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INSTITUTO POLITÉCNICO MAKHETELE

ENSINO MÉDIO TÉCNICO PROFISSIONAL


CV3 EM AGROPECUÁRIA
CAIA

Recolher, registar e organizar


dados numa unidade de
produção agro-pecuária

Manual do Formando

João Conde Jossefa


Caia, 2023
FICHA TÉCNICA

AUTOR

João Conde Jossefa

_______________________________
(Engenheiro Agrónomo)
Joaoconde4@autlook.com ou joaoconde3@gmail.com

REVISÃO GRÁFICA

Instituto Politécnico Makhetele-Caia; 1ª Edição, 2023

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APROVAÇÃO

Orácio Pedro Chaúque (Director Geral)

_________________________________________
(Engenheiro Agrónomo)
Istitutomakhetele2016@gmail.com
ÍNDICE
INTRODUÇÃO ..................................................................................... 5
RESULTADO DE APRENDIZAGEM-1 ................................................... 6
DEMONSTRAR COMPREENSÃO SOBRE DIFERENTES MÉTODOS
ELEMENTARES DE RECOLHA DE DADOS .......................................... 6
1.1. MÉTODOS E TÉCNICAS DE RECOLHA DE DADOS ................... 7
1.1.1. Conceitos geais .................................................................... 7
1.1.2. Importância da recolha de dados .......................................... 7
1.1.3. Principais métodos de recolha de dados ............................... 7
1.1.4. Recolha de dados na unidade de produção agropecuária ...... 8
1.2. ENTREVISTA COMO MÉTODOS DE RECOLHA DE DADOS ....... 8
1.2.1. Classificação da entrevista ................................................... 8
1.2.2. Vantagens e desvantagens da entrevista ............................... 9
1.2.3. Procedimentos para construir um guião de entrevista .......... 9
1.3. OBSERVAÇÃO COMO MÉTODOS DE RECOLHA DE DADOS ... 10
1.3.1. Classificação da observação ............................................... 10
1.3.2. Vantagens e desvantagens da observação ........................... 11
1.4. AMOSTRAGEM COMO MÉTODO DE RECOLHA DE DADOS .... 11
1.4.1. Tipos de amostragem ......................................................... 12
EXERCÍOS DE CONSOLIDAÇÃO ....................................................... 14
RESULTADO DE APRENDIZAGEM-2 ................................................. 15
RECOLHER E REPORTAR DADOS USANDO MÉTODOS PRESCRITOS15
2.1. RECOLHA E REGISTO DE DE DADOS ..................................... 16
2.1.1. Conceitos ........................................................................... 16
2.2. ORGANIZAÇÃO E PROCESSAMENTO DE DADOS .................... 16
2.2.1. Apresentação de dados em tabelas ..................................... 17
2.2.2. Apresentação de dados por meio de gráficos ....................... 17
EXERCÍCIOS DE CONSOLIDAÇÃO .................................................... 23
RESULTADO DE APRENDIZAGEM-3 ................................................. 24
USAR E MANTER O EQUIPAMENTO USADO PARA RECOLHER DADOS
......................................................................................................... 24
3.1. EQUIPAMENTOS USADOS NA RECOLHA DE DADOS .............. 25
3.1.1. Equipamentos de recolha de dados topográficos ................. 25

3
3.1.2. Equipamentos de recolha de dados edafológicos ................. 26
3.1.3. Equipamentos de recolha de dados climatológicos .............. 26
3.1.4. Equipamentos de recolha de dados sobre a produção
agropecuária ................................................................................ 27
3.2. ARMAZENAMENTO DOS EQUIPAMENTOS .............................. 27
EXERCÍCIOS DE CONSOLIDAÇÃO .................................................... 28
RESULTADO DE APRENDIZAGEM-4 ................................................. 29
APLICAR MEDIDAS DE PROTECÇÃO E SEGURANÇA APROPRIADOS
AO MÉTODO DE RECOLHA DE DADOS E EQUIPAMENTO ................ 29
4.1. MEDIDAS DE HIGIENE E SEGURANÇA NA RECOLHA DE
DADOS ........................................................................................... 30
4.1.1. Introdução ......................................................................... 30
4.1.2. Doença profissional e do trabalho....................................... 30
4.2. PREVENÇÃO DE RISCOS PROFISSIONAIS .............................. 31
4.2.1. Trabalho com agentes biológicos ........................................ 31
4.2.2. Trabalho com agroquímicos................................................ 32
4.2.3. Exposição às temperaturas extremas ................................. 33
4.3. EQUIPAMENTO DE PROTECÇÃO............................................. 34
4.3.1. Equipamentos de protecção Colectiva (EPCs) ...................... 34
4.3.2. Equipamentos de protecção Individual (EPIs) ..................... 35
EXERCÍCIOS DE CONSOLIDAÇÃO .................................................... 37
BIBLIOGRÁFIA CONSULTADA ........................................................... 39

4
INTRODUÇÃO
A recolha, registo e organização dados numa unidade de produção
agropecuária envolve uma série de etapas e de processos que permitem
que os formandos e pesquisadores, a partir do reconhecimento de
alguma situação interessante, sejam capazes de configurar um objecto e
de analisá-lo, considerando também o contexto em que o interesse
emerge.
A identificação, seleção, organização e análise dos dados que ajudam a
interpretação do problema de pesquisa constituem etapas importantes
de um trabalho científico. A origem deste módulo dá-se com a
necessidade de sistematização de alguns temas e tópicos que têm como
objectivo auxiliar o formando na etapa de selecção e análise dos dados
disponíveis.
portanto, este módulo é concebido para permitir que os formandos
adquiram habilidades básicas para fazer registos de dados em empresas
que desenvolvem actividades agrícolas, pecuárias, e exploração de
recursos naturais. As habilidades adquiridas podem ser usadas para
recolher, registar e organizar dados numa empresa agropecuária de
qualquer tamanho, incluído negócio de família.

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1
RESULTADO DE APRENDIZAGEM
Demonstrar compreensão sobre
diferentes métodos elementares
de recolha de dados
Demonstrar compreensão sobre diferentes métodos elementares de recolha de dados
Neste resultado de aprendizagem, os formandos terão oportunidade
de aprender sobre:
a) Os métodos e técnicas de recolha de dados
✓ Conceitos geais;
✓ Importância da recolha de dados;
✓ Tipos de dados a recolher numa unidade de produção
agropecuária.

b) Entrevista como método de recolha de dados


✓ Classificação da entrevista;
✓ Vantagens e desvantagens;
✓ Procedimentos para construir um guião de entrevista.

c) Observação como método de recolha de dados


✓ Classificação da observação;
✓ Vantagens e desvantagens.

