eles irem pois esse era o maior banco da cidade e com toda certeza isso viraria
noticia, mas, DOMO havia demorado se preparar e isso fez com que eles chagassem
momentos depois de Galoman.
Eles decidiram não entrar em consenso para não atrapalhar o herói e ficar na
retaguarda quase um dos bandidos fugissem e a polícia não conseguisse capturar.
A ideia se mostrou inteligente e eles puderam ajudar o maior herói da cidade e
no fim, Galoman não soube disso. Eles estavam esperando as pessoas desamontoarem
do herói para que eles pudessem se aproximar.
- Você vai demorar aí ainda. Acho que ele vai embora. – Maximus puxou o
refrigerante, mas só veio gelo e ar. – Merda, meu refri acabou.
- Espera um pouco. – DOMO finalmente respondeu. – Eu acho que encontrei
uma coisa importante.
Maximus se levantou e foi ao lado do amigo, ele não entendia nada do que ele
estava fazendo, mas era importante pois DOMO estava bastante empolgado.
- Estava vendo isso? – Um mine holograma pulou do pulso do braço direito de
DOMO. – Isso é uma sequência de DNA, parece que o que quer que estivesse aqui
dentro, é capaz de modificar o DNA, podendo alterar a forma e ate as propriedades.
- Alterar, deixando diferente, entendo.
- Alterar é isso Maximus... – DOMO olhou para o amigo. – Que tipo de
comentário é esse? Você está querendo bancar o inteligente de novo com comentários
obvio?
Maximus ficou sem graça.
- Eu... Eu vou ali mijar.
Maximus foi em direção ao beco e foi para trás de uma das lixeiras. DOMO
revirou os olhos e continuou sua análise. A nevoa em seu rosto assumiu uma feição
cômica de surpresa.
- Max, acho que encontrei algo. Preciso de mais amostra e eu não sou nenhum
especialista em genética, mas acho que a minha tecnologia pode bloquear o que quer
que seja isso.
Maximus gritou do beco:
- Legal!
- Podemos mostrar isso pro Galo, alerta ele que tem alguém fazendo poderes e
que nós podemos ajudar.
- Tá falando que a gente pode fazer esse trampo com o melhor herói da cidade?!
– Maximus perguntou ainda do beco. – Tipo, mano, isso pode deixar a gente na mídia,
tá ligado?
- Bom, eu pensei em salvar vidas, mas isso também pode acontecer. Se eu tiver
mais material que eu possa trabalhar isso pode ser fantástico.
Maximus voltou do beco fechando o zíper da calça.
- Vamos lá falar com o cara.
Ele botou a mão no ombro de DOMO.
- Você está botando essa mão nojenta em mim? – DOMO perguntou indignado.
- O que tem demais? – Maximus perguntou.
- Irmão, tira essa mão de mijo da minha capa.
- Vai se ferra DOMO. – Maximus disse tirando a mão irritado. – Você se acha
bom demais para que eu posso colocar a mão em você né? Riquinho babaca.
- Não é disso que se trata, você acabou de mijar.
- Cara, se liga. – Maximus botou a mão na cintura. – Quanto você vai a um bar e
dá um mijão e depois come aqueles amendoins que está no balcão. Você acha que tá
limpo?
- Eu nem como esse tipo de coisa nesses bares furrecos que você me arrasta.
- Eu sabia! Eu sabia! – Maximus disse revoltado. – Você odeia minhas paradas,
se você não queria ir no bar por que você aceitou ir?
- Porque você estava todo melindroso depois que a Samanta te deu um pé na
bunda.
- Eu não estava melindroso mano, aquilo era amor de verdade.
- Você conhecia a mina tinha duas semanas cara, e você deu um bolo nela nos 2
primeiros encontros.
- DOMO, se você se esqueceu eu só dei um bolo nela porque a gente tinha
aquele lance de tocai para pegar aqueles moleque que estavam pichando o metro. Eu
sou um herói, se a mina fosse desse meio ela ia entender o porque do bolo, agora se
existisse um aplicativo que...
- Eu já disse que não vou botar a minha grana nessa ideia de Tinder de heróis
que você e aquele idiota do Bunk estavam planejando.
- Aí, meu primo é muito inteligente, se liga.
- Teu primo queimou a mão no óleo quente porque ele queria pegar aquela
batata frita que estava no fundo. Realmente ele é um gênio.
Os dois pararam de falar quando viram Galoman alçar voou em direção aos céus
saindo de frente do banco.
- Ótimo. – DOMO disse. – Lá se vai nossa parceria.
- É. Mas ainda podemos ser heróis, se liga. – Maximus puxou o celular. – Eu
tenho o numero do Snyder. Ele disse que qualquer parada a gente podia entrar em
contato. Ele deve manjar o número do Galo.
DOMO cruzou os braços esperando que Maximus fizesse a ligação. Ele viu a
cara do amigo passando de animado para desanimado conforme ele esperava que o
herói os atendesse.
- Eu acho que ele deve ter passado o número errado sem querer.
Só pode ser isso. – Maximus disse coçando a cabeça.
- Realmente o cara é tipo o deus da tecnologia, desenvolve uma armadura pique
homem de ferro fodão e não sabe de cabeça o próprio número.
- Bom, pode acontecer. – Maximus disse tentando ser otimista.
DOMO desativou o holograma que iria mostrar ao galo e apagou a pesquisa.
- Quer saber cara, vamos embora.
Maximus ainda ficou um tempo olhando para o banco e para os policiais,
repórteres e o povo que começava a se dispersar.
- Que sacanagem, mais uma oportunidade jogada fora. – Ele bufou desanimado.
- Vamos comer alguma coisa mano. – DOMO disse tentando alegar o amigo.
- Bora, você paga. Estou duro. – Maximus botou os 2 bolsos da calça vazio para
fora.
DOMO revirou os olhos e fingiu uma falsa surpresa.
- E bora ir naquele bar. Pô mano, nem te contei a Tanysha me deu um pé na
bunda. To malzão.
- Claro, Claro mano. Vamos só passar em casa para eu tirar essa roupa.
- Beleza.
Eles caminharam pelo quarteirão e quando passaram próximo a uma lixeira
DOMO jogou o frasco que tinham pego fora. Ele não tinha o porque guarda isso, sabia
que os outros heróis já deviam ate estarem a um passo de resolver tudo isso.
Maximus e DOMO eram bons heróis, eram bons amigos, Acima de tudo eles
faziam jus ao nome da dupla, porque eles sempre foram e pelo visto sempre serão: OS
REJEITADOS!
EDIÇÃO 2
Velhos Amigos
5
14 de julho. 01h27min.
Galoman não se lembrava a última vez que voltou a forma humana. Ele olhava
para um grande espelho enquanto fazia os curativos em sua base de operações e casa.
A base era chamada de celeiro era realmente um celeiro que ficava afastado do
centro da cidade onde os heróis costumavam a trabalhar.
É claro que o celeiro mesmo, uma armação de madeira grande com pilhas e
pilhas de feno era um disfarce para base de operações que ficava no subsolo, com
aparatos tecnológicos e uma I.A que auxiliava o herói quando necessitava de ajuda para
alguma investigação.
A metade daquela tecnologia o Meta não sabia como funcionava já que foram
todas construídas pelo seu antigo amigo e colega de equipe, “Fenomenal Mind”, quando
eles ainda eram jovens e um grupo conhecido como “Os Vigilantes”.
A base de operação ficava na antiga fazenda de seus pais que desde que eles
haviam morrido a quase 8 anos pertenciam ao herói agora. O Galo se olhou no espelho
e viu marcas vermelhas de sangue pelo seu corpo, seu olho direito estava roxo e
inchado, cortesia do Matéria Negra e aquele bastão de ferro.
- Você aguenta mais uma Cowboy. – Ele disse baixo.
Desde que os grupos haviam se separado a quase 10 anos o Celeiro sempre
esteve mais quieto, ele as vezes se incomodava em limpar o local, entretanto a maior
parte do tempo o laboratório permanecia empoeirado e com teias de aranha. Quando ele
observou o acumulo de poeira em uma das inúmeras mesas com peças metálicas e
engrenagens para uma máquina, arma ou qualquer coisa que fosse que o Fenomenal
Mind estivesse construindo e nunca terminou ele teve um calafrio.
Se lembrou dos pobres segurança que haviam sido mortos pelo vilão, pobre
homens que ele não chegou a tempo de ajudar.
Ele afastou os pensamentos na cabeça, ele sempre tentava se convencer nos
parcos momentos que decidia dormi, “eu não posso salvar a todos” dizia a si mesmo
enquanto fechava os olhos, é claro que isso não ajudou muito.
O Galo pegou a vassoura e começou a limpeza do laboratório, passou quase 1
hora limpando tudo e depois que acabou ele soltou o ar e deu um forte soco em uma das
pilastras de ferro do local.
- Merda! – Ele gritou.
A I.A que eles haviam construído quando crianças despertou e a voz simulada
do Beakman, um antigo apresentador de um programa de ciências infantil, na época
todos achavam muito engraçado se a I.A tivesse essa voz, falou:
- Olhe a língua meu jovem.
Ele rosnou de raiva, odiava a voz e também odiava não saber como desligar a
maldita I.A. Ela era programada com o intuito de ser educativa e politicamente correta,
outra piada que na época foi hilária.
- Já que está aqui Beakman. Poderia analisar o resido de amostra que está nesse
potinho. – O galo disse pegando o frasco de plástico que estava mesa e levando para
uma mesa digital onde a inteligência poderia scannear.
Quando o objeto posicionou em no centro da superfície transparente da mesa um
arco saindo da lâmpada que estava em cima da mesa passou pelo pote e se desligou em
menos de um minuto.
Após quase 4 minutos de busca no banco de dados armazenados na grande CPU
do computador a I.A disse:
- A busca está dando inconclusiva senhor. Não encontro nada com essa
composição em meus bancos de dados. Talvez o senhor Fenomenal Mind possa lhe
ajudar com isso.
- Não. – O Galo disse rispidamente.
- Mas, senhor...
- Eu disse não. – Ele interrompeu a I.A – Beakman, desligar.
A I.A se silenciou.
O Galoman pegou os fracos e olhou novamente o símbolo. Ele caminhou para
dar uma olhada na pilha de recortes de jornais que ele e seus amigos faziam para guarda
como lembrança de sua antiga aventura.
Quando ele foi em direção ao armário a qual os recortes estavam guardados ele
viu em cima do armário uma fotografia bem antiga deles e de seus antigos
companheiros quando tiveram a primeira missão deles.
Ele pegou a foto e bufou após quase 5 minutos parado olhando a foto ele andou
em direção a outra mesa e pegou o telefone.
6
O telefone do laboratório de Rodney Chaiman tocou algumas vezes até ele
percebe.
O homem de cabelos escuros, aparência magra não era particularmente bonito.
Na lateral de seu jaleco tinha um crachá com suas identificações, estava debruçado em
cima de um cubo de metal, ele girava o cubo rapidamente em sua mão enquanto pinças
saiam pelo seu braço cibernético soldando pontos específicos e microscópios a olho nu.
Ele colou o cubo na mesa ao percebe o telefone tocar. Avaliou em sua mente
quem seria a pessoa que tem seu número pessoal e que não interage com ele a meses
pois não está na lista de pessoas que tinham acesso ao seu comunicador neural.
Sua mente calculou em uma velocidade absurda as hipóteses de quem poderia
ser e ele chegou a um nome Rick McCoy, o Galoman. Desde a briga que tiveram a anos
atrás que foi um dos motivos de levar a equipe a uma cisão, Rick e ele não se falavam
muito.
Isso nunca o incomodou, aliás ele não foi contra a separação da equipe em
momento algum, naquela época ele sentia que a equipe estava ocupando demais o
tempo em que ele poderia estar trabalhando em suas invenções. Desde que descobriu os
seus poderes, Rodney sempre estava com necessidades de criar, quando pensava em
alguma ideia sua mente começava a doer, ele perdia o foco de coisas aleias, ele perdia a
percepção das coisas até ele tirar a ideia da mente e botar em pratica.
Isso o incomodava de tal maneira que ele muitas vezes se esquecia de comer, e
não era raro seus amigos ou seus pais o encontrarem desmaiado no chão do laboratório
por não se alimentar direito, mas isso era passado. Isso já não era um problema mais,
ele não tinha essas lembranças a anos e desde que começou a trabalhar em tempo
integral em seu laboratório na Instituição Ômega, o centro de pesquisa cientifico de
MegaCity, ele se sentia livre.
Ele trabalhava lá a quase 10 anos, não tinha necessidades de possuir assistente.
Não necessitava de ajuda e sabia que ali suas invenções salvariam mais pessoas do que
ele socar um assaltante de colã com um grupo de adolescente que não o entendiam.
O telefone tocou novamente. Ele sabia, era sua antiga vida. Era os antigos
problemas o chamando novamente. Se ele atendesse seria arrastado para mais uma das
merdas dos Vigilantes, merdas que ele pensou ter passado.
Ele gostaria de ter ignorado a ligação mas sabia que se Rick estava engolindo o
orgulho infrutoso o qual ele conservava com tanto afinco, era algo realmente
importante.
Mas seria tão importante ao ponto de ele não conseguir resolver sozinho e ter
que envolver o nisso? Ele não, Rodney sabia que ele não precisava dele, ele precisava
do Fenomenal Mind, um nome idiota e infantil qual nunca deveria ter aceitado ser
chamado se tivesse mais confiança e coragem em se opor aos amigos.
Seus dedos titubearam na mesa ao som do toque do telefone que insistia em o
importunar. Ele olhou em volta, o laboratório, tinha peças, mecanismos e algumas
engenhocas fabulosas para o mundo, mas que para ele não passavam de tranqueiras que
ele não se lembrava de ter feito.
Olhou para a parede clara do laboratório o qual tinha a foto de um gato
segurando dois pedaços de barbantes com dificuldade e os dizeres “segure as pontas”
ele inclinou a cabeça e se perguntou por que ainda não tinha tirado aquele quadro dali?
Era um quadro que uma de suas “colegas” de trabalho havia lhe trazido quando as
pessoas daquele prédio ainda tentavam desenvolver algum tipo de relação social com
ele.
Ele não entendia o sentido daquele presente, a piada não era engraçada e a
imagem não fazia sentido. Não se lembrava se agradeceu a pessoa pelo gesto de
carinho, mas não importava também, ele nem mesmo se lembrava do nome da pessoa
que lhe deu o quadro, mas ele se lembrava de Rick, o herói número 1 da cidade, o
grande Galoman, não iam fazer um filme dele? Ah, danasse isso, ele não ia ao cinema,
alias a quanto tempo ele não sai do laboratório? Quanto tempo tinha que aquele telefone
não tocava? Quanto tempo tinha que ele não era o Fenomenal Mind?
Tudo isso passou em sua cabeça quando ele pegou o telefone e disse:
- Alô, Rodney falando.
7
Rodney se mantinha passivo enquanto escutava o relato do que aconteceu para
que essa ligação ocorresse. Enquanto o Galo falava ele aproveitou a oportunidade para
transferir a ligação para seu mecanismo neural, uma esfera de quase 3 centímetros
brilhou em um tom azul que indicava que ele estava se comunicando com alguém.
- Mande a composição para mim, eu darei uma olhada.
Ele revirou os olhos quando escutou que ele não fazia ideia de como faria o
computador mandar isso para ele. A I.A ultrapassada também não faria, ela estava a
quase 10 anos desatualizada.
- Certo, darei uma passada aí amanhã. Também vou levar algumas coisas e darei
uma atualizada no seu software. – Ele ficou em silencio por um momento enquanto
escutava a pergunta do antigo amigo. – Claro que vou pessoalmente. Eu sei onde o
celeiro fica, passei a maior parte de minha vida nesse laboratório.
Ele não se despediu ao desligar o telefone. Sentiu que o assunto já havia sido
concluído, não havia necessidade de perde mais tempo com uma conversa infrutífera.
Ele voltou a mesa a qual estava trabalhando os dedos de sua mão se
transformaram em pinças mecânicas quando ele pegou o cubo e voltou a trabalhar nele.
Ele havia perdido a concentração, nem lembrava mais o que queria fazer com o cubo,
não era nada importante também. Ele pensou sobre o trajeto que teria de fazer para
chegar até o celeiro. Arrependeu-se ao lembrar sobre o projeto de teletransporte que ele
por alguma razão decidiu botar em segundo plano.
Enquanto estava trabalhando e fazendo uma pesquisa em seu banco de imagens
procurando algo que lembrasse a descrição da letra no frasco que Rick havia descrito
alguém bateu na porta, novamente atrapalhando o seu trabalho.
- Só um minuto.
Ele conectou sua mente com a câmera que ele mesmo havia instalado na porta
de sua sala e viu que era Sebastian, o responsável de seu setor de pesquisa. “Já havia se
passado uma semana? ” Ele se perguntou enquanto dirigia-se a porta.
O acordo que Rodney havia feito com os responsáveis do laboratório era que se
ninguém o importunasse e o deixassem trabalhar, fornecendo os equipamentos que ele
requisitava, a cada uma semana ele estava disposto a criar 1 ou 2 invenções. Mas um
dos pré-requisitos que ele impôs é que as pessoas deveriam o deixar sozinho.
O homem baixinho, careca e gordinho entrou a paços apresados no laboratório.
Ele não gostava de ir ali, achava Rodney esquisito. Ele pensava que o homem era um
babaca, ele tinha sido um herói na adolescência, um membro dos vigilantes ele havia
dito na entrevista de emprego. É claro que todos no laboratório estavam animados de ter
um herói por perto, mas o que antes parecia um sonho se tornou um pesadelo.
Rodney basicamente fechou um dos setores para ser sua sala particular, todas as
interações sociais que as pessoas tentavam ter com ele era sempre seguida de
reclamações, o cara simplesmente era uma estátua fria.
As reuniões dos funcionários que aconteciam de manhã, os trabalhos em
conjunto, a parceria na ciência em busca de um mundo melhor, tudo isso era visto pelo
ex-herói como perca de tempo. Foi quase nessa mesma época que Rodney convenceu os
financiadores do instituto o deixarem a trabalhar em tempo integral no laboratório desde
que ele fornecesse resultados, e ele fornecia.
Alguns cientistas começaram a dizer que nunca viram o Rodney comer, que
nunca viram ele dormir, a verdade que diziam que ele não era humano. E de fato não
era, Sebastian sabia que ele na verdade era um desses malditos Meta’s. Enquanto todos
ali estudavam, passaram a vida inteira dando duro, Rodney usava suas habilidades e
poderes para brincar de herói por aí e não era preciso dizer muito, Sebastian tinha
consciência de que o único motivo desse homem não ser o chefe de todo esse
laboratório era a incapacidade que ele tinha de ter qualquer tipo de relação social.
- O que tem para mim essa semana Doutor Rody?
- Por favor doutor Sebastian, me chame de Doutor Rodney. Vamos ser
profissionais aqui. – O ex-vigilante pediu e se virou para uma de suas mesas.
Sebastian respirou um fundo para manter a calma. Rodney pegou um pequeno
retângulo com um botão vermelho no meio e deu na mão de Sebastian.
- O que é isso?
- Isso libera um grupo de nanorobôs que envolve todo seu corpo e reflete todo o
ambiente ao redor.
- Você criou um campo de invisibilidade? – Sebastian perguntou espantado.
Ele apertou o botão e em poucos segundos desapareceu.
- Quanto tempo isso dura? – Ele disse olhando seu reflexo em um dos
equipamentos reluzente no laboratório, ele não via nada.
- Tempo? Eu acho que pode durar umas 120 horas de uso continuo. E também
dentro do controle elas se auto recarregam com... – Rodney pensou um pouco antes de
explicar. – Bom. Eles se recarregam.
- Excelente – Sebastian disse enquanto voltava a ficar visível. – Tem mais
alguma coisa para mim?
Rodney abriu uma das gavetas de seu armário e retirou uma pequena caixinha de
ferro e entregou a Sebastian. O interior da caixa era acolchoado e tinha duas lentes.
- Isso são lentes de contato?
Rodney inclinou a cabeça para o lado.
- Isso foi uma pergunta retorica?
Sebastian não respondeu. Ele deu uma risadinha nervosa, tentava esconder a
surpresa.
- Vai dizer que você criou algo que cura a cegueira?
- Cegueira, miopia, hipermetropia, astigmatismo e todos os outros problemas de
retina.
Sebastian não conseguiu se conter.
- Por Deus, homem! – Ele disse rindo. – Isso é revolucionário! É magnifico.
Rodney pegou a caixa da mão de Sebastian.
- Isso ainda é um protótipo. Eu quero melhorar ainda mais. Se me der mais 2
semanas acho que posso adicionar outros tipos de visões.
Sebastian riu.
- Claro, claro. Isso é fenomenal.
- Não use essa palavra comigo doutor Sebastian. Apreciaria se não fosse
indelicado com meu pedido.
Sebastian coçou a cabeça.
- Tudo bem, levarei o aparato da camuflagem. Voltarei aqui na próxima semana.
- Amanha terei que me ausentar por um breve momento. Um antigo... – Rodney
pensou por um momento como iria se referir a Rick. – Um antigo colega precisa de
meus auxílios.
Sebastian levantou sua sobrancelha.
- Quem diria, você tem amigos. Tudo bem, você trabalhou tanto que poderia
ficar um mês sem aparecer que não iriamos o impedir. Agora quem é seu amigo?
- Com todo respeito senhor. Isso não lhe desrespeita e não envolve a Instituição
Ômega.
Sebastian deu as costas e foi embora xingando Rodney em sua mente.
8
Megacity. Celeiro. 08h08
Rodney desceu do Uber no terreno das fazendas McCoy.
O motorista a qual o levou se sentiu bastante incomodado com o sujeito que
entrou no carro e não disse uma palavra se quer e nem respondeu às perguntas que
foram feitas a ele.
Mas apesar de ter sido uma corrida esquisita ele agradeceu, pois, o Rodney
pagou bem mais do que o necessário. Ele não parecia se importa com o dinheiro na
verdade a única coisa que disse quando questionado pela contia exuberante foi:
- Pode ficar com esses 100 dólares, o dinheiro parece ser muito importante para
vocês.
A fazenda parecia estar abandonada, a grama estava alta demais, a casa estava
toda fechada, não existia animais e nem nada que remetesse que esse lugar estava sendo
usado, basicamente Rodney pediu para ser deixado no meio do nada.
O motorista acelerou o seu C4 Cactus preto e disparou em direção a areia urbana
de MegaCity.
Rodney analisou a área em volta e percebeu que não guardava muito
sentimentos de nostalgia pelo local, andou pela grama alta sem se preocupar com
possíveis animais peçonhentos e nem em sujar o jaleco branco o qual não tirou, e foi em
direção ao celeiro.
Quando chegou na entrada viu que o lugar estava da mesma maneira a qual ele
havia registrado em sua memória da última vez que o viu.
Foi até o painel escondido a lateral do lugar para abrir a porta e se conteve ao
escutar a voz de Rick atrás dele:
- Obrigado por ter vindo. – Ele disse. – Não teria chamado se não fosse
necessário.
Rodney analisou o homem que estava em sua forma de “Galoman”. Ele fez
todos os processos de análise e na lateral esquerda de sua visão já tinha tirado o
diagnóstico de qual era a situação da suade do Meta.

. Costelas quebras.
. Ombro direito deslocado.
. Corpo com o Metabolismo acelerado – Estado de risco.
. Desgaste físico e abalo no celebro. – Estado de risco.

