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Escola de Minas
Departamento de Engenharia de Produção,
Administração e Economia – DEPRO
Campus Morro do Cruzeiro
Ouro Preto – Minas Gerais - Brasil
Ouro Preto
Dezembro de 2003
Iana Araújo Rodrigues
Ouro Preto
Dezembro de 2003
As pessoas sem imaginação podem ter tido as mais imprevistas aventuras, podem ter
visitado as terras mais estranhas... Nada lhes ficou. Nada lhes sobrou. Uma vida não basta
apenas ser vivida: também precisa ser sonhada.
Mário Quintana
Meus sinceros agradecimentos:
• Aos meus pa is, pela confiança e dedicação. Aos meus irmãos, Dani e Flá, pelo apoio
constante. Vocês souberam respeitar minhas decisões e sempre foram meus suportes na
busca das realizações dos meus sonhos. Amo vocês! Vocês fazem parte dessa conquista!
• Ao Nando, pelo amor e porque soube compreender meus momentos de ausência. A seus
familiares agradeço pelo incentivo.
• À minha família, principalmente, Vô Dico, Tia Regina, Tia Jane, Tia Alfa que sempre
estiveram presentes, torcendo pelo meu sucesso.
• À família TAN TAN, pela convivência, apoio e amizades que perpetuarão por toda
minha vida.
• À UFOP e respectivos mestres, por terem contribuído para o sucesso deste trabalho.
• A todos os amigos, que eu não saberia dizer os nomes, sob pena de cometer injustiças,
pela ajuda, companheirismo e incentivo ao longo deste trabalho.
Muito Obrigada!
RESUMO
Finalmente, com base em uma revisão bibliográfica sobre o assunto, foi, então,
realizada uma comparação da teoria com a realidade da empresa em questão.
This work has the objective of present a study about the work of Planning and
Control of the Production done in a autoparts industry in the metropolitan area of Belo
Horizonte. This study case had the interest in present an analyze of the procedure used by
this area in the research company. For the collection of the necessary data it had been made
a qualitative research, using resources of the scientific methodology like interview and
questionnaire. These resources were applied to the responsible person of the department.
Additionally, a study had been made about the annual performance of the autoparts
sector for a better factory situation boarding.
Finally, with base in a bibliographical revision on the subject, it was, then,
accomplished a comparison of the theory with the reality of the company in subject.
Keywords : Planning and Control of the Production, Autoparts Industry
i
SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS
RESUMO
ABSTRACT
LISTA DE SIGLAS................................................................................................... iii
LISTA DE FIGURAS............................................................................................... iv
LISTA DE TABELAS............................................................................................... v
GLOSSÁRIO............................................................................................................. vi
1- INTRODUÇÃO................................................................................................... 1
1.1- ORIGEM DO TRABALHO ........................................................................... 1
1.2- IMPORTÂNCIA DO TRABALHO....................................................................... 2
1.3- OBJETIVOS............................................................................................................ 2
1.3.1- OBJETIVO GERAL..................................................................................... 2
1.3.2- OBJETIVOS ESPECÍFICOS...................................................................... 3
1.4- LIMITAÇÕES DO TRABALHO............................................................................ 3
1.5- ESTRUTURA DO TRABALHO............................................................................ 4
2- PLANEJAMENTO E CONTROLE DE PRODUÇÃO: FUNÇÕES E 5
RESPONSABILIDADES..........................................................................................
2.1- FUNÇÃO PRODUÇÃO.......................................................................................... 5
2.2- SISTEMAS DE PRODUÇÃO................................................................................ 5
2.3- ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO.................................................................. 6
2.4- PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO........................................ 7
2.4.1- PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DA PRODUÇÃO – FUNÇÕES DE 9
LONGO PRAZO.............................................................................................................
2.4.2- PLANEJAMENTO-MESTRE DA PRODUÇÃO – FUNÇÕES DE MÉDIO 13
PRAZO....................................................................................................................
2.4.3- PROGRAMAÇÃO DA PRODUÇÃO – FUNÇÕES DE CURTO 14
PRAZO...................................................................................................................................
2.4.4- ACOMPANHAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO..................... 21
2.4.5-ÁREAS DE INTERFACE.............................................................................. 22
2.4.6- TÉCNICAS/FILOSOFIAS E FERRAMENTAS AUXILIARES............. 23
3- O SETOR DE AUTOPEÇAS............................................................................... 26
4- METODOLOGIA PROPOSTA......................................................................... 29
5- PLANEJAMENTO E CONTROLE DE PRODUÇÃO: O CASO DA 31
ii
EMPRESA X..................................................................................................................
6- CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES........................................................... 37
6.1- SUGESTÕES DE PROSSEGUIMENTO DO TRABALHO.................... 39
7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................ 40
iii
LISTA DE SIGLAS
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
GLOSSÁRIO
Kaizen – Uma combinação de duas palavras japonesas: "Kai" (mudar) e "Zen" (bem).
Geralmente definida como significando "melhoria contínua”.
Lead Time - tempo que decorre entre a liberação de uma ordem (de compra ou
produção) e o momento a partir do qual o material referente à ordem está pronto e
disponível para uso.
Poka Yoke - Palavra japonesa que significa, "a prova de erros"; um dispositivo que
previne que erros humanos afetem uma máquina ou um processo; impede que os erros
de um operador se convertam em defeitos.