d) Amostragem como método de recolha de dados


✓ Tipos de amostragem

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1.1. MÉTODOS E TÉCNICAS DE RECOLHA DE DADOS
1.1.1. Conceitos geais
A recolha de dados pode ser definida como o processo organizado para
obter informações junto de muitas fontes, cujos objectivos foram
claramente definidos e que dá garantias de validades suficientes. Para a
recolha de dados, é necessário que o pesquisador tenha uma forma de
chegar às informações requeridas, isto é, um método ou conjunto de
técnicas.
A palavra método vem do grego metá que significa no meio de, através,
entre, e odós, que significa “caminho”. Assim, método significa ao longo
do caminho, ou seja, “a forma de proceder ao longo de um caminho”.
Os métodos de recolha de dados são estratégias que possibilitam ao
pesquisador obter dados empíricos que lhes possibilitam responder as
suas questões investigativas.
No entanto, as técnicas de recolha de dados são conjunto de
procedimentos bem definidos para produzir certos resultados na
recolha e tratamento da informação requerida pela actividade de
pesquisa.
O método indica o que fazer e a técnica como fazer. "O método é o
orientador geral da actividade, é a estratégia da acção. A técnica é a
tática, soluciona o modo especifico e mais adequado pelo qual a acção
se desenvolve em cada etapa."
1.1.2. Importância da recolha de dados
A recolha de dados permite ao pesquisador responder as suas questões
investigativas, ou seja, permite ao pesquisador tomar decisões
informada que resultem na maximização da qualidade de produtos e
lucros, e minimizar os riscos.
1.1.3. Principais métodos de recolha de dados
Uma vez que determinou-se quais os dados que pretendem-se recolher,
é necessário elaborar uma estratégia de recolha destes, visto que, exige
o recurso aos chamados métodos de recolha de dados. Dentre os
métodos elementares de recolha de dados, os principais são:
✓ Observação;
✓ Entrevista e/ou inquérito;
✓ Medição e Contagem;
✓ Recolha de amostras;
✓ Interpretação de estimativas;
✓ Inspecção.

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A escolha de cada método depende de factores como:
✓ O que se quer saber;
✓ Fonte de dados disponíveis;
✓ Recursos existentes e disponibilidade de tempo;
✓ Complexidade de dados a serem coletados;
✓ A frequência de colecta de dados.

1.1.4. Recolha de dados na unidade de produção agropecuária


a) Dados biológicos
✓ Principais tipos e variedades de culturas;
✓ Principais espécies animais.
b) Dados físicos e económicos
✓ Tipos e fertilidade do solo;
✓ Existência e índice de pragas e doenças;
✓ Agroquímicos (uso, aplicação e existência).
c) Rendimento das culturas
d) Controlo de stocks
e) Informações sobre a manutenção de máquinas,
equipamentos, ferramentas e infraestruturas agropecuárias.
1.2. ENTREVISTA COMO MÉTODOS DE RECOLHA DE DADOS
A entrevista é um método de recolha de dados que consiste em
conversas orais, afim de obter informações sobre factos ou
representações, cujo grau de pertinência, validade e fiabilidade é
analisada na perspectiva dos objectivos de recolha de informações.
1.2.1. Classificação da entrevista
A entrevista como método de recolha de dados, pode ser classificada de
duas maneiras: quanto a sua estrutura e quanto ao número de
entrevistados.

a) Classificação da entrevista quanto a estrutura


✓ Entrevista estruturada: Consiste no uso do questionário
totalmente estruturado, com perguntas fechadas, no qual a
escolha do entrevistado, está condicionada à sua capacidade de
dar respostas às questões formuladas pelo investigador. Por
exemplo: A turma de agropecuária CV3-23A é indisciplinada? As
respostas esperadas nessa pergunta são directas e podem ser
sim, um pouco, talvez ou não.

8
✓ Entrevista semi-estruturada: Consiste no uso de um
questionário com perguntas abertas, que permite ao entrevistado
ter a possibilidade de falar mais livremente sobre o tema
proposto. O objectivo é colher várias opiniões de diferentes
entrevistados. Por exemplo: Como é que a turma de
Agropecuária CV3-23A se comporta perante aos seus formadores?
Aqui, cada entrevistado terá a possibilidade de dar muitas
informações sobre essa turma.
✓ Entrevista não estruturada: O entrevistado é colocado para falar
livremente sobre um determinado tema, sendo que o
entrevistador, havendo a possibilidade, pode fazer perguntas para
alcançar maior profundidade possível nas respostas. Por
exemplo: Fale do processo de ensino aprendizagem no IPM, com
destaque para o Curso de Agropecuária.
a) Classificação da entrevista quanto ao número dos entrevistados
✓ Entrevista individual: Consiste na recolha de várias opiniões
para a mesma questão ou mesmo tema.
✓ Entrevista em grupo: Consiste na recolha de informações de
vários participantes e características comuns.
1.2.2. Vantagens e desvantagens da entrevista
a) Vantagens da Entrevista como Método de recolha de dados
✓ Apresenta flexibilidade na aplicação;
✓ Facilidade na adaptação do protocolo;
✓ Permite esclarecimento das respostas dadas;
✓ Pode ser aplicada para pessoas que não sabem ler;
✓ Maior taxa de respostas.
b) Desvantagens da Entrevista como Método de recolha de dados
✓ Custos elevados para a sua aplicação;
✓ Consome tempo na aplicação;
✓ Não garante o anonimato;
✓ Requer treinamento especializado do entrevistador.
1.2.3. Procedimentos para construir um guião de entrevista
i. Caracterização dos entrevistados (idade, sexo, escolaridade,
estado civil, localidade, etc.)
ii. Selecção da população e da amostra alvo;
iii. Definição da temática e dos objectivos da entrevista;
iv. Estabelecimentos do meio de comunicação (oral, escrito, telefone,
e-mail, etc.), espaço onde irá decorrer a entrevista e do tempo
necessário para a entrevista;

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v. Descriminação das características e das perguntas do guião;
vi. Produção e aspecto gráfico do guião;
vii. Validação da entrevista para análise crítica.
1.3. OBSERVAÇÃO COMO MÉTODOS DE RECOLHA DE DADOS
A observação é um método de recolha de dados que consiste na
utilização de órgãos de sentido (tacto, visão, olfacto, paladar e audição)
para examinar uma realidade a ser investigada, seja ela uma
comunidade, uma empresa, um campo de produção, um grupo, um
facto ou fenómeno, etc.
Antes de iniciar uma observação é preciso definir os objectivos da
pesquisa, definir os procedimentos da observação, deixando claramente
estabelecido o que será observado. também é necessário definir a
regularidade das observações e a extensão do tempo previsto para o
processo de colecta de dados.
1.3.1. Classificação da observação
Existem nomenclaturas diversas para os tipos de observação como
método de colecta de dados, sendo estes, classificados por Lakatos e
Marconi (2010) da seguinte maneira:
a) Classificação da observação quanto aos meios
✓ Observação sistemática ou estruturada: Realiza-se sob
condições controladas, visando responder os objectivos pré-
definidos, e neste caso, o observador possui clareza quanto às
variáveis a serem estudadas;
✓ Observação assistemática ou espontânea: É feita sem que o
observador utilize meios técnicos para o registro ou faça
perguntas directas aos observados. Essa técnica é mais adequada
aos estudos exploratórios, pois não tem um plano prévio e muito
menos o controlo das variáveis a serem observadas.
b) Classificação da observação quanto ao número de observadores
✓ Observação individual: Refere-se ao uso da técnica por um e
único observador;
✓ Observação em equipe: Permite que o fenómeno observado possa
ser registrado a partir de vários ângulos ou observadores. Há
vantagens, dada a possibilidade de confrontar dados
posteriormente.

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c) Classificação da observação quanto ao lugar
✓ Observação em laboratório: Ocorre em ambiente previamente
controlado, ou seja, possui um carácter artificial;
✓ Observação da vida real ou naturalista: Ocorre em ambientes
reais, onde o observador irá registrar dados na medida em que
estes irão ocorrer espontaneamente.
d) Classificação da observação quanto ao observador
✓ Observação participante: A participação directa do observador
no evento ou facto a ser observado gerará maior profundidade na
compreensão dos mesmos, além de possibilitar uma intervenção
por parte do observador no facto ou fenómeno;

✓ Observação não participante: É indicada quando o pesquisador


considera que o êxito de colecta de dados depende da sua
capacidade de regularizar a sua identidade.