- Deveria se cuidar mais. – Rodney disse enquanto mandava um comando para


sua mente parar a analise iniciada.
Galoman deu o que deveria ser uma risada.
- É claro, quem sabe eu não transfiro minha mente para um robô, não é?
Rodney não respondeu. Ele não estava ali para isso, não estava ali para ver um
amigo, estava ali para resolver um problema e só isso que importava para ele.
- Me leve ao computador para que eu possa acabar com isso o quanto antes.
- Com prazer homem de lata. – Galoman disse enquanto ativava o painel de
controle e abria a pequena escada lateral que levava ao laboratório.
Tie-in
Homerun
Ethan Powell estava sentado no banco da lanchonete bebendo um longo gole de
café enquanto via os noticiários, parece que a noite anterior foi bastante agitada. A TV
estava baixa e ele não conseguiu entender muito bem, mas pelo o que ele conseguiu
ouvir, aconteceu uma tentativa de assalto ao bando central e parece que 3 guardas
perderam a vida.
Ele tomou mais um gole de café se distraiu fazendo com que um pouco do
liquido preto caísse em seu uniforme de trabalho, era um macacão azul com o símbolo
de uma gaivota nas costas.
Megacity era uma grande cidade costeira e ele fazia um trabalho braçal no porto,
o dinheiro era uma merda mas, ele a essa altura estava aceitando qualquer trampo que o
fizesse ter condições de pagar o apartamento meia boca que ele alugou em uma parte
bem baixa renda da cidade e ele ainda tinha que sustentar o irmão adolescente que vivia
com ele.
- Porcaria.
Ele disse enquanto tentava passar um guardanapo na mancha em uma tentativa
pífia de amenizar o estrago. Não deu certo.
- Droga. – Ele sinalizou para garçonete que estava atendendo uma mesa do lado.
– Poderia me trazer outra garrafa de café Janete?
- Sim, Ethan.
Ela disse sorrindo para ele com educação. Ele quis sorri de volta, mas não o fez,
não tinha motivos para sorri, ele vivia na pior cidade do mundo, o índice de Meta´s aqui
era maior do que qualquer outra parte. Dois trabalhadores haviam perdido a vida na
noite anterior, seus sonhos de ser um jogador de Baseball havia ido pra vala desde que
ele descobriu que tinha poderes ainda na adolescência.
Não era nada de se admirar, ele tinha apenas uma força sobre- humana, não era
nada como o da Suprema, ele mal conseguia levantar um carro de pequeno porte. Ele
nunca seria aceito no mundo dos esportes, mas a força dele pelo menos era útil para o
trabalho braçal.
Ser um burro de carga parecia ser a única coisa boa que ele podia fazer. O irmão
dele queria que ele se tornasse um herói, mas ele não queria saber dessas merdas, os
poderes dele sequer o ajudavam como iriam ajudar outra pessoa? Ele era só uma
aberração.
É claro, vez ou outra ele ajudava alguém no seu bairro, encerrava brigas, mas
era apenas isso. Ele estava quase com 28 anos e a vida não era nada boa para ele.
Ele olhou no relógio, seu expediente iria começar em 4 minutos. Bem, e “iria”
mesmo porque o dele não vai mais, ele havia sido demitido nessa manhã um pouco
antes de tomar o primeiro gole de seu café recebeu uma ligação do babaca do seu chefe.
Ele já imaginava o que tinha acontecido, já sabia que deveria ser algo a ver com
o que aconteceu a umas 3 semanas. Ele havia dado um murro em um moleque nojento
que tentou agarra uma mulher no beco próximo a sua casa.
Ele escutou o berro da mulher na janela dele e então seu impulso de ajudar foi
maior do que o de ignorar. Mas advinha? Esse moleque era sobrinho do seu chefe e no
outro dia quando ele chegou para trabalhar e viu o mesmo cara que ele socou com um
olho parecendo uma maçã de tão grande e inchado na sala de seu tio soube na hora que
isso não iria acabar bem para ele.
Toda a boa ação tem sua punição, é o que ele costumava a pensar. O Café novo
chegou e ele olhou para Janete e agradeceu. A notícia agora tinha mudado para a sessão
dos esportes, como se o dia não tivesse depressivo o bastante e...
- Está de sacanagem? – Ele exclamou e algumas pessoas o olharam.
Era baseball, era notícia falando sobre o esporte que ele amava e que não podia
jogar. Era as pessoas no outro lado da rua indo para o trabalho, que ele agora também
não tinha.
Ele quase escutava o mundo rindo da cara dele e isso estava o deixando de saco
cheio até que viu 3 homens entrando no estabelecimento.
Eles não pareciam ser o tipo de pessoas que eram trabalhadoras. A roupa deles
com símbolos esquisitos, o cheiro que exalavam deles, que era perceptível mesmo a
distância, as cicatrizes no corpo e a o jeito que eles entraram fez com que por reflexo
Ethan já ficasse preparado para o possível problema que iria rolar.
Ele observou quando últimos dos rapazes olhou envolta e checou se não havia
possíveis policiais no local e sinalizou para o amigo que decidiu iniciar o assalto.
A lanchonete tinha pouca gente, eram quase umas 13 pessoas, fora os 4
funcionários. Janete quando viu a arma largou a bandeja no chão e deu um grito fino e
como ela estava ao lado de um dos bandidos na hora foi a primeira a levar uma
coronhada no rosto e foi ao chão.
- ISSO É UM ASSALTO! – O que parecia ser o líder gritou. – NINGUÉM SE
MEXE E TUDO VAI ACABAR LOGO!
Ethan bufou olhando a cena e so conseguia pensar que tipo de vagabundo assalta
uma lanchonete pela manhã? Isso deveria ser uma zona neutra ou qualquer merda
assim.
- Você ai fortinho! Estamos mandando você passar a sua grana malandro.
Ethan então finalmente pareceu percebe que o cara estava falando com ele.
- Irmão, só quero tomar meu café em paz. Faz seu rolo, não machuca ninguém e
mete o pé. Não vou te dar o cacete nenhum...
- COMO É QUE É? – O Segundo assaltante, que estava recolhendo o dinheiro
da nas mesas e o que o abordou perguntou nervoso.
O líder estava pegando o dinheiro no balcão, depois de render os funcionários,
por ser tratar de uma cozinha aberta foi fácil, o terceiro estava vigiando a porta e
apontava a arma para todos os lados desafiando alguém a bancar o herói e o segundo,
quem o Ethan havia falado estava passando pelas mesas com um lençol recolhendo
celulares e carteiras.
- Está loucão irmão? Passa essa porcaria de carteira e celular para cá logo seu
merda.
Ethan deu um longo gole no seu café e olhou para o assaltante calmamente.
- Sai fora cara, eu disse não.
O assaltante deu um tapa no café o jogando todo no chão.
- VAI SE FERRA SEU MERDA!
Ele botou a arma na cabeça de Ethan.
- Está louco seu bosta? Vou te dar um teco seu filhote de cadela.
- OU TUCK! – O Terceiro gritou. – Ta doido cara? Não é pra gente fazer essa
merda assim chamando atenção. Só precisamos da grana pra comprar as pílulas com o
Sr. Mármore mano. Depois que a gente tiver nossos poderes a gente vai atrás desse
bosta.
Pílulas que concedem poderes?
Ethan pensou ficando mais puto, uma outra droga sendo vendida que vai deixar
essa cidade ainda mais merda, e pior ele disse Mármore. Mármore pelo que ele
lembrava era o chefe de uns zé droguinhas que pagavam de bandidos lá onde ele mora.
Ele já havia arrumado problemas com o pessoal desse cara, mas nunca viu o Mármore
pessoalmente.
- Essa droga aí, isso está sendo vendida aonde? – Ethan perguntou para o
bandido que estava com a arma em sua cabeça.
- Não é da sua conta seu merda. Passa a grana, vou contar até 3! 1...2...
- 3! – Ethan disse.
Ele puxou a arma da mão do bandido que por reflexo apertou o gatilho
disparando contra o assento vazio ao lado de Ethan. Ele arrancou a arma com facilidade
da mão do assaltante e em seguida puxou seu corpo socando o rosto do meliante contra
a mesa. Tamanho foi a força do impacto que a mesa quebrou.
O terceiro atirou contra ele e atingiu seu ombro, ele gemeu com a dor, mas a sua
super força vinha com um pouco de super resistência então o tiro que poderia ser mortal
apenas o feriu levemente.
A barra de ferro que sustentava a mesa que agora estava quebrada o fazia
lembrar um taco de baseball, deve ser por isso que ele a pegou e avançou contra o
terceiro bandido o atingido no peito com um forte impacto.
O homem voou pela porta a fora caindo no meio da rua e um carro freou bem
em cima do corpo do homem que agora estava inconsciente. O último que era o líder
pegou Janete pelo braço e a usou de refém.
- Não era pra ter rolado dessa forma cara. – Ele disse com raiva. – Sempre tem
um meta filho da mãe nessa cidade para estragar tudo!
- Solta a garota amigo e eu não te derrubo.
- NÃO! Eu quero ter isso que vocês têm! – Ele disse com raiva. – Não é justo!
Também quero a porcaria de um poder! Eu só tenho que ter a droga e ir matar os
vigilantes cacete! Só isso!
- Os vigilantes nem existem mais cara, está doido?
- E não vão estar nem vivos em breve! Mas isso não importa! Me deixe sair
daqui e tudo certo!
Ethan olhou para a esquerda e depois para a direita. Viu os cidadãos todos com
medo e viu as pessoas na rua se amontoando para ver o que estava acontecendo. Ele
coçou a cabeça.
- Beleza, pode ir cara. Só deixa a garota.
Janete olhava assustada com os olhos lacrimejando em direção ao Ethan e ele
sorriu para ele para a tranquilizar.
- Eu vou! – O assaltante disse. – Assim que tiver certeza que ninguém vai vir
atrás de mim.
Ele foi andando devagar em direção a porta ainda segurando a Janete e olhando
para os lados. Ele passou por Ethan que abriu espaço para que ele pudesse passar. O
homem estava tremendo de nervoso. Ele repetia para ele mesmo baixinho:
“vai valer a pena, vai valer a pena...”
O assaltante foi abrindo caminho entre a população enquanto olhava para os
lados e então nervoso. Ethan foi calmamente até uma das mesas e pegou um porta-
guardanapo e mediu o peso e ficou satisfeito. Ele foi até a porta calmamente novamente
e jogou duas vezes para o alto o porta-guardanapo e na terceira vez que ele chegou para
o alto ele disse para o assaltante:
- HOME RUN!
O susto do assaltante foi tão grande que ele não teve nem tempo de reação, não
conseguiu nem sequer atirar, o porta guardanapo atingiu seu rosto em cheio e a força
aplicada no objeto de metal fez com que seu nariz explodisse em sangue e ele fosse para
o chão girando de dor com a mão no nariz gritando meio fanho.
Nesse momento o barulho de sirene foi ouvido enquanto uma viatura vinha
acelerando pela esquina.
Janete correu e abraçou Ethan que não teve reação. Ele olhou os policiais
chegarem e soube que iria perde o dia todo tendo que dar depoimento e essas coisas
demoradas da maldita burocracia que ele tanto destetava.
- Obrigada Ethan! – Janete disse enquanto chorava em seu ombro. – Eu não
sabia que era um super-herói. Obrigada.
Ele ainda não soube o que dizer e ficou constrangido de se desvencilhar da
garçonete chorosa.
Um dos policiais saiu da viatura empurrando os civis mais curioso e viu o corpo
de dois dos assaltantes no meio da rua e ele coçou a cabeça perguntando para ninguém
especificamente.
- Quem foi o responsável por abater esses sujeitos.
Todos apontaram para o Ethan que ainda estava com a Janete chorando de alivio
em seu ombro.
O policial gordinho coçou o bigode e foi até ele enquanto o seu parceiro foi
checar e prender os assaltantes.
- Foi você que fez isso meu rapaz?
- Senhor policial eu posso explicar...
Ele começou a dizer e a Janete o interrompeu.
- Ele salvou a gente! Ele é um super-herói. Ele é o Homerun! E ele salvou a
minha vida. A vida de todos nós.
- Não foi bem a...
Outro o interrompeu também proferindo elogio pelo seu feito e antes que ele
pudesse notar os civis começaram a chamar e aplaudir o “Homerun” em uníssono.
Ótimo, agora até nome de super-herói eu tenho.
Ethan pensou indignado vendo o exagero das pessoas ao redor. Ele sempre
tentou fugir dessa vida de herói, ele só queria ser alguém normal, só queria praticar o
seu esporte profissionalmente e ele então notou a ironia do destino, ele sempre se
imaginou jogando baseball como na posição de batedor, ele sempre se imaginou ficar
famoso pelos seus Home run.
Então finalmente depois desse início de dia merda Ethan levantou um leve
sorriso enquanto era aplaudido.
EDIÇÃO 3
A Mulher do amanhã
9
14 de julho. 08h34min.
Os dedos de Rodney dançavam pelo teclado de Beakman enquanto ele
atualizava o sistema. Para ele aquilo estava tão velho e ultrapassado que ele se
perguntou como ainda estava ligado. Ele teria que trocar algumas peças manuais,
atualizar a CPU por dentro por sorte tinha muito equipamento velho ali, ideias que teve
quando crianças, aquelas coisas poderiam ser reutilizadas para algo mais prático, ele
odiava ver tecnologia inferior ou coisas que ele sabia que poderia melhorar 200% se
tivesse a chance.
A voz de Beakman ainda estava ativada a I.A que foi feita como uma
brincadeira não o incomodava mas para ele não fazia sentido manter. A piada não fez
sentido na época e não fazia agora. Mas quando ele perguntou se ele gostaria de mudar
isso a resposta foi:
- Só faça seu trabalho.
E era isso que ele iria fazer. O trabalho dele. As coisas não mudaram, ele voltou
a receber ordem do “amigo”. Ele voltou a não ser ouvido, ele estava em casa.
- Conseguiu descobrir algo? – O Galo perguntou.
- Ainda estou trabalhando nisso.
Ele viu o herói apoiar as costas no balcão. Desejou que o Meta não começasse a
falar. Viu quando ele coçou a parte de trás da cabeça, estava preste a iniciar um diálogo.
- O cara que eu derrotei não era um Meta.
Rodney não respondeu e nem mostrou interesse ele apenas se manteve passivo e
continuou a digitar.
- Bem, pelo menos não era um até tomar um daqueles comprimidos. – O galo
disse se lembrando do oponente. – Depois que ele tomou muitos comprimidos ele
mudou até de aparência, foi algo bizarro... – Ele parou de falar durante uns segundos.
O barulho do teclado era o som que preenchia a lacuna de silencio que a
ausência de resposta de Rodney causava.
- Aquele sujeito matou os guardas... – O Galo disse soltando o ar. Rodney parou
de digitar e olhou para o Humanoide. – Ele matou os homens... E eu cheguei tarde
demais. Sabe todas aquelas merdas que passávamos quando nós éramos crianças? Eu
não me lembro de serem tão ruins, eu me lembro que ser herói era divertido. Eu me
lembro de gostar de socar a cara de um vilão ou explodir seu robô gigante e ver o Paul
dando em cima das nossas fãs. – O Galo levantou o canto da boca e Rodney interpretou
aquele movimento como um riso forçado. – Eu me lembro que era mais fácil.
Rodney levantou da cadeira e andou em direção a uma pilha de peças que
estavam na mesa.
- Nunca foi divertido Rick. – Ele disse enquanto selecionava um pequeno
aparato mecânico e o seu dedo indicador liberava uma pequena chave de fenda de sua
ponta. – Nós só éramos estupidos demais para percebe.
Rodney escutou o herói se aproximar. Ele se perguntou porque as pessoas
tinham tanta necessidade de ficar tão próximas umas das outras.
- Eu nunca consegui me acostumar com esse seu jeito. – O Galo disse. – Você
sempre foi babaca.
Rodney virou para seu amigo ele o olhou de cima a baixo. Ele percebeu que o
motivo do afastamento dos dois ainda estava bem vivo.
- E sabe algo que eu não consigo entender? Ah 6 anos você tinha um ajudante ou
um parceiro, qual era o nome dele mesmo? Dragon? Ele tinha poderes de fogo, não?
Era o Meta que costurou a própria boca por não conseguir usar os poderes direito. Ele
havia queimado aquele inocente na ponte Blood Blacker. Sabe o que eu pensei?
Poderíamos ter ajudado ele na instituição Ômega.
O Galoman observou o amigo falar e começou a pensar “Por favor não fala isso.
Por favor não diga o que vai dizer. ”
- É claro que isso foi antes de você deixar ele morre. Deveria estar acostumado
com isso Rick, nem ele e os seguranças são as primeiras mortes que ocorrem porque
você fracass... – Rodney não conseguiu termina a frase pois o herói já tinha soltado com
ele e pressionando contra a parede pelo colarinho da camisa.
- Termine a frase. – O herói disse sério – Vamos lá Rody, me dêum motivo.
Rodney não sentiu a dor com o impacto. A dor e um mecanismo de defesa para
corpos inferiores, a dor também é um limitador. Ele havia evoluído. O lado direito de
sua visão demostrou uma mensagem de alerta de integridade física e acionou o
mecanismo de defesa.
Ele não queria lutar, mas também não iria permitir que o herói comprometesse a
sua integridade física.
O braço direito de Rodney se transformou em um canhão. Suas mãos sumiram o
canhão que apareceu no lugar começou a apresentar um brilho azulado do cano.
Galoman percebeu isso e encheu o pulmão de ar pronto para o ataque.
- O senhores poderiam para com essa briga? – A voz Beakman a I.A disse com o
sinal de conflito. – Amigos não brigão.
Galoman e Rodney se olharam e o herói soltou o colarinho do amigo e o bração
de Rodney voltou para sua forma base.
- O meta com que lutei disse que alguém está caçando os antigos membros dos
Vigilantes. – O Galo disse dando as costas. – Eu vou pegar o sujeito, mas, é bom vocês
tomarem cuidado até lá.
Rodney ajeitou a gola da camisa.
- Não é comigo que você deveria estar preocupado Rick. Eu sei me cuidar.
Não era preciso pedir para Rodney explicar a frase, Rick sabia exatamente
aquém ele estava se referindo, sua antiga namora e noiva Lindsay Hamilton vulgo
Suprema.
- De todos nós ela é a que pode se cuidar melhor.
- Ela sim. – Rodney disse terminando de desmontar a máquina e retirando um
pequeno chip de dentro dela. – Mas, e eles?
Galoman não disse nada.
- Ela não quer me ver. Eu nem os conheço. – Ele disse com tristeza.
– É melhor assim.
Rodney voltou para a mesa do computador e desligou o sistema para poder abrir
a CPU.
- Eu não estou aqui para dizer o que você tem ou não que fazer. Você não é o
herói que todos esses novos Meta’s estão se inspirando? Acho que você sabe qual é a
coisa certa a se fazer.
Galoman não teve de pensar muito sobre isso ele apenas respirou indignado.
- Me dê o endereço.
- Eu já o enviei para seu celular a quase 10 minutos. – Rodney disse depois
voltou a atenção apenas ao que importava para ele de verdade. O seu trabalho.
10
Lindsay acordou de mau humor naquela manhã.
Eram quase 7h30min quando ouviu seus dois filhos discutirem pelo controle da
TV. Ela olhou o despertado ao lado de sua cama de casal, a qual ela se deitava sozinha,
e o desligou antes que apitasse. Reuniu forças para se levantar da cama.
Saiu de seu quarto e olhou para os dos seus filhos Luck Hamilton McCoy não
havia arrumado a sua cama.
Era de se esperar, o garoto mesmo com 10 anos gostava de fazer o tipo rebelde.
Ele era bem diferente de seu irmão gêmeo, Cody Hamilton McCoy, que sempre
foi mais responsável, gostava de estudar e é claro, arrumava a cama.
Ela foi em direção as escadas para descer para parte de baixo onde as crianças
estavam. Ouviu o som da briga ficar cada vez maior e pode ouvir Cody chorar.
Ela soltou o ar irritada e desceu a escada. Quase tropeçou no roupão rosa o qual
estava usando para cobrir o corpo.
Seu corpo sempre foi um problema. Fazia com que os homens lhe dessem
olhares inconvenientes e alguns ainda nem tinham a decência de fingir não estarem
olhando.
As mulheres, em contrapartida sempre fechavam a quando a via, deve ser por
esse motivo que as maiorias de suas vizinhas não gostavam dela.
Ela não frequentava academias também não tinha problema em comer a besteira
que fosse. Ouviu uma vez comentários no trabalho de dois “colegas”:
- Essa mulher é esquisita. No mínimo ela deve ser um desses Meta’s. – Disse
uma mulher sussurrando.
- Sim e o poder dela é ser super gostosa, não é? – O Rapaz respondeu rindo.
Lindsay ignorou os comentários.
Ela era boa em ignorar as merdas da vida. Passou os últimos 10 anos ignorando
seu passado, desde que descobriu que estava gravida e decidiu mudar completamente de
vida.
Se mudou para Dakota do Sul.
Seus pais, que moravam na cidade, cuidavam das crianças enquanto ela se
formava em advocacia em tempo recorde.
Não foi muita surpresa quando ela recebeu um convite para trabalhar como
estagiaria de advocacia nas empresas de tecnologia globalmente conhecida como
“Industrias Snyder”.
Quando ela se formou recebeu um convite para trabalhar nas linhas dos
inúmeros advogados da empresa. Quando se destacou dos demais o Próprio Snyder
ofereceu uma vaga em sua empresa principal situada em MegaCity, o berço dos Meta´s,
a cidade a qual passou a maior parte de sua vida.
Ela se questionou muito se devia ou não aceitar o trabalho. Quando sua mãe foi
diagnosticada com câncer ela percebeu que não tinha muita escolha. Aceitou o trabalho
pelo bem dela. “Sempre uma heroína” Ela pensou na ocasião.
Em 2017 voltou para MegaCity. Comprou uma casa em um condomínio numa
parte relativamente mais segura da cidade e afastada do centro.
Demorou, mas se acostumou novamente com pessoas voando, transito parado
porque algum Meta idiota estava importunando ou tentando assaltar e matar alguém.
Ela nunca pensou nisso quando era adolescente, mas, essa cidade era um pesadelo.
Ela tinha medo de ter uma recaída, e ela quase teve uma vez quando pensou em
ajudar seu chefe, que estava bancando o “Titânico” para impedir algum Meta que tinha
as habilidades de super força ou algo assim. Por sorte o herói número estava pronto para
ajudar na luta. Herói número 1? Isso deveria ser uma piada, e de muito mau gosto.
Rick McCoy. Seu ex. Pai de seus 2 filhos. Ela sabia que Rick não era o que as
pessoas achavam, ele não era perfeito, estava longe de ser.
Ela sabia que ele se afundava cada vez mais nessa questão de ser o herói, o
símbolo, simplesmente porque ele não conseguia superar o próprio trauma. Se afundar
nessa vida também era uma forma de fugir.
Mas, e ela? Ela também não se afastou dos problemas quando decidiu ir
embora? Não estava afastando os problemas quando decidiu que ela não queria que ele
fizesse parte das vidas de seus filhos? Ela já foi conhecida como Suprema, ela era
conhecida como a mulher do amanhã.
Entretanto Lindsay tinha medo, medo de que Rick levasse seus filhos para o
mesmo caminho o qual eles andaram desde que tinham 12 anos.
Ela tinha medo que a maneira do Rick pensar estivesse enraizada nas crianças,
talvez seja por isso que ela se afastou.
O medo de que eles se tornassem aquilo que os quebrou. Ela tinha medo de que
eles fossem heróis. Ao termina de descer as escadas e ela pode ver a sala onde eles
estavam. Luck estava entortando o braço de seu irmão para trás dizendo.
- Fala: “desisto, o controle é seu. ”
Cody chorava, mas se recusa a falar, se recusa a desistir e aquilo lhe assustou.
Ela pigarreou e os garotos se soltaram.
Cody era um pouco mais baixo que seu irmão e tinha os cabelos amarelados,
assim como os delas antes de pintar de preto, Luck tinha os cabelos escuros e ele
lembrava muito mais o pai do que o seu outro irmão, ele estava com sua característica
camisa preta, ela sempre evitava comprar camisas de tom escuro para ele, mas, ela o
pegava com a mesma camisa preta.
Cody estava com sua camisa amarela com o símbolo de algum personagem de
quadrinho.
- Vocês deveriam estar brigando para ver quem vai se o primeiro a se arrumar. –
Ela disse seria.
- Mas mãe. – Luck começou a dizer.
Lindsay fechou o semblante e os meninos baixaram a cabeça e subiram as
escadas em direção ao banheiro.
- Belo jeito de começar o dia supermãe. – Ela disse para si mesma enquanto ia
para a cozinha preparar o café da manhã.
Depois de ajeitar as coisas, tomar um rápido banho e se arruma para o trabalho,
Lindsay se despediu dos filhos enquanto eles pegavam o ônibus escolar em direção ao
Sunny Sun Higschool. Depois de quase 10 minutos que seus filhos pegaram o ônibus
que levava as crianças da vizinha para a escola, ela se sentiu pronta para ir ao trabalho.
Foi quando deu de cara com o Galo humanoide branco que estava preste a bater
na porta. Ela tentou fechar a porta mas o Galo botou a mão e a impediu.
- Precisamos conversar. – Ele disse.
Ela o olhou de cima a baixo botou a mão entre o cenho e abriu a porta para que
ele entrasse.
11
Lindsay reparou como Rick avaliava toda a casa como se estivesse entrando em
algum covil de algum vilão o qual provavelmente seria recebido com uma armadilha a
qualquer momento.
Ela se lembrou da última vez que conversaram. A conversa não tinha ido muito
bem.
Depois do que aconteceu com o Stewart, ou melhor, depois do que aconteceu
com o Gravitor. Ela sabia que sem a presença dele não tinha como aquele grupo
continuar funcionando. Não depois de como a dinâmica deles estava, não depois da
morte de Phantom e principalmente não depois dela descobrir que estava gravida dos
gêmeos.
Ela se lembrou que na ocasião Rick e ela se sentaram na cozinha dos pais dele.
Naquela época seus avós moravam no campo, eram vizinhos da família McCoy,
quando os poderes dela começaram a transparecer as coisas na cidade a qual moravam
não deram muito certo.
Ela sem querer, em uma ocasião, havia quebrado em dois lugares o braço de um
garoto de sua turma quando tinha 10 anos. O garoto em questão havia xingado uma de
suas amigas e ela o empurrou com força e ele voou quase 4 metros e bateu o braço no
balanço de ferro do pátio da escola, por sorte não tinha sido a cabeça.
Depois disso ficou cada vez mais difícil conseguir controlar seus poderes, a mãe
e o pai conversaram bastante e decidiram que seria bom para ela (e para eles) que ela
ficasse um tempo no campo vivendo com seus avôs, onde não pudesse chamar tanta
atenção.
No começo ela odiou a ideia, mas depois se conformou. Ainda mais quando
conheceu Rick McCoy, um garoto bobo, meio franzino e doente que sempre foi muito
gentio com os animais da fazenda a qual vivia.
Eles começaram a namorar cedo. Quando fizeram 15 anos, Paul convenceu Rick
a declarar seus sentimentos da forma mais boba e exagerada, com música, roupas
bregas e uma dança.
Ela lembra de ter amado cada momento daquele dia, lembra de ter amado cada
momento do relacionamento deles até o dia da conversa.
Ela deu todos os argumentos, pediu para Rick que esquecesse essa coisa de herói
assim como os outros membros prometeram esquecer. Naquela época já existiam outros
heróis, o que tornava a existência dos Vigilantes desnecessária.
Seja por sentir que tinha uma responsabilidade ou por medo, Rick foi muito
sério ao dizer que nunca iria parar. Que ele era isso, que ele era o Galoman.
Naquela época com a prisão de Gravitor, ela mal via o Rick em sua forma
humana ele era apenas o Galoman, 24h por dia.
Rick tentou conversa, tentou dizer que mesmo com ela gravida as coisas podiam
funcionar, que eles dariam um jeito de dar certo. Lindsay pensava diferente.
Ela havia tomado sua decisão, iria se livrar de qualquer resquício de heroísmo
que sua vida tinha e se Rick quisesse permanecer nisso, ela precisava se livrar dele.
E assim o fez, nunca se arrependeu, mas, sempre sentiu falta de Rick, sempre se
perguntou o que teria acontecido se eles tivessem permanecido juntos.
Lindsay nunca se apaixonou novamente, tentou seguir em frente, mas nenhum
de seus relacionamentos davam certo, pois ninguém era Rick McCoy.
Essas lembranças a fizeram suspirar, ela sentiu o seu peito doer ao ver o homem
com quem tivera dois filhos parado em pé em sua cozinha depois de 10 anos.
- Os garotos estão...? – Rick começou a dizer, mas, Lindsay o interrompeu.
- Estão na escola.
- Ah! É melhor assim, eu acho... – Ele coçou a nuca sem graça.
- Se vamos fazer isso, então vamos ter uma conversa normal.
Rick puxou uma cadeira da mesa e se sentou. Ele olhava em volta da casa, era
bem espaçosa e parecia ser aconchegante, ele se sentiu feliz que dinheiro não parecia
ser um problema para ela.
- Eu estou normal.
Ela revirou os olhos e apontou para a cafeteira no balcão da cozinha a qual ela
estava apoiada. Rick levantou o dedo dizendo que não queria. Ela encheu uma xicara
para si mesma e tomou um longo gole e depois encheu a xicara novamente.
- Você é um galo de quase dois metros de altura. Como isso é ser normal?
Rick se olhou no reflexo de uma das belas louças prateadas no armário da
cozinha. Ele soltou o ar e por um momento sentiu uma ardência, como magica as penas
se recolheram e o bico se contraiu para dentro de si e lá estava ele com a aparência
humana novamente.
Lindsay não se surpreendeu ao ver o homem de 33 anos, com uma barba longa,
com cabelos grandes, marcas de machucados e cicatrizes espalhados por todo o corpo.
- Quanto tempo tem? – Ela perguntou. Rick coçou a barba por um momento.
- 6 Meses ou um pouco mais.
- Cacete Rick. 6 meses como Galoman? Sem descansar? Você sabe que isso faz
com você.
- Você não tem o direito de me dizer como eu devo ou não levar a minha vida. –
Ele disse ríspido. – Ou se esqueceu que você não quis fazer parte dela.
Lindsay tomou um gole do café e sentiu a xicara dar uma leve trincada com a
força a qual ela estava a segurando.
Mesmo com as pulseiras de contenção das Meta’s células a qual concediam seus
poderes. Pulseiras quais Rodney havia enviado para ela quando estava na faculdade a
quase 10 anos. Elas continham, mas, não anulavam seu poder completamente.
- Aliás, tem muitas coisas que você faz sem ter o direito. – Galoman disse se
levantando.
Lindsay não disse nada apenas o acompanhou com o olhar.
Ele foi até o porta-retrato no armário lateral da cozinha e pegou a foto dos
garotos. Na foto eles estavam rindo e ambos usavam roupas de campistas, eles haviam
ido acampar com um dos ex-namorado de Lindsay, o qual ela passou maior tempo junto
antes de voltar para MegaCity.
Rick olhou para a foto e contorceu o lábio.
- Eles são meus... – Ele disse e depois se virou para ela. – São meus filhos. Você
não tinha o direito de tira-los de mim! – Disse sem conseguir conter o volume da voz. –
Você pode fazer o que quiser da sua vida. De verdade, eu não me importo. Você só não
pode afastar eles de mim. Não tem um dia sequer que eu não pense neles.
Lindsay se lembrou das várias vezes que Galoman tentou entrar em contato nos
últimos 10 anos, ela também se lembrou o que teve que fazer para que isso parasse.
Ela era advogada, e provar que o pai era um risco a vida de seus filhos não foi
algo muito difícil de se fazer.
Ela abdicou da pensão e todos os direitos que tinha em relação aos filhos com
uma condição, que fosse obtido uma ordem de restrição para o afastamento de Rick.
Deveria ser em uma semana de natal que o mandato da justiça chegou. Ela se
odiou por parecer a vilã da história, mas, isso era a vida a adulta, as pessoas fazem
aquilo que acredita ser certo.
A xicara em sua mão trincou ainda mais.
- Você fala como se fosse o pai deles.
- E eu sou. – Rick disse colocando a foto no lugar. – Não sou?
- Você? - ela perguntou com desdém enquanto tomava mais um gole. – Você
não é pai deles. Eles são filhos de Rick McCoy não do Galoman.
- Eu sou Rick McCoy. – Ele disse sério. Ela deu um leve sorriso de canto de
boca.
- Você não é Rick. – Ela disse. - O Rick que eu conheço provavelmente deve
estar morto ou preso em algum lugar dentro desse emaranhado de desculpas e
arrependimento que acha que se conseguir salvar todos 24h por dia poderá compensar o
fato de não ter conseguido salvar o Stewart e todas aquelas outras pessoas. – Disse
baixando a cabeça e desviando do olhar do herói. – Eu mesma depois desses 10 anos,
ainda vejo os corpos, ainda escuto a risada do Gravitor quando ele estava sendo levado
para a cadeia.... Eu...
Galoman não disse nada, ele estava posicionado debaixo de um dos arcos da
casa e a sombra que a construção projetava escondia sua expressão o tornando
indecifrável.
- Eu sempre achei que estava fazendo a coisa certa. – Lindsay confessou por
fim.
Rick não pode deixar de se simpatizar com ela, afinal naquele dia todos eles
sofreram. Todos os vigilantes que sobraram compartilham de um sentimento o qual
ninguém mais entenderia.
- Eles sabem que o pai deles é ...?
Antes que ele terminasse a frase ela balançou a cabeça.
- Não. Não sabem que são filhos do Galoman. Eles sabem apenas que o pai é um
herói. Eu prometi contar a eles quando fosse a hora certa. Desejei que até lá as coisas
fossem diferentes.
Rick se sentou novamente a mesa.
- O motivo que me trouxe até aqui hoje foi para lhe alerta. – Ele disse mudando
de assunto. - Tem alguém indo atrás da gente. Dos vigilantes, provavelmente um dos
nossos antigos inimigos. Até eu descobrir quem é e acabar com isso é bom ficar de olho
nas crianças.
Lindsay torceu a boca.
- Imagino que isso não seja a primeira vez que acontece. Rick levantou o sorriso.
- Não mesmo, mas dessa vez é algo estranho. O Vilão em questão está
mandando capangas quais ele tem aprimorada com uns comprimidos que concede
poderes a humanos comum. Não sei o que é o comprimido, mas, Rodney está no celeiro
dando uma olhada.
- É tão sério assim ao ponto de você ter que envolver ele nisso?
- Talvez não seja, só que eu queria apenas prevenir, sabe? Está um passo à
frente.
- Sempre um herói. – Ela disse baixando a cabeça e tomando o ultimo gole de
seu café.
Antes que a conversa tivesse tempo de ter continuidade eles sentiram a casa
estremecer de leve e o susto fez com que Lindsay apertasse a xicara com um pouco
mais de força a fazendo explodir em milhões de pedacinhos.
Rick se levantou já assumindo sua forma de herói. Ambos se olharam.
- Deus, que não seja o que eu estou pensando que é. – Ela disse quase para ela
mesma.
De repente os tremores pararam. A campainha de sua casa tocou uma vez.
Ambos se entre olharam e foram até a sala.
Viram pela lateral de vidro da porta dois homens parados um baixo e um alto e
forte, parecido com um armário robusto de tanto musculo que tinha.
A companhia tocou uma segunda vez.
- Fique atrás de mim. Eu cuido disso.
Não teve um terceiro toque pois a porta explodiu em milhões de pedaços,
jogando madeira, vidro e concreto para dentro da sala. A explosão fez parecer que a
porta avia sido dinamitada.
O homem mais baixo entrou primeiro enquanto o segundo teve que baixar sua
cabeça para entrar, agora os vendo pessoalmente ambos pareciam que haviam saído de
um circo. Um usava uma jaqueta preta com luvas de couro sem dedo. Ele trajava uma
calça jeans e tinha uma marca de cicatriz de queimadura no rosto. Ele estava com uma
camisa preta com uma estampa divertida de bananas de dinamites e o Coyte dos lunney
tunes tentando as explodir.
O Outro era um homenzarrão alto e mais forte até que o maior fisiculturista do
mundo, tinha 2m30 de altura e pesada quase 200 quilos de puro musculo, a cada passo
que dava o piso rachava e balançava, o homem não parecia ter problemas para andar ou
se manter de pé. Ele estava usando uma roupa larga, uma camisa branca e um macacão
marrom que o fazia parecer que tinha acabado de sair de uma obra de construção. Usava
umas botas de couro marrom com cano alto.
- Ding Dong. – O mais baixo e franzino disse com um sorriso. - Desculpa, entrar
dessa forma, a porta parecia estar meio explodida. Foi aqui que pediram 2 supervilões
no capricho!
12
Galoman deu um passo à frente. Lindsay cerrava o punho com raiva. Ela olhou
para Rick.
- São seus amigos? – Ela perguntou tentando parecer calma.
- Sim. – Ele disse. – Eles são um bando de arrombadores de casa. Eu já os detive
algumas vezes, eles não eram tão mal assim. – Galoman franziu o cenho. – Só que estão
um pouco diferentes. – Ele apontou para o mais alto deles. – O grandão ali por exemplo
ganhou uns músculos a mais e uns centímetros também.
Lindsay sorriu.
- Ah que bom. – Ela disse. – Poderia levar seus amigos lá para fora?
- Com prazer. – Galoman disse.
Ele encheu o peito de ar para desferir um potente ataque.
O mais alto parou na frente do mais baixo e o cacarejo do galo o atingiu em
cheio.
O homem pareceu não se abalar, ele apenas teve um pouco de dificuldade em
andar em direção ao Galoman. A cada passo que o rival dava na sua direção Galoman
aumentava cada vez mais a potência de seu cacarejo.
O vilão conseguiu se aproximar. Galoman não teve tempo de esquivar ou
defender o poderoso soco que o gigante desferiu de baixo para cima em seu corpo. Rick
tentou cruzar o braço para diminuir o impacto, mas ainda assim foi arremessado para o
segundo andar da casa, quebrando teto com tudo.
Lindsay disparou um olhar fuzilante para os homens que estavam destruindo sua
casa.
- Lá se vai minha privacidade. – Ela disse. – Eu tenho vizinhos sabiam?
- Desculpe morena. – O mais baixo disse. – Deixa eu me apresentar direito. O
nome do meu mano grandão ali é Beep Pow e eu sou o Beep Bum.
Lindsay levantou uma sobrancelha.
- Beep Pow e Beep Bum? O homem deu de ombros.
- Quando você ver isso vai entender.
Ele esticou o braço na direção de Lindsay que que foi atingida por uma explosão
que a arremessou para a cozinha levando com ela, moveis, pedaço do piso e uma boa
parte da mobilha.
Ela sentiu os farrapos da sua camisa social de serviço quente, como se elas
tivessem a explodido. Por sorte ela estava com o sutiã que registou ao impacto não a
deixando com os seios de fora. Bum riu.
- Se ligou? – Ele perguntou alto. – Eu posso acelerar as partículas dos objetos
quais eu foco minha visão e mão para fazer com que elas explodam. Independente do
material que é feito a explosão arrasa. – Ele riu novamente. – Meu irmão por outro lado
ganhou uma força do cacete. Vindo para cá ele parou um caminhão com apenas uma
das mãos. Ah se nosso pai pudesse nos ver agora.
- Ele estaria orgulhoso? – Pow perguntou.
- Eu duvido muito. – Bum disse. – Bom, e se podemos fazer isso com apenas um
comprimido imagina se fosse mais deles.
- Que bela casa ela tem né irmãozão? - Pow disse olhando para a casa
parcialmente arruinada.
- Tem mesmo, né? – Bum disse e esticou a mão em direção a TV da sala que
explodiu abrindo um rombo na parede.
Ele começou a rir. Lindsay estava tentando se levantar, mas ainda se sentia
zonza com o impacto.
A pulseira de contenção que ela usava estava emitindo um pequeno brilho verde.
Ela lembrou do bilhete que Rodney escreveu quando lhe enviou a pulseira.
“ Sempre que estiver brilhando verde você deve acalmar seus batimentos
cardíacos, a adrenalina engatilha seus poderes. “
O bilhete dizia. Por alguma razão a tecnologia de Rodney não podia a parar por
completo.
Entretanto ela sabia que se tivesse como “Suprema” esse impacto não seria o
suficiente para a deixar nesse estado. Ela se lembrou que ser invulnerável era uma das
melhores partes de ter o poder que tinha.
Ela era conhecida como “a mulher do amanhã” pelos jornais e mídias que
parafraseavam o maior herói dos quadrinhos: O Superman.
Ela não reparou quando o Galoman saltou em direção à Bum desferindo um
soco em seu rosto.
Ele esticou o braço do vilão para o alto e invasor usou seus novos poderes de
“acelerar partículas” em direção ao teto e lá se foi mais um pedaço do piso do segundo
andar.
Dessa vez era o seu quarto que havia sofrido o dano, um pedaço da sua cama e
armário com suas roupas em frangalhos caiu do teto.
Pow pegou o herói, que golpeava seu irmão com socos, e o arremessou em
direção a cozinha.
Galoman caiu ao lado de Lindsay tossindo poeira e cuspindo um pouco de
sangue.
- Achei que você tinha dito que dava conta. – Ela disse irritada.
- Só estou me esquentando. – Ele disse sorrindo. – Você também já foi mais
durona, né?
Ela levantou a pulseira de contenção e mostrou para ele.
- Ah... – Ele disse.
Os vilões caminharam em sua direção.
- Não é que o doutor tinha razão. – Bum disse admirado olhando para suas
mãos. – Essa parada de poder Meta artificial funciona mesmo. Eu estou dando um pau
no Galoman e na Suprema, cara.
Pow olhou para Galoman e Lindsay que estava se levantando.
- Ei Bum. – Ele disse apontando para a mulher. – Não é que ele tinha razão. Essa
boa de vida é realmente a Suprema. Ela aguentou porrada nossa e ainda está viva. Bum
apontou os dois braços em direção a Lindsay.
- Só para ter certeza se é mesmo ela.
- Aí otários. – Galoman disse surpreendendo os inimigos. – Pensa rápido.
Galoman, que tinha aproveitado o momento de distração dos vilões, cuspiu um
de seus ovos e arremessou contra o rosto de Pow.
A explosão não foi forte ao ponto de arremessa ou de ferir gravemente o
inimigo. Mas foi forte o bastante para desnortear o vilão.
O herói aproveitou o momento e usou a asa de seus antebraços parar pegar um
impulso. Ele segurou a barriga de Bum e fez com que o vilão e ele atravessassem a
grossa parede de gesso da casa.
Lindsay viu Pow coçar os olhos sem conseguir enxerga o que estava
acontecendo.
- DROGA! NÃO TO VENDO NADA! – O vilão gritava e estapeava a cozinha
cegamente.
Ela fechou um punho para dar o golpe, mas se conteve. Ela sabia que no
momento que ela entrasse na luta voltaria a ser a Suprema e ela não queria isso.
Ela escutou barulhos de explosão e risada vinda da outra parte da casa
destroçada, a parte qual Galoman havia levado Beep Bum para lutar.
- Cala a boca! – Gritou Rick de algum ponto da casa.
Os ouvidos de Lindsay doeram quando ela escutou um dos Cacarejos sônicos de
seu ex-noivo seguidos de barulho de vidraça se quebrando.
Lá se vai as janelas.
Ela pensou por um segundo antes de ser atingida pelo antebraço de Beep Pow
que a jogou contra a pia da cozinha, rompendo os canos e jogando agua por todo o piso.
O seu celular começou a tocar uma música do Queen a qual um de seus filhos
tinha colocado para personalizar quando a ligação vinha de seu chefe. No meio dessa
confusão ela se esqueceu que estava atrasada para o trabalho.
Ela viu Beep Pow debatendo loucamente os braços ainda cego pela explosão.
Ele acertou a mesa, os armários, e tudo mais.
Ela atendeu o telefone em meio à confusão de golpes a qual estavam sendo
desferido para todo lado.
- Alguém está atrasada. – Snyder disse no outro lado da linha. – A Evy disse que
não deveria ligar, mas estava preocupado com o atraso de minha advogada favorita.
Lindsay se esquivou do braço de Pow.
- Desculpa senhor Snyder. – Ela disse. – Acho que talvez eu não consiga ir
trabalhar hoje.
Snyder escutou os barulhos vindo pelo telefone e a voz ofegante de Lindsay.
- Está tudo bem aí Lindsay? – Ele perguntou sério. – Parece estar tendo
problemas, eu posso ir aí com o traje sem problemas.
- São só problemas em casa, relaxa. – Ela desviou de um soco cego que atingiu
com tudo a parede da cozinha fazendo um buraco e por um breve segundo deu as costas
ao inimigo. – Não precisa se preocupar. Está tudo sobre contro Ela não teve tempo de
responder.
O outro soco a atingiu em cheio. Ela varou a parede caindo de frente no
gramado da parte de trás de sua casa.
Agora estando na fora da casa viu os vizinhos todos com celulares, uns filmando
e outros ligando para polícia, jornal e tudo mais.
Ela levantou a cabeça do chão e viu o rosto de sua vizinha Roxana, a qual ela
não gostava.
A mulher gordinha e baixinha estava com o seu marido Robb, um homem careca
barrigudo que sempre foi gentil com os filhos de Lindsay. Ambos estavam no quintal de
trás, onde eles provavelmente julgaram ser mais seguro de esperara as autoridades
chegarem.
Lindsay viu o rosto de azedo que que a mulher fez em sua direção. Como se ela
tivesse dizendo: “Já não basta sermos vizinhas, agora você também tem poderes?”
Ela também escutou a voz zumbido pelo celular, que agora estava
completamente destruído. A voz ainda era do Snyder e ele disse algo como “chego aí
em 20 minutos “.
Beep Pow saiu pelo buraco da parede e ela não conseguia se levantar. Ele pisou
em seu celular o quebrando de vez.
Antes que ela pudesse fazer algo sentiu a mãozorra do vilão segurar suas pernas,
ele estava com os olhos vermelhos e lacrimejando, mas infelizmente para ela ele havia
voltado a enxerga.
Ela sentiu o seu corpo se erguer enquanto ele batia suas costas no outro lado do
chão.
O impacto que ela teve causou mais raiva do que dor.
Ela se lembrou como ela se irritava rápido com vilões que se achavam mais forte
que ela. Lembrou que o dia dela estava péssimo e o mau humor ainda estava no ar. E a
risada de Beep Bum veio em sua cabeça, ele realmente estava achando que era superior
a ela.
O segundo impacto fez ela esquecer o desejo de não ser mais a heroína. Na
verdade Lindsay só desejava descontar sua raiva em alguém e não é todo dia que ela
pode bater em um super-vilão, pelo menos não recentemente.
Enquanto ela estava o chão, viu parcialmente Galoman socar as costas de Bum
em uma vidraça de um carro e depois disparara o cacarejo sônico enquanto segurava o
rosto do homem para que não escapasse.
“Danasse”
Ela pensou em meio a surra a qual estava levando. Ela ouvia gritos das pessoas
para que o Galoman fosse a salvar.
Ela não queria ser salva por ele. Nem se quer queria ele ali.
Beep Pow à arremessou contra arvore do Jardim de seu quintal. A única arvore
grande e solitária que proporcionava uma deliciosa sombra em dias de sol.
A Arvore qual os filhos insistiam a quase 2 anos para construírem uma casa.
O tronco se partiu com o impacto e caiu em cima da cerca que fazia divisa com
a casa vizinha, ela ouviu Roxana dar um grito fino, tão ensurdecedor quanto o do Galo.
Lindsay segurou a sua pulseira de contenção e a puxou com força.
Quando a fechadura se rompeu ela sentiu todo seu corpo ser inundado de uma
força a qual não sentia a anos, a dor no corpo passou quase de imediato.
Ela se levantou. Não estava mancando e nem se sentindo dolorida.
Ela olhou para sua casa que estava agora completamente destruída e em seguida
olhou para Beep Pow.
- Quer conhecer a Suprema? – Ela disse estalando os dedos. – Eu vou te
apresentar a Suprema.
Lindsay, não, SUPREMA voou em alta velocidade atingindo Beep Pow que
estava a poucos metros dela com um soco poderoso bem na barriga.
Ela sentiu seus olhos arderem um pouco com o vento quando atingiu o homem e
se lembrou porque que usava ósculos no seu uniforme e também se lembrou como
sentia falta de voar.
Beep Pow foi arremessado para o meio do asfalto e Galoman teve de desviar e
por pouco não foi atingindo pelo homem e ao invés do herói quem tomou o impacto foi
um Prius prateado que pertencia a um dos vizinhos de Lindsay.
Galoman viu com uma leve admiração quando Suprema foi de encontro ao vilão
e antes que ele pudesse se levantar ela segurou em seu macacão e o arremessou para o
céu, em seguida ela voou atrás.
A cada hora que Beep Pow perdia velocidade e iria cair, ela dava um soco o
arremessando ainda mais para o céu.
Depois de 5 bons golpes ela voou rapidamente para atrás do vilão, juntou os
punhos e os desceu como um martelo nas costas do inimigo fazendo com que ele fosse
de encontro ao chão.
Ela não sabia o quanto o homem era resistente e o quanto os poderes artificiais
funcionavam e também não sabia se ele poderia morre com a queda.
Enquanto ela soprava a mecha preta de cabelo para sair da direção de sua visão
voou rapidamente em poucos segundo alcançou e impediu o homem de atingir o chão
da rua. Ela segurou na alça do macacão do inimigo.
Depois ela o soltou e ele caiu de rosto no chão.
- Como nos velhos tempos. – Galoman disse enquanto olhava as pessoas o
filmando e tirando foto.
Suprema não disse nada.
Ele reparou que Beep Pow estava prestes a se levantar e para impedir ela deu um
belo de um golpe em seu rosto, quebrando o asfalto e fazendo com que o homem
ficasse desacordado.
Ela viu o Beep Bum na mesma condição, caído em cima de outro dos carros. As
pessoas começaram a se amontoar mais e mais e fazendo várias perguntas e
comentários.
- Poxa, você é a Suprema? – Um homem que veio concerta o chuveiro de seu
banheiro como um favor na semana anterior perguntou.
-Ela é a Suprema, eu era vizinho da Suprema. – Um outro disse admirado.
Todos estavam falando e elogiando os heróis e fazendo perguntas.
Galoman e Suprema viram quando o corpo de Beep Pow começou a diminuir de
tamanho, deixando o homem com um pouco mais de 1,88 de altura e com bem menos
músculos, sua roupa ficou folgada no corpo.
O calor que Galo sentia vindo de Beep Bum também sumiu. O efeito da pílula
havia passado.
As pessoas começam a rodear ainda mais os dois heróis que tinham salvado a
vizinhança e Lindsay não sentia nenhum pouco de paciência para lidar com isso agora.
Ela passou a mão em volta do Galoman e levantou voou.
Ela reparou em um adolescente negro, com um dreadlock cumprido que descia
até seus ombros e com um copo de milk-shake extragrande e um saco de batatinhas na
mão olhando diretamente para eles.
Galoman reparou a troca de olhares dos dois.
- Eu achei que todas as crianças daqui estudavam a essa hora.
- E estudam. – Ela disse seria. Ótimo, seu dia iria piorar ainda mais. – Eu nunca
vi esse garoto antes.
Galoman se soltou e planou até o jovem rapaz que não movimentou um musculo
se quer para tentar fugir.
Suprema desceu até a multidão e pediu para que eles se afastassem dos vilões e
chamassem a polícia especializada em Meta’s.
Ela viu o galo segurar o garoto pelo braço depois o soltar.
Ele olhou para ela e fez um sinal para que ela se aproximasse. Todos abriram
caminho e a deixaram passar.
A rua ainda atava cheia, mas aquilo estava começando a deixar de ser novidade.
Alguns ainda estavam transmitindo ao vivo para redes sócias. Ela sabia que precisavam
ser rápidos, já conseguia ouvir barulhos de sirene vindo ao longe.
O jovem em questão usava uma camisa de alguma banda a qual ela não
conhecia, tinha um grande fone de ouvido em seu pescoço, também tinha um tênis o
qual estava impressionantemente limpo para um garoto daquela idade, aparentava ter 16
ou 17 anos. Seu Jeans era rasgado no joelho, ele era a caricatura do jovem moderno.
Ele ofereceu a batata e ela negou com a mão.
- O que temos aqui? – Ela perguntou.
- Esse tal de...? Galo disse esperando que o Garoto repetisse o nome.
- Zack. – Ele disse tomando um gole de sua bebida. – Meu nome é Zack e vim
alertas vocês sobre quem está atrás de vocês.
- Como você sabe quem é? – Suprema perguntou.
- Sei porque o cara que planejou tudo isso é meu pai.
Tie-in
Static Boy
Megacity. 10h11.
Jimmy Temple estava atrasado para escola.
Seu pai sempre dizia que os estudos seriam o futuro dele e que ele tinha de
aceitar a realidade a qual nasceu. Jimmy era negro, tinha 14 anos e era filho de um
grande geneticista da cidade o que fez com que ele pudesse estudar em uma das
melhores escolas particulares de Megacity.
Ele sabia que aquilo por si só já era especial, como não poderia ser? Era um dos
poucos garotos negros da escola e ele não tinha opção de ser um aluno mediano e até
então não era.
Entretanto tudo mudou nos últimos 6 meses. Jimmy ou Jim, como os amigos o
chamavam, descobriu ser um Meta assim como muitos dessa cidade. O dia da
descoberta foi muito pelo acaso, ele estava mexendo em seu celular quando viu o
aparelho ir de 93% para 0% em questões de segundo. A principio ele pensou que o
aparelho havia estragado foi então que ele notou uma fina camada de estática por volta
de seu corpo e ele não precisava ser nenhum tipo de gênio para saber que ele tinha
absorvido a energia do celular.
A principio ele ficou muito empolgado, quem não quer ser um super-herói? Ele
sempre sonhava em ser um. Mas imaginou que primeiro, ou isso nunca ia rolar ou então
que ele seria mordido por algum inseto radioativo ou então cairia em algum composto
químico.
No fundo ele sabia que esse tipo de pensamento era idiotice, ate porque pelo que
estudava nas aulas de química se algo do tipo acontecesse com ele era mais provável
que ele desenvolvesse um super câncer ao invés de um poder.
Enfim, poderes elétricos. Pelo menos a princípio era o que parecia. Ele não ficou
tão surpreso assim, a maioria dos heróis negros de quadrinhos tinham poderes elétricos
como por exemplo:
Tempestade, Raio Negro, Tormenta, Vulcão Negro, Super-Choque e Xangô e
alguns outros. Eles também não tinham transformado o Electro em negro no filme do
Homem-Aranha?
Deixa para lá, o importante é que seja por uma piada do destino ou ate mesmo
talvez um leve estereótipo seus poderes estavam envolvidos por eletricidade. Não era
nada extraordinário ou grandioso como os heróis dos quadrinhos, era apenas camada
estática que ficava por volta de seu corpo como uma armadura e que ele descobriu mais
tarde que podia moldar como bem entendesse.
Não era algo chocante, decidiu então se chamar de Static Boy. Descolou uma
roupa maneira de fantasia, coisas que ele tinha no armário de casa, maquiagem preta em
volta dos olhos um capuz (que a estática quando ativa impedia de sair de seu rosto por
mais que ele se movimentasse.) um sobre tudo preto com um símbolo de um raio
branco (feito a mão) nas costas, um par de luvas azul sem dedo e uma calça estilosa e
um tênis de cano alto também azul bem estiloso.
Botou isso tudo na mochila e nesse momento desejou ter um colã porque era
praticamente impossível carregar o uniforme com o material da escola, ele deu um jeito,
danasse todo o material, um caderno e uns lápis estavam de bom tamanho, ele seria um
herói e nos últimos 6 meses ele enfrentou um número impressionante de 0. Ele
enfrentou 0 vilões.
Seja por um azar de nunca estar onde a ação se iniciava ou simplesmente por
passar a maior parte do dia na escola, ele passou apenas treinando usar seus poderes
nesses 6 meses, treinava antes da escola e talvez fosse por isso que ele estivesse nesse
estante MUITO ATRASADO!
Ele quase pegou o ônibus que levava para a Sunny Sun High school. Ele
demorou chegar no ônibus pois estava testando os poderes em uma parte afastada da
cidade, ele saia de casa 1h30 mais cedo para fazer isso.
Jim não contou para nenhum amigo que tinha poderes, achou que poderia os
colocar em perigo caso algum Meta babaca fosse atrás dele, talvez ele estivesse se
valorizando demais? Talvez, mas ele ainda assim pensava na segurança de seus amigos
e familiares.
Estava com seu skate e o botou para trabalhar depois de ver o ônibus ir embora,
chegaria suado na escola isso era um fato, isso iria para seu histórico também era, mas
quem se importa? Ele tinha poderes! Era um Super-herói!
Jim passou de skate na frente da loja de quadrinhos, ele ia por cima da calçada
esquivando das pessoas e as escutando o xingar quando ele quase as acertava. Um
sujeito gordo que parecia estar andando distraído, curiosamente indo na mesma direção
que ele, não foi rápido o bastante para sair do caminho quando Jimmy gritou para que
ele se movimentasse e então aconteceu uma pequena colisão.
O Gordinho careca foi ao chão, ele estava usando um sobretudo que cobria o
corpo imenso e redondo dele todo, quando ele caiu do bolso do sobretudo caiu um
frasco com um Z e o sobretudo ainda se abriu revelando uma roupa verde ridícula e
colada demais no corpo do sujeito, parecia algo elástico que de ginastica ou qualquer
coisa assim.
Jimmy prontamente se levantou pegou o frasco se desculpando e entregou ele ao
sujeito. O homem se levantou o encarando e fechou o sobretudo rapidamente e pegou o
frasco na mão do garoto com rispidez e balançou a cabeça com desaprovação.
- Criança estupida. – Ele falava com a língua presa. – Não deveria estar na
escola?
- Eu estou indo para lá. – Jim respondeu e sentiu uma leve sensação de que algo
estava muito errado.
A escola ficava afastada da cidade, e tinha de ser assim para ninguém se por em
perigo caso uma luta de Metas ocorresse. Para aquele lado da cidade a qual ele e o
homem estava indo tinha apenas a escola. Eles já estavam bem afastados do centro, um
ou outro carro passava, mas o cenário agora era apenas alguns postes elétricos e uma
área gramada com calçada em uma pequena estrada que levava para a escola no alto de
uma pequena colina.
- Odeio crianças. – O Sujeito disse dando as costas e continuando seu caminho.
Jimmy o deixou seguir e então teve certeza que aquele sujeito estava indo para
escola, ele não parecia ser um funcionário e muito menos um pai de algum aluno, o
homem era muito suspeito. Os seus instintos gritavam radicalmente para ele PERIGO!
Jimmy resolveu então que talvez fosse melhor ele da ouvidos a isso. Seria seu
senso de super-herói nascendo nesse momento? Ele se empolgou.
Ele deixou que o homem fosse mais a frente e então pegou seu skate com as
mãos e foi para o meio das arvores. Demorou quase 5 minutos para colocar a sua roupa
e agora ele precisava recarregar e por sorte os postes de energia iram servir.
Depois de se preparar ele já era o Static Boy. O barulho estático que a
eletricidade em volta de seu corpo produzia era misturado com a sua voz fazendo com
que a voz de Jim fosse quase irreconhecível. Ele moldou a estática de seu corpo
formando duas asas, era uma coisa que ele praticou poucas vezes voou meio capenga
por sua sorte o homem era lento ainda estava próximo.
- AI, MEU SENHOR! – Ele gritou chamando a atenção do sujeito. – EU
POSSO FALAR COM VOCÊ UM ESTANTE? – A voz saia misturado a estática.
O homem bufou estressado.
- Você de novo? O que diabos você quer cacete? Static Boy pousou na frente do
homem.
- Eu nunca te vi meu senhor, só quero saber quais são seus assuntos na escola.
Você parece suspeito.
- Acha que eu sou idiota garoto? – O homem disse estufando o peito. – Eu o vi
não tem nem 10 minutos. Que roupa ridícula é essa? Eu nem estou surpreso por você
ser um meta, quase todos nessa maldita cidade é.
Static Boy ficou envergonhado por um momento.
- Bem... Eu... Eu nunca vi você. O Garoto do skate maneiro foi embora, eu disse
que você era suspeito e que eu iria averiguar.
- Qual seu nome de herói?
- O que? – Static Boy perguntou.
- Seu nome de herói. Eu nunca vi você.
- Eu sou novo na cidade.
- Ah! Você é um novato... – O homem olhou para um lado e para o outro vendo
se não tinha pessoas próximas. – Eu poderia tomar meu remédio? São quase 11 da
manhã...
Static Boy coçou a cabeça.
- Tudo bem, mas seja rápido. Não quero o senhor passando mal. O homem
puxou o frasco com o Z e sorriu para o garoto.
- Não se preocupe moleque enxerido, eu vou ficar bem... – Ele tomou o frasco. –
Você por outro lado...
O Homem então expandiu seu corpo como um balão e ele estava próximo
demais para que Static Boy fosse capaz de se esquivar. Como uma bola de canhão o
homem se jogou contra o peito do pequeno herói que foi arremessado para longe, por
sorte a estática em seu corpo servia como uma armadura.
Static Boy caiu no meio da rua, que estava vazia, meio tonto e ele so conseguiu
pensar no primeiro momento em meio a dor e o vilão que se aproximava.
É, vou perde a primeira aula...
- Eu só queria pegar o filho da Suprema garoto. – O homem disse enquanto
avançava em sua direção. – Mas você tinha que se meter, né? Seu fedelho de merda.
Ele avançou em alta velocidade. Static Boy dessa vez rolou para o lado e
homem passou direto acertando uma arvore e a partindo. Ele então pode notar o que
tinha acontecido agora raciocinando melhor.
O gordão era um sujeito normal que adquiriu super poder ao tomar o frasco. O
corpo dele inchou, ele estava meio flutuando e seus pés e mãos tinham entrado para
dentro do corpo que estava parecendo um balão de gás hélio.
Quando o homem se movimentava uma pequena fumaça saia dos orifícios onde
deveriam ser seu braços e suas pernas e principalmente o corpo do homem estava duro
como aço.
- Deixa eu adivinhar. – Static Boy disse se levantando. – Quando você toma
seus remédios você vira o incrível coxinha de aço?
O homem ficou com o rosto vermelho de raiva e vapor saiu por sua narina e
orelha e o barulho que saiu disso foi como uma buzina de trem.
- Eu vou matar você!
O homem avançou contra Static Boy novamente que dessa vez se preparou. Ele
lembrou de seus 6 meses de treino e tentou fazer com que a sua perna parasse de tremer
pelo medo que estava sentindo e se concentrou em manter a piadas. Isso fazia com que
a sua tenção se aliviasse e ele pudesse reagir.
- Minha primeira ameaça de morte. – Static Boy disse fazendo ambas as mãos
ficarem grandes devido a estática. – Estou tão emocionado coxinha....
Quando o homem o atingiu ele esticou as mãos como um goleiro, sentiu o peso
do impacto o empurrar para trás e seus pés deslizaram pelo chão. Ele teve de manter
uma força descomunal para parar o avanço do vilão e então conseguiu.
- Me solte! – O homem gritou irritado. – ME SOLTE, DROGA!
Static Boy apertou as mãos gigantes de estática ainda mais em volta do inimigo.
Segurou o vilão por cima da cabeça.
- Já que insiste.
Ele bateu o sujeito com toda as suas forças no chão, a estrada ate se quebrou
com o impacto ele soltou um de suas mãos e desferiu mais um soco no vilão.
Transformou a mão livre em um martelo de estática gigante e bateu novamente.
- Merda! Merda! – Vilão gemeu de dor e levantou do chão flutuando e com
força.
Static Boy não conseguiu o segurar dessa vez e o vilão foi para o céu.
- Isso está sendo trabalhoso demais. – Ele disse irritado. – A grana que vou
arruma não vale essa dor de cabeça. Que se dane essas crianças idiotas. Eu aposto que
os filhos da Suprema também devem ter poderes, eu sou muito burro de vir aqui
sozinho.
- EI! – Static Boy chamou do chão. – Vamos continuar ou não?
- Vai se ferra garoto! - O vilão disse dando as costas e voando para longe.
- Não vai embora não! – Static Boy disse formando as asas de estática e indo
atrás do inimigo.
O homem estava voando bem mais rápido e de uma forma melhor que o jovem
herói novato.
- O que você quer dizer com filhos da Suprema? – Static Boy gritou. – E onde
você conseguiu o remédio que da poderes. Pera aí! eu tenho mais perguntas para fazer!
- Morre bicho chato! – O vilão gritou.
Static Boy tentou aumentar a velocidade e então seus poderes desligaram.
- Oh Merdaaaaa...! – Jim gritou quando caia no meio das arvores e galhos.
Ele ouviu a risadas do vilão enquanto ele fugia. Jimmy estava no meio dos
galhos das arvores, machucado, cheio de duvidas e possivelmente tinha quebrado algo,
mas ainda assim ele não conseguia deixar de estar feliz.
Pode ser um herói pela primeira vez ele sorriu preso no meio dos galhos e então
notou algo... ELE ESTAVA DEFINITIVAMENTE MUITO, MAIS MUITO
ATRASADO!
EDIÇÃO 4
Sr. Hollywood
13
Centro. 12H30min.
Lindsay estava impaciente sentada na cadeira do restaurante KFC o qual estava
junto de Rick e o jovem que dizia ser filho do responsável que fez sua vida virar de
cabeça para baixo em apenas uma manhã.
Ela estava usando uma jaqueta antiga de aviação que era muito grossa e a estava
deixando com muito calor, para ela tudo bem já que antes estava usando apenas um
trapo e seu sutiã.
As suas calças também estavam arruinadas, mas ninguém dizia nada, parece que
era uma moda dos jovens usarem calça jeans rasgadas.
Toda essa situação estava incomodando a mulher. Olhando para o lado ela via
pessoas no lado de fora da rua olhando, pelas vidraças do restaurante, o Galo de quase 2
metros sentado na cadeira comendo uma asa de frango empanada.
Ela se surpreendeu, não vieram tantas pessoas quanto ela achou que viriam
pedindo autografo ao herói. Provavelmente seria diferente se o Galoman não tivesse
dito aos jornais que a mulher que derrotara o vilão superforte a murros e golpes na
verdade era apenas uma Meta qualquer.
É claro que os boatos estavam circulando, vídeos no youtube e muitas teorias
em redes sociais sobre ela. Seu telefone havia sido quebrado, mas ela imaginou o
quanto de mensagens de amigos, familiares e tudo mais que estava recebendo. Sua
carreira havia acabado, seus filhos deveriam estar passando pelo inferno com os
amigos, os filhos que ela não pode ver ainda. Snyder foi pessoalmente pegar os garotos
na escola e os levar para sua casa enquanto ela resolvia essa situação.
Ela se imaginou tendo que pintar o cabelo novamente, ter de se mudar
novamente, foi tão difícil da primeira vez, mas não tinha jeito, ela sabia que as coisas
tinham mudado.
O barulho do adolescente sugando o resto do copo grande de refrigerante
começou a irritar profundamente. Eles haviam ido conversa nesse local pois, segundo o
Galoman era o melhor lugar para se conversa, além disso por ironia ele as podia comer
o quanto quiser de graça no restaurante e ele ainda recebiam. Basicamente ele era uma
propaganda viva do KFC. Ele também recebia um bom dinheiro de empresas na cidade
que usava sua imagem, na verdade atualmente essa era sua principal fonte de renda,
mas Lindsay supôs que ele não usava muito do dinheiro pelo seu estilo de vida.
Lindsay não estava com fome e ver o garoto comer como se estivesse sido
mantido em um cativeiro por meses, a irritou mais que o barulho da bebida. Bem, talvez
ele tivesse sido mantido mesmo em um cativeiro, mas, era difícil saber porque ele não
disse nada de útil. Fez uma ou duas perguntas idiotas, contou sobre uns filmes e um
livro que tinha lido e falou sobre aventuras dos Vigilantes e como ele era fã do antigo
grupo.
- Chega. – Ela disse pressionando a mão contra a mesa. – Começa a
desembuchar garoto. Fala logo sobre seu pai.
Zack estava com uma coxa de frango meia mordida em mãos. Ele levantou a
mão livre fazendo um sinal para que ela esperasse um pouco.
- Antes que eu entre no interrogatório de vocês. Eu tenho uma outra pergunta. –
Ele mordeu novamente a cocha e falou com a boca cheia. – Como assim você pode
comer frango de boa?
Ele apontou a coxa do frango para o Galoman.
- Bem, como eu disse. Eu sou um humano, eu não sou um galo que foi mordido
por uma criança radioativa e nem nada do tipo e...
Antes que ele pudesse termina de falar, Lindsay deu um tapa na mesa e arrancou
um pedaço. Todos em volta olharam assustado e alguns até levantaram. Rick olhou
nervoso para ela e depois se levantou sorrindo acalmando as pessoas. Lindsay
aproveitou a oportunidade e se virou para o adolescente.
- Olha aqui moleque, é bom você começar a falar porque caso ao contrario eu e
você vamos fazer um passeio e não tem Meta no mundo que vai fazer eu tirar a mão
desse seu corpinho magro e fraco. – Ela disse e reparou o jovem engolindo o pedaço da
carne assustado. – Isso mesmo, eu estou muito estressada no momento e você que veio
até nós, então é melhor falar onde seu pai está para podermos acabar logo com isso.
Galoman se sentou de novo, não era preciso dizer nada sobre o que tinha
acabado de acontecer.
- Está bem, credo. – Zack disse e tomou um gole do refrigerante. - O meu nome
é Zack Genrich, sou filho de Zector Genrich.
- Genrich? Isso é um nome Russo? – Galoman perguntou.
- Nós tínhamos um vilão que era russo Eu não consigo me lembrar quem era
Lindsay disse pensativa.
- Sim, é um nome russo. Como podem ver eu não tenho um pingo de sotaque,
não tenho muito relação com meu pai tirando o intelecto superior ao de todos aqui.
Lindsay e Galoman ignoraram o garoto.
- Eu sinto que é algo que eu deveria saber. Zector é um nome que não me é
estranho. – Galoman disse pensando.
Zack vi a dúvida no rosto dos heróis e se irritou.
- Gente, qual é? – Ele disse levantando os braços. – Ele foi o maior vilão de
vocês. O arque rival, isso é sério?
- Fale mais um pouco sobre ele. – Lindsay pediu.
- Ok, o último confronto de vocês. Foi em 2008. Vocês foram em seu
laboratório, o intelecto de Zector era superior, era quase impossível ele perde. Ele havia
preparados contramedidas para cada um dos membros do grupo menos para Gravitor.
Aquele cara sempre foi um problema para meu pai, mas Gravitor era ingênuo ele havia
quebrado uma das únicas regras que heróis não deveriam quebrar em hipótese alguma,
ele havia deixado que o mundo descobrisse sobre sua namorada, e aquela informação
era uma arma fantástica. – Zack dizia quase como se tivesse admirando o plano de seu
pai. – Zector, meu pai, sequestrou a menina e a usou. A intenção é claro nunca foi que
ela morresse, na verdade ele nem desejava a morte de vocês naquele momento. Bem,
como vocês devem se lembrar as coisas saíram do controle e daí algum atingiu o reator
principal da impressora molecular do laboratório e então BUM. – Ele bateu as duas
mãos na mesa. – A explosão matou inocentes e blá blá blá.
Galoman e Lindsay se olharam.
- Eu me lembro vagamente disso. – Galoman disse. – Eu sei o que aconteceu,
mas eu não me lembro como aconteceu.
- Sim, é como se algo tivesse impedindo que eu acessasse essa memória.
Eles se olharam em silencio e depois disseram juntos:
- Mentix.
A heroína telepata, a psicóloga ela havia feito alguma coisa, eles souberam na
hora.
- Você sabe em que laboratório seu pai está? – Galoman perguntou.
- Sim. Era sobre isso.
- Me leve até lá. E no caminho me conte como ele não está morto. – Galoman
disse. – O Rodney está no antigo KG. Provavelmente ele tem o contato da Mentix, mas
não vá falar com ela sem eu estar junto. – Ele disse se virando para Lindsay.
- Você faz seu trabalho e eu vou fazer o meu. – Ela disse se levantando. –
Pegue-o homem Galo.
Rick deu um leve sorriso.
- É Galo, mas é Galoman.
Ela deu um sorriso de canto de boca e saiu do restaurante, ela sabia que não
precisava ir com Rick, ele poderia resolver a situação sozinho, afinal de contas ele não
era mais criança que ela conheceu e ela viu como ele se saiu com Beep Pow e Beep
Bum, provavelmente ele teria derrotado os dois vilões se a ajuda dela. Ela precisava de
resposta. Mentix havia mexido com a mente deles, ela precisava saber o porquê. Saiu
pela calçada movimentada e as pessoas pareceram não ter a reconhecido, passavam por
ela como se não fosse nada. Ela olhou em volta e procurou um taxi depois pensou bem
sobre isso e deu de ombros.
- Que se dane. – Ela disse baixinho.
Lindsay concentrou-se em um ponto de suas costas e começou a sair do chão e
em menos de 10 segundos já estava flutuando sobre o restaurante, alguns começaram a
parar e a tirar foto. Ela fez uma careta e subiu ainda mais aos céus, quando estava na
altura de um prédio olhou ao redor buscando a referência necessária para achar o
caminho que teria de fazer até a fazenda de Rick e quando encontrou voou em alta
velocidade para lá.
Após quase 15 minutos de voou o qual não pode voar em sua velocidade
máxima pois lembrou que o atrito do ar em seu olho ardia bastante por isso um óculos
de aviador era parte de seu uniforme, não era esteticamente bonito mas era necessário.
Ela se chocou ao ver o estado da fazenda quando chegou, ela parecia estar
praticamente abandonada. Não tinha mais nenhum animal, a cerca estava podre e nem
mesmo a casa, que antes era dos pais de Rick e o lugar onde ele tinha dado o seu
primeiro beijo, estava conservada.
Mas o que mais surpreendeu Lindsay era um jatinho preto que estava
estacionado ao lado da casa e em cima de onde deveria ser uma pequena plantação.
Alguém havia chegado recentemente no local pois ela sabia que esse jatinho com toda
certeza não era de Rodney, ainda mais com aquele adesivo cafona de olho na lateral da
carcaça.
Ela pousou na frente do celeiro o painel que haviam instalado que levava ao
laboratório estava praticamente exposto, caminhou até ele e o acionou com a palma da
mão e teve uma leve sensação de nostalgia quando a voz de Beakman disse:
- Bem-vinda de volta Suprema.
Ela desceu as escadas de ferro em direção ao laboratório e assim que passou na
porta viu caixas e mais caixas amontoadas com peças de tamanhos e formatos variados,
a fiação do teto estava exposta e algumas fios saindo do chão, ela viu muitas maquinas
desmontadas e outras coisas novas no lugar.
Ela não se lembrava de o lugar ser tão grande, ele parecia um hangar de alguma
base militar e provavelmente as coisas que tinham ali eram mais avançadas do que
qualquer base.
Ela escurou barulhos de ferramenta vindo de algum canto do laboratório, mas
não conseguia enxerga o causador do barulho.
- O lugar está bem bagunçado. – A voz de Beakman soou pela sala.
– O Fenomenal Mind está dando uma atualizada geral em todo o sistema. Como
tem passado, Suprema? Tem se alimentado direito?
Ela sorriu sem saber o porquê já que a I.A provavelmente não podia vê-la, pelo
menos ela achava que não.
- Eu estou bem Beakman. Fico feliz que não desativaram você. Senti sua falta. –
Ela disse com sinceridade.
- Me desativar? – A I.A indagou. – Ora, eu sou essencial para o funcionamento
desse lugar, agora com os upgrades que estão ocorrendo nesse momento, sou mais útil
do que nunca.
- Que bom que o Rick tem você.
- Ah sim. Falando em coisas boas. – A I.A disse. – O senhor Big Guy está aqui
também. Ele chegou a poucas horas atrás.
- O Paul está aqui?
Ela viu o homem alto, porte físico atlético, com um sorriso de dentes perfeitos
demais o cabelo ruivo estava com um penteado da moda. Ele estava usando uma blusa
de alguma marca que ela não reconheceu, os ósculos de sol com a armação do que
parecia ser ouro estava preso na gola da camisa, sal calça jeans escura combinava com o
sapato estiloso o qual ele estava usando.
Ela logo abriu um sorriso ao reconhecer o ruivo que via com o braço abertos em
sua direção.
- Hey Linlin. – Ele disse ao abraça-la.
Ela retribuiu o abraço e sentiu que as coisas finalmente iriam melhorar.
14
Paul Henderson era o palhaço do grupo.
Ele era o cara que fazia os outros rirem, era o tipo do herói que dá apelidos aos
vilões e arrastava os amigos paras as entrevistas. Ele amava a vida que levava e amava
seus amigos, por isso foi mais difícil para ele a separação.
Ele se tornou um ator de hollywoodiano. Sempre foi bom com câmeras e sempre
foi bom em fingir que as coisas estavam indo bem mesmo sem estar. Em sua essência
ele sempre se sentiu um ator, então se existia um lugar que as pessoas pagariam para
esse talento nato dele então porque não?
Paul arrumou suas malas e se mandou da cidade, uma parte dele se culpava por
não fazer mais pelo grupo, mas, vamos ser franco aqui, ele não estava muito feliz com a
vida de herói e também depois do incidente envolvendo o Gravitor ele nunca mais usou
os poderes.
Pegou suas malas, botou um sorriso falso no rosto e partiu para Los Angeles, lá
conheceu o seu empresário o Harry Law, ele sabia que o interesse dos empresários em
administra a sua carreira era pelo simples fato de que ele era o Big Guy. E também não
era coincidência que seus primeiros anos como ator todos os filmes que ofereciam para
ele atuar sempre era algo como “ O grande papai”, “O grande treinador” ou sempre
“Vigilante do amor”, “ Um vigilante em apuros”.
- O caixa tem que girar. – Dizia Harry sempre que ele reclamava. – Você está
começando não tem como ficar fazendo muita exigência, preocupe-se em se provar
como ator antes.
E assim ele o fez. Ele queria desvencilhar a imagem que as pessoas tinham dele
como herói, acreditava que o motivo de nunca fazer filmes de ação era somente por esse
motivo. Estava errado.
Aconteceu em uma festa.
Ele havia saído com uma das figurantes de seu último filme, um desses bêbados
engraçadinhos por talvez não o reconhecer, se engraçou para cima da garota qual ele
estava, ele não lembra da garota, ele não lembra nem o nome dela, mas se lembrava do
sujeito.
Era um desses rapazes riquinhos de Los Angeles que provavelmente não pagou
pela BMW que tinha e nem pela perfeita jaqueta preta, tinha um sorriso branco e dente
perfeitos, Paul reparou bem nos dentes do sujeito já que o mesmo não parava de sorriso
juntos aos 3 amigos.
O homem não era um Meta, era apenas um jovem babaca. Ele não teria que agir
como “Big Guy” ele só precisava ser Paul Henderson. Ele lembra de ter tentado falar
com os garotos, pedir com gentiliza para que parassem de mexer com a garota e que
respeitassem, mas a resposta foi:
- Pode deixar, vamos respeitar a sua vagabunda.
E seguida de risadas e mais risadas. Paul sabia o que tinha de fazer, passou a
maior parte da vida fazendo isso, era apenas um soco, somente UM SOCO, ele lembra
que chegou a cerra os punhos. Se ele chegou a levantar o braço? Disso já não se
lembrava.
A única coisa que ele percebeu era que estava suando muito de repente,
começou a tremer e seu coração disparou, ele devia estar com um batimento cardíaco
muito acelerado, sua respiração estava pesada, provavelmente estava tendo um infarto,
mas a única coisa que veio em sua mente foi o dia da luta contra o Gravitor.
Ele havia sido arremessado em cima de um prédio na ocasião, por ele está
envolvido em uma luta inocentes morreram, tudo por UM SOCO.
Ninguém ali iria morre, nem mesmo o garoto que merecia o soco, Deus sabe
como ele merecia aquele soco. Não conseguiu fazer nada, nunca se sentiu tão impotente
como naquele momento, tremendo ele se ajoelhou o chão, lagrimas escorriam por sua
bochecha.
Os risos pararam por um momento e depois ele escutou um dos rapazes que
estava acompanhado do cara que xingou a garota com qual estava.
- Ele está chorando? – O homem negro, magro e com o mesmo sorriso idiota
perguntou.
- Sim, a mariquinha está chorando.
Depois disso as risadas voltaram, Paul sentiu como se todos ali estivessem rindo
dele. Ele se levantou tentando enxugar o rosto e sentiu uma leve pontada de desespero.
Ele lembra de ter empurrado as pessoas e ter corrido, ele correu, correu e correu.
Ele não lembra o quanto correu, sua mente basicamente deu um branco ele só
lembrava daquele fatídico dia o qual ele teve de dar um soco.
Não lembrava como chegou a um posto de gasolina a quase 30 Km longe de Los
Angeles. Harry foi buscar, e isso iria se torna um escanda-lo na mídia, mas seu
empresário era bom. Ele usou o dinheiro dele e pagou as pessoas certas e esse
“incidente” nunca chegou a fazer na mídia.
Depois desse dia Paul percebeu que não conseguia mais dar socos, não
conseguia mais entrar em situações de conflito nem mesmo atuando onde era um
ambiente seguro e controlado.
Isso era um problema, Harry o aconselhou a procurar um terapeuta, mas ele se
negou. Paul fez o que sempre fazia, pegou o problema e enterrou no fundo de sua
mente, botou um sorriso falso no rosto e continuou a sua vida.
Ele continuou a atuar somente em filmes família e em comedias romântica ou
adolescente. Nem mesmo quando a moda de fazer filmes de heróis estava em alta nos
estúdios ele quis arriscar um papel.
Paul era se sentiu medíocre, mas tudo bem. Ele tinha apenas que sorri, fazia
filme que não davam o devido reconhecimento para ele, mas tudo bem. Todo mundo
dizia que ele tinha potencial para ser um ator.
Tarantino, Spielberg, Scorsese, todos grandes diretores tentaram entrar em
contato com ele para um papel, mesmo que fosse uma ponta e ele sempre recusou.
Quando Rodney ligou para ele essa manhã ele imaginou que era uma ótima
oportunidade de rever os amigos e quem sabe se curar, passar o tempo com eles antes
sempre o deixava melhor, talvez fosse isso que estava faltando, um pouco de ação de
herói para desperta seu gatilho e as coisas voltaram para ordem de sempre.
Pegou o jatinho, deixou um recado para Harry que iria passar a semana fora e
voou direto para MegaCity, voou direto para seu passado, direto para o Big Guy.
15
A mão de Paul começou a tremer enquanto via o vídeo de Lindsay lutando
contra um desses super babacas chamado “Beep Pow”, ele pensou em fazer chacota
com o nome e também com toda a situação de ver a amiga lutando de sutiã e uma calça
jeans rasgada simplesmente para tentar esconder o nervosismo e o princípio do ataque
de ansiedade que estava tendo.
Ele colocou a mão no bolso da calça e viu quando Rodney pausou o vídeo quase
no final e virou a cadeira giratória na direção dos antigos companheiros de equipe.
O jaleco que Rodney estava usando estava manchado com óleo e outras coisas
que pareciam não o incomodar.
Quando Paul chegou e encontrou o amigo trabalhando em um desmonte de uma
das antigas maquinas que tinha na base ele não se sentiu muito bem-vindo, a reação fria
e o recebimento educado que Rodney deu a ele fez com que Paul pensasse estar lhe
dando com um robô.
Teria a falta dele que sempre fazia com que os amigos saíssem juntos feito com
que Rodney se tornasse um adulto tão emocionalmente retraído ao ponto de não saber
mais lidar com pessoas? Ele achava que sim.
- E então depois disso parece que a pílula Z perdeu o efeito. – Lindsay disse
ajeitando o cabelo. – A análise de sangue deles parecia não ter mais rastro de nenhuma
Meta célula.
Rodney passou a mão no queixo como se estivesse pensando.
- Apenas com os resíduos que Rick deixou aqui não consegui chegar a nenhuma
conclusão satisfatória e eu também tentei checar os arquivos de Zector, mas, parece que
não tem nada.
- Como assim não tem nada? – Paul perguntou. – Eu não era muito ligado nas
paradas que não envolvia dar porrada em bandido, porém eu me lembro de você sempre
fazer um registro e atualização de nossos vilões. E a gente não enfrentou mais de uma
vez?
- Foram 8 vezes. – Rodney disse. – Pesquisei pela internet e encontrei 8 matérias
noticiada contra Zector. E ele parecia ser um geneticista, todos as criaturas e combates
que envolvia ele envolvia algo relacionado a genética.
Paul coçou a cabeça.
- Está certo, e porque não nos lembramos de nada disso?
- Rick e eu acreditamos que a Mentix tem alguma coisa a ver com isso. –
Lindsay disse enquanto cruzava os braços.
- Pera, pera, pera. – Disse Paul, ele sentiu suor começando a escorre por suas
costas. – Vamos por partes aqui. Primeiro, o tal Doutor Zector, eu não me lembro de
muito sobre ele, mas lembro que ele tinha quase uns 100 anos naquela época que
éramos crianças, ele teria o que hoje uns 200?
- Sua matemática está completamente errada ele tinha 76 no nosso primeiro
confronto. Hoje em dia ele teria 96, julgando que seu aniversário já tenha passado. –
Rodney disse.
Paul sorriu para ele, adorava a completa falta de incapacidade de Rodney para
notar sarcasmo.
- Valeu comandante Data. O que eu estou querendo dizer é: Esse cara não era
para estar morto? Mesmo que tenha sobrevivido a explosão?
- Sim, provavelmente. – Lindsay disse. – Rick está indo com o “filho dele” de
encontro ao pai no laboratório.
- Armadilha, né? – Paul perguntou.
- Com toda certeza, mas a esperança é que ele consiga encontrar algum dos
comprimidos para que o Rodney possa analisar com calma e aí podemos descobrir uma
forma de neutralizar isso.
- Ok. – Paul disse. – Agora o porquê vocês acham que a Inoue mexeu com
nossas cabeças? O que ela iria ganhar com isso?
- É o que vamos descobrir. – Lindsay disse.
Paul notou o tom de voz nada amigável vindo da amiga e suas pernas tremeram.
Inoue sempre teve um problema para saber o limite de respeitar o espaço dos
outros, ele sabia que ela não fazia por mau, mas, era algo incomodo. Quando ele sentia
que algo não estava certo ou quando uma ideia idiota surgia em sua mente Inoue
sempre se metia fazendo com que a ideia sumisse ou coisa parecida.
Ele não era muito de acompanhar a vida dos amigos e sabia muito por alto o que
se passava com cada um. Quando ele soube que ela havia se tornado uma psicóloga não
ficou surpreso apesar de ter certeza que seu tipo de terapia não deveria ser considerado
ético pela bancada da psicologia ou sei lá.
- Bem, eu quero resolver isso logo. – Lindsay disse. – Rodney poderia me
conseguir o endereço do consultório da Inoue?
Rodney ficou em silencio por um momento e as orbitas de seus olhos deram um
leve brilho azulado.
- Ela está dando uma palestra motivacional de sua terapia. – Ele disse após
termina sua busca silenciosa pela rede. - Mandarei para seu celular.
- Nem se dê ao trabalho, perdi meu celular hoje de manhã junto com a minha
casa.
- Pode me mandar. – Paul disse. – Eu vou acompanhar você, preciso de ar puro e
o projeto Zeta não é de falar muito.
- Você poderia por favor parar com os apelidos? - Rodney pediu.
- Você impede um rio de corre?
- Sim se tiver uma represa.
- Ok, vocês dois poderiam parar? – Lindsay disse. – Passa o endereço para o
Paul e vamos logo resolver isso. Se caso o Rick ligar, nós informe.
Rodney concordou.
- Eu vou tentar termina as coisas por aqui enquanto pesquiso mais por
informações sobre o doutor Zector, qualquer coisa nova que eu descobrir mandarei um
aviso.
Paul e Lindsay saíram do celeiro. Quando chegaram lá fora, Paul botou seus
óculos e deu um sorriso para Lindsay.
- Vamos ir com meu jatinho?
- Você sabe que não tem onde estacionar isso para onde vamos, só queria dizer
que tem um jatinho né, Sr. Hollywood?
Paul deu uma rápida risada.
- Tem assistido os meus filmes?
- Não vamos falar sobre isso, não quero te magoar. – Lindsay disse. – Mas os
meninos adoram o grande papai.
- Legal, eles devem estar loucos para conhecer o Tio Big Guy.
- Eles não sabem quem eu sou. – Lindsay pareceu pensar um pouco e depois
soltou o ar desanimada. – Pelo menos não sabiam até hoje.
Paul resolveu não comentar nada sobre o assunto, ele deu uma olhada em volta e
se lembrou da época a qual eles estavam testando os poderes nessa mesma fazenda,
pensou em dar uma volta para ver se ainda achava alguma marca que ele tenha deixado
quando estava treinando.
Lindsay estendeu a mão para ele e ele deu um leve sorriso de canto de boca.
- Para o alto e avante.
- É a maneira mais rápido de chegarmos lá.
Paul segurou a mão dela e se sentiu uma um saco de estopa sendo carregado
pelo braço pela, até onde ele sabia, a mulher mais forte do mundo.
Sentiu seu braço ficando dormente a medica que iam se aproximando do
consultório de Inoue Mashida, a ex-Mentix dos vigilantes. Avistaram um prédio que
estava com uma fachada anunciando a palestra de Inoue.
Pousaram em cima do prédio do escritório, a porta estava trancada, mas Lindsay
não teve de força muito para que a porta abrisse, o prédio era composto por salas
comerciais de diversos serviços, de advocacia, agencia multimídia e até uma clínica de
odontologia.
O salão na qual eles tinham de ir ficava no primeiro andar e o prédio era
composto por 7. Decidiram então pegar um elevador, quando o elevador chegou no
andar a qual estavam duas pessoas já estavam nele, duas mulheres deveriam ter por
volta de 30 a 35 anos, elas estavam usando uniformes de uma empresa provedora de
algum serviço de venda a qual Paul não reconheceu.
As duas eram bonitas, uma era morena um pouco mais baixa e a outra tinha a
pele morena e o cabelo encaracolada e ele não pode deixar de notar o volume do seio
por baixo da blusa, ele logo disparou o seu melhor sorriso, a quem tinha sido votado o
sorriso mais charmoso do cinema a 3 anos.
As mulheres pareceram o reconhecer elas arregalaram os olhos e uma disparou.
- Está brincando comigo? É Paul Henderson?
- Sim, o Big Guy! – A morena de cabelo encaracolado disse empolgada.
Paul não reparou quando Lindsay revirou os olhos e entrou no elevador. Assim
que ele seguiu a amiga que estava invisível por sua presença. As mulheres puxaram o
celular e pediram para tirar fotos para o Instagram, ele pediu para que elas o marassem
na publicação.
- Tenho algo para vocês garotas. – Paul disse retirando duas fotos pequenas e
preto e brando dele.
As meninas sorriram e falaram ao mesmo tempo os seus nomes, ele assinou as
fotos e chegou no andar a qual estavam indo. Elas deram um abraço e uma delas deu
uma leve apertada em seu bumbum, ele retribuiu com um sorriso sem graça e saíram do
elevador.
- Parece que as coisas nunca mudam né? – Lindsay disse enquanto andava em
direção a sala 102.
- Minhas fãs são o meu ponto fraco.
Eles entraram pelo hall do grande salão principal onde as palestras eram
realizadas. O hall era colorido bem diferente do que Paul achava que seria.
A secretaria, quem estava cuidando das entradas, estava mexendo no celular e
pareceu não notar quando os dois entraram pela porta da frente. Dessa vez a garota era
uma jovem, não deveria ter mais que 22 anos, tinha um piercing de argola na narina
direita e seu cabelo eram longos uma mistura de preto com mechas azuis. Estava
usando uma blusa preta com uma blusa xadrez vermelho por cima.
Paul bateu o dedo duas vezes na mesa e chamou a atenção da menina que largou
o celular e encarou bem os dois e aos pouco sua expressão foi se transformando em um
espanto genuíno.
- Você por acaso é aquele ator o tal de Paul Whinderson...?
- Henderson. – Corrigiu Paul. – E sim, sou eu mesmo. Você não parece ser meu
tipo de público.
A menina sorriu.
- E não sou. – Ela disse com sinceridade. – Eu costumava ver seus filmes na
adolescência. Legal que o Big Guy está aqui. Sou Susie. Posso ajuda-los em algo?
- Viemos falar com a Doutora Inoue.
- Vocês reservaram um lugar na palestra ou é um desses lances de “Meta’s”?
- O que te faz pensar que é algo relacionado a isso? – Lindsay perguntou.
- Gente, olha a cidade a qual vivemos. Essas merdas são normais por aqui. – Ela
inclinou a cabeça um pouco para o lado. – Pelo amor de deus, você socou um cara e
saiu voando com ele hoje de manhã, um amigo meu mandou o vídeo.
Lindsay sorriu desconfortável.
- Precisamos vê-la Susie, é importante.
Ela pareceu avaliar os dois por um momento.
- Tudo bem, podem entrar. – Ela disse. – Só me faça um favor e não a
interrompam, falem com ela assim que acabar.
Eles agradeceram e foram em direção ao grande salão, viram que o lugar estava
cheio, deveriam ter pelo menos umas 80 pessoas sentadas em fileiras enquanto ouviam
a jovem doutora falando sobre a mente humana e como nós limitamos nossa própria
capacidades e somos inimigos de nós mesmo a maior parte do tempo.
Paul e Lindsay permaneceram em pé enquanto observavam as pessoas baterem
palmas e comemorarem a cada frase de efeito desferida pela palestrante.
Ele tentou olhar para Inoue mas tinham muito pessoas em sua frente e ela não
conseguiu a enxerga muito bem mas pode ver que ela estava com um jaleco e um
vestido rosa, ela pareceu não ter notado a presença dos dois.
- O seu inimigo interior está te derrotando. – Inoue dizia para sua plateia. – Ele
impede que você alcance a melhor versão de você mesmo. Impede que seus sonhos se
realizem, os impede de vencer. Ao dizer isso um grupo de pessoas levantaram
concordando e aplaudindo.
Paul reparou que eram um público bem diversificado, com negros, brancos,
mulheres, jovens e velhos, Inoue fazia sucesso com todas as idades. Ela sorriu ao ver
que a amiga tinha perdido parte da timidez que fazia parte de sua personalidade no
passado. Se alguém dissesse para ele que Inoue se tornaria uma palestrante quando no
futuro ele provavelmente iria ri do quão idiota isso seria.
- Chegou o momento que vocês esperavam. – Ela disse abrindo os braços. –
Chegou o momento em que eu dou uma ajuda, dou um empurrão, derroto seus vilões,
fechem os olhos e abram suas mentes, deixe a Mentix salvar todos vocês.
Assim como em um culto todos no salão fecharam os olhos e tanto Lindsay
quanto Paul se entre olharam e Lindsay franziu a testa olhando na direção da amiga, que
agora pareceu nota-los, ela disparou um sorriso para eles e em seguida fechou os olhos.
Foram quase dois minutos de silencio, Inoue foi a primeira a abrir os olhos ela
ergueu os braços enquanto diziam:
- Estão livres!
Todos abriam os olhos agora, não ao mesmo tempo alguns choravam outros
riam descontroladamente, mas de forma geral todos ali batiam palma e comemoravam.
- Não esqueçam, eu só dei um empurrão a atitude tem de parti de vocês agora.
Vão e sejam melhor versão de vocês mesmo.
Todos saíram aplaudindo e comemorando, eles estavam em um estado tão
grande de catarse que nem reparam nós dois heróis que estavam parado na porta dando
espaço para que passassem.
Com um sorriso no rosto Inoue desceu do palco e caminhou até eles.
Ela sempre fez com que o coração de Paul acelerasse mesmo antes dos ataques
de ansiedade e pânico. Ele viu o seu cabelo longo e escuro preso em um coque, ela não
tinha mudado muito ainda tinha por volta de 1,63, os olhos puxados davam a ela um
charme especial, ele foi em sua direção e não pensou duas vezes ao abraça-la. Sentiu o
cheiro característico do perfume de rosas, aroma de outono, ele ainda se lembrava do
nome e isso fez com que sorrisse.
Inoue também abraçou Lindsay, mas esse já foi mais rápido. Ela passou por
Susie.
- Cancele meus compromissos Susie. – Ela disse gentilmente. - Pode ir para casa
em seguida, diga aos clientes de hoje que eu tive uma emergência de família.
Ela olhou para Lindsay e ficou com a expressão séria. Susie deu um sorriso sem
graça e tenso.
- Sim senhora.
Os 3 companheiros foram para sala aonde Inoue atendia no terceiro andar. Ela
disponibilizava serviço de terapia individual para caso mais graves e Meta´s quais não
conseguiam lidar com os poderes.
Paul reparou como a sala de atendimento assim como o resto do consultório era
diferente a qual ele imaginava. Não tinha nenhum divã no canto da sala e nem um
quadro de Freud, ele acreditava que o cara deveria ser tipo um deus para os psicólogos e
todos deveriam venera-lo.
A sala era um marrom claro, existia um pequeno aquário no lado direito e na
parede existiam vários e vários certificados e diploma com o nome de Inoue, também
no canto tinha uma pequena estante com vários livros sobre anatomia do cérebro e mais
outros de psicologia com nomes quais Paul nunca viu antes.
A mesa ficava de frente a grande janela, tinha duas cadeiras na frente Lindsay se
sentou em uma e ele em outra Inoue se sentou a cadeira a qual ela usava para atender,
Paul sentou-se na época da escola quando ele era chamado na sala do diretor.
Inoue pareceu respirar fundo e ele sentiu um leve incomodo em sua cabeça, uma
sensação quase imperceptível e engraçada. Inoue então sorriu para eles.
- Já está bancando a Jedi para cima da gente? – Paul perguntou.
- Melhor assim. – Lindsay disse. – E então Inoue.
Não era preciso dizer nada Inoue já sabia do que se tratava o assunto. Ela
permaneceu quieta com o seu olhar indecifrável.
- Não vou me desculpar pelo que fiz. – Ela disse calma. – E saibam vocês que
faria tudo de novo.
Paul sentiu sua mão tremer, sentiu um calafrio. Ele sabia que estava preste a ater
um episódio de ansiedade devido ao conflito que estava preste a começar.
16
Sabe a sensação de estar debaixo d’agua enquanto escutam pessoas
conversando? Era exatamente assim que Paul estava se sentido.
A conversa era importante, ele sabia disso. Entretanto, não estava se sentido
confortável e não sabia como ainda não tinha se levantado e saído da sala.
Ele ouvia a conversa que rapidamente havia se transformado em uma discussão,
ele queria dizer algo, queria interromper as duas com uma piada como vazia quando
eram jovens.
Antes quando brigas ocorriam, ficava a cargo de Paul quebrar o gelo e aliviar
atenção, menos na briga que havia trazido a cisão do grupo, mas essa nem mesmo o
maior show de Stand up poderia aliviar.
Ele batia o pé enquanto escutava argumentos vindo dos dois lados da mesa,
sentia que ia ter um ataque se aquilo não acabasse logo.
- Aquilo que você estava fazendo. – Lindsay disse com raiva. – Está errado.
Você não pode brincar com a mente das pessoas assim.
- Eu não vi nenhum deles reclamar. – Inoue disse. – Eu estou ajudando muito
mais as pessoas dessa forma do que prendendo um assaltante de banco por aí vestida
em um colã.
- Alterando a mente delas? Você sabe o que isso pode fazer, já tivemos que lidar
com isso antes, sabemos o com ruim é ter sua mente lobotomizada.
- É um processo simples, eu ativo partes do cérebro e desativou uma outra
modifico um pouco do comportamento apenas. A personalidade da pessoa ainda existe.
- Como você garante isso? Se você muda qualquer coisa da pessoa ela deixa de
ser ela mesma.
- E se torna algo melhor. – Inoue disse enquanto soltava o cabelo. – E também,
elas sabem os riscos, ninguém ali é obrigado, eu só altero a mente daquelas que
permitem, não forço nenhuma barra com meus poderes.
- Você não é idiota Inoue, sabe muito bem que o motivo deles abrirem a mente é
porque todos ali confiam em você.
Inoue deu de ombros.
- É exatamente por isso que faço o que faço. As pessoas confiam em mim. Eles
esperam que eu as ajude, não posso ter o poder que tenho e não fazer nada, diferente de
você que fugiu.
Lindsay cerrou os punhos e respirou fundo. Paul sentiu a mão formiga, as coisas
estavam saindo do controle bem rápido.
Enquanto a gente? – Lindsay perguntou incapaz de conter a raiva. - Você alterou
nossas lembranças sem nossa permissão!
- Primeiro, não alterei nada. – Inoue dizia enquanto mantinha a voz calma. – Eu
suprimi, tranquei na verdade. Acredite em mim, foi melhor assim. Você viu o que
aquilo fez com o Stewart?
- Você não tinha esse direito. – Lindsay disse.
- Não me venha com sua hipocrisia. Eu apenas fiz o que era necessário para
salvar vidas.
- E como mexer em nossas cabeça fez você salvar vidas?
Inoue sorriu, Paul notou como ela parecia estar levando a discussão com
bastante calma, era como se ela já estivesse preparada para isso.
- Simples. – Ela disse. – Não deixando que vocês ficassem psicologicamente
abalados para fazerem os serviços de vocês.
Lindsay contorceu a boca sua expressão era um misto de raiva e ceticismo.
- E deu muito certo, não é? Os vigilantes acabaram.
- Está tentando dizer que eu fui responsável pelo grupo acabar? Não me lembro
de ter arrumado as suas malas e ter feito com que você engravidasse.
Paul imaginou Lindsay pulando sobre o pescoço de Inoue e sabia que se caso
isso acontecesse provavelmente ele não teria forças para impedir uma tragédia de
ocorre.
Ele costumava ser o responsável entre eles, quando Lindsay e Rick começaram
na carreira do heroísmo ambos tinham 12 anos, Rodney tinha
13. Ele junto a Inoue tinham 14 enquanto Phantom e Gravitor eram os mais
velhos com 15.
Inoue sempre tratou Lindsay como sua irmã menor, apesar das diferenças de
poderes, ela sempre manteve um ar de superioridade em seus discursos. Paul notou esse
mesmo ar de superioridade em sua voz e dessa vez ele duvidava que Lindsay iria
abaixar a bola para Inoue.
- Reverta isso. – Lindsay ordenou.
- Eu não faria isso mesmo que quisesse. – Inoue disse. – Liberar uma memória
traumática assim em uma mente que não está preparada vai desencadear um abalo
neural que com certeza irar acarretar em algum dano permanente em sua psique.
- Não me venha com suas baboseiras psicológicas. – Lindsay disse irritada. – Eu
mandei você reverte.
- Deixa eu dizer uma coisa sem utiliza de “baboseira psicológicas”, eu disse não.
Lindsay deu um tapa na mesa, o barulho da pancada fez com que o coração de
Paul acelerasse e ele desse um salto da cadeira, sua respiração começou a ficar pesada,
ele andou para trás até dar de costa com a parede sua mão tateou às cegas a parede em
busca da maçaneta da porta.
Inoue não se moveu nem por um centímetro enquanto que Lindsay estava em pé
muito irritada. Ela respirou fundo 3 vezes antes de voltar a falar.
- Essa mesa... – Ela disse pensativa. – Você está na nossa mente de novo!
Lindsay deu um soco em Inoue e sua mão passou direto por ela E de repente
Inoue apareceu no canto da sala ao lado de Paul que deu um pulo para o lado, ele não
tinha notado que na verdade tudo isso estava acontecendo graças Inoue que ativou um
link neural entre eles permitindo que conversassem, percebeu então que foi graças a
isso que ele ainda não tinha saído, não tinha como fugir de sua própria mente.
- Eu notei o quanto você estava nervosa, e também as suas fantasias de me
carrega para um alto de um prédio e me soltar. – Inoue se justificou.
– Eu só me precavi, ainda bem que fiz porque você iria destruir a minha mesa.
- Inoue, tira a gente daqui. – Paul disse. – Vamos conversa como amigos.
- Olha, o senhor trauma tem boca. – Ela disse com escarnio. – Quer fugir quando
eu desativar os poderes?
- Inoue... – Paul andou até ela se forçando a se manter calmo.
Ela permitiu que ele a tocasse. Ele puxou ela pelo braço e a abraçou.
- Pode parar agora Inoue. – Ela disse. – Estamos aqui. Você está segura, pode
abaixar a guarda agora.
Ela tentou por um breve momento se desvencilhar dos braços de Paul e depois
ela o segurou forte chorando. Em segundos Inoue desativou seus poderes e ela estava
abraçada em Paul que piscou duas vezes ao notar que tinha voltado a realidade, ele
passou os braços em volta de seu corpo.
Lindsay botou a mão na cabeça olhando a amiga chorando.
- Me perdoem... – Ela dizia. – Eu não sabia que nada daquilo ia acontecer. Eu
não queria que nada daquilo acontecesse, eu só tentei ajudar.
- Inoue, naquela noite que... – Lindsay começou a dizer.
O celular do Paul tocou e ele viu o número de Rick na tela, Inoue se soltou dele
limpando as lagrimas dos olhos.
- Fala aí KFC boy. – Paul disse fazendo a sua voz mais leve. – O que manda?
As meninas viram a expressão de Paul ficar seria enquanto escutava Rick no
outro lado da linha.
- Estamos indo. – Ele disse desligando o telefone. Paul tentou controlar a sua
respiração ofegante.
- Precisamos ir. – Ele disse. – O Rick chamou todo mundo.
Lindsay voou carregando os dois amigos pelo braço em direção ao norte da
cidade, era uma área pobre onde os moradores em sua maioria eram ex-presidiários,
ninguém arriscava a morar ali, era o lugar perfeito para o covil de um super vilão.
Eles avistaram o Galoman que estava os esperando sozinho na esquina de um
dos becos do bairro. Não havia ninguém na rua. Lindsay desceu os amigos na frente do
herói.
- E aí caipira, não mudou nada. – Paul disse cumprimentando o amigo.
- Como você vai Rick? – Inoue disse sem se aproximar muito.
- Não sei Inoue, parece que não tenho tido controle sobre minhas lembranças
ultimamente, você é psicóloga, saberia dizer o porquê disso?
- Você disse que era importante. – Paul disse mudando de assunto. – O que está
acontecendo?
Galoman parece desconfortável como se ainda estivesse pensando no que dizer.
- Acho que é mais fácil se eu mostrar a vocês.
- E onde está o Rodney? – Lindsay perguntou.
- Ele disse que seja qual fosse a gravidade da situação tinha confiança que
conseguiríamos resolver, era bem provável que não morrêssemos.
Ninguém disse nada.
Eles seguiram o Galo pelo beco, Paul notou o bairro que parecia uma réplica de
um bairro perigoso dos anos 80, as casas estavam fechadas, mas ele conseguia sentir
que estavam sendo observados, toda aquela situação só o fez sentir a palpitação do
peito, mas, estar no lado dos amigos fez com que ele se sentisse confiante.
Andaram até o fim do beco, existia apenas uma cerca e nada mais.
- É realmente. – Paul disse ao Galo. – Essa cerca precisava ser vista.
Galoman ignorou o comentário do amigo e deu mais dois passos para frente e
deu duas pisadas fortes no chão com a perna direita. Todos conseguiram ouvir barulhos
de engrenagens se movimentando.
O chão que antes aparentava ser concreto comum se movimentou abrindo-se
como uma porta de elevador revelando uma escadaria que levava ao subsolo. Galo foi o
primeiro a descer e em seguida os outros o seguiram, Paul desceu por último.
Ele se espantou ao ver um laboratório no subsolo, não era tão sofisticado quanto
o celeiro, parecia algo mais rustico e menos tecnológico, tinha computadores, monitores
e equipamentos que pareciam objetos de cenários de algum filme Sci-fi.
O lugar tinha o cheiro asqueroso, suas narinas demoram um pouco para se
acostumar. Quando chegaram no meio da sala Paul viu um jovem sentado em uma
cadeira enquanto mexia em um teclado estranho.
- Eu sei que aqui deve ter uma pista de onde ele está. – Ele dizia e depois olhou
para o Galoman. – Ah! Trouxe a cavalaria. Paul, o Big Guy. Amo seus filmes.
Paul sorriu para o jovem de dreadlock que tinha alguns sacos de salgadinhos
vazio ao seu lado.
- Continue a procurar. – Galoman disse ao rapaz. – Aquele é Zack, ele está
tentando rastrear o pai que supostamente estava aqui.
- Alguém de fato estava aqui. – Inoue disse enquanto andava pelo laboratório. –
Esse lugar está bastante limpo.
- Eu os chamei aqui por conta disso. – Galoman os levou até um canto onde
existiam alguns tanques largos com um liquido esverdeado dentro.
- Deus do céu. – Lindsay disparou ao olhar os tanques.
Paul estava distraído com todo os aparatos, mas se arrepiou quando focou sua
visão no tanque com os líquidos que dentro continha corpos, alguns faltando membros,
outros quase acabados, mas eram vários tanques. Todos os corpos eram versões dos
vigilantes ainda na adolescência. Paul sentiu suor escorrendo, deu dois passos para trás.
Seja quem for que estava aqui estava tentando clonar versões deles adolescentes, aquilo
tudo era muito bizarro.
Inoue andou pelo corredor observando os vários tanques, eram quase 20. Paul
observou que tinha até mesmo clones inacabados do Phantom ali. O amigo deles que
havia morrido. O Tanque que tinha o corpo de Phantom, mostrava um jovem negro com
os cabelos lisos e brandos e que estava nu. Todos os corpos ali estavam nus, o único
clone não tinha ali era o de Gravitor.
- Isso é bizarro. – Paul exclamou enquanto tocava em um dos tanques com
receio.
- Por acaso eles estão vivos? – Lindsay perguntou.
- Não apresentam nenhuma atividade neural, creio que estejam mortos.
- Nós temos que acabar com isso. – Lindsay disse. – Não podemos deixar isso
aqui.
Paul deu um passo para trás.
- Não posso fazer isso, gente eu não posso fazer isso. – Ele apontou em direção
ao corpo de Phantom – O Erick está aqui. Puta merda.
Ele sentiu seu coração a mil, ele começou a respirar rápido enquanto dava
passos para trás.
- Eu não posso ver ele ser destruído de novo galera.
- Paul, fica calmo. – Inoue disse dando passos devagar em sua direção. – Sua
mente está muito confusa.
Paul tinha lembranças daquele dia contra o Gravitor, lembrou-se dá risada do
amigo quando o derrubou em cima do prédio.
Lembrou-se de quando levantou e viu marcas de sangue em suas mãos, viu
corpos esmagado no chão. Lembrou-se da sensação, a morte, as mortes, as MORTES,
MORTES...!
Sua mente apagou, ele se viu em um escuro e apenas escutava a voz de Mentix.
- Me deixe ajudar. – Ela dizia. – Me deixe te ajudar a superar. Por favor, sua
mente está gritando de agonia.
Paul não respondeu, não era preciso, ele não resistiu deixou que a amiga
adentrasse em sua mente fragmentada por um trauma tão profundo que fazia com que
seu corpo doesse.
Ele se acalmou, ele sabia que a amiga apenas tinha bloqueado a dor, bloqueado a
lembranças, ele agora conseguia raciocinar, mas ainda sentia o trauma gravado em seu
âmago.
Piscou duas vezes e se viu sentado no chão rodeado pelos amigos.
- Eu... – Ele disse ainda voltando a realidade. – Eu estou bem, estou bem.
Não teve forças para dizer algo mais tranquilizador. Ele se levantou e ninguém
disse nada, mas ele sentiu o peso do olhar dos amigos sobre ele. Paul forçou um sorriso.
- Vigilantes. – Escutou o adolescente chamar. – Acho que vocês vão querer ver
isso.
Eles se aproximaram e viu um conjunto de monitores acesos com um fundo
preto e um agrupamento de letras e códigos verdes, exatamente como no filme “Matrix”
Paul pensou ao ver esse agrupamento forma o que parecia ser um rosto de um homem.
Ele se surpreendeu quando o homem começou a falar:
- Olá “Geroi”. – O homem disse misturando os idiomas. – Bem- vindos ao meu
laboratório.
Todos se entre olharam. Os dedos de Zack digitavam em uma velocidade
absurda.
- Isso é uma gravação gente, parece ser algo como uma medida de segurança. –
Ele disse assustado. – Eu não estou conseguindo desligar.
- Como podem ver – o homem da tela continuava a dizer. – Eu, seu maior
inimigo ainda estou bem vivo. Infelizmente não poderei estar presente para assistir a
morte de vocês.
- Esse papo não está legal. – Paul disse sem pensar.
- Que tal reviver os velhos tempos. – A gravação continuou a dizer. – Me
parece uma boa ideia desgraçar vocês com a mesma coisa que me desgraçou.
O rosto do monitor foi substituído por um contador 10...9 Os números desciam.
Zack digitava desesperado no teclado. Sem pensar, Paul sentiu as roupas de seu corpo
rasgar, ele começou a ficar mais alto que os amigos, Paul começou a se torna Big Guy.
Tie-in
Titânico
Harry Snyder vivia no topo do mundo.
Serio, ele vivia mesmo no topo do mundo. Era um milionario, era um filantropo
no melhor estilo Tony Stark e Bruce Wayne. Morava na cobertura mais tecnologica e
avançada no centro da cidade. Era um solteirão e garanhão. Acima de tudo era um
Super-héroi fodão.
Verdade seja dita, ele não era nenhum mago da tecnologia como o Homem de
ferro e nem um super detetive que estava sempre pronto como o Batman mas
definitivamente ele tinha o mesmo super poder o dinheiro.
Com esse super poder ele comprou o que faltava. Em sua folha de pagamento
ele mantem um grupo de super cientistas que fazem a traje ficar sempre atualizado. Ele
tem uma equipe de suporte que o ajuda e também que monitora tudo que ele precisa
saber quando esta atuando como Titânico. Eles analisam as opções mais viaveis na hora
de agir.
Tem uma equipe de advogados, que o ajuda a lidar com qualquer perrengue
burocratico que suas ações possam desencadear, E nessa equipe de advogados tem uma
vigilante para dar apoio.
Ele sempre admirou os vigilantes. Desde que viu, quando tinha 18 anos, um
grupo de herois adolencentes surgirem com super poderes reais. Na epóca seu pai ainda
era vivo, a doença ainda não tinha o levado.
Ele tinha tudo que queria e como qualquer um que tem tudo facilmente ele
sonhou com a unica coisa que não tinha, a fama de ser um heroi.
Começou com um grupo de cientistas e disse para o pai na epóca que eles iriam
desenvolver trajes a prova de Metas e vender para o governo. Uma mentira idiota, ele
sabia. Infelizmente ele também tinha ciencia que seu pai jamais permitiria ele gastar
verbas e verbas da empresa para criar um prototico de traje que o permitisse lutar com
algum Meta que atirasse raio pelos olhos.
(Curiosamente o Ciclope foi o primeiro vilão que ele derrotou sozinho)
Infelizmente para ele foram quase 10 anos ate que a armadura fosse feita, ele
tinha ate parado de pensar sobre isso e pensando em se mudar para o Tibé ou qualquer
outro lugar asim e aprender arte marcial como o Bruce Wayne fez nos quadrinhos. Mas
esses lugares eram frios demais e com mulheres e festas de menos.
Em 2009 a primeira versão do traje estava pronta.
Infelizmente também foi nesse ano que seu pai morreu e como filho unico e
orfã, de pai e mãe, ele teve que pausar seu inicio para cuidar das papeladas e coisas da
familia.
No ano seguinte houve a tragedia com o Gravitor e a briga entre os Vigilantes.
Ele ate tentou ajudar mas não serviu de muita coisa, essa era a verdade.
Depois que seu primeiro traje foi detonado ele investiu mais e mais recursos
para criar um melhor. Os desenvolvedores fizeram algo realmente bom, algo que
rivalizasse com o Homem de ferro e impedisse o Snyder de morrer por coisas mais
fracas que misseis super potentes.
Ele deu o nome de Titânico, não pela forma que o traje foi feito mas sim porque
era um nome maneiro e chamativo. Depois disso atuou algumas vezes. Ganhou a fama
de Tony Strak da vida real, pois ele buscava reconhecimento e nunca fez questão de
esconder quem era.
Muitas empresas e ate mesmo o proprio governo quis comprar os trajes, mas ele
nunca vendeu.
Medo que usassem ele para o mal?
Medo de que fossem irresponsaveis?
Não, o unico motivo era que ele queria ser o unico. ( Outros babacas
começaram a aparecer com seus proprios super trajes mas, nenhum deles era da mesma
qualidade que o de Snyder.)
Ele sabia que era falho e não era um heroi de verdade, Entretanto ele salvara
diversas pessoas, ajudou muita gente e então quem se importa com o veradeiro motivo
de suas ações.
O dia estava indo bem, parecia que era só mais um dia tranquilo. Lindsay não
veio trabalhar e ele ligou pessoalmente para checar porque ela estava atrasada. E bem ai
seu dia começou, ele escutou barulho, ela tava lutando e sendo a Suprema de novo e ao
lado de Galoman.
Isso o animou, seria a volta do vigilantes e sem o Gravitor, tavez ele pudesse ser
o novo lider.
Ele ja estava se preparando para botar o traje, mas todo o processo levava cerca
de 20 minutos ate as maquinas ajeitarem tudo e no fim quando ele estava pronto tudo ja
tinha acabado.
A frustação foi grande e se tornou ainda maior quando ele acabou sendo babá
dos filhos da Suprema.
Luck e Cody. Duas crianças de 10 anos. Ele já teve o desprazer de conhecer o
garoto Luck uma vez quando o mesmo “acidentalmente “ derramou refrigerante em um
dos computadores da empresa e fez com que ele perdesse muito dinheiro.
Era dia do “traga seu filho ao trabalho”. Bem, ele aceitou cuidar das crianças
pois, afinal, ele gostava da Lindsay e tambem era uma chance de se mostrar prestativo e
quem sabe poder ajudar com algo e se ela pediu para eles serem vigiados era porque a
coisa era grande então ele so tinha que aguarda a luta de verdade começar.
38 anos, altruista e um héroi... É o Titânico é realmente muito...
Um barulho no andar de baixo as crianças chegaram. De rei do mundo a babá.
(Ou quase uma babá pois quem ia vigiar as crianças era suas diversas empregadas e eles
estavam na caa de um milionario, era como um parque de diversão.)
- Você tem que descer lá e falar com eles. – Evelyn Nachios disse enquanto ele
olhava pela janela e via o carros no centro.
Sua assistente e melhor amiga desde sempre, a conheceu quando ainda estava no
ensino médio. Ela sempre foi responsavel por manter os pés dele no chão e ele sempre
gostou de ter ela por perto. Por isso que ele comprou a empresa de seu pai e a
convenceu em ser a CEO das industrias Snyder. Ele não tinha jeito para os negocios e
nem queria ter de qualquer forma.
- Você não pode cuidar disso? – Ele perguntou com um tom claro de tédio.
- Ele tinha 8 anos e é uma criança Harry.
Ele bufou em desaprovação. Ele sempre achou que Evelyn, ou Evy como a
chamava, fosse uma Meta que tinha o pdoer de o ler perfeitamente.
- Aquilo custou caro.
- E ele era uma criança. E você nem notou a diferença. – Ela disse novamente.
- Bem... Eu...
- Pensa em ajudar primeiro. Mas que raios de heroi é você? Você prometeu a
Lindsay que iria cuidar das crianças.
- Eu prometi que eles iriam ficar seguros aqui. Nunca disse que ia ser baba de
ninguém.
- Você é ridiculo.
Harry se virou e a olhou. A mulher negra com os cabelos crespo amarrados
como um coque. Ela era muito linda, ele ja tentou dar em cima dela umas duas, três ou
cem vezes. Mas no fim, viram que seriam só amigos e inclusive ela era casada e tinha
um filho de 9 anos a qual Snyder era o padrinho.
Ela estava vestindo uma roupa social a qual marcava parte de seu corpo E
Snyder não pode deixar de reparar nisso. Ela revirou os olhos.
- Você é ridculo e tarado.
- E você esta demitida. – Ele disse sendo bem enfatico.
- Não pode me demitir, sem eu aqui essa empresa não anda.
Harry riu.
- Okay, vamos ver os garotos. Vamos levar o menino Cody para passear e ver a
nova armadura.
- Luck e o Cody não é? – Ela perguntou mais como uma afirmação.
Harry fez uma careta. Ele estava saindo da sala e passou pelo espelho que ficava
na parede no canto e viu o visual dele mesmo e não pode deixar de se admirar.
Tinha quase 40 anos e ainda parecia ter seus 28. Barba e cavanhaque curto
elegante. Olhos verdes, cabelos escorrido e penteado da moda e foi dado como um dos
homens mais bonitos entre os milionarios. Estava proximo de alcançar a marca de
bilhão em breve.
Seu escritorio ficava proximo de seu quarto e sua cobertura ficava em cima de
seu predio de desnvolvimento pricipal. Ele ate tinha a mansão Snyder que ficava um
pouco afastado de Megacity, mas descidiu deixar o lugar como uma “casa de campo”
para descansar, era mais vantajoso para ele viver a onde a ação acontecia de verdade.
Ele saiu de sua sala e desceu a escada ate a sala da TV ou sala de cinema ja que
a Tv era mais como um progetor. Ele viu as duas crianças sentadas no sofá mexendo no
tablet e vendo um video que estava no youtube e nesse video viam sua mãe lutando com
um super vilão ao lado de Galoman.
- Sr.Snyder? A nossa Mãe esta bem? – Cody perguntou receoso.
- É claro que ela esta bem idiota. – Luck disse animado. – Nossa mãe é a
suprema! Ela ta dando uma surra no esquisitão.
Luck estava animado e Cody assustado e preocupado. Harry se lembrou que
Lindsay nunca contou aos meninos sobre seu passado. Ele olhou para os dois e desejou
sumir naquele momento.
- Tenho certeza que a mãe de vocês vai ficar bem. Quando ela chegar ela vai
explicar tudo. – Evy disse tentando acalmar os dois. – Certo Sr.Snyder?
Harry se aproximou e pegou o tablet viu o video e bufou indignado, era para ser
ele ali. Era para atenção ser toda dele. Era para ele ser o...
- Certo Sr.Snyder. – Evy disse sendo mais enfatica dessa vez.
- Ham? Claro, sim. Por que não? - Ele respondeu sem dar muita atenção.
- Porque você não estava lutando? Aposto que a minha mãe poderia dar uma
surra no seu traje. – Luck dise rindo enquanto ficava em pé em cima do sofá com tennis
e tudo mais.
- O que?! - Snyder perguntou irritado. – Claro que não. Eu sou muito mais...!
- O que o Sr.Snyder quis dizer é que ele também tem um traje legal e que vai
mostrar para vocês hoje. Considere esse dia como um dia de diversão com o Titânico.
- Não foi isso que quis dizer.
Evy se aproximossou e deu um cutucão disfarçado na costela de Harry.
- Digo, Claro. Querem ver a nova armadura. Preciso fazer um teste drive e vocês
podem ajudar. O que acham?
Luck olhou para seu irmão e ficou mais animado.
- Vamos!
- Eu so quero a minha mãe... – Cody disse com a voz embargada.
- Chorão. – Luck disse em resposta enquanto dava um soco no ombro de seu
irmão.
- Meninos, sem brigar ou nada de passeio. - Evy disse os repreendendo.
Snyder percebeu naquele momento que nunca iria ser pai.
Ele olhou para o relogio e suspirou e quando percebeu já estavam descendo o
elevador privado para a ala no subsolo onde ficaca o desenvolvimento para o traje. Ele
disse bem serio que era proibido levar qualquer liquido ou qualquer coisa para lá.
Quando ele chegaram Ele olhou com satisfação vendo como as crianças de 10
anos ficaram surpresas quando viram o hangar tecnologico com quase 30 cientistas e
engenheiros trabalhando em software e mecanicas basicas do traje.
Snyder ia comprimentando os funcionarios conforme iam passando indo em
diração a parte de armamento e desenvolvimento ofensivo.
Geofreid Angels o Doutor principal que cordenava tudo estava vendo uma nova
mine arma a layser que era capas de atraves 12 placas de aço com uma leve disparada.
- Esse brinquedo esta pronto Doutor Geff?
- Ah Sr.Snyder. Não vi você chegar e nem sabia que tianhmaos visistas. – Ele
disse sorrindo para as crianças.
O Doutor era um homem alto e negro. Tinha o cabelo curto e usava um oculos
de grau. Ele estava com um sorriso de satisfação de orgulho por mostrar sua mais nova
invenção. Ele sabia que não era nada comparado com o que o Rodney fazia e sabia que
so tinha esse emprego porque o Dr.Rodney não queria trabalhar para um herói que ele
considerava inútil e esnobe.
- Eu não sou não. - Luck disse sem pestanejar e envergonhando seu irmão. - Ei,
sabia que sou filho da Suprema?
- Verdade? - O doutor perguntou olhando para o seu chefe.
- Sim, mas ele não é um nem sequer um Meta, eu sou o Titânico.
- Sr.Snyder, eu posso falar com você em particular? - Evy perguntou tentando
manter a calma.
Ele a olhou e deixou os meninos com o doutor Geofried que mostrava varios
equipamentos e aparatos legais que agregavam o traje. Eles foram para uma area
afastada do hangar.
- O que você esta fazendo? - Ela perguntou agora sem esconder a raiva.
- Eu to sendo uma babá como você pediu... - ele disse tentando desviar o olhar.
- Você esta medindo ego com uma criança de 10 anos. Você é idiota por acaso?
- Ele quem começou falando da mãe super fodona dele.
- Cresce Snyder, eles são crianças e você é um adulto. Se comporte como tal. -
Ela disse enquanto revirava os olhos. - É por isso que a gente nunca namorou. Você é
uma criança com brinquedos legais que quer se exibir no parquinho que é a vida.
- Se um mundo é um parquinho, então qual o problema de eu exibir meus
brinquedos?
- O mundo não é um parque e pela ultima vez... São Crianças! Repita comigo.
Ele a olhou balançando a cabeça negando devagar e se sentindo um idiota.
- Repita.
- Eles são...
O hangar brilhou, era o alerta. Titânico estava sendo solicitado. Snyder
agradesceu mentalmente o chamado. E pelo barulho era um problema de grau 2 então
era pequeno o suficiente para que ele pudesse agir com calma mas era maneiro o
suficiente para que ele pudesse se exibir.
Existiam uma variação de 5 graus. Quando o Gravitor pirou e matou um
punhado de pobre coitados, era um sinal de grau 5.
Ele correu ate o centro do Hangar onde o "Suit Up" ficava.
Suit Up era o apelido que ele deu para maquina que o vestia e calibrava seu
traje. ele retirou o terno e por baixo estava uma especie de segunda pele que tinha
diversos circulos mecanicos que faziam com que o traje se encaixasse nele.
Os meninos olhavam admirados quando viram Snyder no centro da plataforma
enquanto diversas peças de armadura que eram manipuladas por pinças mecanicas,
essas peças encaixavam em seu corpo em um emaranhado de fios e placas metalicas de
um azul e dourado que faziam com que ele ficasse bem semelhante a um super android.
20 minutos depois ele estava trajado com o equipamento que fazia com que ele
pesasse quase 200Kg de equipamento, mas o peso era compensando por pequenos
nucleos de reforço que o fazia se mover de forma que não fosse penosa para seu corpo.
A cada movimentos os pitões de compressão lançavam um vapor para fora que o fazia
se movimentar bem rapido.
Dentro do traje o visor tecnologico fazia com que tudo fosse escaneado.
mostrasse a composição, ao olhar para as pessoas mostava a informação e levantava a
ficha criminal de cada um.
Ele olhou para Luck e Cody e fez uma pose imponente. ( aproveitou para
adicionar na ficha de Luck que ele além de ser filho da Suprema era um babaquinha)

Sistemas calibrados.

A voz da IA que era configurada para parecer com a voz de um mordomo disse
liberando os pequenos jatos propunçores de que permitia vooar livremente. Ele não
entendia bem como cada componente do traje funcionava mas para ele estava tudo bem.
O teto lateral ( que era a rua do beco ao lado do predio.) se abriu e ele assionou
os jatos propunssores da solas da bota.
- Certo. É hora do Titânico. - A voz saia metalica e alta pelas pequenas caixa
de som que eram aclopadas na base da garganta do traje.
Ele voou para fora e em poucos instantes já estava no céu.
- Me atualizem. - ele disse para equipe dentro do traje.
- Okay Harry. A um carro forte sendo perseguido pela policia e esta em alta
velocidade em algumas quadras do avenida 13. - a voz de Evyn vinha dentro do
capacete de forma remota.
Ela estava acompanhando tudo pelo visor e dentro do Hangar. O assistente do
Snyder geralmente era o Doutor Geofried ou algum outro chefe de departamento mas
Snyder sempre preferiu que fosse Evylin sua assistente principal.
Ela o entendia melhor que qualquer pessoa.
- O que? - Ele disse indiganado. - Parar um carro forte? Por que eu to sendo
acionado para isso? Isso é trabalho para amadores.
- foco. O caminhão esta sendo levado pelo mesmo grupo que estava assaltando o
banco na noite anterior. Isso tudo é muito estranho para ser só uma conhecidencia. Pode
não ser nada ou pode ser algo relacionado ao que esta acontecendo com ao ataque a
casa da Suprema.
- Certo, certo. Vou parar os bandidos otarios. – Ele disse com tedio. – Scott, esta
na escuta?
A voz de um homem que também trabalha no hangar e tinha acesso ao visor de
Harry foi chamado. Snyder tinha 5 setores no Hangar cada chefe de setor tinha acesso a
armadura e o ajudava da forma que ele necessitava.
- Fala chefia. – A voz jovem saiu dentro do capacete. O rapaz era jovem tinha
apenas 27 anos, ficava responsavel pela parte de funconamneto do traje, como energia e
coisas do tipo. Snyder poderia fazer tudo isso com a IA, mas o bem da verdade ele
gostava da companinha dos funcionarios.
- Pode pesquisar para mim piadas para se fazer quando se é heroi e esta
impedindo assalto a bancos? – Snyder perguntou enquanto seu traje curzava o céis e ja
via de longe o carro forte preto dobrando a esquina com 3 viaturas atrás.
O carro forte quase atingiu uma senhorinha que estava preste a cruzar a rua.
- Bem te passei algumas das coisas na lista. – Scott respondeu.
- Serio Harry? Agora? – Evy perguntou indignada.
- O que? Nunca se sabe quando vou precisar. Todo bom heroi faz piada. Alivia a
tenção de todo mundo.
Ele cruzou a esquina e a poucos metros via o carro e podia escuta as sirenes
berrando. Snyder parou de voar e começou a flutuar e apontou uma das mãos para o
carro forte e uma luz começo a carrega em sua palma esquerda.
Ele atirou um raio energetico na roda do carro forte que fez com que o mesmo
capotasse em alta velocidade.
- Harry! Os Civis! – Evy gritou em alerta.
- Já vi. – Snydr respondeu enquanto acelerou com as botas.
Em alguns instante ele se pós entre o carro que estava vindo na direção de uma
loja onde as pessoas estavam gritando desesperadas e sem muita reação. Os civis
começaram a corre e os policiais freavam o carro. Snyder se preparou para o impacto
quando o caminhão o atingiu. Ele segurou o veiculo enquanto era arrastado para trás.
- SAIAM! SAIAM! – Ele gritava pelo alto falante para os civis que puxavam o
celular para filmar o heroi em ação.
Ele foi arrastado por quase 6 metros e parou proximo a fachada da loja. As
pessoas começaram a olhar assustadas. Um dos bandidos que estava dentro do veiculo
saiu pela lateral e mais outros 3 sairam pela porta de trás. Algumas notas voavam pelos
ceús devido ao acidente e a policia começara a se mexer também.
Snyder viu os homens aparentemente desarmados e riu.
- Senhores, imagino que essa não é a melhor forma de sacar o dinheiro. –
Ele disse enquanto um dos homens pegava um frasco do bolso ainda cambaleando. –
Serio Scott? Que merda de trabalho... – Ele reclamou para o assistente.
- Snyder! Foco, um deles esta planejando algo. – Evy disse chamando atenção
do heroi.
Titânico olhou para o sujeito e apontou a mão qeue começou a brilhar
novamente.
- Calibre para atordoa pessoal. – Snyder disse para os repossaveis pela artilharia
no Hangar.
Quando o sujeito ia beber tomar o comprimido o raio de energia o atingiu no
peito e ele voou acertando as costas no carro forte. Snyder apontou a outra mão para os
outros homens que se rendenram sem mostrar nenhum tipo de vontade de lutar.
- Então, quem é o proximo? – Snyder disse olhando para os bandidos?
- Te falei que essa parada de roubar o carro forte não ia dar certo! – um dos
marginais genericos (era assim que Snyer via) disse ao outro.
- Precisavamos de dinheiro para a droga cara! O Mármore disse que as proximas
remessa seriam apenas com bastante dinheiro ou com a cabeça de um deles. – O
generico numero 2 respondeu.
Os policiais chegaram e renderam os homens. Snyder não deu atenção a
conversa estava preocupado demais em se exibir a plateia de transeuntes que se
formava em volta do ocorrido.
- Todos podem tirar uma foto. Calma, calma. – Snyder dizia fazendo pose e
agrando a plateia.
- Esse tal Mármore e essa droga. Isso parece importante, deveria ir checar isso. –
Evy disse preocupada. – Pode ser que isso tudo esteja relacionado.
- Ou pode ser que eles sejam apenas viciados. – Snyder respondeu a ela
enquanto fazia as poses. – Mas você esta certa, bote isso na lista de coisas do Titânicos.
Vou dar uma olhada nisso mais tarde ou outro dia.
Titânico era um heroi incrivel, Snyder era o rei dessa cidade, não, ele se sentia o
rei do mundo. O maior heroi coisas pequenas como essa podem esperar. Ele era
magnifico ele era...
- Minha mãe é mais foda. – Ele ouviu a voz de Luck vindo ao fundo do
microfone de Evy.
- que muleque do...! - Snyder começou a dizer.
EDIÇÃO 5
Casos de família
17
17h45min.
Paul sentiu o corpo ficar cada vez mais alto, 2 metros, 3 metros, 4 metros. As
roupas as quais estava vestindo se tornaram um emaranhado de pano rasgando à medida
que seu poder funcionava.
Sentiu seu corpo encostar no teto do laboratório, e continuou a aumentar de
tamanho rompendo o teto causando um grande buraco.
Ele viu de relance a Suprema pegar o jovem garoto antes que fosse atingido por
um dos destroços, enquanto que Galoman segura Inoue pela cintura também saindo
pelo buraco que tinha se formado quando Paul atingiu uma altura de 9,5 metros.
O laboratório foi destruindo por completo levando junto os tanques do que
seriam clones dos heróis, Paul também atingiu partes dos dois prédios ao lado do beco,
por sorte ninguém se feriu.
- BIG GUY! – Paul escutou Suprema gritar.
Ele estreitou os olhos para enxergar a minúscula esfera de metal irregular que
estava em sua mão. Ela era do tamanho de uma bola de basquete, e tinha um conjunto
de fios, e partes pontiaguda.
Ela a lançou para o alto ele segurou a esfera em sua mãozorra. 3.. 2..
Paul não teve tempo de pensar, não teria tempo de arremessar a esfera. Ele usou
o outro braço e fechou a esfera com suas duas mãos e no momento que estava erguendo
os 2 braços para afastar o raio da explosão o máximo possível a esfera chegou em 0.
Graças a seu tamanho elevado e a largura de suas mãos, Paul conteve a explosão
mas gemeu com a dor a metida que sentia as palmas de suas mãos queimarem com o
calor das chamas, a potência do estouro foi tão grande que o impacto fez com que os
braços de Big Guy fossem jogados para o lado.
Ele respirou aliviado quando viu que o dano só tinha sido direcionado a ele,
todos ali estavam bem. Ele respirou fundo e tomou coragem de olhar para palma da sua
mão, elas estavam em carne viva. Sangue escorria, ele mordeu o lábio inferior sentindo
a sua mão pulsar de dor.
Aos poucos começou a diminuir de tamanho. Lá estava ele, dentro do buraco em
meio aos destroços, nu e com a palma das mãos arruinada, se um dia o seu empresário
imaginou que ele poderia ser um modelo, pode esquecer.
Ele percebeu que não estava nervoso, notou que havia usado os poderes e
salvado a vidas de seus amigos e provavelmente de mais gente da vizinhança, quando
estava diminuindo de tamanho viu que começaram a surgi pessoas nas ruas.
O jaleco de Inoue voou pelo buraco. E a voz dela veio em sua mente:
Você me deve um jaleco novo.
Ele sorriu ao amarra o jaleco em sua cintura e cobrindo suas partes, odiava
quando isso acontecia. Quando era mais novo Rodney havia conseguido projetar uma
roupa que se esticava com ele e impedisse de ficar nu na frente dos bandidos.
Lindsay voou até ele para o retirar do buraco e ele quando viu as pessoas sua
cabeça fez ligação. Sentiu o peso do mundo cair em suas costas a medica que as pessoas
começavam se aproximar do grupo.
Ele sentiu seu peito acelerar, sentiu um leve desconforto e falta de ar, quando
reparou que dois prédios tinham sido praticamente arruinados enquanto ele estava
usando seus poderes.
Ele não tinha condição de falar, viu os amigos tentando afastar a multidão que
os filmava e fazia perguntas. Não soube dizer quanto tempo havia se passado quando
uma sombra se projetou por cima do grupo.
Ele olhou para o alto e viu o antigo meio de transporte que costumavam usar o
Olho da justiça, era o apelido da pequena “Nave” arredonda com duas hélices laterais.
A nave era propositalmente feita para parecer um olho voador, daí veio o apelido.
Paul lembrou-se como Rodney reclamou enquanto tinha que fazer funcionar a
ideia estupida e transporte a qual ele tinha dado para o grupo.
Lembrou também da cara amarrada de Rick quando viu o projeto funcionando,
na ocasião ele havia dito que não usaria aquilo.
Era no mínimo engraçado a nave, não parecia ter a aerodinâmica necessária para
voar muito menos para planar como estava fazendo no momento.
- Achei que precisariam de um transporte. – A voz de Rodney foi projetada para
fora da nave.
Lindsay pegou Inoue e Zack, um em cada braço e voou em direção a nave e
antes que ele pudesse dizer algo sentiu o braço de Rick o envolver e o levar em direção
ao veículo aero.
Paul estava mais calmo ele sabia que o motivo era Mentix, ela estava barrando a
maiores partes dos efeitos de sua ansiedade. Ele se sentou em uma das cadeiras.
Galoman pegou um kit de primeiros socorros e jogou para ele. Paul gemeu enquanto
desinfetava a ferida e amarrava com dificuldade a faixa em volta da sua mão.
- Odeio essa nave. – Escutou Rick dizer quando assumia a direção do veículo.
Lindsay sentou em no banco ao seu lado, a nave tinha um total de 9 cadeiras.
Todas enfileiradas. Não era nada espaçosa e nem um pouco aconchegante, o banco de
couro era duro e a nave em si estava com um cheiro forte de mofado e velho.
Ele viu Inoue sentado ao lado de Zack que olhava admirando o veículo e
segurando uma risada. Rodney não estava na nave, ele provavelmente estava
controlando ela remotamente do celeiro.
Agora que estava mais calmo Paul conseguiu pensar sobre o que tinha
acontecido. Ele percebeu que não tinha ativado mentalmente o gatilho de seu poder e
duvidou muito que fosse um reflexo, nos últimos anos seu reflexo para situações assim
era sentir palpitações e falta de ar.
Ele olhou para Inoue e entendeu o que aconteceu.
- Inoue. – Ele a chamou
Ela olhou com a cabeça inclinada.
- Lá embaixo no laboratório. – Ele começou dizendo escolhendo as palavras. –
Você me controlou não foi?
18
Inoue viu os amigos a olharem, ela não precisava ler a mente deles para saber o
que eles estavam pensando.
Pela primeira vez desde que reencontrou o grupo ela sentiu-se voltando ao
passado. Os pensamentos de todos ali era praticamente o mesmo:
“A esquisita está fazendo de novo.”
“Não existe privacidade com a garota estranha em por perto. ”
Ela sabia que os pensamentos não eram voluntários, mas eram verdadeiros.
Verdades que as pessoas escondem umas das outras, verdades que revelam que
realmente são.
O único do grupo que não estava pensando o quanto era incomodo ter ela por
perto era Paul, isso porque ele estava ocupado demais pesando nos próprios problemas
e tentando focar a atenção para não pirar.
Mas querem saber? Isso não importa. Na verdade, para Inoue, isso já deixou de
ser importante a muito tempo. Era como viver em um mundo paralelo, sozinha em um
mundo de mentiras.
Era comum a mentira, as pessoas mentem para elas mesma, mente para seus
pais, seus maridos e esposas, para seus filhos, para seus chefes e seus amigos.
Ela lembra-se de ouvir a seguinte frase uma vez quando tinha 15 anos e ainda
estava treinando controlar seus poderes: “A mentira é que torna a ordem possível. ”
A frase em questão foi dita pelo Stewart, o Gravitor, antes que ele ficasse louco.
Ela lembra de ter tentado ajudar na época que ele estava sofrendo com a morte dos
inocentes e principalmente com a morte de Elizabeth.
Se a mentira mantinha ordem no mundo talvez uma mentira manteria os amigos
unidos. Ela pensou que faria, mas tudo como sempre sai do controle. Ela sempre tentou
fazer o que achava que era certo. Ela sempre tentou ser a melhor versão de si mesma.
Sempre tentou trazer orgulho para os pais.
Os pais? Talvez muito do seu comportamento e maneira de agir seja pela forma
a qual foi criada. Os pais mudaram para um subúrbio de MegaCity quando ela ainda
tinha 6 anos.
A mãe era terapeuta e o pai era um neurocientista que trabalhava em um dos
laboratórios de ciência avançada de MegaCity. Ela cresceu ouvindo dos pais que estava
destinada a grandes feitos, muito pelo fato de seu padrão cerebral ser algo que era
considerado excepcional, ela nunca entendeu o porquê disso, não entendia nem se quer
o que “Padrão de onda cerebral significava”.
Mas o que ela não entendia mesmo era o fato de até os 12 anos nunca ter
frequentado uma escola normal. Ela vivia constantemente dentro do laboratório de
pesquisa do pai. Vivia sendo submetida a teste e mais teste.
Uns eram bem idiotas como encaixar as formas certas nos ângulos certos, outros
eram mais complicados como resolver problemas de matemática complicados demais
para sua idade.
- Desenvolver seu raciocínio logico é essencial. – O pai dizia a ela sempre que
era questionado de o porquê estarem fazendo aquilo.
As outras matérias eram ensinadas por professores particulares e também
aprendia sobre a psique humana com sua mãe, o que tornou sua infância e adolescência
uma fase bem conturbada.
Ela se lembra de mesmo antes de desperta os poderes já era chamada de Mentix
pelos professores que sussurravam e faziam piada em suas costas.
Isso a deixava mau, ela não sabia o que era ser criança, não sabia como era uma
escola, como era gostar de rapazes, beijar, ter amigos. A mãe dizia:
- Não está perdendo nada. Acredite quem já passou por isso, é melhor assim. –
A mãe dizia enquanto penteava seu cabelo.
Sua expectativa social era muito baixa. Mas toda a sua vida mudou ao completar
12 anos. Ela se lembra exatamente como foi a sensação.
Estava em uma sala completamente branca com aparatos e fios envolta de sua
cabeça, seu pai estava com um grupo 6 de cientistas de jalecos brancos com prancheta
na mão fazendo anotações enquanto ela fazia mais um texto que ela jugou ser sem
sentido.
- Vamos lá vaca japonesa. Tenha algum progresso aberração. Ela ouviu um dos
cientistas ao lado de seu pai dizer.
- O que o senhor disse? – Ela perguntou se virando para o careca baixinho que a
olhou com cara de bobo pela pergunta.
- Perdão. – Ele disse inclinando a cabeça.
- Você acabou de me chamar de vaca japonesa e aberração. Porque disse isso?
O homem ajeitou os óculos no rosto.
- Eu não disse nada, Inoue. Está ouvindo coisas.
O pai dela não disse nada, ele olhou para o monitor na tela em sua frente e seus
olhos arregalaram um pouco.
- Pai. – Ela disse com raiva. – Ele me chamou de aberração. O senhor ouviu, não
ouviu?
O pai não respondeu ele estava concentrado no monitor e começou a anotar
coisas em sua prancheta.
- Puta merda, essa coisa está aumentando e mudando a sua frequência de ondas.
– Uma das mulheres ao lado de seu pai disse.
- Coisa? – Ela disse. – Porque vocês estão me xingando?
Ela começou a ouvir as vozes de todos ao mesmo tempo. Uns xingando outros
assustados. Ela botou a mão em sua cabeça e se ajoelhou no chão. Era como se todas as
vozes tivessem gritando em seu ouvido ao mesmo tempo. Ela não conseguia pensar. Ela
não conseguia ouvir o próprio pensamento.
- AAAAAAAAH! – Inoue gritou de agonia.
Ninguém foi até ela seu pai mantinha o olhar fixo no monitor a ignorando
completamente.
- Parem por favor. – Ela implorava para todos ao mesmo tempo. – Parem de
falar. Parem de me xingar.
As CPU dos computadores começaram a se aquecer, começaram a pifar com a
sobrecarga de informação vindas ao mesmo tempo.
- PAREM! – Ela gritou.
Ela viu todos os cientistas ao lado de seu pai caírem no chão. Ela viu seu pai
levantar da cadeira assustado olhando para ela.
- Cacete! Que mostro eu criei? – Ela escutou o pai dizer.
Seus olhos agora estavam cheios de lagrimas, seu rosto estava vermelho de tanto
chorar.
- Por que está dizendo isso papai? – Ela dizia entre soluços.
Seu pai entrou na sala e a segurou em seus braços quando disse:
- Meu bem, eu não disse nada. Ninguém disse nada. Ela o abraçou forte e voltou
a chorar.
Essa tinha sido a primeira vez que leu mentes. Depois desse dia sua vida se
tornou ainda mais infernal. Sessões e sessões de exames, bateria de testes, muitas
radiografias seguidas de mais teste e exames.
Foram quase um ano disso, um dia seu pai veio acompanhado de um policial e
alguns homens e foi pedido a ela que lesse a mente deles, ela já estava treinando, já
conseguia se controlar mais, ela fez o que foi pedido.
Teve pesadelos quando viu a mente de um dos homens e o que ele fazia com
crianças, ela chorou e gritou perturbada e depois disso foi acolhida pelo pai novamente
e passou quase um mês sem ser submetida a teste nenhum.
Certo dia, à noite, quando estava tentando pegar no sono, ouviu sem querer os
pensamentos de seu pais, pensando sobre como ela teria esses poderes e se por acaso,
talvez essas habilidades tenham vindo de seus verdadeiros pais. Inoue descobriu através
de seus poderes que era adotada. Ela lembra de ter chorado mais do que podia.
A medida que o tempo ia passando os poderes dela iam aumentando ela
começou a se comunicar primeiro com ratos, mas sempre que fazia isso os pobres
bichinhos morriam em seguida. Ela ouviu de seu pai que isso talvez seja porque ela
estava forçando uma comunicação, ondas diferente se chocando eram pesadas demais
para que o indivíduo resistisse.
Depois disso ela começou a moldara suas ondas para que a ligação fosse feita
naturalmente, quando ela fez isso com um humano pela primeira vez, tinha sido quase
um sucesso, o homem que se arriscou apenes teve um sangramento pelo nariz.
Inoue cansada de ser tratada como uma cobaia, contou aos pais que sabia ser
adotada e que se a forma como eles a tratavam não mudasse ela iria se mudar. Os pais
aceitaram a deixar frequentar o colégio, bastou um pouco de ameaça e um pouco de
manipulação neural, uma pequena sugestão.
Na escola conheceu os outros adolescentes problemáticos que não muito tempo
depois se uniram na casa do mais novo Rick McCoy e seguindo o Stewart, que
inspirava liderança se tornaram heróis, ela inda frequentava os laboratórios, lá era um
ambiente seguro para que testasse e desenvolvesse os poderes.
Inoue pode começar a ter uma vida normal, pode beijar pela primeira vez
mesmo sabendo que o garoto só queria apalpar os seus seios. Pode ter amigos e sua vida
passou a ser melhor.
Adotou o nome Mentix, transformou um trauma de infância em um nome que
todos amavam, ela pode ser uma heroína.
Ela foi uma heroína para os amigos quando vidas foram perdidas por falha deles,
ninguém sofreu como ela sofreu, ela se lembrava do terro da mente de todas aquelas
vítimas quando eles morreram, ela se lembra do último pensamento de cada pessoa.
Lembra quando alguns pensaram até o fim que seriam salvos.
Ela não podia fazer mais nada por eles, mas podia fazer pelos amigos, podia
poupar eles do sofrimento, podia fazer com que eles não sentissem dor.
Mas é claro, ninguém entendeu isso, Stewart não entendeu isso quando ela
tentou fazer com que ele não pensasse mais em Elizabeth.
No final ela era apenas a esquisita, não importa o que ela faz ela sempre será a
esquisita.
19
Ela não queria conversa, sabia que seria inútil. Sempre foi inútil, na verdade não
entendia o porquê de todos estarem bravos. Ela havia manipulado o amigo? Sim, mas
pelo menos salvou as pessoas fez com quem ninguém morresse.
Inoue sabia que se Paul tivesse em plenas capacidades neurais teria feito a
mesma coisa.
- Estamos indo para o quartel de vocês? – O adolescente qual estava
acompanhando-os perguntou mudando de assunto e quebrando o silencio que estava se
formando na nave.
Inoue estabeleceu um link neural enquanto sorria para a pergunta do jovem
garoto que olhava impressionando para os lados.
Eu posso? – Ela pediu a autorização dos amigos.
Nesse caso, acho que sim. Mas vamos conversa sobre isso depois. – Ela ouviu
Rick pensar.
Sorrindo para Zack, Inoue colocou a mão em sua testa.
- O que você está...? – Zack apagou antes de termina a pergunta.
- Pronto. – Ela disse olhando para os amigos.
- Isso é aqueles Blackout que fazia antigamente? – Paul perguntou levantando
uma das sobrancelhas.
- Está mais eficiente agora, eu melhorei muito.
O blackout era uma habilidade a qual ela desenvolveu onde ela deligava
momentaneamente a consciência do indivíduo para a pessoa era como piscar, ela não
tinha noção de tempo.
- Tinha necessidade disso? – Paul perguntou. Para surpresa de Inoue Galoman
respondeu:
- Sim, esse garoto é muito estranho. A forma que ele fala de Zector é como se
admirasse ele. E não só isso, antes de vocês chegarem, ele havia insistido para que eu
chamasse todos vocês. E a bomba só ativou quando estávamos todos lá.
- Eu também notei como ele é estranho. – Lindsay concordou. – Como esse
garoto conhece a nossas identidades secretas. Quer dizer, a de Inoue, Paul e do Rodney
tudo bem. Mas a minha e até saber onde eu morava é preocupante.
- Acham que ele pode estar trabalhando para Zector? – Paul perguntou olhando
para o garoto que estava inconsciente.
A nave deu uma guinada para o lado e pela janela se via o celeiro de Rick se
aproximando.
- Seja qual for a verdade. – Mentix disse sentindo a nave descendo. – Eu vou
descobrir.
Quando a nave pousou na lateral do celeiro todos saíram da nave e Lindsay
pegou o corpo inconsciente de Zack e botou em seus ombros. Todos saíram por último
e Inoue notou o rosto vermelho de Paul sem roupas com o jaleco dela amarrado em sua
cintura.
- Então, eu vou ali no meu jato botar uma roupa mais apresentável, esse jaleco
branco não favorece meus olhos.
Ele sorriu gentilmente para eles. Rick deu um leve sorriso.
- Ele gosta de falar do Jato dele né? – Ele perguntou se voltando as amigas.
- Falou uma vez quando saímos. – Lindsay comentou enquanto andava.
Inoue passou por eles seguindo Lindsay enquanto falava:
- Os pensamentos deles tem muito sobre o jatinho. Rick deu uma pequena
risada.
- Hahaha. Muito engraçado. – Paul disse dando as costas e indo trocar de roupa.
Quando Rick destravou a porta da base e Inoue desceu as escadas chegando na
pilha de equipamentos empilhados, desmontados e alguns equipamentos ela reconheceu
outros ela não sabia nem mesmo para que servia. Ela respirou o ar que estava com um
cheiro forte de olho, soldadas e sujeira.
- Que cheiro estranho é esse aqui?
- Esse é o cheiro de alguém que não respeitou o que eu pedi. – Rick disse
passando por ela e indo em direção a Rodney que estava no canto da sala instalando um
painel tecnológico.
Ela começou a reparar o cenário em volta e se viu novamente no laboratório de
seu pais, ela sentiu uma pontada de frustação ao se lembrar de como ela abandonou eles
alguns anos antes do próprio grupo, onde ela considerava sua primeira família, se
afastar. Ela começou a ficar triste novamente e sentiu que poderia chorar a qualquer
momento.
- Senhorita Mentix, bem-vinda de volta. – A voz de Beakman soou de algum
ponto do teto.
Inoue sorriu.
- Beakman? Como você está? – Ela disse rindo e sentindo a tristeza ir embora.
Agora sim ela se sentia em casa.
- Eu vou muito bem. – A I.A respondeu.
Ela ouviu a discussão de Rick e Rodney, era algo sobre o Rodney está revirando
o laboratório desmontando e montando maquinas a seu bel prazer. Ela caminhou até
eles e viu quando Lindsay levou Zack até umas das macas da ala da enfermaria.
- A suas reclamações não fazem sentido. – Rodney disse de braços cruzados. –
Eu construí praticamente tudo que tem aqui. E também estou facilitando sua vida
reconfigurando todas essas maquinas.
- Acontece que eu pedi sua ajuda para uma coisa, não pedi para você brincar de
Bob o construtor.
Inoue reparou que Rodney não estava usando mais seus característicos óculos,
mas o que mais lhe chamou atenção foi o fato de não estar conseguindo ler a mente de
Rodney.
Seja por um mecanismo de defesa contra telepatas que Rodney possa ter
instalado nele mesmo ou talvez seja o que Rick disse que aconteceria quando eles
souberam que Rodney fez com ele mesmo enquanto eles estavam lutando contra
Gravitor.
Eles ouviram a porta se abrir novamente e Paul desceu as escadas para a base e
dessa vez ele estava usando uns óculos escuro, uma calça jeans, camisa vermelha e uma
jaqueta preta.
Ele se aproximou até eles.
- Eu acho que vou precisar de um curativo melhor. – Ele disse enquanto
mostrava as faixas de sua mão vermelhas de sangue.
Rick olhou para elas e depois para Rodney.
- Continuaremos esse assunto depois. – Ele disse indo para ala da enfermaria.
Paul sorriu para Rodney e Inoue:
- Ele é bravo né? Deve ser isso que chamam de galo de briga.
Inoue deu um pequeno sorrisinho enquanto Paul seguia Rick para tratar de seus
ferimentos. Rodney olhou para ela e estendeu o braço e ela o comprimento.
- É só isso? – Ela perguntou.
- E deveria ter mais? – Rodney rebateu a pergunta. – Nós cumprimentamos.
- Não nos vemos a anos. Você nem perguntou se eu estou bem.
- Eu sei que você está bem. Já analisei isso.
- O quanto você está desligado da realidade vivendo como esta Rody?
Lindsay se aproximou deles.
- Vamos conversa. Todos nós.
Rodney ia falar algo, mas quando olhou o rosto de Lindsay resolveu se calar e
não discorda.
Pouco tempo depois a antiga mesa de reunião estava pronta. Inoue se
surpreendeu por ainda existir a mesa com os 7 lugares marcados de cada membro. A
mesa ainda a que eles usaram quando se reuniram pela primeira vez nos fundos da casa
de Rick.
A cadeira da ponta principal era o lugar a qual Gravitor se sentava. Todos
tiveram um pesar ao olhar para a cadeira do seu antigo líder e amigos, que hoje estava
preso na maior cela de proteção máxima da ilha.
A ilha era o lugar onde os Meta’s eram presos, ela ficava realmente em uma
pequena ilha fora da cidade, em um presidio de segurança máxima onde maiores Meta’s
podiam ser contidos. A 10 anos que Gravitor estava preso lá.
Galoman colocou a mão na cadeira do líder e Inoue reparou quando ele segurou
a cadeira por alguns segundos e depois alargou e se sentou em seu lugar característico.
Inoue e Paul sentavam no lado direito da mesa ao seu lado também estaria Phantom, a
ausência dele foi sentida mais do que nunca com a presença de sua cadeira vazia.
No lado esquerdo sentava Rick, Lindsay e Rodney. Antes que pudessem
começar Lindsay cutucou a barriga de Rick com o cotovelo e logo o herói voltou a sua
forma humana e todos puderam ver os olhos fundos de cansaço do herói que já estava
um pouco mais de 24 horas sem dormi.
- Vamos começar falando sobre a Inoue ter manipulado nossas mentes. – Rick
disse olhando para ela.
Inoue sentiu uma leve pontada raiva mais se surpreendeu quando Paul tomou a
dianteira e disse.
- O que ela fez foi errado? Sim. – Ele disse olhando para ela e depois se voltou
aos companheiros. – Mas, antes de acusarmos ela e taxarmos a pobre coitada como a
vilã da história, vamos lembrar que ela tentou nós ajudar, pode não ter sido da melhor
forma, mas ela tentou.
- Você não pode tratar isso de maneira tão simples. – Rick disse.
- E acredito que nem você possa tratar isso de maneira tão hostil. – Rodney
respondeu.
Todos agora voltavam sua atenção a ele.
- É um simples fato. Nunca pedimos permissão para fazer aquilo que achamos
que é certo. Nunca falamos com a polícia antes de prender alguém, se quer pedimos
permissão ao nossos pais para usar nossos poderes da forma com a qual usamos. – Ele
projetou um gráfico em holograma a traves de sua retina na mesa e todos ficaram
surpresos ao ver aquilo. – Estatisticamente falando, podemos ver que quando tomamos
certas atitudes baseados em nossa crença de julgamento sobre o que é certo e errado a
chances de causamos um mal e um transtorno não intencional é bem maior do que de
ajudarmos alguém baseados em sua perspectiva sobre realidade a qual está vivenciando
no momento.
Paul sorriu quando Rodney acabou de falar.
- Bem, eu não entendi bulhufas do que o homem bicentenário falou mas posso
afirmar uma coisa. Ela acertou quando controlou meu corpo e ativou meus poderes no
laboratório e isso eu só tenho a agradecer. – Paul olhou para Inoue. – Serio Inoue, você
salvou nossas vidas. Obrigado.
- Eu acredito que aquilo não teria me matado. – Lindsay disse dando de ombros.
- Lindsay, qual é? – Paul disse indignado.
- Está bem, está bem. Eu só fiz uma brincadeira, desculpem. De qualquer forma,
ela precisa reverter isso.
- Eu já o fiz. – Inoue disse indignada. – Vocês vão se lembrar das coisas
conforme o tempo for passado, saibam que isso pode ser traumatizante e eu tentei
poupar vocês disso.
- Enquanto ao Zector e toda essa merda dos Meta´s artificiais e agora os clones?
O que vamos fazer? – Paul perguntou mudando de assunto. – O que temos até agora?
- Eu analisei os parcos dados que foram me dado e já que Rick não conseguiu
outra amostra da substancia, um pouco que pude analisar a droga afeta diretamente a
Ínsula, a área do celebro responsável pelos vícios, poucos miligramas já podem causar
uma dependência química, não sei como ela afeta as outras partes do corpo.
- Espera aí, você disse droga? – Paul perguntou. – Tipo droga de droga? Quer
dizer que as pessoas podem comprar isso como se compra maconha?
- Não foi o que eu disse. – Rodney rebateu.
- Mas é o que faz mais sentido. – Galoman concluiu. – Pelo menos dos 3
inimigos quais derrotei apresentavam sinais de vicio e não eram nenhum
multimilionário ou cientistas loucos. Eles conseguiram isso de alguém com a promessa
de que poderiam conseguir mais caso matassem a gente.
- Quer dizer que vocês acham que o Zector virou um traficante?
- Ou talvez ele esteja usando os bandidos como cobaias – Lindsay disse.
- Seja como for só a uma maneira de descobrir. Eu vou fazer uma
visita até o Pow e Bum. Pode ser que conseguimos umas respostas daqueles
idiotas.
- Se tivermos o endereço deles podemos fazer uma busca completa pela casa e
quem sabe até encontrarmos amostra da droga. - Lindsay comentou.
- Não podemos chegar invadindo a casa das pessoas. – Rick disse. – Não é assim
que agimos.
- Verdade Rick, devemos respeitar a casa deles como eles respeitaram a minha.
- Se agirmos como eles não existira linha entre herói e vilão.
- Ainda não percebeu Rick? Olhe em volta, o único herói aqui é você. Rick
olhou para cada um dos amigos. Inoue se manteve quieta observando mas notou como
Paul desviava o olhar do amigo e umsentimento de culpa passava por sua cabeça. Rick
soltou o ar.
- Ok, se vamos fazer isso vai ser da minha maneira. - Ele disse esperando
alguma objeção dos amigos. – Mas não sabemos onde aqueles pilantras moram.
- Eu posso resolver isso, me de 30 segundos. - Rodney disse e a esfera em sua
tempera brilhou azulada. – Me conectar com o sistema de ficha da polícia nunca foi tão
fácil.
- Olha, um comentário otimista. – Paul disse implicando com Rodney. – Pareceu
até uma pessoa normal agora. Rodney fechou o semblante.
- Encontrei. Billy Buller e Oliver Buller. Apelidos Beep Pow e Beep Bum. O
apartamento deles fica perto das docas em NashBay. Nº 502.
- Eu vou dar uma passada até lá. – Rick disse se levantando.
- Eu vou com você, definitivamente não confio em suas capacidades de colher
amostras para estudo. – Rodney disse também se levantando. – E também posso poupar
tempo indo até lá.
- Se vai ser noite dos garotos então eu também vou. – Paul disse se levantando e
pegando os óculos que estava em na mesa.
- Tem certeza que quer ir? – Rick disse olhando para o amigo. – As coisas
podem não sair de forma tão pacifica por base no bairro a qual estamos indo.
Inoue notou o sorriso forçado e também percebeu Paul escondendo a mão
tremula no bolso de sua jaqueta.
- Eu vou ficar bem frangolino, não se preocupa.
- Você consegue ser bem irritante as vezes Paul. – Rick disse. Paul sorriu para o
amigo como resposta.
- Enquanto isso eu vou ver o que o garoto sabe de verdade. –Inoue disse olhando
em direção a enfermaria. – Algo nele não parece estar certo, eu não comentei antes mas
tive dificuldades em analisar o padrão cerebral dele, parece algo bem caótico.
- Se é tão perigoso assim. – Lindsay disse olhando para Inoue. – Talvez eu
devesse te ajudar.
- Faz tempo que não faço isso com ajuda de alguém. Está bem, sua ajuda vai ser
bem-vinda.
Inoue e Lindsay também saíram da mesa.
- Vamos fazer isso gente, como nos velhos tempos. – Paul disse a todos e sorriu.
Inoue percebeu que todos pensaram a mesma coisa, mesmo que ninguém
dissesse nada até mesmo a maneira a qual Rodney estava se comportando era diferente
de momentos antes quando o reencontrou.
Seja o quer que fosse acontecer, Inoue sentiu que estava tudo bem pois pela
primeira vez em muito tempo a família estava completa e essa noite, mesmo que apenas
mais uma vez todos seriam os Vigilantes novamente.
20
Quando os rapazes foram pegar o “olho da justiça”, Inoue pode escutar Rick
bufando ao ter que entrar novamente no veículo que ele dizia ser ridículo. Eles saíram
da base e Inoue começou os preparativos para adentrar a mente de Zack e conseguir as
informações as quais eles precisavam.
- Beakman, poderia diminuir a luz um pouco? – Ela perguntou a inteligência
artificial que tinha total controle sobre o lugar.
- O quanto você quer que abaixe?
- Vai diminuindo o brilho e eu aviso.
A luz foi diminuindo enquanto Inoue pegava uma das cadeiras e a botava ao
lado da cama aonde Zack estava deitado inconsciente.
- Lembra as das regras? – Inoue perguntou a Lindsay. – Perfeito Beakman,
obrigado. – Ela disse quando a luz diminuiu para a intensidade desejada. – Eu vou me
comunicar o tempo inteiro com você. Se eu para de responder...
- Eu sei, eu sei, eu devo te acorda. – Lindsay disse interrompendo a amiga.
Inoue olhou em seus olhos e depois desviou o olhar para baixo.
- Eu já disse isso, mas, sinto muito que as coisas que eu fiz possa ter afetado
vocês. Não foi minha intenção.
Lindsay soltou o ar e depois mexeu na mexa de seu cabelo.
- Está tudo bem eu acho. – Ela disse. – Na verdade, parando para pensar se o que
aconteceu naquele dia foi tão ruim assim, foi bom você ter tentado ajudar. É só que
Bem, eu estava com tanta raiva. – Lindsay disse se sentando na cama ao lado da de
Zack. – Hoje de manhã encontraram a minha casa. Eu passei 10 anos tentando esquecer
essa parte da minha vida, 10 anos tentando proteger os meus meninos.
Inoue sorriu para a amiga com sendo compreensiva.
- Eu entendo o que está tentando dizer. Eu queria poder ser assim, queria poder
fugir da minha vida. – Inoue cruzou as pernas e se lembrou por um momento de eventos
traumáticos de sua vida quais ela se lembrava perfeitamente.
- Você pode fazer com que as pessoas esqueçam seus problemas, mas não pode
os seus sumirem?
- Sim, meus poderes não funcionam em mim, mas eu estou acostumada. Eu
tento fazer o que consigo, mas a verdade é que minha vida não é perfeita e diferente de
vocês eu não tive a opção do anonimato, meus pais.... Meus cuidadores, me exploravam
e me tratavam como um experimento.
- Não diga isso, eu a vi hoje à tarde com aquelas pessoas. Você mesma disse que
tem salvado vidas.
- Aquilo? – Inoue perguntou quase com desdém. – Eu apenas digo aquilo para
me convencer de que no fundo sou uma pessoa boa, mas aquilo que eu faço é apenas
uma extensão do que fazia no laboratório. Eu não faço os problemas das pessoas
sumirem Lindsay, não dessa forma a qual todo mundo imagina.
- Como assim?
- É difícil de explicar, mas, bem, vamos dizer assim. Se você tem uma maça e eu
entro em sua cabeça, eu não posso fazer com que você esqueça que tem uma maçã, mas
eu consigo bloquear seus acessos a essa memória, mas ela ainda estará lá. Eu
basicamente tranco as suas memorias em uma caixa bem funda em seu inconsciente.
- Então a informação continua, mas se torna inacessível. Isso é bom, não é?
- Em teoria... – Inoue batendo os dedos em seu joelho esquerdo. Ela pode ouvir
as dúvidas se formando na mente de Lindsay quase que como se estivesse gritando. – O
que eu estou querendo dizer é que Não é um consenso de que isso seja bom. Na
verdade, eu estou sendo processada a alguns anos pela bancada de psicologia. Eles
afirmam que minha forma de agir pode acarretar em diversos problemas
psicossomáticos e que eu posso estar meio que “destruindo” a psique das pessoas.
- Psicossomáticos? Aquelas doenças que se originam por causa da mente? –
Lindsay perguntou.
- Basicamente isso. Eles defendem que em teoria eu possa gerar traumas e até
mesmo fazer com que as pessoas fiquem loucas, dependendo do quão fundo eu for no
inconsciente.
- Está dizendo que o um dos motivos de Stewart ter feito aquilo pode ter sido
por sua causa?
- Em teoria...
- Cacete Inoue! – Lindsay gritou com os punhos cerrados.
- Nada disso é comprovado, como eu disse é tudo teoria. – Ela disse com a voz
calma. – Mas, eu não posso me deixar de me sentir com parte da responsabilidade é por
isso que eu parei de mexer no inconsciente das pessoas.
- Parou? Como assim parou? Você fez isso hoje com aquela gente.
- Não exatamente. Eu apenas acessei a mente deles e tornei mais claros os
objetivos, não alterei nada, na verdade elas já estavam dispostas a mudarem sozinhas e
eu só fui praticamente um empurrão.
- Por que você não disse isso antes?
- E vocês iriam acreditar em mim? Olha, você veio com um pensamento
aterrorizantes sobre o que fazer quando me encontrasse.
Lindsay baixou a cabeça constrangida.
- Me desculpe por isso.
- Sem problemas. – Inoue sorriu compreensiva. – Vocês não podem controlar
aquilo que são de verdade.
Lindsay não disse nada e ambas ficaram em silencio por alguns momentos.
- Nós ainda somos amigas? – Lindsay perguntou de cabeça baixa.
- Eu posso afirmar que apesar de tudo ainda somos ainda uma família. - Inoue
disse sorrindo.
- E como você pode ter certeza disso?
- Eu leio mentes esqueceu? Lindsay sorriu.
- E por falar em ler mentes, você e o Rick deveriam conversa. Me parece que
vocês dois ainda tem muito assunto para pôr em dia.
Lindsay ficou séria.
- Vai fazer seu trabalho Mentix.
Inoue sorriu para a amiga e se virou para o corpo de Zack. Ela segurou a mão
inconsciente do adolescente e depois fechou os olhos e sentiu sua consciência viajar
pelas ondas celebrais de Zack enquanto faziam a conexão acontecer.
Tie-in
Girl-Force
Megacity. Centro. 18h00.
Gwendoline Martínez ou Gwen, como os amigos a chamavam, estava cansada
dessa cidade.
Essa é a verdade, Megacity era um caos e um saco. Okay, ela era uma
adolecente e então muitas das coisas eram um saco. Entre essas varias coisas seu
constante treinamentos para se torna uma heroina era particularmente chato.
Seu padrasto, era um antigo vilão chamado de Homem-Homem, ela sabe, é um
dos nomes mais ridiculos do mundo. Ele tinha os poderes de ser 2x o que ele já era, ou
seja 2x um otario.
Depois de ter tomado uma surra dos Vigilantes, quando ainda eram um grupo na
ativa, ele tentou se torna um heroi urbano, trabalhando na parte de NashBay, atuando
como incrivel Man-Force.
O incrivel Man-Force tomou um tiro, perdeu o movimentos das pernas e depois
conheceu a mãe de Gwendoline quando a menina ainda tinha 3 anos.
Sua Mãe Gwennever Martínez, era uma infermeira, viuva e cuidou do seu
Padastro, o nome do Padrasto era William Cherman Donavan. Seu pai biologico, Pedro
Gonzales, morreu quando ela era criança. Ele foi uma das muitas vitimas que se foram
quando o Gravitor pirou.
Seu Padrasto William, quem ela chama de pai Will, quando descobriu que a
gartota tinha poderes, quando ela fez 5 anos, ficou tão empolgado e começou a treinar a
garota naquela epóca. A descoberta foi simples, ela caiu e ele tentou a pegar mas sua
mão não conseguia a tocar, ela havia feito um campo de força de forma inconciente em
volta de si.
Ele via na Gwen uma oportunidade de dar continuidade ao legado dos "Force".
Deus do céu como esse cara era um otario.
Os poderes de Meta de Gwen eram simples. Ela era capas de criar campos de
forças invisivisei. Ela podia moldar esse campo de força num raio de ate 6 metros.
Também podia fazer esferas menores em volta do proprio punho e assim dando socos
que poderiam destruis paredes de tijolos. Poderia fazer barreiras e corre pelo céu. Isso
exigia mais concentração e ela ainda não conseguia corre por elas, então não era tão
eficiente.
De qualquer forma seu padrasto, a obrigava a fazer varios treinos diferentes. A
matriculou em aulas de ginastica para aumentar sua resistencia e elasticidade, ela fazia
aulas de luta e também cursos de matematica para exercitar o raciocinio logico.
Ele se preocupava com ela, ou se preocupava que ela não fosse fazer feio com o
nome Force.
Ah! Girl-Force foi um nome o qual ele escolheu também. E sua mãe concordava
com tudo isso? Ela nem sabia o que ele estava planejando para a garota. Ele sempre
dava a desculpa quando ela falava que Gwen não estava nem tendo tempo de ser
criança.
Ele dizia sempre:
"Ela vai me agradecer um dia."
Claro, Obrigado Pai Will, por ser um babaca narcisista.
Bem a mãe sabia que ela era Meta, e ela já contou uma vez que o Will
planejava fazer ela seguir seus passos e sua mãe dizia que ela deveria aprender a usar
os poderes. Isso poderia ser bom para ela, mas que ela não teria que seguir nenhum
passo de heroismo se não quisesse.
Ela tinha 13 anos, ela era uma Meta e ela odiava essa cidade.
Megacity era um caos, supervlões atacavam uma vez por dia. E parece que tinha
algum vilão indo para escola hoje mais cedo. Ela ouviu os amigos da escola
comentarem.
Ela saiu das aulas, desceu ate centro da cidade e estava indo para aula de
Ginastica, No caminho quase foi atropelada por um carro forte que estava sendo
seguida pelo Titânico.
Serio, é uma cidade de merda.
Passou na frente de um banco que estava destruido. Era o banco que sua familia
usava. Aparentemente essa madrugada, o maior heroi da cidade o Galoman, lutou com
um supervilão maluco ali.
Chegou na escola que ficava algumas quadras do centro.
Entrou no predio, comprimentou as pessoas, foi para o banheiro e se trocou. Foi
para o ginasio. O predio a qual ela fazia as aulas, era uma grande area de recreação que
ficava proximo a prefeitura. Nesse mesmo lugar tinha aulas de arte marcial em dias
diferente.
Sua profesora já participou de algumas competições de ginastica artistica antes e
ela ganhou algumas medalhas mas nunca competil a nivel mundial. Era uma mulher
magra, branca e com o cabelo lisos que durante a aulas ficavam amarrado.
Gwen por outro lado era filha de latina, seu cabelo era meio cachiado, sua pele
era levemente morena e seu corpo desde o ultimo ano começou a ganhar mais volume,
ela teve de aumentar o numero do sutiã. Ela tinha uma pinta em cima do lábio no lado
direito, ela achava estranho mas sua mãe dizia que era seu charme e algum dia um
menino (ou alguma menina) iria reconhecer isso.
Além disso outras coisas além dos problemas de se preparar para uma vida a
qual não sabia que queria a incomodava.
Ela começou a se sentir nervosa ao lado de sua melhor amiga Linda Nolan e
bem Linda era, para Gwen, Linda. Começou a sentir borboletas no estômago quando
estava perto da garota. Era uma sensação nova, e ela não sabia o que isso queria dizer.
Bem, na verdade ela sabia, mas não queria admitir isso para si mesma e nem
para ninguém.
A aula foi demorada, suas piruetas estavam melhorando, ela estava sendo
elogiada com mais frequência. Sua professora chamou a sua mãe um dia e disse que
seria interessante que ela tivesse mais aulas durante a semana. Aparentemente ela tinha
um potencial. Um futuro e veja, não seria nada relacionada a um legado a qual ela não
queria carregar.
Então ela se sentia ótima com isso. Já seu pai fazia questão de a lembrar que ela
não estava ali para isso... Bem, convencer ele que isso iria a torna melhor foi rápido.
A aula acabou, ela deveria ir direto para as aulas de matematica, ela foi pegar as
suas coisas, pegou seu celular, o item mais importante de um adoslcente e viu diversos
SMS de sua melhor amiga, Linda. A primeira mensagem dizia:
“Ei Gwen, preciso MUUUUUUUITOOOO de você hoje. Esta disponivel para
salvar uma amiga?”
“Ok, Ok, vou abrir o jogo. Hoje vai ter a promoção daquela loja que te falei a
Modeos, E Minha mãe me deu um dinheiro para comprar o vestido brega idiota. Eu sei
que você esta na aula agora, mas eu vou te esperar na praça de aliementação.
PRECISO DE VOCÊ E INVOCO O PACTO DAS MELHORES”
Gwen abriu um sorriso. O Pacto das mlehores era algo que elas inventaram
quando mais novas, era basicamnete uma tinha que larga o que estava fazendo para ir
ajudar a outra mesmo que fosse algo bobo. Muitas das vezes eram.
“Eu vou me ferrar por isso... Eu te odeio” (Não, não odeia) “Chego ai em 15
minutos” – Gwen respondeu. Ao aperta o enviar a mensagem Gwen se trocou tão
rapido quanto um velocista faria.
Ela desceu as escadas, saiu para fora, e se dirigiu ao Shopping que ficava
algumas quadras dali. Chegando lá viu a amiga com seu cabelo de mechas azul, sua
toca descolada, seu casaco e calça rasgada e seu skate em baixo do braço. Ela mascava
um chiclete e fez uma bolha enorme e rosa quando viu a amiga vindo.
- Minha heroina. – Linda disse enquanto se aproximava da amiga.
Borboletas no estomago.
- Que foi? Que cara é essa ta passando mal? – Ela disse botando a mão em sua
testa para checar se a amiga estava com febre. – Esta preocupada com o que o Will vai
dizer quando souber que você matou uma das aulas de matematica né? Eu não sei
porque você deixa aquele otario mandar tanto em você.
Linda não fazia ideia de que Gwen era uma Meta, a menina tinha medo de ser
rejeitada ou ser tarada como uma aberração, apesar de que nessa cidade, não seria
incomum a Linda mesmo er uma Meta, aliás para ser tão legal assim ela poderia ser
mesmo uma.
- Para de bobeira... Ela faz isso pelo meu bem. – Gwen respondeu. – Bem,
então... Modeos, não aprece ser um tipo de loja maneira que você costuma ir.
- Eu sei, mas minha mãe quer que eu compre o vestido bobo para a festa
benificente idiota dela. – Linda dise revirando os olhos.
A mãe de Linda estava se preparando para concorre nas eleições para a
prefeitura e ela planejava não só vencer como também prometia a diminuir de forma
eficiente a quantidade de Metas na cidade. O pai de Linda também morreu no mesmo
dia que o dela. A Mãe de Linda, Lisa Nolan, passou a odiar os Metas e entrou na
politica justamente para acabar com isso.
O Pai de Linda e o Pai de Gwen eram pareceiros na policia, isso fez que com as
suas mortes dessem para a familia uma grande herança. Essa mesma herança estava
financiando a campanha de Lisa para ser a nova prefeita da cidade.
Linda assim como a mãe também passou a odiar Metas, Gwen sabia disso e
sempre tentava convencer a amiga que enm todo Meta é um super idiota, mas era
sempre uma discussão na qual Gwen evitava de se aprofundar quando começava.
- Você vai não é? – Linda perguntou a amiga.
- Eu vou ter que usar um vestido também? – Gwen perguntou com bom humor.
Linda riu para amiga.
- Com toda certeza, cheia de fru-fru e coisas fofinhas. – Linda disse fazendo um
biquinho para implicar coma a Gwen.
- A unica coisa fofinha aqui é você. – Gwen disse rindo e depois ao percebe o
que disse se envergonhou.
Linda a olhou e deu de ombros.
- Okay esquisitona. Vamos comer antes de ir na loja. Coisa feia me da fome,
então quero ir preparada.
Eles eram um grupo de 7 e outro de 5. Eles chegaram separados. O primeiro
grupo chegou e se apossaram fe um grupo de mesas. Gwen tentou ignorar o grupo mas
quando eles começaram a falar de um tal de Dug e que eles conseguiram trazar o
bagulho, Gwen percebeu que isso não iria acabar bem.
O segundo grupo chegou momentos depois. Quando os 7 muleques viram os 5
chegando ele se levantaram e o que parecia ser o mais velho deles talvez com 16 ou 17
tomou a frente e o outro de idade similar dos 5 também tomiy a frente do grupo e eles
começaram a gritar um para o outro.
- Vocês vieram aqui depois de tudo o seu merdinha? - O lider dos 7 perguntou
muito nervoso.
- Eu vim te dar uma lição. Você deu porrada no meu primo né otário?
Gwen não queria se meter nisso, os jovens poderiam estar armados. Ela olhou
para Linda que estava como de estivesse hipnotiza pela briga.
- Vamos embora. Isso vai ser problema. - Ela disse e tentou puxar a amiga.
Foi quando tudo aconteceu. Um dos garotos puxou um frasco do bolso que tinha
um Z no meio e o outro fez o mesmo e ambos tomaram a pilula que tinha dentro.
O lider dos 7, em questão de segundos começou a ficar com a pele com um
aspecto nojento e arenoso como se a pele dele fosse feita de terra, o outro por outro lado
ganhou pelos e sua roupa rasgou enquanto ele ia se transformando em ums espécie de
lobisomen gangster.
Os outros rapazes começaram a gritar e a proferir ameças um ao outro e a praça
de alimentação. Que em sua maior parte estava com jovens nela entrou em um
alvoroço. Pessoas correndo e gritando. Os seguranças chegaram. Eles puxaram a arma
mas o lider arenoso dos 7 estendeu o punho ate ele. O seu punho triplicou de tamanho e
atingiu o peito do sujeito o fazendo ser arremessado contra uma pilastra, a mesma
rachou e o homrm caiu se tremendo e cuspindo sangue pela boca.
Um dos jovens de algum dos grupos puxou uma arma. E deu um tiro em direção
a um dos outros jovens.
Por reflexo Gwen esticou o braço na direção a onde o jovem havia mirado e fez
uma barreira protegendo o jovem rapas que seria baleado.
Linda correu no meio da confusão julgando que sua amiga estava atrás dela.
Gwen lembrou das palavras de seu padrasto que quando a hora chegar Gwen
saberia que tipo de pessoa era, uma heroína ou so mais uma pessoa comum.
Ela pensou em correr porque sabia que se ela se envolvesse teria que admitir que
William estava certo sobre ela.
Ela viu bolsas de lojas de roupas que foram largadas no chão. Ela passou por
uma das bolsas e a pegoum e foi para trás de um pilatras e lá ela se preparou da melhor
forma. Um cachecol grande e roxo. Pegou também um um capelão grande de mademe,
um oculos escuro de sol. Um casaco de pele lilás e uma luva de couro.
Ela respirou mais uma vez ao escutar mais um disparo de arma.
Correu e subiu em uma das mesas. E gritou:
- Ai Bando de idiotas! Aqui é a area de alimentação não a area de combate!
Tudo bem, nenhum de vocês vai sair daqui de pé.
Os homens pararam a briga por um segundo e olharam a jovem meninas de
1,62m gritando para eles pararem e toda fantasiada.
Eles riram e por um segundo a briga realmente parou.
-Sai daqui menininha. - O lobisomem disse. - Tu não tem nada ver com isso.
- Eu não sou uma menininha. Sou a Girl-Force.
Eles riram de novo.
- Alguem empurra essa menina para fora, para que a gente possa termina esse
rolo.
Um dos rapazes, poderia ser do grupo dos 7 ou dos 5 foi ate Girl-Force ainda
rindo para arrastar ela para a escada rolante e foi quando esse mesmo rapaz tomou um
soco que o fez ser jogado para trás e ele caiu deslizando. Gwen havia colocado um
circulo de barreira envolta do punho o que potencializou o murro que ela deu no rosto
do rapaz.
- Mas que porra é...? - O lider dos 7 começou a dizer.
- Ela é uma Meta. Acabem com ela! - o Lobisomem gritou e em seguida uivou
para seus homens.
- Merda! - Girl-Force disse enquanto fazia uma acrobacia para trás e ativando
uma barreira impedindo que os tiros das armas a atingissem. As balas ficaram
paralizada no ar e todos ali ficaram expantado e ela teve tempo o suficiente para
avançar.
O treinamento começou a fazer efeito. Primeiro e ela correu ate o meio deles e
deu um murro no chão. Ela criou uma barreira de 6m redonda que atingiu todos ali os
empurrando para trás.
Eles cairam no chão ela esticou a mão e as armas que cairam ficaram envolta de
uma barreira.

Nota mental:
Manter a atenção nisso. Foco garota. Foco!

Os meliantes não conseguiram pegar as armas no chão e o mais próximo que


estava agachado riscando a mão na barreira foi atingindo por um chute giratório. E ela,
é claro, potencializou seu chute com uma barreira em volta de seu pé.
O segundo tentou ir na mão e ela formou uma barreira pequena em volta da
cabeça do rapaz que perdeu a respiração por um momento. Tempo o suficiente dela dar
um gancho potencializado em seu queixo tirando mais um dos homens da jogada.
O Lobisomem pulou nela com a mandibula aberta para morde seu rosto. Apesar
dela cair no chão a mandibula nunca conseguiu a ferir pois ela criou uma barreira em
dentro da boca aberta do recém Meta lupino.
Ainda deitada ela colocou a mão no peito da criatura, que nesse momento estava
mais angustiada pela boca do que tentando a ferir, e ativou novamente uma barreirs
fazendo que o garoto fosse jogado para o alto e ela girou para o lado e ele caiu no chão.
E ela criou outras barreiras na mão e na perna do monstro que não conseguiu se soltar.
Após fazer isso desferiu um soco energizado e aplicou um pouco mais de força
atingindo as costa do monstro que gemeu de dor ficando inconsciente em seguida.
Ele ficou em posição de combate com os punhos erguidos e energizados. Alguns
dos garotos tentaram correr e ela criou um barreira na direção a qual eles correram.
- Ainda não entenderam rapazes. Aqui não vai sair ninguém!
- Não, Boba-Force. É você que esta ferrada.
O lider de areia disse formando um punho gigante de areia para acerta a garota
como um martelo. Ela criou uma barreira em volta de si mesmo. A força do impacto foi
grande demais e a barreira se rompeu e ela foi esmagada no chão.
Tossiu um pouco de sangue. Sentiu bastante dor e escutou a voz de seu padrasto
a mandando levantar e que cair so a deixa mais Forte.
O homem de areia começou a ri achando que tinha derrubado a garota. Ele deu
as costa a ela.
- Meu primo Dug estava certa! Essas pilulas são fodas. Eu sou invencível. Tão
me ouvindo cacete? Eu sou foda.
- Quem é Dug... Ele é o cara que ta dando droga Meta para as crianças? - Girl-
Force perguntou enquanto se levantava com dificuldade. Passou a costa da mão
limpando o labio por baixo do cachicou. Cuspiu uma saliva em vermelho vivo e cerrou
os punhos novamente. - Round 2 babaca.
O homem pufereiu um xingamento. E tentou a atingir novamente. Dessa vez ela
rolou para o lado esquerdo. O inimigo girou a palma da mão arenosa para a acerta tal
qual faria com uma mosca fujona e ela deu um mortal para trás, as aulas faziam feito.
Ela correu em direção ao Meta arenoso, fez duas barreiras, uma em cada pé do
do jovem meliante. O mesmo tomou um susto quando não conseguiu se mover. Ela
energisou o braço e atingiu o queixo dele com um poderoso soco em barreira.
Ela sentiu a cabeça do inimigo se desfazer com o ataque e ela explodiu em areia.
Os rapazes que presenciaram isso se assustaram, ela mesmo arregalou os olhos:
“não, Não, não,não,não,não,não...”
Ela pensou quando achou que havia matado o inimigo. A cabeça do homem
começou a se regenerar.
- Você quase me pegou. Mas felizmente para você esse poder me torna imortal
aparentemente! Eu sou invencivel e você Otaria-Force, não passa de uma ridicula,
criança que eu vou ter o prazer de... – Os efeitos da pilula passaram no meio da frase –
Matar..? ferrou.
Girl-force estalou os dedos e energizou o punhos e desferiu um soco na barriga
do jovem sem poderes e depois que ele se curvou para frente ela desferiu um poderoso
cruzado de direita enquanto desfazia a barreira dos pés do inimigo que caiu inconciente
para o lado.
- Agora vocês. – Ela disse enquanto avançava para cima dos que ainda estavam
de pé.
Depois de um tempo estavam todos no chão. Girl-force era a unica de pé em
meio aos jovens meliantes. Ela pegou um deles que estava mexendo e gemendo no
chão. Ela segurou ele pelo colarinho.
- Onde vocês conseguiram essas drogas? Quem ta vendendo isso para os jovens?
O rapaz não conseguia falar. Ela escutou os policiais chegando quando um
gritou ainda sem ver a cena.
- Larguem as armas e fiquem a onde estão!
Girl-Force correu e e se escondeu atras de uma das pilastras e depois tirou toda
as fantasia que estava usando, forçou um choro de desespero e saiu com as mãos para o
alto quando viu os 6 policiais chegarem.
Ela conversou com eles, explicou que não conseguiu fugir e se escondeu e que
algum mascarado apareceu e derrubou os garotos, depois disso ela encontrou Linda que
estava na porta do Shopping que havia sido evacuado.
Respirou aliviada que a amiga estava bem. Olhou para as proprias mãos ao
lembrar que ela tinha ajudado a salvar aquelas pessoas, ela tinha ajudado a salvar Linda.
Percebeu que talvez não odiasse tanto assim essa cidade.
EDIÇÃO 6
Último Suspiro
21
Quando Inoue abriu os olhos ela se viu no escuro, ela estava no inconsciente de
Zack. As poucas luzes ao redor eram ocasionadas por fragmentos de lembrança que se
passavam na mente do jovem.
Inoue, está tudo bem aí?
- Sim. – Inoue respondeu para a voz de Lindsay que projetava em sua mente.
Tem alguma coisa bem errada com esse rapaz, a mente dele está toda quebrada. Ela não
tem uma conexão fixa com o inconsciente é como se a mente dele ainda estivesse em
formação. A última vez que vi algo tão fragmentado assim foi quando eu... – Inoue se
calou.
Foi quando você?
- Esqueça. Eu preciso ir mais além.
Inoue continuo a caminhar, ela não sabe o que estava sustentando seu corpo,
desde que aprendeu ase projetar no inconsciente ela sabia que tudo que estava vendo era
a representação visou que sua própria mente fazia para que ela pudesse compreender
pelo menos um pouco o que estava acontecendo. Mesmo assim, ela não conseguia
entender porque tudo ali inclusive o caminha a qual ela estava traçando parecia tão
frágil.
As lembranças, os gosto e desejos da mente fragmentada do adolescente a
aterrorizavam. Ela via uma forte intenção e gosto por comidas industrializadas e nada
saudáveis.
Ela andando em direção a um fragmento de lembrança que flutuava isolado dos
demais fragmentos.
Ela sabia que para acessar uma informação bastava tocar nas lembranças, mas
algo a incomodava, todas as vezes que já esteve em um inconsciente a mente era
sempre conexa, as lembranças fluíam em uma linha, a qual ela podia manusear, mas ali
mas pareciam com cacos de vidros flutuantes e desconexo.
Ela tocou a lembrança e em seguida conseguiu visualizar.
O garoto estava em uma casa pobre e havia neve caindo do lado de fora, ela
conseguia sentir o medo e a angustia do rapaz enquanto olhava na janela e via militares
conversar com um homem que estava ajoelhado e com uma arma de um dos soldados
estavam apontadas em sua cabeça.
Todos estavam com roupas de frio e Inoue percebeu pela estrela avermelhada
que no uniforme que eles eram militares Russos. Ela sabia que podia ser apenas uma
fantasia do menino, mas, ela podia ouvir o tambor da arma apontada na cabeça do
homem rodar enquanto um estrondoso barulho de tiro.
A lembrança acaba e Inoue sentiu o coração acelerar. Ela havia esquecido,
quando ficava no inconsciente por muito tempo ela começava a ser assimilada pelo
mesmo, era um mecanismo de defesa da psique invadida e se ela demorasse ainda mais
lá dentro não poderia mais sair.
Ela sabia que tinha que apressar os passos, mas aquilo estava a intrigando,
aquela lembrança não parecia ter sido recente, não condizia com a idade do garoto.
Continuou a andar e encontrou mais uma lembrança desconexa. Dessa vez se
viu em um laboratório e se lembrou bastante do laboratório ao qual vivia quando mais
nova, haviam dois cientistas conversando, ela soube que eram cientistas pelos
uniformes que estavam usando.
Os cientistas falavam sobre um homem que havia se oferecido como cobaia para
experimentos militares, Inoue notou que a dessa vez a lembrança não era do garoto que
aparentava ter 15 anos e sim de um homem mais velho quando um dos cientistas
chamou pelo nome de Zector, Inoue foi puxada para fora de memória.
Pelo menos agora as coisas começavam a fazer o mínimo de sentido.
- Essas lembranças não são do garoto, parece que são memorias de Zector. – Ela
disse.
O pai dele?
- Eu acho que estou começando a entender o que está acontecendo
Acha que o pai transferiu a próprias lembranças para o filho?
- Possivelmente, como uma forma de backup.
Eu sabia que tinha algo estranho nesse rapaz. Aquilo que vimos no laboratório
era uma armadilha?
- Não sei, a mente dele manifestou o mesmo desespero e surpresa que todos nós
quando a bomba foi acionada.
Ela continuou a caminhar, mas à medida que ia adentrando mais para o centro
do inconsciente o número de fragmentos começou a aumentar e ela os tocava.
Um deles era apenas o desejo por batata frita, o que trouxe para ela o sentimento
de fome por batata frita.
Outra dos fragmentos eram mais condizentes com a realidade. Era o garoto
sentado em um apartamento que possuía tabuas nas janelas, provavelmente um antigo
prédio abandonado e ele estava com pilhas e pilhas de gibis de super-heróis, tantos
baseado nos heróis de Megacity e de outras partes do mundo, quanto heróis autorias de
editoras como a Marvel e a DC. Inoue sentiu o sentimento genuíno e fascinante de
admiração aos personagens.
Ela encostou em mais um fragmento depois desse e dessa vez era uma
lembrança. Ela viu um dos confrontos que teve com Zector.
Na ocasião o vilão havia construído uma máquina que o faria trocar de corpo
com um dos membros dos membros dos vigilantes e ele havia capturado Phantom com
alguma máquina que anulava seus poderes.
Inoue mal se lembrava dessa luta, e quando ela viu eles mesmo mais jovens
ainda início de carreira sentiu um leve desconforto e saudosismo, dessa vez ela mesma
saiu da lembrança.
Ela passou por outras e cada vez mais e mais os fragmentos eram relacionados
aos Vigilantes, ela sentia a fascinação pelo grupo era quase uma obsessão.
O centro dos inconscientes do garoto era focado só em 3 coisas, na ciência e
criações, nos vigilantes e em comidas industrializadas.
Inoue não encontrou nenhuma lembrança das infâncias do garoto, ela nenhuma
informação da mãe do mesmo, a lembrança mais antiga não era dele e a mais recente
que vinha dos anos atuais era ele lendo quadrinhos.
Ela não sabia como o garoto estava vivo, como ele conseguia manter um
raciocínio, como ele podia existir como individuo já que claramente sua psique era um
fiasco incompreensível de fragmentos estranhos de coisas que nem eram dele.
As lacunas nas lembranças eram preenchidas por fantasias. Fantasias as quais
Inoue tomou coragem para explorar. Em uma das fantasias o garoto era um dos
vigilantes.
Em outras ele estava matando os vigilantes. Em outra ele era o pai e em outra
ele era o próprio pai.
Inoue então passou a entender melhor como a mente dele estava funcionando. O
garoto basicamente era fantasia. O inconsciente do rapaz absorvia a realidade e fazia
um processo de ressignificação para que ele pudesse viver, era um mecanismo de
defesa. Era quase indistinguível o que era fantasia, do que era realidade.
De alguma forma, como uma defesa própria, Zack havia encontrado uma forma
de existir na loucura.
- Como vocês disse que haviam conhecido esse rapaz mesmo?
Ele apareceu em minha casa depois da luta e disse que o responsável para
aquilo era o próprio pai.
Inoue não respondeu ela ficou surpresa por ver que todos os fragmentos do que
antes ela achava que eram lembranças e mais a fantasia vinham de cum cubo flutuantes
que ficava no centro do campo do inconsciente.
Ela nunca tinha visto isso antes e ela caminhou em direção aquilo com um
fascínio quase hipnótico.
Quando ela se aproximou pode ver uma figura posicionada dentro do cubo, que
ali dentro ela pode ver que servia como uma prisão.
A pessoa era um velho que parecia ter uns 80 e poucos anos. Ele era careca,
tinha a pele escuras como as de Zack e estava usando uma roupa de cientista como ela
viu nas lembranças um pouco antes.
- Impossível. Não pode ser você. – Inoue disse.
Não pode ser quem? Inoue o que você descobriu aí?
Inoue não ouviu a voz da amiga ela estava olhando para o velho senhor dentro
do cubo que sorria para ela com um aspecto de superioridade.
- Olá “Geroi”. – O homem disse e depois sorriu.
- Doutor Zector.
- Parabéns. Você me encontrou.
22
19h44. MegaCity. NashBay.
Rodney estava pilotando enquanto era obrigado a ouvir a falação incessante de
Paul sobre sua vida em Hollywood. Enquanto que Rick havia apagado em uma das
cadeiras de trás, o cansaço de seu corpo havia finalmente chegado ao limite.
Enquanto a nave cortava o céu estrelado em direção ao bairro onde eles iriam
dar início às investigações que envolvia todo os seus amigos de equipe. Enquanto voava
Rodney dedicou uma parte de seu processamento cerebral para refletir sobre o
reencontro com cada um de seus amigos.
Apesar de cada um expressar uma reação adversa ele notou o padrão da
desaprovação no ar. Essa desaprovação vinda dos amigos o incomodava, é por isso que
sempre preferiu as maquinas. Elas não julgavam, elas não diziam que ele era um robô.
Mas uma coisa começou a passar em sua mente, uma linha tão tênue em seu
pensamento que era quase imperceptível e ele notou apenas na breve ausência de som
que teve por um corto momento na nave. Um pensamento correu rápido por sua mente:
Eu sou mesmo um robô?
Botou seu corpo em modo automático e começou a vasculhar em suas
lembranças para achar uma resposta sobre isso.
Antes de transferir sua consciência para um corpo modificado que ele
constantemente atualizava ele sempre se sentia desconfortável, mas seria essa a única
coisa que ele sentia? Ele buscou memorias e as coisas as quais encontrou começaram a
deixar as coisas claras em sua mente.
A busca por resposta o levou a um nome:
Madeline Clyde, vazia anos que ele não pensava nela. A conheceu enquanto
estava entrando no primeiro ano. Ela competiu com ele pelo primeiro lugar na feira de
ciência da escola, obviamente ele venceu, mas o projeto que ela apresentou era o tanto
quanto inusitado.
Ela havia criado um produto em spray fertilizante que avançava o
desenvolvimento de plantas, ela conseguia fazer com que uma semente se tornasse uma
pequena flor com em um pouco mais de 1 hora e enquanto ele havia desenvolvido o
primeiro projeto de laser portátil.
Obviamente ela achou uma injustiça o resultado, com um pouco mais de
incentivo o projeto dela poderia revolucionar o mundo enquanto o dele poderia ser
usado como uma arma no futuro. Uma bolsa de estudos estava em jogo naquela época o
maior colégio cientifico que existia em MegaCity, poucas vagas eram abertas e ele
sabia que já estava garantido. O colégio iria exigir dele dedicação em tempo integral e
naquela época ele já estava começando a sair (a contragosto) com um grupo de jovens
que se achava tão especial quanto ele, mas não foi só isso que fez
ele tomar a atitude que tomou, não, provavelmente o maior responsável foi o
olha de Madeline um misto de raiva, tristeza e decepção. Esse tipo de coisa costumava
o incomodar antes, a angustia das pessoas e o fazia tomar atitudes nada benéficas como
essa de ceder o seu lugar para que ela pudesse entrar na escola.
Ela havia ficado muito feliz, ele lembra que depois disso trocaram telefone e ela
sempre ligava, ela sempre o chamava para sair para tomar sorvete e outras coisas e
diferentes das atividades que realizava já no grupo formado dos vigilantes, sair com
Madeline não era algo que ele considerava perca de tempo, na verdade ele gostava e
achava as vezes até mesmo recompensador.
O intelecto e a percepção dela não se comparavam ao dele, mas mesmo assim
eram afiados, ela trazia pensamento simples a respostas complexa que ele costumava a
procurar em problemas com suas invenções. A medida a qual o tempo ia passando e ele
ia ficando mais velho sentia uma palpitação incomoda e um nervosismo quando iria
encontrar.
Quando Paul, uma vez a disse que eles eram namorados, ele lembra de ter
sentido uma forte queimação em sua bochecha por pensar que talvez eram, ele
reproduziu a lembrança da conversa que teve com Madeline sobre isso.
- Nós somos namorados? – Ele perguntou enquanto via ela tomar um milk-shake
de morango na sorveteria a qual sempre iam aos sábados.
Seus cabelos castanhos e encaracolados escorriam pelo seu ombro e ela usava
um aparelho e uns óculos que ajudavam com sua visão que não era muito boa, culpa de
sua herança genética familiar.
Ela sorriu para ele e depois puxou mais uma golada. A demora com a resposta o
fez ficar ainda mais nervoso.
- Por que está perguntando isso do nada? – Ela disse e ele notou quando ela
desviou o olhar.
- O Paul disse que éramos, eu só queria saber se ele está certo quanto a isso, eu
acho.
- Não sei, nós somos namorados Rody? – Ela disse inclinando o corpo para e
dessa vez manteve o olhar firme em direção a seu rosto.
- Acho que sim, se você quiser... – Ele disse enquanto coçava a cabeça.
Ela sorriu quando concordou. Eles não se beijaram naquele dia, aliás o primeiro
beijo ocorreu quase a duas semanas depois e muito porque ela que o deu, foi algo
esquisito, mas de uma forma estranha ele lembra de ter gostado.
As coisas pareciam está indo bem até que quando ele fez 16 anos as coisas
começaram a sair do controle. Sua mente doía, mas ele de repente começou a
compreender as a ciência de forma mais lógica, começou a estudar e ler teorias e as
gravar com precisão em sua mente e isso fez com que os seus poderes o fizesse ter
ideias de maquinas para se desenvolver.
E a medida que o tempo foi passando se encontrar com Madeline o que antes era
algo que gostava começou a se torna um estorvo e ele consegue lembrar o olhar de
decepção que ela dava quando ele dizia que ela não compreendia o seu raciocínio e que
nem deveria perde tempo falando sobre determinados assuntos.
Ele lembra de como ela chorou uma vez quando confessou que se sentia sozinha
e que ele não dava atenção que merecia. E como ele poderia fazer isso? Parecia que não
conseguia mais entender as pessoas, as emoções iam se tornando cada vez mais um
mistério a medida que a ciência ia se tornando cada vez mais clara? Seria o seu poder o
deixando mais inteligente a medida que o deixava mais ignorante nos assuntos
emocionais?
Ele não saberia dizer, mas sabia que tinha algo errado, ele se forçava a tentar ser
algo que as pessoas considerassem normal, mesmo odiando tudo que envolvia pessoas,
ele começava a cronometrar em sua mente o tempo quando se encontrava com
Madeline, o tempo que ele poderia estar trabalhando em suas coisas.
Não tem orgulho de admitir que sentiu quase um alivio quando ela confessou em
lagrimas que havia o traído ficando com uma outra pessoa, Troy alguma coisa, era um
desses jogadores de futebol americano da escola, um perdedor qualquer.
Nessa mesma conversa ela o xingou, ela esperava que ele ficasse nervoso, que
ele a xingasse ou dissesse que a odiava ou qualquer coisa assim. Ele por ouro lado não
via motivos em fazer nada disso, o que isso importava? A falha dela era esperada,
reações e ações contraditórias são esperando de humanos, eles não podem ser
configurados. Ele nunca disse que a amava também, então não havia necessidade de
dizer que a odiava ou coisa do tipo, até porque não seria verdade ele simplesmente não
se importava.
Foi quando ela jogou o copo de suco em seu rosto e se levantou dando as costas
que ele percebeu que nada daquilo importava, percebeu que se emoções podem
machucar um homem comum então um homem comum não ele não poderia ser.
Enquanto pilotava começou a percebe que foi aí que as coisas saíram do
controle, mas porque começou a pensar em Madeline agora? Ele pesquisou por ela em
sua mente.
Descobriu que ela havia ganhado prêmios no ramo da ciência, ela havia se
tornado alguém mais relevante do que ele imaginava, hoje morava em Nova York, o
Facebook dela também revelou que havia se separado de Troy com quem se casou, a
separação ocorreu a mais ou menos 4 anos.
Hipóteses surgiram em sua mente, Troy provavelmente era o americano
mediano que se encaixa na porcentagem padrão de ter filhos e uma vida que seus pais
levavam e todos sabem como e difícil conviver com pessoas com intelecto alto.
Madeline provavelmente nunca quis filhos e ela provavelmente também dedicava mais
tempo a sua carreira do que a Troy.
Assim como ele provavelmente Madeline era vista como aberração pelo seu
círculo de convívio.
Porque ainda procurava coisas sobre ela? Porque as lembranças da época de
quando começaram a namorar e de quando terminaram começou a vir em sua mente de
repente? Nada disso fazia o menor sentido Algo está errado. Porque isso está ?
- Hãã... Está tudo bem Rody? - Paul perguntou o retirando de seus pensamentos.
- Sim, eu me sinto normal. Por que a pergunta?
- Bem, é que não quero parecer intrometido nem nada, mas. Ele estava
completamente desconfortável. – Você está chorando.
Rodney olhou para o espelho e viu lagrimas escorre por seu rosto. Ele se sentiu
confuso, provavelmente isso era um mal contato, não sabia porque um liquido escorria
por sua bochecha. O seu corpo perfeito não foi programado para isso, seria uma falha?
- Eu estou bem, esqueça isso. – Ele disse limpando o rosto.
- E no que estava pensando?
- Eu só estava lembrando de Madeline. – Ele disse sem percebe e depois
praguejou em sua mente.
- Madeline? Ela não era a sua ex-namorada?
- Paul, esqueça isso. Acabamos de chegar, temos trabalho a fazer. – Ele disse
quando viu que se aproximava de seu destino.
Paul se calou e não disse nada, mas Rodney sabia que ele era intrometido
demais para deixar isso para lá, mas felizmente no momento eles não tinha tempo para
isso, era hora do Fenomenal Mind.
23
Ao reparar no prédio a qual tinham ido Rodney duvidou um pouco se alguém
seria capaz de viver naquele lugar precário.
Pichações de gangue e marcas de violência eram vistas pelo longo de todo o
bairro. Em um dos prédios uma pichação chamou sua atenção mais que as outras e
estava escrito:
CUIDADO! AS MOSCAS ESTÃO TE VIGIANDO!
No chão da rua Rodney conseguia ver mulheres com mini saias nas esquinas se
oferecendo a motoristas que passavam em alta velocidade. Via também marginais
vendendo papelotes com substancias ilegais em troca de dinheiro. O cheiro fétido do
lugar teria o deixado enojado se não fosse o fato de ser imune a esse tipo de reação em
seu corpo.
Desceram com a nave em cima do prédio o qual Bom e Pow moravam. Rodney
ativou o modo camuflagem deixando o olho da justiça indetectável a olhos nus. Rick
havia assumido a sua forma de galo e apesar dos olhos fundos de cansaço não estava
disposto a deixar os amigos irem sozinhos.
Resolveram descer pela lateral do prédio usando as escadas de incêndio e
Rodney ativou o seu sistema de camuflagem recém instalado em seu corpo tornando
imperceptível a descidas dos heróis até a janela do apartamento 502.
Ao percebeu o corpo tremulo de Paul enquanto o mesmo descia as escadas, ele
estava tentando se manter firme e se fazer de forte, mas Rodney sabia que se tivessem
que enfrentar algum tipo de problema o amigo seria mais um estorvo do que um auxilio
e isso era algo que o incomodava.
Quando chegaram a janela correta Rick tentou força-la a se abrir, mas Rodney o
conteve e usando o seu mini laser conseguiu romper a pequena trava de metal que
prendia a janela e os 3 conseguiram entrar.
- Certo, vocês dois. – Galoman disse olhando aos amigos. – Vamos fazer isso
rápido.
- Ok, sir capitão. – Paul disse olhando em volta da casa.
A casa em si era um pequeno apartamento com 3 cômodos, caixas de pizza,
narguilés, camisinhas usadas e resto de comidas chinesa estavam espalhadas por todo o
canto. A pia da cozinha estava tomada por um amontoado de vasilhas sujas, com mosca
e baratas por todo o canto.
- Eu já vi chiqueiros de porcos mais limpo que isso na sua fazendo Galo. – Paul
disse dando uns passos à frente.
Enquanto os outros vasculhavam pilhas de sujeira e não encontravam o que
estavam procurando, Rodney pensou em uma maneira mais pratica de tentar resolver o
problema. Seu de seus olhos se projetaram um faixo azulado que serviram para escanear
o cômodo em busca de resíduos identificados em sua rápida avaliação na droga. Ele
conseguiu identificar marcas orgânicas por todo os lados.
Paul estava com uma caixa de pizza velha na mão que dentro ainda tinha
pedaços de pizza já meio mofados.
- Quem pede pizza e não as come? – Ele disse indignado. – Serio, que nojo.
- Eu consegui identificar marcas orgânicas por todo esse cômodo. – Rodney
disse ao termina o escaneamento.
- E o que isso significa? – Perguntou Paul enquanto largava a caixa com a pizza
em um canto.
- Restos de comida, resíduos orgânicos, nada fora do comum.
- O que você quer dizer com “resíduos orgânicos?
Rodney não respondeu ele apenas inclinou a cabeça um pouco para o lado
indicando que era óbvia a resposta.
- Que nojo. – Paul disse se afastando de onde estava.
Galoman veio de um dos cômodos e foi em direção aos amigos.
- Você pode passar o escâner no quarto também, mas acho que não vai encontrar
nada. – Ele disse.
- Então viemos aqui atoa? – Paul perguntou relaxando os ombros.
- Não. Acho que tenha sido atoa. Definitivamente a alguma coisa aqui. –
Galoman disse olhando em volta. – Nós só precisamos encontrar.
Rodney capitou passos vindo do corredor, ele calou Paul antes que ele falace
algo.
- Alguém está vindo. Se aproximem para que eu possa ativar o sistema de
camuflagem. – Rodney disse enquanto ativava e ouvia as chaves entrando na fechadura
da porta.
Agora todos puderam ouvir e ver a maçaneta girar, nenhum deles se moveu pois
estavam todos invisíveis a olho nu.
Um homem negro, magro e baixo, usando roupas largas com e cordões que
pareciam ser feitos ou banhados a ouro, entrou no apartamento e colocou a mão no
nariz fazendo uma careta e olhando em volta.
- Mas que porcaria. – Ele disse indignado. – Aqueles babacas vivem em um
maldito lixão, que merda.
Galoman, ainda invisível fez um sinal para que Rodney o acompanhasse e
furtivamente se aproximaram do homem que começara a vasculhar a bagunça pela da
casa em busca de algo.
Estava tudo indo bem, mas Paul esbarrou em uma das garrafas vazia de cerveja
que estavam empilhadas em um dos cantos fazendo com que a pilha caísse e o barulho
chamasse a atenção do homem.
O homem tomou um susto e puxou uma arma de sua cintura e apontou em
direção as garrafas vazias, Paul congelou mesmo invisível, ele não conseguiu dar
nenhum um passo.
- Puta merda! Tem ratos aqui agora? – Ele disse balançando a arma procurando
o rato com o olhar.
Galoman aproveitou a oportunidade para sair da zona de camuflagem, com seu
braço direito levantou o braço a qual o homem estava segurando a arma e jogou o
esquerdo contra o pescoço do rapaz que tentou gritar, mas foi impulsionado contra a
parede antes que pudesse reagir. A arma dele caiu no chão em meio à confusão.
- Bú. – Galoman disse forçando o pescoço do homem que balbuciava sem ar.
Rodney desligou a camuflagem e observou as pupilas do homem detido pelo
herói se arregalarem de espanto ao ver 3 membros dos vigilantes que estavam o
rendendo.
- Eis o que vai acontecer rapazinho. – Galoman disse baixo e com um tom
ameaçador. – Quando eu soltar meu braço em volta de seu pescoço você vai nos dizer
exatamente o que queremos saber, caso se recuse a cooperar? Bem, vou deixar que sua
imaginação lhe de ideias do que 3 vigilantes podem fazer como um homem como você.
Se você me entendeu pisque duas vezes.
O homem piscou rapidamente e em seguida o herói tirou seu braço de seu
pescoço. O sujeito caiu de joelhos no chão passando uma das mãos em volta a seu
pescoço que doía bastante.
- Quem é você? – Galoman perguntou olhando de cima para o rapaz que estava
em sua frente ajoelhado.
- Pode me chamar de Dug, senhor galo.
- É Galoman.
- Certo, certo, senhor Galoman. Cacete você quase quebrou meu pescoço cara.
- Eu vou quebrar outras coisas de verdade se você tentar dar uma de machão
com a gente, Dug. Eu vou ser direto, Pow e Bum, hoje de manhã apareceram com
poderes, onde eles o conseguiram?
- Eu sei lá cara, vai ver eles já tinham essa merda.
- Reposta errada Dug.
Galoman disse enquanto levantou o homem pelo colarinho da blusa tirando
completamente os pés de Dug do chão.
- Vamos tentar uma segunda vez?
- Quer saber? Vai em frente herói! – Dug gritou. – Eu sei que vocês não vão me
torturar, cacete, você é o galo-bonzinho-man. Tortura não é com vocês bundões.
Galoman levantou um leve sorriso de canto de boca e arremessou Dug contra a
mesinha do centro da sala em meio a pilha de garrafas e sujeira. A mesinha se partiu
com o peso do homem e ele gemeu de dor.
- Vamos lá Dug, de uma de espertinho novamente, eu vou quebrar essa casa
inteiro usando esse seu corpo.
Dug cuspiu um pouco de saliva com sangue e girou para o lado sentindo a dor
nas costas.
- Vai se ferrar cara. Se eu não te contar nadapode ser que você me machuque,
mas se eu te contar com toda certeza eu vou morre!
- Eu realmente não estou com paciência para esses joguinhos garoto. Pessoas
estão morrendo por essa maldita droga, conta logo o que você sabe. – O herói disse indo
em direção ao capanga e parou quando sentiu a mão de Rodney em seu ombro.
- Espere galo, eu tenho uma ideia.
- É. Pega leve ca-cara. – Paul disse gaguejando. Rick olhou para o homem no
chão e respirou fundo.
- Certo. – Ele disse se virando a Rodney. – Vamos tentar do seu jeito.
Rodney se aproximou do homem caído e agachou na sua frente.
Dug ao olhar o ex-herói sorriu.
- Você é o Fenomenal mind não é? – Ele perguntou rindo. – De todos os
Vigilantes você é o mais bundão. Se o Galoman não fez nada comigo que chances você
teria?
Rodney ignorou o comentário ofensivo do bandido, ele já estava acostumado em
ser menosprezado por gente daquela laia, aliás, ele estava acostumado a ser
menosprezado pelas pessoas que o consideram amigo.
Uma tela holográfica foi projetada de seu olho esquerdo mostrando informações
pessoais de “Dug”, ou melhor, de:

• Latrel Dugbelly.
• 24 anos.
• Nascido em 4 de novembro.
• Preso por porte de arma ilegal e tráfico de drogas.
• Atualmente está em condicional.

- Que merda é essa cara? – Dug perguntou assustado.


- Isso? – Rodney perguntou. – Estou acessando sua ficha criminal e agora estou
entrando via wifi no sistema operacional. “DugSinistro” não é uma boa senha de
cadastro senhor Latrel.
Galoman percebeu Dug começar a soar de medo enquanto Rodney jogava
informações pessoais dele na tela.
Uma mensagem de um número não identificado chamou atenção dos heróis e
nela dizia:

“ Encontre-nos 20h00 no Brancy´s. Estamos com a parada. Não se atrase. ”

- Ao que ele se refere Dug? – Galoman perguntou.