1.3.2. Vantagens e desvantagens da observação


a) Vantagens
✓ É flexível e faz a descrição mais completa da variável;
✓ Não exige um controlo sobre o grupo a ser observado;
✓ Permite colher uma variedade de dados e observar variedade de
fenómenos;
✓ Observação autêntica (fácil mentir com a boca do que com o
corpo);
✓ Conhecimento imediato da situação local e comportamento do
observado no próprio momento da sua ocorrência.
c) Desvantagens
✓ Necessidade de associar-se à outra técnica de colecta de dados
(entrevista por exemplo);
✓ Requer treinamento especializado do entrevistador;
✓ Problemas de interpretação da observação, ou seja, a fiabilidade
de dados depende da experiência do observador;
1.4. AMOSTRAGEM COMO MÉTODO DE RECOLHA DE DADOS
Considera-se de amostra à parte representativa de uma população. A
população é o conjunto de indivíduos, objectos ou variáveis que
apresentam entre sí pelo menos uma característica em comum.
Por tanto, a amostragem, refere-se ao estudo de relações existentes
entre a população e as amostras dela extraídas.

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1.4.1. Tipos de amostragem
Quanto aos tipos, a amostragem pode ser:
a) Amostragem aleatória simples
Na amostragem aleatória simples, todos os elementos da população têm
igual probabilidade de serem escolhidos, desde o início até completo
processo de colecta de dados.
A amostragem aleatória simples segue o seguinte procedimento:
✓ 1º Enumera-se todos os elementos da população;
𝑵
✓ 2º Calcula-se o intervalo da amostragem através da razão 𝒂 = 𝒏
(Onde “a” é o valor inteiro mais próximo, “N” é o tamanho da
população em estudo e “n” é o tamanho da amostra);
✓ 3º Efectua-se sucessivos sorteios com reposição até completar o
tamanho da amostra (n), fazendo-se o uso da Tabela de Números
Aleatórios em anexo.
Por exemplo
Precisa-se extrair uma amostra de 17 elementos numa população de
100 plantas. Indique, usando a Tabela de Números Aleatórios (TNA), os
números a serem sorteados.
Dados Resolução
N =100 Plantas 𝑁 100
n = 17 plantas 𝑎= = = 5,88~𝟔
𝑛 17
a =?
CL=n + a = 17+6 = 23.
Ni =?
Isso significa que na TNA, o sorteio deve começar na intercessão entre a
2ª coluna e a 3ª linha, sendo assim, os números a serem sorteados
serão: Ni = 89, 60, 70, 28, 82, 4, 48, 3, 29, 65, 73, 27, 23, 57, 81,
99 e 12.
b) Amostragem aleatória sistemática
É uma variação da amostragem aleatória simples. Sua aplicação
também requer que a população seja ordenada segundo um
determinado critério, de modo que cada elemento seja identificado pela
sua posição.
O processo de extração dos elementos consiste em escolher
aleatoriamente o primeiro elemento e os restantes são obtidos
numericamente mediante uma progressão aritmética da razão “a”. Daí,
escolhe-se um número “k” que esteja entre 1 e a razão “a”. Os
números sorteados serão determinados pela seguinte equação: Xi = k +
i*a, onde i é a ordem dos números a serem sorteados, X é a posição do
número a ser sorteado.

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Por exemplo
Precisa-se extrair uma amostra de 17 elementos numa população de
100 plantas. Indique os números a serem sorteados.
Dados Resolução X7 = 3+7*6 = 45
N=100Plantas 𝑁 100
𝑎= = = 5,88~𝟔 X8 = 3+8*6 = 51
n= 17 plantas 𝑛 17
X9 = 3+9*6 = 57
a =? Para este exercício, escolheu-
X10 = 3+10*6 = 63
Ni =? se k=3, assim teremos:
X11 = 3+11*6 = 69
Xo = 3+0*6 = 3
X12 = 3+12*6 = 75
X1 = 3+1*6 = 9
X13 = 3+13*6 = 81
X2 = 3+2*6 = 15
X14 = 3+14*6 = 87
X3 = 3+3*6 = 21
X15 = 3+15*6 = 93
X4 = 3+4*6 = 27
X16 = 3+16*6 = 99
X5 = 3+5*6 = 33
X6 = 3+6*6 = 39
Tabela-1: Tabela de Números Aleatórios (TNA)

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EXERCÍOS DE CONSOLIDAÇÃO
1. Explique a importância de recolha de dados numa unidade de
produção agropecuária.
___________________________________________________________________
2. Diferencie o método da técnica de recolha de dados.
___________________________________________________________________
3. Mencione os principais métodos de recolha de dados.
___________________________________________________________________
4. Mencione dez (10) tipos de dados que podem ser colectados numa
unidade de produção agropecuária.
___________________________________________________________________
5. Mencione e explique os factores que influenciam na escolha do
metodo de recolha de dados.
___________________________________________________________________
6. Dê exemplo de métodos que podem ser usados para recolher dados
sobre:
a) Ataque de lagarta de funil: ______________________________________
b) Número de espécies animais numa UPA: ________________________
c) Peso médio de cabeça de repolho: _______________________________
d) Altura média das plantas: ______________________________________
e) Situação de renda de famílias produtoras: _______________________
f) Colheita de amostras para a determinação da classe textural do
solo:
________________________________________________________________
g) Recolha de amostras perturbadas de solo: _______________________
7. Precisa-se extrair uma amostra de 15 elementos numa população de
46 plantas.
a) Indique, usando a Tabela de Números Aleatórios (TNA), os
números a serem sorteados (use técnica de amostragem aleatória
simples).
___________________________________________________________________

8. Precisa-se extrair uma amostra de 8 elementos numa população de


36 plantas.
a) Indique os números a serem sorteados (use técnica de
amostragem aleatória sistemática).
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

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2
RESULTADO DE APRENDIZAGEM

Recolher e reportar dados


usando métodos prescritos
Recolher e reportar dados usando métodos prescritos
Neste resultado de aprendizagem, os formandos terão oportunidade
de aprender sobre:

a) Recolha e registo de dados


✓ Conceito.
b) Organização e processamento de dados
✓ Tabelas e gráficos;
✓ Equações matemáticas para processamento de dados.
c) Apresentação da informação
✓ Relatório;
✓ Ficha de Stock;
✓ Ficha de Arquivo.

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2.1. RECOLHA E REGISTO DE DE DADOS
2.1.1. Conceitos
A recolha de dados é tida como a observação e registro das categorias
ou das medidas das variáveis relacionadas ao objecto de estudo que
ocorrem em unidades (indivíduos) de uma amostra ou população.
A primeira condição para que se possa recolher dados fiáveis é que se
faça um registo correcto dos mesmos. Assim, qualquer registo deve
estar exactamente de acordo com a definição relevante de caso e ser
feito em perfeito cumprimento das instruções apresentadas.
É de sublinhar que o registo, a recolha e a compilação dos dados
poderão ser ou não efectuados pelas mesmas pessoas, conforme as
circunstâncias o aconselharem. Por vezes é possível ter pessoal
especializado para fazer o registo da informação, mas, na maioria dos
casos, são os próprios técnicos de agropecuária que, ao mesmo tempo
que realizam as suas actividades, efectuam os registos.
A própria palavra registar significa tomar nota, num livro ou impresso,
de dados relacionados com a actividade que se está a realizar. no
entanto, o registo significa escrever alguma coisa em função das
características que a actividade apresenta. Essas características
recebem o nome de variáveis.
São exemplos de variáveis: Tamanho das espigas, altura de inserção
da espiga, peso dos grãos por unidade de área, tipos e abundância das
principais espécies pragas, incidência (Nível de danos), frequência,
diâmetro do colmo, etc.
Os dados devem ser recolhidos, registados, armazenados e processados
com precisão para garantir a fiabilidade dos resultados e a tomada de
decisões certas.
2.2. ORGANIZAÇÃO E PROCESSAMENTO DE DADOS
Após a recolha e registo de dados, segue-se o processo de organização e
análise dos mesmos.
A apresentação de dados consiste na organização das informações em
tabelas e gráficos que são meios que facilitam a análise e compreensão
das informações (particularmente os gráficos) pois evidenciam
visivelmente uma situação sobre a qual é necessário tomar uma
decisão.
Para ser útil, uma informação deve ser entendida. Para ser entendida
deve ser apresentada de forma clara e adequada em relação ao assunto
em questão. Daí que os gráficos e as tabelas são meios de apresentar a
informação.

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Estas formas de apresentação possibilitam a descrição e a visualização
dos dados de uma maneira concisa, facilitando a interpretação dos
mesmos.
2.2.1. Apresentação de dados em tabelas
Uma tabela é composta de traços, formando linhas e colunas, nas quais
aparecerá a variável (ou variáveis) e a frequência com que esta é
observada.
Ao apresentar-se uma tabela, deve-se colocar o título que completará a
informação sobre a mesma, desde que indique claramente o seu
conteúdo, o local e a época da ocorrência dos dados. Outros elementos
complementares de uma tabela são: a fonte, as notas e as chamadas
que se colocam, de preferência, no rodapé da mesma.
2.2.2. Apresentação de dados por meio de gráficos
Os Gráficos são representações de dados que têm por finalidade
principal mostrar, através da utilização de figuras (linhas, áreas e
volumes), as variações das intensidades de um ou mais fenómenos,
mediante as variações de outros fenómenos.
Os gráficos são os métodos apropriados para apresentação diagramática
de dados tabulares. O gráfico é a forma de apresentação mais clara,
porque evidencia visivelmente um facto sobre o qual é necessário tomar
uma decisão. Da mesma forma que as tabelas, a apresentação da
informação por meio de gráficos deve respeitar alguns critérios:
✓ O gráfico deve levar título (que indique o conteúdo do gráfico), o
local da ocorrência dos dados graficados, as notas, as fontes e
datas.
✓ Se a finalidade do gráfico é fazer comparação de grupos ou
variáveis, deverá ser utilizada uma legenda.
Entre os gráficos que apresentam tabelas de distribuição de frequências
temos o polígono de frequências e o histograma.
a) O Polígono de frequência: É representado por uma série de pontos
unidos por traços, ou seja, é a representação diagramática da
distribuição de frequência de uma variável quantitativa, com as
frequências de classes representadas em relação com as marcas
centrais de classe, estando unidos os pontos por linhas rectas.
b) O Histograma: É um gráfico representado por colunas justapostas
com a largura do tamanho do intervalo e a altura proporcional à
frequência do intervalo, ou seja, é a representação diagramática da
distribuição de frequência de uma variável quantitativa, com áreas
de rectângulos proporcionais à frequência de classe.

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Existem outros gráficos que são utilizados para apresentar dados
referentes a outras variáveis.
a) O gráfico de colunas: Mostra observações em diferentes tempos
ou sob diferentes condições. O gráfico de colunas visa a
comparação de grandezas por meio de rectângulos não
justapostos, ou seja, é a apresentação de dados de frequência de
classes nominais através de colunas.
b) O gráfico de barras: Segue o mesmo princípio, sendo construído
por meio de barras não justapostas. É mais fácil compreender um
gráfico de barras se os dados são apresentados segundo a sua
magnitude em vez de utilizar critérios geográficos ou alfabéticos.
2.2.3. Equações matemáticas para processamento de dados
Para a análise de dados, algumas equações são usadas para facilitar a
interpretação destes, e algumas delas são:
a) Média Aritmética: É a relação entre o somatório de todas as
observações de uma variável e o número total de observações.

b) Densidade absoluta: É obtida pela contagem do número de


indivíduos amostrados de uma determinada espécie por unidade
de área, conforme a equação seguinte:
Ni
Da = , Onde:
A
Da = Densidade absoluta;
Ni = Número total de indivíduos por espécie;
A = Área total das parcelas amostradas (m2).
c) Densidade relativa: É a razão entre o número de indivíduos de
uma certa espécie encontrada nas amostragens e número total de
indivíduos das espécies.
Densidade das espécies
Dr (%) = x 100
Densidade total das espécies
d) Frequência absoluta: Corresponde ao número de vezes em que
uma espécie é encontrada na área de amostragem e é obtida.
Ne
Fa = , Onde:
Nt
Fa = Frequência absoluta;
Ne = Ocorrência da espécie;
Nt = Número total de espécies.

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e) Frequência relativa: É determinada dividindo-se a frequência de
uma espécie pela frequência de todas as espécies encontrada nas
amostragens.
Frequência da espécie
Fr(%) = x 100
Frequência total das espécies
f) Rendimento médio (t/ha): É obtido pelo somatório das pesagens
da massa (grãos, raízes, tubérculos, folhas, etc) após a colheita,
multiplicando-se pela densidade de plantas correspondentes a
1ha.
Massa da colheita (kg) x 10 000 m2
Rendimento (t/ha) =
área útil ( m2 ) x 1000 (kg)
Exemplos
O Senhor Massache é produtor de Milho no Distrito de Caia desde
2022. Na primeira época, produziu 4800 Kg numa área de 2.5ha e
na segunda época, 10.5 toneladas em 50000m2.
a) Calcule o rendimento (t/ha) em cada época de produção.
b) Determine o rendimento (t/ha) médio anual.
1.a) Dados
Resolução
Primeira época
Massa (kg) x 10 000 m2
Pg=4800 Kg R(𝑡⁄ha) =
área útil ( m2 ) x 1000 (kg)
A=2.5ha=25000m2
R(t/ha) =? 4800Kg x 10 000 m2
R(t⁄ha) =
25000m2 x 1000 (Kg)

48 000 000
R(t⁄ha) = 𝟏. 𝟗𝟐 𝒕/𝒉𝒂
25 000 000

Segunda época Resolução


Massa (kg) x 10 000 m2
Pg=10.5t =10500Kg R(t⁄ha) =
área útil ( m2 ) x 1000 (kg)
A =50000m2
R(t/ha) =? 10500Kg x 10 000 m2
R(t⁄ha) =
50000m2 x 1000 (Kg)
105 000 000
R(t⁄ha) = 𝟐. 𝟏 𝒕/𝒉𝒂
50 000 000
1.b) Dados
R1 (1ª época) =1.92 t/ha R2 (2ª época) = 2.1 t/h R(anual)=?
Resolução
R1 + R1 1.92 + 2.1 4.02
Ra = = = = 𝟐. 𝟎𝟏 𝒕/𝒉𝒂
2 2 2