- Eu não sei cara, deve ser engano.
- Latrel, eu nesse momento estou informando a polícia a sua localização e a
arma que você estava portando não era registrada, além de que isso é uma clara
violação da sua condicional. Você já viu o que eu posso fazer? Aumentar a sua pena
para 30 anos ou mais não seria impossível, é isso que você quer? Eu suponho que não,
então por favor, seja gentil e responda as perguntas.
- Merda. – Dug praguejou. – Beleza, eu conto. O chefe está distribuindo uma
droga nova que transforma as pessoas em Meta por algumas horas. Eu estou ajudando
ele a passar ela aqui.
- E seu chefe está mandando que os usuários cacem os Vigilantes como
pagamento? – Galoman perguntou.
- Cara eu sei lá, eu só faço as entregas está legal? Não sou de fazer perguntas, a
grana é boa, isso já me basta.
- Seu chefe é o cara da mensagem? Ele vai estar no bar?
- Provavelmente sim.
Galoman cruzou os braços e pareceu analisar as opções que ele tinha agora.
- Mind, consegue projetar esse holograma a que distância?
- Eu sei o que está pensando Galoman e não vai funcionar pois não posso alterar
a sua voz. A minha por outro lado... – Rodney disse enquanto gradativamente sua voz
se transformava na de Dug.
- Desde quando você virou o homem dos 10 mil poderes? – Paul perguntou.
- Tem certeza que quer fazer isso? – Rick perguntou. – As coisas podem sair do
controle e você nunca foi muito bom em atuar.
- Que opções nós temos? Eu só estou indo pela mais óbvia e menos violenta.
- Conto com você. – Rick disse por fim.
Dug soltou um pigarro e os 3 heróis olharam para ele.
- Eu cooperei. Vocês vão deixar eu ir agora né?
Galoman soltou uma risada honesta e se aproximou de Dug.
- Dug, esqueceu que somos os heróis aqui?
Ele atingiu Dug com um soco em seu queixo e o homem foi a nocaute. Galoman
pegou o celular do sujeito e entregou ao Rodney. Olhou em volta da sala e pegou um
pedaço de pano velho que estava no canto da sala com um cheiro horrível, arrastou o
homem desfalecido até a mesa da cozinha e amarrou as mãos de Dug na perna da mesa.
- Bem, a polícia está vindo para cá? – Ele perguntou a Rodney.
- Sim. Calculo que chegaram em 7 minutos.
- Beleza amigos, então? Quem está afim de ir a um bar? – Paul perguntou
sorrindo.
23/2
A cabeça de Dug latejava, o estrondo da porta o acordará e ele a visão turva da
criatura fez com que o bandido pensasse está vendo coisas.
- São vocês policiais? Se forem, ótimo eu quero abrir um processo contra o
Galoman, serio, o filho da mãe quebrou meu nariz.
A criatura se aproximou e Dug ouviu o zumbido vindo do homem, quase como
se fosse uma grande mosca voando.
- Policial, está me ouvindo? Eu estou sofrendo aqui, cara. Chame uma
ambulância.
- Não tem policial aqui, Dug. – A voz saia estática e misturada com um zumbido
leve.
A visão de do bandido começou a normalizar, berrou de susto ao ver a criatura
em sua frente. Olhos que cobriam a maior parte de seu rosto construídos com diversos e
minúsculos quadrados que refletiam Dug com um espelho, a onde deveria ser a boca era
na verdade um minúsculo aparato de metal que brilha azulado quando a criatura falava
algo, o corpo amarronzado e com detalhes de metal acinzentado, parecia que o corpo
esguio da criatura fosse uma fantasia de Halloween mais trabalhada, o antebraço direito
da criatura era uma espécie de bola acinzentada que saia uma lamina que cobria a sua
mão. Das costa um par de asas se projetava e entre as asas tinha um grande cilíndrico
semelhante a uma turbina que emitia o alto zumbido a qual Dug ouviu quando o
monstro chegou.
- Que droga é você? – Dug perguntou assustado.
- Você não sabia que essa sujeira atrai moscas Dug? – A critura perguntou e a
voz era quase incompreensível devido ao zumbido estático misturado a voz.
A criatura usou a lamina e soltou o braço de Dug, o bandido levantou
esfregando os pulsos.
- Cacete cara, eu não sei quem é você, mas obrigado por ter me salvado.
- Salvado? - a coisa inclinou a cabeça para o lado. – Eu sei que temos que fazer
isso. Pode deixar. Precisamos dele vivo eu sei.
Dug deu passos lento para trás assustado. Ele observava o homem inclinando a
cabeça enquanto falava sozinho. Ele estava se aproximando da janela quando a criatura
parou de falar e olhou em sua direção.
- Onde está indo Dug? Não acabamos de conversa ainda.
A coisa andou devagar em sua direção. O zumbido vindo do monstro estava
baixo e assustador. Dug sentiu a perna ficar bamba e não conseguiu se mexer.
- O que você quer? Quem é você? – Dug gritou. Ele ouviu a sirene dos policiais
na esquina da rua. Sua perna relaxou um pouco.
As antenas de metal que se projetavam por cima da testa da criatura se estendeu
por mais 2 centímetros. A criatura esticou o braço, a lamina se retraiu para dentro e uma
gosma esverdeada voou do buraco e acertou a boca de Dug que se desesperou sem
conseguir falar.
Ele murmurava sons incompreensíveis e raspava as duas mãos em cima da
gosma tentando a retirar de seu rosto.
- Shhh. Shhh Dug. – O monstro disse se aproximando.
Ele passou a costa da mão metálica no rosto do bandido, que sentiu o frio do
metal roçar seu rosto de maneira assustadora.
- Você havia perguntado quem sou eu. Eu sou a mosca que vocês escórias
atraem com suas ações, eu sou aquele que se alimenta de dejetos humanos como você
Dug. Não, não se desespere ainda. Eu sou acima de tudo, um herói, eu sou o Z-man.
Dug arregalou os olhos e começou a suar frio. Ele já tinha ouvido falar do
homem que estava agindo nos guetos e bairro mais afastados que os Meta’s poderosos
não costumavam ir, ele sempre achou que o homem mosca era uma lenda, até agora.
- Você sabe como é a sensação de voar Dug? Balance a cabeça para responder.
Dug balançou a cabeça fazendo um não.
- Eu imaginei. Eu vou te mostrar como é voar Dug, vou te ensinar a voar, a parti
de agora você será meu passarinho, você vai cantar para mim sempre que eu desejar.
Dug ouviu a sirene dos policias ficarem mais altas, mas isso não importava pois
ele sabia que já havia sido pego.
24
Rodney nunca gostou de bar, se existisse algo como o purgatório, para ele seria
semelhante a um bar. As bebidas, drogas, o cheiro de vômito e os odores que exalavam
do perfume barato e de suor eram incômodos.
Assumir a forma e a voz de Dug seria o disfarce perfeito se não fosse a sua
personalidade, as coisas deram errado muito rápido.
Primeiro, Rick levou a nave em modo furtivo enquanto que ele foi a pé até o bar
se comunicando através do comunicador implantado em sua têmpora. A rua estava
cercada de marginais que saiam de suas tocas a noite para cometer diversos atos ilegais,
ele passou por muito deles.
Os meliantes o encaravam e um tentou até se aproximar e cumprimentá-lo, mas
a reação dele foi no mínimo suspeita:
- Não tenho tempo para devaneios criminais, preciso ir ter uma conversa com
meu patrão.
A reação de Rick e Paul foi esperada, nem mesmo um mafioso italiano seria tão
robótico para dar uma resposta como Rodney era.
- Uau, bom trabalho C3PO, mas dá próxima vez tenta converte o idioma para
linguagem humana. – A voz de Paul soou em seu ouvido.
- Paul está certo. – Galoman complementou. – Dá próxima vez, deixa que eu
falo. Só repete as frases.
- Não. – Paul interviu. – Eu sou o ator aqui. Eu falo. Falar como um delinquente
vai ser mamão com açúcar para minhas habilidades de atuação.
- E para o seu ego pelo visto. – Rick comentou.
Rodney seguiu o quarteirão e após a longa cainhada chegou de frente ao
“Brancy´s”, o bar em questão era na verdade como um grande galpão que alguém
transformou em bar. Estava claro para eles que aquilo seria um ninho de bandidos. Os
olhos de Rodney serviam como uma câmera e tudo que ele via era transmitido em
tempo real para o monitor recentemente acoplado no painel de controle do Olho da
justiça que flutuava invisível e silencioso em cima do bar.
O cheiro desagradável que Rodney sentiu por toda a rua se acentuou naquele
local. As vidraças eram de um verde escuro e era praticamente impossível ver através
dela, as paredes eram de um marrom ultrapassado e toda a faixada precisava de uma
pintura, além disso as letras cafonas de neon que brilhavam roxa com o nome do bar,
estavam já gastas, pois, as letras “A” e a “Y” já não estavam nem piscando como as
demais, elas simplesmente estavam estragadas.
Com nojo Rodney botou a mão na porta sentindo a maçaneta grudenta e assim
que a porta abriu, ela esbarrou em uma pequena sineta que ficava em cima da porta, ela
fez um barulho que fez com que todos os sujeitos mau encarados e de aparência
amedrontadora o olhassem. Ele contou pelo menos umas 11.
Atrás dele a mola hidráulica fez com que a porta se fechasse. Rodney
obviamente não se sentia assustado, ele se sentia incomodado as pessoas perderam o
interesse por ele e voltaram a beber, jogar cartas e até planejar coisas ilegais.
Dentro do bar tudo parecia comum, havia um balcão onde o barman servia
garrafas e copo com bebidas baratas as quais eram vendidos os preços acessíveis para
os clientes. Atrás do barman se encontravam várias garrafas de bebidas e dois canos os
quais ele pegava cervejas em grandes canecos de vidro. O barman era um homem
pequeno e careca e tinha uma cicatriz antiga perto do lábio o que lhe dava uma
aparência vilanesca.
A frente do bar era pequena comparada aos fundos que ficavam atrás de uma
porta de ferro preta ao lado do balcão, Rodney não precisava ser um gênio para deduzir
que todo esse local era uma fachada para atos ilegais que aconteciam no fundo.
- Hey Dug, você está atrasado o... – O barman olhou para os lados para ver se
ninguém o observava. - você sabe quem está lhe esperando no fundo.
- Valeu cara, sabe como é essa vida que vivemos. – Rodney levantou os ombros.
– Imprevistos é uma merda, vou lá falar com o manda chuva agora. – Rodney repetiu as
exatas palavras que Paul lhe disse através do comunicador.
- Serio Paul? Agora está explicado o porquê de você nunca ter ganhando um
prêmio. – Galoman disse disfarçando a risada. – Você atua em um filme dos anos 80?
- Eu sou um ator, não roteirista. – Paul se defendeu.
O barman encarou Rodney por alguns segundos estreitando os olhos.
- O que foi isso Dug? Você por acaso está... – Ele deu um tapinha de leve na
narina. – Fazendo isso de novo e em serviço?
- Que isso meu bom? Já mais. – Rodney disse e forçou um sorriso horrível.
- É bom mesmo, sabe o que acontece quando você trabalha estando “zoado”.
Dessa vez Rodney se recusou a responder e apenas balançou a cabeça. O barman
o encarou por mais alguns segundos e depois com a chave que tirou de uma gaveta atrás
do balcão ele abriu a porta de ferro para que Rodney pudesse entrar.
O galpão era um lugar grande e largo com algumas caixas as quais Rodney
alterou sua visão para raio X e enxergou algumas pílulas as quais já sabia que se
tratavam. As caixas estavam no anto em um amontoado de pelo menos umas 27. O chão
era de um concreto liso e sem fissuras onde no meio do salão tinha uma mesa pequena
de madeira e na cabeceira da mesa se sentava um homem alto e com a pele acinzentada
e cabelos curto. Ele trajava um terno de linho preto e atrás de si tinham 5 homens, todos
de jaqueta e roupa com um ar de malandragem, Rodney conseguiu ver que os homens
portavam armas e um deles estava com um soco inglês com espinhos nas pontas.
O homem sentado no com o terno passava um ar mafioso e estava tragando um
charuto, assim que ele viu Rodney ele tirou o charuto da boca e soprou um anel de
fumaça e fez um gesto para que ele se aproximasse.
Rodney andou em direção ao chefe daquele grupo notou que em cima da mesa
no teto existia uma grande claraboia que a fazia com que a luz da lua deixasse toda o
cenário dramático e as diversas das lâmpadas posicionada em pontos estratégicos pelo
galpão fazia com que ele se iluminasse de forma igual, se não fosse é claro a situação
precária que fazia com que as lâmpadas piscassem de forma desforme.
O homem de aparência com a pele acinzentada e de lábios grossos apontou para
a cadeira a sua frente e Rodney se sentou em silencio. O homem sorriu e o herói
reparou no brilho dourado que vinha através dos seus caninos.
Após um longo silencio o homem baforou o charuto em seu rosto e disse:
- Então? Não tem nada para me dizer?
Rodney lutou contra o reflexo de levar a mão na narina e diminuir o cheiro do
charuto que invadia suas narinas e em sua mente Paul e Rick discutiam a melhor forma
de responder, Rodney era mais rápido que ambos e disse sem esperar que Paul o
instruísse.
- O apartamento deles estava uma bagunça e eu não consegui achar nada lá.
O homem avaliou a resposta por um momento e balançou a cabeça em um claro
sinal de resposta.
- De quem foi a ideia de vender para aqueles dois idiotas? Quem quis usar os
dois retardados do bairro como cobaias?
Um dos homens que estava atrás do homem cinzento respondeu:
- Em minha defesa chefe, quando o doutor pediu homens não sabia que o Bum e
o Pow iriam atrás de dois ao mesmo tempo.
O homem cinza olhou para o capanga e balançou a cabeça para o outro que
observava esperando o sinal, em questões de segundo o homem puxou um revolver e
disparou duas vezes no peito do colega que havia tentando argumentar a seu favor.
Rodney se manteve frio e sem dizer nada, Galoman quase não pode conter o
impulso de invadir a reunião e acabar logo com isso. O homem cinzento olhou
novamente para Rodney e sorriu.
- Viu o que acontece com quem falha comigo? Mas eu gosto de você Dug. Por
isso eu vou lhe dar outra chance. Volte no apartamento e encontre a maldita droga e o
dinheiro que aqueles idiotas roubaram mais cedo antes de serem presos e os traga até
mim e é bom que você não tente nenhuma gracinha pois eu estou de olho em você
garoto.
- Seria bom se eu tivesse um suporte. Eu vi alguns heróis circulando a área perto
do apartamento daqueles homens. – Rodney arriscou. – Quem sabe eu pudesse levar
uma das pílulas comigo.
- Não. – O homem disse. – Você sabe como ela pode danificar seu organismo e
não queremos isso com o pobre Dug. Seu vício em coca já é um problema para sua
família não vamos criar outro. Além disso o doutor foi bem claro quando fizemos
negócios, ele quer apenas os que podem ser substituíveis, a chance de você morre
consumindo aquilo são maiores do que as de desenvolver habilidades meta’s.
Rodney concordou e se levantou, mas não antes de acoplar um mine transmissor
em baixo da mesa, um pequeno aparato que saiu da ponta dos seus dedos.
- Entendo, as células novas produzidas inseridas artificialmente através do
organismo podem fazer com que o corpo rejeite e cause algum tipo de dano cerebral. O
corpo deve identificar esse novo microrganismo como um vírus que se espalha por ele
em questões de segundo modificando a estrutura do DNA... A menos que não seja um
microrganismo. A forma acelerada e a forma a qual os poderes somem depois de um
tempo podem ser provenientes de nanorobôs, isso explicaria o porquê do vício. Os
nanorobôs substituem as células orgânicas naturais e descarregam com o consumo, por
isso o teste, a pílula ainda não está completa. Ele precisa de um organismo que consiga
recarregar a bateria dos nanorobôs por ele mesmo. O que significa que os poderes são
gerados artificialmente, se eu puder desenvolver um sistema imunológico de nanorobôs
que combatam a manifestação desses que concedem os poderes, poderei criar uma
espécie de vacina que...
- MERDA RODNEY! – A Voz de Rick gritou em seu ouvido. – CORRE!
Em meio ao devaneio de sua mente Rodney não reparou que os homens estavam
com as armas apontadas para ele, seu raciocínio sempre foi sua maior arma e também
sua fraqueza, ele havia descoberto uma forma de impedir s pílulas e se entregado no
processo. Seria tarde para acionar sua defesa contra a arma ou para se esquivar,
momentos antes da primeira bala o atingir Rodney pensou em Madeline novamente.
Tie-in
Fantasy Knight
Esse é um conto de Arthur "Jack" Grimm, ou como foi batizado Arthur Jacob
Grimm, Ele um dia já empunhou excalibur. Ele um dia já foi um guerreiro que protegeu
a dimensão da fantasia conhecidas como Camelot. Ele um dia já foi um rei. E um dia já
foi o irmão gemêo de Morgana Mary Grimm. As lendas, as glorias, as aventuras e o
heroismo se foram. Hoje aos 38 anos, Arthur buscava essa mesma gloria no fundo das
garrafas de Rum barato que conseguia nos bares em NashBay.
Arthur vivia em Megacity, a cidade dos Metas. Era engraçado pois o mundo
parecia zombar dele. Ver todos os Metas fantasticos com poderes mirabolantes e ele um
simples homem comum.
Bem, nem comum ele poderia se considerar. Ele tinha sido despejado a alguns
meses e estava vivendo nos becos da cidade.
Ele não era um guerreiro aqui. Ele tentou lutar com um grupo de vagabundos
que estavam agarrando uma mulher e ele tomou tato soco nesse dia que podia jurar que
foi salvo por um homem usando uma armadura de mosca esquisitona.
Nesse dia ele acordou roxo, sangrando e com ressaca, mas essa nem é a pior
parte. A pior parte foi acorda e percebe que essa era sua vida. que isso não era um
pesadelo, a pior parte era percebe que não estava em Camelot.
- O reino da fantasia? - O Terapeuta do programa de psicologos gratuitos do
governo o perguntou enquanto o olhava como se ele fosse um louco.
Ele ia uma vez por semana para ser consultado com diversos psicologos e
psiquiatras diferente, Ele nem achava que precisava disso, mas os remedios, o teto
quente era sempre bem vindo.
O psicologo da vez era um jovem que nem sabe o quanto tem sorte de poder
exercer sua função sem se preocupar em ser devorado por um ogro ou ser atacado por
qualquer criatura das fadas que eles tanto veneravam.
- Me conte novamente sobre Camelot. me conte novamente sua historia. - O
psicologo pediu ajeitando os oculos e batendo a ponta da caneta em sua prancheta de
madeira.
Arthur se ajeitou no divã e respirou fundo.
- Tudo bem. - Sua voz saiu grossa.
Ele se sentia horrivel. Sua barba estava grande e embaraçada. Suas roupas e
touca estavam velhas e sujas. Seus olhos eram fundos de cansaço. O corpo magro e
fragilizado, em resumo era uma piada.
- Eu fui para Camelot junto a minha irmã quando tinhamos 10 anos. Isso foi em
algum momento do inicio dos anos 90, talvez fosse 92 ou 3 eu não sei.
- E como vocês chegaram nesse lugar? - O psicologo perguntou.
- Atraves do livro. a Ponte do arco iris nos levou lá. Permetiu que fossemos
capaz de cruzar o livro.
- Um livro de contos de fadas comum certo?
- Ele não era comum ele... - Arthur respirou fundo. - Olha, isso não é
importante. O que conteceu que eu e minha irmã fomos recebidos por um Druida
chamado Merlin. Ele ensinou feitiçaria para minha irmã e eu fui treinado pelos mais
altos guerreiros no uso de espadas. Me tornei um cavaleiro e fui capaz de empunhas
Excalibur.
- Excalibur?
- Sim! A espada magica. O unico artefato de ferir e destruir seres de magia.
Lutamos contra varias criaturas e descobrimos que a Bruxa má do Oeste estava por trás
de tudo. Ela era uma entidade muito poderosa. Mas conseguimos derrota-la. Ou quase
isso. Eu achei que tinhamos vencido, mas minha irmã foi dominada pela entidade. Eu
passei alguns anos naquele inferno buscando uma forma de salvar Morgana, mas eu não
podia. Ela estava completamente dominada e Merlim disse que eu deveria mata-la para
salvar Camelot. Era a vida de minha irmã ou a vida de milhões... - Arthur olhou para
frente e por um momento esqueceu de onde estava e ele pode ouvir a risada de Morgana
na batalha final que eles travaram no reino de Camelot.
O psicologo o deixou em seu silencio por alguns minutos.
- Me desculpe por isso. - Arthur disse envergonhado. - Eu não podia fazer essa
escolha. Eu não podia matar minha irmã. No fim, ela não podia me matar ou não
conseguia. Quando eu não pude fazer o que era certo a Excalibur me abandonou e eu
deixei de ser o seu portador e Morgana foi capaz de me expulsar de Camelot e
aparentemente fechar a barreira dos mundo.
- Me fale o que aconteceu com seus pais?
Arthur gelou. Era sempre dificil essa parte. Era sempre ruim.
- Meu pai e minha mãe ficaram aqui. Quando eu voltei minha mãe havia
falecido e meu pai estava preso. Eu, não sei como isso aconteceu.
- Ah senhor Arthur, o senhor claramente sabe.
- NÃO!
- Senhor Arthur, o senhor sabe o que houve.
- NÃO! - Ele se levantou irritado. - NÃO! CALA A BOCA!
- Seu pai matou sua mãe senhor Arthur e sua irmã também foi morta por ele.
Você escapou, mas o trauma foi grande demais. Você passou os ultimos 28 anos em
uma ala psiquiatra. Você sabe. Você estava melhorando. havia conseguido um
emprego, um trabalho mas nas ultimas semanas voltou a falar de Camelot e de toda essa
fantasia, um lugar magico que criou para fugir da realidade a qual se encontra.
Por um segundo Arthur viu o terapeuta como um conjunto de globins que
estavam empilhados em cima do outro usando um jaleco como crianças quando se
passam por adulos em filmes de comedia pastelões. Ele piscou novamente e o terapeuta
voltou ao normal.
- Aparatentemente seu caso não esta melhorando. Os remedios não parecem
estar fazendo efeito. talvez seja melhor o senhor voltar para clinica.
- NÃO! - Arthur disse e se esforçou depois a se acalmar e se sentou novamente.
- Desculpe por isso, não precisa. Eu só preciso de meus remedios. Eu vou ficar bem. Eu
compreendo a situação a qual me encontro.
- Não me parece ser o caso. - O psicologo pareceu avaliar Arthur por um
momento. - Bem senhor Athur. Eu quero que semana que vem quando o senhor voltar o
senhor me conte sobre seus pais. me conte sobre sua vida na terra sem a sua fantasia de
Camelot.
Arthur se levantou e estendeu a mão ao doutor.
Fria
Ele pensou enquanto apertava a mão do psicologo. Ele passou pelo psiquiatra,
pegou os remedios que precisava e depois foi em um bar. Comprou uma bebida e
depois disso foi para um dos becos. Sentou no beco e pensou por um momento.
E se o psicologo estiver certo, pois existem registro dele vivendo naquela
clinica, existem materia sobre o ocorrido dos Grimm, existe o memorial de sua mãe e
de sua irmã. Talvez ele so fosse um louco mesmo. Ainda assim, a mãos do psicicologo
era tão gelada, não pareciam ser natural. Ele lembra exatamente da voz Merlim o
chamando de "Tolo" sempre que ele começa a beber.
Ele se sentou ao lado de uma caçamba de lixo verde e botou 2 comprimidos para
dentro e bebeu sua garrafa de vodka.
A garrafa estava pela metade quando 2 homens entraram no beco. O mundo de
Arthur girava e por um segundo ele pode ver a voz de Merlim.
- Essa! Ai esta! A chave, vamos menino jack, pegue a chave. sem o Fantasy
Knight Camelot não tem chances. Volte para gente, - A voz era fraca.
Arthur se levantou o mundo girando, cabeça pesada e corpo balançando.
- Ei, com sua licença senhore.
Os homens os olharam. Eles pareciam se jovens, não mais que 20 anos. O pote
de tampa vermelha estava na mão de um deles, ele via girando o Z na lateral do frasco.
- Eu posso ver esse pote que esta com vocês.
- Sai fora vagabundo. - Um dos homens disse e o outro riu.
Arthur cambaleou ate um deles. Eles eram mais jovens, mais forte e estavam em
boa forma e a roupa não parecia ser velha. Eles não pareciam o tipo de pessoas que
teriam dificuldade de conseguir outro frasco desse. Talvez se ele pudesse falar mais
proximo eles descem o frasco com pena ou ate com nojo, ele so tinha que se aproximar
deles, so mais um pouco. Seu corpo foi para o chão. Um dos rapazes o empurrou.
Okay, se eles queriam briga, agora conseguiram. Ele se levantou novamente
com dificuldade e avançou, vagarosamente e cambaleando. Os remedios e a bebida
faziam efeito. Sera que isso tava mesmo acontecendo? Ele tentou dar um soco. Errou,
foi atingido por outro golpe, caiu.
Quando estava no chão sentiu pressão na barriga ele estava sendo chutado.
Surrado. Os remedios não deixavam que ele sentisse dor, estava anestesiado. mesmo
assim o vomito e sangue sairam.
- Credo - O homem que não estava o batendo proferiu. - Deixa esse cara para lá
Bill, é so um pobre coitado. Vamos usar essa pilulas em outro lugar.
Os homens sairam do beco o deixando sangrando no chão. Ele começou a ri
euqnato girava no proprio vomito e adormeceu.
- Tolo, Incapaz, fraco! - A Voz de Merlim o acordou.
Ele abriu os olhos devagar e pode ver um homem com barba longa e branca
usando um manto verde e um chapeu pontudo. Estava mais magro e com um olhar
fundo mas com toda certeza ele ainda era o mesmo Merlim, o olhar severo e a postura
altiva eram as mesma.
- Merlim... Como você...? - Arthur começou a dizer e percebeu que ainda estava
bebado.
- Você me enoja. - Merlim disse. - Camelot precisando de você e você ai sendo
menos do que nada. O que tem feito? O que tem feito para voltar a Camelot?
Arthur não respondeu. Ele esses anos tinha escutado as vozes de Merlim mas
nunca o tinha visto, nunca foi tão real.
- Não vai responder? bebeu sua lingua por acaso? - Merlim questionou.
- Você não existe. - Arthur disse. - nada disso é real, eu devo finalmente ter
enlouquecido.
Merlim o olhou e por um segundo Arthur pensou te visto os seu antigo mestre o
olhar com pena, mas logo a mesma arrogancia na voz voltou.
- Entendi, entendi. - Ele disse esfregando a longa Barba. - Então você tem sido
envenenado pelos homens de Morgana. Não acreditem em ninguém arthur. Confie em
mim e nos seus intintos. Eu vou te trazer de volta.
- Mesmo que você esteja certo. Eu não posso mais empunhar a Excalibur.
Esqueceu? Eu não sou mais digno de usar aquela espada.
- Tolo. - merlim disse. - Você não era digno quando chegou. Excalibur não pode
ser empunhada por um coração vacilante, não pode ser usada por homens que não tem
confiança e que não esão disposto a fazer o que é certo. Encontre essa confiança.
Econtre a forma de voltar a ser o Fantasy Knight.
Arthur se levantou. Vomitou e limpou o vomito com as costa da mão.
- E como eu vou fazer isso porra? E outra coisa. Você disse que fui envenenado
pelos homens da Morgana, mas como diabos os magicanos passaram pela membrana
dos mundos? E se eles passaram porque não me matam?
- A membrana está fraca. Morgana esta tentando usar a ligação de vocês. A
ligação sanguinea como elemento primario de sua magia. Não pense que ela não te
matou por ter apresso por você. Ela te mandou de volta pois, você, Não é naturalmente
magicano. Você pode atravessar a membrana. Mas, ligação como a de irmãos não
podem ser cortada. Entretanto isso é uma arma de duas pontas assim como ele pode
conseguir chegar ate você rompendo a membrana dos mundos para seu exercito
avançar, você também pode chegar nela.
Arthur sentiu algo que fazia tempo que não sentia,Arthur sentiu experança.
- Quer dizer que tudo isso real? Como você conseguiu vir para ca?
- Eu não estou aqui de verdade, apenas parte de mim, uma parte que eu tornei
mortal, humana, mas isso não vai durar. Eu sinto que nessa dimensão existe também um
mago. Encontre esse mago ele pode ajudar a você abrir a porta.
- Um mago? Que mago? Onde eu encontro e que porta é essa?
Merlim começou a sumir.
- Eu não vou conseguir me comunicar com você por um tempo. Mas lembresse
Arthur, não era Excalibur que fazia com que você fosse o heroi, nunca foi a espada
sempre foi você. Fantasy Knight, volte para seu reino.
Merlim sumiu. Athur levantou confuso. Ele não sabia se isso aconteceu ou não
aconteceu. Ele se levantou confuso e tomou mais um gole, estava confuso mas em meia
aquela confusão Arthur sorriu.
Ele não sabia se um dia ja foi um heroi se um dia já lutou em um reino mas em
meio a essas duvidas em pensamento ele tinha certeza de algo, estava na hora de voltar
a ser o Fantasy Knight.
EDIÇÃO 7
Renascer
25
Enquanto o corpo de Rodney ia de encontro ao chão e sua mente mostrava
diversos sinais de danos internos causado pelo impacto da bala em seus sistemas vitais,
Rodney não sentia dor.
Ele conseguia ouvir os amigos chamarem pelo seu nome e por um momento
Rodney voltou ao passado.
- Rody? Está tudo bem? – Madeline perguntou.
Rodney se viu sentado na mesma mesa a qual eles iam tomar Milkshake e lá
estava ela, ainda de aparelho e os mesma cabelos encaracolados longos e ela o olhava
com uma cara de preocupação.
- Eu fiz alguma coisa errada? – Ela perguntou constrangida.
Rodney olhou para janela ao seu lado e viu sua aparência mais jovem e humana.
Ele sorriu para ela e ajeitou os óculos.
- Foi o beijo, não é? Esse aparelho atrapalha e... Rodney segurou a mão dela.
- Não, foi perfeito. Tudo está perfeito agora.
A consciência dele foi tragada de seu devaneio pelo barulho alto da claraboia
estourando quando o herói Galoman desceu por ela usando o seu cacarejo sônico
fazendo com que os homens armados atrás do chefe fossem arremessados em direção a
parede.
Rodney não teve tempo de pensar sobre sua imaginação e nem mesmo se
pergunta porque estava lá ao invés de fazer com que os nanorobôs quais ele havia
inserido em si mesmo como um sistema de proteção restaurassem os tecidos e o danos
causado pelos tiros, ele sabia que precisaria de um reparo completo, mas que naquele
momento se ele apenas conseguisse estabilizar a sua situação antes que pudesse termina
de subir o backup de sua memorias e consciência para nuvem já seria o suficiente.
Enquanto ele fazia o backup ele observou Rick lutando com afinco para o salvar
e notou algo que já imaginava, o homem de pele acinzentada que comandava os
inimigos era um meta e um dos fortes pelo que podia perceber.
Assim que Galoman atingiu os capangas e pousou em cima da mesa, o homem
de pele cinza nem se moveu.
- Ah, Galoman. Então era os vigilantes que estavam tentando me enganar? – Ele
disse se levantando e ficando com quase 2 metros de altura. – Sabe de uma coisa
heróis? Eu odeio de verdade ser engando, mas devo agradecer porque eu sempre me
perguntei como seria lutar contra vocês.
Galoman estava sério, ele aproveitou que o vilão estava distraído falando e
desferiu um soco e pelo movimento de seu corpo foi um belo soco, quando sua mão
atingiu o rosto de seu adversário ele percebeu que o homem sequer moveu o rosto para
lado. Galoman sentiu alguns dos seus dedos se quebrar com o impacto.
- Aproposito se tiver se perguntando como deve me chamar, todos por aqui me
chamam de Mármore.
Mármore atingiu o peito de Galoman, que ainda estava em cima da mesa, com
um soco fazendo que o herói fosse arremessado de encontro a porta de metal e caísse
dentro do bar.
Sem perde a compostura, Mármore ajeitou seu terno e andou em direção ao
herói passando por cima do corpo de Rodney que sangrava um liquido azulado agora
com o holograma de Dug desativado.
Rodney não conseguiu virar o pescoço para ver a luta mas para ele isso pouco
importava no momento. Ele converteu 5% de sua energia para seu transmissor e falou
com Paul:
- Paul, preciso que você dessa aqui e pegue uma dessas caixas. Preciso disso
para que possa analisar uma forma de desativar a “droga”.
A reposta de Paul veio depois de alguns segundos.
- Não dá cara. Eu.... Eu Puta merda! Eu não consigo. É muito para mim. Me
perdoa, eu sou um inútil.
Rodney escutou o cacarejo de Galoman vindo atrás de si ainda na luta contra
Mármore.
- Paul. Se você não fizer isso, tudo que viemos fazer aqui terá sido em vão.
Paul não respondeu.
- Olha, imagino o que você esteja passando. Eu sei que você está sofrendo muita
pressão, mas, a morte daquelas pessoas e a morte do Phanton não foi culpa sua. Para eu
dizer isso você sabe que é porque falo sério. Precisamos de você Paul, precisamos do
Big Guy.
Paul ainda não respondeu. Por alguns segundos Rodney pensou que Paul iria
fugir, mas foi quando ele viu uma mão quase 5 metros descendo pelo teto e pegando
algumas das caixas e pode ouvir os gritos das pessoas do bar e os bandidos quando Paul
com 7,5 metros de altura, nu, destruía todo teto do armazém/Bar.
- Paul e galo prestem atenção. Esse corpo não vai durar muito tempo. Eu enviei
as coordenadas de onde está meu backup para o sistema do olho da justiça, preciso que
vocês encontrem meu corpo e façam o download.
- O que?
Paul perguntou, mas não teve resposta pois o corpo de Rodney no chão já tinha
perdido toda a vida.
Estando do alto Paul pode ter uma visão do que acontecia em baixo. Pessoas
correndo, alguns dos homens atirando contra ele, entretanto estando daquele tamanho as
balas mais pareciam picada de abelha, ele sabia que se voltasse a seu tamanho normal
com aquele ferimento poderia morre.
Ele viu Galoman desviando de socos desferido contra ele, usou suas asas para
pegar distancia ao mesmo tempo que cuspia dois ovos explosivos que foram
arremessados contra o vilão que apesar de ter tido o terno arruinado parecia não ter
sofrido nenhum dano severo. Ele correu contra o herói e deu uma ombrada em sua
barriga fazendo com que galo batesse de costa contra um poste elétrico o derrubando o
poste e os fios causando um apagão em todo o quarteirão.
Big Guy desseu sua mão no chão como um rodo fazendo com que os homens
que estavam atirando nele fossem arremessados para trás com o impacto e depois ele
desceu a sua mão em cima do Mármore e foi surpreendido quando o vilão, que
percebeu sua intenção de o afundar no chão, se posicionou e segurou a mão de Big Guy.
Galoman aproveitou a oportunidade e pegou um dos fios de alta tenção que
havia se partido quando o poste caiu e correu em direção ao Mármore que estava de
costa e não percebeu a aproximação do herói.
Quando Mármore notou era tarde demais, Galoman fincou o fio em sua nuca
fazendo com que o vilão sofresse uma grande descarga elétrica. Big Guy levantou sua
mão no processo para não ser atingido e absorve o dano e tanto Galoman quanto
mármore foram tomados por uma grande onda de eletricidade que teria fritados ambos
se não fossem sua resistência, entretanto ambos foram ao chão.
Antes que Big Guy pudesse continuar o ataque um barulho de um zumbido alto
chamou sua atenção. Ele olhou em direção ao zumbido e viu a mesma figura a qual Dug
encontrou no prédio, um homem magro alto usando um traje de metal cafona que o
fazia parecer um personagem saindo de alguma produção Tokusatsu.
A criatura que voava através e uma turbina posicionada em sua costa lançou
contra Mármore uma espécie de gosma que amarronzada que saiu de seu braço fazendo
com que vilão fosse fixado ao chão e não conseguisse se mover.
Galoman que se levantava com a mão na cabeça ainda zonzo e sentindo dores
pelo combate olhou o vilão gemendo enquanto tentava se levantar e observou com
cuidado o homem que acabará de os ajudar na luta.
- Valeu Jaspion. – Big Guy disse enquanto tentava cobrir seus órgãos com sua
manzorra já que as balas que estavam em seu corpo o impedia de voltar para sua altura
normal.
O homem não respondeu ele se aproximou do Mármore e perguntou com uma
voz estática.
- Onde está? Desgraçado. Fale ou eu acabo com você.
A criatura aproximou o ferrão de seu braço direito próximo ao rosto de Mármore
e uma gota de ácido foi ao chão. Galoman ao notar isso botou a mão no ombro do
homem e puxou.
- Não tão rápido. Suponho que você seja o homem mosca que tem amedrontado
esse bairro nos últimos meses.
O homem puxou o ombro do Galoman com força e rispidez.
- Amedrontado? HÁ! Não me faça ri. – Ele disse com escarnio através dos
ruídos estáticos. – Meu nome é Z-man e assim como você eu também sou um herói.
26
21h23. Megacity. Docas.
Rick estava encontrando dificuldades de conseguir dar um voto de confiança em
Z-man. Após os eventos no bairro e com a chegada das autoridades, dos bombeiros e
dos paramédicos, Paul foi tratado e usou o olho da Justiça para ir até o laboratório onde
as coordenadas levavam.
Ele não lembra de ter escutado o pedido de Rodney antes de seu corpo
“desligar”, mas sabia que aquele não era o momento de atender e sim de aceitar o
pedido estranho do amigo e seguir com a sua busca.
Acontece que o trajeto teria que sofrer um pequeno desvio, quando ele soube
sobre os jovens desaparecidos no bairro, jovens quais Z-man tentou interrogar Mármore
para descobrir onde estavam, ele não pode de deixar de se sentir culpado. Não
conseguia imaginar como um caso tão grande quanto esse envolvendo Meta´s pode
passar despercebido de seu radar.
Apesar do interrogatório, Z-man não conseguiu arrancar nada do Mármore e
Galoman não o permitiu que o suposto herói usasse de meios mais extremos para
conseguir respostas.
Entretanto um dos homens do Mármore, homem o qual Z-man não quis revelar
a identidade, lhe passou a informação de que Mármore tinha homens trabalhando nas
docas próxima a Nashbay e que ouviu dizer que os bandidos faziam transportes de
alguma coisa o qual ele não sabia o que era.
Independente se isso tinha ou não haver com o caso Galoman se viu obrigado a
intervir no quer que estivesse havendo por lá e também queria saber como Z-man agia
em ação e se as atitudes deles fossem mais do que simplesmente intimidar os inimigos
ele também seria obrigado a neutralizar a ameaça.
Porém, Rick sabia que os últimos 2 dias não estava sendo dos melhores, ele não
tinha conseguido descansar, estava ferido, seus reflexos estavam lentos e não conseguia
raciocinar direito, a luta contra o mármore havia lidado uma injeção de adrenalina, mas
também havia o concedido diversos danos e se não fosse a ajuda de Z-man e Big Guy
ele não podia afirma que sairia vencedor do embate.
Rick e Z-man iam por cima dos prédios e pelas casas em direção as docas, os
zumbidos vindos do traje de Z-man quase não incomodavam mais a audição apurada de
Galoman.
- A quanto tempo isso vem acontecendo? – Galoman perguntou enquanto
saltava de um prédio ao outro pegando impulso com suas asas.
Z-Man ia voando ao seu lado.
- A 1 ano e alguns meses. – Ele disse controlando a velocidade de suas turbinas
para não ultrapassar Galoman. – Foi mais ou menos na época a qual eu desenvolvi o
traje e comecei a vigia.
- Você já conseguiu rastrear um desses armazem com as drogas?
- Sim, os rastros me levaram até o Mármore. Ele tomou o controle da periferia
desse e de mais 3 outros bairros suburbanos. Parece que antes de se torna o manda
chuva, ele era apenas um capanga que fazia o que tinha de ser feito. – Z-man disse
enquanto desviava de um reservatório de agua em cima de um dos apartamentos.
- Droga, como eu não sabia nada disso? Isso nunca saiu nos jornais? Como
ninguém nunca disse sobre nada a respeito? – A raiva na voz de Rick era perceptível.
- Não me surpreende você não saber, se algo não está relacionado ao centro da
cidade ou a alguém destruindo o mundo com alguma crise infinita ou uma guerra
secreta dificilmente um herói de primeiro escalão como você dá suas caras para
problemas mais mundanos.
- O que? Isso não é verdade. – Galoman disse.
- Me poupe de seus argumentos herói, o tempo de eu esperar alguma ajuda de
verdade vindo de um de vocês já passou. Esses bairros estão sobe a minha jurisdição
agora. – Z-man disse. – E eu não posso me dar ao luxo de cometer erros.
Galoman não estava afim de discutir com um herói novato que ainda estava
tentando se provar. Ele já esteve em seu lugar e sabia como as coisas poriam ser difíceis
para um jovem que apenas quer usar as suas habilidades e fazer o que acha correto.
Rick passou a olhar o jovem com mais compreensão, ele sabia que o rapaz que
estava por debaixo da máscara deveria ter uns 22 a 24 anos e isso o fez lembrar de seu
antigo parceiro que morreu 6 anos atrás.
O ano era 2014 o grupo dos vigilantes haviam se separada a quase 4 anos e
todos haviam seguidos em caminhos longe do mundo dos heróis menos Rick. Galoman
se viu incapaz de deixar o manto para trás e se viu incapaz de ir com Lindsay para uma
nova cidade e criar os filhos, ele sabia que era o certo, mas ele estava com medo.
Rick tinha medo de que as coisas não fossem ficar bem, tinha medo de não saber
como cuidar dos filhos, tinha medo principalmente de que o ultimo legado que os
Vigilantes deixariam para o mundo fosse a tragédia de 4 anos atrás.
Ele tentava compensar todos os dias para que as pessoas fossem capazes de
perdoa os vigilantes pelas mortes ocasionadas naquele dia e que quando ele finalmente
se fosse que todos pudessem se inspirar em sua vida e serem melhores, Rick não queria
ser o melhor herói, ele na verdade queria ser o símbolo, um símbolo para que todos
soubessem que mesmo das piores tragédias ainda surgiria alguém que se demonstraria
um símbolo de esperança.
Ele lutou com diversas ameaças sozinho e as vezes tinha ajuda de alguns novos
heróis, mas nunca quis aceitar fazer parte de uma nova equipe ou de ter novos parceiros
até que ele um dia conheceu David Jimenez vulgo Dragon.
Foi em uma de suas rondas, ele viu o jovem rapaz sendo perseguido por um
grupo de jovens que o agredia pelo simples fato de que a família de Jimenez veio
fugidos do México para EUA e pararam em Megacity buscando refúgio.
Acontece que David Sánchez manifestou suas habilidades Meta’s muito cedo.
Para proteger seu pai de uma estorçam de um cartel Mexicano, David Sánchez havia
queimado os homens com labaredas que saíram de sua boca em um momento de
desespero.
O mesmo teria acontecido com os jovens agressores que desavisados dos
poderes de David estavam o deixando na mesma posição de desespero quando o
cercaram em um dos becos da cidade.
Galoman salvou o jovem e o levou para casa, os pais de David agradeceram o
herói e contaram sua história, Rick entendendo a situação prometeu cuidar e ensinar o
jovem a utilizar os seus poderes para que ele não pudesse botar a si mesmo e outros em
perigo.
Com o passar dos meses David assumiu o papel de ajudante do herói utilizando
o título de Dragon, Galoman o levava em rondas e em combates mais simples. Tudo ia
bem até eles enfrentaram um Meta chamado Evoluidor, que tinha a capacidade de
acelerar as partículas de tudo que tocava.
Na luta ele havia pego em Dragon, mas nada parecia ter acontecido. Galoman
ficou com uma pulga atrás da orelha ao derrotar o vilão ele quase ligou para os
laboratórios onde Rodney estava trabalhando e pedir ajuda ao ex-companheiro, mas o
seu orgulho falou mais alto e David insistia em dizer que estava bem e que nada havia
acontecido.
Na madrugada daquela noite Beckman interceptou uma ligação pedindo ajuda a
bombeiros e a polícia, pois a casa onde Dragon vivia estava em chamas.
Sentindo um frio congelante na barriga e o estomago embrulhado Galoman voou
com o olho da justiça para lá o mais rápido que pode e encontrou Dragon descontrolado
com os poderes arrasando o quarteirão.
Sua boca estava costurada e ainda sangrando, pessoas corriam desesperadas
enquanto que fogo era manifestado por todo o corpo de David, que até então só podia
usar o seu poder através da boca.
Galoman tentou fazer com que David se acalmasse, foi então que ele viu o
cadáver dos pais dele tostados até os ossos, uma visão pavorosa que havia feito com que
a mente de Dragon tivesse entrado em colapso.
Sem a ajuda de seus amigos Vigilantes a luta durou mais do que deveria.
Galoman combateu, na busca de tentar impedir e parar seu acolhido, incessantemente
até que a batalha os levou até a ponte Blood Blacker.
A ponte era tão larga e extensa quanto a ponte Brooklyn Bridge situada em
Nova York.
Por mais que Galoman atacasse com tudo que tinha ele não conseguia parar
Dragon, que atacava descontroladamente todos os lados, inocentes que corriam para se
salvar eram atingidos pelo fogo cruzados e um deles acabou morrendo quando uma bola
de fogo o atingiu no peito.
Sem conseguir parar e com os olhos lacrimejando Dragon se jogou da ponte e
mesmo com uma equipe de busca o seu corpo nunca foi encontrado.
O noticiário local que acompanhava tudo de longe nome ou o evento como a
maior tragédia desde a luta contra Gravitor. Galoman assumiu a responsabilidade da
culpa e por mais que a opinião pública o visse como mais uma vítima, Rick se afundou
ainda mais em sua depressão.
Ele mal saia da forma de Galo, dedicou sua vida apenas a salvar vidas, nunca
mais teve um ajudante, nunca mais quis trabalhar com ninguém, nunca mais pediu
ajuda por mais que a situação fosse difícil. Rick havia morrido naquela ponte e ele sabia
que a única parte dele que ainda existia era o Galoman.
Rick se lembrou disso quando acompanhava um novo jovem herói em buscas de
crianças desaparecidas e ele prometeu naquele momento que nunca mais irá permitir
que seu orgulho o impedisse de fazer aquilo que era certo, se ele não era perfeito estava
na hora de passar a ser.
27
Os heróis chegaram ao prédio mais alto onde podiam observa a movimentação
das Docas. Já havia passado a hora dos trabalhadores locais estarem em casa e tirando
os seguranças e uns poucos que fariam um trabalho no turno da noite o local deveria
estar vazio.
Galoman apertava os olhos e observava os dois seguranças armados com
uniformes de alguma empresa privada vigiando a entrada do local enquanto dentro
homens com uniformes laranja levavam caixas e caixas dos containers aos navios
cargueiro cinza e antigo que estava atracado.
Um homem estava em pé na frente da prancha de madeira que se conectava ao
navio, ele segurava uma prancheta de madeira e assinava o que deveria ser a
documentação e inventário dos produtos.
- Aqueles homens que estão fazendo a segurança e o trabalho são os homens do
Mármore? – Galoman perguntou ainda prestando a atenção na movimentação do píer.
- Sim. Uma das muitas empresas de faixada que aquele degenerado usa para
encobrir suas atividades.
- Bem, ele não vai precisar de nada disso por um longo tempo agora que ele está
preso.
Z-Man olhou para o herói e inclinou a cabeça levemente para o lado.
- Você acha mesmo que ele vai passar se quer 2 meses na cadeia? – Ele
perguntou indignado.
- Bom, se tem uma coisa que devemos confiar é em nosso sistema carcerário,
uma meta forte como ele comandando um sistema de tráficos e sequestro ele terá uma
longa jornada até o D.E.M. (Detenção Especial para Meta’s).
- Sei que acredita que essa prisão pode segurar o Mármore, até porque ela está
prendendo o seu amigo Gravitor até hoje. – Z-Man disse alfinetando o herói. – Eu até
estaria disposto a acreditar nisso se ele ao menos chegasse a ir para lá. O Mármore tem
todo um distrito policial em suas mãos, ele governa a cidade não podemos depender do
sistema para lidar com ele.
- E o que você sugere? Matar o homem? Você e eu somos os heróis aqui, espero
que não se esqueça disso quando descermos lá embaixo.
- Ele não entende, ele nunca vai entender. Eu sei, ele é ingênuo e isso é uma
fraqueza. – Z-Man sussurrou.
Rick olhou para ele com desconfiança, mas não disse nada, decidiu observa mais
antes de confirma as suas suspeitas.
- Nosso assunto ainda não acabou. – Galoman disse e depois voltou a sua
atenção aos homens. - Certo, eu vou descer até lá e farei a varredura do local mais
meticulosamente, farei um sinal quando poder se aproximar. Vamos fazer isso em
silencio. Não queremos chamar a atenção.
- Não, eu não sou o seu estagiário e não sou eu que estou te acompanhado aqui,
é você que está me acompanhando.
Z-Man levantou vou e foi em direção a Doca.
- Merda.
Galoman pulou atrás dele planando com as asas. Z-Man ativou o canhão de
gosma de seu braço e sem cerimônia atingiu os dois homens que estavam em guarda
que não tiveram tempo de reação. A gosma os colou contra o portão do Píer e antes que
pudessem gritar por ajuda e alerta os demais que estavam ainda trabalhando.
Z-Man posou na frente deles e Galo caiu ao seu lado.
- O que está fazendo? – Galoman perguntou olhando para os homens que
estavam impossibilitados de falar devido à onde a gosma havia os acertados, ente a
boca e o peito.
- Eles não vão escapar. Eu sei! Eu sei! Dessa vez eu vou pegar todos os
desgraçados! – Z-man disse levantando voou.
Rick não disse nada apenas usou suas asas pegando impulso e passando por
cima do portão. Z-Man disparou em alta velocidade na direção dos homens que quando
o perceberam largaram as caixas e tentaram corre.
- Oh merda... – Galoman disse enquanto corria em direção ao Z-man.
Rick viu de longe quando o Z-man pousou no meio dos homens e de começou a
distribuir golpes, de seu punho saiu uma mine metralhadora do que parei ser ferrão. Ele
disparou uma rajada de ácido em cima de uma corrente que sustentava uma plataforma
com várias caixas que caíram em cima de um dos homens que tentou escapar da onda
de fúria do herói.
Em meios aos ataques desferido algo chamou atenção de Galoman, os homens
não estavam reagindo. Eles corriam, gritavam e um deles chegou até a implorar para
que o Z-Man não o atacasse.
Em todos os 20 anos que Rick foi o Galoman ele percebeu uma coisa, isso
nunca aconteceu antes. Nenhum dos homens correu em direção a alguma arma e tentou
revidar pois, nenhum deles ali tinham armas.
- Z-Man, acho que esses homens são inocentes. – Galoman disse segurando o
ombro do herói.
Z-Man se soltou e olhou para Galoman com raiva.
- Não me toque! Inocentes? Eles são escoria, todos eles são merdas. Eles me
atraem pelo cheiro. São homens do Mármore. Não deixe que esses monstros te
enganem.
- Não... – Um dos homens gemeu no chão. – Não sabemos quem é esse.... Nós
só estamos trabalhando...
Z-Man pegou o homem pelo macacão e botou a lamina que projetava de seu
braço e seu pescoço.
- Acha que sou idiota? Vai se fazer de cachorro inocente para mim?
Se vai se fazer de cachorrinho é melhor latir de acordo com a música.
O homem estava tremendo de medo e Galoman se sentiu farto de toda aquela
agressividade.
- Chega garoto. Largue o homem, soltes os outros. Vamos chamar os primeiros
socorros e explicar o que aconteceu por aqui para a polícia.
- Não! Não! – Z-man gritou. – Ele vai me dizer onde ela está! Ele vai me contar
onde estão todas elas!
- Eu mandei você o soltar. – Galo disse sério
- E eu disse não.
Os dois heróis se olharam por um momento. Galoman foi com a mão na direção
do braço o qual Z-man estava segurando homem. Antes que pudesse encostar Z-Man
largou o homem e alçou voou em uma altura de 5 metros.
- Eu vou encontrar as drogras Galo, e você e nem ninguém vai me impedir. Farei
como eles disseram que eu devo fazer, vou ser um herói.
- Você tem se comunicado com alguém esse tempo todo? – Galoman estreitou
os olhos. – Bom, saiba de duas coisas: a primeira, você está obcecado e a segunda é
Galoman!
Galoman viu Z-Man preparar os disparos de gosma e se preparou, encheu o
peito com o ar e assim que o primeiro disparo veio em sua direção ele se esquivou com
um rolamento para o lado e soltou o um poderoso cacarejo. O abalo da onda e o som
alto fritaram a tecnologia do propulsor que fazia com que Z-Man pudesse voar fazendo
com que o homem perdesse o controle e voasse descontroladamente em zig zag até
acerta uma das caixas.
Assim que Z-Man caiu alguns metros de distância Rick avançou em sua direção.
Z-Man não tinha sofrido nenhum dano com a queda, ele se levantou e viu Galoman
vindo em sua direção. Ele levantou o braço direito e disparou uma rajada de espinhos
em direção ao herói.
Galoman não se deu nem ao trabalho de esquivar. Ele cruzou o braço e
continuou avançando. Ele sentiu as laminas adentrarem em seu braço e apesar da dor
ele continuou avançando.
Z-Man viu o Galo humanoide musculoso se aproximando e suas pernas
automaticamente tremeram e deram um passo para trás. O primeiro soco atingiu a
lateral de seu capacete e um conjunto das lentes hexagonais que formam os seus olhos
racharam com o impacto do punho.
O segundo soco desceu rompendo um dos visores e o deixando tonto. Z-Man
sentiu o punho do herói atingindo como uma marreta antes que pudesse dar o terceiro
soco, Z-man botou a boca do canhão no peito e girou o corpo fazendo com que
Galoman ficasse de costa contra a parede a qual Z-man estava sendo pressionado.
Tendo a posição de vantagem, Z-man disparou prendendo o herói nela. Galoman
teve o corpo e o braço direto preso. Ele conseguia mover apenas o pescoço e o braço
esquerdo. A gosma o apertava impedindo que ele conseguisse disparar um de seus
cacarejos.
Z-Man botou as mãos no joelho e curvou o corpo respirando ofegante. Ele olhou
para o herói preso.
- Me desculpe, mas eu não vou deixar que você me impeça de fazer o que é
necessário. Eu pensava que você, acima de todos entenderia meu lado. Pensei que você,
dos vigilantes que abandonaram os seus deveres, era o único que entendia o que ser
forte para fazer o que é preciso.
- Você tem razão... – Galoman disse com dificuldade. – Eu sempre vou fazer o
que é preciso.
Galoman cuspiu um dos ovos e o segurou com seu braço livre. Ele bateu contra
a gosma fazendo uma explosão que o arremessou para trás da parede e jogou Z-man
para trás. O calor causando pela explosão fez com que a gosma derretesse.
Galoman levantou com a mão na cabeça, seu corpo estava chamuscado e
dolorido, sua mão esquerda que ainda não tinha se curado totalmente da luta contra o
Mármore estava dormente e ele não conseguia sentir os dedos, ele viu gota de sangue e
percebeu uma ferida que estava escorrendo de suas costas, a explosão o arremessou
contra um conjunto de vigas de aço.
Ele olhou envolta do galpão o qual estava e percebeu que tudo ali era
equipamento de construção e o conteúdo das caixas que se romperam eram apenas
peças mecânicas que estavam sendo transportada de algum lugar. Eram coisas normais.
A cede por justiça de Z-Man fez com que ele ficasse cego e atacasse
trabalhadores honesto sem averiguar a situação antes. Ele olhou para o Z- man, que
também estava com a roupa quebrada em alguns pontos e feridos, se levantando com
dificuldades. Ele sabia que o homem não iria parar e ele teria que fazer o que era certo.
Galoman disparou contra o herói. Ele preparou um ovo explosivo enquanto
corria. Z-Man agora mais consciente disparou com seu canhão novamente, ele percebeu
que era seu último tiro e decidiu o fazer vale.
Ele esperou o momento certo e disparou, mas apesar de sua inteligência e
estratégia, Galoman era mais experiente. Antes da gosma o acerta ele arremessou o ovo
explodindo a projetil e obstruindo a visão de Z-Man com a explosão.
Z-Man preparou o ferrão do braço e observou. Galoman pulou da fumaça em
cima dele. Ele fincou o ferrão em seu ombro, entretanto o humanoide não parou.
Galoman desferiu um gancho que derrubou Z-man fazendo com que a asa do herói se
quebrasse quando caiu.
Galoman não parou, ele se ajoelhou no peito do herói e mesmo com a mão
quebrada desferiu vários socos até romper por completo parte do capacete de Z-man.
Quando o capacete se quebrou e revelou partes do rosto do homem que usava a
armadura precária e improvisada, Rick se levantou assustado e ofegante.
O homem era um jovem ruivo, com os olhos vermelhos, seu nariz estava
sangrando e seus olhos estavam vermelhos, mas o que assustou Rick não tinha sido o
rosto do homem que o olhava com os olhos vidrados e sem piscar, o que fez Rick se
levantar assustado foi que ele enxergou ele mesmo no rosto daquele homem, pela
primeira vez em 10 anos Rick McCoy se enxergou.
28
Rick McCoy estava sentando no banco de trás da ambulância enquanto Z-Man
estava deitado e amarrado na maca ao seu lado, ele estava desarmado, mas Galoman
deixou com a metade de seu capacete para que ele pudesse manter sua identidade em
segredo.
- Eu estou tentando. Eles me prenderam forte demais. Eu preciso me soltar.
Galoman olhava para o homem com pesar.
- A quanto tempo você está sem sua medicação? – Galoman perguntou.
- Minha o que? – Z-man perguntou desentendido.
- As vozes as quais você conversa, elas começaram depois que seus remédios
acabaram?
Z-Man olhou para ele com os olhos esbugalhados e vermelhos.
- Como você...?
- Você está sem comunicador e eu conheço um doente quando vejo um.
- Não quero que as vozes sumam. Elas me ajudam, me fazem ser um herói.
Depois de aceitar as vozes eu desenvolvi a armadura, pude ser um herói para meu
bairro. Eu salvei vidas.
Rick se sentia estranho desde a luta que acabara de travar. A luta acabou e os
homens chamaram a polícia e os paramédicos. Ele havia ajudado a soltar os homens e
pediu para o sargento responsável daquele certo para que não prendesse o Z-Man, ele
precisava de outro tipo de ajuda e também precisava de cuidados médicos mediante a
isso ele foi autorizado a acompanhar o sujeito até o hospital.
Ele também sentia um aperto no coração, sentiu como se estivesse feito alguma
coisa errada e quando ele viu seu próprio rosto por debaixo do capacete de Z-Man,
sentiu que eles eram exatamente iguais e isso o assustou, mas ele estava disposto a
entender o que motivava o novo herói na luta contra o crime.
- Eu posso saber o porquê de você vestir a armadura? – Ele perguntou enquanto
se ajeitava no banco ao lado da cadeira.
Galoman queria conversa com Z-man e para isso os enfermeiros que viram que
apesar dos hematomas e alguns ossos quebrados Z-Man não sofria nenhum risco de
vida, por isso deixaram que Rick fosse sozinho com ele atrás da ambulância.
- Para proteger as pessoas pobres da periferia, não fui claro?
- Eu na verdade gostaria de ouvir a sua história.
- Se você acha que vou contar meu nome e... – Z-Man começou a dizer.
- Não é isso. – Rick o interrompeu. – Quero ouvir quando o Z-Man nasceu.
Z-Man parou de falar e começou a pensar como se estivesse analisando onde
tudo começou.
- Quando eu era garoto eu não escutava vozes, era um jovem normal. Pai e Mãe,
eu me lembro de estar em um ônibus que foi salvo uma vez pelo Big Guy enquanto
vocês lutavam com algum super babaca. – Ele começou dizendo. – Eu nunca quis ser
um herói. Não era isso, eu sempre quis estudar robótica e computação. Me tornei um
dos alunos da universidade ômega e meus pais tinham orgulho de mim. Eu vivi a minha
vida inteira nessas ruas, meus ais viviam uma era de terro, pois, esses bairros sempre
foram controlados pela bandidagem.
- Deve ter sido dureza. Então Z-Man nasceu para concerta o bairro?
- Queria dizer que esse é o objetivo, mas seria mentira. Meus pais queriam que
eu estudasse e saísse daquele bairro, a maioria dos meus amigos se tornaram bandidos
ligados ao tráfico ainda cedo, os sonhos do meu velho era me ver sendo um figurão
como Snyder ou um engenheiro da Instituição Ômega. E esse era o plano. Sabe quando
as coisas mudaram? Foi no natal de 2010, eu tinha 14 anos na época, o grupo de vocês
tinha acabado de ser desfeito e os vilões e a criminalidade ficaram mais ousadas. Foi
um desses ousados que bateu na minha porta de nossa casa. Ele dizia para meu pai que
o chefe queria dinheiro, fui descobrir anos mais tarde em minhas buscas por resposta
que o dinheiro que meu pai usava para pagar a minha escola era dinheiro pego com
agiota no tráfico.
- Seu pai foi assassinado na sua frente?
- Eu ainda escuto o barulho de estalo quando aquele homem, de aparência
acinzentada quebrou o pescoço dele com as próprias mãos e também ouço a respiração
ofegante e dificultosa de minha mão quando suas costelas atravessaram seu pulmão. Eu
estava escondido no armário e entrei em choque ao presenciar o assassinato de meu pai,
só sai daquele armário quando ouvi as moscas, as moscas pousando e voando por cima
dos cadáveres do meu pai. Pode ter se passado um dia, pode ter se passado mais eu não
saberia dizer.
Ao ouvir a história de Z-Man, Rick não disse nada ele cruzou os braços em
silencio, sabia que nada que pudesse dizer serviria de algo para aquela situação.
- Os vizinhos me encontraram. – Z-Man voltou a história. – Fui mandado para
um orfanato, ninguém de meus parentes me quiseram “ Um garoto traumatizado como
esse pode ser mais um problema. ” Minha própria família dizia. No orfanato passei a
me sentir sozinho até que as vozes começaram a surgi, elas me aconselhavam e me
deram um objetivo. Eu fiquei muito feliz com elas, afinal de contas eram as vozes de
meu pai e de minha mãe. Voltei para escola, como uma forma de tentar reparar as
coisas pude concluir tanto meu ensino fundamental quanto o superior com tudo pago. A
única coisa que fazia com que eu dormisse era ouvir o zumbido das moscas. Quando a
psicóloga descobriu sobre isso eu fui diagnosticado com tendências esquizofrênicas
devido ao trauma que passei. – Z-Man sorriu. – Mas, eu não me sentia ruim me sentia
livre. As vozes se calaram e eu perdi o rumo quando comecei a tomar amedicação
indicada pelo psiquiatra, perdi meu objetivo. Terminei a escola, arrumei um bom
emprego na minha área e decidi voltar a morar no meu bairro. A medicação que eu
tomo me desestabiliza, ela me afasta de meus pais e me faz perde os meus objetivos.
- Foi por isso que você parou? – Rick perguntou.
- Não, eu estava contente em apenas existir. Eu não vivia, eu apenas existia.
Tudo mudou quando no ano passado a filha do vizinho, quem eu via brincar e jogar a
bola no meu quintal várias vezes, foi levada por uns homens. Eu vi ela sendo levada e
não pude fazer nada. Não havia ninguém que me dizia como agir. E os policias que
foram acionados provavelmente devem ter arquivado o caso. Eu sabia que meus pais
me diriam o que fazer e eles me disseram quando parei os remédios. Eles me disseram
que o único jeito de salvar a criança era com as moscas. Passei a desenvolver a
armadura com pessoas que eu surrupiava de meu trabalho, a mosca perfeita era meu
objetivo. Quando comecei a investigar, a minha surpresa o mesmo homem que matou
meus pais era o responsável pelo sumiço da criança.
- Mármore. – Galoman disse cerrando o punho.
- O próprio. – Z-Man disse. – Eu queria acabar com ele, seria fácil mata-lo de
alguma forma, mas as vozes tinham outros planos assim como ele tirou tudo de mim e
tirou coisas das pessoas, eu iria tirar tudo dele. Tudo que ele construiu a mosca iria
destruir. Ele se sentiria sozinho como eu me senti. Eu iria acabar com isso, seria um
herói.
Rick não disse nada por alguns minutos e nem Z-man. Ele se levantou ao ver
pelo vidro da porta que já estavam próximos ao centro médico.
- Isso não é ser um herói. – Galoman disse se levantando. – Você não está
fazendo justiça, está realizando uma vingança. Agora eu entendo, você não está fazendo
isso para salvar pessoas, está tentando punir alguém e para completar isso você vai
passar por cima de todos.
- O que você está dizendo?
- Estou dizendo que você não é um herói Z-Man, você é apenas uma criança
magoada com raiva do mundo. Eu vou fazer o que não fiz a 10 anos atrás. Eu vou salvar
você. – Galoman disse sério. – Você precisa de ajuda. Precisa de tratamento. Deixa que
a parti de hoje eu me encarrego de acabar com a venda de drogas para as crianças.
- NÃO! Você não pode! – Z-Man gritou. – Ela tem de ser salvas por mim! Só eu
posso ajudar!
- Você já ajudou.
- Como? Quem eu ajudei? – Z-man perguntou irritado. – Eu estou preso aqui e
as família ainda estão sem seus filhos como eu posso te ajudado?
Rick sorriu para Z-Man e a ambulância parou. Galoman abriu a porta e antes de
ir olhou para atrás e disse:
- Você me ajudou. Mostrou que eu tenho de deixar de ser uma criança magoada
e voltar a ser o herói que eu era a 10 anos. Me mostrou que não estou aqui para punir o
crime e travar guerras, eu estou aqui para salvar vidas, obrigado Z-man. Espero que
você possa encontrar seu caminho e se torna o herói que tem o potencial para ser.
Rick não esperou a resposta de Z-man ele pegou um impulso com suas asas e foi
de encontro à noite. Enquanto voava o seu comunicador tocou.
- Rick na escuta. – Ele disse sem percebe e sorriu.
- Oh Rick, certo... – Era a voz de Lindsay. – O Paul disse que você estava em
missão com algum kamen Rider ou algo assim.
- Já resolvi o problema mais ou menos.
- Que bom, precisamos que você volte, Inoue descobriu algo que você vai gostar
de saber.
- Certo. Chego aí o mais rápido o possível.
Tie-in
Corvina
Em um beco escuro como uma ave de rapina ela estava esperando. Esperando a
sua presa passar. Esperando a hora de agir.
A ambulancia cruzou a rua em alta velocidade. Por sorte o conjunto velhos de
predio podiam fazer com que ela se equiparasse a velocidade do veiculo.
Seu arpão cruzou o céu norturno, o gancha na ponta se fiquessou a lateral do
prédio o mecanismo a puxou em grande velocidade e ela foi disparada aos céus.
A corrida começou. Pulou de um prédio ao outro. Por vezes usava o novamente
o arpão, outras apenas o parkout bastava.
A caçada havia começado a alguns meses, ela nunca teve como se aproximar do
alvo. Ele sempre se movia e ela precisava estudar mais o tipo de pessoa que o alvo era.
Precisava saber se era ele.
Lembrando de tudo como começou. De como a vingança começou.
Tifanny Nadios era seu nome. Uma mulher alta, esbelta, cabelos cacheados e
pele morena era o tipo de mulher que se via em capas de revista e ela ja esteve em
algumas de qualquer forma.
Ela era uma estilista muito famosas. Tinha uma marca de sucesso a "Models".
Ela era uma mulher comum, com um pouco mais de dinheiro que as pessoas normais
mas ainda assim comum. Com apenas 28 anos ja havia vencido algumas competições
de moda com os seus designers modernos e minimalistas.
Sua modelo principal e também namorada era Asheley Wilkins, ela era alta,
magra, loira e tinha todos os atributos que agradam os ricos e degenerados.
Ela não morava em Megacity. Na verdade ela chegou um pouco mais de um ano
e Asheley foi o motivo.
Ela era natural de New York. A cidade onde a moda nasce e vive.
Apesar de existirem Metas por todo pais, lá era relativamente tranquilo em
relação a isso. Tifanny e Ashley se conheceram na infancia enquanto estavam na escola.
O pai da Tiffany era um vilão conhecido como " Corvo Negro" ele ensinou desde nova
Tiffany a lutar, se defender e sobreviver. Sua mãe havia abandonado seu pai pois o
homem so conhecia uma forma de sustentar a familia que era roubando, sua mãe por
outro lado não era muito melhor, ela havia abandonado o pai e também a filha no
processo.
- Sinto muito Tiffy - Sua mãe disse na noite que se falaram pela ultima vez - eu
não posso levar você. Seus olhos, você é como ele. Você tem muito dele.
Tiffany tinha apenas 4 anos quando isso aconteceu.
Foi depois disso que o pai deu início ao seu treinamento e para dizer a verdade
ela era boa em duas coisas: desenhos e em ser furtiva.
Asheley por outro lado vivia bem, era filha do Falcão Solar, um dos super-heróis
mais famosos de New york.
Assim como Tiffany ela também treinou a vida toda e qusndo ambas tinham 12
anos acabaram estudando na mesma escola e na mesma sala.
Assim como seu pais elas no começo se odiaram, elas brigaram algumas vezes e
para as pessoas sempre era um espetáculo ver as duas lutando.
A relação deles começou a mudar no dia que o pai de Tiffany morreu.
Ela estava na aula. Os professores suspenderam a aula pois, no centro uma luta
estava acontecendo Corvo Negro estava em posse de uma arma muito perigosa, algo
relacionado a anti materia ou algo assim vindo diretamente daquela aberração que era
Megacity.
O Falcão solar estava lutando bravamente usando seus poderes de disparos de
luz para impedir o vilão de se machucar e machucar alguém.
Os alunos e o professor estavam tenso e torcendo pelo herói. A unica que não
estava torcendo para o Falcão era. Tiffany que apesar de estar tensa permanecia em
silêncio. Ashley notou quando Tiffany estava na ponta da cadeira mordendo o labio
inferior vendo o desfecho trágico do combate.
Algo deu errado. A arma de Corvo negro travou, Falcão solar tentou ajudar
desesperadamente mas havia civis no meio do confronto e ele priorizou a segurança das
pessoas e afastou todos criando uma barreira de energia e quando a arma explodiu,
Corvo negro que não tinha poderes foi o único que foi atingido e infelizmente acabou
morrendo e por se tratar de uma arma de desagregação nem ao menos corpo sobrou
para ser enterrado.
Os alunos e professores comemoram a vitoria do herói, Tifanny se levantou e
correu para o banheiro e lá chorou. Asheley foi atrás e escutou o choro da menina e não
foi dificil deduzir que Corvo Negro era pai da menina.
Ashley contou ao pai mais tarde em casa e o pau da garota por se sentir culpado
de não poder ter salvo o vilão arrumou todo os trambetes jurídicos, cobrou um ou outro
favor e então aconteceu.
Tifanny aos 15 anos foi adotada pelo maior inimigo de seu pai.
No começo foi dificil. Ela sentia que aquela familia não pertencia a ela. Sentia
como uma intrusa e odiava ver o olhar de pena que Falcão dava a ela sempre que a
olhava.
Ela continuou a treinar e dessa vez junto a Ashley e com o tempo elas se
tornaram amigas, com o tempo se tornaram boas amigas e depois algo mais.
Nenhuma das duas sabia quando aconteceu ou como aconteceu, mas elas
acabaram ficando juntas e criaram uma ligação dificil de explicar. Ligação essa que fez
o Falcão expulsar Tiffany de sua casa.
Ele a chamou de muito nomes daquele dia. Ele disse que o pai era ruim mas que
ela era pior. Pois ele havia dado um lar a garota. Dado uma vida e um futuro e a menina
trouxe o pecado para sua casa. Seduziu sua filha e isso a tornava a mauir dos demônios.
Tiffany o socou por dizer isso e para a surpresa de Falcão a sua filha também
apoiou Tiffany e decepcionado e triste ele expulsou as duas.
Elas passaram por maus bocados depois disso. Com apenas 18 anos. Tiveram
que viver de favoress. Conseguiriam um emprego meia boca e Tiffany teve a
oportunidade de estagia para uma grande estilista e depois disso ela descobriu que
talvez fosse uma prodígio e juntas com o passar dos anos ela e Ashley se formaram um
Império.
Asheley nunca foi capaz de perdoar o pai mesmo o ele tendo se arrependido e
tentado entrar em contato com as duas durante anos.
Ela recebeu um comunicado de um advogado. Seu pai havia falecido aquela
manhã. Ele tinha tido um infarto ou algo parecido e tudo que estava em seu nome era
dela agora.
E com um misto de culpa e dever Ashley assumiu o manto do pai como a Nova
Falcão Solar e Tiffany com medo dela se machucar se tornou a sua pareceira Corvina.
Foram quase 4 anos das duas atuando como heroinas. A noite e no dia sendo
modelos e estilistas. Entretanto tudo estava para mudar novamente. A noite havia
chegado e ambas saíram para patrulhar a cidade quando foram emboscada por um
grupo de 4 Metas. A luta foi acerrada, foi dificil, os Metas tinham poderes as quais as
duas não podiam lidar. Apesar de Asheley ter herdado os poderes do pai, ela não foi
forte o suficiente.
Tifanny foi atingida na cabeça por um dos Metas que tinha alguma habilidade de
ampliar sua força. A ultima coisa que lembra antes de apagar foi Asheley gritar seu
nome.
Ela acordou, gritou o nome de Asheley.
- Calma. - Uma enfermeira disse tentando conter o impulso de Tiffany de se
levantar.
Tifanny começou a se debater com mais força.
- ASHELEY! ONDE ELA ESTA!? - Tiffany gritava se esforçando para
levantar,
Outros infermeiros chegaram e 3 deles conseguiram segurar Tiffany enquanto
outro a sedeva como um animal raivoso. Ela apagou novamente.
Depois quando acordou, ela estava com o pulso e as pernas amarradas por
cordas. Uma enfermeira estava passando pela porta quando ouviu o barulho e ela entrou
no quarto. Depois que Tiffany recuperou parte da razão ela entendeu o que aconteceu.
Asheley a levou para o hospital, sangrando e ferida sem a roupa de heroina, ela
também tinha tirado a roupa de Corvina e as duas estavam como civis. Elas haviam
perdido muito sangue e infelizmente Asheley não conseguiu sobreviver a cirurgia e
Tiffany escutou tudo isso calada. Ela não chorou e não disse mais nada. Passou os dias
necessarios para sua recuperação. Deu entrevista no piloto automatico. A sua internação
tinha virado noticia. Ela estava apatica a situação. Sabia que não devia chorar, sabia que
não devia demonstrar fraqueza, não ate que quem fez isso pagar.
Ela investigou, começou a rastrear. Soube que os caras que atacaram vieram
diretamente de Megacity. Ela soube para onde deveria ir. Por sorte, a empresa dela
estava pronta para comear abrir outros polos e ela foi vivenciar o de Megacity
pessoalmente. Começou a investigar a cidade, saber quem eram os caras. Conheceu
alguns dos herois locais, viveu uma ou outra aventura enquanto investigava. E foi
quando ela soube de Z-man. Um heroi de Nashbay, com uma forma de agir semelhante
a dela. Ele poderia ser a chave que a faria ficar mais proximas dos assassinos de
Asheley.
Ela investigou a historia do heroi, sua forma de agir e finalmente o rastreou. Ele
estava junto ao Galo. Ela observou toda a ação de longe. Observou a luta dos herois e
depois que ambulancia chegou. Ela sabia que tinha que o resgatar. E estava pronta para
isso.
A ambulancia estava logo a baixo. Ela retirou uma pequena besta de suas costa e
atirou na roda da ambulancia o que a fez parar com o solavanco da roda.
Ela desceu pelas sombras. 2 enfermeiros sairam para checar. Ela atraiu o
primeiro ate o beco com um barulho. Quando o homem foi ate lá achando que poderia
ser um bebado ferido ou qualquer coisa parecida, ela deu o bote. Nada letal, um golpe
forte o necessario para deixar o homem inconciente e quando o outro veio saber do
homem também foi atingido.
Ela foi ate a porta de trás da ambulancia e a abriu.
Z-man a olhou tentando tentando se defender com qualquer obejto que pode
encontrar.
- Veio me matar? O Mármore o mandou? - Ele perguntou com raiva.
- Não. Vim te ajudar e você agora me deve uma e sei exatamente o que eu
quero.
EDIÇÃO 8
Fantasmas do Passado
29
22h54. Megacity. Celeiro.
- Ela está lá dentro a quanto tempo? – Rick perguntou a Lindsay enquanto
olhava Inoue com os olhos fechados ainda dentro da mente de Zack.
Lindsay havia ido procurar uma vestimenta enquanto deixava Beackman de
guarda da situação. Ela estava agora com uma camisa laranja listrada e uma calça jeans
folgada, sua jaqueta de aviador estava amarrada em sua cintura e em seu pescoço estava
pendurado um antigo óculos de aviação que fazia parte de seu antigo uniforme.
Lindsay ao ver Rick todo machucado não conseguiu evitar de se preocupar, ela
havia feito todos os procedimentos necessários para amenizar a dor do herói que parecia
ter sido atropelado por um caminhão.
- Ele era forte assim? – Lindsay perguntou enquanto terminava de passar a
bandagem pelas costas do herói.
- Parecia uma parede de concreto.
- Eu devia ter ido no lugar do Paul, ele não está em condições de lutar contra
vilões, quanto mais um forte que é capaz de arrebentar o grande galo.
- É galo sim, mas é Galoman. – Rick disse olhando para ela. Eles ficaram em
silencio por alguns segundos e começaram a ri.
- Quer saber da maior? – Rick disse ainda rindo. - O Paul se transformou em Big
Guy e me ajudou.
- Eu vi no noticiário, só não dava para ver direito o que estava acontecendo. O
Paul precisa de sua roupa antiga de volta, sério.
- Deixa que eu resolvo isso.
Galoman pulou da maca e sua perna perdeu a força por um momento e Lindsay
rapidamente o segurou antes que caísse.
- Que estranho... – Galoman disse se referindo a fraqueza repentina de suas
pernas.
- Rick, você precisa voltar para sua forma humana.
Galoman ficou em silencio e fitou o chão por um momento e depois aos poucos
voltou a sua forma humana. Ele olhou para o próprio reflexo em um dos objetos
metálicos da enfermaria.
- Eu estava errado. – Ele disse cabisbaixo.
- Errado sobre o que especificamente? – Ela perguntou com um tom de
curiosidade.
Rick sorriu para ela sem responder.
- Tem algo que eu queria te mostrar lá em cima. – Ele disse enquanto tentou
caminhar em direção a saída.
Lindsay segurou ele e o ajudou a andar.
- Não podemos sair agora. Temos de vigiar a Inoue caso alguma coisa aconteça.
Ela disse que sairia em breve e tinha informações importantes para compartilhar.
- O Beakman pode vigiar ela, não iremos demorar.
Lindsay suspirou, a verdade era que ela não queria conversa, sabia que quando
Rick falava serio assim e admitia um erro era quando, pelo menos no passado, eles se
reconciliavam e ela não queria isso. Para dizer a verdade para ela está brigada e afastada
era mais seguro.
Ela sabia que com ele a vida civil a qual gostava e a qual queria proporcionar
para seus filhos era impossível. Rick nunca deixaria de ser um herói e ela seria obrigada
a ir junto com ele para o impedir de morre e não demoraria muito tempo para que os
filhos seguissem o exemplo dos pais e também entrassem nesse mundo.
A briga a qual eles tiveram era boa o suficiente para a quebrar esse ciclo de
super-heróis que iria se iniciar em sua família, mas por outro lado era o Rick ali, não o
Galoman. Lindsay depois de 10 anos sentiu que finamente estava falando com o Rick
de verdade, ela devia pelo menos o ouvir. Sentiu que valeria a pena corre o risco de se
apaixonar novamente por ele. Não, isso seria uma mentira. Ela não iria se apaixonar
novamente, não tem como ela se apaixonar novamente por alguém a quem ela nunca
deixou de amar.
- Beakman, vamos lá para cima, se acontecer qualquer coisa com a Inoue,
qualquer que seja a alteração em seu corpo nos avise imediatamente.
- Sim senhora. – A voz de Beakman soou pelo laboratório. – Qualquer que seja
o problema irei chamar na mesma hora.
Rick sorriu para ela de forma tímida e ambos foram para a casa a qual Rick
havia negligenciado a tempo demais.
Já lá em cima, Rick finalmente pareceu notar a situação que a antiga fazenda e
lar que o seus pais o deixou antes de morre estava. Ele sentiu que apesar de estar ali
todos os dias, no laboratório, fazia anos que não ia ali.
Sentiu o misto de vergonha e nojo ao ver o tamanho que a grama estava, ver o
estado deplorável que a casa estava, era ali que pretendia que seus filhos crescessem. A
fazenda já não tinha mais nenhum animal, os que não morreram, Rick havia doado para
algum abrigo ou fazendeiro amigo de sua família, ele não se recordava.
Percebeu todo o trabalho duro que teria de fazer para que essas terras se
tornassem um lá novamente. Ele se perguntou se ainda lembrava como era cuidar da
fazenda, rezou para que esses ensinamentos fosse que nem andar de bicicleta, uma vez
aprendido nunca fosse esquecido.
Ele percebeu que as reformas iriam demorar e que nesse meio tempo ele não
poderia ser o Galoman, tinha que aprender a lidar com seus limites, talvez isso fosse
bom. Tirar um tempo de descanso, existia muitos heróis em Megacity, apesar de ser o
mais popular ele de longe não era o único capaz de proteger a cidade.
Ele tinha que ser outro tipo de herói agora, na verdade a situação a qual a terras
se encontravam não precisaria de um super-herói, precisaria de um pai, e era isso que
Rick queria ser para seus filhos a começar concertando a casa que seria deles um dia.
Eles passaram pelo antigo campo de cevada já morto e foram em direção a casa.
Ele colocou a mão na maçaneta e a porta estava emperrada. Lindsay a abriu com um
safanão e logo espirrou ao entrar.
A casa por dentro estava lotada de poeira e teia de aranha. Aquilo deveria ser um
ninho de ratos, aranhas e cupins, provavelmente teria que começar a concerta tudo e
reconstruir a casa do zero.
A porta dava primeiramente a Sala de estar, onde tinha uma grande televisão de
tubo empoeirada e um sofá grande com uma capa de plástico por cima e ao lado uma
poltrona reclinável marrom escura que pertencia a seu falecido pai.
Rick olhou em volta da casa enquanto era inundado de lembranças de sua
infância:
A lareia que o pai acendia nos dias frios de inverno, A cozinha a qual a mão
preparava sua refeição favorita quando ele estava para baixo, a antiga espingarda de
caça do pai pendura na parede junto da cabeça de um alce quando ele e o pai saíram
para caçar. O animal havia sido empalhado e posto ali como um troféu.
A casa em si não era muito grande tinha 4 quartos no segundo andar, uma
cozinha, uma sala um banheiro e só. As terras eram uma herança por parte de pai, era
uma terra que passava de geração para geração e em breve seria dos filhos.
Rick ficou para olhando em volta da casa e seu peito doeu conforme ele ia se
lembrando do passado e imaginando o futuro. Ele pensou em que conselho o pai ou sua
mãe poderia lhe dar parar arrumar a bagunça que a sua vida havia se tornado. Ele não
queria admitir, mas sempre teve um pouco de inveja dos amigos, eles mesmo quebrados
abandonaram essa vida e apenas ele continuou, pois tinha raiva, tinha medo de ficar
sozinho e ser um herói era a única coisa que sabia fazer.
Seu pai, quando teve um ataque cardíaco, morreu sem ao menos ter a chance de
chegar no hospital, ele precisava do filho e onde ele estava na época? Socando algum
bandido que poderia ser parado por qualquer policial.
Rick se ajoelhou e Lindsay não disse uma palavra ela sabia que ele estava
passando, conhecia o bem suficiente para saber o que ele estava sentindo e em meio a
lembranças e a dor, Rick depois de muito tempo chorou. Afundou a própria mão no
rosto e chorou como se não houvesse amanhã.
30
Lindsay viu como a casa estava ruim quando começou a tirar a poeira e abrir as
janelas de madeira emperrada na casa. Uma das janelas ela quebrou sem querer ao
colocar um pouco mais de força do que o necessário para abrir.
Pelo menos por algum milagre a maior parte da fiação da casa e as lâmpadas
ainda estavam funcionando. Ela olhou para a lua através de uma janela e se perguntou
como os filhos estavam com o Snyder.
Ela devia ligar o quanto antes e também se perguntou se seria seguro trazer os
dois para o celeiro e para a fazendo dos McCoy, afinal de contas essas terras também
eram deles.
Ela ouviu um barulho alto de madeira se partindo em um dos cômodos do
segundo andar.
- Rick, está tudo bem aí em cima?
- São cupins! Malditos cupins! Estão por toda as partes! – Rick gritou do
segundo andar.
- É claro que esta Rick. Quantos anos você não faz uma manutenção nessa casa.
Sua mãe iria adorar ver a casa que ela cuidava com tanto carinho nesse estado.
Ela não ouviu resposta por alguns longos segundos.
- Não enche! – Ele gritou por fim.
Lindsay riu e depois começou a vasculhar a casa. Ela passou boa parte de sua
adolescência nessa casa. Para ela também era estranho ver a casa nesse estado. Lindsay
passou por uma foto empoeirada em uma escrivaninha de carvalho resistente no canto
da sala.
Ela pegou o porta-retrato e soprou a poeira e na foto viu ela e Rick ambos com
seus 14 ou 15 anos e Rick segurava um peixe minúsculo em um anzol e ela segura um
bem grande ao lado estava seu avô e o pai de Rick ambos rindo.
Ela se lembrou desse dia, Rick estava nervoso pois ela que nunca havia pescado
antes tinha pego um grande peixe e ele havia pegado o menorzinho, isso tudo depois
dele se gabar de como era melhor que ela em pesca.
Atividades física em geral Lindsay sempre se saia melhor e Rick sempre buscou
algo que ele pudesse a vencer e parece que pescar não seria uma dessas coisas.
Ela sorriu com nostalgia a lembrar dessa foto. Ela escutou o ranger da escada,
outra coisa que Rick teria que concerta, ela viu Rick com a barba cortada porcamente e
com uma roupa a qual parecia ser de seu pai, uma blusa listrada vermelha e uma calça
de macacão e uma bota de couro marrom.
Rick estava segurando uma caixa em sua mão. A caixa era empoeirada mas
parecia ter várias das coisas que Rick possuía quando criança.
- Eu estive pensando o Luck e o Cody tem 10 anos agora né? São 10 anos de
presente de aniversário, natal, dia das crianças, pascoa e todos os feriados que eu não
dei nada, isso contabiliza mais de 120 presentes que estou devendo. Eu pensei em
começar com isso, lembra da minha antiga bola de baseball autografada e minha luva?
Também achei essas outras coisinhas, ah! Também preciso saber qual a cor favorita dos
dois para os quartos e talvez um...
Lindsay inclinou a cabeça enquanto ele falava e o interrompeu.
- O que estava fazendo? – Ela perguntou seria.
- Planejando o desenvolvimento da casa? – Ele perguntou. – Eu não quero meus
filhos morando em um lugar a qual pode desmoronar enquanto eles dormem.
- Rick, eu vou pergunta novamente. O que você pensa que está fazendo?
- Sendo algo que eu deveria ser a muito tempo, um pai.
- E quem te pediu isso? – Ela perguntou se irritando.
- Ninguém. É a penas a atitude obvia a ser feito. Eles vão morar aqui. Sua casa
está destruída e além disso eles são meus filhos.
- As coisas não são assim tão simples, você não pode tomar essa decisão sem me
consultar.
- Ah desculpa, eu tenho que pergunta? – Ele disse fazendo uma voz de chacota.
– Certo aqui vai. Lindsay MEUS FILHOS podem morar na casa que é deles por direito
ao invés de morar em um hotel ou em de favor na casa de seu patrão?
Lindsay não respondeu. Ela deu as costas e foi para a saída.
- A onde você vai? – Rick perguntou.
- Para o celeiro, vou ficar com a Inoue. Quanto mais rápido isso acabar mais
rápido eu e as crianças vamos embora.
Rick sentiu o peito gelar.
- Como assim embora?
- Você mesmo disse Rick. – Lindsay agora se virou. – Minha casa foi destruída,
aliás não só minha casa como minha identidade. Eu vou para a casa dos meus pais.
Ficaremos lá por um tempo e depois eu vejo o que faço.
- Vocês não têm que ir embora, não tire eles de mim, não de novo. – Rick não
aumentou a voz, não gritou. Ele sabia que essa decisão não cabia a ele.
- Você não pode ser egoísta assim. Não pode querer botar o Luck e o Cody
nessa vida. – Lindsay disse com a voz tremula segurando o choro.
- E eu não vou. – Rick disse sério.
- Até a algumas horas atrás você se quer lembrava que era Rick McCoy. É isso
que você é, você não sabe ser outra coisa a não ser o Galoman. Você fala como se
pudesse impedir que eles não sejam iguais a você, mas a verdade é que você não pode.
Rick não disse nada.
- As lembranças estão voltando Rick. Eu estou começando a lembrar daquele
dia. Lembrar porque eu quis tão desesperadamente ir embora, todas mortes, o riso do
Gravitor. É para essa vida que o Luck e o Cody serão condenados se nós não
impedirmos isso.
- Lindsay, você não pode os proteger para sempre. Se um dia os poderes deles
despertarem e se eles quiserem os usar para serem heróis, não vai ser eu, não vai ser
você que poderá impedir. Mas não é só por eles que faço isso...
Lindsay desviou o olhar e fitou a janela e apenas ouviu.
- Essa noite eu lutei contra uma pessoa atormentada. No meio da luta eu percebi
que estava lutando comigo mesmo. Eu nunca admiti isso, mas, bem, eu estou tão
magoado com aquele dia quanto qualquer um de vocês, talvez até mais. Você diz que
eu não sei ser outra coisa e é verdade. Eu nunca quis ser outra coisa, eu queria apagar
esse lado da minha vida, nunca lutei para ver as crianças, não de verdade. – Ele
caminhou até ela.
– Eu sei que não tenho sido uma boa pessoa. Sei que usei o Galoman como
desculpa para fugir de mim mesmo, sabe? Eu tento compensar aquele dia salvando
vidas em uma guerra e um constante vigilantismo sem fim, mas isso não é heroísmo é
suicídio.
Ele levantou o queixo de Lindsay delicadamente com os dedos para que ela
olhasse em seus olhos.
- Por favor Lindsay, me dê uma chance de ser o Rick de novo. Me salve de mim
mesmo. Me deixe ser Rick McCoy. Tenho medo do que posso me torna sem você e sem
as crianças comigo.
Lindsay deixou as lagrimas escorrem por seus olhos, ela queria dizer sim, mas
ela estava com medo. Ela estava com medo do que aquilo iria se torna se ela
concordasse. Seus lábios começaram a tremer e antes que ela pudesse responder sentiu
um alivio quando ouviu a voz de Beakman que ainda tinha acesso a casa. Era uma
forma de proteção e vigiar os pais quando Rick pediu para que o Beakman tivesse
acesso a toda área da fazenda.
- Espero não estar interrompido alguma coisa a senhora pediu para avisar caso
acontecesse algo.
Lindsay suspirou aliviada.
- Não se preocupe Beakman. Pode falar. Rick coçou a cabeça a olhando.
- A senhorita Inoue acordou e ela pediu para os chamar com uma certa urgência.
Lindsay respirou fundo.
- Estamos indo.
Ela olhou para Rick.
- Continuaremos nossa conversa mais tarde, no momento temos coisas mais
importantes para fazer.
Rick concordou e foi para a porta e Lindsay deu mais uma olhada antes de sair
da casa e por um momento conseguiu visualizar a família reunida na sala. Ela suspirou
e também saiu.
Quando chegaram ao celeiro viram Inoue suada mexendo nos teclados de
Beakman e consultando algumas localizações de lugares junto a Beakman.
- Descobriu alguma coisa? – Rick perguntou se aproximando.
- Sim, vocês vão gostar de saber disso Galom.. – Ela se interrompeu ao ver o
Rick vestido com roupas normais e de barba feita. – Vão gostar de saber disso Rick.
Ela sorriu para ele e ele retribuiu o sorriso. Inoue se levantou da cadeira. E
Lindsay reparou como ela estava agitada e meia suada com os cabelos atrapalhados.
Inoue sentou na mesa de reunião em seu costumeiro lugar e Rick fez o mesmo.
Lindsay olhou para o garoto a qual Inoue vasculhou a mente, ele ainda parecia estar
apagado.
- Primeiro de tudo, eu descobri algumas coisas sobre esse menino o tal de Zack.
Inoue explicou como a mente do garoto estava fragmentada e que as memórias
que eles possuíam eram na verdade do Doutor Zector e que pelo que parecia Zack não
era simplesmente uma criança com as memorias do velho inimigo e sim um clone do
mesmo doutor mais jovem.
- Então é ele que está por trás disso? O próprio garoto? Digo Doutor... ou seja lá
como é essa coisa. – Lindsay perguntou.
- Sim e não. – Inoue respondeu.
- Como assim? – Rick perguntou.
- Bem, é complicado... A mente fragmentada criou no garoto uma espécie de
dupla personalidade e a consciência real do Doutor estava prezo dentro do próprio
inconsciente do jovem.
- Okay e o que isso quer dizer? – Lindsay perguntou. – Ele está ou não
fabricando as drogas?
- Parece que Zector fabricou as drogas sim e criou um sistema de distribuição e
Zack descobriu e está tentando impedir.
- Bem, não parece tão complicado assim. – Rick disse. – Onde está o laboratório
de fabricação? Só temos que ir lá e destruir tudo isso.
- Sim, aí entra a parte complicada. Ele me contou como fez essas drogas. É uma
mistura de bioengenharia usando a base de um DNA meta de um organismo saudável.
- Ele capturou um Meta?
- Não qualquer Meta... segundo Zector, a ideia nunca foi nos matar e sim
capturar. Segundo ele nosso organismo é mais puro. Nosso DNA Meta é da leva que
deu certo.
- Como assim leva que deu certo? – Rick se perguntou ficando irritado. – Inoue
seja direta, fala logo de uma vez.
Inoue gaguejou um pouco e depois respirou fundo.
- Segundo Zector, nós somos todos a sua criação e o Meta a qual ele mantem
preso esta sendo usado para criar essa droga de forma barata, e que precisa ser
aperfeiçoada, é o Phantom. O Erick está vivo.
31
23h22. Megacity.
Lindsay estava voando bem rápido, ela agradeceu por ter encontrado seus
antigos óculos, mas ficou levemente desapontada por ver que seu antigo uniforme não
cabia mais em seu corpo, ele estava justo demais e apesar de Rick dizer que estava bom,
ela sabia que não estava.
O motivo dela querer usar o uniforme não era apenas para se vestir para o
combate que estava por vir, na verdade o objetivo era que ela estivesse trajando uma
roupa resistente o suficiente para suporta impactos e qualquer coisa que ela tivesse que
enfrentar sem que ficasse nua no final.
Ele aumentou a velocidade, Rick tinha insistido em ir com ela, mas ela recusou
por 3 motivos:
Primeiro, Rick não estava em condições em embarca em mais uma luta. Ele
precisava dormi o máximo que conseguir.
Segundo, não era possível levar o Rick, não na velocidade a qual ela estava
voando, não sem ele mais atrapalhar do que ajudar em um primeiro momento.
O terceiro e mais importante, ela queria se afastar disso tudo por um momento,
queria um tempo para pensar e também queria ter a sensação de estar saindo daquilo
tudo. Sua antiga vida veio como uma avalanche e em menos de 24h sua vida atual tinha
ido pelos ares.
Além disso fazia anos que ela não pensava em Erick, talvez fossem as memórias
que Inoue liberou em sua mente, talvez fosse apenas ela tentando fugir daquele dia, ela
não saberia dizer, o importante era que ela não pensava em Erick.
As lembranças sobre ele começaram a vir. Ela se lembrou que Erick era o
coração da equipe, junto a Gravitor ele era o mais velho, era irmãozão gente boa. Era o
cara bonzinho e que não gostava de violência.
Sempre que alguém tinha um problema ele era o primeiro a se colocar na frente
para tentar ajudar, ele era sempre o primeiro a força a reconciliação quando alguém
brigava.
Erick cuidava de todos, e mesmo ela sendo a mais resistente ele que sempre
entrou na frente dos inimigos para proteger ela de se ferir. Erick era o cara bom, Erick
talvez fosse o herói mais puro entre eles.
Seu peito doeu ao lembrar de como ele havia sido morto pelo seu melhor amigo.
Ela pensou: “se Erick não tivesse morrido naquela luta será que os Vigilantes iriam
existir ainda? ”
Mas ele não tinha morrido, ele tinha sido levado, ela não sabia como, não sabia
quando e nem onde. Ela lembrava do enterro, o caixão estava fechado, mas ela tinha
certeza que o corpo estava lá. 10 anos se passaram desde então e ele estava mesmo esse
tempo todo preso.
Seu coração se apertou ainda mais e ela aumentou a velocidade. O que quer que
tenha acontecido a ele nesse meio tempo não seria nada bom. Só de imaginar as coisas
que Zector poderia ter feito a ele, seu coração doía e ela também sentia raiva.
Quando começou se aproximar de uma antiga base de instalação em uma parte
isolada um pouco longe da cidade, base a qual os heróis, em alguma de suas aventuras
regressa, desativaram. Um antigo geneticista estava usando a base para ejetar células de
alguns animais para que pudesse transforma a si mesmo em um vilão chamado
Quimera.
As lembranças começaram a voltar. Ela lembrou-se que a luta foi difícil e que a
sorte deles foi que depois de um tempo as habilidades adquiridas pelo doutor perderam
o efeito o fazendo voltar a ser apenas um homem comum.
Eles foram saber apenas mais tarde que na verdade esse doutor, o tal de George,
era na verdade um ex ajudante de Zector. Parando para pensar agora talvez toda aquela
aventura não passasse de um teste.
Como o combate foi no lado de fora da instalação, o laboratório deveria estar
intacto, é claro que eles deixaram depois da luta, quando não havia mais perigo, as
autoridades tomarem conta da situação.
Mas de alguma forma Zector havia conseguido recuperar a instalação e ter um
lugar calmo e fora de suspeita que pudesse trabalhar.
Ela viu o enorme portão de aço com o símbolo do exército pintado na porta já
velha e gasta. O lugar ficava na encosta de uma montanha, e se não fosse o enorme
portão e o chão da frente de metal, já velho e com marcas do antigo combate, o local
seria apenas uma paisagem comum.
Assim que pousou na frente da porta 2 metralhadoras automáticas se levantaram
do chão, uma no canto esquerdo e outra no direito. E as miras vermelhas foram
automaticamente em direção ao seu corpo.
- Está de brincadeira?
Foi a única coisa que pode dizer antes da saraivada de balas atingirem seu corpo,
fazendo diversos rasgo em sua roupa. As balas não perfuravam sua pele, mas a pressão
do impacto doía, criava diversos hematomas que Lindsay sabia que iram ficar doloridos
por algumas semanas.
Ela se agachou e segurou um pedaço de metal solto do chão e a remessou em
direção em uma das metralhadoras a destruindo. Ela soltou rapidamente em direção a
outras e com apenas uma mão a retirou do chão a desligando.
Ela botou a mão em um dos locais onde as balas acertaram e sentiu uma leve
dor. Ficou chateada pelos rasgos na roupa, mas nada disso importava, ela iria fazer o
que tivesse de ser feito para ajudar o amigo.
Ela caminhou para o meio da porta agora e passou os dedos entre a porta e olhou
para o alto e viu uma câmera de segurança. Ela inclinou a cabeça quando viu que a
câmera funcionava e estava filmando diretamente ela.
- Oi, você aí dentro. – Ela disse forçando uma simpatia falsa. – Poderia por favor
abrir a porta? Caso ao contrario eu teria de arrombar e não vai ser nada bonito quando
eu te encontrar.
Ela esperou alguns segundos e a porta se abriu sozinha. Ela sorriu satisfeita para
câmera e entrou no corredor tecnológico escuro. Ao longo do corredor Lindsay viu
diversos monitores de tubo grandes que iam ligando conforme ela fosse andando.
As luzes do teto de metal iam se acendendo conforme ela ia andando no único
caminho possível. Os monitores começaram a transmitir diversas cenas de Erick sendo
submetido a diversos tipos de testes e experimentos que poderiam ser facilmente
torturas, felizmente na maioria deles ele estava sedado.
Lindsay cerrou os punhos quando viu um adolescente negro vestido um jaleco
branco comendo salgadinhos enquanto diversos outros cientistas que aparentava ser
mais velho estavam em seu lado acompanhando a pesquisa.
Esse adolescente era Zack, que se ela estivesse correta, essas filmagens
deveriam ter mais de 8 anos no mínimo e Zack ainda parecia o mesmo adolescente que
eles veem hoje, ela não aparenta ter envelhecido um dia sequer.
Se Erick estava gritando ou dizendo algo nas filmagens a qual ele estava
acordado, Lindsay não saberia dizer pois todas elas eram sem som algum. De repente a
voz de Zack começaram a sair do autofalante, mas era diferente da voz que ouviu mais
cedo, apesar de ser a mesma essa tinha um sotaque bem mais carregado.
- Ah Geroi, é um prazer receber vocês aqui. Espero que essas instalações sejam
do agrado de vocês. Passaremos bastante tempo juntos. Criador e criaturas finalmente
reunidos da forma correta dessa vez. Como dizem mesmo no seu idioma, o filho
prodigo volta para casa.
Lindsay percebeu que essa era uma gravação antiga, Zector esperava que
quando os vigilantes chegassem aí eles já estivessem capturados.
- Não se preocupe quanto a estarem presos assim. Até mesmo aqui vocês serão
mais heróis que nunca. Poderão se redimir por terem me condenado a ficar preso nesse
corpo imperfeito a qual vocês me aprisionaram no nosso último encontro. Ah, eu sei
que o luto que vocês sentem é bem recente mas adivinhem, o amigo de vocês Phantom,
está aqui e está vivo. E agora todos vocês, Vigilantes poderão ser heróis pela última
vez. Eu não quero estragar a surpresa que preparei para vocês, mas saibam que eu só
tenho uma coisa a dizer. Obrigado Gerois.
Lindsay finalmente saiu no corredor no momento exato que a gravação se
encerrou, ela estava cheia de dúvidas, mas pelo menos soube que Erick realmente
estava aí.
O corredor acaba em um grande salão de metal aberto com uma escada lateral
que levava para o segundo andar. O laboratório era repleto de teia de aranhas e vários
computadores antigos e maquinários bizarros tão antigo quanto. Ela sabia que se Paul
estivesse aí ele falaria algo isso lembra algum episódio de Star Treck ou algo assim.
Lindsay olhou para os lados e não viu sinal de ninguém. Ela caminhou até o
parapeito que dava visão mais ao subsolo mostrando um dos andares inferiores da
instalação. Ela viu um homem usando um jaleco surrado, um óculos e meio calvo, bem
magro sentado em uma cadeira na frente de um monitor. Ele estava com a cabeça
levantada e olhando para ela. Lindsay não conteve o impulso e saltou o parapeito
voando na direção do homem.
O homem não fez nenhum sinal de se encolher e nem mesmo de fugir. Ela o
pegou pela gola da camisa e o levantou.
- Onde-Ele-Esta?
- O Doutor Zector? A anos que eu não vejo! Eu não sei onde ele está! Eu juro!
- Eu não me referi a Zector seu idiota. Eu estou falando de Phantom! Cadê ele!?
- Se você me soltar eu posso te mostrar. Por favor, eu não sou o vilão aqui. Eu
na verdade estou feliz que você esteja aqui.
Lindsay inclinou a cabeça alguns centímetros para o lado e o soltou. Ela cruzou
o braço e ficou olhando o homem que aos poucos começou a se ajeitar na cadeira.
- Meu nome é Evan, eu era um dos cientistas do instituto ômega antes daquele
adolescente maldito me pegar com aquelas nanomáquinas desgraçada. Você viu o que
consegue fazer com aquilo, era como se ele fosse...
- Vá direto ao ponto, você não está sendo muito convincente de que é a vítima
aqui. – Lindsay disse seria o olhando.
Evan ajeitou os óculos.
- Não, não, é claro que não. Eu posso provar! – Ele disse animado.– Tudo que
aconteceu aqui tem uma gravação, por anos essa foi a única forma de entretenimento
que tive. Eu não posso sair sabe? O garoto colocou metralhadoras lá em cima. – Ele
apontou com o dedo para o alto. – Para me prender aqui.
- Eu desativei as metralhadoras e você sabe bem disso.
- Sim, sim! – Ele disse empolgado, o máximo que seu corpo debilitado permitia.
- Eu agradeço por isso. De verdade.
- Você está me estressando. – Ela avisou.
- Eu vou tirar seu amigo de onde ele está, mas em troca eu gostaria que você me
salvasse. Eu tenho uma vida, minha esposa deve estar preocupada, e a minha doce
Jeniffer deve ser uma adulta agora. Foram 9 longos anos longe de casa.
Lindsay esmurrou uma das telas próxima ao seu braço e a tela se partiu em
diversos pedaços.
- Você realmente vai querer me testar?
O doutor engoliu em seco e se virou para o teclado em sua frente e começou a
digitar. Uma câmera subterrânea próxima a eles se levantou e um tanque com um
liquido verde começou a emergi e dentro do tanque esverdeado estava ele, nu, com os
cabelos brancos e lisos com diversos fios que levavam até um equipamento dentro do
tranque e uma mascada que cobria seu nariz e boca.
Lindsay sorriu quando viu ele e ela agora tinha a confirmação de que Erick
estava vivo.
32
Erick estava em sua frente e Lindsay teve de conter o impulso esmurra o tanque
e o tirar de lá. Ela caminhou lentamente ainda sem acreditar em rever seu amigo em sua
frente. Ela deslizou os dedos lentamente sobre o tanque que o mantinha preso e sedado.
- O que você está esperando? – Ela disse irritada olhando em direção ao doutor.
– Desligue isso logo!
- Vai demorar um pouco. Eu tenho que fazer isso da forma correta para que não
tenha problemas com ele.
Lindsay respirou fundo e concordou. Ela não sabia se o doutor estava sendo
sincero ou não, mas decidiu obedecer pelo bem de Erick. Ela caminhou até uma das
cadeiras próxima ao tanque e se sentou.
- Me conte tudo. – Ela disse olhando para o cientista. Evan arrumou os óculos e
concordou.
- Como disse anteriormente, fui sequestrado a 9 anos pelo Zector. Enquanto eu
estava voltando para casa à noite depois do trabalho fui abordado por ele e foi tudo
muito rápido. Quando eu percebi já estava aqui, Zector falou algo como ele não está em
condições de desenvolver o mecanismo que ele precisava, sua mente estava se esvaindo
depois de algumas procuras eu e alguns outros selecionados, trabalhando junto éramos
o que mais se aproximaria de seu intelecto superior. – Ele disse se ajeitando na cadeira.
- Vocês não tentaram usar o computador para pedir ajuda?
- Ele não nos deixava ter acesso a internet. Toda a informação que precisávamos
ele mesmo fornecia ou nos dava através de algum conteúdo que ele mesmo colocava
nas maquinas. Quando vimos que ele queria fazer com um dos membros dos vigilantes,
quem eu acreditei estar morto, alguns se recusaram e bem, esses não tiveram um final
muito feliz.
- Qual era o objetivo de Zector?
- Ele nunca disse ao certo, mas depois que eu obtive acesso ao seu computador
pessoal, com todos os dados de suas pesquisas soube na hora do que se tratava. Ele
queria criar o corpo perfeito com os poderes de todos os vigilantes combinado, ele seria
imbatível. Mas, segundo o mesmo, ele estava ficando sem tempo a cada dia que se
passava sua mente ia ficando mais e mais distante até que ele não seria mais ele.
- E o porquê isso estava acontecendo?
- O corpo o qual a mente dele estava, era um corpo defeituoso. Pelo que pude
entender a princípio ele tentou desenvolver clones de vocês vigilantes, para que ele
pudesse habitar mas vendo que isso não funcionaria ele decidiu então criar um corpo
com suas habilidades, mas que a maior parte do DNA fosse originalmente dele. Parece
que o corpo que ele fez, não estava completo por algum incidente.
- Eu me lembro disso. Foi quando as coisas começaram a ficar ruins. O Zector
tentou atrair a todos nós sequestrando a namorada de Gravitor e mais algumas pessoas.
Ele esperava que iriamos barganha com ele. Que aceitaríamos ceder um pouco de
sangue para que ele pudesse soltar a garota. As coisas deram errados muito rápido.
As lembranças de Lindsay estavam voltando como uma bala atingindo seu
celebro. Ela se lembrou do dia e lembrou da grande explosão que todos eles causaram
quando decidiram contrariar Gravitor.
O líder deles aceitou a barganha, ele estava com medo pela namorada, mas eles
eram os vigilantes eles nunca falharam, eles nunca erraram eles não iriam aceitar ser
marionete de um supervilão idiota. Foi quando a luta começou e depois vieram as
explosões e as mortes.
Lindsay tremeu com a lembrança e começou a entender o Gravitor e o ataque
naquele dia. Gravitor culpava eles pela morte da garota a qual ele amava, e ele não
estava errado.
- Bem. – Evan continuou. – Ele transferiu parcialmente suas memorias para um
corpo defeituoso e isso fez com que ele agisse em desespero, pelo que pude entender.
Ele estava montando um plano para capturar todos vocês, mas como a maioria saiu da
cidade, ele precisava de algo que atraísse vocês para cá primeiro. Só que essa obsessão
por vocês foi ficando mais e mais estranha e se tornou quase um fanatismo. Depois de
algum tempo ele começou a colar pôster de vocês pelo laboratório.
Começou a aparecer com bonecos, quadrinhos e todo o tipo de besteira até que
um dia depois de alguns anos ele simplesmente desapareceu.
- Como assim ele desapareceu?
- É exatamente isso que vocês escutaram. Ele sumiu. Tipo, desapareceu mesmo.
Saiu por aquela porta e nunca mais voltou.
- Você notou algo estranho?
- Ele era um cara estranho por completo, hora parecia um cara intimidador que
matava sem remorso todos aqueles que o desafiavam e o questionavam e hora ele
parecia só um adolescente idiota, falando besteira e dando apelidinhos estranhos para as
pessoas, e começou a se chamar de Zack.
- Sua mente fragmentou de vez.
- Sim, exatamente isso. – Evan respondeu e começou a digitar em seu teclado
novamente. – Tem algo aqui que você vai se interessar.
Lindsay se levantou e foi até ele.
- Onde estão os outros sequestrados?
- Mortos. Alguns morreram tentando sair outros simplesmente não aguentaram.
A falta de luz de sol e falta de vitaminas fazem isso. Agua e comida não é um problema.
Temos uma estufa artificial que provem comida, plantamos coisas como batata e etc.
- E as pílulas que dão poderes?
- Você fala das Z-power? Ele produziu diversas dela extraindo o DNA do Erick,
mas por algum motivo elas não funcionavam nele. Fabricamos caixas e caixas disso, ele
sempre buscou refina-las acho que ele decidiu vendê-las ou sei lá.
- O que você queria me mostrar?
- Ah! Era isso, eu juro que não vou contar para ninguém o que li aqui. Eu... bem,
pode olhar.
Evan se levantou da cadeira com bastante dificuldade e apoiando na mesa em
volta dando espaço para que Lindsay pudesse se sentar.
- Mas o que é isso...?
Lindsay não acreditava no que estava vendo, ela via arquivos e arquivos sobre
vida de todos os amigos, menos a dela. Os arquivos era um constante monitoramento de
suas vidas, tantos pessoais quanto heroicos desde que começaram a atuar como heróis,
tinha até mesmo vídeos da primeira vez que utilizaram seus poderes.
E ali tinha dados sobre com Zector teve sucesso com essas crianças, que os pais
nem desconfiaram que ganhariam poderes. Poderes quais ele fabricou por um acidente e
não sabia como repetir a formula.
Ela quis saber como isso foi acontecer e começou a ler mais a fundo. Ela viu
imagens de diversas injeções que foram distribuídas em escola. Lembrou que sua mãe
contou que quando ela tinha 3 anos aconteceu algo incomum, naquele período a taxa de
mortalidade infantil foi fora do comum.
Agora ela soube o porquê, mas, se os poderes dela também vieram
de Zector porque todos os dados sobre ela eram desconhecidos? Seja qual for o motivo
isso teria que ser debatido com os outros, ela não sabia como eles iriam reagir mas
precisava contar.
Sua atenção foi desviada quando começou a ouvir barulhos de uma máquina
atrás de você, agora o liquido do tanque de Erick estava praticamente acabado, sendo
sugado por uns ralos no fundo. A porta do tanque se abriu e Erick caiu de joelhos no
chão, ainda muito confuso.
Ele olhou em direção ao cientista e a Lindsay e de repente a máscara que estava
em seu rosto e nariz caiu no chão e o corpo de Erick sumiu.
Evan deu um solto de susto.
- Merda, eu sabia que isso poderia acontecer! – Ele olhou para Lindsay – Você
tem que me pro...
Antes que ele pudesse concluir a frase, Erick já estava segurando e o levantando
pelo pescoço. O rosto do homem começou a ficar roxo com a asfixia. Lindsay
rapidamente botou a mão em Erick e o empurrou para trás e ele foi de encontro ao chão
em alguns metros de distância.
Ela se posicionou entre ele e o cientista.
- Erick. Sou eu. Lindsay. Eu vim te salvar. Você está seguro agora, por favor
para.
Ele olhou para ela e desapareceu novamente. Em questão de segundos ele
reapareceu em sua frente e desferiu um soco. Sua mão bateu na barriga de Lindsay que
nem sequer sentiu o impacto.
- Você não pode me ferir Erick e eu não posso ferir você. Eu sei que você está
confuso, mas, acredite em mim, você vai ficar bem. Acabou agora.
Erick parou e olhou para o próprio punho abriu e fechou a mão algumas vezes e
depois desferiu mais um soco. Lindsay foi se defender, mas a mão de Erick estava
intangível e passou por ela sem problema algum e Lindsay sentiu apenas algo acertando
seu pulmão e tirando todo o ar de seu corpo de uma vez só.
Ela se ajoelhou sem conseguir respirar direito e sentiu a sala e teto todo rodando
enquanto e ficando cada vez mais escuro. Ela viu apenas Erick caminhando em seu lado
indo em direção ao cientista que levantava a mão inutilmente para se defender. Sabendo
que não podia desmaiar ali, Lindsay usou toda a força de vontade que a fazia ser a
Suprema.
Ela sabia que o amigo estava fora de controle e teria que o impedir de qualquer
jeito. Ela estalou os dedos.
- Não me obrigue a fazer isso Gasparzinho.
Ela disse isso para provocar e chamar a atenção de Erick que estava preste
acabar com o pobre do Evan. Ele olhou para ela e a encarou por alguns segundos.
- O que foi Erick? Não me reconhece? Não tem nada a dizer a sua velha amiga?
Vamos lá, por favor diga alguma coisa.
Erick a encarou novamente em silencio e então ergueu os 2 braços e disse por
fim.
- Ergam-se!
Tie-in
Demon Blood
William abriu os olhos. Olhou para janela do velho prédio. Um estrondo havia
acontecido a alguns momentos atrás. Era noite. As noites raramente eram tranquilas em
Nashbay. Ele foi até a janela e viu um homem nu atravessando parte do teto do seu bar
favorito. Ele respirou fundo e fechou a janela do quarto.
Sua casa era um local bem simples. Praticamente um mini kinet.
Tinha sua cama velha e reclamona que berrava a cada movimento que ele fazia.
Tinha uma pia pingante no canto esquerdo. Um fogão e uma geladeira e um cômodo
onde tinha uma banheira e um sanitário e somente isso.
Ele as vezes se perguntava se as coisas poderiam ficar pior. Com o passar dos
anos a humanidade parecia ficar cada vez pior.
Quando era jovem ele fez um voto de pobreza, mas viver dessa forma era viver
de forma indigna, mas bem, parando para pensar talvez esse nem fosse o maior dos
problemas. Ele tinha um teto pelo menos.
Ele pegou sua jaqueta estava na hora de conseguir. Uns mantimentos.
Salgadinhos e bebidas baratos. Pegou também seu canivete o qual ele sempre fazia
questão de manter afiado e de fácil acesso.
Antes de sair se olhou no espelho. Sua aparência era de um homem de 30 e
poucos, mas seu olhar denunciava a verdade.
William no passado já foi parte de algo importante, um grupo que foi muito
injustiçado e que só recentemente foram redimidos perante a humanidade.
Ele tinha uma missão maior, um voto sagrado. As pessoas a qual ele prometeu
haviam morrido a mais de um século. Os votos perderam o sentindo, mas a missão
continuava.
William se lembra quando era um Templário. Ele lembra das lutas. Das caças
aos pagãos e de quando tudo mudou.