19
2. A Tabela abaixo apresenta os dados de levantamento de
infetantes presentes no campo de Nhambalo em 5 pontos de
amostragem.
Pontos de amostragem
Nome de infestante
A B C D E
Rottboellia exaltata L 1 1 1 1 1
Imperata cylindrica L. 0 8 0 5 7
Cyperus esculentus L. 4 6 5 0 3
Sorghum bicolor L. 6 0 0 8 0
Amaranthus deflexus L. 7 3 0 5 6
Digitaria horizontalis L. 0 0 32 0 0
a) Organize os dados na tabela de frequência
b) Determine a densidade relativa, frequências absoluta e relativa de
cada espécie
c) Apresente os dados de frequências relativas num gráfico
d) Interprete os dados do gráfico

2.a e b) Resolução
Nome de infestante Da Dr Fa Fr
Rottboellia exaltata L 5 4.0% 4 22.2%
Imperata cylindrica L. 22 19.5% 3 16.7%
Cyperus esculentus L. 18 16.9% 4 22.2%
Sorghum bicolor L. 14 12.5% 2 11.1%
Amaranthus deflexus L. 21 18.7% 4 22.2%
Digitaria horizontalis L. 32 18.4% 1 5.6%
Total 112 100 18 100

2.c) Resolução
Dr(%) Fr (%) 28,400
30
22,20 22,2 22,2
25 19,500 16,70 18,700
20
16,900
12,500 11,1
15
10 4 5,6
5
0
Rottboellia Imperata Cyperus Sorghum Amaranthus Digitaria
exaltata L cylindrica L. esculentus L. bicolor L. deflexus L. horizontalis L.

2.d) Interpretação
De acordo com os dados do gráfico acima, verifica-se que a espécie
Digitaria ocorre com a menor frequência, mas em densidades muito
elevada em relação às demais espécies. O contrário, verifica-se na
espécie Rottoboellia, que ocorre com alta frequência e em densidades
muito maior. As espécies de Imperata, Cyperus e Amaranthus ocorrem
com altas frequências e densidades, devendo-se assim, priorizar-se
estas espécies para questões de controlo neste campo.

20
2.3. APRESENTAÇÃO DA INFORMAÇÃO
2.3.1. Relatórios
Um relatório é um conjunto de informações organizadas numa
sequência lógica sobre um ou mais situações ou problemas, os quais
podem exigir uma decisão, ou seja, é uma declaração formal dos
resultados de uma investigação ou de qualquer assunto sobre o qual
seja exigida uma informação precisa, feita por qualquer pessoa ou
organização que recebe instruções ou a quem é exigido que o faça. O
relatório é habitualmente elaborado a partir de um nível hierárquico
inferior para o nível superior e visa fornecer os elementos para uma
tomada de decisão correcta.
O relatório deve conter a seguinte estrutura:
Trabalho prático ou Relatório
✓ Capa;
✓ Página de rosto (contracapa);
✓ Declaração;
✓ Dedicatória (facultativo);
Elementos ✓ Agradecimentos (facultativo);
pré-textuais ✓ Resumo;
✓ Lista de tabelas;
✓ Lista de figuras e gráficos;
✓ Lista de símbolos e abreviaturas;
✓ Lista de mapas;
✓ Índice;
✓ Introdução
✓ Fundamentação Teórica
✓ Descrição das Actividades/Discussão dos
Elementos Resultados;
textuais ✓ Conclusão;
✓ Recomendação/ Sugestão
✓ Referências bibliográficas.
Elementos ✓ Apêndices;
pós-textuais ✓ Anexos.

Um relatório de boa qualidade deve ser breve e sintético, de modo a


permitir a tomada de decisão ou a acção após a sua leitura,
apresentando as seguintes características regais:
✓ É sucinto (conciso);
✓ Sempre que possível, quantifica os factos (mostrando números,
gráficos, tabelas, indicadores, ao invés de narrações);
✓ Selecciona a informação relevante (evita excessos de informação);

21
✓ Sempre que possível, apresenta alternativas na interpretação dos
factos e nas propostas.
Um relatório não deve “força” uma decisão, mas sim proporcionar os
elementos para facilitar a decisão. Quem decide não é o autor do
relatório, (ou não deveria ser...), mas sim quem vai receber o relatório.
Por isso mesmo, é necessário que forneçamos informação para que este
faça decisões correctas.
2.3.2. Ficha de Stock
A ficha de stock é um impresso usado para controlar os recursos
usados nas actividadesdos distintos programas de saúde levados a cabo
pelas empresas ou entidades empregadoras.
2.3.3. Ficha de Arquivo
A ficha de arquivo é um impresso que procura resumir ou sumarizar os
dados recebidos de um nível de subordinação de forma estruturada,
agregada, lógica e clara. Depois pode ser arquivado em lugar próprio
para efeitos de análise ou consulta.

22
EXERCÍCIOS DE CONSOLIDAÇÃO
1. O Senhor Chaúque é produtor da cultura de gergelim no Distrito de
Caia desde 2017. No primeiro ano, produziu 1900Kg numa área de 1.5ha;
em 2018, 650Kg em 0.5ha; em 2019, 2050Kg numa área de 1600m 2; em
2020, 1.5ton numa área de 2ha.
a) Calcule o rendimento (t/ha) de gergelim em cada ano de produção.
b) Determine o rendimento (t/ha) médio anual.
2. O Senhor Bau foi produtor da cultura de tomate no Distrito de Caia
durante 6 anos conforme os dados da Tabela abaixo.
Ano 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Quat. (Kg) 22012 19343 20123 14324 25112 24193
Área (ha) 14.5 12.7 15.25 9.5 17 16.25
a) Calcule o rendimento (t/ha) em cada ano de produção.
b) Determine o rendimento (t/ha) médio anual.
3. Os dados a seguir são adaptados do estudo realizado em 2018 no
campo de produção de Nhambalo e referem-se ao número de espécies
pragas da cultura de milho em cada ponto de amostragem:
Ponto-1: Lagarta do funil, gafanhoto elegante, lagarta do funil, lagarta rosca
Ponto-2: Lagarta do funil, gafanhoto elegante, gafanhoto elegante, lagarta rosca
Ponto-3: Lagarta do funil, gafanhoto elegante, lagarta do funil, Lagarta do funil
Ponto-4: Lagarta do funil, gafanhoto elegante, lagarta do funil, lagarta rosca
Ponto-5: Lagarta do funil, Lagarta do funil, lagarta do funil, lagarta rosca
Ponto-6: Lagarta do funil, lagarta rosca, lagarta do funil, lagarta rosca
a) Organize os dados na tabela de frequência
b) Determine a densidade relativa, frequências absoluta e relativa de cada
espécie
c) Apresente os dados de frequências relativas num gráfico
d) Interprete os dados do gráfico

4. Observe a tabela abaixo. Considerando que cada ponto de amostragem


corresponde a uma área de 9m2
Pontos de amostragem
Nome de infestante
A B C D E
Biden pilosa 0 3 0 0 0
Amendoim forrageiro 0 1 0 3 4
Pé de galinha 4 7 5 0 3
Sorgo 0 2 2 2 4
Amaranthus 0 1 0 0 4
Tiririca 5 4 7 2 8
a) Organize os dados na tabela de frequência
b) Determine a densidade relativa, frequências absoluta e relativa de cada
espécie
c) Apresente os dados de frequências relativas num gráfico
d) Interprete os dados do gráfico

23
3
RESULTADO DE APRENDIZAGEM
Usar e manter o equipamento
usado para recolher dados
Usar e manter o equipamento usado para recolher dados
Neste resultado de aprendizagem, os formandos terão oportunidade
de aprender sobre:
a) Equipamentos usados na recolha de dados
✓ Recolha de dados topográficos
✓ Recolha de dados edafológicos
✓ Recolha de dados climatológicos
✓ Recolha de dados sobre a produção agropecuária
b) Armazenamento de equipamento usado na recolha de dados