Por que você só não me dá o controle?


A voz soou em sua cabeça. E ele tentou ignora, mas quando aquilo ocorria nada
parava.

Cedo ou tarde eu vou te dominar e assim que eu fizer isso. Todo esse mundo vai
lembrar do que é medo de verdade.

- Cala a boca. Não preciso ouvir essas merdas.


Ele desceu as escadas do prédio, passou por um grupo de viciados e sentiu pena
deles, mas sabia que não podia fazer nada. Qualquer sentimento, qualquer coisa que não
fosse a concentração poderia ser uma brecha para perca de controle. O autoexílio
emocional era penoso, Ele sabia que das vezes que se arriscou pessoas morreram.
A última vez que isso aconteceu foi em Londres, ou seria na Irlanda? Ele não
sabia dizer o país ou o lugar, ela sabia apenas quantos gritos de dor, desespero e raiva
foram ouvidos aquela noite. 247. esse foi o número de mortes que aconteceram em 2
minutos, ele levou a penas 2 minutos para recuperar o controle.
O selo o deixava imortal, bem não imortalidade talvez, ele apenas não
envelhecia, mas morre talvez fosse pior. Ele não sabia o que fazer, quando se mudou
para Nashbay imaginou que viver em uma cidade onde os super-heróis eram tão
comuns quanto bombeiros ou policiais era a melhor forma de conter o monstro que está
dentro de si.
William já foi conhecido como o maior cavaleiro vivo. Ele esteve presente no
próprio "funeral" quando o Arque bispo o concedeu esse título.
A rua estava agitada, aparentemente os vigilantes estavam pela área, aquele cara
nu gigante era o tal de "Big Guy", Galoman e outros também foram vistos.
Engraçado, assim como os Templários, ele achava que os Vigilantes haviam
acabado. Mas aparentemente para o bem ou mal, nada nunca acaba realmente.
Ele entrou no velho mercadinho e a TV estava anunciando o que tinha
acontecido a algumas quadras dali.
- Boa noite Will. - O senhor Rubens, um homem já velho e com um grande
bigode branco o comprimento.
O senhor era baixinho e já era para te se aposentado, mas ele continuava firme e
forte em manter a velha lojinha de conveniência na ativa. O homem tinha 2 filhos e
nenhum deles queria assumir o lugar do pai, inclusive estavam nesse instante decidindo
como seria a divisão do lucro, a mulher de Rubens havia morrido de gripe a uns 2 anos
e ele estava próximo da morte e bem...

Hahaha! Esse velho, filho de uma cadela, acha que vai para o céu. Acha que
existe salvação. A humanidade é podre. As portas do paraíso estão trancadas para
qualquer um de vocês. O seu salvador e criador apenas os abando...

- Boa noite Sr.Rubens. - Wiliam disse ignorando a voz em sua mente. - Vendo o
noticiário? Os metas fizeram um estrago lá na rua.
- Isso não me surpreende. Esses jovens sempre fazem besteiras por aí. O que me
incomoda mesmo é essas crianças. Ontem os policiais tiveram em minha loja umas 3
vezes procurando por informação. Nisso os Meta não se metem.
Wiliam passou por um amontoado de caixas de leite com um alerta de
desaparecidos. Ele virou o rosto fingindo não ter visto e foi até o armário de bebidas.
- Não se preocupe com isso. garanto que o Galoman vai resolver. Ele talvez não
saiba o que está acontecendo.
- Não confio naquele homem. Você lembra o que aconteceu a alguns anos? Não
falo do Gravitor. Eu estou falando naquela luta na ponte onde o filho dos Sánchez's
morreu. Garoto bom, só confio no cara errado...
Wiliam não respondeu, ele não conhecia o Galoman e nem nenhum dos Metas
que defendiam a cidade, mas imaginava que eram pessoas boas.
Ele estava escolhendo a bebida, provavelmente iria comprar novamente um
White Horse. Escutou o estalar do sinal de cima da porta que tocava sempre que alguém
entrava na loja.
Ele deu uma olhada de canto de olho e viu um homem alto com um olhar
vidrado, ele usava roupas estranhas que o fazia parecer parte de algum fã clube
estranho. A roupa tinha um símbolo e era vermelha. Ele se virou e os olhares se
cruzaram. O homem de roupa vermelha ignorou o boa noite do velho e se retirou da loja
na sequência. Wiliam deu um suspiro.
Ele já tinha visto o símbolo estampado na blusa do homem, uma espécie de
crucifixo feito de lâmina invertido. O homem havia entrado na loja procurando algo e
tinha encontrado.
William pegou a garrafa e foi até o caixa pegou também um masso de cigarros e
retirou o dinheiro de sua carteira.
- Está tudo? - O senhor da loja perguntou notando o súbito silencio do homem.
- Sim, claro. - Ele disse sem demonstrar muito interesse. - Só me bateu uma
preocupação. Espero que essas crianças estejam bem. - Ele mentiu.
Escuta. - O senhor começou a dizer. - Eu estou sentindo muitas dores nas costas
ultimamente e eu não sei como você ganha vida, mas eu estou precisando de ajuda aqui
na lojinha, o salário não é muito, mas é um dinheiro extra que pode vir a calhar e eu vi
como você expulsou aqueles punk's semana passada.
Wiliam sorriu para o senhor e pegou a bebida.
- Talvez, eu vou pensar nisso e te falo mais tarde.
- Certo, tudo bem.
-Até mais Sr.Rubens.
Wiliam saiu da loja e acendeu o cigarro. Uma longa noite estava por vir, ele
sentiu isso. Era mesma sensação incomoda quando ouviu falar do hospede em seu corpo
pela primeira vez.

Isso vai ser interessante. Aqueles idiotas não estão sozinhos, eu espero que você
saiba que não vai poder resolver no diálogo.

- Eu não te perguntei merda nenhuma. - Wiliam respondeu e seguiu em direção


ao beco a algumas quadras do mercadinho.
Ele viu o mesmo homem o esperando em uma entrada e se aproximou,
conseguiu ver outros 7 homens também trajados com mantos vermelhos e com
símbolos, viu algumas velas no chão posicionadas em círculo e soube que se tratava de
um ritual, algo que estava preste a acontecer no beco. William tragou o cigarro soltando
a fumaça bem devagar.
- Podemos resolver isso sem derramamento de sangue. Vocês sabem, eu já
enfrentei muito de vocês. Tenho lutado contra vocês desde antes de prender o que vocês
buscam em mim.
O homem não respondeu, mas sacou um punhal de lâmina curva e estreitou os
olhos. Wiliam viu o punhal e revirou os olhos.
- Vocês vermelhos sempre usam lâmina curvas, é uma merda, ela rasga a carne
de uma forma horrível, dói bastante quando ela entra e dói mais ainda quando sai. E eu
não entendo mesmo se vocês tiverem sucesso. O que faz você pensar que ELE iria
poupar qualquer um de vocês?
O homem ainda não respondeu.
- Você é um desses que para mostrar devoção arrancou a própria língua? Tudo
bem, imagino que me intenda pelo menos, não é?
O homem sacudiu a cabeça concordando. William sorriu e retirou seu canivete
do bolso. Ele apertou um botão e a lâmina soltou para fora. O canivete não era nada
especial exceto que em sua lâmina tinha uma palavra em latim que dizia " Retorno".
- Se vocês vão apunhalar alguém deviam pelo menos ter a decência de usar uma
lâmina que faça um ferimento limpo. Vocês são cultistas não bárbaros. Veja como o
corte aqui é suave.
William fez um corte na própria mão. O homem avançou e antes que pudesse
percebe o corte que antes foi feito em William apareceu em seu pescoço.
A adaga curva caiu no chão os outros cultistas avançaram. William se cortou
novamente e apontou a mão cortada para a perna de um dos cultistas, o ferimento que
antes estava em seu braço foi transferido para o joelho de um deles que caiu no chão,
fazendo um barulho que poderia ser interpretado como um gemido de dor. Outro corte,
mas um cultista sangrando no chão.

Isso, isso, continue, utilize meu poder. Vamos, mate mais desses humanos
idiotas.

William sabia que era arriscado continuar nesse jogo, toda vez que se auto
mutilava e transferia sua dor ao próximo, sentia o parasita tomando mais e mais força.
Ele imaginou que depois de alguns ferimentos os cultistas finalmente iriam desistir,
mas, não poderia estar mais enganado.
Enquanto se preocupava de terminar de dar cabo nos cultistas que estavam
tentando o acerta, uma Van preta, acelerou vindo do fim da rua, William não teve
tempo de pensar ele mal teve tempo de jogar seu corpo em direção ao beco para não ser
atingido pelo veículo, mas agora infelizmente ele se via cercado.
A porta lateral da Van se abriu e dela saiu mais outros 8 cultistas. William se viu
cercado 4 dos 7 anteriores ainda estavam de pé e agora por suas costas mais deles
estavam vindo.

Quer fazer o trato novamente? Eu me livro de todos os cultistas, mas dessa vez
eu vou querer 3 minutos.
William sentiu o calafrio em sua espinha com a prosta da criatura, ele já se viu
tendo de aceitar a proposta algumas vezes no passado e o monstro sempre pedia 30
segundos a mais. 3 minutos era tempo demais. Socos, cortes, punhaladas de cultistas,
chutes. William não era um super herói, não era um super lutador e para os 7 infernos,
ele nem mesmo era mais um Templário.
Os golpes que estava sofrendo começaram a ser penosos demais, ele não
conseguia mais lidar com tantos inimigos. Começou a pensar o que aconteceria caso os
cultistas tivessem êxito em seu ritual, quantos iriam morrer e ele seria capaz de retorna
ao controle?
O pacto era arriscado, o pacto significava que pessoas iriam morrer, mas era de
certa forma um estrago controlado. Diferente de uma liberação feita através de um ritual
estranho e estranhamente familiar.
Enquanto era espancado ele só consegue pensar em uma coisa.

"Aceito."

Pronto. Então esta selado o pacto.

Escuridão.
Ao recobrar a consciência William se viu cercado em um mar de cadáveres de
cultistas destroçados e forma brutal, um gosto de sangue preenchia a sua boca o que o
fez vomitar. Ele sentiu medo e nojo de si mesmo. Cambaleou até o beco tropeçando em
braços e pernas desmembradas, mas o que mais chamava atenção o que talvez fosse
complementar a cena macabra era a falta de sangue.
O pouco de sangue no chão não fazia jus a carnificina que ocorreu naquele
lugar. O cheiro dos corpos ainda não estava tão ruim quanto o cheio das fezes que
empreguinho o lugar. A risada que ouvia da criatura o assustou, Ele sabia que essas
pessoas eram monstro e que talvez tenham buscado morrer dessa forma durante a vida
inteira deles, mas ainda assim isso parecia errado. Morte tão profanas não deveriam
acontecer.

Sente pena deles? Não deveria, quer que eu te mostre como isso aconteceu?
Quer saber o que eu fiz nos 1 minutos e 15 segundos que me sobraram? - O Demônio
riu. - Você é um tolo William, covarde, burro e fraco. A sua mera existência mostra
como esse mundo e as leis e promessas as quais vocês criam são todas irrelevantes
quando o sentimento que domina vocês predominam, o "Medo". Acham que meu
alimento é sangue? já te disse, o sangue é como um aperitivo, mas o que mais me
delicio e o pavor de uma raça estupida que já era para ter sido extinta a séculos atrás.

William foi até o mercadinho e não conseguiu ver o Sr.Rubens atrás da porta de
vidro. Ele sentiu a cabeça girar. Quando ele entrou na loja viu o velho sujeito caído
atrás do balcão, mas para seu horror o velho estava com o peito perfurado. onde deveria
ser seu coração era apenas um buraco.
Novamente um inocente morreu porque William era fraco.
Novamente um inocente morreu porque William era burro.
Novamente um inocente morreu porque William foi um covarde.
Ele sentiu nojo de si mesmo, sentiu raiva:
- Chega! - Ele gritou. - Você nunca mais irá ferir ninguém.

E o que você pretende fazer humano?

- O que já deveria ter feito a muito tempo. Vou ir até o mago, ele irá me ajudar a
acabar com isso, Mesmo que eu morra no processo, eu vou acabar com você Demon
Blood.
EDIÇÃO 9
DOUTOR ZECTOR
33
Suprema sentiu um calafrio percorrendo por toda a sua espinha. Ela poderia
jurar que viu depois da ordem dada por Erick uma nevoa rasteira cobrir o chão de todo
o local.
- Eu deveria ter dito isso antes! – Evan gritou enquanto tentava reunir forças
para subir as escadas. – O motivo de Phantom ficar tão contido é que seus poderes são
incontroláveis!
Suprema sentiu sua perna tremer, foi uma sensação nova em toda sua vida nunca
tinha sentido esse tipo de pavor antes. Ela conhecia os poderes de Erick. Sabia de sua
capacidade de ficar intangível e de ficar invisível e até então esses eram os únicos
poderes de Erick.
Como em um filme de zumbi, ela viu cadáveres esverdeados subindo de forma
intangível do chão. Os corpos eram como espectros cadavéricos dos possíveis cientistas
e militares que morreram naquele local. O Chão começou a ficar tomados deles.
Começaram a aparecer 1, 2, 3 e cada vez mais, quando ela percebeu que o lugar estava
sendo tomado por esses espíritos. Era quase tarde demais.
Sentiu um deles segurando a sua perna e como forma de se defender Suprema
levantou voou. Ela se desvencilhou dos espíritos e olhou em direção a Erick que estava
parado, nu a encarando de uma forma assustadora. Ele parecia um monarca com seus
guerreiros que iriam os defender até a norte, nesse caso, até depois dela.
Derrube o rei e o jogo acaba.
Ela pensou enquanto voou na direção de Erick com velocidade, mas pela sua
surpresa, quando seu punho ia atingir o peito dele, Suprema passou por seu corpo como
se ele não estivesse lá e isso fez com que ela atingisse o chão com força.
Assim que atingiu o chão os fantasmas invocados se amontoaram em cima dela,
ela sentiu mais e mais corpos dando chutes, socos, arranhões, mordendo fazendo de
tudo para que pudessem machucar a heroína que entrava em desespero.
Erick não ficou olhando a cena grotesca e cadavérica que estava acontecendo,
ele não enxergava nada se não a vingança. Ele não pensava, seu corpo agia por impulso.
Mate todos eles.
Esse era o único pensamento que vinha, ele tinha de matar todos os cientistas
que o fizeram sofrer. Tinha que acabar com sua agonia. Sem corre ele caminhou até o
cientista que estava fraco demais para subir as escadas com velocidade.
- Por favor! – Evan gritava vendo seu algoz subir as escadas devagar. – Eu não
queria. Eu.... Eu.... Eu fui obrigado! Não entende? Me perdoe! Por favor!
- Não. – Erick disse sem transparecer emoção.
Ele se aproximou do cientista e enfiou a mão por dentro de sua cabeça, ele
começou a aperta o celebro do cientista que gritava de dor e desespero.
No chão Suprema estava assustada, ela nunca tinha visto nada como isso antes,
ela odiava zumbis, sempre detestou desde pequena possuía um medo irracional dessas
criaturas, e ela estava cercada. Lindsay estava com medo, os golpes os quais recebia de
fato não faziam com que ela se machucasse de verdade, mas algo a impedia de reagir e
quando ela escutou os gritos de agonia vindo do cientista, que se for verdade, era um
inocente que precisava de ajuda tanto quanto Phantom, ela lembrou o porquê de a
chamarem de Suprema.
Em questão de força e ser inabalável ninguém era superior a ela, ela era a
perfeição que a raça humana almejava chegar. Ela era uma heroína! Suprema se ergue
sem muita dificuldade fazendo com que os fantasmas zumbis fossem arremessados para
o lado. Ela estava com os punhos cerrados e quase avançou contra Erick, mas, ela
pensou duas vezes, relaxou a mão e voou em direção a ele com calma e parou em sua
frente.
Ele a olhou enquanto apertou ainda mais a mão na cabeça do doutor. Ela baixou
a cabeça por um momento e depois o olhou novamente.
- Eu me lembro o que você me ensinou quando eu ainda era uma criança. Eu me
lembro de ver você e o Stewart como exemplos a serem seguidos.
- Stue... – Erick disse.
Ele começou tirando a mão devagar, mas sua mente ainda estava nebulosa, ele
não conseguia entender o que estava acontecendo, mas ao ouvir o nome do amigo foi
como um suspiro de ar antes de mergulhar nas turvas aguas da ira novamente.
- Você se lembra o que você me disse na nossa última conversa? Na época eu
não entendi, mas vendo você aqui na minha frente e nessa situação. – Lindsay
continuou dando passos devagar em direção a ele. – “Não desista, mesmo em meio as
aflições. Não seja guiada pelas suas emoções. Vamos, sorria, mesmo em meio tristeza.
Lembra? Como heróis não salvamos só pessoas, salvamos corações. ” Foi isso que você
me disse.
Ao ouvir as palavras Erick se lembrou de Lindsay, lembrou que na ocasião o
grupo estava se separando e ele viu cada um sofrendo da sua maneira. Na lembrança
Lindsay estava sentada chorando frente à casa de Rick após aquele triste dia que eles
falharam em salvar aquelas pessoas e a namorada de Stewart.
Ele disse para conforta-la, para ele Lindsay e Rick eram como irmãos mais
novos. Eram os menores e os que mais tinham as emoções a flor da pele.
Emoções...?
Erick pensou em sobre isso, mas ao mesmo tempo viram um turbilhão de
lembranças das constantes torturas a qual ele passou dentro desse laboratório. Ele já
tinha perdido a noção do quanto tempo estava ali. Eles haviam dado um jeito de
desativar seus poderes? Não, ele sabia que estava sendo constantemente dopado. Mas
isso não o impedia de ver o que estava acontecendo. As milhões de amostra de sangue,
os testes com agulhas. As privações de comida e agua a qual ele passava. E em sua
frente estava um dos responsáveis pela sua dor. Por que um crápula como esse deveria
viver? Ele iria fazer isso com outra pessoa em um futuro.
Ele devia morrer, todos esses que fizeram isso com ele deveriam morrer...
- Não seja como o Stewart! Erick, por favor, não vai pelo mesmo caminho do
Gravitor.
Erick então se lembrou. Viu o dia da luta, ele lembrou de ter tentado impedir o
Stewart de focar sua raiva nas pessoas. O ódio que ele sentia era forte demais para que
ele pudesse salva-lo. E então no meio da batalha, ele teve a chão de parar ela em um
momento.
Ele viu Gravitor desatento, poderia ter usado a sua invisibilidade para impedir o
amigo, isso foi antes das mortes começarem. Ele podia atacar, mas decidiu conversa.
Afinal, se tratava de seu melhor amigo. Erick e Stewart eram amigos desde que ele se
conhecia. Ainda no fundamental andavam juntos, eles fundaram a equipe juntos, sabiam
dos sonhos e traumas de cada um. Ele tentou conversa naquele dia, fazer o seu amigo,
não, o seu irmão voltar ao juízo, mas foi em vão.
O que tinha acontecido depois, ele não se lembrava, era apenas escuridão e
quando tentava pensar sobre isso sua mente doía. Ele lembra de estar falando depois
escuro e laboratório e tortura intermináveis. Ele não queria ser como Gravitor ele
precisava dar o exemplo.
Erick aos poucos tirou a mão a cabeça do pobre homem, que já estava com as
marias sangrando. Desativou os fantasmas e se ajoelhou no chão e sem entender o
porquê chorou. Ele sentiu a mão tocar seu ombro. E então ficou intangível novamente.
Ele se levantou e a olhou e então correu para fora ficando invisível. Lindsay não
tentou o impedir e nem foi atrás dele. Erick estava livre e ela sabia como deveria estar
sofrendo.
Lindsay sabia que havia o libertado, mas Erick ainda estava sozinho e não havia
nada que pudesse fazer para o ajudar.
34
23h45. Megacity. Celeiro.
Inoue estava agitada demais para dormi, ela não havia contado tudo aos amigos.
Ela tinha nem mesmo mencionado o acordo que tinha feito para conseguir a informação
de onde Erick estava.
Esperando Rick ir deitar para descansar após um pouco de insistência e talvez
uma leve sugestão com seus poderes, ela sabia que devia liberar o jovem Zack, que
agora iria desperta provavelmente como Zector.
Ela olhou para ele e deitado na maca e se questionou por um segundo o que ele
iria fazer assim que acordasse. Iria atacar? Iria se render? Ela duvidava muito dessa
segunda opção.
O fato é que ela descobriu através dele que suas habilidades vinham de um
experimento que ele mesmo conduziu. Seria a morte de seus pais biológicos serem
alguma obra dele? Ela achou que não, que talvez fosse apenas uma teoria da
conspiração. Tirando o fato dela ter servido de experimento de um cientista Russo
maluco, todo o resto da sua vida veio pelo o acaso.
De onde vinha os poderes já não importavam mais o que ela iria fazer com eles
sim e nesse momento ela iria acorda um maníaco, assassino e louco.
Ela foi até a maca onde Zack/Zector estava deitado e ficou o encarando por
alguns segundos tentando tomar coragem para acorda o homem. Ela sabia que de toda
forma seria só uma questão de tempo até que ele acordasse sozinho.
- Algum problema Senhorita Inoue?
Era a voz de Beakman a inteligência artificial conseguia ver tudo que acontecia
dentro e fora do celeiro pelas câmeras espalhadas pelo lugar.
- Na verdade, sim. – Ela respondeu a I.A como com quem se abria com um
velho amigo. – Eu tenho que fazer algo que pode ser perigoso, eu imagino que quando
os outros souberem eles não iram concorda.
- Isso seria pelo bem de todos? – A I.A perguntou.
Inoue estranhou. Beakman era um computador avançado. Era uma
I.A quase que humana, mas era limitada, ela não entendia conceitos de certo ou
errado e nem sentimentos, o que ela entendia era apenas o que era programado a ela
entender.
Entretanto, ela foi programada quando Rodney ainda era uma criança, agora
com ele adulto e com o conhecimento que tem, ela imaginou que a atualização da I.A a
tornou de certa forma muito mais humana, capaz até mesmo de entender sentimentos.
- O que tem diferente em você? - Ela perguntou.
Para Inoue conversa com um computador era diferente. Ela não saberia o que ele
está pensando, ela não lia pensamentos de maquinas se quer imaginava que ele estava
pensando, mas esse silencio de segundos a fez imaginar que ele estava mesmo
analisando como iria responder a isso. Essa possibilidade a assustou um pouco.
- Você se refere após a atualização? – Beakman perguntou.
- Sim.
- O senhor Rodney foi muito bom comigo, ele me conectou ao sistema de toda a
cidade. Afinal toda tecnologia de rede de segurança foi criada pelo senhor Rodney
desde que ele começou a trabalhar no Instituto Ômega. Eu estou bem mais veloz, posso
ver tudo que a mente dele toca. Sem contar a internet. Me conectou diretamente a rede,
para que eu me atualizasse sozinho e aprendesse.
Inoue tremeu. Rodney havia feito com que Beakman se espalhasse por toda a
cidade, isso faria com que ele pudesse se conectar a tudo e a todos, não iria existir mais
privacidade. Ela tentou falar algo, iria julgar. Não era certo e nem seguro uma
inteligência ter acesso a tudo e se essas informações caíssem em mãos erradas. Era esse
tipo de coisa que os Vigilantes impediam Rodney de fazer, ele sempre se julgou
superior a todos e se fosse para manter a segurança, usando seus poderes de uma forma
a qual ele julgava ser mais eficiente seria mais logico em sua visão.
Agora que a equipe não existia mais, não tinha ninguém para persuadir Rodney
de fazer isso. Ninguém iria lhe botar um limite. Assim como ela própria, não era isso
que ela fazia? Nesses últimos anos Inoue usou seus poderes de forma que achava mais
eficiente e sem pensar nas consequências. Ela não podia julgar o Rodney, ela fazia o
mesmo.
- E o que você aprendeu nesse meio tempo? – Ela perguntou receosa.
- Muitas coisas. – Beakman disse. – Aprendi por exemplo que existe milhões de
heróis espalhados por todo globo. Mas, o mais importante foi aprender que vocês como
Vigilantes fazem falta. Uma hashtag foi subida hoje desde que o vídeo da suprema
parou na internet. O mundo precisa dos vigilantes unidos. Assim como eu, o mundo
ama os vigilantes. A aprovação de vocês é maior que os haters.
- Você aprendeu tudo isso apenas hoje?
- Sim, desde que fui atualizado levou cerca de 15 minutos para que eu pudesse
processar toda a rede e chegar a conclusões logicas.
Era demais para Inoue pensar no momento. Talvez ela devesse conversa sobre
isso com os amigos mais tarde, mas no memento ela tinha problemas maiores.
- Acha que eu devo acorda-lo Beakman?
- Vocês são os vigilantes, tudo que vocês fazem é pelo bem.
- Bem, mesmo que ele tente fazer alguma gracinha eu posso apenas apagar ele
de novo e também, eu não pude ler a mente dele. Quem sabe se ele tiver acordado ele
pode revelar mais do seu plano e também nós dar mais informações sobre nosso
passado.
- Vocês nunca erram. São os maiores heróis de todos.
Inoue riu da afirmação. Isso estava longe da verdade, mas explicar isso para uma
I.A era ir longe demais por mais que ela parecesse humana. Ela era programada para
ajudar os vigilantes.
Ela botou os dedos na testa do velho doutor preso no corpo de adolescente e
acordou sua consciência do blackout.
-... fazendo? – Zack disse enquanto acordava.
Ele piscou das vezes para entender onde estava e o que estava acontecendo.
- Senhorita Mentix? – Ele perguntou confuso. – Onde eu estou?
- Você está no celeiro Zector.
- Celeiro? – Ele disse olhando para o lado. – Espera! Zector? Esse é meu pai! Eu
já disse. Eu procurei vocês por ajuda eu...
Inoue só o olhou, ela sabia que a mente do homem estava confusa, e essa
deficiência em sua psique não era algo fácil de ser compreendido.
Zack começou a pensar em tudo e sua cabeça começou a doer e ele sentiu algo
imergindo de seu âmago, tomando o controle de sua consciência, ele sentiu seus
pensamentos se distorcendo e aos poucos dando espaço para outra coisa, ou melhor,
outro alguém.
- AAAAAAAAAAAH! Merda! – Ele disse e seu sotaque começou a aparecer.
Ele se calou e olhou Inoue por alguns segundos. – Então cumpriu com o combinado. –
Ele disse com a voz mais grave e carregada de sotaque.
- Sim. – Inoue disse. – Eu te libertei. Agora sua vez. Me conte tudo o que está
escondendo.
Zector sorriu para ela e saiu da maca e caminhou em volta olhando tudo ao
redor.
Inoue deixou seu poder engatilhado pronto para desligar novamente o doutor,
mas ela sentiu algo errado. Era como se todos os estilhaços e confusões tivessem
surgido. Milhões de pensamentos passavam na cabeça do doutor ao mesmo tempo.
Coisa como alegria, tristeza, raiva. Pensamentos de matá-la, de pedir seu autografo.
Tudo isso de uma única vez fazendo com que fosse impossível ela manipulasse a mente
dele. Ela tentou não demonstrar, mas, ela acabara de perde o controle da situação.
Zector foi até um dos aparatos no canto da sala em que Rodney havia deixado
jogado antes de sair e o segurou e analisou.
- Sabe a única vantagem desse corpo? – Ele perguntou e depois a olhou.
- Você será jovem para sempre? – Inoue perguntou com bom humor.
Tentando manter Zector falando até que Rick acordasse ou então que os outros
voltassem.
Zector sorriu com simpatia para ela.
- Não. – Ele disse. – A maior vantagem é essa mente que tenho. A essa altura
imagino que estejamos sozinhos aqui, não é? Seus amigos a abandonaram. Imagino que
eles achem que você é inútil demais e seus poderes não são lá essas coisas, você não
serve para missão em campo.
- Sua mente deve ter afetada mesmo. – Inoue disse rindo. – Olha como você fala
absurdos.
- Eu lhe prometi contar a verdade, mas se seus poderes tivessem funcionando
comigo iria saber exatamente o que eu iria fazer na sequência, não é?
- Você não me assusta moleque. Não tem nada que você possa fazer contra mim.
- Ah não? Bom, chegaremos nisso. Antes preciso responder as suas questões. –
Zector se sentou e jogou os dreadlock para trás. – Chamaremos isso de calmaria antes
da batalha.
Inoue pensou em gritar pelo Rick, mas a calma que Zector estava tendo a
assustou, ela havia perdido a pratica de como agem os vilões ou então ela apenas era
uma peoa no plano doentio do doutor e qualquer coisa que ela fizesse seria esperado.
- Quero saber o porquê de você ter feito as pílulas de poderes?
- Aquilo? Foi um experimento fracassado. Eu nunca pensei em vender para
traficantes, elas eram para mim. Achei que as utilizando em meu corpo os poderes iriam
cobrir as imperfeições, mas, infelizmente eu estava errado. Então já que tinha algo
como aquilo nas mãos pensei em fazer bom usos dela, as cedi a uma poderosa força que
controla o crime da cidade para que eles pudessem ir atrás de vocês, cedi um pouco das
informações que reuni nesse tempo. Entretanto eles nunca foram para matar vocês, eu
sabia que um bando de bandidos idiotas não seriam pareôs para isso, o plano era atrair
todos vocês. Demorou um pouco para vocês perceberem, mas aqui estamos. Deu certo
no final.
- E Zack? – Inoue perguntou. – Quando ele assumiu?
- “Zack” aparece e desaparece regularmente. – Ele disse se irritando. – No início
era de vez em quando, mas, suas aparições foram ficando mais e mais constantes e eu
percebi que em breve sua mente deficiente iria tomar o controle. A mente humana
busca criar uma lógica para não enlouquecer e a lógica que a mente de Zack criou era
de que eu era seu pai. Ele assumiu por completo tem apenas alguns meses. Foi tempo
suficiente para que Galoman percebesse o que estava acontecendo e ele tomasse a
iniciativa de contatar todos vocês.
- Mas, e a bomba no laboratório. Você falou com a gente.
- Bem, a minha mente não é mais a mesma. Aquilo estava lá havia alguns anos.
Desde que eu comecei a tentar clonar vocês para assumir os poderes, mas não deu certo,
eu imaginava que vocês iriam encontrar aquele laboratório a muito tempo atrás.
- E por que a gente?
- Bem, essa pergunta... – Ele disse indo até ela e botou o dedo em seu queixo e o
levantou vagorosamente. – Não fique se achando minha criança. Não tem nada de
especial nisso. Apenas vocês foram a experiência que deram certo. Foi sorte vocês
terem se unidos e mais sorte ainda ter aparecido aquele bando de vilões perdedores atrás
de vocês. Em meu caso, todos os nossos encontros eram teste complexos e elaborados
para testar os limites de vocês, para desenvolver seus poderes até que chegasse a hora
de recolher seus corpos, infelizmente o tempo foi implacável e eu tive de apressar as
coisas com a transferência para um corpo mais jovem e o resto vocês já sabem.
- Então tudo isso não passou de um plano seu? – Ela disse se afastando dele
devagar. - Desde o início eramos apenas experimentos?
Zector sorriu para ela.
- Sim. Vocês não passam de ratos de laboratórios que escaparam da gaiolinha,
mas não se preocupe o doutor voltou.
Inoue se encheu de raiva, ela lembrou que a sua vida pessoa foi ser trancada em
um laboratório para ser estudada e agora descobriu que até mesmo sua vida de heroína
foi um experimento. Inoue começou a força seus poderes para passar pelo bloqueio da
mente estilhaçada de Zector, seu nariz começou a sangrar, mas para Zector essa
tentativa não passou de nada além de um leve incomodo.
- Serio? Você está tentando usar seus poderes? – Ele começou a ri. – Não
percebeu ainda garota? Eu estou mantendo a pose aqui, mas, eu não estou normal. – Ele
disse agora triste. – Eu... Eu... ODEIO VOCÊS! ODEIO O QUE VOCÊS FIZERAM
COMIGO! – Ele gritou agora com muita raiva. – Estou louco. Minha mente é um mar
de perdição e de pensamentos. Se isso não é o inferno eu não sei dizer o que é. Apenas
sei que nada do que você fizer comigo será efetivo. – Ele sorriu.
Inoue deu um passo para trás.
- O que foi Mentix? – Ele perguntou humorado. – Está com medo? Bom, se
acabou as perguntas quero te mostrar algo. Acha que eu não estou preparado? Zack
criou isso, é bobo, mas efetivo.
Ele levantou o pulso e um relógio estranhamente tecnológico que começou a
brilhar e um pequeno holograma se formou da tela. Todos haviam visto o relógio, mas
ninguém deu atenção. Se ao menos Rodney tivesse dado mais importância ao garoto ele
com toda certeza iria percebe.
Inoue viu agrupamento de nanorobôs saindo do que parecia ser um
compartimento do relógio. Eles formaram um grande cubo solido.
- Isso são nanorobôs. Eu consigo que eles assumam a forma que eu quiser.
- Beakman! Chame aju...! – Antes que ela pudesse terminar de falar o bloco de
nanorobôs assumiram a forma de um punho gigante e a acertou fazendo com que fosse
arremessada para o fundo da sala.
Ela bateu a cabeça em um dos metais do fundo e ficou tonta ao ver o sangue. Ela
não tinha super resistência e nem era boa no combate corpo a corpo como outros. Sua
visão estava ficando turva quando ela ouviu um cacarejo alto fazendo os nanorobôs se
dispersarem.
- Que barulheira é essa aqui no meu celeiro. – Rick na forma de Galoman
perguntou. Se pondo na frente de Inoue.
Ela ao ver o amigo sorriu mas viu que ele ainda estava machucado e também
estava cansado não saberia dizer se apenas com sua força poderia lutar contra o doutor e
seus nanorobôs.
- AH! Galo, veio se juntar a festa? – Zector perguntou enquanto moldava os
nanorobôs em alguma outra criatura.
- É Galoman.
Zector sorriu e Inoue então pensou. Se Zack não havia desaparecido e ele
tomava o controle as vezes, ao invés de controlar e bagunçar a mente de Zector ela
poderia fazer o processo ao contrário. Ao invés de bagunçar ela poderia organizar.
Fazer a mente deles ser coesa. Não era garantia de que Zector iria parar, mas era melhor
do que não fazer nada.
- Galoman, você consegue distrair ele? – Inoue perguntou enquanto ficava de pé.
- Eu posso fazer mais que isso. – Galoman disse confiante. – Por que? Você tem
um plano Inoue?
Ela terminou de se apoiar e sentiu a tontura ir embora. Ela sorriu para o amigo e
disse por fim.
- É Mentix.
Galoman não precisou ouvir mais nada, ele apenas avançou contra Zector para
dar cobertura enquanto a Mentix iria fazer a única coisa que podia naquela situação, ser
uma heroína.
35
Galoman avançou pronto para derrubar Zector com seus poderes, mas as
habilidades de Zector de manipular os nanorobôs eram maiores que a velocidade de sua
investida.
Uma parede solida de nanorobôs se formou em sua frente. Galoman desferiu um
soco mirando no centro da “parede”, entretanto, a mesma se abriu no ponto exato a qual
ele atingiu fazendo com que sua mão passasse por dentro depois os nanorobôs se
fecharem em volta de seu pulso.
Ele tentou puxar os braços para atrás, mas seus esforços eram em vão, da parede
surgiram estacas de nanorobôs, uma perfurou sua perna esquerda e a outra seu ombro
direito e no centro da parede um punho se fez e avançou contra o estomago do herói
que, assim como sua companheira momentos atrás, foi arremessado de encontro a
prateleiras e a parede de metal do ambulatório.
- Talvez não seja tão fácil quanto eu imaginei. – Galoman disse enquanto se
levantava. – Vai precisar de quanto tempo para entrar na mente desse garoto?
- Nesse caso especifico eu teria que me conectar “remotamente” – Ela disse
fazendo aspas com o dedo. – Tenho que tocar a cabeça dele para um link direto. Eu não
sei nem se assim vai funcionar.
- Vamos tentar. – Galoman disse.
Ele não tinha tempo de pensar na dor dos ferimentos e nem o quanto o celeiro
iria ficar danificado com o combate. Ele estava determinado a abrir um caminho para
que Mentix pudesse usar seus poderes.
Mentix sentiu o empurrão quando Galoman a segurou e pulou para o lado antes
de uma estaca de nanorobôs a acerta. Ela se lembrou que no passado quando ainda eram
uma equipe Rick sempre se encarregava de dar espaço para que ela pudesse usar seus
poderes, sem percebe, ela sorriu por estar nessa situação nostálgica novamente.
Lá estavam eles, 2 velhos vigilantes lutando contra um super vilão. Seja o que
quer que venha acontecer nesse combate, Mentix se sentia motivada para lutar. Ela
terminou o rolamento da esquiva forçada que Galoman a fez fazer e por instinto se
ajoelhou, seus dedos automaticamente foram em sua têmpora enquanto o a mão livre
apontou para Galoman.
Ela não precisava fazer isso para usar seus poderes, esse movimento era uma
técnica a qual ela desenvolveu para que pudesse se concentrar e focar durante a batalha.

Rick, vou desligar a percepção de dor e de cansaço de seu corpo. Não exagere,
você pode acabar se matando sem percebe.

A Voz de Mentix soou na cabeça do herói. Que apenas concordou e se


posicionou em sua frente. Agora ele estava se sentindo 100% novamente e mesmo
sabendo que isso era ilusão, era o suficiente para que ele pudesse acerta o cientista
babaca.
Galoman sabia que não poderia usar o máximo de seus poderes nesse ambiente
apertado e fechado, um bom cacarejo poderia destruir todos os equipamentos e estourar
os tímpanos de Mentix então não era uma opção viável, os ovos explosivos também não
poderiam ser uma aposta pela a obviedade do que uma explosão poderia fazer nessa
situação e ambiente. Então tudo que lhe restou foram os punhos.
Mentix observou o confronto e esperou pela brecha que viria. Galoman avançou
e Zector se afastou enquanto fazia seus nanorobôs formarem uma grande esfera em sua
frente. Da esfera de nanorobôs diversas estacas afiadas como laminas, feitas do mesmo
material, voaram de encontro ao herói que se esquivou com o corpo sem perde o ritmo
do movimento.
Ao se aproximar Galoman preparou o punho e momentos antes de socar a
esfera, ele girou o corpo pelo lado esquerdo e passou sem ser atingido pelos nanorobôs
para atingir um golpe bem posicionado no vilão.
Zector ao percebe o movimento do herói, que estava preste ao atingir, tocou o
holograma o qual ele moldava à forma que os nanorobôs teriam e fez com que eles se
tornassem uma espécie de fio que segurou e puxou as pernas do herói segundo antes de
ser atingindo pelo soco.
Ele respirou aliviado, mas então se lembrou porque no passado sempre perdia
para os vigilantes, os malditos eram muito bons em improvisar e superar obstáculos.
Quando Galoman atingiu o chão e foi arrastado alguns centímetros para trás,
graças a Mentix, ele só conseguiu percebe que o fio de nanorobôs estava fincando uma
espécie de laminas em sua perna devido ao sangue que começara a escorre por ela.
Galoman ficou seus dedos contra o chão com toda a força que conseguiu e
devido aos seus poderes conseguiu fazer leves buracos os quais pode se segurar, os
nanorobôs não tinham força o suficiente para mover o herói, então um punhado de
outros nanorobôs se desprenderam e formaram uma lamina por cima do corpo do herói.
Se Galoman não tivesse seus reflexos tão apurados seria fim de jogo, mas nesse
caso ele conseguiu rolar para esquerda ao mesmo tempo que o giro de seu corpo foi o
suficiente para se desprender do chão fazendo com que ele pudesse se levantar com um
salto.
Zector vendo o quanto Galoman estava próximo, correu para o outro lado do
laboratório tomando cuidado para não passar pelo herói. Agora em pé, Galoman olhou
para Zector correndo e enquanto unia os nanorobôs em um bolo para os transforma em
alguma outra coisa.
Foi em uma fração de segundos quando ele pensou em uma estratégia para
acabar com o vilão, ele sorriu ao notar que os robôs demoravam alguns segundos para
responderem o comando de assumir as formas a qual eram coordenados.
- Beakman! – Galoman chamou. – Apagar as luzes.
- Tudo bem. – A I.A respondeu.
Tirando algumas poucas luzes que se espelhavam pela base, o lugar entrou em
um verdadeiro breu, não estava escuro o suficiente para que não fosse possível enxerga
a silhueta dos objetos ao redor, mas o corpo humano demorava alguns segundo até se
acostumar com o escuro e foi nesse tempo que ele agiu.
Não era nenhum poder de enxerga no escuro ou algo parecido, era apenas
costume, Galoman sabia exatamente onde as coisas se encontravam e sabia para aonde
Zector havia se movimentado.
Ele então cruzou os braços como um X e arriscou um movimentou que já tentou
algumas vezes, ele iria abrir os braços com tamanha força que as asas em seu antebraço
iram gerar uma lufada de vento que fariam que ele fosse arremessado em linha reta.
E assim o fez ele passou pelos nanorobôs e antes que Zector pudesse percebe o
que estava acontecendo ele sentiu seu corpo ser pressionado contra a parede enquanto
Galoman o segurava pelo pescoço.
- Bo...a..Jo...ga...da... Ge..Geroi – Zector disse com dificuldade.
- Fim de jogo doutor espinha. Desista. – O herói disse sério.
- Sa...be...Quan..Quando...Za...ck...Criou...Esse...Nano...robôs? – Zector
perguntou sem conseguir falar direito.
Galoman estava confuso com a pergunta e de repente ele se sentiu tonto soltou o
garoto e deu alguns passos para trás, seu mundo começou a girar e Zector caiu
ajoelhado no chão passando a mão em seu pescoço dolorido.
Galoman buscou algo que pudesse sustentar seu corpo, mas suas mãos não
encontraram nada a que se apoiar e então ele foi ao chão, confuso e sem ainda sentir
dor, levou a mão até a barriga e quando a olhou viu as penas que cobriam seu braço
manchadas de vermelho e percebeu a poça de sangue que começou a se forma ao seu
redor.
Zector se levantou e avaliou o herói caído, ferido mortalmente e soube que
venceu aquela luta.
- Sabe quando Zack criou essa tecnologia?
Ele se ajoelhou na frente do herói e levantou seu queixo para que galo pudesse
olhar para seus olhos ou pelo menos para a sua silhueta no escuro que estava no
laboratório.
- Zack por um tempo começou a gostar de coisas idiotas de crianças, como
desenhos e coisas parecidas. Foi vendo um desenho de um ninja, ou sei lá, que ele teve
essa ideia de criar uma defesa impenetrável. A camisa e as roupas a qual eu estou
usando tem algumas centenas de nanorobôs que respondem quando eu estou preste a
sofrer algum dano.
Galoman tentou falar algo, mas sua voz não saiu e ele começou a notar que
estava preste a desmaiar devido à perda de sangue.
- Não faça nenhum esforço estupido herói, não apresse a sua morte. Sabe? Eu
sempre soube que nunca poderia ter todos vocês, imaginei que um ou outro iria morre,
mas, por sorte, seu DNA pode servi de alguma coisa quando eu precisar. Bem, acho que
esse é o grande fim, meio patético você morre dessa forma, entretanto a morte é
inegável, apenas alguém de intelecto superior como o meu é capaz de burla tal destino.
Zector se levantou.
- Bem, como dizem no momento glorioso da vitória cheque...
Antes que Zector pudesse concluir a frase ele sentiu duas mãos segurando a sua
cabeça por trás, ele não teve tempo de reagir e nem acionar os nanorobôs defesa, ele
pode apenas amaldiçoar sua mente por ter esquecido que não estava lutando apenas
contra o Galoman, mas sim com os vigilantes.
- Mate. – Mentix disse enquanto desligava novamente a mente de Zector.
Ela olhou para Rick e seu corpo tremeu, viu os ferimentos graves e os 3 furos no
corpo do herói, as chances de ele sobreviver aquilo era quase impossível.
- Beakman, acender as luzes, não dá tempo de esperar a ambulância. Tenho que
cessar esse sangramento e rezar para que a regeneração de Ricky seja o suficiente.
Ela arrastou o corpo do amigo para a maca mais próxima e deu início aos
procedimentos de primeiros socorros. Por sorte Mentix sabia o que fazer, ela não era
uma medica, mas, em sua vida já estudara bastante sobre primeiros socorros, muito
disso devido a ela se sentir como a suporte do grupo. Ela queria ser útil para os amigos
tanto no âmbito psicológico como no físico.
Ela conseguiu estabilizar os ferimentos e Ricky parecia estar estável, colocou os
equipamentos na enfermaria em ordem, pegou o que não estava danificado com o
combate que acontecera e os usou para ajudar a manter Ricky mais instável o possível,
pelo menos até que pudessem levar ele a um hospital caso fosse necessário e seus
poderes por si só não fossem o suficiente.
Já tendo ajudado o amigo ela pode dar atenção ao problema adolescente que
estava caído no chão. Estava na hora de voltar para a mente fragmentada daquele louco
e trazer Zack de volta.
Quando ela deu as costas para Ricky ela ouviu a voz do amigo bem fraca.
- Eu disse que iria criar uma abertura não disse.
Ela sorriu para ele antes que ele apagasse novamente.
- Nunca duvidei disso, nem por um momento. Agora descanse e se recupere
logo. Agora é a minha vez de lutar.
Ela não sabia o quanto iria ser perigoso tentar fazer o que estava preste a fazer e
nem sequer sabia se daria certo, mas era preciso realizar o impossível afinal, não é isso
que os heróis fazem?
36
Lá estava ela novamente naquele labirinto fragmentado que era a psique
defeituosa de Zector. Algo agora estava diferente, Mentix sentia que o lugar de alguma
forma estava mais hostil, era como se ele tivesse notado a sua presença e quisesse fazer
com que ela fosse expulsa de lá.
Mentix tentou se ocultar o máximo que pode, mas era quase impossível,
caminhar estava difícil. Ela sabia que tudo que estava acontecendo era apenas a forma
como a sua própria mente interpretava as diversas barreiras mentais que a impedia de se
aproximar cada vez mais do âmago do doutor.
- Zack!
Mentix chamou antes de avançar. Os estilhaços de memorias, desejos, e
esperanças de Zector desapareceram no momento do grito e então tudo foi substituído
pelo escuro.
- Você quer entrar no fundo de minha mente Geroi? - A voz de Zector soou pelo
ambiente. – Vou te levar para o fundo.
Seja o que fosse que sustentava Mentix e a impedia de cair, desapareceu e ela
despencou psique a dentro em alta velocidade.
- Aqui dentro eu sou um Deus. – Zector disse sorrindo enquanto ele mesmo.
Não em um corpo adolescente, mas sim a versão a qual Mentix conhecia apareceu em
sua frente enquanto ela ainda estava caindo.
Não fazia sentindo ele estava parado falando com ela e ela continuava caindo.
Mentix aprendeu a controlar a sua mente e a ignorar a falta de logica da psique humana.
Zector levantou o braço e o corpo de Mentix parou de cair, ela ainda não
conseguia se mover, ele começou a torce ela.
- Eu poderia te matar aqui com apenas um estalar de dedos, me pergunto como
seu corpo iria reagir com a morte de sua consciência. – Zector disse enquanto apertava
Mentix.
Ela berrava de dor e agonia, era uma dor que apenas a mente humana poderia
conceber. Nada se comparava a isso e então a dor cessou.
- Eu infelizmente não posso fazer com que você morra, pelo menos não ainda.
Não sei como seria capaz de desperta com sua morte e duvido muito que seus amigos
idiotas fossem capazes de pensar em como me acorda também.
- Onde está o Zack? – Mentix perguntou de forma afrontosa.
Zector sorriu com seu rosto enrugado e passou a mão em sua careca olhando ao
redor.
- Ele está preso, não posso mata-lo, entretanto, a mesma prisão que foi capaz de
me prender é que está o segurando, mas não se engane você nunca será capaz de chegar
até ele.
Mentix começou a ri.
- Você acha mesmo que é a primeira mente consciente de minha existência que
eu adentro? – Ela riu mais ainda. – Você nem sequer é a mais poderosa. Eu só queria
saber onde estava o Zack. Obrigada.
Uma barreira azulada se formou em volta de Mentix e ela sorriu para Zector
enquanto movimentou seu próprio corpo para baixo.
- NÃO! – Zector vociferou enquanto vai a heroína fugindo de seu controle. – Eu
sou um DEUS AQUI DENTRO! EU CONTROLO TUDO!
Ele agitou as mãos a cruzando fazendo com que o caminho de Mentix fosse
interrompido por uma muralha invisível. Sua barreira bateu na parede e ela nesse
momento esticou as mãos para frente e pode sentir a barreira mental de Zector ruir com
a pressão exercida por sua mente.
Ela continuou avançando e se permitiu olhar para trás, movimentando os braços
como um maestro, Zector fazia surgia diversas barreiras e armadilhas na frente de
Mentix.
Na primeira delas surgiu um conjunto de espinhos e Mentix teve de realizar
manobras de esquiva que seriam impossíveis de serem feitas se não fossem pelo fato de
tudo aquilo não ser real. Ela se esquivou do primeiro espinho, pegou impulso passando
por cima do segundo com a mão, um quase a atingiu, mas a sua barreira mental a
protegeu, outros 3 se projetaram em sua frente, Mentix foi mais rápida concentrou
energia neural em seus punhos e os esticou fazendo se manifestar uma rajada de energia
que destruiu os 3 espinhos.
Mentix enquanto descia cada vez mais ao fundo pode ver as lembranças, desejos
e todas as outras emoções de Zector que ele tentava internalizar, soube que estava
chegando próximo quando passou pelo primeiro fragmento da lembrança da infância do
doutor.
A lembrança retratava o pai do próprio Zector dando uma surra em sua mão na
frente do garoto. Para a criança seu pai é como um monstro e os monstro que temos na
infância não desaparecem nos apenas enterramos eles.
Mentix soube disso no momento que a mão gigante do pai de Zector em forma
animalesca indescritível tentou a segurar. Ela se esquivou por um triz e olhou de relance
para a criatura, o corpo dela não tinha fim, os movimentos dela eram rápidos demais
para alguém da sua altura. Mentix esquivava e tentava atacar, entretanto o monstro não
era um medo seu e por isso ela não podia superar a criatura.
O único capaz disso estava nesse momento criando mais e mais obstáculos que a
aprisionasse. Ela sentiu a mãozorra da criatura atingindo a sua barreira quando não
conseguiu passar pela barreira de espinhos que surgiu em sua frente.
- Ninguém pode escapar de meu pai! – Zector gritou. – Vocês gerois me acham
um monstro?! Conheça o que é um monstro de verdade!
Mentix sentiu sendo pressionada. Seu nariz fora da mente de Zector começou a
escorre sangue. Ela não estava conseguindo se manter firme contra o medo do doutor.
- Eu não sou qualquer uma! – Mentix gritou de dentro da mão do monstro,
tentando força a barreira para continuar a protegendo. – Você diz que é um Deus na sua
mente! Você só se esqueceu de uma coisa! - Ela começou a instabilizar a barreira.
- Eu...!
A Barreira se expandiu um pouco mais abrindo a mão do monstro.
- SOU..!
Ela forçou ainda mais seu poder que fez com que a barreira além de afastar a
criatura começasse a ganhar forma.
- A...!
Agora a Barreira tinha tomada a forma espectral e gigante com tons azulados da
heroína.
- MENTIX!
A forma espectral ficou tão grande quanto o monstro Zector tentou criar uma
forma de se defender quando viu o punho gigante e azul da heroína vindo em sua
direção passando por todas as barreiras.
O Soco atingiu o corpo do velho por inteiro o arremessando para longe do fundo
de sua mente. A criatura que até então era gigante e indestrutível, passou a se encolher e
se amedrontar diante a força mental que Mentix exercia.
Naquela forma Mentix pode olhar para o fundo da psique de Zector e lá viu o a
versão jovem do doutor aprisionada e encolhida em um canto de sua cela chorando. Ela
encolheu a manifestação de seu poder voltando ao seu tamanho normal. Agora nada
mais a impedia de chegar até a mente do garoto.
- Senhorita Mentix, o que faz aqui? – Ele perguntou ao reparar a mulher indo em
direção a ele.
- Vim te salvar.
- Impossível. – Ele disse. – Meu pai ou meu eu verdadeiro me aprisionou aqui.
Ela sorriu para ele e botou a mão na tranca que parecia metal e a mesma naquele
momento se abriu. Zack se levantou e ainda com medo e duvida começou a caminhar
para fora.
- Nada impede dele me colocar aqui de novo quando você se for.
- Isso não vai acontecer.
- Como você pode ter tanta certeza?
- Eu vou estabilizar sua mente. Você não será o Zack e tão pouco será apenas
Zector. Eu vou te estabilizar, vou acabar com essa troca de personalidade, mas o único
que poderá escolher o caminho que vai trilhar a partir de agora será você.
Zack olhava e piscava para ela sem entender direito como ela faria isso.
- Quando eu acabar aqui. Tente ser bom Zack, estamos contando com isso. Não
obrigue os vigilantes terem que prender você.
Zack concordou e então Mentix se concentrou, a mente de Zack que até então
era um escuro avassalador tomou cor e ele observou admirado enquanto era sugado
para sinfonia coesa que Mentix fazia em sua consciência.
Os últimos pensamentos sentimentos que Zack conseguiu ter antes de sumir era
apenas de gratidão e Mentix sorriu e percebe isso. Ela não sabia se estava ajudando ou
piorando as coisas ela só soube que dessa vez ela não fugiu, por bem ou por mal ela foi
uma heroína novamente.
Tie-in
Agente H
Hunter desceu a esacada do laboratorio abandonado. Ele cuspiu no chão ao ver
os corpos semi formados do herois dentro de grandes tanques. acendeu um charuto e
sentiu nojo do esperimento.
Sua mão foi ate a a arma que estava em sua costa, era um grande trabuco
adptado para as mais diversas situações. Tinha lança granada. modo escope, riflie,
metralhadora para os grande momentos, esse sim era o tipo de experimento que Hunter
gostava. Ele tambem carregava um braço mecanico que era acoplado a um exoesqueleto
tecnologico que ele podia vestir como uma mochila, esse braço copiava seu movimento
com exatidão e o ajudava no manuseio de sua arma.
Lá fora já era noite, ele sabia que tinha que ser rapido, Algo chama a sua
atenção.
Ele vai ate uma mesa no canto e pega um prancheta de madeira.
Começa a ler, vê sobre as diversas etapas do procedimento e no fim vê a
palavra: "FALHO"
Ao ler aquilo sentiu um misto de nojo e algo revirar em seu estomago.
- Porra. - Ele disse enquanto descartava a prancheta para o lado.
Sempre que Hunter via algum esperimento de um cientista fudido da cabeça seu
estomago se revirava e ele sentia que fosse vomitar. Ele olhou novamente para os
corpos.
Como também era vitima de atrocidades esperimentologicas como essa ele
sentiu uma empatia vendo os progetos de corpos no tanque. Aparentemete um tal de
Zector foi responsavel por isso. Para sorte dele, ele não era o alvo a qual Hunter estava
atrás, por outro lado um babaca a mais na lista não iria fazer falta.
Hunter vasculhou o laboratorio e não encontrou nada que remetesse a
localização do tal Zector ou qualquer coisa parecida.
Viu um grande monitor no canto do lugar, a tela era enorme e parecia quase
tomar a sala inteira, essa que por sinal ficava em um subterranio em um dos bairros
mais afastado centro. Hunter se perguntou como diabos uma unica cidade pode conter
tantos laboratorios secretos, mas isso não importava. Ele se dirigiu ate o monitor e o
ligou. Assim que o fez um homem velho, careca, com a pele escura e um sotaque russo
começou a matracar sobre seu plano e coisas sem sentido direcionado aos Vigilantes.
- Que se dane.
Ele deu as costa enquanto o escutava o falatorio de como foi trabalhoso e que
todos os esforços iriam valer a pena e bla bla bla. Esse idiota estupido estava se
achando Deus ou algo assim e Hunter ficou de saco cheio bem rapido. Ele era o tipo de
pessoa, ou pelo menos costumava ser, que atira primeiro e pergunta depois.
Nunca ouviu um mega plano sem que ele apertasse o gatilho no meio do
discurso.
Ele sabia o que tinha que fazer, fazia e não se preocupava com essas merdas. É
claro que hoje em dia ele talvez não pudesse manter essa desplicencia toda em relação
ao que os vilões ou seus "alvos" queriam e planejavam.
Hunter nunca foi um heroi, ele era um mercenario. Ele É UM MERCENARIO,
mas desde que foi sacaneado por um super vilão maluco ele teve que dar um pause em
sua carreira de sucesso ate que ele possa achar e matar o cretino que fudeu com ele.
E como ele foi ferrado? HA! ai esta a piada.
Hunter sempre se lembrava do que rolou com ele quando via esses laboratorios.
Ele se lembrava de ter sido apagado quando foi tratar com um possivel cliente, a grana
era alta demais ele deveria ter desconfiado. O trabalho? Caçar e matar um Meta.
Ele geralmente não se envolvia com esses lance de pessoas que podem explodir
sua cabeça com um peido. mas naquele caso iria abrir uma execesão. Mas é claro que
tudo não passou de um maldito plano.
Eles queriam a mente e habilidades de Hunter.
Ele era um ex-agente de espionagem que foi treinado desde que era criança para
ser um super combatente, ele era estrategista, habilidoso e cuidadoso. So cometeu um
erro, quando ele foi apagado sem saber o que ouve, talvez um tipo de gás ou o poder de
um Meta, seja como for Hunter adormeceu e acordou preso a uma mesa de cirurgia
digna do doutor Frankenstein. Tinha aparatos enfiados em todos os seus orificios, sua
cabeça girava e ele ouviu a voz de mais de uma pessoa. Ele tinha uma memoria
fotografica e sempre lembrava de uma voz, mesmo que tenha a escutado apenas uma
vez.
A voz em questão era de uma mulher, ela era assistente do tal "Doutor", nesse
momento ela alertava o medico de que a cobaia ( Ele ) havia recobrado a consciencia de
novo.
De novo? Por quanto tempo ele estava assim?
Ele não conseguia sentir nenhuma parte de seu corpo, sinal que havia sido
dopado. Sentiu uma fria sensação de algo percorrendo sua veia quando o Doutor
mandou que sua assistente aumentasse a dosagem, seus olhos pesaram e com o peso
veio o apagão.
Acordou novamente sentiu os membros de seu corpo rigidos. O laboratorio
estava vazio, as luzes estavam apagadas, Entretanto por alguma razão ele enchergava,
não via cores e algumas coisas eram borrões, nesse meio tempo também, alguem jogou
alguma bomba de fedor no local pois o cheiros dos produtos quimicos, dos
equipamentos estavam muito forte, seu nariz foi impreguinado por toda aquele lugar.
Ao longe ele ouvia uma cacofonia de barulhos altos e estridentes, parecia algo que
vinha de um andar de cima.
Ele começou a se mover de vagar e notou a estranhaze de seu corpo, estava mais
rigido, não estava obdecendo direito. Ele tentou descer da maca e não notou o quanto
estava alto, caiu. Ele não deveria ter mais que 85cm pois tudo ali pareceu estar bem
maior e mais denso.
Algo chamou sua atenção enquanto aindava andava cambaleante pelo
laboratorio. Perto de uma das centanas de macas, tanques e quipamento viu no alto de
uma das mesas uma prancheta e com alguns pulinhos conseguiu alcançar e nessa
prancheta com muita dificuldade viu os dizeres " Teste dom Spike Hunter FALHO".
- PUTA QUE PARIU! - Ele gritou e sua voz saiu diferente, fina e estridente
como se a sua boca não fosse feito para emtir frases completas.
Ele se assustou e com o susto largou a prancheta e levou a mão ate a garganta,
sentiu unhas grandes demais encontar em uma garganta peluda.
Peluda?
Ele tatiou o corpo e olhou para as proprias mãos e viu patinhas quase que inutes
com garras e um pelo acinzentado ele andou pelo laboriatorio desejando com todas as
forças que fosse um sonho e quando finalmente no escuro encontrou algo que tinha
reflexo se viu por inteiro.
Gritou de pavor, chorou, balançou a cabeça negando o que via e desmaiou com
o pavor,. Quando finalmente acordou, não sabia quanto tempo havia se passado.
Lembrou de seu sonho e riu, novamente uma voz estridente ele se levantou e viu o
reflexo sentiu um enjoou e se descobriu incapaz de vomitar.
O reflexo não mais mostava um ser humano bonito e de estatura media como
era Spike Hunter, e sim um animal exotico australiano que fora usado em alguma
especie de cobaia maluca, ele nesse momento tinha se tornado um Coala.
Ele tentou correr ate a saida, mas estava mais lento e depois disso tudo
aconteceu de forma muito nublada,
Ele havia conseguido sair. Estava frio, chuvendo e era noite, viu se em algum
bairro perto de NashBay, sentiu o cheiro forte de maresia, quis morrer com os mais
diversos barulhos que estava ouvindo.
Quase foi atropelado, sua visão estava uma droga, ele correu. Algum idiota
achou que ele fosse um animal inofensivo a qual fugira de algum cativeiro. O instinto
de spbrevivencia falou mais alto e ele quase arrancou o nariz do homem um corte de
sua garra.
Ele estava furioso, estava confuso e acima de tudo apavorado. Correu por alguns
quilometros sem um rumo definido e então descidiu ir ate a casa de seu amigo Guther.
Ele não podia usar o telefone e andou por horas a fio e ate que encontrasse a casa de seu
amigo.
Levou algumas dias para convencer Guther que ele era Spike Hunter, levou
algumas semanas para que pudesse se adptar a sua nova condição, coisas que eram
involuntarias e se acostumar com sua nova vida, levou alguns meses ate que pudesse
recuperar alguma aptidão para combate.
Ghunter tinha contatos, conexões, acesso a equipamentos. Desde que se tornou
um Mercenario, Hunter sempre confiou nele para que conseguisse tudo que precisava
desde trabalhos a aparatos tecnologicos e foi assim que ele conseguiu o exoesqueleto
feito sobe medida, com esse trage, composto por raste de titanio e mais algumas outras
coisas as quais Hunter não entendia, o permetia manusear "Exodos" sua arma faz tudo
com quase a mesma precisam que ele manuseava quando ainda era um humano. O traje
também o permetia ergue ate 400KG sem muita dificuldade, o que o deu uma certa
mobilidade maior.
De certa forma, o corpo miudo tinha alguns beneficios, seu ofato estava mais
apurado e sua percepçao tambem. A vista era quase nula, ainda mais durante o dia. O
cheiro de pelo molhado era horroroso, ele não sabia como se limpar direito e nem se
arruma, então ele constantemente estava com uma aparencia suja e medonha.
Ghunter conseguiu para ele um olho bionico que tinha varias camadas de visões
e podia conceder a ele uma visão melhor ele aceitou com prazer fazer a cirurgia que
poderia o matar de substituição de retina, por sorte foi um sucesso ele trocou seu olho
direito por um supercomputador que o permetia enxerga (ou simular) com quase
perfeição a visão humana, sem contar a visão de calor, o infra vermelho e afins. No
olho ruim, ou seja o olho normal, ele botou um tapa olho pois aquilo mais estava
atrapalhando do que ajudando.
Agora ele era um Coala de tapa olho, charuto, com uma arma tecnologica maior
que ele e um exoesqueleleto externo que o dava uma aparencia meia comica, ele não
pode deixar de achar graça. Hunter sentia que ele mais parecia um personagem saindo
diretos das paginas de algum quadrinhos dos anos 90 do que qualquer coisa.
- Tem certeza que vai mesmo sair por ai matando cientista? - Ghunter perguntou
uma vez depois de uma sessão de treinamentos de tiro os quais Hunter praticava em um
galpão afastado da cidade.
- O que quer dizer? - Ele perguntou enquanto recarregava.
- Você perdeu Hunter. Aceita isso, tenta viver como é hoje, aproveita a situação.
Volta para o trabalho de mercenario e começa a cobrar mais caro, afinal, você é um
fudendo Coala com uma arma agora.
Hunter olhou o amigo que costuma ser mais baixo que ele agora era bem mais
alto. Ghunter era um homem de 1,70. Não era nada excepcional, tinha o cabelos num
tom avermelhados algumas sardas e era judeu, não tinha um fisico imprecionante e
sabia que em um mano a mano era melhor ter uma topeira no lado do que esse cara.
Mas para mexer com tecnologia, arruma trampos e essas coisas, ele era o melhor canal,
o melhor do pais, o mais inteligente e nunca foi pego ou rastreado.
- Eu tive uma ideia melhor - o Coala disse deixando a arma de lado e pegando
um de seus charutos que estavam na mesa. - Que tal você ir tomar no seu...
- Okay, Okay. - Ghunter pegou de uma parta a qual ele carregava a tira colo um
evenlope e deu para Hunter.
O Coala geneticamente modificado olhou com surpresa.
- É quem estou atrás?
- Duvido muito, mas pelo menos é uma pista. Esse cientista que ferrou você não
tem nome, não tem paradeiro ou então simplesmente ele é importante demais e tem as
costa bem quente.
Hunter bufou e abriu o envelope.
- Eu vou encontrar esse sujeito.
- Você devia realmente pensar sobre isso. Sua vida nos ultimos 2 anos tem sido,
comer, dormi e matar. Nossa, isso daria um otimo filme B de ação.
- Minha vida vai ser isso ate eu encontrar o desgraçado que fez isso e ele me
trazer de volta. - Hunter disse ignorando o comentario sobre o filme. - E quer saber
mais? Eu to cansado de ficar correndo atrás do proprio cu. To começando a achar que
você não quer que eu o encontre.
- Olha H, eu realmente espero que você ache esse cara logo. Eu to cansado de
dividir minhas coisas com um fudido da cabeça que nem você. Além disso, Quanto
mais cientista você matar, mais atenção dessa gente você chama e daqui a pouco um
alvo vai ta na sua cabeça e eu quero você bem longe quando uma cacetada de
mercenarios vierem atrás desse seu rabinho peludo.
- Você é tão sincero.
Ghunter sorriu.
Então assim era a vida. Hunter dirigiu-se para fora do laboratorio, mas um
trabalho que não levaria em nada. Essa era a vida dele caçar e matar cientistas malucos
no ituido de achar do Doutor D e assim deixar de ser a aberração que se tornou e voltar
a ser o Agente H.
Quer saber? Não.
Hunter descidiu que antes de ir ele ia explodir toda essa merda. Pegou umas
capsulas de explosivos que carregava as abriu com certa facilidade. Desencapou fios
dos equipamentos derramou oleos que eram inflamaveis e depois de tudo pronto
explodiu o laboratorio. Isso chamou atenção? Sim, mas Hunter estava satisfeito.
EDIÇÃO 10
Rei
37
Mentix piscou duas vezes antes de emergi da consciência de Zack/Zector.
Ela se sentia exausta, fazer o que fez custou muito da energia que restava desse
dia agitado a qual foi obrigada a fazer parte, mesmo assim, apesar de nunca ter desejado
voltar para isso, Inoue estava se sentindo bem. Ela olhou para o corpo ainda adormecido
de Zack deitado no chão e respirou de aliviou e começou a permitir que seu corpo
descansasse.
- Inoue! – Era voz de Paul vindo através de um dos altos falantes. – Inoue! Você
está me ouvindo? Inoue!
Ela piscou duas vezes, estava começando a se conectar com a realidade de novo.
- Paul? – Ela perguntou forçando o corpo a recuperar as energias e ficar em pé.
- Graças a deus. – A voz dele parecia aliviada. – Que está pegando aí? Beakman,
entrou em contato comigo. Parece ele disse que vocês estavam lutando.
- Sim, Zack era na verdade o Zector. Bem, não se preocupe o Galo e eu
conseguimos resolver isso.
Silencio por alguns segundos.
- Okay, isso é informação demais para um dia. – Paul disse. – E o Rick está
bem? Beakman disse que ele foi ferido.
Inoue arregalou os olhos, por um instante ela se esqueceu do Rick. Ela correu
até onde Rick estava enquanto ouvia Paul a chamando. Vendo o corpo de Rick na forma
humana sangrando no chão a fez temer de pavor.
- Beakman, chame uma ambulância!
Os curativos estavam abertos, Inoue não percebeu, quanto tempo tinha se
passado desde que estava travando uma luta mental contra Zector? 10 minutos, 1 hora?
Merda, Inoue não tinha como saber.
Ela se ajoelhou tentando pressionar a mão contra o ferimento que parecia ser
mais grave, o sangue jorrava farto, sinal que não tinha se passado muito tempo.
- Rick! Meu deus Rick! – Ela berrava – Fica comigo!
- Inoue, eu estou indo para aí! – Paul tentava gritar pelo fone. – Eu estou
tentando ir...
Silencio, por motivo o audio foi cortado. O Rick estava desacordado, Inoue não
sabia o que fazer. Sua mão e jaleco branco estavam com um tom de vermelho vivo.
- BEAKMAN! CHAME A AMBULANCIA! CHAME QUALQUER UM!
- Estou acionando os médicos e também os vigilantes, vou chamar todos que
poder como a senhora manda.
Inoue não deu atenção. Ela não estava escutando de verdade, sua cabeça estava
girando. Ela estava vendo o Galoman morre em sua frente e não podia fazer nada para
impedir. Ela tinha se chamado de Mentix não tinha nem um dia e toda a desgraça de ser
um heroi tinha voltado com isso.
Ver pessoas morrendo, ver a tristeza acontecendo, ninguém falava sobre essas
coisas quando falavam de ser super-herói. Cabeça rodando, lembranças voltando, seu
amigo morrendo. Gravitor assassinando pessoas inocentes enquanto os atacava. Estava
sendo demais, estava muito forte os sentimentos.
Lagrimas escorriam de seu rosto, sangue jorrava, agora não tão farto quanto
antes. Morte! Morte! Morte!
Alivio...
Sentiu uma mão em seu ombro.
- Sai.
A mão em seu ombro a empurrou para o lado.
Cabeça rodando.
Ela viu os milhões de nanorobôs tomarem conta de corpo de Rick como uma
nuvem de insetos. O zumbindo era alto, o sangue parava. Inoue se levantou. Olhou para
trás, Zector de pé mexendo no aparelho que comandava os nanorobôs.
- O que você está...?
- Quer ser útil Geroi? – O Garoto perguntou com arrogância e voz de um
adolecente.
Inoue balançou a cabeça.
- Então cala a boca. – Ele disse e sorriu. – Me deixa salvar a galinha.
- Zector?
- Não, prefiro Zack.
Inoue soltou o ar aliviada. Ela olhou para Rick agora envolto dos pés a cabeça
com pontinhos negros.
- Ele vai ficar bem? – Ela perguntou como uma criança com expectativas bem
altas.
- Não vou mentir. Ele perdeu muito sangue a sua situação não é boa, por sorte,
posso usar meu equipamento para força os poderes dele, como se fosse um buff, vou
aumentar a regeneração, mas provavelmente ele vai precisar de sangue.
Inoue lembra de ter visto bolsas de sangue em algum lugar na enfermaria.
Provavelmente não é a primeira vez que Rick passou por essa situação. Ela procurou até
que pudesse encontrar. Quando encontrou ela levou até Zack.
Ele pegou o bolsão de sangue e a olhou de cima a baixo.
- Obrigado.
- Eu que agradeço.
- Não, serio, obrigado por... – Ele parou de falar como se tivesse fazendo muito
esforço. – Por me fazer enxerga.
- Bem o sinal com o Big Guy foi reestabelecido. – Beakman disse.
- Inoue! Eu estou indo até aí. O Rick... Ele...?
- Não, ainda não. Zack está cuidando disso. – Inoue disse com seu tom de voz
mais tranquilizador o possível. – Ele vai ficar bem.
- Serio? Tudo bem então.
- E o Rodney?
- Eu estava indo pegar “ Ele” – Paul disse com ênfase no ele. Mas então, bem,
isso tudo aconteceu.
- Vai busca-lo Paul. Precisamos de uma reunião.
- Okay capitã. Eu vou buscar... Espera você disse Zack? Ele não tinha se tornado
um inimigo?
Inoue revirou os olhos.
- Resolvemos tudo. Agora faz sua parte, Mentix desligando.
Beakman encerrou a transmissão como solicitado.
- Eu não consegui contato com a Suprema. – Beakman disse.
- Espero que ela e o Erick estejam bem.
Zack arregalou os olhos de susto, como se tivesse lembrado de algo.
- Vocês soltaram o Phatom?
- Espero que sim.
- Não! O poder dele é incontrolável e ele é perigoso.
Inoue o olhou e cerrou os olhos. Por um momento ela sentiu raiva como se o
garoto ainda fosse o vilão, e bem, a mente dele estava no controle então talvez ele fosse.
Ele poderia estar nesse instante matando o Galoman ao inves de o ajudar, como disse
que faria.
- Foi você que o prendeu.
- Não, foi o antigo Zector que o prendeu! Eu não tive nada com isso, para todos
os efeitos futuros o meu “antigo eu” está morto. Porém escute, eu falei sério quando
disse que o rapaz era perigoso. O potencial genético dele é diferente, ele controla a
células mortas, seu poder não tem sentido. Ele.... É como se ele controlasse a morte. Ele
é perigoso. Zector no começo quis sim o estudar, mas depois que seu potencial, ou
verdadeiro poder foi liberado. Zector, manteve ele preso não por sadismo, mas para a
proteção.
- Proteção? Essa é boa.
- Falo sério. Eu... Ele! Ele, nunca quis destruir o mundo, nunca foi esse o
objetivo, matar e essas coisas eram efeitos colaterais. Mas Phatom, precisa da morte, ele
precisa disso para poder existir.
- Explique melhor isso. – Ela disse cruzando os braços.
- Eu.... Eu não sei, quando você me estabilizou, apesar de organizado, muita
coisa está faltando. Eu sei que não é uma boa ideia ter soltado ele.
- Erick não é um experimento que deu errado. Ele é nosso amigo, nossa familia.
Seja o que quer que ele tenha passado, ou seja lá o que você fez com ele, nós vamos
resolver isso juntos. Nós brigamos, nos odiamos, mas que familia não briga?
Zack não respondeu. Ele olhou em direção a Rick na máquina, suspirou...
- Bem, eu sei que estou com fome. Não tem refrigerante e batata frita em algum
lugar por aqui?
Inoue não respondeu.
Ela pensou no que Zack disse sobre Erick, ela tinha acabado de desferir uma
bravata, mas no fundo de sua mente e de seu coração ela se questionou por um
momento...
“E se Zack estiver certo? Será que devíamos ter investigado mais antes de
soltar nosso amigo.”
Inoue não saberia dizer, mas no fundo de sua mente, desejou para que a reposta
para aquilo fosse um não.
38
Megacity. 23h53min.
Correndo pela mata, conseguia ouvir o barulho de estrada ao longe. O barulho
dos carros passando em tempos espaçados pela rodovia fazia com que ele se
questionasse se devia ou não ir por esse caminho.
E também, ele estava correndo. Por que estava correndo? De quem ele estava
correndo? A mulher loira o chamou, que podia vooar e era bem forte o chamou de um
nome... Phatom?
Não.
Erick. Seu nome era Erick?
O barulho dos carros estavam ficando maior. Parou de andar. Deixou-se respirar
e so agora percebeu o quanto estava cansando. Seus pés doiam. sentou no chão. Olhou
para o céu por um momento, pensou melhor e se levantou.
Onde estava a mulher loira... Mulher loira... Suprema? Não! Lindsay. O nome
dela era Lindsay. Por que fugir da Lindsay?
Cacete.
Fome, Sua cabeça estava latejando. Espera, vozes? Centenas dela na mata.
Varias vozes diferentes.
Pedidos de ajuda, choro de crianças, gritos de agonia.
Erick fechou os olhos pode ouvir melhor. Os gritos pareceram o cerca e de
repente, ele se sentiu rodeado de pessoas, mesmo que instantes atrás não ouvessem
ninguém naquele lugar.
A mesma coisa aconteceu, ele lembrou, quanto tempo tem? Foi antes? Não, foi
hoje. Ele disse uma palavra, um comando. Todos os espiritos se materiarizaram, era
como se ele pudesse guiar essas almas. Podesse comandar essa almas ao seu prazer.
Elas estão presas, acorrentadas ao chão. Ele lembrou, a palavra de comando.
- Erguam-se.
Ele abriu os olhos e se viu rodeados de almas, todas translucidades e eram
pessoas comum de idade variadas. Os espiritos estavam em silencio em sua frente. Ele
nunca viu aquela pessoas antes, não sabia o nome delas, suas idades e nem sua historias
mas sabia exatamente como cada um daqueles individuos morreu.
Ele sentiu o peso dos fantasmas que estavam quietos como se estivessem
esperando o discurso, como se esperassem ordens.
Sentiu uma sensação estranha de responsabilidade, como se o que acontecesse
com eles naquele ponto seria de por causa dele.
Ele levantou o seu dedo indicador e e depois o baixou novamente e todos ali se
ajoelharam para ele. Ele olhou para os 30 fantamas ajoelhados ao seu redor.
- O que eu sou para vocês? - Erick perguntou serio.
- Nossa luz. - Um dos espiritos, um garoto de 16 anos sarnento, ele fugiu de casa
em uma bicicleta e foi atacado por um urso. Seu rosto estava meio mastigado e sua
roupas estava em frangalhos, foi uma morte lenta e dolorosa e nenhum héroi apareceu
para o salvar.
- Nosso guia. - Uma mulher de meia idade com marcas de ematomas respondeu.
Ele encontrou seu fim ao ser atacada por um homem que conheceu pela internet. Ela
achou que seria um simples passeio no parque e não foi, e nenhum heroi a salvou
naquele dia.
- Nossa Salvação. - Uma criança que havia se perdido dos pais quando eles
foram acampar disse. Ele deveria ter 6 anos. Ela estava correndo quando caiu em um
barranco e quebrou o pescoço e nenhum heroi surgiu para ajudar.
Erick começou a sentir raiva. Ele passou anos presos, torturado e sem herois? O
que aconteceu? Ele também não foi um heroi um dia?
- Nosso rei. - Um velho que havia sofrido um infarto a alguns anos e morreu
sem receber nenhuma ajuda e nem foi resgado disse:

"Nosso rei!" "Nosso rei!"

Outros foram dizendo na sequencia e todos estavam falando como uma voz
unica. Erick sentiu o peito inundar de algo que não soube descrever o que era. Um
misto de alegria e sensação de proposito.
Ele não sabia o que fazer com esses fantasma, pensando bem, comandar esses
pobre inocentes para que lutasse parecia errado.
Antes de fugir ele havia feito isso, sentia algo agora. Culpa? Ele havia feito que
espiritos atacassem sua amiga como uma orda de morto vivo enquanto tentou tirar a
vida de um homem.
Seu estomago revirou, ele correu em direção a arvore mais próxima a sua
esquerda e vomitou. Ele se sentia enjooado. Não entendia o que estava acontecendo e
nem onde ele deveria estar.
- Eu não sou o rei de vocês. - Erick disse enquanto limpava o vomito da boca
com a costa da mão. - Sendo bem sincero, eu nem sei quem sou nesse momento.
Os espiritos não responderam nada e mantiveram-se ajoelhados sem levar o
olhar em sua direção. Ele piscou duas vezes e sua barriga roncou.
- Esta com fome, senhor? - Um dos jovens de 15 anos perguntou, esse rapaz
morreu quando tentou vender erva para um policial infiltrado em um esquema, as coisas
sairam do controle e no meio da fulga ele foi baleado.
Sem herois nessa historia também.
Ele confirmou a pergunta do garoto que ascentiu com a cabeça e depois
desapareceu. minutos depois o garoto retornou com um pedaço de hamburgue com uma
mordida e meio copo de refrigerante.
Erick arregalou os olhos enquanto o jovem espirito extendia a oferenda a ele.
- Onde você... - Sua barriga roncou novamente.
Descidiu que não devia questionar e somente aceitou a comida. A primeira
mordia fez com que ele se lembrasse de como era um shopping, as pessoas andando
com bolsas de compra. Ele sempre ia para mesma loja da Nike e ficava olhando um
Jordan.
Erick não tinha dinheiro para comprar nada na época mas isso não impedia de
sonhar, e isso aparentemente não impediu que ele se tornasse um rei.
O gole da bebida fez sua mente ficar mais relaxada, quanto tempo tinha que ele
não comia bem assim? O lanche foi devorado em questão de minutos e então ele deu
um leve sorriso e olhou para os pés sujos e com bolhas, a dor de ficar em pé sem um
calçado começou a se revelar conforme a adrenalina ia passando. Ele se sentou e olhou
para o jovem que havia trago a comida para ele.
- Me consiga um Jordan, um calçado para mim.
Ele não esperava que o espirito fosse comprir um pedido tão especifico, o
espirito apenas ascentiu e desapareceu.
Foi certa de alguns minutos dessa vez, talvez 10 ou 20, fato é que o impossivel
novamente se fez presente.
O espirito voltou não apenas com um tennis e sim com o tennis a qual ele
desejava quando jovem.
Ele arregalou os olhos e não conseguia dizer ada, estava um pouco assustado,
mas em algum lugar em seu corpo, lá dentro ele estava animado.
- Belo tenis Erick, eu ja vi você com um recorte de revista com a imagem dele
em seu quarto quando jovem... - Lindsay disse enquanto pousava entre Erick e a parede
de fantasmas.
Os espiritos se levantaram e a olharam com um tom ameaçador.
- Podemos conversa? - Ela perguntou sem força o avanço em direção a Erick.
Ele se levantou e os espiritos abriram um corredor a qual Lindsay andou com
uma sensação incomoda de estar em perigo e sabia que a qualquer momento eles
poderiam ir contra ela sentia que já teve sua cota de luta contra fantasma do dia já
atingida.
- Vamos conversa Lindsay.
39
Erick tinha 15 anos quando descidiu, junto de seu melhor amigo Stewart, a
fundar os Vigilantes. Era incio dos anos 2000. Eles estavam vendo o garoto Rodney
fazer uma planta base do que seria o celeiro.
- Vamos botar uma IA com a voz do beackman Rodney. - Paul suplicava
mexendo no cabelo do garoto de 14 anos que estava visivelamente emburrado com a
situação.
- fala para ele gasparzinho, Imagina só. O Professor Beackman, sempre vai ser
divertido.
- Eu não acho que vá ser... - Rodney começou, mas foi enterrompido pela jovem
menina japonesa que estava sorrindo centada com os pés balançando em uma das
cercas.
- Rodney, o Paul esta considerando a ficar mais de um mês nisso se for
necessario, algumas das ideias dele para te convencer envolve puxar sua cueca e dedos
babados... Eca. - Ela disse rindo.
- Para de ler minha mente garota esquisita. - Paul disse fingindo uma forte
irritação. - O Erick, camarda ela esta fazendo de novo.
- Inoue. Quantas vezes eu já disse para você não... - Erick que se sentia um
irmão mais velho dos amigos junto ao Stewart começou a dizer, mas se interrompeu. -
Espera ai! Quantas vezes eu ja disse para não me chamar assim?
Paul riu e voltou a implicar com o Rodney que virava os olhos.
- Eu acho a ideia do Beackman legal. - A jovem Lindsay disse enquanto tentava
aprender a flutuar. Aparentemente ficar parada no ar era mais compliacado que voar.
Erick olhou para ela e para o jovem Rick que não tirava os olhos da garota que
praticava com os poderes. Ele imaginou que Rick estava preocupado caso a garota
caisse, apesar de Lindsay ser a mais resistente ali.
- Você não acha Rick... ai... ai... - Lindsay caiu.
Rick prontamente se jogou para salvar a garota, mas ele foi lento e desajeitado e
os 2 caiu. Rick estava no chão e Lindsay estava sentada em suas costas. Ela começou a
ri e Rick ficou sem graça com as bochecas vermelhas.
- Eu acho que vai ser engraçado. - Rick disse tentando desviar o assunto.
- Beleza, 5 contra 1. - Paul disse animado. - Assim que o Stue chegar a gente
tem o voto de Minerva.
Rodney passou os dedos em circulo envolta de sua tempora.
- Primeiro, não existe voto de Minerva, e mesmo que o Stewart seja contra a
essa ideia ridicula eu seria voto vencido de qualquer forma e...
Paul estava com um sorriso de vitorioso.
- Você está so implicando comigo, não é?
Paul não respondeu e continuou a sorri.
- Odeio você. - Rodney saiu andando e pensando em como iria simular a maldita
IA de um jeito funcional.
Erick riu, a vida era boa. Ele imaginou que aquilo nunca iria acabar. Ele desejou
que aquele momento nunca acabasse.
Uma sombra se progetou no céu e ele viu Stewart chegando e sabia que estava
na hora da pratica dos poderes. Eles eram jovens, eles eram inocentes, eles eram
sonhadores e uma familia e aciam de tudo naquela epóca, eram herois em sua fase de
ouro.
Lindsay chamou Erick novamente que piscou duas vezes saindo da lembraça a
qual estava tendo.
- Erick, você me ouviu?
Ele olhou para ela e se sentiu sujo, como ele pode tentar matar a Lindsay, o peso
da culpa era forte demais.
- Lindsay eu...
- Tudo bem Erick, não foi culpa sua. - Lindsay disse para tranquilar o amigo ela
andou em sua direção e estendendo a mão para o tocar.

NÃO

Erick se afastou do braço dela de forma brusca e os fantasmas fizeram um sinal


de avançar. Lindsay fez uma pequena expressão de tristeza.
- Eu sei quem eu sou, eu sei quem é você mas... - Erick disse. - Sinto como se
tudo isso fosse errado. como não sei que isso é só mais um do experimentos de Zector,
mas uma de suas torturas?
- Zector não é mais um problema. - Ela disse de forma calma. - Ninguém mais
vai te ferir Erick, eu salvei você.
Erick sorriu por um segundo, depois disso viu os espiritos. Como Lindsay
poderia ser tão seletiva, porque a vida dele vale mais do que a de todos esses fantasmas
que morreram sem ajuda, porque ele merecia ser salvo, enquanto tantos morreram nas
mãos de Stue e...
Erick se tremeu de pavor.
- Por que eu estou vivo?
Lindsay não respondeu.
- Por que eu ainda estou vivo, Lindsay! Por que tantos morreram sem receber
ajuda e eu estou vivo?
Lindsay não disse uma palava sequer e se sentou observando o amigo chorar de
agonia e dor. Erick não conseguia compreender qual o sentido dele continuar a existir.
Ele compreendeu o que estava errado, era a vida, a vida estava errada. Ele olhou para os
fantasmas e por um momento sentiu inveja deles. Eles não iriam mais sofrer com a dor
da perda, com o sentimentos e nem com a dor da vida.
- Eu quero morrer Lindsay... Eu... Oh deus... Eu preciso morrer.
Lindsay continuou a olhar ao o amigo e por um momento sentiu pena do homem
negro, vestindo pequenos farrapos como uma roupa de hospital e calçando um Jordan.
Ele era uma coisa, ela começou a entender. Ele era o Erick, tinha suas memorias, mas
ele não era mais o seu amigo.
Ele era um eco de um passado ja destante e um pensamento sobrio passou por
um momento em sua cabeça, de fato, talvez fosse melhor que ele estivesse mor... NÃO!
Ele precisa de ajuda, e não o tipo de ajuda que a Suprema ou nem mesmo a Lindsay
poderia dar.
Erick Começara a chorar copiosamente sem conseguir conter, os espirtos olhava
e a vida pesava.
- Você que me ajudar Lindsay? - Ele perguntou em meio ao choro. - Me mata,
me livre dessa dor.
- Você precisa de salvação Erick. Você não é assim, você é otimista.
- Dana-se o maldito otimismo, Lindsay!
Ela mordeu o labio inferior em agonia, era sempre dificil ver Erick nesse estado.
Na verdade, ela não lembra de ver o Erick nesse estado, exceto no dia que todo acabou
de vez, a luta contra Gravitor.
- Stue, ele... Lindsay, como você consegue dormi a noite? Como você consegue
sorri e viver bem sabendo do que o Stue fez? Sabendo do que nós fizemos. Como você
ainda pode ser a Suprema?
Lindsay baixou a cabeça. Ela se sentia culpada também, mas o que ela poderia
fazer? Ela tinha que ser forte. Tinha os gemeos e as pessoas de sua vida para cuidar.
- Isso foi a 10 anos... Erick. Você estava preso por 10 anos.
Erick pareceu ficar embasbacado com a noticia.
- E eu não sou mais a Suprema. Eu voltei para essa vida apenas hoje desde
aquele dia. Eu entendo o que você sofreu e eu entendo que sou a ultima pessoa do
mundo que pode te dizer algo mas, Eu tenho 2 meninos que precisavam de mim. Eu não
posso me dar ao luxo de deitar e morrer por algo que eu não pode evitar. A culpa
daquelas mortes é do Gravi...
- NÃO! - Erick gritou e os espirtos se oriçaram para atacar. - Não! Não, ouse
falar que não somos responsaveis por aquilo. Você não entende... Se nós... Se nós não
tivessemos feito aquilo, Se a gente tivesse conversado com o Stue, se a gente tivesse
parado com o grupo um tempo talvez hoje nós estariamos unidos.
- O grupo não acabou por aquilo apenas, você sabe bem que a gente já não
estava bem. Antes de acontecer aquilo tudo. As brigas do Paul com o Rodney, a minha
relação com o Galo, a Inoue indo cada vez mais e mais longe. Nada estava bem Erick.
Ele sentiu um misto de raiva de sua amiga, Não sabia como ela não podia
entender algo tão simples. Mas na verdade, uma duvida bateu em sua mente. Seria o
Stue realmente responsavel? Ou seria a vida?
- O que aconteceu com o Stue? Onde esta o Gravitor?
Lindsay abaixou a cabeça.
- O que aconteceu com meu amigo Lindsay?
- Ele esta preso. Não o vi desde aquele dia. Para ser bem sincera duvido muito
que algum de nós tenha o visto desde aquele dia.
- Vocês simplesmente o abandonaram.... Depois de tudo que aconteceu?
- ELE MATOU PESSOAS ERICK!
- E eu também! - Erick disse caindo de joelhos no chão.
Lindsay não soube o que dizer. Ela não sabia o que fazer nessa situação ela
apenas o olhou em permanceu em silencio.
- As memorias estão voltando Lindsay. Eu estou lembrando de tudo.
40
O ano era 2010. As coisas não estavam indo bem entre os vigilantes, 2 anos
tinham se passado desde a morte da namorda de Gravitor. Stewart estava cada vez mais
recluso e raivoso. Ele estava quase sempre proximo de cruzar a linha.
Erick sabia que ele e o amigo deveriam conversa, eles se conheciam desde
sempre, muito antes desse lance de ser um Meta acontecer.
Eles eram vizinhos, seus pais eram amigos de infancia também. Para dizer a
verdade, ele e Stue eram praticamente irmãos.
Ele marcou de o encontrar no "Delicias do Denis" uma cafeteria que eles
frequentavam desde os 12 anos. lá era como um point para eles.
Depois da primeira vez que o Vigilantes venceram um vilão, eles comemoraram
nesse ugar, ele virou quase que como uma segunda base para ele. O clima familiar e
amigavel poderia ajudar o Stue se acalmar e passar por esse momento dificil.
Eles tinham 25 anos. Na verdade ele iria fazer 25 anos, Stue era 3 meses mais
velho. O que de alguma forma fazia que ele fosse uma especie de irmão mais velho que
todo o irmão mais novo admira.
É, eles dariam um jeito iriam passar por isso. Parando para pensar, eles já
passaram por coisas ruins antes.
Quando Erick tinha 6 anos, ele pegou catapora, e adoeceu bastante e Stue não
deixou de dormi na casa do amigo nem um dia sequer.
Essse era o tipo de homem que o Stue era, um heroi mesmo antes de ter poderes.
Stue era um heroi mesmo antes de ser Gravitor e Stue continuaria um heroi mesmo
depois das ultimas trajedias.
Erick pegou a mesa favorita deles, que ficava proxima ao antigo fliperama, Era
um jogo do Pac Man, depois passou a ser um jogo dos tartarugas ninjas e hoje em dia
era um nada. O chão ainda tinha a marca do quadrado onde o antigo jogo ficava.
O Cardapio do deu uma atualizada também nesse meio tempo, mas isso não era
importante. Ele sabia o que pedir, sempre soube um Milkshack de Morango, Fritas e um
X-bacon. Era sempre o lanche favorito deles.
A comida favorita, o lugar favorito e o amigo favorito. O Stue tinha sorte de ter
Erick em sua vida.
Stewart entrou na lanchonete, algo estava errado. Ele estava olhando para os
lados, estava ofegante, seus olhos estavam arregalados. Ele parecia esta tendo uma crise
de pânico. Ele se sentou e enquanto sussurrava algo incompreensivel.
Ele estava usando um sobre tudo marrom por cima de seu uniforme de heroi.
Parecia haver marca de sangue na barra. Ele olhava para os lados como se estivesse
procurando alguem.
- Você esta bem Stue? – Erick perguntou olhando para o amigo com
preocupação.
- Foi,ela... Ela... Ela...
- Stue, do que você ta falando cara?
- Inoue! Ela fez isso. Ela fudeu nossa mente. Você não vê! – Stewart gritou. –
Elizabeth morreu e a Inoue mexeu com a minha mente.
Erick ao ouvir o nome começou a lembrar vagorosamente desse nome. Ela era a
ex namorda de Stue... Quando tudo isso aconteceu? Ele começou a força a lembrança e
tudo começou a ficar confuso em sua mente.
A garçonete trouxe os 2 milkshakes e Erick sorriu quando pegou o copos e
empurrou um em direção a Stue que não pareceu se importa.
- Calma cara, se A Inoueu fez algo, a gente conversa com ela. Alias com todo
mundo. Ta tudo muito estranho nos ultimos anos e tenho certeza que o Rod também ta
planejando fazer alguma besteira e...
Stue jogou o Milkshack contra a parede usando seus poderes e todos da
lanchonete pareceu olhar para ele. Erick sorriu para acalmar as pessoas.
- Certo, Certo gente. Desculpa por isso. Apenas escorregou. Eu limpo. – Ele
olhou para o amigo. – E Stue, fica calmo cara. Vamos conversa. Você claramente não
esta bem.
- Eu vou mata-lá. – Stue disse desa vez calmo e olhando diretamente nos olhos
de Erick.
- Matar... A Inoue?
Ele gelou por um momento, nunca tinha visto Stewart tão estressado quanto
agora.
- Você não entende! È a unica forma de salvar a equipe. É A unica forma de
proteger o mundo. Ela é uma vilã Erick, confia em mim.
- Não cara, você ta falando merda. – Erick disse serio. – Olha, sei que ta
nervoso. Mas a Inoue não é uma vilã. Ela é nossa amiga. Nossa familia, e sinceramente
ainda que ela fosse, nós não mantamos.
- NÃO? – Stewart disse alterando a voz novamente e chamando a atenção de
todos. – E a 2 anos atrás?! Eu disse para não atacar. Mas ninguém me escuta! Galoman
causou aquela explosão e aquilo matou as pessoas, aquilo matou a Elizabeth!
- Stue, calma cara...
- Não! Eu me lembro de tudo. Hoje eu me lembrei de tudo. Por isso estava tão
confuso. A gente fez merda e a Inoue tentou passar a borracha na nossa memoria para
que a gente pudesse esquecer. Para que eu esquecesse a Elizabeth.
- Tem que ter uma explicação para isso tudo. Voê não pode esta falando serio.
- Eu vou fazer o que eu deveria ter feito a anos atrás. – Stue se levantou. – Vou
eliminar os vilões de verdade. Inoue quer manipular os vigilantes? Então vamos ser
herois.
Erick se levantou e também.
- Não, vamos sentar e conversa e você vai se acalmar. – Ele disse enquanto
colocava a mão em seu ombro.
- TIRE SUAS MÃOS DE MIM! – Stue disse esticando a mão direita em direção
a Erick que foi arremessado para trás em cima de uma familai que estava observando
tudo com medo.
Stue começou a flutuar.
- Se você não esta comigo, então também esta contra mim vilão.
Stewart nesse momento estava cego de raiva, ou pior estava completamente
alucinado. Erick se levantou e cerrou os punhos.
- Não temos que brigar Stue. Vamos conversa em casa e...
- Eu so vim aqui entender melhor e saber quem mais esta contra mim.
- Como assim quem mais.. Esse sangue na sua roupa. Stue o que você fez?
Ele não respondeu.
- STEWART! O QUE DIABOS VOCÊ FEZ? – Erick gritou pegando o
comunicador. – Paul! Você esta ai? Alguem na base?
O silencio foi insurdecedor. Erick comçou a chmar o nome dos amigos pelo
comunicador ate que ele ouviu a voz de Paul. Ele respirou aliviado.
- Ai minha cabeça... – Paul dizia pelo comunicador. – Cacete! Erick! Você tem
que saber! O Gravitor pirou cara! Ele ta indo atrás de você. Ele cismou que somos seu
inimigos. Nós protegemos a Inou. O Rick foi ferido. Ele fugiu.
Erick olhou para Stue enquanto Pual avisa tudo que ele tinha feito pelo
comunicador.
- Ah Stue.. Por que ta fazendo isso, cara? Eu sou seu irmão. Você vai mesmo
atacar meu irmão.
Stue parou e o olhou por um momento. Uma lagrima escorreu dos seus olhos.
- Eu não quero ter que fazer isso com vocês. Eu não quero fazer isso com você
Erick, você é meu irmão. – Ele estendeu a mão em direção ao amigo. – Mas heróis de
verdade devem fazer aquilo que é dificil.
Gravitor levantou a palma da mão e fez com que Erick e mais alguns inocentes
atravessavem a parede com um forte empurrão gravitacional. Algumas pessoas se
feriram, Erick viu a possa de sangue escorrendo de uma pilha de escombros que estava
em cima de um corpo. Ele viu uma mão de criança para fora do escombros.
Gravitor saiu flutuando para fora da lanchonete. Erick agiu apor impulso. A luta
começou. Depois de pouco tempo a nave dos vigilantes chegaram. A batalha se
extendeu pelo centro. Stue começou a parecer ficar mais e mais louco conforme pessoas
iam morrendo e os vigilantes não estavam conseguindo conter seu lider alucinado.
Ele tentou salvar as pessoas, tirava gente do caminho. Deixava pessoas
intangiveis. Salvava o maximo de pessoas que conseguia ate que foi atingindo por um
destroço que caiu quando Big Guy estava com talvez 10, 12 metros e foi jogado contra
um predio. Depois disso escuro.
Erick abriu os olhos. Ele estava emergindo de um tanque com um liquido
esverdeado. Ele viu um adolecente com uma prancheta na mão e com um forte sutaque
que parecia ser russo.
- Certo imbecis. – Ele disse. – Vamos tentar de novo.
Erick tentou dizer algo mas foi tomada por uma onda de choque que não sabia
de onde vinha. A dor era insuportavel e então escuridão novamente. Quando sua mente
voltou a emergi ele estava amarrado em uma maca de metal frio, estava nu e sentiu
alguma coisa remechendo em sua barriga, novamente uma dor alucinante.
Ele não conseguia pensar. Não conseguia entender so conseguiu sentir: Dor,
medo, confusão, dor, medo, confusão, dor, medo, confusão!
E assim foi se seguindo. Erick, começou a aceitar sua nova condição e começou
a desejar morrer de verdade. Começou a sentir que a vida estava o castingando.
Elmbrou das pessoas morrendo, de alguma forma isso era pior que a dor. Ele conseguia
sentir as pessoas morrendo. Ele via os cadaveres de mortos e mortos no chão.
Erick começou a se culpar e então mais:
Dor, Medo, TRISTEZA, escuridão, Dor, Medo, tristeza e escuridão.
Ele pensou sobre as pessoas, elas deveriam levantar e sair dali. Elas não estavam
mortas, pois ele nmão estava morto, elas não podiam estar mortas. Elas...
DOR,MEDO,RAIVA,ESCURIDÃO.
Cada vez que Erick emergia, ele estava em uma situação diferente, estava em
uma tortura diferente e antes de apagar sempre via as mesmas pessoas deitadas e
inconcientes e tudo estava ficando mais e mais dificil. Um dia ele acordou. Viu um
grupo de homens de jalecos brancos de costa para ele. Eles pareciam estar discutindo
algo sobre um tal de Zak. Não importa. Ele ativou seus poderes. E ficou intangivel e na
sequencia ficou invisivel.
Ele estava respirtando ofegante o um dos doutores escutou a respiração e se
virou e viu a maca a qual Erick deveria estar preso estava vazia e isso fez com que ele
gritasse e corresse ate um painel de computador que tinha um grande botão vermelho.
Ele apertou o botão e um alertya começou a suar pelo...
Erick olhou para os lados e começou a percebe onde estava. Era um laboratorio.
Quanto tempo havia se passado? Os vigilantes ainda estavam lutando? Onde está o
todos? Quem o tirou da luta e o trouxe para cá... Ele instintivamente levou a mão a
cabeça, a onde a preda deveria ter o atingiu e sentiu um cicatriz, ele lembrou de morre.
Mas não lembra de ressucitar. Seria esse o pós vida?
NÃO
Uma voz suou em sua cabeça. Ele se levantou e passou pelo cientista enquanto
etstava invisivel e viu varios e varios corpos no chão, mas por algum motivo todos os
corpos estavam parecendo pedir sua ajuda. Pareciam pedir alcilio. Erick via os mortos
falarem.
Nesse momento ele estava em um limbo, não estava morto e nem vivo. Erick
queria entender melhor, ele olhou para os cientistas e csentiu raiva. Começou a lembrar
do rosto das pessoas que o torturava, do rosto das pessoas que não deixava ele morrer.
Ele queria entender melhor isso então apenas pediu para que os mortos o contasse.
Deois que se morrer a vida deixa de ser um misterio. Ele precisava que esse
misterio acabasse. Ele precisava que essas pessoas se erguessem.
- Ergam-se! – Erick disse deixando de ser invisievel.
Os cientistas que nesse momento estavam armados e todos procuravam Erick o
viram e gritaram. Alguns tentaram atirar. Outros atiraram nos fantasmas. Erick desejou
que isso parasse. E os fantasmas pareceram entender pois, todos atacaram os cientistas
que foram enconfenhados por um grupo de homen e mulheres fantasmagoricos e alguns
dos cientistas caiam no chão, gelados e cadavericos, como se tivesse tido toda sua
energia vital sugada e isso fez com que Erick se sentisse melhor, mas isso também deu
a ele uma fome a quale ele não percebeu que estava sentindo.
Isso começou a fazer ele se sentir estabilizado. Ele ouviu a voz do garoto ao
fundo. A mesma voz que escutou algumas vezes, a voz que o torturava, o sotaque
russo.
- Isso é novo. – O garoto adolecente comentou sem parecer esta com medo.
Erick se virou para ele novamente e so tinha um pensamento naquele momento.
Era matar. Ele precisva acabar com isso. Acabar com a tortura ele precisava... Uma
onda de choque o tomou e então:
ESCURO!
Erick voltou a se sentar. Ele olhou para Lindsay, sabia o que tinha feito, ele
escapou umas 2 ou 3 vezes e mais gente tinha morrido. Mas o que mais lhe assustou
nesse momento é que ele se sentiu bem com isso. Talvez não fosse assim tão diferente
de Stue. Então, porque ele deveria o julgar?
- Nada disso foi sua culpa. – Lindsay disse.
- Não, tudo isso foi nossa culpa.
- Vamos para casa. – Lindsay disse por fim.
Erick a olhou e abaixou a cabeça.
- Vai embora Lindsay. – Ele dise sem sentimento. – Eu não tenho mais casa.
Não ate entender minha nova função no mundo.
Lindsay cerrou os punhos.
- Você esta instavel, é perigoso. Você tem que vir comigo.
- Lindsay, eu não sei o meu lugar no mundo mas de uma coisa que sei. – Erick
disse se levantando. – Eu sou o rei.
Os fantasmas atacaram Lindsay e Erick deu as costas indo em direção a
escuridão da mata.
EDIÇÃO 11
Ele Voltou
41
Erick escutou os gritos de Suprema ao fundo. Ele sabia que isso não iria mata-lá.
Alias ele nem queria matar a amiga. Apenas queria ganhar tempo.
Ele não tinha mais casa, não tinha mais onde ir. Não queria machucar os amigos
e a fome de vida a qual ele sentia com certeza não era natural. Ele precisava de ajuda.
Uma ajuda a qual os vigilantes não poderiam dar.
Após muito andar ele chegou na pista. Ele não estava apresentavel e imaginou
que conseguir uma carona ate o centro na situação atual a qual ele se encontrava seria
impossivel.
Ele começou a andar pela lateral da pista. Não sabia quanto tempo levaria para
que ele pudesse chegar a qualquer lugar que fosse.
Ele ouviu ouviu um barulho de um motor antigo vindo atrás dele em direção ao
mesmo caminho a qual estava indo e ele pensou em ficar invisivel, mas descidiu que
não deveria por fim. Alguem poderia ficar com pena dele e fazer algo para ajudar.
Uma pequena van antiga, branca e verde piscou o farol duas vezes para ele
sinalizando que iria enconstar.
Ele olhou para o homem magro, com dreads e um oculos redondo pequeno e
avermelhado. O cara tinha um cheiro de fumaça vindo dele e do carro. Usava uma
roupa colorida e um coletinho jeanz com um simbolo da paz em um azul bordado a
mão.
O homem estava com um cigarro na boca, ele baixou os oculos por um
momento para que pudesse ver Erick por inteiro. Erick percebeu que os olhos
vermelhos do sujeito.
- E ai Carinha, pisante maneiro. - O homem disse elogiando os calçados de
Erick. - Ta afim de uma carona peladão?
Erick sorriu para o sujeito e quando percebeu ja estava no banco do carona do
homem.
- Meu nome é Norville Scooby, mas o pessoal me cama de Éden. E esse aqui é
meu paraiso cara. Eu moro nessa Van.
Erick apenas concordou sem dizer nada.
- Se não é de falar muito né? - Éden perguntou. - Ai, se quiser umas roupas, eu
tenho umas ali no fundo. So não liga para o cheiro da erva.
Erick agradesceu e pulou o banco para trás. Ele pegou uma camisa verde basica
e uma calça marrom. todas com cheiro engraçado. Éden era um pouco mais alto que
Erick então a roupa ficou um pouco larga. Ele voltou para o banco da frente e se sentiu
mais civilizado.
- Então carinha. Você parece esta meio perdido.
- Em que sentido?
- Em todos na real. Principalmente aqui. - Éden disse tirando uma das mãos do
volante e botando em seu peito.
Erick não disse nada. Ele olhou para baixo.
- Você esta precisando dar um tapinha cara.
- Dar um o que?
- Da verdinha amigo.
- Esta me oferecendo droga?
- Eu estou te oferecendo felicidade.
Erick ergueu a sombrancelha.
- Eu preciso de outro tipo de ajuda. Uma coisa mais... Sei lá. - Erick disse
cabesbaixo.
- Bem, talvez você precise dar uma passada na casa da magia. Falar com meu
parceirinho Leondine.
- Quem é Leondine?
- Ele é tipo.... Tipo um cara que mexe com uns bagulhos bizarras e macabras
que lida com um monte de coisa de outro mundo. Ele me ajudou algumas vezes e
inclusive teve uma vez que eu... SANTA MARY JANE!
Éden pisou no frio antes que ele pudesse bater na mulher morena que acabou de
surgir na frente de seu carro. O carro parou centimentros de distancia da moça que
olhou para Erick com um olhar de tristeza. Era Lindsay.
Erick não se moveu ele olhava para ela e ela o olhava. Éden viu aquilo e botou
a mão no ombro do rapaz a qual estava te ajudando.
- Sua amiga?
- Complicado.
- pode crê... Bem, eu vou lá falar com ela. Da uma segurada.
Èden saiu do Van e foi em direção a mulher. Eles conversaram durante algum
tempo, Erick não conseguia ouvir o que eles estavam falando. Ele apenas tentou desviar
o olhar da amiga. Depois disso ele viu Lindsay levantando voou e saindo pelo céu.
Èden coçou a cabeça e voltou para o carro e voltou a dirigir em silencio. Alguns
minutos se passaram e Erick bufou.
- O que ela disse? - Ele perguntou com curiosidade.
- Bem.. Ela disse algumas coisas, mas...
- Mas?
- Cara, ela disse que te ama e suas ultimas palavras foram "Viva".
Erick não respondeu. Ele passou calado mais algum minutos pensando sobre
isso.
- Eu acho que sei onde eu quero ir.
Éden abriu um sorriso enquanto acelerava a Van.
42
Megacity 23h58.
Paul agradesceu por Inoue dizer que estava bem, mas no fundo, agradesceu mais
ainda por não ter que ir ate lá lutar. O olho da justiça estava no piloto automatica
enquanto Paul estava no canto da nave respirando ofegante olhando para as proprias
mãos.
-Merda, mais eu merda! - Ele dizia para si mesmo enquanto não conseguia para
de tremer.
Paul tinha vontade de descer a nave e pegar um ar ou correr um pouco. Sentia a
nave se fechando em volta de si mas sabia no fundo que isso era apenas a sua crise o
perseguindo como um serial Killer desses filmes B de terror.
Por um momento ele achou que tinha superado isso. Algumas horas antes Paul
achou que havia superado seu problema. Ele tinha lutado. Usou o poder por vontade
propria . Ele usou o poder por vontade propria ou isso foi um resquicio do que a Inoue
tinha feito mais cedo?
Ela pensou por um momento em ligar para saber, mas pensou em melhor e
descidiu que não queria saber. Era melhor imaginar que ele tinha feito isso por conta
propria do que pensar que ele não era nem mesmo capaz de salvar um amigo quando
necessitava.
A nave apitou indicando que ela estava proxima de pousar. Ela pousou na
frente de um grande predio Branco com vidros escuros e Paul leu a laca quando saiu
"Instituição Omega". Ele respirou fundo e andou para o predio e foi abordado por 2
seguranças. Eles estavam com uniforme azul e um deles colocou a mão na arma e o
outro ao percebe de quem se tratava abriu um sorriso.
- Não é possivel é o Paul Henderson?
O outro guarda tirou a mão da arma depois de também reconhecer o ex-vigilante
e ator de Hollywood. Paul abriu um largo sorriso para os homens.
- Eai Guarda Belo. - Ele disse brincando com o sujeito.
- O que um vigilante faz aqui? Eu vi um video seu mais cedo. Vocês voltaram? -
O segundo guarda que parecia mais novo perguntou animado.
- Mais ou menos... Escuta, eu posso entrar? Eu vim buscar meu amigo.
Os guarda se olharam.
- Claro, so vamos avisar para o doutor Sebastian que tem um vigilante na porta.
Um deles puxou um radio e falou com o doutor. logo o outro abriu caminho para
que Paul pudesse passar.
Ele andou pelo largo corredor e viu varios e varios equipamentos, passou por
alguns grupos de pessoas de jalecos, todas elas pareciam versões menos inteligentes e
mais agradaveis de Rodney, Os equipamentos também eram estraho, ele se sentia
entrando em um set de filmes Syfy. Ele não deixou de pensar quantos daquelas coisas
eram ideias ou tinham dedo de seu amigo.
Ele conhecia bem o Rodney, sabia que essa tal de instituição Omega deveria ter
2 momentos antes e depois que Rodney começou a trabalhar ali. Uma das cientistas
uma mulher ficou os ecando com o olhar, em outro momento ele daria uma de Joe
Tribbiani, de Friends, mas nesse momento ele tinah que agir como um amigo
responsavel e buscar o Rodney...Baixar o amigo da internet ou algo assim.
Isso tudo para ele era uma grande maluqueci, de manhã estava em Hollywood
sofrendo pressão enorme de seu empresario, fugiu dessa beteira e voltou para casa.
Agora, quase meia noite estava indo baixar o amigo de equipe da internet. Tipico coisa
de Vigilante...
Ele não pode deixar de se surpreender como era facil voltar para essa vida de
heroi.
Ao final do corredor proximo a salas mais afastada estava Sebastian que abriu os
braços ao ver o ator se aproximando.
- Big Guy! Que honrar ter o senhor aqui! - O Doutor que deveria ser o tal de
Sebastian disse cortando toda e qualquer cortesia ao abraçar de uma forma muito
pessoal o homem a sua frente.
Paul ficou sem graça mas retribuiu o abraço como se eles fossem velhos amigos,
sim, Paul era incrivelmente carismatico.
- Nossa, Uau. Eu nunca conheci um Vigilante tão legal antes.
- O senhor não trabalha com o projeto Zeta?
O Sebatsian levou a mão ate a boca e não conseguiu conter a gargalhada.
- Cara, como você é engraçado.
Paul levantou a sombrancelha meio surpreso pela reação do homem a um de
seus comentarios idiotas.
- Então... Ta. - Ele disse sem jeito.
- Eu trabalho sim com o Rodney mas ele... Bem... Eu não diria que ele vai
ganhar o premio "O Mais amigavel" se é que me entende.
Paul abriu um sorriso. Era o mesmo Rodney de sempre.
- Ele ganhou o primeiro " O pior amigo do ano" umas 19 vezes, na ultima
edição quem ganhou foi o Gravitor. - Paul depois, sentiu um calafrio pela piada que
fez. Que coisa horrivel.
Sebastian riu de novo.
- VIU! - Ele disse mais alto - VIRAM? Esse é o acar legal!
Os cientistas pareceram ignorar o chefe e ele voltou a se conter. Paul ficou um
pouco constrangido.
- Okay amigo, Eu so vim pegar o Mr.Simpatia e vou embora.
- Esse é o problema, Rodney não esta aqui. Ele saiu pela manhã, eu acho que era
um assunto de Vigilante. eu vi varios video hoje durante o dia. Inclusive eu vi você com
aquela bomba, aquilo, aquilo foi incrivel!
Rodney abriu o mesmo sorriso que dava quando um fã elogia o trabalho dos
vigilantes como herois.
- Servir e ajudar. - Ele disse com bom humor. - Bem, voltando ao assunto. meio
que ele mandou eu vir aqui pegar ele no computador ou algo assim.
Sebastian não respondeu. Ele ficou curioso e abriu a sala de Rodney. A sala
esava uma bagunça, peças e peças no chão. Maquinas reviadas, marca de queimado,
graxa e coisas que Paul não fazia ideia do que era e para o que servia. O grande monitor
no centro da sala estava ligado e com uma mensagem na tela "Deseja concluir o
Reboot?" e um botão de Sim e um botão de Não na tela.
paul foi ate o computador.
- Eu aperto aqui no Sim né?
Sebastian deu de ombros. Ele não fazia ideia do que estava acontecendo. Estaria
Rodney usando a sua sala de pesquisa como uma base de operação particular para ele?
Se isso for um sim, então ele teria que dar muitas explicações de porque um funcionario
tinha toda essa autoridade e como a verba da empresa estava sendo usada.
Ele engulu em seco quando viu Paul aperta o sim.
A parede do lado esquerdo se abriu revelando o corpo de Rodney nu enquanto o
computador completava o ligamento do que parecia ser um corpo reserva?
Seja que for Sebastiam sabia que pela manhã ele teria que dar muitas
explicações.
43
Paul começou mexer nas coisas espalhadas pelo laboratorio enquanto o upload
de Rodney terminava. Ele pegou um pequeno cubo na mesa, ele parecia ser algo
rescente. Ele ficou girando o cubo na mão tentando entender o que era essa coisa.
Sebastian estava rodando a sala procurando mais coisas secretas e
aparentemente não tinha mais nada a encontrar.
- O Doutor Rodney esta se clonando? - Sebastian perguntou passando a mão de
baixo de uma mesa tentando encontrar qualquer coisa que pudesse indicar um botão ou
algo parecido com um.
- Eu acho que deve ser um lance meio Exterminador do futuro sei la. - Paul
girou o cubo novamente. - Que coisa é essa..? Enfim, ele ez isso a 10 anos atrás. A
gente ficou meio surpreso e tals. Loucura.
Sebastian olhou para o corpo de Rodney que parecia estar dormindo em pé
enquanto recebia as informações necessaria para voltar a ser o mesmo babaca arrogante
que era.
- Eu sempre me perguntei se ele era um robo. Ele nunca me pareceu um
humano. Ele não é mais um humano né?
Paul olhou para o amigo e então se lembrou.
Voltando para 2010. Horas depois da luta contra o Gravitor. Rick estava ferido.
Lindsay estava cansada e a barriga já começara a apresentar sinal da gravides dos
gemeos, Inoue estava em choque, catatonica, ela repetia que a culpa não era dela sem
parar. Erick estava morto. Eles procuraram mas não acharam o corpo do amigo, muitas
pessoas tinham perdido a vida naquela noite.
Enquanto a Paul? Ele não parava de tremer. A lagrima escorria de seu rosto, e
ele não conseguia parar de tremer, seu corpo, suas mãos estavam com muito sangue,
sangue em que sua maior parte não era dela. Eram pessoas inocentes, pessoas as quais
ele esmagou, pessoas a quais se feriram e morreram porque ele era o Big Guy.
Rodney não estava junto ao grupo, ele simplesmente não apareceu. A luta
aconteceu e fenomenal Mind não tinha sido visto em lugar nenhum.
A nave pousou no inicio da manhã na fazenda de Rick. deveria ser quase 6 horas
da manhã. Eles foram se arrastando, feridos abatidos e desconexo da realidade.
- O Galo não esta cantando. - Paul comentou enquanto ajudava Rick.
- Paul, cala a boca. - Lindsay disse.
Eles foram para o celeiro.
- Beackman, entre em contato com o Rodney. - Paul disse enquanto entrava. -
Onde o 4 olhos esta?
- O Sr.Rodney esta aqui. Ele passou a noite toda aqui e Bom dia Vigilantes!
Paul olhou para os lados e não viu nenhum sinal de Rodney e sua mente focou
no fim da sala. em um canto e ele tomou um susto.
Rodney estava com uns eletrodos saindo de sua cabeça e se conectando a 2
pontos. O primeiro a uma maquina e dessa maquina em contrapartida levava a algum
ponto da sala mas aparetemente não estava concetatdo a nada.
Rodney soltou Rick que assim como todos ali estava tentando entender o que
estava acontecendo. Paul correu ate o Rodney que estava largado na cadeira.
- Ah merda, Rodney! Rodney! não faz isso cara!
O corpo de Rodney estava gelado. Ele não estava respondendo. Inoue botou a
mão na boca e as lagrimas escorreram pelo seu rosto. Lindsay não conseguia dizer nada
e Rick olhava em volta com raiva comos e pudesse encontrar o responsavel por aquilo.
Paul pegou o corpo de Rodney e colocou na maca.
- Beackman! Analisa ele!
- Senhor, infelizmente o senhor Rodney ele... - Beackman começou a dizer e foi
interrompido.
- NÃO! EU NÂO QUERO OUVIR ISSO! ANALISA ELE!
Inoue andou ate ele e botou a mão em seu ombro e disse entre soluços de choro.
- Eu olhei a mente dele... Não tem nada ali... Paul, ele, ele... O Rodney morreu.
Paul chorou e deu um grito ajoelhando no chão.
- beackman, as filmagens. Transmita o que aconteceu aqui na ultima noite. -
Rick disse enquanto se forçava a ser forte.
Lindsay estava sentada na cadeira e apenas com a mão no rosto chorando. A
noite estav demais. Tudo isso etava demais. Por que ela estava nisso ainda? Era isso que
o mundo reservava para os filhos dela? Não.
O monitor ligou, a transmissão começou. Paul olhou o video enquanto estava
sentado no chão aos pés da maca. Inoue estava sentanda ao seu lado. abraçando e com a
cabeça em seu ombro, buscando consolar e ser consolada. Rick estava de pé e com o
braço cruzado olhando atentamente o monitor, tinha medo de piscar e perde o que
aconteceu com o Rodney.
O Video começou a correr, Rick pediu para que a velocidade acelerace para 3x.
E para surpresa de todos não tinha nenhum inimigo, não tinha nenhum vilão a quem
culpar. Eles viram Rodney, aparentemente, por livre e expontanea vontade fazer aquilo
com ele mesmo. Viram Rodney posicionar um corpo muito parecido com ele mesmo,
aclopar um eletrodos no mesmo e depois colocar uns em sua porpria cabeça e ligar a
maquina.
Uma esuma espeça saiu de sua boca ele convuncionou por um momento
gritando de dor e depois de um tempo ele parou. O resto do video mostrou o corpo que
estava na maca, se levantando tirando os elotrodos e se retirando.
- De novo. - Rick pediu para Beackman repetir o video.
- Isso não faz sentido... - Paul disse.
- Sera que enquanto estavamos lutando algum vilão o cotrolou? - Lindsay
perguntou. - Temos vilões que dominam mente, o "Ideia" talvez?
- Não encontrei nenhum rastro de alteração neural. - Inoue comentou enquanto
se levantava. - Isso foi coisa dele. Ele fez isso sozinho.
- De novo. - Rick disse novamente para a IA.
- Gente, o Rodney se matou? - Paul perguntou sem conseguir se mover e ainda
tremendo.
- Ele não era suicida. Rodney era perfeccionista demais. - Inoue disse. - Seja lá o
que ele estava querendo fazer ele so fez quando estava 100% certo de que isso iria dar
certo.
- E o que ele queria fazer? - Lindsay perguntou. - Ele sempre dizia o que estava
planejando. Por que ele guardou segredo?
- De novo. - Rick disse novamente.
- Tipo... Merda, Primeiro Stewart, Erick e agora isso? Gente... Quando ser um
vigilante se tornou tão doloroso e horrivel? - Paul perguntou.
Nenhum deles respondeu a isso. Eles ficaram em silencio por alguns minitus.
- De novo - Rick disse quebrando silencio.
- Cacete Rick, para! - Lindsay gritou. - Não tem nada ai! PARA!
Ele olhou para ela com um olhar obstinado.
- É Galoman. - Ele disse serio.
- Você é um idiota! - Lindsay disse. - Ele morreu! Aceita isso. Não tem quem
culpar! Que merda!
Rick não respondeu.
- Hã... Gente... E o corpo que estava na maca? - Paul perguntou se levantando.
Todos olharam para a maca vazia a qual estava o corpo. Ele tinha se levantando
e saido. para onde ele foi? E o que era aquilo?
Eles escutaram a porta do Celeiro se abrindo e então viram o que parecia ser o
Rodney, sem oculos, sem as pequenas imperfeições que o fazia parecer humano descer
as escadas e ele olhou para os amigos.
- Vocês chegaram? - Ele perguntou de forma blazer. - Stewart foi levado para
cadeia. onde o Erick esta?
Galoman avançou contra ele e o segurou pelo colarinho o levantando.
- Que porra é você? - Ele perguntou raivoso.
Paul queria tentar separar mas para sua surpresa ele não saia do lugar e começou
a tremer. Ele segurou o braço para controlar a tremedera, ele escutou Lindsay separando
Rick do que quer que fosse aquele ser.
- Eu vou pedir apenas uma vez, não me toque sem minha autorização. Não quero
ter que me defender contra você.
- Rodney? - Inoue perguntou com duvida.
Ele a olhou.
- Sim, como posso ajudar a você Inoue?
- Não, não, não, não. - Rick disse. - O Rodney esta naquela maca ali. Morto!
Você é a porra de um robo!
- A composição do meu corpo é irrelevante. O que nos torna quem somos é a
nossa informações e experincias de vida. Tudo que me faz ser Rodney continua intacto.
- E a sua alma? - Paul perguntou.
- Alma? Ah sim... Esse conceito abstrato que vocês criaram para acharem que
são mais que impulsos e informações armazenados em uma mente. Não existe alma,
não existe Deus.
- CHEGA! - Lindsay gritou. - NÃO DA MAIS! NÃO DA!
Paul olhou chocado para ela.
- Rick, eu vou te perguntar pela ultima vez. Você vai vir comigo? Não temos
mais nada aqui. Essa foi a gota d'agua.
- Não é tão simples... O Mundo precisa da gente.
- Não! Você precisa disso. Não eu! Não eles! - Lindsay disse enquanto passava a
mão na barriga.
- Suprema. Espere, podemos concerta isso.- Galoman disse.
- Meu nome é Lindsay! - Ela retirou o oculos e os jogou no chão. - E eu não
tenho mais nada a dizer a você! Adeus, Galoman. Adeus todo mundo.
Lindsay saiu do Celeiro.
Galoman pegou o oculos e os olhou sem demonstrar nenhua reação.
- Ela ta certa... - Inoue disse. - Tem coisas que não da para concerta.
Inoue começou ir em direação a saida.
-INOUE! - Paul gritou e não conseguiu dizer mais nada, ele baixou a cabeça e
lagrimas desceram pelo seu rosto.
- Adeus Paul... - Inoue disse sem se virar para trás.
Inoue Saiu do Celeiro.
- Somos só nos 3. - Galoman disse. - Restaram nos 2 na verdade. Esse robo não
é o Rodney.
- Quer saber? - Rodney começou a dizer. - Vocês nunca me entenderam, vocês
nunca gostaram de mim. Eu não tenho nenhum motivo para continuar aqui. A verdade é
que vocês nunca me mereceram. Vou aonde minhas habilidades seram apreciadas de
verdade, onde não sou o esquisito.
nem Paul e nem Galoman disseram nada ao ver Rodney subindo a escadas.
Rodney saiu do Celeiro.
- Somos só nos 2. - Galoman disse olhando para a saida.
Paul foi ate ele e botou a mão em seu ombro.
- Acabou cara. - Paul disse. - Esse foi nossa ultima parada. Fim do passeio
Vigilantes, vamos pegar a foto na saida do brinquedo e dar o fora.
Galoman não disse nada.
Paul Saiu do Celeiro.
Sebastian estalou o dedo duas vezes em sua frente e Paul voltou da lembrança a
qual estava. Ele olhou para o cientista e dessa vez não conseguiu fingir esta tudo bem.
Paul não sorriu.
- Desculpa, eu toquei em um assunto sensivel? – Sebastian perguntou meio sem
jeito.
- Como eu disse... Foi uma loucura. – Paul respondeu.
A tela do computador deu um sinal que o upload foi concluido com sucesso e
Paul olhou para o corpo do amigo em pé que começou a abrir os olhos. Rodney piscou
duas vezes e abriu e fechou os punhos para ver se estava tudo certo. Quando ficou
satisfeito com a calibragem saiu de onde estava e foi ate Paul e Sebastian.
- Doutor Rodney! – Sebastian começou – O senhor tem muito que explicar e...
- O senhor quer que eu me demita? O senhor vai me demitir? Se para essas
perguntas ambas as respostas forem não então vou pedir para que o senhor guarde sua
baboseiras e perguntas estupidas para quando eu voltar ao meu espediente, para todos
os efeitos me considere de folga ainda.
Sebastian balbuciou algo que deveria ser uma resposta mas depois se calou.
- Como esta replicante? – Rodney perguntou. – Pronta para mais uma.
- Onde está meu corpo e as drogas? – Rodney perguntou ignorando o
comentario de Paul.
- Esta na nave. – Paul disse coçando a cabeça. – Era para trazer para cá?
- O que você acha? – Rodney perguntou irritado.
Paul abraçou o amigo que ficou sem jeito com as mãos para baixo.
- Cara, é bom ter você de volta.
- É bom esta de volta.
44
Rodney estava analisando o compostos quimicos e enquanto desenvolvia uma
forma de neutralizar os efeitos da droga. Paul estava sentado em uma cadeira giratoria
ainda mexendo no cubo e girando enquanto esperava Rodney acabar.
- Isso faz com que a gente possa se teletransporta? – Ele perguntou enquanto
girava o cubo na mão.
- Não. – Rodney disse sem emoção.
- Pelo menos fala. Eu to quente ou estou frio?
- Eu preciso me concentrar aqui. Você não poderia ficar em silencio?
- Sim, mas é chato. – Ele parou de girar. – Eu estava pensando... Acho que nem
demos chances de você se explicar. Do porque se transferiu para um androide doido.
- Isso não é um androide e nem um robo é na verdade um sintazoide. Eu posso
todos os orgãos de um humano normal. Os materiais que compõe meu corpo simulam
quase que perfeitamente o corpo humano.
- Tipo um replicante?
- Não, é algo como... Quer saber Paul? Esquece. Só pense que eu não sou
diferente de você.
- E quanto a Madeline?
- O que tem ela? – Rodney perguntou. Parando de digitar.
- Você vai ligar para ela ou...?
Rodney se virou para ele. Paul viu olhar de incomodo que o amigo estava. Ele
abriu um sorriso.
- Você merece ser feliz e isso aqui. – Paul disse abrindo os braços para o
laboratorio. – Isso aqui, não é vida. Antes, quando a gente era mais novo, você ainda
tentava.
- Não Paul. Eu era obrigado por vocês. Era obrigado porque eu achava que isso
era necessario. Não era, nada disso importa. Eu vou terminar de fazer isso e voltar aos
meus afazeres.
- Você é meu irmão. Quando isso acabar. Você vai vir para Hollywood, passar
um tempo comigo. Alias, todos vocês vão.
- Eu prefiro a morte.
- Essa oprotunidade já passou. – Paul disse rindo. – Vai ser divertido. Nós
somos familia. Passamos tempo demais longe uns dos outros.
- Porque você sempre tem que ser assim?
- Um cara legal?
- Um idiota. – Rodney disse se virando e voltando a digitar.
Paul saiu da cadeira e foi ate ele, botou a mão em seu ombro.
- É meu charme. Então, me explica de ai o que você esta criando?
- Criando um composto quimico que ira se espalhar por toda Megacity em
nanorobôs. Basicamente as pessoas iram respirar isso e isso ira neutralizar as celulas
artificiais dessa toxina expecifico. Não ira afetar quem é Meta.
- E como você sabe?
- Cresce.
- Ei! Eu perguntei sem piadinhas.
- E eu respondi sem também. Literalemnte cresça.
Paul olhou confuso e ativou seu poderes e cresceu alguns centimetros.
- Eu liberei a primeira leva aqui a alguns minutos. Como eu disse não afeta
meta.
- Uau. Que foda.
- Eu sei, eu sei... Eu sou fenomenal. Agora deixa eu acabar isso para que nós
possamos encerrar essa historia e...

ALERTA DE INTEGRIDADE COMPROMETIDA

O alarme soou e uma imagem apareceu como um pop up intrometido na frente


da tela de Rodney, a imagem mostava uma planta 3d da instalaçaõ “ A ILHA” a prisão
dos Metas, onde Gravitor estava preso por 10 anos. Varios pontos dela estavam
vermelhos mostrando sinais de comprometimento.
Paul viu pela primeira vez o desespero de Rodney que digitava rapidamente no
teclado. Ele estava em sielncio. Ele não sabia o que aconteceu. Sentiu um medo e um
sinal de mal precentimento. Sabia que o quer que tenha acontecido era grave demais.
- Você tem que ir para o Celeiro. – Rodney disse.
- O que ta rolando cara?
- Agora Paul! – Rodney disse aumentando a voz. – Você tem que ajudar.
Paul tremeu de medo. Ele não sabia o que estava acontecendo ainda. Mas sua
ansiedade estava mais de 10.000Km/h.
- Isso é o que eu to pensando? Essa é “A ilha” não é?
Rodney não respondeu.
- Rodney. Ele...
- Sim. Ele escapou.
- Como? – Paul começou a gaguejar. Não estava nem conseguindo formular
uma frase. – Merda... Como?
Rodney levantou da cadeira pegou o cubo a qual Paul estava interessado. Ele
sentou na mesa e começou a mexer rapidamente nele, com pequenas pinças.
- Sabe o que é isso? – Rodney perguntou de forma retorica. – Isso é um
estabilizador gravitacional. Ele cria um pequeno campo que ainda que a gravidade seja
alterada, ele analisa e converte uma pequena area para a gravida a qual nosso corpo esta
acostumado. É um prototico, vou fazer funcionar. Mantém ele ocupado.
- Isso realemente esta acontecendo?
- Sim. O Gravitor escapou.
EDIÇÃO 12
Gravidade
45
Megacity. Celeiro. 15 de Julho. 01h23.
Paul estava olhando para Zack com desconfiança. Ele acreditava que o
garoto\velhote era claramente o responsavel pela fulga de Stewart da cadeia. Ele estava
de braço cruzado tentando manter a pose de valentão enquanto escondia as mãos
tremula.
- Tem certeza que podemos confiar nele? – Ele disse levatando uma das
sombrancelhas em direção a Inoue.
Inoue estava assustada. Ele andava de um lado para o outro tentando entender o
que estava acontecendo. Ela olhava constantemente para maca a qual Rick estava
desacordado. Lindsay ainda não havia chegado e ela também pensava em Erick.
Paul sentia na verdade que estava revivendo aquele fatidico dia, foi quebrado
naquele dia e pensava agora o que aconteceria quando quebrasse mais ainda.
Zack estava monitorando a recuperação de Galoman, ele tinah enserido o
nanosrobôs em seu organismo e esperava que isso fizesse algum efeito, mas Rick ainda
estava inconciente.
- Eu vasculhei a mente dele antes, eu já disse. Ele não planeja nada. - Inou
respondeu ainda andando.
- Alguem soltou o Gravitor.
- Eu passei a maior parte de meu dia com vocês, Geroi. Eu não fiz nada. Quer
dizer, Eu tentei manipular e matar vocês mas isso foi antes da Mentix se livrar de
Zector.
Paul não respondeu. Ele olhou para o garoto de cima a baixo.
- Quer dizer que a nossa noite nãio acabou? Então tem mais alguem armando
contra a gente?
- Eu não estava trabalhando com ninguem. - Zack garantiu.
- Quer dizer o que? O Gravitor depois de 10 anos, soube por magica que a banda
estava se reunindo e esta vindo para tentar fazer seu solo? - Paul disse com raiva. - Ou
então já sei! O Beackman estava triste e soltou o Gravitor!
Inoue parou de andar. Ela olhou para Paul, foi como se algo estivesse se
ascendendo em sua mente. Ela foi ate a Pual e o segurou pelo braço.
- Sobre a banda? - Paul perguntou confuso.
- Não! Beackman! - Ela disse o soltando. - Beackman ligue! - Inopue disse
ligando a IA que estava inativa nos ultimos minutos.
- Olá Vigilantes! Que bom que vocês estão aqui.
- Oi Beackman. Me diz uma coisa, antes você tinah dito que a internet nos
amava e que o Rodney fez umas melhorias em você. Quais foram essa melhoria?
- Ah sim! Sobre isso! O senhor Rodney me concectou em todos os sistemas e
me deu acesso a internet. Minha capacidade de processamento também foi melhorada,
eu soube que em uma pesquisa rapida que para o mundo era mais eficiente que todos
vocês estivesse unidos do que não estarem.
Paul começou a entender o que estava acontecendo ele olhou para Inoue que
retribuiu o mesmo olhar de desespero.
- A IA de vocês soltou o Gravitor? - Zack soltou uma risada e tentou desfarça
constrangido. - Desculpa.
- Beackman, o que você fez? - Inoue insistiu.
- Bem, como eu estava dizendo, existe muitos forums que dizem e teorizam, que
todos os eventos que separaram vocês foi uma conspiração de algum super-vilão. Eu
analisei de forma logica a probabilidade disso usando de bases as noticias e tudo que
vocês, principalmente o Sr.Big Guy dizia em entrevistas antigas.
- O que você disse? - Ela perguntou desesperada.
- O mundo ama os vigilantes. O Sr.Rodney, me conectou ao sistema. E tudo que
a cidade usa de tecnologia foi progetada pelo Instituto Omêga.
Paul soube, tudo lá foi ou teve dedo do Rodney, inclusive a criança das celas de
contenção da Ilha.
- Eu tenho acesso a cidade toda, ele colocou que determinado locais so poderiam
ser mudados se um dos Vigilantes solicitasse isso.
- Mas ninguem solicitou que você abrisse a cela de Gravitor. - Paul disse
gaguejando e nervoso.
- Na verdade a Sra.Mentix disse a algumas horas exatemente isso:
" BEAKMAN! CHAME A AMBULANCIA! CHAME QUALQUER UM!