24
3.1. EQUIPAMENTOS USADOS NA RECOLHA DE DADOS
Os equipamentos usados para a recolha de dados podem ser agrupados
em quatro categorias principais a saber: Equipamentos usados para a
recolha de dados topográficos, dados edafológicos, dados climatológicos
e dados sobre a produção agropecuária.
3.1.1. Equipamentos de recolha de dados topográficos
Os equipamentos de Topografia são indispensáveis para os
levantamentos e locações. Dividem-se em instrumentos (equipamentos
usados nas medições) e acessórios (equipamentos que auxiliam na
medição).
Dos instrumentos topográficos, os principais são:
a) Fitas métricas: As fitas métricas são instrumentos muito utilizados
para mensurar diferenças de nível e principalmente distâncias
horizontais. Se utilizados de forma adequada proporcionam boas
respostas quanto à exatidão.
b) Teodolitos e goniômetros: Os
goniômetros são instrumentos destinados
apenas a medições de ângulos verticais e
horizontais, pois não possuem os fios
estadimétricos. Já os teodolitos, são
instrumentos destinados à medição de
ângulos verticais e horizontais (com
auxílio das balizas) e juntamente com o
auxílio das miras falantes, também fazem
a medição de distâncias horizontais. Figura-1: Teodolito
c) Estação Total: É um instrumento
electrônico utilizado na obtenção de
ângulos, distâncias e coordenadas usados
para representar graficamente uma área
do terreno. Esse instrumento pode ser
considerado como a evolução do teodolito.
Com uma estação total é possível realizar-
se levantamentos, locações, determinar
ângulos horizontais e verticais, distâncias
verticais e horizontais, localização e
posicionamento da área a ser trabalhada. Figura-2: Estação Total

25
d) Sistema de Posicionamento Global (GPS): São sistemas que
permitem a localização tridimensional de um objeto em qualquer
parte da superfície da Terra, através de aparelhos que receptam
ondas de rádio emitidas por seus respectivos satélites.
e) Nível de Luneta ou simplesmente níveis: São instrumentos que
servem para mensuração de distâncias verticais entre dois ou mais
pontos. Também podem ser utilizados para medir distâncias
horizontais com auxílio da mira falante, aplicando-se a Taqueometria
planimétrica.
Os principais acessórios topográficos são:
a) Miras-falantes: Também chamadas de miras estadimétricas ou
estádia, são réguas graduadas que servem para auxiliar as medições
de distâncias horizontais, através da Taqueometria, utilizando os fios
superior, médio e inferior e distâncias verticais com o uso do fio
médio.
b) Nível de cantoneira: É um pequeno acessório com um nível de
bolha que pode ser acoplado às balizas, miras falantes e bastões
objetivando a verticalização desses acessórios.
c) Tripés: São acessórios de madeira ou alumínio que servem para
apoiar os teodolitos, níveis de luneta e estações totais.
3.1.2. Equipamentos de recolha de dados edafológicos
Para colecta de dados edafológicos são comumente utilizados os
seguintes instrumentos:
a) pH metro: É o instrumento usado para medir o nível de acidez dos
solos ou uma solução.
b) Pá: Usado para extração de amostras de solo;
c) Sacos plásticos: Instrumentos usados para a embalagem e
conservação de amostras do solo;
d) Baldes: Usados para homogeneizar ou misturar as amostras do solo;
e) Cilindros: Usados para a recolha de amostras de solo não
perturbado
f) Cartas de Munsell: Usadas para avaliar a cor do solo.
g) Sonda: Usada para medir o nível de humidade do solo.
3.1.3. Equipamentos de recolha de dados climatológicos
Com a finalidade de alertar ao produtor sobre quando poderão ocorrer
fenômenos meteorológicos, faz-se o uso de certos aparelhos para a sua
medição tais como:

26
a) Termômetros: Servem para medir as temperaturas mínimas (no
período de manhã) máxima (no período de tarde).
b) Geotermômetros: Indicam as temperaturas do solo, nas
profundidades de 5 cm, 10 cm, 20 cm, 50 cm e 1 m, em graus
Celsius (°C). O elemento sensível dos termômetros é o mercúrio, e os
mesmos medem a temperatura momentânea.
c) Piranômetro e Actinógrafo: Medem a intensidade da radiação solar
(em kcal/cm2/min).
d) Heliógrafo: Mede o número de horas por dia de radiação solar
directa
e) Tanque evaporimétrico classe A: Mede a evaporação de água, em
milímetros (mm), numa superfície livre como um lago ou açude.
f) Anemômetro: É utilizado para medir a velocidade do vento a 2 ou
10 m da superfície do solo (km/h) ou (m/s).
g) Pluviógrafo: Registra a quantidade de precipitação pluvial (chuva),
em milímetros (mm).
h) Pluviômetro: Mede a quantidade de precipitação pluvial (chuva), em
milímetros (mm)
3.1.4. Equipamentos de recolha de dados sobre a produção
agropecuária
Os equipamentos de recolha de dados sobre a produção agropecuária
são de múltiplo uso, pois, para além de serem usados na recolha de
dados sobre a produção agropecuária, também podem ser usados
durante a recolha de dados topográficos, edafológicos, assim como de
dados climatológicos. No geral são:
✓ Canetas ou lápis;
✓ Papeis e/ou formulários e fichas de anotações;
✓ Gravadores de voz;
✓ Máquina calcular;
✓ Réguas;
✓ Fita métrica;
✓ Enxadas e ou catanas e facas;
✓ Paquímetros (manual ou digital).
3.2. ARMAZENAMENTO DOS EQUIPAMENTOS
Para manter o bom estado e a longevidade dos instrumentos usados
para a recolha de dados, deve-se garantir uma boa limpeza antes e
depois de utiliza-los, e guarda-los num lugar seguro, sem a exposição
de radiação solar, humidade ou qualquer tipo de precipitação.

27
EXERCÍCIOS DE CONSOLIDAÇÃO
1. Explique a importância de recolha de dados numa unidade de
produção agropecuária.
2. Dê um exemplo do tipo de dados que é importante recolher ao
nível:
a) Do Mercado grossista;
b) Da Família produtora;
c) Do Mercado retalhista;
d) Do consumidor;
e) Da UPA.
3. Dê exemplo de métodos que podem ser usados para recolher
dados sobre:
h) Ataque de lagarta de funil;
i) Número de espécies animais numa UPA;
j) Peso médio de cabeça de repolho;
k) Altura média das plantas;
l) Situação de renda de famílias produtoras;
m) Colheita de amostras pata determinação da classe textural do
solo; e
n) Recolha de amostras perturbadas de solo;
4. Os dados devem ser recolhidos, registrados, armazenados e
processados com precisão.
a) Explique porquê?
5. Liste os possíveis instrumentos e/ou equipamentos de recolha
de dados ao se aplicar o método de:
a) Observação;
b) Entrevista;
c) Medição;
d) Contagem;
e) Interpretação de estimativas;
f) Inspecção;
g) Recolha de amostras.

28
RESULTADO DE APRENDIZAGEM

4
Aplicar medidas de protecção e
segurança apropriados ao método de
recolha de dados e equipamento
Aplicar medidas de protecção e segurança apropriados ao método de recolha de dados e equipamento
Neste resultado de aprendizagem, os formandos terão oportunidade
de aprender sobre:
a) Higiene e segurança no trabalho
✓ Introdução
✓ Os riscos profissionais
✓ Acidentes no trabalho
✓ Doenças profissionais
b) Prevenção de riscos profissionais
✓ Prevenção de riscos com agentes biológicos
✓ Trabalho com agroquímicos
✓ Exposição às temperaturas extremas
c) Equipamento de protecção
✓ Colectivos
✓ Individuais

29
4.1. MEDIDAS DE HIGIENE E SEGURANÇA NA RECOLHA DE DADOS
4.1.1. Introdução
Higiene e segurança no trabalho são duas actividades que garantem
condições de trabalho e capazes de manter um nível de saúde dos
colaboradores e/ou trabalhadores de uma empresa.
A higiene no trabalho propõe combater, do ponto de vista não médico,
as doenças profissionais, identificando os factores que podem afectar o
ambiente de trabalho e o trabalhador, visando eliminar os riscos
profissionais. Os riscos profissionais são condições inseguras de
trabalho que podem afectar a saúde, segurança e o bem-estar do
trabalhador.
A segurança no trabalho propõe combater, também do ponto de vista
não médico, os acidentes no trabalho, quer eliminando os riscos, quer
educando os trabalhadores a utilizarem medidas preventivas.
Os acidentes, em geral, são o resultado de uma combinação de factores,
entre os quais se destacam as falhas humanas e materiais. Muitas
vezes as falhas humanas e materiais ocorrem porque os trabalhadores
encontram-se mal preparados para enfrentar os riscos.
Acidente no trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço
singular ou da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação
funcional, que cause a morte, perda ou redução da capacidade para o
trabalho, permanente ou temporário:
✓ Lesão corporal: É qualquer dano produzido no corpo humano,
seja ele leve (por exemplo um corte no dedo) ou grave (por
exemplo perda de um membro)
✓ Perturbação funcional: É o prejuízo do funcionamento de
qualquer órgão de sentido. por exemplo: perda de visão provocada
por uma pancada na cabeça.
4.1.2. Doença profissional e do trabalho
São também considerados acidentes no trabalho, quando delas decorrer
a incapacidade para o trabalho. As doenças profissionais são aquelas
adquiridas na sequência do exercício do trabalho em sí. Por sua vez as
doenças do trabalho são aquelas decorrentes das condições especiais
em que o trabalho é realizado.
Um acidente de trabalho pode ser:
a) Sem afastamento: Quando leva o trabalhador a ausentar-se do
trabalho por algumas horas. Por exemplo, quando o acidente resulta
num pequeno corte no dedo, o trabalhador retorna o seu trabalho
em seguida;

30
b) Com afastamento: Quando o trabalhador não retornar às suas
actividades imediatamente ou até o dia seguinte, resultando na
incapacidade temporária, parcial e permanente, ou total e
permanente para o trabalho. Por exemplo, corte do dedo.
✓ Incapacidade temporária: É a perda da capacidade para o
trabalho por um período limitado, após o qual, o trabalhador
retorna às suas actividades normais.
✓ Incapacidade parcial e permanente: É a diminuição (por toda a
vida) da capacidade física total para o trabalho. Por exemplo,
perda de uma perna ou de uma vista.
✓ Incapacidade total e permanente: É a invalidez incurável para o
trabalho, neste caso, o trabalhador não reúne condições para
continuar a exercer às suas actividades. Por exemplo, Perda das
duas vistas e, nos casos extremos, o acidente resulta na morte do
trabalhador.
4.2. PREVENÇÃO DE RISCOS PROFISSIONAIS
Durante a recolha de dados numa UPA, o colector ou o pesquisador
pode correr vários riscos que possam colocar em causa a sua saúde e o
bem-estar. A maior parte dos riscos profissionais relacionados com
recolha de dados, advém do trabalho com agentes biológicos,
agroquímicos e exposição às temperaturas extremas.
4.2.1. Trabalho com agentes biológicos
A recolha de dados no sector de pecuária, por força de contacto com os
animais, o pesquisador fica exposto aos agentes biológicos com riscos
para a sua saúde.
Os agentes biológicos definem-se como sendo os microrganismos
(bactérias, fungos e vírus), parasitas, material biológico (penas, pelos,
excreções, etc.) susceptíveis de provocar infecções, alergias, intoxicações
ou de qualquer modo, provocar alterações na saúde humana.
Os microrganismos podem entrar no corpo humano através de feridas
na pele, das membranas ou mucosas, ou podem ser inaladas ou
ingeridas. Na recolha de dados que obriga o contacto com os animais
(observação, medição, contagem, recolha de amostras), implica também
o risco de cortes, mordeduras e picadas.
Os animais são uma fonte de transmissão de agentes biológicos para o
homem, sendo que as doenças dos animais transmissíveis ao homem
designadas de zoonoses.

31
a) Medidas de prevenção de riscos com agentes biológicos
✓ Controlar a saúde dos animais, através de um médico veterinário,
aplicando a vacinação existente;
✓ Não fazer ressuscitação boca-a-boca em animais;
✓ Proteger as feridas antes de iniciar qualquer trabalho com animais,
seus excrementos ou fluídos;
✓ Lavar bem as mãos antes de comer, beber e fumar depois do
contacto com os amimais, seus excrementos ou fluídos;
✓ Se suspeitar que está doente por ter contraído uma zoonose,
consulte imediatamente um médico, na unidade sanitária mais
próxima.
4.2.2. Trabalho com agroquímicos
A recolha de dados no sector de Agropecuária, por força de contacto
com os agroquímicos (pesticidas e fertilizantes), o pesquisador fica
exposto às intoxicações com riscos para a sua saúde.
As intoxicações por agentes químicos, podem ser absorvidos pelo
organismo humano por quatro formas:
✓ Via respiratória (por inalação): Essa é a principal porta de
entrada dos agentes químicos, pois, ao respirar continuadamente,
tudo o que está no ar vai directo aos pulmões, causando sérios
problemas respiratórios;
✓ Via digestiva (por ingestão): Se o trabalhador comer ou beber
algo com as mãos sujas ou que ficaram muito tempo expostas a
produtos químicos, parte das substâncias químicas será ingerida
junto com o alimento, atingindo o estômago, provocando
intoxicações, envenenamento e doenças crónicas como o cancro e
doenças do sistema nervoso;
✓ Via dérmica (por meio da pele): Essa via de penetração é a mais
difícil, mas, se o trabalhador estiver desprotegido e tiver contacto
com substâncias químicas, havendo deposição no corpo, serão
absorvidas, provocando irritações (alergias) e cancros na pele;
✓ Via ocular (por meio dos olhos): Alguns produtos químicos que
permanecem no ar causam irritação nos olhos e conjuntivite, o
que mostra que a penetração dos agentes químicos pode se dar
também pela vista.