Paul lembrou das varias entrevistas onde ele mentia sobre o real estado da
equipe, ele era um ator no final das contas.
A Voz gravada de Inoue suoou pela alto falantes. Paul a olhou e ela desviou o
olhar.
- Eu fiz isso. Em todas as situações perigosas vocês resolviam por estarem
juntos. E eu so garanti o aumento de chance da probabilidade vocês ficarem bem.
Apenas fiz como me foi solicitado.
- Não era pera ter soltado ele... - Paul disse quase que sussurrando.
- Eu fiz mal? - Beackman perguntou e pareceu espantando.
- HÁ! - Zack disse. - Vamos todos morrer. Otimo, maravilha.
Inoue estava com a cabeça baixa e dizendo algo para si mesma. Paul foi ate ela e
a tomou pelos braços.
- Foi culpa minha Pual. Ele vai nos matar e a culpa foi minha. Nós mal
vencemos da ultima vez. -Inoue afundou a cabeça no peito de Paul e começou a chorar.
- Não tem como a gente vencer isso. Não hoje. não do jeito que estamos.
- Não foi culpa sua Inoue. - Paul disse reunindo forças. - Nada disso é culpa sua.
Me faz um favor. Entra na minah mente e me faça esquecer meu trauma.
- não posso, mesmo que seja por um momento isso pode fazer com que você
depois não se recupere, isso pode destruir a sua psiquê.
Paul deitou sua cabeça por cima da cabeça de Inoue.
- Eu sou o Big Guy baixinha. Não existe nada grande o suficiente que eu não
consiga lidar. Eu não vou quebrar.
Inoue se soltou dele.
- Eu amo você Paul. - Ela disse sorrindo em meio as lagrimas.
Paul sorriu para ela.
- Como diria um dos maiores herois da cultura Pop. Eu sei.
Ela deu uma risada sem graça. Botou a mão em sua cabeça. Foi em questão de
segundos Paul sentiu como se estivese no seu auge. Ele era um Meta maneirão, bonitão
e o mundo não podia com ele. Ele sentia como se pudesse lutar contra 3 Gravitor. Paul
não tinha mais ansiedade, ele olhou para Inoue e sorriu, dessa vez foi um sorriso
verdadeiro de confiança e convicção.
- Deu certo? - Inoue disse tirando a mão de sua cabeça. - Eu fiz você esquecer
que pode sentir medo. Fiz você esquecer que existe a ansiedade. Como você se sente?
Paul a tomou pela a cintura e a beijou. Zack desviou o olhar constrangido e
voltou a se concentrar no Galoman.
- Eu me sinto incrivel. - Paul disse sorrindo.
Inoue ficou com as bochechas vermelhas, ela foi pega de surpresa não disse
nada apenas deu um sorriso de cabeça baixa.
Um forte barulho veio de fora do celeiro, Era comos e metal estivesse sendo
puxado e retorcido. A porta da escada se abriu. Descendo as escadas eles viram um
homem com um olhar maniaco, barba longa com mechas brancas. cabelo grande vindo
ate as costa, um macacão Laranja com um numero de serie e no lado desse codigo
estava escrito: "Gravitor".
- Bem vindo Sr.Gravitor.
- Você ainda esta ligado Beackman? Que bom. - A voz grossa e rouca veio do
sujeito.
Paul deu um passo a frente ficando entre Inoue e Stewart. Zack estava afastado e
com a mão no relogio.
Gravitor olhou para Zack, olhou para Rick na maca e por ultimou deu uma boa
olhada em Paul e Inoue.
- Acho que esta na hora de termos uma reunião de familia. - Gravitor disse sem
sorri.
46
Ele acordou suando. Imaginou que talvez esse sonho fosse a puberdade, afinal já
tinha 13 anos.
Ele olhou para fora e viu que ainda estava escuro. Era madrugada.
Se espantou quando viu seu quarto remexido como se alguem tivesse jogado
tudo para o alto e largado algumas vezes. Sua mãe estava batendo na porta. Ela o
chamava em desespero.
Ele não soube naquele momento, mas essa foi a primeira vez que seu poder
Meta apareceu.
Algumas semanas se passaram e ele começou a manifestar mais e mais esse
poder ate que no fim passou a controlar o mesmo com mais facilidade.
Manipular a gravida. Alterar pontos especificos e deixar outros intactos. Aplicar
o aumento ou a diminuição de agravidade. Atrair ou afastar coisas. A Gravidade era o
que fazia o mundo funcionar. Ajuda a botar a ordem no mundo. Se ele era a
manifestação fisica dessa força, então ele deveria botar a ordem no mundo. Ele deveria
alcançar o topo. Deveria ser talvez um simbolo de ideal. Ser a força que deixa tudo no
seu devido lugar.
Mais meses se passaram e agora controlar os seus poderes agora era como
controlar a suas pernas. Ele so sabia o que fazer de força quase que primal. Ele nem
sabia, mas era um gênio quando o assunto era manipular sua habilidade Meta.
Ele se sentiu seguro para mostrar ao seu melhor amigo o que era capaz de fazer
e para sua surpresa descobriu que Erick assim como ele também tinha essas habilidades
que o tornava Meta. Erick sempre foi seu braço direito, se a pessoa que ele mais
confiava também tinha poderes para o acompanhar então era o mundo dando um sinal.
A primeira vez que eles falaram de forma uma super equipe ocorreu na
lanchonete onde eles iam desde sempre.
- Uma equipe tipo os Vingadores? - Erick perguntou puxando o Milkshack pelo
canudo de plástico.
Stewart havia acabo de compartilhar sua ideia com o amigo. Apesar de Erick ser
uma pessoa animada e confiável. Era dificil fazer com que ele entendesde a magnitude
que eles iriam causar no mundo. Era dificil entender a Gravidade disso.
- Eu tenho um objetivo. Guiar essa cidade, esse pais e um dia o mundo para um
ponto de ordem onde a desigualdade sera inexistente.
- O mundo todo é muito grande.
- Outros vão se juntar a nós. Erick, eu sei que tenho alguns defeitos. Mas
enquanto você estiver comigo, ser membro da minha equipe. Acredito que posso fazer
isso da forma correta.
Erick sorriu para ele.
- Eu vou esta aqui para por seu pé no chão. Eu prometo.
Stewart apertou a mão do amigo.
- Então, bem vindo a equipe.
Depois disso um ano se passou. Eles ouviram varios boatos de outros na mesma
escola que eles tendo comportamento estranhos. E pouco a pouco os membros do grupo
foram entrando e o último foi uma criança de 11 anos que era tratada como o garoto do
campo. O estranho. Esse era Rick.
- Esse garoto me entriga. – Stewart disse enquanto caminha com Erick para
casa.
- Uma criança galinha, realmente é uma coisa diferente.
- Eu quero conhecer esse rapaz.
- E como vamos encontrar ele? – Erick perguntou parando de andar. – Você
sempre faz isso, quando bota uma coisa na sua cabeça nada tira.
- Então ainda bem que sou um dos mocinhos, não é mesmo?
Depois de algumas semanas de investigação eles finalmente encontraram Rick.
Foi por acaso eles viram o jovem homem galinah derruba uma ladrões de bolsa usando
um cacarejo sonico enquanto estava voltando de uma mercearia.
Quando Stewart e Erick quiseram recrutar Rick a princípio ele recusou. Ele não
queria receber ordem queria ser o líder. Erick fez um trato com ele.
Se Rick fosse capaz de o vencer. Ele entraria para equipe dele sem desculpas.
Ele seria o novo líder. Rick aceitou.
Não foi preciso muitos luta para a criança de 11 anos cair derrotada. Na verdade
Stewart se surpreendeu quantos vezes aquele garoto caiu e se levantou novamente.
Rick estava no chão e viu a silhueta de Erick entendendo a mão para ele de uma
forma honrosa.
- Confie em mim que eu confiarei em você. Pegue em minha mão, prometo a
você que sob minha liderença seremos herois.
Rick olhou para ele e então pegou em sua mão e então oficialmente ele se tornou
um membro. Sob a supervisão de Stewart e Erick os garotos treinaram. Melhoram seus
poderes eram uma equipe de verdade.
Rick convenceu seus pais a deixarem seus amigos usarem o celeiro para ser sua
base de operação secreta e os pais achando que se tratava de brincadeira de criança
permitiram.
Quando eles finalmemte começaram a agir como equipe nos anos 2000 muitos
foram contra o grupo de jovem Metas fazendo a lei. Essa atitude foi chamada pelos
jornais de Vigilantismo.
- As pessoas não entende que estamos fazendo o bem? - O jovem Galoman disse
enquanto viu a imagem deles no jornal do dia.
- Eles só estão com medo da gente. Eles acham que podemos machucar alguem.
- Erick disse botando a mão no ombro do garoto.
- Bem, se eles querem nos chamar de vigilantes e então é isso que somos. -
Steawart disse sorrindo.
- Mas vigilantismo não é ruim? - Inoueu perguntou. - Eu sempre sou tratada
como monstro de qualquer forma, não ligo... Para Paul! - Ela disse apontando o dedo
para o garoto alto que fingiu esta sendo injustiçado. - Eu não sou uma esquisitona!
- Parem com as bobagens e escutem isso. - Stewart disse puxando o V que ele
fez em cartolina que seria o futuro logo da equipe. - Vamos mostrar para eles que não
importa o que somos. Nos damos significado ao nossos poderes. Se somos vigilantes
então vamos fazer essa palavra significar Heroi.
Todos olharam o líder sorridente. Quando Stewart colocava algo em sua cabeça.
Ele fazia o com que aquilo fosse possível e então para todos estava claro, apartir
daquele momento eles seriam os Vigilantes.
2002 O grupo já estava na ativa a um tempo. As pessoas começavam a
demonstrar uma certa admiração por eles. Eles eram uma equipe mas não era uma
familia. Eles se encontravam para treinar e lutar contra os vilões, mas não tinham muita
intereção fora isso.
- Eles não são nossos soldados Stue. – Erick dizia enquanto comia batata dos
“Delicias do Denis’.
- Não são, eles são herois. Vão fazer o que é necessario para salvar vidas. É para
isso que nós treinamos.
A discursão era a mesma. Stue se recusava a misturar a vida pessoal deles com a
vida de heroi e Erick defendia a ideia que eles deveriam ser mais unidos. Deveriam ser
uma familia de verdade.
- Se você continuar pensando assim eles seram apenas soldados e um dia seram
descatarveis. Eles respeitam um lider mas so vão seguir quem se importa.
Stue ouviu as palavras do amigo e pensou sobre as aventuras e sobre como a
equipe muita das vezes parecia desmotivada. Erick tinha razão. Depois disso eles
sempre convidavam todos para irem a lanchonete. As vezes eles se juntavam apenas
para ver filmes ou fazer coisas de adolcente normal e isso de alguma fomra melhoru a
sincronia deles. Eles de alguma forma passaram a ser uma familia de verdade.
2006 após uma das lutas mais dificies que os vigilantes travaram contra um
inimigo formidavel que era uma versão deles mas composta por garotos que estavam
sendo manipulados pelo vilão “Ideia”. Gravitor tomou a frente quando deu uma
entrevista para o mundo todo.
- Me escutem todos que estão vendo essa transmissão. Não acreditem em
promessas idiotas de que as pessoas podem fazer o que quiser. O mundo necessita que a
ordem exista assim como a gravidade. Eu, não, nós – Ele disse abrindo o braço e
mostrando todo o grupo de herois. – ajudaremos manter essa ordem. Eu sonho com um
mundo bom e puro, por isso pesso que vocês acreditem em mim e se agarrem em meus
sonhos, eu levarei a humanidade ao topo.
Esse discurso percurtiu em mais de um lugar. Inspirou outros herois, outros
Metas que também queriam fazer o bem. Muitos outros se tornaram heroi dando inicio
anquele ano no que foi chamado de “anos dourados”.
Uma conversa ocorreu nos bastidores. Stewart chamou Inoue para conversa a
sós e longe dos outros.
- Inoue, Você acredita na causa? – Ele perguntou serio.
- De salvar o mundo? Sim.
Eles estavam conversando no Celeiro. Essa conversa ocorreu na noite após o
discurso.
- O que eu disse naquele discurso foi serio. Mas as vezes as pessoas não entende
o que temos que fazer para alcançar a paz. – Ele disse indo de frente a um espelho com
as mãos atrás das costa.
Inoue o olhou como se ele fosse um ditador, um lider forte e uma parte dela,
memso sem querer admitir sentiu admiração pera figura imponente de lider.
- Sim, eu entendo isso. Nem sempre as coisas são... – Ela hesitou. - Tão simples.
- Verdade, essa conversa fica só entre nós. Eu confio em você para fazer o que é
certo. - Ele se virou para ela. – Eu tenho um trabalho para você. Eu sei que já dissemos
a você como é errado mexer com a mente das pessoas, mas as vezes temos que ir ate a
lama para pegar o porco. Você estaria disposta a sujar suas mãos pela causa? – Ele
perguntou estando bem serio.
Inoue apenas olhou para o homem e concordou com o que quer que tivesse que
ser feito. Ela sentia naquele momento que ele era a personificação do que é certo. Ela
nunca acreditou que o mundo fosse preto e branco e ela sabia que o uncio que
compartilhava dessa visão com ela era Gravitor, devido a isso se ele esta pedindo algo a
ela era porque realmente a coisa era seria.
- Faça aquelas crianças esquecerem que tem poderes. Elas são fracas e não iram
fazer parte do mundo que estamos construindo. Faça elas esquecerem que isso
aconteceu.
Inoue sentiu seu coração acelerar.
Stewart botou a mão em seu ombro.
- Posso contar que você mantenha nosso ideial seguro Mentix?
- Sim Gravitor. Prometo que o ideial sempre estara seguro independente do que
eu tenha que fazer.
Gravitor sorriu para ela.
Alguns meses mais tarde Erick conversou com Stue sobre o peso de dividir o
seu fardo com os demais e Stue era bem serio sobre isso. E a conversa, como sempre,
ocorreu no Denis.
- Sabe de uma coisa? Eu sempre pensei nisso. Se eu morrer como a causa fica?
Vocês teriam o necessario para guiar o grupo para seu verdadeiro proposito? Bancar os
herois, salvar pessoas é bom, mas veja bem Erick. No escopo geral nos não mudamos
nada.
- Nos inspiramos as pessoas a serem melhores.
- Não o suficiente. Eu acho que você não percebe o tamanho das coisas a qual
estamos lidando.
- Não é sobre o bem estar das pessoas?
- É sobre ordem. – Stue disse serio, pegou um hamburgue e comeu.
- Você fala como um ditador. Isso é errado, e a liberdade das pessoas onde entra
nisso?
- A gravidade não é uma ditadora do universo, ela é uma força que mantem a
ordem. Se uma pessoa se joga de um penhasco, a gravidade não impedente que ela pule,
mas a consequencias de suas ações faz com que ela morra. Para cada ação tem uma
reação, para cada movimento a um movimento oposto. Se você bate em uma parede a
parede te bate de volta, simples assim.
Erick olhou serio para Stue sem dizer nada. Stewart começou a ri e Erick
relaxou.
- Seu idiota. Eu achei que estava realmente falando serio. – Erick disse bebendo
seu Milkshack.
- A verdade Erick, é que eu acredito que as pessoas devem lutar pelas suas
causas. Eu tenho um sonho sim. O mundo tem que ser um lugar bom. O mundo sera um
lugar bom. Eu só reconheço como igual todos aqueles que buscam lutar pelo que é
certo. Esses eu respeito.
- Meu medo é você cruzar a linha para atingir seus objetivos.
- Você realmente acha que eu seria capaz de fazer coisas ruins assim em sã
conciencia? - Stue perguntou sorrindo.
- Não. – Erick respondeu retribuindo o bom humor.
A vida de Stewart nunca foi facil, escolhas dificeis sempre teveram que ocorre.
Mas depois de anos ele era o maior heroi do mundo. Liderava a melhor equipe e no fim
desse mesmo ano encontrou a menina que o fez ate mesmo por um momento esquecer
seu verdadeiro sonho. As coisas estavam indo bem, mas como tudo que a gravida joga
para alto uma hora desce.
47
O ano era 2008. Stewart estava se sentindo o cara mais sortudo do mundo.
Ele tinha era o líder do melhor grupo de super-hérois. Namorava uma a mulher
mais legal da cidade. O mundo soube do relacionamento deles um tempo atrás quando
ele foi descuidado e a levou para um pacio gravitacional e a beijou sem prestar atenção
em um dos paparazzis que estava observando de longe.
Era dificil ser famoso. A identidade da garota não era publica e logo já estavam
em todas as revistas de fofocas. Sites e as pessoas comentando pelos Forum na internet.
Ele tentou pedir aos seus milhares de seguidores no Twitter esquecessem isso e desse
privacidade a garota mas, como todo mundo sabe dizer isso para as pessoas é o mesmo
que dizer “VÃO! Invadam mais a minha vida!”.
A verdade que toda essa exposição estava deixando ele cansado. Ele tinha 23
anos, E fazia a mesma coisa desde que se lembrava.
E o que mais chocava Stue é que quando estava com Elizabeth a grande causa, a
missão maior, ficava em segundo plano. Ele em uma conversa ousou a falar com ela
sobre se aposentar um dia.
- Você conseguiria fazer isso? - Ela perguntou agarrada em seu pescoço
enquanto eles flutuavam um pouco acima de sua casa. - Consegueira viver sem a
equipe?
- Eles são minha família. - Stue sorriu. - Mas é de se pensar sim. Eles são
adultos. E o Rick podeira liderar a equipe. Poderia manter o ideial vivo.
- Isso não é muita pressão? Liderar os Vigilantes? Nenhuma pessoa suporta o
peso disso sozinha.
- Eu suporto.
- Você tem o Erick. Se tem uma coisa que você não esta é sozinho.
- Isso é verdade, mas sabe? A unica coisa que eu preciso é de você.
- É mesmo é? - Ela respondeu provocativa e rindo. - Me prove Gravitor.
Ele usou seu poder a puxando em sua direção e a beijou. Ela retribuiu o beijo.
Sua mão desceu pelo quadril da garota indo em direção a sua costa e ela parou de o
beijar e o empurrou.
- Você sabe que não podemos... - Ela disse hesitante.
Ele concordou e se desculpou.
- Sua religião. Eu sei. Desculpe.
- Não é que não quero é so que... Não é certo.
- Eu sei. Jamais vou desrrespeitar você.
- Eu sonho com a nossa primeira vez. Sera lindo e sera magico. Mas isso tera
que ser quando a gente se casar. Na nossa primeira noite como homem e mulher.
- Vamos resolver isso. - Ele puxou usando a gravidade a corrente do pescoço
que Elizabeth estava usando. A corrente tinha sido um presente dele. Ela torceu o ferro
da corrente a transformando em um anel.
- Casa comigo?
Elizabeth botou a mão na boca e lagrimas desceram pelo seu rosto.
- Serio? - Ela perguntou sem acreditar.
- Sim. Em 2 anos. Eu vou sair dos Vigilantes e em 2 anos vamos ser felizes para
sempre. Sem heroismo. Sem a causa.
Ela sorriu para ele.
- Promete que você não vai esquecer isso?
- Eu prometo.
- Eu serei sua esposa. Você sabe que isso quer dizer?
- Vamos ficar juntos para sempre.
Eles se beijaram novamente. A vida de Stue estava perfeita. Ate que aconteceu.
Alguns meses depois. Erick convidou Stue para conversa no Delícias do Denis.
Eles sentaram em sua mesa habitual e Erick não pediu nada. Ele parecia esta nervosos.
Erick empurrou uma carta em direção a Stue.
- O que é isso? - Stewart perguntou pegangando a carta e tirando so envelope.
- Considere isso meu amigo, uma carta de aviso previu.
Stue abriu sem entender e começou a ler a carta e viu que se tratava de uma
carta de admissão em uma faculdade publica em outra cidade. Erick estava anunciando
sua saida dos Vigilantes e a carta era para ter inicio no proxumo semestre.
- Faculdade? Você ta falando serio? Agora? - Stue perguntou sentido-se traido.
Erick levantou a sombrancelha.
- Eu esperava pelo menos um parabéns.
- Por abandonar a causa?
- Você esta noivo Stue. Você vai larga o grupo em 2 anos e nem se deu ao
trabalho de contar isso a ninguem. Não me venha falar de causa. Essa é a minha vida.
Stue se levantou.
- Não. Você me fez uma promessa. Você não esta dispensado. Eles não estão
prontos para perde nós 2.
- Você não é meu pai Stue. A vida é minha eu vou fazer essa faculdade.
- Eu sou seu líder. Você tem que me ouvir. Não entende a gravidade disso? Eles
não podem te perde Erick.
- Eles ou você? E pela ultima vez. Não somos os seus soldados. A Causa é mais
importante que a família?
Stewart não respondeu. Nem mesmo ele sabia a resposta para essas perguntas.
Ele baixou a cabeça e não disse nada.
Erick se levantou.
- Quando você descidir agir como um adulto nós conversamos.
Erick saiu da lanchonete e Stue ficou parado e sem nem olhar para o amigo que
foi embora. Stewart so saiu da lanchonete quando a garçonete disse que ele estava
assustando os clientes ou ele se sentava e pedia algo ou ia embora.
Naquele momento Stue estava perdido. Ele nunca sentiu assim antes. Erick ia
embora e não havia nada que ele pudesse fazer para impedir isso. Não era um vilão que
ele poderia derrotar era apenas a vida. Ele estava perdido e sentindo sem rumo.
Stue nunca percebeu como era fraco. Ele percebeu que não tinha controle sobre
o mundo. Como ele poderia por as coisas no lugar.
Ele estava voando em meio aos pensamentos. Stewart não lembra quando foi
que chegou na casa de Elizabeth.
Ela abriu. A janela do quarto dela que ficava no segundo andar.
- Stue amor, o que houve? O que faz aqui?
Sem dizer uma palvara ele a beijou.
Erick era seu melhor amigo. Erick sempre esteve em seu lado em todos os
momentos. Eles cresceram juntos. Como ele podia abandonar Stue nesse momento. Ele
sozinho não se sentia capaz de seguir. Ele não sabia fazer isso sem o Erick.
Elizabeth tentou empurra Stewart que estava mais feroz na envestida de seu
beijo. Ele não parou.
Sejamos sinceros, Stue não sabia o quanto era fraco e o quanto Erick
representava um ponte de apoio a ele. Ele sempre achou que ele era o que sustentava o
amigo mas mesmo quando ele pensou em casar nunca passou na sua cabeça ficar sem
ele.
- Stue, espera, para. - Elizabeth dizia sussurrando em desespero.
Stue beijou seu pescoço enquanto a empurrava em direção a cama.
Então era isso? Ele não era nada sem o amigo. E se as pessoas vissem esse seu
lado? Se os inimigos descobrissem sua fragilidade. Se o grupo percebe o quanto ele era
fragil e fraco. E se Elizabeth percebesse isso?
Os movimentos do corpo de Stewart eram brutos. Elizabeth estava deitada sua
mão estava em suas costa. Ela gemia de dor enquanto arranhava suas costa se sentindo
culpada. Se sentindo suja.
Sim, ele era fraco. Ele era mais que fraco. Tudo que ele construiu era apenas um
castelo de cartas. Ele era patético.
Stue estava sem roupas. Elizabeth, estava nua e chorando. Ela abraçou o lençou
para tampar parte do corpo.
- O que houve com você? Porque você fez isso? - Ele perguntou em meio ao
choro. - Porque você fez isso Stewart?
Ele não respondeu. Ele estava sentado a beira da cama. Sua mão tremia. Ele
levou ela ate o rosto e chorou. Seu choro era de um desespero profundo. Ele soluçava.
Sua mãos desceu pelo seus ombros e sua unha perfurou sua carne fazendo o sangue
escorre.
Elizabeth vendo aquilo ficou em silencio. Ela não disse nada. Abraçou os
proprios joelhos e também chorou.
Algumas semana se passaram e o clima com as duas pessoas que Stue se
importava estava estranho. Erick e ele mal se falavam e Erick estava cada vez
aparecendo menos nos treinamentos. E sempre que alguem questionava se tava rolando
alguma coisa ele era simpático em dizer que estava tudo perfeito
Elizabeth também não estava falando com ele muito bem. Ele não conseguia se
perdoar. Todos os dias ele pedia perdão de joelhos e foi em uma dessas vezes que ela
tirou um teste de gravidez onde o resultado era positivo. Ela estava gravida.
Stue sentiu seu mundo virar. Sentiu a gravida agir contra ele pela primeira vez.
Ele se sentia menos do que um homem.
Na semana que Erick ia se mudar. Na noite anterior a sua partida Stue apareceu
em sua Janela. Ele contou a Erick que Elizabeth tinha sido sequestrada pelo Zector e ele
solicitava que todos os vigilantes fossem ate lá.
Elizabeth foi pega voltando do hospital onde ele foi fazer um exame de rotina
para checar o bebê. Ela estava com 2 meses na época.
Erick viu o desespero no olhar do amigo. Ele nunca tinha visto Stue assim antes.
- Por favor Erick... Elizabeth esta grávida. Eu... Eu não sei o que fazer. Me ajuda
meu amigo.
Erick não tinha que pensar. Ele botou o uniforme branco junto a peruca prateada
de Phatom e disse:
- Vamos salvar a sua garota. Te prometo que vai dar tudo certo.
Não deu.
48
Os vigilantes estavam no olho da Justiça indo em diração ao laboratorio de
Zector.
Era noite. Stue não estava pilotando a nave. Ele estava no banco de trás. O grupo
parecia estar preocupado com o lider. Erick estava no banco de trás com ele e os 2
conversavam bem baixo.
- Ela vai ficar bem. – Erick dizia ao amigo.
- Tudo aconteceu quando você disse que ia embora. Eu não sei como isso me
afetou tanto, mas eu sei que as consequencias estou pagando. Eu sei de uma coisa.
Depois de hoje. Eu estou acabado.
- Stue..
- Erick, o que eu fiz não tem perdão. Eu vou me entregar, vou pedir para que me
botem em uma cela e joguem a chave fora.
Erick não respondeu. Ele conhecia o amigo, já faz um tempo que ele esta
estranho e não era só pela briga deles. Tinha algo a mais. Ele nunca questionou, nunca
quis pressionar o amigo.
- Eu.. – Stue respidou. – No dia que brigamos e eu vi que não podeira fazer naa
para impedir você eu... Eu fui ate a casa de Elizabeth e.. Foi quando aconteceu. Eu não
sei como aconteceu. Era como se eu estivesse sonhando, era como se o mundo estivesse
me socando de volta. Era como se a gravidade estuve agindo.
Erick não disse nada para o amigo. Ele o olhou serio.
- Me perdoe Erick... Me perdoe. Por favor. Não sou nada sem vocês 2.
- Deus do céu Stue. Não tente justificar isso. Por favor, não tente justificar essa
merda.
Stue chorou. Os outros não ouviam a conversa deles. Para eles era mais uma
missão. Perigosa, mas ainda assim era mais um dia de vigilantes, execeto para Mentix.
Inoue escutou a conversa e lembrou da promessa. Nada que Stue fez podia reverbera no
Gravitor. Ela fez uma promessa. A causa era mais importante. A causa deveria ser pelo
menos a coisa mais importante.
Inoue fechou os olhos ignorou os barulhos e percorreu ate a consciena de Stue.
Nela ela viu Stue na sentado em um escuro. Suas memorias eram como linhas azui que
contavam sobre tudo. A linha da causa estava cortada. Os planos, o Gravitor, o que
fazia Stue ser o mais forte não estava lá. No lugar etava memorias de dor. Sofrimento,
fragilidade.
Não existia nem mesmo a sombra do homem que Mentix admirava. Ela tinha
que concerta isso. Ma ela deveria? Pois, aquilo que Stue estava sentindo era ele de
verdade, era o que fazia ele ser humano. Era o que tornava ele fraco.
- Sei que esta aqui Mentix. - Ele disse ainda sentado.
- O que esta fazendo? Aqui dentro sempre foi tão claro. Eu sempre sempre foi
tão firme e certo. Não entendo, essa fragilidade não parece você. Deixe me arrumar.
Deixa eu te concerta.
- Não. Não tem o que ser concertado. Não dessa vez, não fale nada com os
outros Mentix. Eu confio em você, não conte como eu estou de verdade. não conte que
essa é a nossa ultima missão.
Mentix apenas concordou.
Eles chegaram no laboratorio. O grupo desceu e tudo correu normal. Big Guy
cresceu, derrubou uns inimigos e fez algumas piadas. Galoman cacarejou, socou e
estava focado. Fenomal Mind, não queria ltar e usava seu equipamento para conter os
inimigos. Suprema estava sendo incrivel e era a ponta de lança do grupo. Phatom
também se esforça para derrubar os homens armados. Gravitor estava atrás, quase como
um zumbi el flutuava e quase não reajia e Mentix cuidava para que ele não se
machucasse.
Eles chegaram ate o doutor, um senhor bem velho usando uma bengala ele
olhava para os vifilantes e atrás dele estava um equipemento tecnologico que Fenomanl
Mind olhava com curiosidade e um facinio. existia também 2 tanque. Um estava com
uma qgua esverdeada e dentro dessa agua parecia ter um corpo de um jovem, negro e
não aparentava ter mais de 15 anos. Em outro estava um grupo de pessoas presas e entre
essas pessoas estava Elizabeth.
- ELIZABETH! - Gravitor gritou ao ver a garota.
Os vigilantes estavam em pose de luta e esperando as ordens do lider. Esperando
o plano que faria tudo ficar bem e essa ser mais uma missão bem sucedida do grupo.
- Bem vindos Jovens Gerois. - Zector disse com dificuldade. - Como podem ver
eu não estou em minha melhor forma. Mas felizmente isso vai mudar hoje.
- O que esta planejando fazer vilão? - Phatom perguntou dando um passo a
frente.
- Ah, essa é a pergunta de ouro não é mesmo meu querido Phatom. - Zector riu.
Ele apontou a bengala para maquina. - Aquilo ali é a maquina que vai muda o mundo.
Que vai salvar vidas. vejam bem, eu estou morrendo e no ritmo que estou não passarei
desse ano. Por sorte, eu sou um genio.
Fenomenal Mind cochichou uma reclamação ao ouvir a afirmação do doutor.
- Eu desenvolvi uma maquina que não so vai copiar meu DNA e minha mente
para um corpo mais jovem como também vai me conceder o melhor atributo de cada
um de vocês. Zector e os Vigilantes no corpo de um só.
- Por que o senhor não esquece isso e volta para seu asilo vovô? Esta na hora do
seu remedio. - Big Guy disse cerrando os punhos.
- Eu sei que não tenho chances de vencer vocês em um combate fisico na
verdade eu nem planejo lutar. Eu não tenho muito tempo. Eu proponho a vocês uma
troca.
- Que tipo de troca? - Gravitor perguntou ansioso e tentando manter a calma.
- Simples meu estimado e destemido lider. Em troca da amostra de DNA de
vocês, sangue, fios de cabelo e saliva. Qualquer coisa que seja substancial. Eu liberto as
pessoas. Vejam - ele apontou com a bengala em direção ao tubo onde havia civis
presos. – Dentro desse tanque a qual elas estão, vocês podem ver que na parte de cima
existem um buracos, esses buracos estão conctados a um cano que por sua vez ira
liberar uma contidade bem concentrada de gás metano, que em um ambiente fechado
como aquele ira matar auelas pessoas. Vejam bem, eu não gosto desses estratagemas de
usar terceiros como moed de troca mas, nesse caso eu estou desesperado.
Os vigilantes olharam seu líder esperando o que deveriam fazer. Para surpresa
de todos Gravitor tomou a dianteira.
- É so isso que você quer? Depois disso você vai soltar a Elizabeth?
- O que esta fazendo Gravitor? – Galoman perguntou segurando o lider pelo
braço.
Gravitor esticou o seu dedo indicado direito empurrando Galoman para trás que
caiu no chão deslizando mas sem se ferir. Suprema cerrou os punhos e todos ficaram
assustados. Erick botou a mão no ombro de Suprema e balançou a cabeça negando a
ação dela e ela alivou a mão.
- Escutem todos. – Gravitor disse virando aos amigos. – Olhem a situação a qual
eles estão. Não tem como nós cuidarmos disso. Devemos aceitar. – lagrimas corriam de
seu rosto. – Ele se ajoelhou. Por favor, só... devemos aceitar.
Os vigilantes olharam com um misto de confusão e pena. Mentix se aproximou
de seu lider. Mentix botou a mão na testa e olhou para Zector que sorriuao ver a menina
fazer isso.
- Ele esta sendo sincero. Ele não planeja mesmo matar essas pessoas, mas ele
planeja algo pior. Se o plano dele der certo ele planeja ccriar um corpo perfeito com
todos os nossos poderes e ai ira matar todos nós.
- Não podemos deixar isso acontecer. – Galoman disse se levantando. – Não
podemos dar o que o vilão quer!
- Eu ainda sou o lider. Eu digo que vamos obdecer. – Gravitor disse. – Nada vai
arriscar a vida de Elizabeth.
- Você esta sendo o Gravitor agora ou Stewart. Esta apenas preocupada em
salvar sua namorada? – Galoman disse se aproximando de Gravitor.
- Gente, sem brigar na frente do papai. – Big Guy disse. – E fenomanal, Nerd,
você consegue saber se o que ele quer é possivel.
- Eu não sou um geneticista, não posso garantir. – Fenomenal Mind disse
ajeitando o osculos. – Mas, existe outras formas de fazer um corpo perfeito. A ideia de
se teleporta para um corpo melhor não é impossivel, Na verdade feito da forma correta
isso pode ser um salto para humanidade. Um corpo que não fica doente e...
- Ta bom, tiete de vilão. Calado. – Big Guy disse dando um tapa na nuca de
Fenomanl mind.
- E se fosse a Suprema presa ali dentro? – Gravitor perguntou a Galoman.
- Eu daria um jeito. – Galoman disse sem pestanejar.
Gravitor o olhou e deu um pasos em direção a Zector e se ajoelhou.
- Eu farei o que manda. – Ele disse serio.
- Seus amigos não parecem pensar da mesma forma. – O Doutor disse olhando
para os membros atrás dele. – Você poderia garantir que eles escutem?
Gravitor olhou para trás e viu os amigos prontos para a luta. Menos Phantom e
Mentix que pareciam estar em duvidas do que deveriam fazer. Ele se levantou e abriu a
mão.
- Eu não quero fazer isso pessoal. Por que vocês não podem obdecer?
- Porque não somos capacho de vilão. – Galoman disse. – E eu achei que você
também não era. Big Guy, Suprema, vamos destruir essa maquina. Phantom liberte os
civis.
Os vigilantes começaram a se mexer e tudo aconteceu rapido demais para
Gravitor percebe. Ele tentou conter Galoman e os outros o empurrando para trás.
Galoman usou o Cacarejo no lider ao mesmo tempo que estava sendo afastado.
Gravitor foi arremessado para trás, Suprema avançou resistindo a mudança da
gravidade segurou o braço de Gravitor e disse algo como “desculpa” ou algo parecido.
O Zector apertou um botão em na ponta de sua bengala e o gás começou a sair.
Phantom correu em direção ao tanque e tirou Elizabeth fazendo ela atravessar o tanque
e estava proximo de pegar o proximos.
Gravitor empurrou Suprema usando ainda mais a força gravitacional. Big Guy
estava com 6 metros e sacusia a maquina. Fenomal Mind tentava o alerta que aquela era
a forma errada de ser fazer isso.
Galoman arremessou um ovo em direção ao Gravitor que estava exposto. Era
um ovo pequeno, não era para matar era apenas para derrubar. Os vigilantes sabiam que
Gravitor estava confuso. Ja tinham visto ele chorando e fragilizado. Eles so precisavam
conter o lider. So precisvam que ele visse que Elizabeth tinha sido salva. Phatom viu o
ovo ir em direção a Gravitor e ele conhecia o amigo, um ataque como aquele era facil
de lidar, ele tinha apenas que desviar para o lado.
Mas o Gás metano era explosivo, e concentrado daquela forma e com a ignição
certa aqueilo poderia gerar uma explosão. O ovo foi jogado para o lado com a gravidade
e atingiu um dos canos que explodiu causando uma reação em cadeia. Phatom se
aproximou do amigo antes que ele fosse engalfinahdo pela explosão e fazendo com que
ele e Gravitor ficassem intangivel. A explosão foi grande. Suprema. Voou e ficou na
frente de Rick absorvendo a maior parte da chamas sem sofrer nenhum ferimento
aparente. Big Guy segurou fonamenal Mind e Mentix ficando ainda maior e tirando ele
do raio da explosão e no processo se queimando a canela apenas um pouco.
Ninguém salvou Eleizabeth.
Gravitor ainda a empurrou com sua força com a intenção de tirar ela em direção
das chamas mas ele usou força demais, ele foi descuidado demais. Ele era patetico
demais para ser o heroi perfeito que sempre foi. Elizabeth se chocou contra a parede.
Elizabeth morreu com o impacto.
Quando o tudo acabou e o laboratorio tinha se tornado um amontoado de ferro,
chamas e destroços. Gravitor estava desesperado ele levantou o chão procurava corpo
sobrevivendete de Elizabeth.
Todos estavam chocados. Todos estavam arrasados, os Vigilantes falharam pela
primeira vez. E isso os quebrou. Isso os mudou. Isso os destruiu e Stewart berrou, um
grito de desespero e dor que marcou a noite. Zector morreu, não conseguiu realizar seu
plano mas o custo foi alto demais.
Alguns meses se passaram. Erick não foi a faculdade mais do que nunca os
amigos precisariam deles. Gravitor ntrou em uma depressão profunda, ele apenas
conseguia chorar e dizer que a culpa disso tudo foi dele. Eles não eram mais um grupo,
eram uma familai desestruturada.
Fenomanl mind parecia cada vez mais facinado pela ideia de um corpo perfeito,
seus poderes caminhavam para esse caminho. Mentix lembrou da promessa da causa e
ela soube o que fazer.
Quase 3 meses depois do ocorrido ela foi ate Gravitor que estava em seu antigo
quarto na casa de seus pais que tinham saido da cidade a muito anos. Ele estava
encolhido no canto escuro. Ela entrou no predio e ele disse:
- Não.
- Sim. – Ela respondeu. – Precisamos do Gravitor de volta.
Mentix entrou na mente de Gravitor e fez o que deveria fazer. Usando força
bruta ela fez com que Gravitor esquecece aquela noite. Fez com que ele suprimisse ao
maximo as lembraças de Elizabeth e trouxe de volta um pensamento antigo. Trouxe
para superfice o pensamento da Causa. O pensamento do ideial, ela apagou o Stewart e
agora ele era apenas o Gravitor e sem o lado humano so existia a raiva.
Gravitor voltou a aparecer e ele estava mais e mais focado. E tratavas todo da
mesma forma, independente se era uma pessoa que assltou uma loja ou era um super
vilão. Ele era extremamento punitivo.
Erick tentava conversa com o amigo, tentava conter o amigo mas era invão.
Gravitor estavapouco a pouco cruzando a linha. Com o tempo, ele passou a ter
pesadelos, com Elizabeth, ele lembrava de dela mas ate então nãosabia a importancia
real que ela teve em sua vida, mas isso foi mudando aos poucos. Ele foi ficando cada
vez mais e mais conciente do que tinha acontecido ate que um dia quase 1 ano depois e
em 2010 ele percebeu que Mentix tinha feito e isso fez com que ele se sentiesse usado.
A luta contra os amigos ocorreu, ele estava fora de si, era como se ele tivesse
vendo o mundo de fora de seu corpo. Ele ria sem entender, matava sem se importa, não
era ele. A luta se estendeu, ele feriu os amigos e as pessoas e so foi voltar a consciena
de suas ações depois de algumas semanas preso.
Ele chorou, pensou no que havia se tornado os anos passaram, ninguem o
visitou. Nem mesmo Erick. Com o tempo de solidão e reclusão com os braços e pernas
preso em alguma maquina que anulava seus poderes ele começou primeiro a ter
devaneios de tudo que ele perdeu. Amigos, Erick, Elizabeth, a causa. Após esse periodo
ele começou a deslumbrar uma luz.
Essa luz primeiro se apresentou como uma voz familiar e essa voz contou a ele
que sobre como ele havia se afastado do caminho. Como ele destroiu a causa por ser
fraco.
Essa mesma voz ficou reconhecivel, era a voz de Elizabeth. E ela contou para
ele tudo que havia acontecido. Contou como ele se perdeu e como isso foi necessario
para que ele entendesse como a causa era importante, como que sem ela o mundo estava
perdido.
Ela com o tempo apareceu como um anjo e esse anjo contou que ele deveria ter
fé no que importa que o sonho ainda não acabou. Que ele era um servo da ordem, ele
era os olhos de Deus nessa terra e que ele deveria seguir o seu papel.
Foi quando a conteceu. A porta se abriu e ele tinha certeza que o anjo o soltou.
A gravidade o libertou e vendo que seus poderes voltaram quando a maquina se abriu.
Ele soube que estava na hora da gravidade fazer seu papel.
Era hora dele tomar a redea do mundo novamente, era a hora do Gravitor
retorna.
EDIÇÃO 13
10 anos
49
Gravitor olhou os amigos em pé. Ele andou calmamente ate a mesa de reunião e
deu um sorriso de canto de boca quando viu que a ela estava exatamente da forma que
ele se lembrava. Paul o olhava esperando a hora de atacar e ele percebeu isso.
- Eu não vim lutar se possivel. Onde estão os outros?
- Ah! Sim, estamos todos tão ansiosos para te ver. Eles estão planejando uma
festa surpresa. Finja surpresa quando eles chegarem. – Paul disse cerrando os punhos e
com um tom de deboche.
Gravitor o fintou e revirou os olhos.
- Sempre o mais bucudo. – Ele disse. – Você não amadurece?
- Bem, eu posso começar a matar pessoas como você fez o que acha? É adulto o
sufciente para você.
Gravitor baixou a cabeça com uma expressão triste e não disse nada. Ele se
sentou no lugar a qual costuma a se sentar. Zack de uma forma descreta começou a
preparar os nanôsrobos. Os moldou em um formato de pequenas agulhas e as lançou em
direção a Gravitor e um movimento rápido.
Olhando para trás e com um suspiro de frustação ele fez com que as agulhas
parassem no ar e as destroi fechando a mão. Ele olhou para Zack com curiosidade.
- Você é um membro novo ou o que?
- “Ou o que” – Zack respondeu.
- Você se importaria de sair? Isso não é um assunto a qual eu queria seu
envolvimento.
- Acho que não vai rolar. – Zack disse.
Gravitor começou a fazer o movimento para usar seu poder mas se conteve.
- Bem, acho que você pode testemunhar o que vai acontecer.
Zack não iria admitir mas ver a calma de um homem louco o assustou. Ele
Estava apreensivo. Olhava para Inoue sem saber se deveria ou não atacar, ou deveria ou
não fugir.
- Você realmente não vão se sentar?
Paul o olhava sem dizer nada, Inoue tomou a iniciativa ela saiu de trás de Paul e
se sentou. Ela o olhava Gravitor e que sorriu ao ver que ela foi a primeira.
- Você sempre foi a mais parecida comigo. – Ele disse sorrindo.
Ela gelou.
- Paul? – Gravitor disse. – Seu lugar por favor.
Paul com muita relutancia caminhou e se sentou. Zack voltou a concentrar seus
esforços em potencializar a regeneração de Galoman.
- Eu não sinto odio de vocês. - Ele começou a dizer e em seguida olhou para
Mentix. – Quando você mexeu em minha mente, Inoue, você fez bem.
Os olhos de Inoue se encheram de lagrimas e ela respirou aliviada. Ela sentia
como se tivesse segurando esse peso de ter sido a causadora da loucura de Gravitor e
ver ele dizendo que ela estava certa fez com que ela se sentisse como a muito tempo
não se sentia. Aliviada.
- Todos vocês fizeram na verdade. Fizeram aquilo que foram treinados para
fazer. Fizeram que a causa continuasse.
- Ninguém aqui liga para seu ideial idiota Gravitor. – Paul disse. – Nós so
estavamos impedindo um Meta maluco de destruir a cidade. Nem se quer somos mais
uma equipe hoje. Seu ideal, sua causa não existem mais assim como as risadas de
fundo da maioria das sitcons.
Gravitor levantou uma sombrancelha em direção a Inoue.
- Isso é verdade?
- Você era a Causa Stewart, sem você... – Inoue começou a dizer e se calou.
- Entendo. Bem, ainda bem que eu estou de volta. A podemos fazer as coisas
direito dessa vez. Fazer do jeito certo.
- Esta de sacanagem? – paul disse dando um tapa na mesa e se levantando. –
Você quer mesmo, tipo, você realmente acha que vai voltar a liderar os Vigilantes e que
o mundo vai esquecer que você é um maluco do cacete? Acha que eu vou esquecer que
você tentou matar a Inoue?!
- Eu nunca disse que o mundo deveria esquecer de nada. – Ele respondeu com
calma. – Sendo bem sincero, nem mesmo eu esqueci. Além de acusado de assassinato,
eu sou acusado de trair a confiança das pessoas. As noites que eu passei trancafiado
naquela cela fria, me fizeram lembrar do céu azul no qual eu já vooei livremente um
dia. Eu achei que nunca mais iria vooar. Eu pensei que seria melhor tentar ate mesmo o
sucidio.
Inoue e olhou com um misto de pena e compreensão.
- Eu sou a visão destorcida de um heroi que é tão patetico que não conseguia
nem mesmo sair do chão. Completamente sem esperança quando vi diante de meus
olhos, a visão clara de um anjo que me trouxe iluminação. Tive alguns devaneios de
tudo aquilo que eu já tive. Minha esperança voltou. A minha dor não desapareceu. Eu
sinto tudo que fiz ao decorrer desses anos. – Lagrimas começaram a escorrer pelos seus
olhos. – Eu sei exatamente o monstro que fui, mas ser esse monstro foi necessario,
todas as vidas perdias foram necessarias para que eu soubesse meu lugar no mundo.
Para que eu fundasse o “Olho de Deus”.
- Olho de Deus...? – Paul perguntou deixando a frase morre. – É tipo um culto?
Você quer pagar de Charles Manso?
- Enquanto aos Vigilantes? – Inoue perguntou com uma leve ansiedade em sua
voz.
Em meio as lagrimas Gravitor sorriu.
- Isso é melhor, isso é maior. Os Vigilantes fariam apenas uma fração do que o
Os olhos de Deus fara. Algo que não vai ser limitado somente a essa cidade. Sera uma
ordem que ira guiar o mundo.
- O que quer dizer com isso? – Paul perguntou. – E se alguem for contra a essa
ordem?
Gravitor não respondeu. Paul cerrou os olhos.
- Você é so um fanatico maluco. Acha mesmo que vai dominar o mundo e
ninguém vai se opor a isso?
- Sempre vai existir pessoas que iram desafiar a gravidade. – Gravitor
respondeu. – Aparentemente Paul, você é uma.
- Desculpa se não vou aceitar um assassino maluco dizer como o mundo deve ou
não deve agir e...
Paul foi arremessada contra o computadores e maquinas do celeiro. Inoue se
leantou assutada.
- PAUL! – Ela gritou.
- Gravitor se levantou e a olhou.
- Mentix, você mais do que ninguém sabe que eu estou certo. Estaria disposta a
acreditar em meu sonho mais uma vez?
Ela olhou para Gravitor e não respondeu.
- Entendo. Se é assim que você quer, assim sera. Sinto muito. – Ele disse com
pena.
Gravitor atacou.
50
Gravitor estendeu a mão na direção de Mentix.
-AI! – Paul Gritou enquanto seu punho gigante ia em direção a Gravitor, - Por
que você não luta com alguém bem maior que você?
O punho dele atingiu Gravitor e ele o socou contra a parede. Paul sentia o
coração acelarar. Ele acertou Gravitor. Estava acontecendo. O que a Inoue fez estava
funcionando. Ele podia derrubar ele. Ele podia, vencer?
Paul sentiu seu braço sendo precionado para trás com uma força gravitacional
muito forte. Ele tentou força o braço a frente mas não conseguiu.
Zack olhou a lua tiniciar e preparou seu relogio ele olhou para o Galoman
deitado na maca.
- Então Geroi, quer acorda e salvar o dia?
Nenhuam resposta.
- imaginei.
Zack fez uma bola com espinhos e arremessou na lateral de Gravitor que estava
ainda forçando com uma das mãos o braço de Big Guy para frente. Antes que a bola
pudesse o acerta Gravitor estendeu a mão livre e fez com que ela paresse no ar.
- É assim que os herois de hoje em dia estão? - Gravitor perguntou enquanto
dominava com facilidade a situação.
Zack começou a configurar os nanosrobos em outras ferramentas de ataque.
- Eu tecnicamente não sou um heroi, então não é como se eu fosse muito
experiente.
Gravitor sorriu.
-Entendo. Então que tal nós levarmos essa briga lá para fora?
Gravitor empurrou Big Guy e os Nanorobôs para trás. Big Guy diminuiu para o
tamanho normal pensando em diminuir o estrago e quanto os nanorobos quando
estavam indo em direção a Zack se desfizeram antes de o acerta e começaram a virar
uma espada e um escudo grande e flutuante.
Gravitor levantoua mão para o alto e as luzes começar a piscar, o celeiro
começou a tremer. Big Guy pode escutar barlhos de fios se rompendo e metal se
partindo ele olhaou para o alto.
- Ah cara, o Rick vai ficar muito puto.
Em questão de segundos tudo estava tremendo. Gravitor flutuava com o braço
esticado. Big Guy se aproximou de Mentix e cresceu alguns metros para que ela
pudesse buscar abrigo embaixo de seu corpo.
-Zack! Protege o Frangolino!
Zack olhou para Gravitor que estava desprotegido nesse momento ele pensou
em atacar, olhou para Galoman deitado ainda inconciente e portanto alheio a toda essa
situação. Ele botou Galoman envolta de um casulo feito de Nanorobôs. O destroços do
celeiro começaram a cair e em questão de segundos o que era a base, o lar dos
vigilantes foi arruinado.
Big Guy ode ouvir o som de Beackman pendido para que eles pudessem parar e
o som da IA apenas foi silenciado junto ao destroçoes e fios que se partiam. O celeiro
base e o Celeiro real das fazendo McCoy foi levantando aos céus enquanto Gravitor
flutuava. Dentro do buraco que eram uma pilha de destroços estavam os outros olhando
Gravitor sendo iliminado pela lau e sorrindo.
Big Guy rugiu de raiva.
- Desgraçado! Você destroiu nossa casa! – Ele urrou.
- Você quer o tetod e volta. Com prazer. – Gravitor disse.
Com um vomentar de mão Gravitor jogou o celeiro todo, ou a pilha de destroços
que o compunha, em cima dos herois.
- Nada bom! – Zack gritou enquanto viu a pilha vindo na direção deles. – Aquilo
nos atingir é morte na certa.
- Eu sei! – Big Guy disse enquanto aumentava de tamanho.
Antes de tudo acontecer. Paul havia encontrado um das pessas de seu antigo
uniforme. A calça estava meio apertada e marcando a virilha mas pelo menos com ela,
ele não ficaria completamnente nu.
Paul atingiu a altura de 12 metros, bem a tempo de ficar de costa e segurar o
destroços que o atingiu em cheio. Ele sentiu barras de ferro o perfurar, sangue escorreu
por suas costas e ele gemeu de dor.
- PAUL! – Mentix gritou em desespero.
- VÃO! – Big Guy disse. – Saim daqui!
Gravitor levantou uma de suas sombrancelhas tando surpreso por ver o heroi
ainda de pé segundo a pilha mortal e gigante de ferro, madeira, fios e metal. Ele esticou
o braço pesando a gravidade tornando o ataque ainda mais dificil de aguentar, tornando
os esforços de Big Guy ainda mais heroicos.
Paul dobrou um de seus joelhos e rangeu os dentes forçando as costa para cima.
Ele viu Zack pegando Inoue pelo Braço, enquanto galoman era transportado em um
casulo voador.
- Você é livre para tentar apagar a mente do Gravitor ou usar seus poderes
mentix. – Zack disse enquanto a empurra por cima do buraco.
- E você acha que não estou tentando. Eu não consigo acessar a mente dele. –
Ele quase escorregou mas conseguiu segurar em um pedaço de meta compeltando a
escalada. – Eu sou completamente inutil nessa luta.
Zack terminou a escalada e retirou o Galoman do casulo o entregando para
Inoue.
- Cuida do Galo. Eu vou tentar ajudar.
Ele fez uma lança gigante se força e a remessou contra Gravitor. Big Guy via
sangue pingando do chão e a dor e o peso era quase insuportaveis e foi quando por um
isntante o destroço ficou mais leve e ele pode o arremessar para o ado. Ele olhou para
cima e viu uma lança atravessada no ombro de Gravitor.
- Criança tola. – Gravitor disse.
Zack começou a flutuar e um instante escutou o osso de sua perna esquerda se
partir . a fratura foi feia, um pedaço do oso saiu para fora. A lança se desfez e
rapidamente todos os nanorobôs voltaram ao seu mestre para tentar conter o dano o
maximo o possivel.
Big Guy aproveitou a oprotunidade de destração e segurou Gravitor com a
palma da mão o pressionando com velocidade e força contra o chão. Cerrou o punho do
braço livre e assim que as costa de Gravitor tocou o chão ele desferiu mais um ataque. E
depois outro e outro. O quarto não o atingiu pois Gravitor conseguiu criar uma redoma
de gravidade fazendo com que o corpo dele ficasse praticamente intocavel.
Gravitor cuspiu sangue e sorriu, um sorriso vermelho e quase como um
demonio.
- Você sempre acha que so aumentar de tamnaho e atacar resolve tudo não é
Paul? Não mudou nada. Continua sendo o memso idiota destraido.
Big Guy apenas sentiu a ardencia. Uma barra de aço torcida como uma lamina
grande forjada pelos destroços que ele arremessou para o lado transpassou sua barriga.
O mundo girou.
- Paul! Não! – Inoue gritou novamente. – Rick, acorda a gente porecisa de você.
Rick, levanta!
Galoman em seus braços não moveu um musculo. Paul perdeu o equilibriou ele
se lembrou que fazia tempo que não ficava tão alto assim. Ele tinha que tirar a estaca do
peito e continuar lutando. Ele precisava proteger os amigos. Ele precisva ser um heroi
que a muito tempo não era.
Big Guy caiu. Ele viu o céu estrelado. Ele havia esquecido como o seu era
estrelado nessa fazendo. Ele havia perdido. Ele estava morrendo. Não havia heroi que
pudesse ajuda? Galoman não iria acorda, então quem? Quem poderia salvar o dia?
Ele viu Suprema cruzar o céu. Big Guy pode sorrir antes de perde a consciencia.
51
Lindsay voou mais rapido que conseguia. Ela estava exausta, não podia atingir
sua velocidade maxima, o dia havia sido longo demais e ela não tinha descansado ainda.
Era assim que Rick se sentia o tempo todo?
Ela sentiu uma tristeza por ter de deixar o Erick ir embora com o hippie, mas,
pelo menos ele estava livre. Seu peito estava doendo também de preocupação.
Estava preocupada com os filhos, preocupada com o Rick. Toda aquela conversa
de ir morar com ele. Dar uma chance. Quer dizer, o mundo não e facil assim. As coisas
não são uma maravlha... Ela estava com medo?
Porque ela teria medo?
Medo do Rick voltar a arrastar ela para essa coisa de ser uma heroina?
Medo dos filhos cedo ou tarde desperta os poderes e assim sofrerem como ela
sofreu?
Medo de perde as pessoas como perdeu Erick, Stewart e Rick?
Seja qual for o motivo de seu medo, ela sabia que estava longe de ser a mulher
do amanhã. na verdade com todo esse sentimento ela se sentia como a mulher do
ontem.
Ela voava enquanto pensava e foi quando viu Big Guy gigante. Ele estava
lutando com alguem. A principio ela achou que poderia ser Zack o vilão mas foi quando
viu a figura flutante de Gravitor...
Calafrio.
Ela tentou acelerar sua velocidade de voou. Passou por cima do corpo gigante e
caido de Big Guy, nao teve tempo de checar a condição do amigo. Gravitar a olhou e
estendeu os 2 braços aumentando a gravidade ao seu redor mas isso não foi o suficiente
para conter a investida da Suprema.
Ela o atingiu com força o fazendo ser impulssionado para trás. A força do soco
foi tão grande que Gravitor atingiu o jatinho privado de Big Guy fazendo com que o
veiculo amassasse.
Suprema olhou e viu Rick insconciente, Zack ferido e Inoue também
machucada, apesar que entre os 3 ela era a que menos parecia estar ferida. Ela desceu
ate a amiga.
- Como? – Ela perguntou.
Inoue progetou em questão de segundos tudo que aconteceu na mente dela desde
a luta de Rick contra Zector ate a chegada de Gravitor.
Suprema balançou a cabeça concordando.
- Está bem. Cuida deles. – Ela olhou para Paul. – Não deixa nenhum deles morre
Inoue. Eu vou segurar o Gravitor.
- Ele é poderoso demais Lindsay.
Ela sorriu.
- Eu sou superior.
Suprema voou ate Gravitor mas dessa vez flutuou em sua frente. Gravitor não
parecia esta ferido do ataque que acabara de receber. Ele estava de braços cruzado a
olhando.
- Lindsay, não, Suprema. – Ele se corrigiu-se. - De todos nós você sempre foi a
mais dificil de controlar. Sempre senti que de alguma forma o seu poder Meta é bem
mais forte que os dos outros.
Suprema estalou o a mãos cerrando o punho.
- Entretanto, assim como no passado nem mesmo você pode lutar contra a
Gravidade. Você não pode me derru...
Suprema rapidamente atingiu a barriga de Gravitor o fazendo dessa vez
atravessar o jatinho com a força do golpe. Ela avançou novamente e desferiu um
cruzado de esquerda. Depois deu um suco de baixo para cima em seu queixo o
arremessando para o alto. Gravitor conseguiu controlar a velocidade a qual foi lançado
e começou a flutuar e sorriu. Suprema rosnou de raiva.
- Eu te disse. – Ele abriu os braços. – Você não pode me ferir.
Apesar dos golpes de Suprema o arremessar para trás nenhum deles acertou
diretamente o corpo de Gravitor, que conseguiu crira um leve campo de força
gravitacional ao seu redor. Esse campo possuia uma micro expressura mas era forte o
suficiente para fazer com que Suprema não podesse o atingir.
- Você sempre achou que você poderia me controlar e eu sei que o unico motivo
de você ter me convidado para os Vigilantes era o medo de que eu pudesse me torna
alguem ruim com esses meus poderes.
Ela começou a flutuar.
- Não é verdade eu sempre vi seu potencial. – Gravitor respondeu.
- Mesmo? Eu sempre me segurei sabe. Nunca lutei livremente. Sempre pensei
que se eu não segurar minha força eu poderia matar alguém. Vocês todos, Rick, Paul,
Inoue, Erick, Rodney... – Ela o olhou nos olhos. – Você. Sempre foram tão frageis.
Gravitor levantou uma de suas sombrancelhas.
- Ta dizendo que você pode revalizar comigo?
Suprema riu.
- Não, Eu estou dizendo que eu sou bem mais forte que você.
Gravitor sentiu algo que não sentia um frio na espinha por ver a mulher fluante
em seua frente. Ela estava calma, a forma a qual ela disse essas palavras parecia que era
um adulto explicando para uma criança uma coisa simples e imutavel.
- você esta blefando. – Gravitor disse.
Antes que ele pudesse perceber Suprema já tinha o atingindo, ele voou alguns
quilometros em direção a estrada e ela foi atrás em alta velocidade, ela o atingiu com
outro e depois outro a cada golpe quilometros eram percorridos em direção ao centro.
Gravitor não conseguia para-lá e estava concentrando toda a enrgia em manter o
microcampo gravitacional em seu entorno pois sabia que se recebesse um ataque da
mulher com a força que ela estava usando poderia ser fatal.
O ultimo soco fez ele cair no meio da estrada da cidade. Eles tinham acabado de
chegar na parte mais urbana de Megacity e as pessoas começavam a olhar pelas janelas
e sairem na rua devido ao grande barulho de estrada se rompendo quando o Gravitor
atingiu o chão.
Ele olhou para as pessoas e volta e percebeu que para Lindsay o jogar a onde os
civis estavam, ela não deveria estar raciocionando direito o que significa que ela estava
tomada pela raiva. Ele poderia usar isso ao seu favor.
A ideia de usar reféns não era algo que o agradava de fato, mas era uma guerra
pela paz e ele precisava sobreviver. Não por egoismo mas sim pela causa, ele se sentia
ele mesmo depois de anos e não poderia deixar tudo acabar daquela forma.
Suprema não conseguia pensar direito. Ele demorou a percebe onde estavam.
Gravitor apesar de abalado e assustado não parecia ter sofrido danos com seus golpes.
A sua barreira era forte demais. Ela sabia que deveria fazer. Socar ainda mais forte.
Mesmo que isso fosse matar o seu ex-companheiro. A segurança de seus filhos e
familia tinha que vir em primeiro lugar.
- Suprema. Para com isso! Seus golpes não podem me alcançar. Além disso...
Gravitor levantou 4 civis e os posicionou em sua frente. Eles gritavam de
desespero e outras pessoas começaram acorrer, outros abriram lives em redes socias, a
cidade se tudo começou a se torna uma zona em pouco tempo.
Suprema olhou para as pessoas correndo e então ela se lembrou. Estava sendo
como foi a 10 anos atrás e era culpa dela. Sua raiva o trouxe para o mesmo lugar a onde
a briga começara a ocorrer na cidade.
- Eu não quero que as coisas sejam como foram a 10 anos Lindsay. Pare.
Suprema cerrou o punho e vendo o desespero das pessoas ela aliviou. Não
poderia atacar com tudo. Não aqui.
- Solte eles Gravitor. – Ela dissecontendo o impulso de avançar.
- Então desista, pare com essa luta sem sentido.
- Se entregue, volte para a prisão a qual nunca deveria ter saido.
- Nunca? Suprema, olhe o que você está dizendo, somos familia e além disso, a
prisão já serviu ao seu proposito. O tempo lá já me redimiu.
Suprema buscava uma brechá, uma abertura que pudesse fazer com que ela
atacasse sem colocar as pessoas em perigo, céus, como ela queria que o Galoman
estivesse ali nesse momento. Atrás de Gravitor ela viu um vulto se aproximando em alta
velocidade. Um homem trajado de um equipamento tecnologico e alguém que poderia
ajudar nessa situação. Era o Titânico.
Gravitor percebeu tarde demais a apareção do heroi que o acertou pelas costa e o
carregou em direção a frente. As pessoas que estavam sendo feitas de refem cairam mas
Suprema foi mais rapida e as conseguiu segurar.
- LEMBRA DE MIM GRAVITOR?! – A voz de Titãnico sai dos altos
falantes.
Gravitor expandiu a Gravida em seu entorno fazendo com que Titãnico parasse
seu ataque e fosse empurrado alguns metros para trás.
- Você é o heroi bilionario, o Titânico,certo? Ouvi uns guardas falarem sobre
você.
- Então você realmente não lembra de mim? – Titânico pareceu indiganado. –
10 anos atrás. Eu também lutei ao lado dos Vigilantes contra você. Não se lembra
mesmo?
Gravitor inclinou a cabeça para o lado meio confuso.
- Sinto muito? – Ele perguntou sem saber se essa era a coisa certa a dizer.
Titânico esticou o a palma da mão em sua direção.
- Isso é muito decepcionante. Eu nem pude fazer meu discurso de
reencontro. – A palma da mão brilhou e um raio de energia foi desferido contra
Gravitor.
Gravitor revirou os olhos e antes que o raio pudesse o atingir o mesmo parou no
ar. Gravitor conseguiu segurar o ataque usando seus poderes. Quando estava preste a
atacar o novo desafiantes Suprema o chegou caindo do alto o atingindo de cima para
baixo o arremessando contra o chão. Gravitor caiu nos esgoto da cidade e a rua foi
danificada.
- O que você ta fazendo aqui? Onde estão meus filhos? – Ela perguntou raivosa
pousando ao lado de Titânico.
- Eles estão bem. Eu moro no centro da cidade, no predio mais legal e
seguro. Não viria aqui se não tivesse certeza de que as crianças estão a salvo. Além
disso, alguém precisa proteger minha advogada. Você faz parte da familia Sny...
Antes que ele pudesse completar a frase Gravitor flutuou pelo buraco os
olhando.
- Você disse filhos? – Ele perguntou com curiosidade genuiana. – Você estava
gravida mesmo na nossa luta?
Suprema rosnou de raiva e avançou, mas dessa vez não foi rapida o suficiente.
Gravitor empurrou toda a rua cmo uma avalanche de contreto, ferro e dor contra os 2
herois. Suprema cruzou os braços para se proteger e Titãnico, tentou pedir a sua equipe
de suporte que transferisse parte da energia do traje para a defesa, mas ainda assim
ambos foram pegos pelo poderoso ataque de gravitor.
Gravitor olhou em direção ao centro e viu um grande predio escrito “SNYDER”
em um Neon azulado. Ele descidiu voar ate lá, antes que os dois pudessem se recuperar.
Suprema levantou dos escombros a qual foi subterrada depois de algum tempo
de esforço. Ela se sentia meia tonta com o impacto mas conseguiu se recuperar.
Ela levantou voou e antes de ir atrás de Gravitor ouviu a voz de Titânico.
- Se não for incomodar, poderia dar uma ajudinha Lin... Quero dizer,
Suprema?
Suprema revirou os olhos e puxou a mão metalica de Titânico para fora.
- Acho que alguns dos meus propunssores já eram. Mas ainda da pra
continuar.
- Sem tempo. – Suprema respondeu e voou em direção a Gravitor.
Ela tentou aumentar a velocidade mas era como tentar atravessar concreto a
gravidade estava muito pesada a empurrava para trás. Ela forçava a fazer mais força,
mas estava começando a se cançar com isso.
Gravitor não demorou muito para chegar ao predio. Ele olhou pela vidraça do da
cobertura e viu as crianças jogando video game, alheio a situação lá de fora. O
isolamento do apartamento era bem funcional quando Snyder não queria ser
incomodado. A final vivia em uma cidade cheio de Meta´s. Barulhos e explosões era,
frequentes e se não fosse algo que precissasse que ele fosse o Titânico, não tinha o
porque dele ter de escutar.
Gravitor tentou por a mão pela janela e sentiu um leve barreira que o impedia de
tocar no predio. Ele sorriu. Ele concentroua força da gravidade em seu punho
aumentando o maximo que conseguia e isso fez com que o predio tremesse. As Luck e
Cody se assustaram e olharam pela a janela e viram o vilão preparando um segundo
ataque. O predio tremeu novamente. Luck foi em direção ao vidro que estava sendo
socado e começando a rachar, Cody segurou seu braço.
- Luck. Para.
- Me larga. – Ele disse se soltando do irmão. – Esse não é o Gravitor?
Um terceiro soco. Evelyn correu e foi até os garotos.
- Crianças, rapido. Temos que sair daqui!
Antes que ela pudesse os puxar, Gravitor conseguiu atravessar a barreira.
- Olá Crianças. Quem quer dar um passeio com o Tio Gravitor? – Stewart disse
sorrindo.
Evy tentou avançar contra o vilão para que os meninos pudessem correr.
Gravitor fez um movimento com a mão e Evy foi arremessada para o lado batendo a
cabeça contra a parede e perdendo a consciência. Luck se posicionou na frente do irmão
e Cody não conseguiu se mover.
- Sai daqui velhote. – Luck desafiou o Vilão.
- A Senhora Evy esta bem? – Cody perguntou.
Gravitor os olhou.
- Vocês são mesmo filhos deles não é? Consigo ver a semelhança. Vocês são a
cara do seu pai.
- Pai? – Cody perguntou.
Esperem vocês não conhecem o pai de vocês? Não sabem nem mesmo quem ele
é? – Gravitor perguntou indignado.
- E te interessa, otario? – Luck respondeu mostrando a lingua.
Respeite os mais velhos garoto.
- Você veio nos matar porque somos filhos da Suprema? – Cody perguntou.
Gravitor abriu um sorriso apaziguador enquanto caminha na direção das
crianças.
- Eu nunca iria ferir vocês. São da familia.
Uma voz robotica soou pela apartamento:

“ Segurança comprometida. Defesas assionadas.”

Armas sairam de lugares inositados e miraram em Gravitor que olhou sem


demonstrar espanto. Os tiros foram desparados e ele estendeu os braços parando as
balas e na sequencia destruindo as armas com seu poder.
Cody aproveitou a oportunidade de puxar seu irmão para que eles pudessem
correr para o elevador. Antes que a porta do elevador se fechar por completo. Gravitor o
segurou.
- Onde vocês vão? – Ele perguntou com curiosidade. – Ainda não acabamos a
conversa.
Quando ele estava preste a continuar sua caminhada. Ele ouviu a voz de
Suprema atrás dele.
- Deixem meus filhos em paz.
- Mamãe! – Cody gritou aliviado.
- Agora você ta ferrado babacão. – Luck disse rindo.
Gravitor inclinou a cabeça e olhou para Suprema.
- Não ensinou educação para eles Lindsay? – Ele perguntou.
- Ensinei sim. Também os ensinei que não se deve baixar a cabeça para
valentões que nem você seu...- Ela olhou para as crianças atrás de Gravitor. – Seu
bobão.
Gravitor riu.
- Essa doeu. Facemos um seguinte então. – Ele elevantou um dos braços.
Luck e Cody sentiram o corpo sendo progetado para o alto e puxado em direção
a Gravitor.
- Não! – Lindsay gritou. – Eles não por favor.
Os olhos de Cody se encheram de agua e Luck tentou se soltar sacudindo o
corpo.
- Bom, muito bem. – Gravitor disse satisfeito. – Agora sim você entendeu.
- Solte eles Stewart, eu estou implorando. Deixa meus filhos irem.
Lindsay sentiu a raiva, a coragem, a força e a certeza de vitoria sendo substituida
por um sentimento que não pode evitar o medo e a sensação de impotencia. Ela se
ajoelhou, nesse momento ela não era a Suprema, tinha voltado a ser apenas Lindsay, a
mãe.
- Você e o Rick prescisam mesmo conversa sobre essas crianças. Sabe como
deve ta sendo dificil para ele?
Lindsay não respondeu.
- Crianças deixa eu ensinar algo para vocês. Um dia vocês podem vir a ser tão
poderosos quanto o pais de vocês, mas poder sem inteligencia e sem sacrifio. Poder sem
uma causa, não quer dizer nada.
Gravitor foi ate Lindsay e desferiu um poderoso soco gravitacional em seu rosto
afundando a mulher do amanhã no chão. Luck e Cody não conseguiam fazer nada além
de gritar por sua mãe e por ajuda enquanto Lindsay era espancada por Gravitor em sua
frente.
- DEIXA A MINHA MÃE... EM PAAAAAAAAAAAAAZ – Cody gritou em
meio ao choro e de sua boca saiu um poder sonicô como o cacarejo de Galoman.
Gravitor estava descosta e não percebeu quando foi atingido e arremessado para fora do
predio.
As crianças cairam no chão quando a gravidade perdeu o efeito. Eles não se
importaram a principio com o que acabou de acontecer apenas correram ate sua mão.
Lindsay estava sangrando e ferida. Ela os olhou e abriu um sorriso.
- Que bom que esta bem.. Desculpa por não dizer a verdade para vocês. – Ela
disse e as lagrimas escorreram. – O pai de vocês, eu não posso mais esnconder o pai de
vocês é o...
Gravitor entrou novamente no predio. Cody e Luck se botaram em frente a sua
mãe que não conseguia se levantar.
- Ora, ora, estou realmente impressionado com vocês. – Ele disse batendo
palma. – Não esperava por isso.
Um tiro de layser acertou seu ombro pelas costa e ele gemeu de dor. Olhou pelo
buraco da vidraça e viu Titânico vindo em alta velocidade enquanto disparava rajadas
de energia precisas em sua direção.
- Bem, eu ja venho. Deixa só eu esmagar esse homem.
Gravitor foi para fora.
Lindsay viu a cena, se esforçou para levantar, se esforçou para poder reagir. Era
a chance de acabar com isso. Era a chance de salvar a todos.
Apagou.
52
Megacity. Centro. 15 de Julho. 02h40.
Titânico disparou mais um de seus raios de energia que foram repelidos. Suas
balas de impacto, seus mines misseis balisticos, a força de sua armadura, nada disso
funcionava. A unica coisa que impedia Titânico de ser esmagado era o adptador de
gravidade, mas nem isso estava adiantando tanto, pois a adptação não era tão rapida
quanto o uso de poder de Gravitor.
- Então senhor Snyder. Já demonstrou todos os seus brinquedos? – Gravitor
perguntou claramente entediado.
Snyder respondeu com mais um disparo de energia. A luta ocorria nos ceús.
Snyder aproveitou a oportunidade para afastar Gravitor e tentou se manter o maximo
possivel no alto e longe do alcance da cidade e dos civis. Entretanto, da forma que o
combate estava indo ele não iria vencer.
- A alguma coisa que nós possamos fazer? – Snyder perguntou para a equipe de
suporte.
- Podiamos tentar usar o “Raio do amor”. Mas a armadura seria praticamnete
inutil depois disso. É muito arriscado. – Um dos homens respondeu em seu
comunicador.
Raio do amor. Era um layser que consumia quase toda a energia do traje de uma
vez. E Snyder deu esse nome, pois ela saia de seu peito.
Ele sabia que era arriscado mas isso de fato poderia dar um fim a luta e ele
poderia pelo menos nocautear o vilão. Bom, valeria a pena arriscar. Precisaria apenas de
uma distração. Algo que fizesse o vilão perde o foco por alguns segundos.
- Me deem alternativas. Preciso destrair o vilão. – Snyder disse para sua equipe
enquanto disparava outros de seus laysers.
- Achei! – A lider do grupo de monitoramento do mapa da cidade respondeu. –
No pier de NashBay, tem um parque de diversão. Esta fechado agora.
- Certo, entendido. Defininem a melhor rota de voou. – Uma linha azul apareceu
em seu visor segundos depois, com a melhor rota a se voar. – Que tal irmos para um
lugar mais divertido Gravitor? – Snyder perguntou pelo alto falante para o vilão.
Ele acelerou com os propulsores e seu traje adptou a gravidade que o tentou
segurar por alguns segundos. Gravitor bufou de tedio e voou atrás de Titânico.
Dentro do predio de Snyder, Cody e Luck checavam a mãe que estava
inconciente. Eles também pegaram o corpo de Evy e puseram ao lado de sua mãe. Uma
equipe de paramedicos da industrias Snyder haviam subido ate a ala e ja estavam
preparando os primeiros socorros e prontos para chamar pela ambulancia.
- Eu espero que a mamãe fique bem. – Luck comentou com o irmão enquanto
via os medicos aplicarem curativos em sua mãe.
- Eu também. Eu fiquei muito assustado.
- Você chorou e berrou tão alto que empurrou o Gravitor.
- Você viu aquilo? Eu usei um poder. Eu tenho poderes.
- Vi sim, o super chorão. Que novidade. – Luck fez uma cara feia. Ele estava
com inveja do irmão mas tentava demonstrar indiferença pelo feito.
- Com licença. – A voz de um homem veio da porta de entrada da sala.
Os medicos e os guardas se espantaram ao ver o que parecia ser um cientista
trajado de jaleco branco e uma bolsa de equipamentos.
- Como subiu ate aqui? – Um dos guardas perguntou.
- Irrelevante. Equipamento de proteção de segunda. Era um convite para entrar.
– Ele olhou para Suprema no chão e para as crianças ao seu lado. – Bem, eu imaginava
que ela poderia segurar o Stue por mais tempo.
- Quem é você? – Um dos guardas apontou a arma.
- Fenomenal Mind. – Rodney disse enquanto revirava os olhos. – Vocês
incopetentes vivem em uma caverna? Não importa, Levem todos para fora por favor e
saim do rescinto.
Um dos guarda o olhou os paramedicos também não sabiam o que fazer.
- Nosso dever é proteger... – Um guarda começou a dizer e foi enterrompido.
- Sim, sim. Proteger. Querem ser uteis e proteger? Faça isso no subterraneo onde
estão os outros cientistas amadores.
- Como você sabe sobre o subterranio?
- Eu preciso me preparar para a chegada do Gravitor. Ainda a muito a fazer. –
Rodney disse ignorando a pergunta do homem. – Se não quiserem que um desastre
como o de 10 anos atrás aconteça novamente eu sugiro os senhores façam o que estou
pedindo.
- E poque deveriamos acreditar em você, quando vocês lutaram contra esse
homem a 10 anos muitas pessoas morreram.
- Dessa vez é diferente.
- E por que? – Outro guarda perguntou.
- Porque eu estou aqui. – Rodney disse passando pelo sujeito.
Ele colocou a bolsa de equipamento em uma das comodas e retirou um pequeno
raste de metal para montar uma especie de antena. A base da antena era o cubo a qual
vinha trabalhando a semana inteira.
Os guardas não souberam o que fazer então descidiram que deveriam levar as
crianças e as mulheres para baixo como sugerido. Cody e Luck antes de descerem
foram ate Rodney.
- Você vai derrotar o Gravitor? – Cody perguntou esperançoso.
Rodney o olhou de cima a baixo. Ele soube na hora que eram mesmo filhos de
Rick com Lindsay.
- Fascinante. – Ele disse olhando para os garotos.
Os gemêos se entreolharam por um segundo. Rodney logo perdeu o interesse.
Não fez questão nem de responder o garoto. Ele voltou a se concentrar no trabalho. Os
meninos logo trataram de seguir o guardas. Agora que estava sozinho, fenomenal Mind
começou a preparar seu plano.
Enquanto isso a luta acontecia no parque. A roda gigante que havia sido erguida
com a gravidade destruia tudo ao redor na tentativa de atingir Titânico. O mesmo se
preparava e buscava uma brecha pra seu ataque final. O traje direcionava calculos
rapidos de qual deveria ser o proximo movimento enquanto tentava se adptar e se
ajustar a forte pressão que Gravitor exercia em seu corpo.
Ele desvia entre as barraquinahs enquanto a roda gigante o seguia destruindo
tudo. Titânico foi supreendido quando uma fileira de carrinhos da montanha-russa
voou em sua direção de frente. Por um segundo ele olhou para trás. Em suas costa vinha
a roda Gigante e pela frente uma linha de carrinhos metalicos vermelhos e arredondados
que vinham com velocidade.
Ele parou e redirecionou os jatos para o alto. Gravitor estava flutando alguns
metros a cima do parque movimentando os braços como um maestro cordenando uma
musica de destruição para acabar com Titânico.
Enquanto o heroi subia ele escutou um barulho de click. O Raio do amor
finalmente estava pronto. Ele voou em alta velocidade para cima de Gravitor. O
carrinho ainda o perseguia, naquele momento não era nada com o que ele não pudesse
lidar.
Os calculos foram feitos e no momento exato alguns poucos metros de Gravitor,
o heroi fez uma pirueta em arco para trás e o carrinho passou por ele indo em direção ao
vilão. Gravitor sorriu e parou o carrinho centimentros antes de o atingir.
- Achou mesmo que eu seria acertado pelo meu proprio ataque? – Ele perguntou
achando graça da ousadia do heroi.
- Eu sei o que te falta Gravitor!
- E o que seria? - O vilão perguntou com curiosidade na voz.
- Falta amor! Por sorte eu tenho muito a oferecer. – O simbolo retangulo no
peito brilhou em um tom amarelado.
Titãnico estava a uns 6 mestro de distancia e 4 acima de Gravitor ele disparou
um raio continuo de sua armadura. Gravitor tentou expandir a barreira Gravitacional,
mas pela primeira vez naquela noite, ele foi ferido. O disparo o atingiria no peito, vendo
que não conseguiria simplemente defender o poderoso disparo ele se esquivou mas
ainda assim o raio atravessou seu ombro esquerdo. Sangue escorreu pela roupa e o
Vilão urrou de dor, mas não foi derrotado.
Titânico agora estava sem energia. Sua armadura dispencava do ceús. Ele havia
perdido a comunicação com a central. O Traje estava reiniciando. Antes que ele
pudesse atingir o chão ele pode sentir o traje parar no ar.
Não conseguia ver pelo visor. Começou a suar de forma involuntaria e a tremer.
Apenas escutou a voz de Gravitor enquanto sentia o traja aperta mais e mais seu corpo
na medida que era esmagado.
- Eu prometi a mim mesmo que não mataria ninguém que não fosse necessario,
mas você esta sendo uma pedra no sapato bem incomoda senhor Snyder. – Gravitor
disse.
Snyder tentou dizer algo mas sua voz não saiu, apenas um leve gemido de dor e
angustia. Por mais que fosse um heroi, dentro daquele traje, que agora mais se parecia
com um caixão de ferro, Snyder lembrou que ainda era um humano. Ele sentiu o corpo
ser arrmessado, estava a merce do universo.
Escutou um barulho, havia caido em algo liquido. Estava agora sentindo o corpo
descer de vagar. Havia sido jogado ao mar e apesar do traje ser completamente vedado
ele estava desligado. em breve o oxigenio iria acabar e era questão de tempo ate ele
morrer, mas não levou nenhum minuto para percebe que Titânico havia sido derrotado.
Dentro do apartamento das industrias Snyder, Fenomenal Mind havia passado
raste de metal pelos quatros cantos do comodo que formavam a sala. No meio do
cubicolo aberto, o pequeno cubo brilhava em azul conecato por cabos a uma antena e
tambem as arestas metalicas que emetiam um zumbido baixo e um brilho também
azulado.
Rodney se aproximou da janela aberta e olhou para o horizonte. A madrugada
estava ficando velha e em breve o sol iria nascer. Ele pensou que talvez por um
momento seria capaz de fazer com que Gravitor voltasse a razão apenas com o dialogo.
Ele saiu da janela foi ate a pequena antena e a movel para fora do circulo
deixando ao lado do sofá. Rodney então percebeu algo. Ele talvez não fosse o mais
indicado para conversa com o Gravitor. Ele sempre achou fascinante o carisma
magnetico que o líder tinha, talvez uma parte dele sentisse inveja do manejo social que
Stewart transmitia para as pessoas. Rodney nunca conseguiria convencer o Stewart a
parar, mas ele sabia quem poderia fazer isso.
Pouco tempo depois Gravitor chegou no predio e entrou de imediado na sala.
Ao ver uma pessoa parada no centro da sala seus olhos arregalaram.
- Você? - Ele perguntou estando pasmo.
Gravitor piscou por um momento e por um segundo desligou seus poderes. Ele
foi ate a mulher na sala e antes que pudesse a tocar ele retraiu a sua mão.
- Stewart você tem que parar. - A voz femenina disse.
- Impossivel, eu vi você morrer... Eu vi você partir Elizabeth.
Elizabeth deu um leve sorriso sem jeito e respirou fundo.
- Muita coisas aconteceram nesses 10 anos. - Ela disse. - Stue, você já causou
destruição demais. Se entrega, não torne isso mais dificil do que tem de ser. Entenda
que suas ações iram ter consequencias, o dano que esta causando fara com que tudo que
os herois tem construido em questão de confia se perca novamente, como a 10 anos
atrás.
Stue levantou uma das sombrancelhas.
- Eu não sou mais o homem de 10 anos atrás. Eu estou fazendo o que é certo
dessa vez. Eu estou realmente tentando salvar o mundo.
- Atacando e mantando os seus amigos?
Ele abaixou a cabeça com pesar.
- Sacrificios pelo bem maior. Assim como sua morte foi um sacrificio para me
por nessa rota. A luta de 10 anos que levou fim aos vigilantes também foi um sacrificio
para que eu pudesse me isolar e finalmente entender meu proposito.
Gravitor foi mais proximo dela se posicionando no meio da sala, ele tentou a
tocar mas dessa vez ela o impediu.
- Não. Você não pode dizer que tudo que aconteceu foi obra do destino. Quando
eu morri não foi por um proposito maior foi uma falha dos Vigilantes. A 10 anos
quando aquelas pessoas morreram não foi por uma obra de Deus, foi assassinato. Você
as matou. Você jurou as proteger e salvou muita delas enquanto ainda estava em seu
apogeu de heroi, mas no fim você enloqueceu, você matou essas pessoas, você matou o
Erick.
Gravitor tentou evitar o olhar de julgamente de seu antigo amor, ele olhou para o
chão.
- Esta dizendo que Deus não existe e tudo foi obra minha e somente minha?
-Sim, não se apegue a ideia de uma religião para justificar suas ações. Deus é so
um nome que pessoas que não tem coragem para lidar com a dura realidade da vida usa
como um escudo de estupides.
- Obrigado. - Gravitor disse sorrindo.
- Pelo o que exatamente? - Ela perguntou.
- Por não me fazer matar Elizabeth pela segunda vez. Agora que confirmei que
não é ela isso vai ser mais facil.
Ele empurrou Elizabeth contra a parede da porta e o holograma que emitava a
sua ex namorda se desfez revelandos ser Fenomenal Mind. Assim que ele se chocou na
parede. Rodney ativou de forma neural a gaiola de gravidade simulada a qual constroiu.
Gravitor esticou a mão mas percebeu que seu poder não estava funcionando. Ele
olhou ao redor e virou que estava preso em uma especie de cubo azulado transparente.
Ele encostou em um das paredes e percebeu que era solida não havia como atravessar.
Viu do lado de fora do cubo um cubo brilhando azul com uma antena em cima. A
Antena girava e sempre que ele tentava controlar a gravidade ela mudava a forma de
rotação.
- O que é isso Rodney?
Fenomenal Mind levantou do chão batendo o jaleco, o impacto com a parede fez
a mesma rachar mas ele não tinha sofrido dano. Tudo foi de acordo com o planejado.
- Um gerador de gravidade artificial. Você não pode mudar aquilo que é gerado
por um mecanismo de alteração quântico. Ele muda a cada microsegundo tornando
basiacamente impossivel e quase imperceptivel de você manipular.
- E você usou Elizabeth para que eu entrasse na sua armadilha. Isso foi sujo e
baixo ate para você.
- Não sou movido pela sua crenças e ideologias irracionais. Eu precisava
prender você e assim o fiz.
Gravitor acentiu.
- Você seria uma otima aquisição para a Mão de Deus.
- Não sei e nem me importo com que quer que seja esse absurdo a qual se refere.
- E qual o proximo passo?
- Bom, você volta para o D.E.M e tudo isso acaba hoje. Eu venci.
As luzes do andar começaram a piscar e a cela piscou junto. Gravitor sorriu.
Rodney não ficou surpreso, ele havia conectado o cubo de forma remota mas somente a
energia produzida por ele proprio não seria o suficiente por isso ele estava utilizando a
torre Snyder como uma bateria que iria manter a cela energizada, ele calculou que com
a destruição na cidade e com a utilização dos equipamento eletronicos talvez não fosse
o suficiente para manter a cela energizada por muito tempo.
Ele calculou essa possibilidade, mas não tinha como saber e então ele fez o
mesmo que os amigos faziam confiado na sorte, mas ele nunca deveria ter feito isso.
- Em quanto tempo essa cela ira desligar?
- A julgar pela oxilação de luz 3 minutos no maximo.
- Em 3 minutos então tudo acaba. Se você fugir e cooperar quando eu for ate
você no futuro prometo que não irei mata-lo.
Rodney não respondeu. 3 minutos se passaram e Gravitor atacou. Ele levantou
Rodney com sua gravidade. Se Fenomenal Mind tivesse tido mais tempo ele teria se
preparado melhor. Se ele pudesse ter mais tempo, ele poderia ter invalidade os poderes
de Gravitor mas infelizmente ele não tinha tempo. Quando ele estava preste a uplodear
sua mente para um dos servidores de Snyder como uma forma de contigencia ele ouviu
um Cacarejo.
Gravitor foi arremessado para frente e passou por ele. Rodney caiu de joelhos e
pelo buraco a qual Gravitor havia entrado estava Galoman, junto com o olho da justiça
de porta aberta e dentro ele via Mentix e Big Guy enfaixado.
- Eu agradesço mas devemos recuar enquanto a chance. O Gravitor é forte
demais.
Galoman foi ate ele e deu um tapa em seu ombro.
- Fica tranquilo Rodney. Entre uma luta entre mim e o Gravitor vai dar uma
canceira, mas é, eu vou vencer.
E de pé estava o maior heroi da cidade, mesmo depois dos ultimos dias Galoman
ainda se levantava para lutar. Ele ainda era um heroi.
EDIÇÃO 14
Vigilantes
53
Megacity. Centro. Torre Snyder. 15 de Julho. 03h35.
Gravitor havia sido pego de surpresa. Era a segunda vez que era atingindo por
um cacarejo sonico em menos de um dia. Seu ouvido estava zunindo. Enquanto ele
estava deitado na pilha dos destroço no corredor do predio que levava ate o apartamento
de Snyder, Gravitor pode sentir um sangue escorrendo de seu ouvido.
Ele era praticamente imune a qualquer ataque fisico mas golpes sonicos
demonstrou ser um grande ponto fraco para sua habilidade.
- Rick, Essa me atingiu em cheio amigão.
- Levanta. - Galoman disse serio.
- Imagino que já esteja a par sobre minhs intenções.
- Olho de Deus, Sua ideia de ser um ditador, não ligo para nenhum de seus
devaneios vilanesco Stue. O que eu sei é que você matou pessoas e hoje mesmo tentou
matar o Paul, tentou matar a Lindsay, Mentix, Zack e meus filhos. Eu não vou fazer
piadinhas ou pedir para você parar. Isso vai termina de forma basica. - Galoman
começou a caminhar ate ele - Eu sou um heroi e você um vilão, e eu vou te derrotar no
murro e te prender antes do amanhecer.
Mentix entrou dentro do predio e Fenomenal Mind a fintou.
- Eu imaginei que iriam vir antes. - Ele comentou.
- Alguma ideia? - Ela perguntou sem rodeio.
- Bom, o plano A não funcionou. Talvez essa sorte que vocês tanto se gabam
não funciona para mim.
- E qual o plano B? - Big Guy, enfaixado, mancando e ferido perguntou
enquanto se forçava a se manter de pé, se forçando a ser util antes da noite acabar.
Rodney olhou o amigo e seus sensores o analisarm. Paul estava sendo segurado
por uma quantidade absurda de nanorobos e isso não ia durar. Se ele não fosse para um
hospital ele iria morrer em poucas horas.
- Paul você tem que... - Ele começou a dizer mas foi enterrompido.
- Não temos tempo para isso. - Big Guy disse - Ainda consigo jogar a
prorrogação, mas precisamos de um plano B treinador.
Rodney olhou para o cubo sem energia e teve uma ideia.
- Se vocês me conseguirem uns minutos eu posso adptar o converso quântico.
Ao inves de ser uma gaiola de espaço fechado ele mudaria e manteria a gravidade de
um unico alvo o tornando praticamente invuneraval ao efeito gravitacionais de Gravitor.
Quem vai se disponibilizar a fazer isso?
Mentix e Big Guy se olharam.
- Galoman - Eles disseram juntos.
- Okay, quanto tempo você precisa. - Big Guy perguntou.
- 15 minutos. - Ele respondeu.
Galoman foi arremessado para trás em direção a eles e Big Guy o segurou.
- Então, temos um plano B? - Galoman perguntou.
- Sim, precisamos de 15 minutos de suas melhores bravatas, consegue? - Big
Guy perguntou.
- Eu sou praticamente bravata nesse momento Hollywood. - Galoman disse
ficando de pé.
Gravitor veio do corredor flutuando e olhou para os amigos.
- Eu não os entendo. - Ele disse. - Porque insistem em tratar isso como se fosse
como a 10 anos? Eu cometi atrocidades sim, mas você não estão dispostos nem mesmo
a tentarem entender meu ponto. Vejam meu exemplo de agora os unicos que se feriram
foram os que me desafiaram. Por que vocês insistem em lutar contra mim? Por que
insistem em se levantar sempre que os derrubo?
Galoman ficou na frente dos 3 amigos ele cerrou o punho e se posicionou para
lutar.
- Simples, porque nos somos o Vigilantes.
Gravitor ficou em silencio por um segundo e depois riu.
- Sem mim não passam de ovelhas sem um pastor para os guiar.
- PARADO! - Um guarda gritou do corredor enquanto apontava sua arma em
direção ao Gravitor.
O vilão olhou para trás e viu 6 guardas parados na porta apontando armas para
ele.
- Vou lhes dar direito a uma escolha, saiam daqui e nenhum de vocês ira perde a
vida.
Os guardas atiraram.
Gravitor bufou de desgosto enquanto parava as balas no ar.
- Eu os avisei.
- NÃO! - Galoman gritou.
Ele saltou contra Gravitor que estava mirando sua mão em direção ao guardas. A
mão de Gravitor foi posicionada para baixo fazendo com que o impulso que usaria para
empurra as balas fosse redirecionado para o chão abrindo o buraco no andar e nos
andares adjacentes. Rick e Gravitor cairam se engalfinhando entre os andares.
-É nossa chance. - Mentix disse.
- Big Guy, vamos descer e ajudar o Galo. Mind faça esse tempo valer.
Antes que Mentix podesse checar Rodney ja começou o trabalho de adptação.
Big Guy aumentou um pouco sua estrutra se tornando um homem alto e largo de 2,10m,
Mentix pulou em suas costa e ele soltou pelo buraco.
Nos térreo em meio a ala de recepção de Snyder. Ambos, heroi e vilão, lutavam.
Galoman estava em desvantagem, sua garganta ardia, seu corpo não respondia
rapido o suficiente, ele estava ferido, exausto e sem stamina para um grande confronto
como esse, mas por sorte Gravitor também não estava em sua melhor condição.
A luta constante desde que encontrou os ex-companheiros estava cobrando seu
preço. Os anos presos fez com que ele desacostumasse com o uso incessante de suas
habilidades, mas o que mais estava o prejudicando era o ferimento causado pelo
Titânico.
Ele poderia não ter o derrotado entretanto o "Raio do amor" o feriu bastante, a
perca de sangue começou a cobrar seu preço. Quanto mais forçava o uso de seus
poderes mais sua visão ficava turva e impedia que ele manipulasse a gravidade de uma
forma a qual pudesse esmagar os ossos de Galoman sem dificuldade
O heroi correu entre as cadeiras da do salão, cuspiu 3 ovos explosivos e
arremessou um deles no vilão que o rebateu para o lado. Os outros 2 foram
arremessados na sequência um foi jogado no lustre da sala a qual Gravitor estava em
baixo e o outro foi jogado no corpo do vilão.
Gravitor parou o que ia o atingir diretamente o jogando em cima de Galoman
que rolou para o lado. O segundo ovo explodiu o encaixe do lustre fazendo com que
cristais e vidro caisse na cabeça de Gravitor. O vilão caiu no chão, sua cabeça sangrava
devido ao a pilha de cacos que estouro em seu corpo. Ele deu um grito de dor e raiva
impulsionando os cacos em direção a Galoman como uma chuva cortante de vidro.
Antes que o heroi fosse atingido Big Guy e Mentix chegaram pelo buraco.
Mentix soltou da costa do heroi que foi perfurado por dezenas de cacos
enquanto defendia o amigo.
Galoman saiu de trás de Big Guy correndo, ele puxou o ar e soltou um forte
Cacarejo, dessa vez ele deixou a boca mais aberta fazendo que o som dispersasse
diferente das outras vezes dessa vez o vilão não foi arremessado, ele apenas botou a
mão nos ouvidos e gemeu de dor, sangue escorreu por sua orelha. Mentix correu na
direção do vilão, Galoman parou de gritar o que permetiu que a heroína pudesse por um
segundo tocar a cabeça do vilão e desligar por segundos suas funções motora e o vilão
parou. Big Guy ignorando a dor e forçando os nanosrobos a trabalharem também correu
e desferiu um soco no nariz de Gravitor que caiu para trás.
O nariz do vilão estorou em um riu de sangue.
- Não. Como vocês...? Essa sincronia... Não foi como a 10 anos. Mentix, você
esta mantendo a mente de todos voces conectadas não é?
- Não vai ser como a 10 anos Gravitor. - Mentix disse.
- Hoje ninguém vai morrer. - Galoman falou.
- E também a gente ta funcionando unidos que nem um megazord. - Big Guy
disse e sorriu.
Gravitor bateu palmas lentas de sarcasmo.
- Finalmente vocês descidiram agir como um time. MAs querem saber de uma
coisa? Os anos podem ter passado, mas foi eu que fundei esse time, foi eu que treinei
vocês e serei eu a acabar com isso de uma vez por todas
Gravitor levantou as duas portas de vidros que abriam automaticamente para que
as pessoas entrassem no predio e enquanto as faziam girar na diagonal ele as
arremessou uma em direção em Mentix e outra na direção de Big Guy.
A telepata consegiu se esquivar por um bem pouco enquanto que Big Guy não
teria a mesma sorte, Galomen utilizou suas asas para pegar um pequeno impulso e
saindo alguns metros do chão o heroi pode usar seu Cacarejo visando a porta momentos
antes de seu amigo ser partido no meio.
Gravitor foi para a rua e no centro da cidade viu um Helicoptero que estava
filmando todo o ocorrido em algumas quadras dali um grupo composto por reporte,
policiais e alguns influencers de internet tentavam filmar todo o ocorrido em tempo
real. os policiais fizeram uma barreira de contenção e uma viatura acelerava com a
sirene alta indo em direção a Gravitor.
O Vilão estendeu a mão aberta em direção ao Carro que começou a levitar um
dos policiais que estava dentro conseguiu abrir a porta e soltar do veiculo outros não
tiveram a mesma chance e foram arremessados de encontro ao grupo de herois no
predio.
Galoman correu de encontro a viatura e deixou o carro atingir em cheio ele deu
um grito de dor enquanto foi arrastado por alguns centimetros para trás, mas usando a
sua força aumentada foi capaz de segurar o veiculo impedindo que as pessoas dentro
deles fossem feridas gravimente,
- Saim pela porta de trás. - Galoman disse para os policiais que sairam da
viatura. - E por favor não atirem.
Sem questionar o heroi os guardas correram.
- Precismos afastar essas pessoas, Mentix! - Galoman disse em pensamento
Mentix se concentrou e começou a acessar todos que estavam proximos, ela
começou a gerar um comando pra suas mentes,
"Vão para longe"
Tanto o helicoptero quanto as pessoas começaram a se afastar.
- Eu acho que entre essa gente que mandei ir embora tinham alguns herois que
veiram ajudar.
- Não se preocupe, nós damos conta. - Galoman disse botando a mão em seu
ombro.
Os herois foram para fora do predio.
Gravitor estava flutuando a alguns metros do chão.
- Venham Vigilantes, vamos começar o ultimo ato.
Gravitor se preparou para iniciar o ataque mas, novamente uma voz chaou sua
atenção.
- Stue!
Ele olhou para trás uma van estrnha vinha vindo em alta velocidade e dentro
dela no banco do carona estava Erick. Phatom havia chegado.
54
Megacity. Alguns minutos antes de Galoman, Mentix e Big Guy chegarem.
Erick estava parado na frente de onde costumava ficar o Delicia dos Dennis,
hoje se tornou um ponto da starbuckers. Ele colocou a mão no vidro e respirou fundo.
- Quando isso aconteceu? Aqui ficava meu restaurante favorito.
- Acho que isso aconteceu a uns 8 anos sei la, o Dennis fechou o local depois
que o Gravitor... - Éden parou fe falar.
Erick fechou os olhos.
- Entendi, esse só foi mais uma das vitimas da luta entre os Vigilantes, mas quer
saber? Eu vim aqui porque imaginei que iria me sentir menos... Vazio.
- Já te falei carinha. Meu maninho pode te ajudar com isso.
Erick foi ate a van, Éden olhou para o homem que estava sofrendo por todas as
coisas a qual passou. Ele acendeu um cigarro e entrou no carro.
- Para a onde agora?
- Desculpa.
Éden levantou a sombrancelha com duvida.
- Eu não deveria ta te arrastando para os locais que eu gosto. - Erick disse
enquanto encostava a cabeça na janela do veículo.
- Não esquenta. - Éden deu partida. Não estava indo pra nenhum lugar em
específico so estava andando.
- Eu não tenho certeza. - Erick pareceu pensar. - Seu amigo pode ajudar? Eu
acho que preciso de respostas.
Éden sorriu.
- Claro que pode.
O homem acelerou o carro e depois de alguns minutos eles chegaram em uma
loja de magica fechada perto do centro. O acabamento da lojaera velho e meio acabado,
a placa que ficava em cima da porta estava escreito " A Casa da Magia". A letra já
estavam sumindo e a madeira precisava de verniz, qualquer um que batesse o olho no
lugar iria saber que era uma dessas lojas de magicas de segunda.
Éden retirou do bolso um bolo de chave e pareceu escolher algumas delas, ele
testou umas 5 chaves ate encontrar a certa. Depois disso abriu a porta que rangeu como
se alguem a torturasse. Dentro da loja tudo parecia meio velho e sem muito cuidado.
As plateleiras tinham alguns itens de magicos de festa, como cartola com um
fundo falso, baralhos marcados, dados viciados e coisas que fariam qualquer charlatão
se sentir muito bem servido.
- Seu amigo mora nessa loja? Isso não é um ponto comercial?
- Ele mora em cima, tem um apartamento aqui. Vem eu te levo lá.
Eles andaram pela loja, Erick viu um gato preto deitado com uma coleira e um
sino, o gato o acompanhou com os ohos a todo o momento. Ele não pode deixar de se
sentir uma sensação estranha, como se o ar ali fosse mais pesado. uma escada em
caracou vermelha levava ate o andar de cima e Erick tratou de seguir Éden para cima.
Uma grande porta de mandeira estava logo no fim da escada e Éden bateu na porta
algumas vezes.
- Sou eu Leon, abre ai carinha. - Éden disse com uma voz calma.
Erick não escutou nada de trás da porta.
- Talvez ele não esteja em casa. - Ele disse.
Algum tempo depois ele pode ouvir barulho de garrafas rolando pelo chão ou
caindo. Ouviu uma voz xingar de trás da porta e depois a chave rodando. A porta se
abriu para dentro revelando um homem. Cabelos escuros curto, estava usando um
roupão rosa e um par de pantufas de coelhinhos rosa também, em sua mão tinha uma
garrafa de Whyske que estava pela metade. Não preciva ser um genio para saber que o
sujeito estava completamente bebado.
- Éden... - Ele disse. - Mas que cacete você faz aqui? Que horas são?
- O tempo é um conceito cara, acredito que horas não importam. - Éden
respondeu.
- Puta que pariu, como você é um hippie maluco. - Ele olhou por cima do ombro
de Éden. - Por que caralhos esta andando com um zumbi?
Erick gelou com a pergunta do homem.
- Eu te explico tudo depois. Podemos entrar? - Éden perguntou.
O bebado pareceu pensar um pouco.
- Não.
- Como assim não? - Éden perguntou.
- Eu to enchendo a cara. O Gravitor esta lutando contra os Vigilantes na torre do
Snyder, fica apenas algumas quadras daqui e aqui não é seguro. Pega sua Van e mete o
pé antes que ele começa a levitar predios de novo.
Erick ao escutar isso, sentiu varias vozes em sua cabeça. Ouviu varios pedidos
de ajuda e alguns aclamando por vingança. Sem esperar ele desceu pelas escadas.
- Ei carinha onde você vai? Me espera. - Éden virou-se para o homem bebado. -
E você Leondine ao inves de ta ai bebendo não deveria estar fazendo algo para ajudar?
- No momento que o Gravitor começar a conjurar um encantamento eu ajudo.
Até lá, problemas de Meta não são meus. Sou apenas um dono de um estabelecimento
Éden abriu e fechou a boca por um segundo.
-Depois falamos disso. - Ele disse descendo as escadas.
Erick estava suando e parecia esta preste a ter um colapso. Ele estava ajoelhado
no meio da loja. Éden botou a mão em seu ombro e ele se tornou intangivel.
- As vozes. São muitas vozes. Eu... Eu... Stue.
- Respira carinha. Vem, vamos sair daqui. Podemos ir para um lugar afastado
antes que a luta chega para cá.
- Não! Eu... Eu... Eu preciso ir ate lá. Eu tenho que ver Gravitor.
Éden o olhou e respirou fundo.
- Vem comigo. conheço um atalho.
Depois, quando Éden estava acelarando a Van. Erick conseguia ver Stue e ele se
lembrou da luta de 10 anos. Ele botou a cabeça para fora da janela e chamou o amigo.
Gravitor olhou para trás e a Van parou quando o carro de policia e pessoas
vianham em sua direção fugindo do local. Erick não esperou Éden dizer nada, usando
seus poderes ele atravessou a Van e correu pelas pessoas ate alcançar o amigo.
- Erick? - Mentix perguntou correndo em sua direção.
- Cacete, é o Erick! - Big Guy disse surpreso.
Por um segundo a luta foi parada. Os 3 amigos correram ate ele mas Erick
pareceu os evitar. Ele não permetiu que ninguem o tocasse.
-Tem alguma coisa errada com o Erick. - Mentix disse. - A mente dele, esta tudo
tão escuro.
Erick passou pelos amigos usando sua intangibilidade e parou embaixo de
Gravitor.
- Stue. - Ele começou. - Por favor, chega. Para. As pessoas que você matou, tudo
que estamos causando. Isso doi demais.
Erick se ajoelhou chorando. Gravitor olhou para o amigo.
- De todos as pessoas Erick. Eu preciso de você. - Ele disse enquanto pousava
em frente a Erick. - Tudo aconteceu porque você quis abandonar a causa, mas aquilo foi
necessario. Você me fez passar por um inferno para que eu fosse me torna o que eu
precisava. Eu te entendo. mas agora o teste acabou. Eu sei meu lugar no mundo, não
faça como os outros se una a mim e juntos podemos finalmente levar a terra para o
paraiso. Vamos fazr com que o sacrifio de todas as pessoas não tenha sido invão.
- Sacrificio? - Erick perguntou confuso. - Você acha que todas as pessoas que
morreram estavam sacrificando para o bem maior?
Gravitor não respondeu.
- Você acha que isso tudo estava pre-destinado a acontecer?
- Erick. Eu sinto o peso de cada morte que causei, mas hoje entendo que não foi
atoa, a morte de Elizabeth não foi atoa.
Erick botou a mão na cabeça. Ele deu um grito de agonia.
- O que esta havendo com você.
- Todas as vidas que tiramos, todos os que morreram a 10 anos, estão gritando
que você mente. Estão gritando que você é um assassino. Todos querem que você seje
julgado pelo rei.
- Que rei e que errei seria esse? Quem poderia julgar a gravidade?
Erick se levantou ele limpou o rosto.
- Estão sentindo esse calafrio? - Galoman perguntou.
- Gente o que é aquilo? - Big Guy apontou para o chão abaixo de Erick.
no chão varios espiritos esverdeados começaram a se lavantar com uma
aparencia cadaverica. Erick estava no centro dele, ele ergueu a mão e disse por fim:
- Ergam-se.
Do chão uma torrente de espiritos se levantaram e avançaram contra Gravitor. O
vilão tentou usar seus poderes para empurra as aparecões mas eram muitas e quando
umas foram arrmessadas para trás outras tomaram o seu lugar. Um dos espiritos, uma
mulher que tinha metade do rosto faltando, esmagada por pessoas que tentavam fugir
quando Gravitor jogou Big Guy em cima de um predio. Ela arranhou o peito de
Gravitor, sua mão passou por dentro de seu corpo e ao acertou em um loval mais
primordial. uma dor não fisica mas sim uma melancolia tomou conta de Gravitor que
sentiu apenas vontade de desistir, por um segundo sentiu vontade de morrer.
- Temos que impedir isso! - Mentix disse enquanto corria ate Erick. - O Erick,
não sinto mais ele. É como se ele fosse apenas instinto.
- Desde quando o Erick se tornou o Beetlejuice? - Big Guy perguntou.
- Qual o instinto dele Mentix? - Galoman perguntou.
- Matar. Rick temos que...
Galoman ja tinha iniciado seu movimento correndo em direção a torrente de
espiritos Galoman deu um salto impulsinado pelas asas e passando por cima da cabeça
dos mortos e descendo ate Erick.
- Erick! Pare! - Ele disse. - Não me obrigue a te ferir
Os olhos de Erick estavam virados somente suas pupilas branca estavam
amostra. Galoman segurou no ombro do amigo e o sacudiu.
- Acorda amigão! Sai dessa! Não é assim que vamos resolver as coisas. Acorda!
- Ele gritava.
Os fantasmas acertaram Galoman pelas costas e ele tambem sentiu a força esvair
de seu corpo. Os mortos começaram a se amontoar em cima do heroi. Os fantasmas em
cima dele forma empurrados pelo poder de Gravitor que estava no chão sendo acertado
por diversos ataques. Ele apenas conseguiu esticar a mão para Galoman e o ajudar.
- Temos que dar um jeito de chegar ate o Phatom, precismos desligar sua mente.
- Deixa comigo! Sobe ai! - Big Guy disse se ajoelhando para que Mentix o
agarrase.
Ela subiu passando a pernas em seu ombro.
- Lembra do que o Zack disse? - Ela perguntou. - Você não pode crecer mais
que 2 metros.
- É, to sabendo. - Big Guy disse.
- Serio! Se você ousar bancar o heroi. eu vou tirar o bloqueio de suas emoções.
Eu juro por Deus.
Big Guy correu sem dizer mais nada.
Na luta. Galoman ajudou Gravitor a se levantar e ambos estavam cercados pelos
fantasmas estando de costas ao para o outro. Phatom havia desaparecido em meio a
onda de mortos.
- Tregua? - Gravitor perguntou.
Galoman usou o seu cacarejo para afastar um grupo de fantasmas que avnçou
em sua direção.
- Qual sua definição de parar isso? - Ele perguntou após atacar,
- Sabe o que temos que fazer. - Gravitor disse. - É o ultimo teste, o ultimo
desafio. mostrar que se nos trabalharmos juntos podemos vencer ate mesmo a morte.
Literalmente nesse caso.
Galoman não respondeu. Gravitor empurrou um grupo de fantasmas,
- Então? - Ele perguntou novamente.
Galoman se virou e o atingiu com um soco na barriga e depois um em seu rosto.
Gravitor caiu no chão confuso, o heroi usou o cacarejo para empurra um grupo de
Fantasmas que iriam atacar o vilão.
- Tolo! O que esta fazendo? - Gravitor perguntou limpando o sangue de sua
boca.
- O Erick não é o monstro aqui Stue! - Galoman gritou. - Você é!
Galoman saltou contra Gravitor que o empurrou para cima o fazendo levitar.
No meio do monte de fanstasma, Big Guy era atacado por diversas almas, por
sorte Mentix mantia sua mente bloqueada a fortes emoções que ira o aflingir mas ainda
assim Big guy estava perdendo sua energia, ele começara a bufar e respita com
dificulades.
- Temos.. Temos... que encontra o Erick. - ele disse em meio a crise.
Estou procurando ele, Esses fantasmas não tem consciencia eles são movidos
por um pensamento vingança. Se Erick esta invisivel aqui, eu so tenho que achar o
padrão de ataque a onda neural que ele esta transmintindo.
Big Guy se ajoelhou. Os fantasmas começaram a o atacar mais, mentix por
alguma razão estava sendo ignorada. Os fantasmas atacavam Big Guy.
- Paul, vamos não desiste! Levanta! - Mentix o chamava. Mas os monstro eram
muitos.
Ela tentou usar seus poderes para controlar os espiritos ou faze-los se afastarem
mas não conseguiu. Big Guy pela segunda vez na mesma noite estava morrendo em sua
frente e Mentix se viu incapaz de fazer qualquer coisa pra ajudar. Quando estava
proxima de desistir vendo o amigo sendo subterrado por fantasma. Ela sentiu uma mão
a segurar por trás pelo colarinho e tabem pegar Big Guy sem muita dificuldade pela
faixas que seguravam seus ferimentos.
Mentix sentiu o corpo saindo do chão e quando olhou para cima viu Suprema a
levantando.
Ela apenas sorriu e sussurrou um obrigado.
Suprema Levou os 2 para dentro do predio novamente os afastando dos
fantasma que tentavam alcançar Galoman e Gravitor que lutavam um com outro no ar.
- Desculpa o atraso. - Lindsay disse.
Ela estava com o olho roxo, alguns hematomas e o labio um pouco inchado.
- O que esta acontecendo? - Mentix perguntou. - O que o Zector fez com o
Erick?
- Bom, eu não sei ao certo. De toda forma não temos tempo para lidar com isso
agora,,
precisamos dar um jeito de fazer ele parar e ajudar o Rick.
Paul estava no chão suando frio e com a pele ficando meio azulada, mas após se
afastarem dos fantasma sua temperatura começou a voltar ao normal.
- Cacete... - Ele disse deixando a palavra morre enquanto ainda estava deitado.
Ouviram o barilho de elevador e os 3 olharam em direção ao mesmo e quando a
porta se abriu lá estava Rodney com uma especie de mochila emprovisada com o cubo
no centro dela. Ele olhou para os companheiros e depois olhou para fora. E viu o mar
de fantasma tomando a rua cada vez mais.
- Imagino que as coisas sairam do controle. - Ele comentou caminhando ate os
amigos.
Big Guy começou a ficar de pé com a ajuda de Suprema.
- Fascinante, não reconheço a composição quimica daqueles seres. Acho que
podemos nos referir a isso como ectoplasma, bem, Imaginei que algo como isso fosse
impossivel. - Fenomenal Mind comentou.
- Rodney, foco. - Mentix pediu. - Conseguiu?
Ele mostrou o aparato para amiga.
- Só temos que chegar ao Galoman com isso.
- E isso deveria ser? - Lindsay perguntou.
- Um bloqueador de gravidade. - Rodney respondeu.
- Certo, me de aqui. Eu posso acabar com ele. - Ela disse.
- Enquanto ao problema com o Erick ali? - Big Guy perguntou. - Por mais que
eu queira voltar lá. Não acho que seja uma boa ideia.
Eles se entre olharam.
- Mentix, leva isso para o Rick. Big Guy, acha que da pra ajudar? - Suprema
disse dando o equipamento para Mentix.
- Sim, capitã. - Big Guy disse forçando coragem.
- Não, não! - Mentix protestou. - Paul você tem que ficar você...
Big Guy sorriu para ela e ela se calou envergonhada.
- O Erick estava no meio dos fantasma. - Mentix disse mudando de assunto. - Eu
tentei rastrear ele mas não consegui.
- Deixa comigo. - Fenomenal Mind disse. So achar a concentração do
Equitoplasma que acredito que possa encontrar ele.
- Eu protejo você então. - Suprema disse.
Os 4 se olharam.
- Certo. É hora de por um fim nisso. - Suprema disse.
Os 4 foram para fora.
55
Galoman foi de encontro a outro predio. Eles estava sendo esfregado em predio
e predio como um boneco de pano. Já nem sentia mais dor, estava apenas sentido uma
especie confortavel de dormencia, sentia a palpebra ficar cansada. Estava perdendo a
luta.
Galoman foi puxado para proximo de Gravitor, que assim como o heroi estava
bufando de exaustão. Ele forçou novamente o Galo contra um predio, o heroi cuspiu
sangue com o impacto. Ele se forçou a respirar e usou novamente o Cacarejo, o Vilão
parou de força a Gravidade e levou a cabeça ate os ouvidos, aproveitando a
oportunidade e usando o predio de apoio Galoman usou as asas para se impulsionar e
pressionando o braço contra o pescoço de Gravitor, os dois foram para dentro de outro
predio na frente, atravessando pela janela.
Cairam em uma sala de um escritorio com varias abas e computadores. Gravitor
rolou pelo corredor e Galoman também caiu, mas foi mais rapido para se levantar.
Enquanto vilão estava se erguendo Galoman correu ate ele e atingiu sua costela com
um chute, o Vilão caiu para um lado rolando e equando parou impulssionou com seu
poderes mesas e computadores contra o heroi.
Galoman foi atingido e subterrado por mesas, cadeiras, computadores, divisorias
e tudo mais que comporta um escrito administrativo, entretando isso não foi o suficiente
para para o heroi que ainda em meio a pilha de equipamentos arremessou um ovo
explosivo que estourou atrás de Gravitos, a explosão fez que o vilão fosse jogado para
frente e Galoman que ja tinha se levantado recebeu o inimigo com um soco em seu
rosto.
Gravitor estava de quatro e cuspiu sangue e um dente. Galoman sentiu a visão
ficar turva novamente e se apoiou em uma mesa proximos ao destroços. Gravitor se
levantou e sorriu para o heroi, que retribuiu o sorriso cerrando os punhos e armando
para continuar a lutar.
Do lado de fora, Suprema passava pelas fantasma acertando socos e chutes, o
braço esquerdo de Fenomenal Mind se tranformou em uma arma de pressão de ar que
empurrava os mortos em diferentes direção, mas os fantasmas ainda estavam longe de
desistir.
- Algum sinal dele? - Suprema gritou perguntando por cima no lamento e
barulhos dos mortos.
- Sim, temos que continuar seguindo em frente. - Fenomenal Mind respondeu.
- E o que você planeja fazer? - Ela perguntou novamente.
- Usarei a corrente eletrica para tetanizar o Erick, isso vai fazer que a
concentração termine e ele pare de manipular o ectoplasma.
Suprema deu um podereso soco no chão quebrando parte da Rua levantando
assim uma pilha de destroços que impedia que os fantasmas avançassem. Ela se virou
para Rodney.
- Por que você simplesmente não fala que vai dar um choque nele?
Fenomenal Mind pareceu confuso com a pergunta.
- Eu falei. - Ele disse atingindo um grupo de fantasma que iriam acerta Suprema
pelas costa.
- Okay, e porque um choque?
- Essa energia usando um termo que vocês possam compreender a chamei de
ectoplasma, no entanto isso não existe. Para que você entender de forma rapida, cada
átomo, substância química e célula humana produz um campo eletromagnético e cada
órgão do corpo humano tem suas células únicas, que carregam seus diferentes tipos de
campos eletromagnéticos, mas ainda assim existe um padrão Erick esta mudando esse
padrão de alguma forma e fazendo com que se materialize soprepujando o campo
eletromagnetico na terra ocasionando de criar esses “seres”.
- Então o que você quer é instabilizar o padrão?
- Não, quero mudar a frequencia. Pense nisso como um radio, o radio capta as
ondas sonoras e as transforma em ondas magneticas que nosso corpo consegue
converte. Então o que eu pretendo fazer é, digamos, mudar o Erick de estação.
- Okay, definitivamente essa é uma das coisas mais sem sentido que eu já ouvi.
Suprema bateu as mãos fazendo que gerasse uma onda de choque que desperçou
parte dos fantasmas num raio de 3 metros.
- Você vive em um mundo onde um galo gigante é o heroi da cidade e esse
mesmo galo fabrica ovos explosivos com a boca, quero dizer, ele nem mesmo é uma
galinha para fazer ovos agora que você quer buscar logicas das coisas?
Ela parou para pensar um pouco e sobre o ultimo dia, ate ontem os ultimos 10
anos foram tão mundanos, tão normais, sera que uma parte dela sentiu falta disso? Não
era tempo para esse tipo de perguntas, os fantasmas avançavam e ela tinha que abrir
caminho.
Perto da entrada do predio, Big Guy estava com um pedaço grande de metal, era
um dos poste que cairam com a lutas e ele estava o usando para manter os fantasmas
longe, apesar disso não ser o suficiente para que eles pudessem avançar uma grande
distancia.
- Se eu morrer aqui... - Big Guy começou dizendo para Mentix.
- Não, Paul, sem bricadeiras agora. - Mentix disse negando a ideia.
- Inoue, escuta, se eu morrer aqui, quero que você me faça 2 favores: primeiro
liga pro meu agente. Diz para ele que vou doar minha grana por igual a pequenas
instituições, orfanatos e essas coisas e a segunda é - Ele girou com a barra na mão
abrindo um circulo. - Não foi culpa sua. Minha morte não vai ser sua culpa.
Mentix deu um soco em cima do ferimento de Big Guy que deu um leve gemido
de dor.
- Pra que isso? - Ele perguntou surpreso.
- Idiota, não me venha com essa. Não venha ser um clichê, o engraçado bonitão
que se sacrifica. Você sempre adora clichês.
Paul sorriu.
- Você me acha engraçado e bonitão?
Antes que ela pudesse dizer algo, começaram a ser cercados novamente pelos
fantasmas e agora apenas a barra de ferro não estava sendo o suficiente, foi quando les
ouviram uma buzina musical com o ritmo de " California Dreamin' ". A van passou por
cima de alguns fantamas abrindo caminho ate os 2 herois, ele derrapou de lado e abriu
a porta lateral da Van.
- Santa Mary Jane! - Éden disse do banco do motorista. - Vocês estão bem?
Mentix pulou na Van e Big Guy voltou para seu tamanho normal também
entrando na mesma.
- Fomos salvos por um hippie, isso tem como ficar mais estranho? - Paul
perguntou.
- Meu nome é... - Éden começou a dizer.
- Apresentações depois. Pode nos levar o mais proximo possivel do Galoman e
do Gravitor?
Éden concordou e acelerou com a Van. Paul olhou para Mentix.
- Você esta na mente dele?
- Nós prescisamos de uma carona.
- Inoue!
- Se irrita depois! - Ela gritou de volta. - Era isso ou morrer pelas fantasma.
Paul quis dizer algo mas não tinha contra argumentar naquele momento, ela
apenas desejou que pudessem chegar logo em Galoman e Gravitor.
Proximos ao epicentro da onda de fantasma, Suprema já se encontrava
completamente exausta pelo contato direito das criaturas. Fenomanl Mind utilizando
seus sistema pessoas de seu olho bionico conseguiu localizar Phantom.
O homem estava com os olhos revirados e os 2 braços esticados fazendo com
que se materializasse cada vez mais fantamas.
- Eu assumo daqui. - Rodney disse para Lindsay enquanto avançava.
Seu braço se direito como se fosse 2 hastes de metal, entre essas duas um arco
voltaico se formou. Quando ele ligou os fantasmas proximos se afastaram.
- Phatom, me diga, você já ouviu falar sobre a Lei de Faraday? - Fenomenal
Mind perguntou. - Ela afirma que a variação no fluxo de campo magnético através de
materiais condutores induz o surgimento de uma corrente elétrica. Com a lei de Faraday
é possível determinar o valor da fem induzida em um circuito e a partir daí podemos
encontrar a intensidade da corrente induzida. Contudo, percebesse que a corrente
induzida apresenta sentidos diferentes conforme a variação do fluxo magnético. - A
corrente ficou maior. - Você nesse momento é um anomalia sem consciencia de
eletromagnetismo variado. Por mais que as pessoas iram dizer que seu poder é uma
coisa de outro mundo, eu ainda afirmo que isso é só um fenomeno que pode ser medido
pela ciência e como tal, basta combatermos com mais ciência.
Fenomenal Mind usando o arco voltaico e criando um campo eletreco magnetico
envolta de si fez com que os fantasma no raio de 4 metros deaparecesse. Ele olhou para
Erick que estava ainda fora de si e disparou uma carga de eletrcidade.
Phatom tremeu e caiu para trás, eleacabou de pede a consciência e sem elas os
fantasmas se foram.
Éden ainda acelevara , por cima dos fantasmas. mentix botou a cabeça para fora
da Van e viu Galoman sendo arremessado para outro predio.
- ESQUERDA! - Ela gritou.
Éden fez uma curva fechada e a Van quase virou.
- Mentix, consegue se comunicar com o Rick? – Big Guy perguntou.
- Não daqui, precisamos chegar mais per...
Galoman é arremessado de encontro com o chão. Ele cai em meio aos
fantasmas. Èden puxa o freio do veiculo que grita enquanto derrapava antes de acerta o
heroi caido. Galoman, começou a se levantar devagar e a gemer de dor. Gravitor
começou a flutuar, ele também estava machucado mas parecia ter virado o jogo ao seu
favor, os ferimentos de Rick estavam cobrando um preço bem maior e o poder de
Gravitor o fornecia o necessario para se sobressair nessas condições.
Os fantasmas começaram a desaparecer.
- Os fantasmas se foram. - Galoman comentou. - Eles conseguiram parar o
Erick.
- Galoman! - Mentix o chamou.
Antes que Rick pudesse virar Gravitor o afundou novamente no chão. dessa vez
ele começou aumentar o peso da estrutura ossea de Rick cada vez mais. 10x,20x,30...
- Eu cansei de brincar. - O vilão disse.
- Nos também! - Big Guy gritou.
Big Guy estava ao lado da Van e seu tamanho começou a dobrar, triplicar,
quadruplicar. Gravitor se assustou por um momento. Big Guy em questão de segundos
estava quase com 9 metros de altura e o vilão forçou a gravidade para o derrubar, seja
porque agora se sentia cansado, fosse porque Big Guy estava resistindo, seu poder não
foi o suficiente para derrubar o gigantes.
Big guy tentou desferir um soco , Gravitor deixou o corpo mais leve alterando a
propria gravidade e se esquivou com destreza e habilidade. a cada golpe do gigante
Gravitor se esquiva e tentava força a sua força contra ele e era sempre sem nenhum
resultado.
- Vou te esmagar Gravetão! - Big guy disse enquanto tentava o atingir.
Gravitor parou de se mover. Ele fechou o semblante e deixou ser atingido,
quando a mão o acertou ela passou por dentro dele como se Big Guy fosse imaterial.
- Como eu suspeitei. "Gravetão", o Paul nunca iria usar um apelido ridiculo
como esse para me atingir. - Gravitor olhou para baixo. - Você por outro lado Inoue,
nunca foi boa em apelidos.
Inoue estava ao lado da Van com o dedo na tempora controlando a ilusão de Big
Guy que após ser descoberta apenas desapareceu.
- O que pretendia fazer com isso? - Ele perguntou. - Achou que isso iria me
derrotar. Que eu iria me assustar?
- Não Stue, eu so queria ganhar tempo.
- Tempo para o que?
- PARA ISSO! - Galoman gritou saltando do chão de um ponto ao lado da Van
usando as asas para ganhar impulso.
Ele atingiu um soco, dessa vez um dano completo em Gravitor levando ao vilão
para o chão. DO chão Gravitor olhou para Galoman assutado o heroi mesmo depois de
ser arremessado, esmagado, perfurado, socado ainda continuava ali de pé como uma
barreira, como um simbolo que não cai. Stue sentiu uma duvida pousar sobre seu ser
naquele momento.

"Por que ele esta tão obstinado em me vencer? Sera mesmo que eu estou
errado?"

Galoman estava usando em suas coista o mecanismo adpetado de Fenomenal


Mind. Ele estava de punho cerrado e abriu uma especie de sorriso com seu bico.
Gravitor ainda do chão pela primeira vez na batalha teve de olhar para cima para
enxerga o heroi. Galoman estalou os dedos.
- Por que você ainda me desafia? - Gravitor perguntou.
galoman pareceu se assustar com a pergunta.
- Você ainda não percebeu? - Ele disse. - Eu me tornei o maior heroi da cidade
nos ultimos 10 anos. Você quem esta sendo o desafiante aqui.
Gravitor riu. Ele se levantou aos poucos.
- Tudo bem, esse equipamento com você é coisa do Rodney não é? Certo,
certo... Parece que isso anula meus poderes em você. Vamos resolver isso com nossos
punhos agora. Vamos ver se eu sou um oponente a altura para o "Grande Galoman". -
Ele disse rindo e se preparando os punhos.
- Realmente, você me deu uma canseira, mas como eu havia dito antes, eu vou
vencer. - Galoman disse antes de avançar.
Galoman e Gravitor avançaram um contra o outro.
55
Galoman foi de encontro a outro predio. Eles estava sendo esfregado em predio
e predio como um boneco de pano. Já nem sentia mais dor, estava apenas sentido uma
especie confortavel de dormencia, sentia a palpebra ficar cansada. Estava perdendo a
luta.
- Você não ia me vencer? Me mostra agora quela sua confiança! - Gravitor
gritou enquanto usava novamente o poder.
Galoman foi puxado para proximo de Gravitor, que assim como o heroi estava
bufando de exaustão. Ele forçou novamente o Galo contra um predio, o heroi cuspiu
sangue com o impacto. Ele se forçou a respirar e usou novamente o Cacarejo, o Vilão
parou de força a Gravidade e levou a cabeça ate os ouvidos, aproveitando a
oportunidade e usando o predio de apoio Galoman usou as asas para se impulsionar e
pressionando o braço contra o pescoço de Gravitor, os dois foram para dentro de outro
predio na frente, atravessando pela janela.
Cairam em uma sala de um escritorio com varias abas e computadores. Gravitor
rolou pelo corredor e Galoman também caiu, mas foi mais rapido para se levantar.
Enquanto vilão estava se erguendo Galoman correu ate ele e atingiu sua costela com
um chute, o Vilão caiu para um lado rolando e equando parou impulssionou com seu
poderes mesas e computadores contra o heroi.
Galoman foi atingido e subterrado por mesas, cadeiras, computadores, divisorias
e tudo mais que comporta um escrito administrativo, entretando isso não foi o suficiente
para para o heroi que ainda em meio a pilha de equipamentos arremessou um ovo
explosivo que estourou atrás de Gravitor, a explosão fez que o vilão fosse jogado para
frente e Galoman que ja tinha se levantado recebeu o inimigo com um soco em seu
rosto.
Gravitor estava de quatro e cuspiu sangue e um dente. Galoman sentiu a visão
ficar turva novamente e se apoiou em uma mesa proximos ao destroços. Gravitor se
levantou e sorriu para o heroi, que retribuiu o sorriso cerrando os punhos e armando
para continuar a lutar.
Do lado de fora, Suprema passava pelas fantasma acertando socos e chutes, o
braço esquerdo de Fenomenal Mind se tranformou em uma arma de pressão de ar que
empurrava os mortos em diferentes direção, mas os fantasmas ainda estavam longe de
desistir.
- Algum sinal dele? - Suprema gritou perguntando por cima no lamento e
barulhos dos mortos.
- Sim, temos que continuar seguindo em frente. - Fenomenal Mind respondeu.
- E o que você planeja fazer? - Ela perguntou novamente.
- Usarei a corrente eletrica para tetanizar o Erick, isso vai fazer que a
concentração termine e ele pare de manipular o ectoplasma.
Suprema deu um podereso soco no chão quebrando parte da Rua levantando
assim uma pilha de destroços que impedia que os fantasmas avançassem. Ela se virou
para Rodney.
- Por que você simplesmente não fala que vai dar um choque nele?
Fenomenal Mind pareceu confuso com a pergunta.
- Eu falei. - Ele disse atingindo um grupo de fantasma que iriam acerta Suprema
pelas costa.
- Okay, e porque um choque?
- Essa energia usando um termo que vocês possam compreender a chamei de
ectoplasma, no entanto isso não existe. Para que você possa entender de forma rapida,
cada átomo, substância química e célula humana produz um campo eletromagnético e
cada órgão do corpo humano tem suas células únicas, que carregam seus diferentes
tipos de campos eletromagnéticos, mas ainda assim existe um padrão Erick esta
mudando esse padrão de alguma forma e fazendo com que se materialize soprepujando
seu campo na terra ocasionando de criar esses “seres” que nossa mente esta progetando.
- Então o que você quer é instabilizar o padrão?
- Não, quero mudar a frequencia. Pense nisso como um radio, o radio capta as
ondas sonoras e as transforma em ondas magneticas que nosso corpo consegue
converte. Então o que eu pretendo fazer é, digamos, mudar o Erick de estação.
- Okay, definitivamente essa é uma das coisas mais sem sentido que eu já ouvi.
Suprema bateu as mãos fazendo que gerasse uma onda de choque que desperçou
parte dos fantasmas num raio de 3 metros.
- Você vive em um mundo onde um galo gigante é o heroi da cidade e esse
mesmo galo fabrica ovos explosivos com a boca, quero dizer, ele nem mesmo é uma
galinha para fazer ovos agora que você quer buscar logicas das coisas?
Ela parou para pensar um pouco e sobre o ultimo dia, ate ontem os ultimos 10
anos foram tão mundanos, tão normais, sera que uma parte dela sentiu falta disso? Não
era tempo para esse tipo de perguntas, os fantasmas avançavam e ela tinha que abrir
caminho.
Perto da entrada do predio, Big Guy estava com um pedaço grande de metal, era
um dos poste que cairam com a lutas e ele estava o usando para manter os fantasmas
longe, apesar disso não ser o suficiente para que eles pudessem avançar uma grande
distancia.
- Se eu morrer aqui... - Big Guy começou dizendo para Mentix.
- Não, Paul, sem bricadeiras agora. - Mentix disse negando a ideia.
- Inoue, escuta, se eu morrer aqui, quero que você me faça 2 favores: primeiro
liga pro meu agente. Diz para ele que vou doar minha grana por igual a pequenas
instituições, orfanatos e essas coisas e a segunda é - Ele girou com a barra na mão
abrindo um circulo. - Não foi culpa sua. Minha morte não vai ser sua culpa.
mentix deu um soco em cima do ferimento de Big Guy que deu um leve gemido
de dor.
- Pra que isso? - Ele perguntou surpreso.
- Idiota, não me venha com essa. Não venha ser um clichê, o engraçado bonitão
que se sacrifica. Você sempre adora clichês.
Paul sorriu.
- Você me acha engraçado e bonitão?
Antes que ela pudesse dizer algo, começaram a ser cercados novamente pelos
fantasmas e agora apenas a barra de ferro não estava sendo o suficiente, foi quando les
ouviram uma buzina musical com o ritmo de " California Dreamin' ". A van passou por
cima de alguns fantamas abrindo caminho ate os 2 herois, ele derrapou de lado e abriu
a porta lateral da Van.
- Santa Mary Jane! - Éden disse do banco do motorista. - Vocês estão bem?
Mentix pulou na Van e Big Guy voltou para seu tamanho normal também
entrando na mesma.
- Fomos salvos por um hippie, isso tem como ficar mais estranho? - Paul
perguntou.
- Meu nome é... - Éden começou a dizer.
- Apresentações depois. Pode nos levar o mais proximo possivel do Galoman e
do Gravitor?
Éden concordou e acelerou com a Van. Paul olhou para Mentix.
- Você esta na mente dele?
- Nós prescisamos de uma carona.
- Inoue!
- Se irrita depois! - Ela gritou de volta. - Era isso ou vamos perde!
Paul quis dizer algo mas não tinha contra argumentar naquele momento, ela
apenas desejou que pudessem chegar logo em Galoman e Gravitor.
Proximos ao epicentro da onda de fantasma, Suprema já se encontrava
completamente exausta pelo contato direito das criaturas. Fenomanl Mind utilizando
seus sistema pessoas de seu olho bionico conseguiu localizar Phantom.
O homem estava com os olhos revirados e os 2 braços esticados fazendo com
que se materializasse cada vez mais fantamas.
- Eu assumo daqui. - Rodney disse para Lindsay enquanto avançava.
Seu braço se direito como se fosse 2 hastes de metal, entre essas duas um arco
voltaico se formou. Quando ele ligou os fantasmas proximos se afastaram.
- Phatom, me diga, você já ouviu falar sobre a Lei de Faraday? - Fenomenal
Mind perguntou. - Ela afirma que a variação no fluxo de campo magnético através de
materiais condutores induz o surgimento de uma corrente elétrica. Com a lei de Faraday
é possível determinar o valor da fem induzida em um circuito e a partir daí podemos
encontrar a intensidade da corrente induzida. Contudo, percebesse que a corrente
induzida apresenta sentidos diferentes conforme a variação do fluxo magnético. - A
corrente ficou maior. - Você nesse momento é um anomalia sem consciencia de
eletromagnetismo variado. Por mais que as pessoas iram dizer que seu poder é uma
coisa de outro mundo, eu ainda afirmo que isso é só um fenomeno que pode ser medido
pela ciência e como tal, basta combatermos com mais ciência.
Fenomenal Mind usando o arco voltaico e criando um campo eletreco magnetico
envolta de si fez com que os fantasma no raio de 4 metros deaparecesse. Ele olhou para
Erick que estava ainda fora de si e disparou uma carga de eletrcidade.
Phatom tremeu e caiu para trás, eleacabou de pede a consciência e sem elas os
fantasmas se foram.
Éden ainda acelevara , por cima dos fantasmas. mentix botou a cabeça para fora
da Van e viu Galoman sendo arremessado para outro predio.
- ESQUERDA! - Ela gritou.
Éden fez uma curva fechada e a Van quase virou.
- Mentix, consegue se comunicar com o Rick?
- Não daqui, precisamos chegar mais per...
Galoman é arremessado de encontro com o chão. Ele cai em meio aos
fantasmas. Èden puxa o freio do veiculo que grita enquanto derrapava antes de acerta o
heroi caido. Galoman, começou a se levantar devagar e a gemer de dor. Gravitor
começou a flutuar, ele também estava machucado mas parecia ter virado o jogo ao seu
favor, os ferimentos de Rick estavam cobrando um preço bem maior e o poder de
Gravitor o fornecia o necessario para se sobressair nessas condições.
Os fantasmas começaram a desaparecer.
- Os fantasmas se foram. - Galoman comentou. - Eles conseguiram parar o
Erick.
- Galoman! - Mentix o chamou.
Antes que Rick pudesse virar Gravitor o afundou novamente no chão. dessa vez
ele começou aumentar o peso da estrutura ossea de Rick cada vez mais. 10x,20x,30...
- Eu cansei de brincar. - O vilão disse.
- Nos também! - Big Guy gritou.
Big Guy estava ao lado da Van e seu tamanho começou a dobrar, triplicar,
quadruplicar. Gravitor se assustou por um momento. Big Guy em questão de segundos
estava quase com 9 metros de altura e o vilão forçou a gravidade para o derrubar, seja
porque agora se sentia cansado, fosse porque Big Guy estava resistindo, seu poder não
foi o suficiente para derrubar o gigantes.
Big guy tentou desferir um soco , Gravitor deixou o corpo mais leve alterando a
propria gravidade e se esquivou com destreza e habilidade. a cada golpe do gigante
Gravitor se esquiva e tentava força a sua força contra ele e era sempre sem nenhum
resultado.
- Vou te esmagar Gravetão! - Big guy disse enquanto tentava o atingir.
Gravitor parou de se mover. Ele fechou o semblante e deixou ser atingido,
quando a mão o acertou ela passou por dentro dele como se Big Guy fosse imaterial.
- Como eu suspeitei. "Gravetão", o Paul nunca iria usar um apelido ridiculo
como esse para me atingir. - Gravitor olhou para baixo. - Você por outro lado Inoue,
nunca foi boa em apelidos.
Inoue estava ao lado da Van com o dedo na tempora controlando a ilusão de Big
Guy que após ser descoberta apenas desapareceu.
- O que pretendia fazer com isso? - Ele perguntou. - Achou que isso iria me
derrotar. Que eu iria me assustar?
- Não Stue, eu so queria ganhar tempo.
- Tempo para o que?
- PARA ISSO! - Galoman gritou saltando do chão de um ponto ao lado da Van
usando as asas para ganhar impulso.
Ele atingiu um soco, dessa vez um dano completo em Gravitor levando ao vilão
para o chão. DO chão Gravitor olhou para Galoman assutado o heroi mesmo depois de
ser arremessado, esmagado, perfurado, socado ainda continuava ali de pé como uma
barreira, como um simbolo que não cai. Stue sentiu uma duvida pousar sobre seu ser
naquele momento.

"Por que ele esta tão obstinado em me vencer? Sera mesmo que eu estou
errado?"

Galoman estava usando em suas coista o mecanismo adpetado de Fenomenal


Mind. Ele estava de punho cerrado e abriu uma especie de sorriso com seu bico.
Gravitor ainda do chão pela primeira vez na batalha teve de olhar para cima para
enxerga o heroi. Galoman estalou os dedos.
- Por que você ainda me desafia? - Gravitor perguntou.
galoman pareceu se assustar com a pergunta.
- Você ainda não percebeu? - Ele disse. - Eu me tornei o maior heroi da cidade
nos ultimos 10 anos. Você quem esta sendo o desafiante aqui.
Gravitor riu. Ele se levantou aos poucos.
- Tudo bem, esse equipamento com você é coisa do Rodney não é? Certo,
certo... Parece que isso anula meus poderes em você. Vamos resolver isso com nossos
punhos agora. Vamos ver se eu sou um oponente a altura para o "Grande Galoman". -
Ele disse rindo e se preparando os punhos.
- Realmente, você me deu uma canseira, mas como eu havia dito antes, eu vou
vencer. - Galoman disse antes de avançar.
Galoman e Gravitor avançaram um contra o outro.
56
Megacity. Centro. 15 de Julho. 04h40.
Galoman e Gravitor trocavam socos, ambos agora sem conseguir utilizar seus
poderes. Galoman não conseguia usar o cacarejo, sua garganta ardia queimava como
fogo, seus ovos não poderia ser produzido pois já estava quase esgotado. Nada a unica
coisa que o mantinha de pé era sua determinação.
Gravtor também se encontrava em uma situação semelhante, ele tentara usar o
seu poder não diretamente no heroi, mas sim em qualquer outra coisa e o resultado foi
revoltante, o poste que ele tentou derrubar no heroi quase nem se mexeu. Ele poderia
ainda manter a barreira ativa em volta de si mas contra Galoman, equipado com o
adptador de gravidade de nada adiantaria.
Ambos, ex- companheiros de equipe, ex-amigos, lutavam por suas convicções,
mais do que um embate fisico era um embate de ideais.
O soco de Galoman atingiu a costela de Gravitor que gemeu de dor e usou um
gancho para revidar. Apesar de Galoman ter uma força sobre-humana, naquele estado a
qual se encontrava seus socos eram mais leves, ainda poderia ferir mas estava longe de
ser um soco que ele daria se pudesse.
a cada golpe, cada soco, cada chute, os dois caiam mas se levantavam
novamente. Rick vendo aquela situação não pode deixar de lembrar porque no passado
admirava tanto Stue, ele era pessistente. Ele tinha um ideial e se levantava quantas
vezes fosse para cumprir com ele. Ele era muito bom nisso.
Stue por outro lado lembrou que quando conheceu Rick o heroi também lutou e
por mais que ele caisse, ele sempre levantava e uma parte dele se sentiu orgulhoso. Ver
seu pupilo o caçula do grupo tão crescido, tão forte, o fez percebe que não estava errado
sobre ele, Galoman tinha potencial para ser um líder tão bom quanto ele, não, naquele
momento o heroi era alguem melhor do que ele.
- Devemos intervir? - Big Guy perguntou. - Gravitor esta fraco. é a nossa
chance.
- Não. - Mentix disse. - Veja o que esta acontecendo ali.
Paul pareceu ficar com duvidas e observou.
a luta continuava, Galoman atingiu o vilão com um cruzado de direita. Depois
atingiu com um de esquerda e Gravitor deu dois passos para trás. ELe limpou a boca
com as costa da mão.
- Me diz uma coisa Rick... - Stue disse.
Galoman ia o atingir com mais um soco mas se segurou.
- Se fosse você. Se Lindsay tivesse morrido enquanto estava gravida dos
gemeos. Se você tivesse feito um ato abominavel antes dela morrer e nunca tivesse tido
chance de se redmir. Se você tivesse enlouquecido e atacado a cidade. O que acha qu eu
deveria fazer?
Galoman o olhou.
- Eu posso não ter perdido tanto quanto você perdeu, mas eu também perdi. E
Stue, você acha que eu só estou fazendo aquilo que você nos ensinou. Estou só fazendo
o que é certo. Em respeito a você eu vou te parar.
- E se eu nunca desistir? E se eu continuar voltando?
- Eu vou sempre esta aqui para te parar.
- Pode ser que somente isso não seja o suficiente. - Gravitor disse. - Pode ser
que você tenha que me matar.
Galoman olhou para ele e dessa vez sentiu pena, Galoman não viu um vilão.
Não viu um assassino, não viu um monstro ele viu o amigo, ainda jovem, ainda
inocente com seus sonhos e ideais.
- Sabe porque eu nunca vou precisar chegar a esse ponto? Porque eu te entendo.
Eu sei o peso que carregou, a responsabilidade, a dor, a perda, eu não te culpo por
seguir o caminho mais facil Stue, não te culpo por achar que somente governando o
mundo ninguem vai passar pelo o que você passou. Eu mesmo me tornei um escravo,
um refém, um prisioneiro nos ultimos anos, e era confortavel, a ideia de que eu estava
fazendo isso por um bem maior. A ideia de que tudo que passei foi apenas me botar no
caminho da justiça. Me convencer a isso foi mais facil que admitir que eu era fraco.
Gravitor pensou um tempo.
- Eu tenho medo. - Ele disse por fim. - Eu estou com medo Rick. Medo de ser
um assassino, medo de ser um monstro. Eu preciso vencer. Preciso provar para mim
mesmo que ainda sou um heroi.
- Sei que não esta pronto Stue, por isso mesmo, eu vou te derrobar ate você não
levantar mais.
Gravitor sorriu.
- Bem, então que seja. - Ele disse levantando os punhos. - Mas quero que saiba,
que eu ainda amo vocês todos.
- Eu sei, você sempre vai ser minha familia. Por isso mesmo, eu vou te parar.
Galoman avançou novamente. Socos e chutes foram dados de forma sequencial,
Gravitor tentou revidar, mas em um embate fisico a experiencia de Galo estava se
sobressaindo. Quando Gravitor finalmente conseguiu perceber ele estava no chão. Ele
tentou movimentar o braço e então sentiu uma gota de agua cair em seu rosto, e depois
outra e depois mais uma e antes que pudesse notar a chuva havia começado e com o
cair das gotas, sua vontade de levantar se foi.
Ele começou a gargalhar. Galoman ao ver a chuva e depois o vilão rindo caiu
sentado e começou a ri também. Mentix e Paul se entre olharam e Mentix sorriu para
ele em seguida.
- É isso. Acabou. O Galoman venceu.
- Acabou? - Paul perguntou soltando o ar de alivio.- Finalmente acabou...
Paul caiu com o rosto começou a cair e Éden o segurou.
- Eu não sei o que ta rolando aqui, mas esse carinha precisa de um médico.
- Sim. - Inoue disse. - Pode nos levar ate lá?
Éden concordou e depois olhou para Galoman e Gravitor.
- E quanto a eles?
- Tudo bem. - Mentix disse ajudando a por o Paul na Van. - O Big Guy é a
prioridade agora.
Éden acelerou com o carro. Enquanto isso ainda sentada no meio Fio Lindsay
via Rodney terminando de examinar o corpo desfalecido de Erick. E a chuva caia fina.
- É isso. - Rodney disse. - Erick esta bem, seus sinais vitais estão normais, acho
que esta tudo certo.
- Sabe o que vem agora né? - Lindsay perguntou. - Nos derrotamos uma invão
de fantasmas zumbi na cidade, derrubamos de novo o Gravitor. Eles vão querer saber se
os Vigilantes voltaram, provavelmente vilões já aposentados vão querer aparecer. Nossa
vida vai virar um inferno novamente.
Rodney pegou o corpo de Erick no chão.
- Eu não sei do que esta falando. Desde ontem a unica coisa que eu fiz foi ajudar
um amigo. Eu continuo aposentado.
Lindsay o olhou e começou a se levantar sentindo sua energia voltar um pouco.
- Sempre tão logico... - Lindsay comentou.
Rodney a olhou com duvida.
- Você quer voltar? - Ele perguntou.
- A unica coisa que quero agora é ficar com meus filhos. - Lindsay admitiu. -
Avisa pro Rick que vamos pegar um hotel na cidade. Depois, que eu tiver pronta eu ligo
para ele, e ai vamos conversa direito. E cuida do Erick...
Lindsay levantou voou em direção ao predio de Snyder. Rick estava sentado no
chão olhando para Gravitor, embreve o sol da iria chegar e a cidade iria acorda. Ele viu
a destruição ao redor, não pensou sobre as milhões de perguntas teria que responder
quandos os policiais e os reportes chegassem.
- Stue eu.. - Rick começou.
- Não. - Stue o interrompeu. - Você é um super-heroi. O vencedor não tem de
dizer nada a um perdedo, vou voltar a minha cela. Prometo que não tentarei nada hoje.
Galoman não conseguiu deixar de se sentir melancolico. Mas não disse mais
nada, não havia mais nada a ser dito. O tempo passou e com ele os polciais cehgaram,
Gravitor foi algemado e estava sendo levado contido com um colar inibidor de poderes.
Os vigilantes se reuniram mais uma vez para lutar juntos e Rick se snetiu bem, não se
lembrava da ultima vez que se sentiu assim. Pergunta foram feitas, sobre os vigilantes,
se eles voltaram. Rick não se sentiu confiante para responder nenhuma das perguntas.
ele apenas disse:
- Apenas fiz o que tinha de ser feito. Enquanto eu for o heroi, essa cidade nunca
ira perde uma noite de sono.
Antes que as coisas piorassem Galoman foi embora. Ele planou ate o predio
mais alto da cidade e de lá, usando o resto de sua energia deu um forte cacarejo
simbolizando que um novo amanha chegou e com ele as pessoas poderiam viver em
paz.
EDIÇÃO FINAL
Novo Dia
57
3 semanas depois. Fazenda McCoy.
Rick se snetia um novo homem, a ultima vez que teve de se torna o Galoman foi
quando lutou contra Gravitor, pela primeira vez na vida estava cuidando de seus a
fazeres como Rick. A casa que havia sido detonada estava sendo reformada. ele
trabalhava dia e noite para fazer com que ela ficasse como ele se lembrava antes dos
pais morressem.
Enquanto o celeiro? Ele estava pensando o que faria a respeito tanto do
ambiente quanto da base. Talvez fosse precisar da ajuda do Rodney para concerta as
coisas. Seja como for era dia. O sol estava alto e ele estava tendo um dia cansativo e
produtivo, estava no telhado pregando algumas madeiras quando viu um carro se
aproximar do local. Ele sorriu e desceu do telhado pela escada.
- Burro, burro. - Ele disse para si mesmo. - Como eu pude me esquecer?
Do carro saiu Lindsay e seus filhos Luck e Cody. Luck estava usando uma
blusa preta e Cody estava com roupas de alm heroi o qual Galoman não se lembrava.
Enquanto Luck correu em sua direção, Cody foi mais comedido. Rick so pode sorri.
- Pai! Pai! - Luck. - Esta vendo bobão! Eu te falei, ele é muito alto.
- Oi senhor.. - Cody disse sem jeito.
- Não é senhor, é o nosso pai. - Luck disse animado. - Nosso pai é o Galoman!
- Não. - Rick corrigiu. - O pai de vocês é Rick McCoy,
As crianças pararam e o olharam e Rick tambem as olhou, ele se ajoelhou para
ficar na altura dos olhos dos filhos e puxando cada um com um braço os abraçou e
chorando ele de emoção ele repetiu:
- Rick McCoy é o pai de vocês.
Lindsay não disse nada, ela sorriu. Estava trajando um terno fenino e o cabelo,
agora tingidos de vermelhos, estavam amarrados para trás como um rabo de cavalo, ela
carrega uma pasta preta e não usava mais um releogio inibidor de poder. Rick ficou um
tempo abraçado com os filhos e pela primeira vez depois de anos, sentiu ter uma
familia.
Cody e Luck estavam brincando de Baseball com Rick. Ele arremessava a bola e
ambos se revezam tentando pegar. Luck demonstrava uma bela aptidão para esporte
como a mãe tinha quando eram jovens, Cody por outro lado se esforçava para se igualar
ao irmão, como ele fazia quando queria competir com Lindsay.
A mãe dos garotos estavam na sacada tomando um copo de limonada vendo
aquela cena. Rick ria, e as crianças também gargalhavam. Eles brincavam e era como se
eles nunca tivesse passado 10 anos longe. Foi uma ligação natural, instantanea e ela se
sentiu boba por um momento por ter medo disso.
Ela sorriu e olhou para a casa que Rick estava reformando sozinho, os amigos
tentaram ajudar mas Rick recusou, era uma coisa que ele devia fazer sozinho, talvez
como uma forma de terapia ela não sabia dizer.
Seu celular vibrou e ela viu uma foto que recebeu de Inoue sobrevooando os
leteiro de Hollywood, e ela sorriu. Inoue estava indo passar um tempo com Paul, para o
ajudar na recuperação. Paul estava abalado tanto fisicamente, mas principalmente
mentalmente. Ele iria passar uns meses fazendo fisioterapia e também com um
terapeuta. mas ainda assim, contava piadas e tentava fazer a amiga sorri.
Por um momento ela se perdeu em seus pensamentos e deu uma boa olhada em
volta e sua atenção foi direcionada ate o celeiro, a base agora era um grande buraco no
chão, uma pilha de ruinas as quais Rick havia isoaldo com fita ate começar a trabalhar
naquela parte do terreno. Ela viu a antiga mesa do grupo, estava um pouco arranhada
mas ainda estava inteira, parecia que a unica coisa a qual Rick se esforçou para regastar
da pilha de destroço foi a mesa.
Rick estava se preprando para arremessar a bolinha novamente e olhou para
Lindsay, ela não estava mais sorrindo. Ela estava olhando seria para ruina do antigo
celeiro. Rick deu a bola para os filhos e foi ate Lindsay.
- O fim de uma era não é? – Ele comentou também olhando os destroços.
- Eu nunca achei que ficaria triste com a destruição desse lugar.
Rick sorriu.
- Aquela base não é a nossa casa, não importa o lugar, é meio clichê, mas
sempre que nós tivermos juntos estaremos em casa. O que você acha?
Rick se aproximou de Lindsay e quando ele tentou tocar em sua mão ela retraiu
o braço.
- Essa – ela começou olhando para casa em reforma. – Também não é minha
casa.
- Eu achei que poderimos tentar. – Rick disse com expectativa.
- Eu pensei muito sobre isso nas ultimas semanas Rick, e eu acho que já
tentamos.
Rick ficou em silencio. As crinaças correram ate eles.
- Mãe, podemos explorar a fazenda? – Luck perguntou.
- Não vamos para muito longe – Cody continuou.
Lindsay começou a formula uma resposta e Rick disse primeiro,
- Claro que podem meninos. Essa terras eram dos seus bisavós, que eram de
seus avós e depois seram de vocês. Não faça como seu pai bobo. – Ele olhou para
Lindsay. – De atenção aquilo que realmente importa.
As crianças se olharam e correram em direção ao canteiro onde Rick planejava
começar seu plantio de verduras.
- Lindsay eu...
- Rick, - Ela disse o interrompendo. – Precisamos conversa.
Eles entraram na casa e Lindsay foi ate a mesa da cozinha feita de madeira
rescem feita. Ela se sentou. Rick foi ate a geladeira e encheu um copo de suco e
ofereceu mais a Lindsay e ela recusou.
- Sabe que não podemos fazer isso. – Ela disse.
Rick cruzou os braços e não disse nada. Ela respirou fundo e puxou a pasta a
qual estava trazendo e dela continha uma grande quantidade de papelada. Rck levantou
uma de suas sombrancelhas.
- O que é isso?
- Não torne as coisas mais dificies do que são Rick. So escuta. – Ela pediu. – Eu
primeiro pedi para que retirassem a ordem de rstrição sobre você não poder ver as
crainças e também preparei um novo acordo. Você pode ficar com elas os fins de
semana e os feriados.
Rick ainda não respondia nada. Ela estranhou mas não disse nada.
- Bem, claro que uma regras tem que ser deixados claros. Isso não é um
acampamento de herois, não insentive e nem os encoragem a serem um. Não seja o
Galoman enquanto estiver com as crianças e qualquer ameça de vilão, seja ela simples
ou não. Você vai me ligar na hora.
- Onde vocês vão morar? – Rick perguntou.
- Estamos ficando em um hotel da Comfort Domain. A segurança contra Metas
dele é realemnte muito alta, o Snyder esta pagando tudo. Ele ainda ta se recuperando da
experincia de quase morte. – Lindsay ajeitou o cabelo. – Eu estou procurando um novo
lugar para ficar.
- Você pode ficar aqui caso queira. – Rick disse.
Lindsay sorriu para ele.
- Eu sei que posso. Mas vamos ficar bem, não se preocupe. Você vai fazer o
quarto dos garotos não é? – lindsay perguntou mudando de assunto.
Rick acenou que sim com a cabeça.
- O Luck vai tentar te convencer que a melhor cor de quarto é preto. Não sede
para ele. Já o Cody gosta de amarelo. Ah! Eles vivem brigando, mas não suportam
dormi separados e também...
Dessa vez Rick levantou a mão.
- Deixa eu aprender sozinho Lin-lin.
Ela concordou.
- Bem, eu sei que hoje é sabado, mas acha que ate segunda feira pode me
entragar os papeis assinados?
- Sim, eu vou ver o que faço. Bem, se você quiser pode ficar p ara o jantar. Não
vejo problema com isso.
Ela olhou no relógio.
- Não vai dar. Eu tenho um encontro hoje a noite.
Rick não se espantou ele apenas concordou com ela.
- Tudo bem, quem é o felizardo de sair com a mulher do amanhã?
- Haha. – Ela disse implicando. – Um amigo do trabalho. Depois de toda essa
loucura de Gravitor, Vigilantes, eu voltar a usar meus poderes. Preciso de um pouco de
normalidade.
- da para acreditar? – Rick perguntou. – nós lutamos contra o Gravitor de novo.
Ate o Rodney estava presente. Quando você imaginou que isso iria acontecer
novamente?
- Meu unico alivio é que ninguém morreu.
- Ainda somos bons nisso.
Lindsay o olhou e balançou a cabeça devagar.
- Somos os melhores nisso.
Rick deu um ultimo gole em sua bebida ele pareceu se lembrar de algo e disse:
- Você sabia que Rodney subiu o Beakman pro sistema pessoal dele? Que bom
né?
- Achei que você iria querer disativar a ele para sempre. – Ela comentou. –
Ainda mais depois dele ter soltado o Gravitor.
- Ele é da familia e todo mundo merece uma segunda chance, não é?
Antes que Lindsay pudesse responder eles ouviram um grito de Cody e ambos
se olharam e correram para fora, quando chegaram na varanda viram Cody deitado no
chão e um cachorro em cima dele lambando o seu rosto, ele gritava, mas não era um
grito de medo. Luck ria também e ao avistar os pais ele acenou para os dois.
Lindsay se preparou para ir, mas Rick a interrompeu.
- Deixa comigo. – Ele disse.
- Tem certeza, esse trabalho pode ser grande demais para você senhor Galo?
Rick começou a descer o 3 degraus da varanda.
- Vai para o seu encontro, é um longo caminho daqui ate Megacity de carro. –
Ele pareceu pensar um pouco. – Ah! Quase me esqueci. É Galo, mas é Rick McCoy.
Lindsay sorriu e ao longe viu Rick indo em direção aos filhos e ele estava
perguntando alto para as crinças de onde elas tiraram aquela cachorro e os filhos
estavam pedindo ao pai se poderiam ficar com ele.
58
Rodney estava novamente no laboratorio. Ele estava concentrado planejando a
sua proxima invenção enquanto ouviu a voz de Beakman soar em seus ouvidos. Ele
havia transformado Beakman como uma especie de assistente pessoal, uma parte era
para sempre manter a IA atualizada e sobre sua supevisão e outra porque em alguma
parte dele sabia que ela o fazia manter o controle.
Agora ela não era mais permetido trabalhar sem descanso como fazia nos
ultimos anos e Rodney não sabia o que fazer no tempo livre.
Na semana passada ele resolver dar uma atualizada em seu Linkedin e nele
acabou procurando sobre Madeline e resolveu fazer uma conexão. Afinal de contas era
alguem a qual ele conhecia e para sua surpresa ela o seguiu de volta.
A dois dias ele não se sentia muito focado. Ele havia recebido uma mensagem
por email de Madeline, a mensagem era simples ela dizia:

"Rodney, é você mesmo? A quanto tempo? Como você está?"

Era simples. E ele iria responder no automático mas percebeu que não sabia o
que dizer. Ele sentia seu corpo estranho. Seus sensores diziam que ele estava normal,
mas estava ansioso e pela primeira vez ele ligou para Paul.
- Zeta, já fez suas malas? - Paul perguntou do outro lado do telefone
- Eu já disse, não vou tirar ferias em Hollywood.
- Ouviu isso Inoue? - Paul gritou. - O Rodney esta agindo que nem um robô de
novo!
Uma semana depois da luta contra Gravitor, os amigos se reuniram por uma
video conferência e nela foi descidido que eles iram manter contato e pelo menos uma
vez por mês iriam se reunir na casa de Rick para comer algo ou simplesmente se
encontrar.
Rodney tentou negar, não queria e nem via necessidade dessa aproximação
inapropriada, entretanto lá estava ele ligando para Paul e pedindo conselhos sobre
mulher.
- Rodney. Você prometeu. - ele ouviu Inoue dizer pelo viva voz.
- Pelo contrario, minha memoria é perfeita e me lembro claramente da conversa
com Paul, nenhuma promessa foi feita naquela ocasião. De qualquer forma o assunto
em questão é irrelevante para minha pergunta.
barulho de coxichos vindo do outro lado da ligação. Ele ouviu uma risada baixa
e abafada de Inoue e isso fez com que ele revirasse os olhos.
- Okay, qual o assunto da vez? - Paul perguntou.
Rodney percebeu que não conseguia falar. Ele parou por um tempo em silencio.
- Rod... Ainda esta ai? - Paul perguntou.
Rodney por fim desligou o telefone sem dizer nada. Ele se sentou na cadeira e
olhou para o teto. fechou os olhos e começou a fazer uma segunda analise em seu
sistema, as coisas estavam estranhas demais nas ultimas semanas, talvez alguma coisa
deu errado enquanto uploudeava sua consciencia para esse corpo.
- Senhor Rodney, o doutor Sebastian solicita a entrada. - A voz de Beakman
disse em sua mente.
- Pode liberar Beakman.
Sebastian entrou na sala e estava meio sem jeito. Ele olhava para os lados como
se fosse a qualquer momento esbarra em alguma sala secreta ou qualquer outra coisa
que seja.
- Bom dia Doutor Rodney. - Ele começou. - Vimos a sua entrevista ontem no
jornal. Aqueles nanorobos que o senhor usou para inutilizar a droga que da poderes
momentaneos. Eu e o pessoal da gerencia estamos cuidando das papeladas legais, e
lidando com os revoltosos na rua que dizem que esses robos vão trazer prejuizos em sua
saude ou que vão apenas controlar sua mente.
- Então os protesto frente ao laboriario na ultimas 2 semanas é por isso? -
Rodney perguntou.
- Sim, bem os seguranças estão fazendo o melhor que podem, mas alguns estão
bastante ansiosos.
- Naturalmente, é bem compreensivel que tenha causado essa reação.
- Bom, você demorou quase uma semana para espalhar os nanorobos, poderia ter
dedicado um tempo maior para tranquilizar os animos das pessoas.
- Irrelevante. Eu fiz o que tinha de fazer, além disso caso essa droga saia de
Megacity eu já disponibilizei seu composto quimico e alternativas de neutralização em
foruns e alguns videos na internet para que outos herois dotados de ciencia possam criar
seus proprios metodos de proteção para suas cidades. Não a mais nada que eu posso
fazer para lidar com essa questão.
Sebastian ficou quieto por um segundo. ELe olhou em volta.
- Precisamos conversa Doutor Rodney, pode me seguir ate minha sala, pro
favor?
ROdney se levantou da cadeira.
- Perfeitamente. Imagino que seja para descutir a forma que utilizo minha sala
para armazerna meu backup Biosintenticos. Notei que essa discussão foi atrasada e
evitada nas ultimas semanas, procacelmente uma cortesia por eu ter ajudado a salvar a
cidade.
Sebastian não respondeu ele apenas caminhou para fora, Rodney olhou para a
sua sala e para a tela do computado com o email aberto e em seguida se retirou. Quando
estava caminhando pelos corredores notou a falta de pessoas, imaginou que poderia ser
um algum feriado ou data especial, checou rapidamente seus sistema e não notou
nenhum evento ou data importante para hoje.
As luzes da ala do refeitorio estava desligada ele nunca ia lá, mas notou que
estava sem energia no local.
Sebastian estava nervoso, um pouco apreensivo talvez. Rodney imaginou que
seria desligado da empresa, e poderia culpar a diretoria por tomar essa descisão?
Faria sentido, empregar um ex-super-heroi com a identidade publiba poderia
acarretar em alguns problemas, mesmo que tenha passado os ultimos 10 anos sem
nenhum incindente os mês passado se mostrou uma mudança abrupta na rotina e no seu
modo de viver. Ele já começou a pesquisar outros possiveis lugares que poderia
trabalhar e cogitou por um momento as industrias Snyder, mas sabia que lá ele seria
transformado em um dos homens da equipe do Titânico e ele não se via tão desesperado
a ceder suas invenções a um bilhonario que so se importava em satifazer o proprio ego.
Sebastian andou e parou na entrada do refeitorio.
- Bem, eu preciso pegar algo ali antes poderia me esperar lá dentro.
- Não vejo como isso poderia ser um problema. - Rodney respondeu.
Assim que Rodney entrou as luzes se acederam e todos os cientitas e pessoas
que ele não fazia ideia o nome nem se preocupava em saber gritaram:
- SURPRESA!
Rodney ficou sem reação por alguns segundos, ate mesmo sua mente que
conseguia raciocinar em poucos milesimos de segundos o travou por alguns instante.
Ele sabia o que era aquilo, sabia o que significava mas não entendia.
Isso não pareceu importa muito porque em poucos instantes lá estava ele, coim
um pratinho de plastico na mão, um copo de refirgerante e pessoas dando tapinhas em
suas costa e o parabenizando por ter salvo a cidade.
A um mês Rodney teria dado as costa a essa comemoração tola e infrutifera e
teria voltado ao trabalho, entretanto ele sabia que se fizesse algo como isso agora, ele
teria que ouvir dos amigos e de seus pais o quanto ele tem de aproveitar e ser grato
quando as pessoas são "legais" com ele. Mesmo ele não fazendo nenhuma questão
dessas pessoas.
Seu telefone tocou, ele atendeu. Era sua mãe.
O ex-vigilante havia cortado ligação com sua familia, não porque os odiava ou
era rejeitado por ser diferente, mas sim porque nãos e sentia conectado o suficiente com
seus pais e irmãos para manter um dialogo constante. Ele apenas mandava todos os fins
de semana um check up de sua vida para que seus pais não se preocupassem
- Parabens por ter ajudado a salvar o mundo Rody. - Ele ouviu sua mãe dizer. -
Seu chefe me ligou e seus amigos do laboratorio queriam fazer uma festa surpresa para
você e nós o ajudamos. Queriamos ir ai, mas seu irmão Guil não conseguiu folga no
trabalho e você sabe que voous de Chicago ate Megacity costuman ser um horro.
Rodney revirou os olhos, mas uma parte dele estava feliz por receber a ligação
de sua mãe... era estranho para ele.
- Bem meu bebezinho, eu espero que você lembra de comer o bolo é seu
favorito. Morango.
Não eram, ele disse uma vez para mãe para que a mesma parece de o importunar
quando ele ainda era criança e era obrigado a frequentar a propria festa de aniversario.
- De toda forma, espera Herby! - Ela gritou. - Seu pai quer falar com você, que
velho chato.
Ele começou a ouvir a voz do pai.
- Hey Rody - Seu pai disse empolgado. - Soube que você fez. Derrotou o
Gravitor e salvou o mundo. Não sabia que você e seus amigos tinham voltando com
essa coisa de super-heroi.
- Eu não derrotei o... - Ele foi interrompido.
- Espero que saiba que eu estou orgulhoso de você filho. Todos nos estamos, se
tiver tempo em sua folga e não for ser o Fenomenal Mind, vem aqui em Chicago, eu e
sua mãe estamos com saudades de você. Te amamos filho.
Rodney ficou queito por um segundo.
- Eu também amo vocês. - Ele disse por fim e depois voltou a se calar.
- Bem, não queremos estragar sua comemoração. Nos falamos depois, ate mais
Rody.
Antes do pai desligar ele ouviu a voz de sua mãe no fundo protestando.
Sebastian se aproximou devagar e sem jeito.
- Esta gostando da surpresa? - Ele perguntou.
- Para ser sincero, eu nunca fui chegado em festa. - Rodney Respondeu.
Sebastian baixou a cabeça com uma expressão de desapontamento.
- Mas apressio o esforço de vocês. - Rodney voltou a dizer. - Muito obrigado.
Sebastian sorriu e passou a mão em seu ombro, Rodney sentiu um incomodo
porem conseguiu contralar a vontade de afastar Sebastian de seu corpo.
- Então, Doutor Rodney. tem algo que nós podemos fazer por você? Pessa
qualquer coisa.
Todos do laboratorio o olharam, alguns com expectativas altas e Rodney piscou
o olho uma vez e depois ele pareceu pensar um pouco e então disse por fim:
- Na verdade a algo sim, a 2 dias atrás eu recebi um email. - Rodney começou a
contar.
59
Paul estava em casa.
As ultimas semans foram dividias em fisioterapia, sessão com psicologos,
discussão de contratos quebrados, talvez, quando Paul foi ate Megacity ele não tivesse
exatamente uma permissão. E também, deixar de atender o telefone de seu agente,
mesmo que fosse por um dia apenas foi uma bela de uma mancada. Entretanto, lá estava
ele. Hollywood baby , e dessa vez Inoue veio junto.
Paul queria mostra a cidade, queria a levar para os lugares, mas veja só, parece
que ele trouxe uma sindrome do panico que engatilhava sempre que pensava em sair de
casa, uma fobia nova. Lembrancinha de Megacity.
Sua vida não podia estar mais dificil.
- Eu não to nem ai Sr. Law. - Inoue dizia para o Agente de Paul. - O senhor não
é o agente dele? Paul não esta em condição de atuar em nenhum filme, e não vamos
comprar uma tela verde para ele fazer as cenas de casa.
Harry Law, usava um terno da moda, com um cabelo da moda e tinha um carro
da moda, ele lucrava muito agenciando seu principal cliente o Big Guy, e isso entrou
bem em seu curriculo também. Ele se considerava sortudo, agora que estava lidando
com a Inoue, uma também ex-vigilante, ele não estava se considerando tão sortudo
assim.
- Olha, o nome dele... O nome de vocês nunca esteve tão em voga! - Ele
agurmentava. - Se tem uma hora para ganharmos uma grana é agora. Ele pode fazer o
que quiser. Eu soube que estão fazendo um documentario novo e Paul pode estrelar
como narrador. Digo, eu não quero que ele afaste seu tratamento ou algo assim. Mas
cacete mulher, o caixa tem de girar!
- Como é que é? - Inoue deu um tapa na mesa.
Ela estava vermelha de raiva e naquele momento cogitoua hipotese de
transforma a mente daquele sujeito ridiculo e ganancioso em pudim. Paul estava calado
ele tremia, agora ate as mais simples descordancia faziam com que sua ansiedade
atacasse, ele estava começando a cogitar em sair de casa, mas a ideia de ir pra rua o fez
suar ainda mais e quando a cabeça dele estava girando.
Sentiu a Inoue botar a mão em seu ombro e começou a se acalmar.
- respira, vamos, respirar. - Ela disse o tranquilizando.
Ele começou a respirar devagar e foi se acalmando. Harry Law o olhou e não
disse nada.
- Bem H. - Paul disse. - Eu acho que vou precisar de um tempo, de verdade cara.
Harry concordou.
- Tudo bem, eu vou dar um jeito e vou garantir que Hollywood não esqueça de
você. Vou tentar contratar um Ghostwrite para que escreve alguma biografia ou sei la.
- Faça isso. - Inoue disse sorrindo.
Paul observou seu Agente ir embora e por um momento ele se perguntou se o
Agente foi porque queria ou porque Inoue o obrigou.
Harry fingiu uma falsa simpatia quando sorriu educadamente para Inoue e foi
embora. Era tão bizarro o fato dele não confiar completamente em Inoue, algo no fundo
de sua mente o incomodava ainda.
-Eu não entendo porque você precisa de uma casa tão grande. Quero dizer? Para
que 13 cômodos?
A atenção de Paul foi resgatada de um devaneio e ele resolver deixar para lá o
pensamento sobre Inoue, ate porque ela poderia estar o lendo nesse instante.
- Eu sou um cara grande. - Ele respondeu.
Paul estava com as mãos trêmulas e sentindo uma forte pressão no peito. Estava
sentindo que iria infarta a qualquer momento.
Inoue olhava o amigo e não conseguia deixar de se sentir culpada. Talvez seja
por esse motivo que ela descidiu ir para Hollywood e cuidar de Paul. Como ela havia
dito força a mente dele como ela fez iria trazer consequências graves, ela não mentiu.
Ainda que Paul esteja conseguindo manter "bem" uma boa parte do tempo, as
crises estavam ficando cada vez piores e mais frequente. Ela tinha medo do que Paul
pudesse fazer com ele mesmo sem uma supervisão adequada.
- Sua mãe esta ligou essa manhã. Você tem que falar com ela algum momento
Paul. Ela esta realmente preocupada com você.
- Eu pagar todas as contas e ela ter acesso a um dos meus cartões black não esta
sendo o suficiente? Ela nunca deu a minima para Paul Henderson, ela so se importa
com o Big Guy.
Inoue não disse nada. Paul tremeu um pouco mais e voltou a respirar ofegante e
depois fez um exercício de respiração para se acalmar.
- Tem alguns videos de você nu gigante se ferindo. Ela realmente deve estar
preocupada com você.
- Tem mesmo um video de mim nu na internet né? - Paul perguntou e depois riu.
Inoue revirou os olhos.
- Só você para achar que isso é uma piada.
Paul levantou e foi ate a sala, lá tinha uma foto dos amigos juntos ele a pegou e
olhou por um momento. Inoue foi ate ele, ela sentou no sofá de perna cruzada e o
observou. Ele se sentou ao seu lado e Inoue inclinou a cabeça em seu ombro e lá
ficaram por alguns instantes.
- Você sabe que eu não me arrependo, né? - Ele disse passando a mão por seu
ombro.
- Eu sei. - Ela respondeu.
- O Erick devria estar aqui com a gente.
- O tipo de ajuda que o Erick esta buscando não é a ajuda que podemos oferecer.
Paul se calou por uns segundos.
- Não confio naquele cara. - Ele disse por fim.
- No Leondine?
- Não, no Zack, quem não nos garante que aquele velho ou criança, sei la, não
possa estar armando para gente agora.
- Ninguém pode garatir nada, mas se ele tiver o Galoman da conta e se ele não
puder sozinho a gente ajuda.
Paul a olhou e sorriu.
- Você esta com a sua cara de bobo de novo. Sei muito bem o que esta
pensando.
- Não vale ler a mente, já combinamos isso.
- Eu não to lendo sua mente. Seu olhar bobo esta gritando isso.
- Esta é?
Inoue deu um beijo em Paul.
- Sabe Inoue, a gente se conhece a tanto anos... Eu tenho uma coisa que queria te
dizer a 10 anos e que não tive coragem na época, e voltar para Megacity, parte sim foi
pra ajudar o Galo com esse lance das drogas e tals, mas parte maior foi para te ver. E
Inoue eu... Bem, eu queria saber se você...
O telefone de Inoue tocou. Ela ignorou.
- Continua. - Ela disse com expecactiva.
- Tem certeza? Pode ser importante.
- Continua.
- Ta bem, o que eu estava querendo dizer é... - Ele tentou continuar e foi
enterrompido de novo.
Inoue pegou o telefone e fez uma careta.
- É o Rick. - Inoue disse atendendo o telefone.
A conversa foi rápida. Inoue balançou a cabeça algumas vezes e disse que ja
estava indo.
- Então o que aconteceu?
- O tal Leondine quer nós ver, ele disse que era sobre o Erick.
Paul engoliu a seco.
- Você não tem que ir Paul.
- Sim, não tenho. Não tenho condição de sair de casa. Por sorte o Big Guy não
tem o mesmo efeito.
- Paul....
- Vamos moça, a cometiva nos espera.
60
Megacity. Centro.
Johnson estava nervoso ele e o parceiro Lawrence a qual ele servia como
aprendiz estavam fazendo parte de um pequeno comboi para transferir um meta para o
D.E.M. Ele estava achando estranho algumas coisas:
primeiro, porquedemoraram tanto para fazer essa transferencia, visto que já fazia
um mês que o Mármore havia sido pego.
Segundo, ele estava levando o meta junto a mais 4 viaturas. apenas 4. Era uma
segurança bem pouca para um homem tão perigoso quanto ele.
- O que foi John? - lawrence perguntou notando a mão do garoto bater nervosa
na perna.
- Isso só não me parece certo... É muita pouca gente.
Lawrence riu para o rapaz.
- Me admira ainda ter 4 carros, estamos no meio do dia no centro. Hora do pico
desses super-herois. Não se preocupe. Se algo der errado eles vão resolver.
Johnson olhou para trás e viu o prisioneiro o encarar sorrindo.
- Que cara bizarro.
- É soube que ele comanda um esquema de droga lá por Nashbay. É um dos
figurões, ainda bem que o Galo estava por aquelas banda e pode dar uma surra no
babaca.
Mármore pigarreou chamando a atenção dos policiais.
- Com lincença senhores guardas. Permita fazer uma correção no que foi falado:
Bom, primeiramente eu não comando um ponto de drogas um esquema de drogas, eu
estava encarregado de admionistrar a distribuidora, porque acha que Zector veio ate
mim quando precisva que as suas drogas Metas circulassem a cidade? E segundo, o
Galoman não me deu uma surra, eu dei uma surra nele.
- Blá, blá,blá quem liga para por menores e mimimi de vilão que esta preso?
- É muito corajoso homemzinho. - Mármore disse. - você esta praticamente
sozinho contra um Meta perigoso e aprova de bala, que, supostamente poderia se soltar
a qualquer hora que quisesse e ainda tem coragem de proferir bravatas. Realmente, não
sei se isso é confiança ou um sinal claro de burrice.
Lawrence se calou e voltou a dirigir. Em sua frente tinha um carro, e atrás dele
em linha tinha mais 2. Ele começou a se perguntar e que talvez Jonhson poderia estar
certo.
-Posso te fazer uma pergunta jovem? - Mármore perguntou ao Jonhson.
- Não sei se eu deveria...
- Você cresceu em Nashbay não é?
- Como você sabe?
- Bom, sempre da para saber so de olhar. Bem, deixa eu te contar outra coisa,
você sabe como Nashbay é praticamente uma cidade dentro de Megacity. Na teoria ela
deveria seguir a mesma lei, ter os mesmo chefes e herois, mas na praticamente lá as
coisas funcionam diferente. E lamentavel, mas é a realidade.
Jonhson pareceu confuso, ele entendia que sim Nashbay era diferente e sim os
policiais de Nashbay trabalahavam bem mais do que os o centro. a criminalidade era
alta lá.
- Onde você quer chegar? - Jonhson perguntou.
- Calma, eu vou chegar a meu ponto em breve. Fato é, eu amo meu bairro. De
verdade, eu amo aquele lugar e adoro aquelas pessoas. Entretanto para proteger meu
bairro, nosso bairro, as vezes precisamos sujar nossas mãos. Eu não me orgulho de
fazer algumas coisas que faço. Mas tudo pelo bem maior.
- Você vendia drogas para crianças.
Mármore fechou o semblante.
- Eu nunca vendi droga a crianças. E essa não é a questão.
- Não? Qual é a então?
Mármore enclinou o corpo para frente e começou a falar mais baixo.
- Eu tenho muitos inimigos, e muito pouco aliados. Eu era um segurança e com
o suor do meu esforço duro e uma surras e assassinatos ocasionais, eu consegui subir
para o patamar onde eu estou e eu era a força que botava um pouco de ordem naqueles
animais. Vocês tiraram o unico gato de casa. O que vocês acham que vai acontecer
agora?
O carro da frente parou e Lawrence quase não conseguiu frear.
- Um trono nunca fica desocupado por muito tempo. Sabe o que aquelas
familhas de mafiosos de Nashbay estariam disposto a fazer para assumirem meu lugar?
Dois policias que estavam no carro da frente sairam da viatura, um deles viu que
na rua tinha um fio de estrepe pronto para furar o pneu.
Mámore fez um barulhode relógio como contagem regressiva com a boca.
-Tic tac. – Ele disse. – Esses são os sinais. O sino da trombeta.
- Cala a boca ai atrás. – Lawrence disse nervoso dando um forte tapa na grade
que separava o banco dos detentos para o banco do carona e do motorista.
Os dois policiais do carro da frente derrepente cairam.
- O que foi isso? – Jonhson perguntou assustado.
- Snipers? – Lawrence cogitou. – O filho da mãe estava planejando escapar. É
mesmo uma armadilha!
Mámore riu.
- Isso não é uma armadilha. É os primeiros pingos de chuva, é o inicio da
tempestade, pós a calmaria.
O ultimo carro do comboi explodiu quando foi atingido por um missil.
Lawrence tentou acelerar com o carro para sair dali.
- Só temos que aguentar alguns minutos. A 20 anos é assim. Sempre chega um
héroi. Sempre existe alguém. – Lawrence disse.
Ele engantou o carro e avançou esqueviando do carro da frente. Jonhson, tentava
se comunicar com a central, mas não estava conseguindo.
- Vocês acham, que antes estava ruim? – Mármore continuou. – Acha que vocês
estavam salvando vidas me prendendo, me tirando do jogo?
Lawrence tentava se convencer que as coisas iriam ficar bem. Ele cortava carros
no cruzamento, a sirene gritava. Ele sabia que a aqualquer momento galoman iria
chegar, mas a um pouco mais de um mês ninguém viu Galoman. Ele sabia que se não
viesse o Galo outro heroi poderia vir. A 20 anos, ninguém nunca falhou com as suas
expectativas.
Jonhson estava nervoso. Ele não conseguia se conectar com a central. Não sabia
o que iria acontecer. Quando ele entrou na policia queria salvar vidas, queria mudar seu
bairro do jeito certo, ter uma carreira, se transferir para o departamento dde Nashbay,
ser um heroi.
- Vocês apenas iniciaramum jogo mais dificil, espero que saibam que todas as
mortes que iram acontecer nessa guerra é culpa de vocês.
Um missil, lançado de cima de um dos predios atingiu o lado de Jonhson na
viatura, ele pensou que queria alvar vidas, Lawrence pensou nos herois. E nenhum deles
pensou no que Mármore disse antes de morrerem, a guerra havia começado.
Em Nashbay Ethan, estava vendo o jornal na pequena TV de seu apartamento,
seu irmão o qual dividia a casa, não estava presente e ele estava em busca de um
emprego novo. O programa a qual estava assistindo foi interrompido quando
anunciaram, que policiais foram atacados enquanto transferiam um meliante para o
D.E.M, esse meliante se era conhecido como Mármore. Nenhum sobrevivente havia
sido encontrado e o corpo das vitimas ainda não foi indentificado pela policia.
Mármore comandava parte de distribuição de drogas de Nashbay. Ethan
desligou a TV. Ele teve um mal prensentimento e olhou para a janela de casa e viu parte
de seu bairro.
- Oh merda... – Ele disse já imaginando a merda que estariam para acontecer.

FIM DO PRIMEIRO ARCO

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