32
a) Padrões de higiene a observar durante a recolha de dados
✓ Evitar colher os dados com equipamentos sujos;
✓ Não colher dados nos lugares usados para a mistura de químicos;
✓ Não colher dados depois de adubação ou pulverização;
✓ Ao recolher dados relacionados com os produtos químicos, não
coma, não beba e nem fume;
Todos os locais ou áreas usadas para a mistura ou aplicação dos
químicos devem situar-se a 50m dos cursos de água e, para a
identificação destas áreas, deve-se montar placas ou sinais como o
propósito específico como:
✓ Perigo;
✓ Entrada proibida;
✓ Não fumar, beber e comer.
ATENÇÃO!
É importante tomar cuidado com os diferentes agroquímicos e antes de os
utilizar, leia sempre os rótulos das embalagens e informe-se sobre os
efeitos que podem provocar no organismo humano.
4.2.3. Exposição às temperaturas extremas
Os maiores riscos para a saúde dos pesquisadores ou colectores de
dados agropecuário (obrigados a trabalhar ao ar livre), vem da exposição
ao frio, calor, humidade e ao sol. Estes factores são condicionados pelo
clima, o qual assume diversos aspectos consoante a região, altitude,
estação do ano, etc.
a) Principais riscos pela exposição solar e a temperaturas elevadas
✓ Cancro na pele;
✓ Queimaduras;
✓ Lesões oculares;
✓ Fadiga física;
✓ Desatenção ou sonolência;
✓ Problemas cardiovasculares, etc.
Medidas de prevenção
✓ Proteger a cabeça com chapéu de aba larga;
✓ Usar roupas de algodão com mangas;
✓ Beber água em quantidade ao longo do dia;
✓ Evitar trabalhar exposto ao sol nas horas mais intensas do dia;
✓ Prever pausas no trabalho em espaços sombreados.

33
b) Principais riscos pela exposição a temperaturas baixas
✓ Afecções dos ossos e articulações;
✓ Frieiras;
✓ Feridas.
Medidas de prevenção
✓ Usar roupas quentes (Gorros, luvas e calças impermeáveis);
✓ Não consumir bebidas alcoólicas;
✓ Evitar a imobilidade e o exercício de cansaço.

4.3. EQUIPAMENTO DE PROTECÇÃO


O equipamento de protecção é todo e qualquer complemento ou
acessório destinado a ser utilizado pelo trabalhador/agricultor no
sentido de o proteger contra possíveis riscos que coloquem em causa a
sua segurança e saúde no desempenho das suas tarefas agrícolas.
Os equipamentos de protecção podem ser:
4.3.1. Equipamentos de protecção Colectiva (EPCs)
Aqueles que visam prevenir os riscos profissionais no âmbito colectivo,
isso é, que beneficiama todos os trabalhadores, indistintamente.
As medidas de protecção colectiva, através dos seus equipamentos de
protecção, devem ter prioridade, conforme determina a legislação, uma
vez que beneficiam todos os trabalhadores.
Os equipamentos de protecção colectiva são constituídos de diversos
tipos de sinalizações, por forma proibir comportamentos perigosos e
obrigar o uso de equipamentos ou procedimentos que contribuam para
a segurança em geral.
Mas, muito importante é a sinalização de segurança que irá garantir a
salvaguarda da vida humana, na correcta identificação dos caminhos de
evacuação e saídas de emergência. para que tal aconteça em todas as
situações, mesmo quando não existe luz, o sistema de sinalização de
segurança tem obrigatoriamente de ser executado com sinais
fotoluminescentes.
O sistema de sinalização deverá ser constituído por vários tipos de
sinais, variando estes na forma, na cor, na composição e nas dimensões
em função das noções a exprimir, dos acontecimentos ou riscos que
pretendam assinalar, bem como os locais de fixação e distâncias de
observação a que serão visualizados.

34
Figura-3: Sinalizações de proteção colectiva
Quando não for possível adoptar medidas de segurança de ordem
colectiva, para garantir a protecção contra os riscos de acidentes e
doenças profissionais, devem se utilizar os equipamentos de protecção
individual.
4.3.2. Equipamentos de protecção Individual (EPIs)
São todos aqueles de uso pessoal destinados a proteger a integridade
física e a saúde do trabalhador.
Os EPIs não evitam os acidentes, como acontece de forma eficaz com a
proteção colectiva, apenas diminuem ou evitam lesões que podem
decorrer de acidentes. Os Equipamentos de Protecção Individual são a
última defesa contra os riscos e são obrigatórios.

Figura-4: Equipamentos de proteção individual

35
Os Equipamentos de Protecção Individual são escolhidos de acordo com
os riscos e com a parte do corpo que visam proteger, conforme a tabela
seguinte:

Tipo de EPI Visa proteger


Capacete Cabeça
Óculos Vistas ou olhos
Viseira Face ou Rosto
Protectores auriculares Ouvidos
Facto integral, avental, calças anti-corte O Corpo
Luvas Mãos
Mangas Membros superiores
Botas ou sapatos Membros inferiores
Máscaras Boca e o nariz

Os EPIs devem ser:


✓ Pessoais e intransmissíveis;
✓ Utilizados só quando os riscos existentes não podem ser evitados;
✓ Perfeitamente adaptados ao trabalhador, não causando incómodo e
sem implicar por si próprios um aumento de risco.
ATENÇÃO!
Melhor é adaptar o trabalho ao Homem e não o Homem ao trabalho.

36
EXERCÍCIOS DE CONSOLIDAÇÃO
1. HST são duas actividades que garantem condições de trabalho e
capazes de manter um nível de saúde dos trabalhadores.
a) Explique os propósitos de segurança no trabalho e higiene no
trabalho.
b) O que entendes por riscos profissionais?
2. Um acidente pode ser com ou sem afastamento
a) Argumente a afirmação dando exemplos.
b) Mencione os principais factores que resultam no acidente.
c) Explique as diferenças entre a Incapacidade temporária,
Incapacidade parcial e permanente e Incapacidade total e
permanente.
3. Acidente no trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a
serviço singular ou da empresa, provocando lesão corporal ou
perturbação funcional.
a) Diferencie lesão corporal da perturbação funcional e dê exemplos
cada.
4. Doença profissional e do trabalho são também considerados
acidentes no trabalho, quando delas decorrer a incapacidade
para o trabalho.
a) Diferencie a doença profissional da doença do trabalho.
5. Os agentes biológicos definem-se como sendo os
microrganismos, parasitas e material biológico capazes de
provocar alterações na saúde humana.
a) Explique como é que os microrganismos podem entrar no corpo
humano?
b) Qual é o nome dado às doenças transmissíveis ao ser humano?
c) Mencione os principais riscos na recolha de dados nos agentes
biológicos.
d) Mencione as principais medidas de prevenção de riscos na
recolha de dados nos agentes biológicos.
6. As intoxicações por agentes químicos, podem ser absorvidos
pelo organismo humano por quatro formas:
a) Mencione e descreva-as.
b) Quais são os Padrões de higiene a observar durante a recolha de
dados relacionados com os químicos?
c) Que tipo de designações pode se usar para a identificação dos
locais ou áreas usadas para a mistura ou aplicação dos químicos?

37
7. Os maiores riscos para a saúde dos pesquisadores ou colectores
de dados em ambientes abertos, vem da exposição a
temperaturas extremas.
a) Mencione os principais riscos na recolha de dados em ambientes
com alta e baixas temperaturas.
b) Mencione as principais medidas de prevenção de riscos na
recolha de dados em ambientes com alta e baixas temperaturas.
8. O equipamento de protecção é todo o equipamento utilizado
pelo trabalhador no sentido de o proteger contra possíveis riscos
que coloquem em causa a sua segurança e saúde.
a) Em quantas partes se dividem os equipamentos de protecção e
descreva-as?
b) Identifique os diferentes equipamentos de protecção usados para
a recolha de dados relacionados com os agroquímicos.
c) Quais são as precauções a ter em conta antes e depois de usar os
equipamentos de protecção?
d) O que diz o regulamento de segurança e conduta do pessoal que
trabalha com os Agroquímicos?
9. Suponha que um camponês vai aplicar pesticida no seu campo
de algodão
a) Que cuidados de segurança e higiene deve observar

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BIBLIOGRÁFIA CONSULTADA
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