1
1. INTRODUÇÃO
1.3- OBJETIVOS
a) Administração de estoques
nas revisões é grande. Outra maneira de se definir essa data é através de revisões
periódicas onde a reposição é feita em intervalos fixos de tempo. TUBINO (1997)
destaca uma terceira forma que é baseada na lógica do MRP, ou do cálculo das
necessidades de materiais dentro do MRP II. Mais detalhes sobre essa ferramenta serão
dados mais adiante.
O controle desse sistema pode ser feito com o uso da classificação ABC ou curva
de Pareto. Esse é um método de diferenciação dos estoques segundo sua abrangência em
relação a determinado fator, consistindo em dar prioridade a alguns itens do estoque.
TUBINO (1997) menciona que a classificação ABC mais utilizada é a obtida pela
demanda valorizada (quantidade de demanda vezes o custo unitário do item). Diferentes
classificações podem ser feitas de acordo com o parâmetro que se queira avaliar. Um
exemplo dessa classificação pode ser vista na Fig.2.3 abaixo.
(1997) diz que não existem regras que sejam eficientes em todas situações. A tabela
abaixo apresenta algumas das principais regras.
Existem outras regras bastante usadas, tais como: Regra de Johnson e Teoria das
restrições ou OPT (Optimized production technology). O recurso da Pesquisa
Operacional, também utilizado, é viável matematicamente, porém na prática fica difícil
a conciliação da variação dos dados de produção com a dinâmica de atualização dos
parâmetros dos algoritmos.
As ordens contêm a especificação do item, o tamanho do lote, a data de início e
fim das atividades. Uma vez formalizada a documentação e encaminhada aos seus
executores, essas ordens entram no nível operacional do processo produtivo. As ordens
de compra são enviadas para o departamento de compras e as de fabricação e montagem
antes de serem liberadas necessitam ser verificadas quanto à disponibilidade de recursos
humanos, máquinas e materiais. TUBINO (1997), afirma ser conveniente essa
verificação, evitando que ordens sejam emitidas e, por falta de recursos, não sejam
atendidas. Toda a análise é feita com base nos registros de estoque e uso de ferramentas.
Ao serem liberadas as ordens, passa-se para a execução do programa, iniciando as
atividades de acompanhamento e controle da produção.
21
Intervenção Monitorar
Planos
Compara/
replanejar
Planejamento estratégico
da produção
Plano de Produção
Avaliação de desempenho
Departamento de
Marketing
Previsão de vendas Planejamento
Programação da produção
• Administração dos estoques
• Seqüenciamento
• Emissão e liberação de ordens
Fabricação e
Fornecedores Estoques
montagem
Clientes
Figura 2.5: Visão geral das atividades de P CP
Fonte: TUBINO (1997), pág. 185
• Sistema MRP
O sistema MRP é composto pelo MRP I (Material Requirements
Planning ou Planejamento das Necessidades de Materiais) e MRP II (Manufacturing
Resource Planning ou Planejamento dos Recursos de Manufatura). O MRP I surgiu
com o propósito de auxiliar as empresas no cálculo da quantidade e o momento de
requisição dos materiais de determinado produto (SLACK et al., 1996). O MRP II pode
ser visto como uma ampliação do MRP I, pois exerce a função desse, porém com a
extensão de outras áreas como financeira e de engenharia, fornecendo dados de custo e
capacidade.
Segundo CORRÊA et al. (2001), o conceito de cálculo de necessidades de materiais
do MRP I baseia-se na idéia de que, conhecidos os componentes de determinado
produto e os tempos de obtenção de cada um deles, pode-se, com base na previsão da
24
demanda desse, calcular os momentos e as quantidades que devem ser obtidos de cada
um dos componentes, para que não ocorra falta nem sobra de nenhum deles no
suprimento das necessidades dadas pela produção do referido produto.
O MRP II é a evolução do MRP, incorporando planejamento da capacidade,
controle ao nível de fábrica, além dos suprimentos. É um sistema adequado a situações
em que se está sujeito a muitas mudanças, estruturas de produto complexas e demandas
estáveis.
• Sistema kanban
O sistema kanban é um sistema de controle do fluxo de informações e produção de
processos repetitivos em lotes. É usado num contexto mais amplo da filosofia Just in
time e caracteriza-se por “puxar” os lotes no processo produtivo. Ele funciona baseado
no uso de cartões kanban e painéis porta-kanbans que sinalizam a necessidade de
fabricação ou movimentação dos itens pela fábrica. Segundo TUBINO (1997), esses
cartões podem ser divididos em dois grupos: cartões kanban de produção, que
autorizam a fabricação ou montagem de determinado lote de itens, e cartões kanban de
requisição ou montagem, que autorizam a movimentação de determinado lote de item
entre os centros consumidores e fornecedores. Esses últimos podem, ainda, serem
classificados em cartões kanban de requisição interna ou externa `a empresa ou de
fornecedores. Os painéis porta-kanban sinalizam quais os itens consumidos e estabelece
prioridades de reposição desses.
TUBINO (1997) ressalta que o sistema kanban atua de forma simples e direta nas
atividades de curto prazo do PCP, quais sejam: programação e acompanhamento e
controle da produção. As funções da administração de estoques são realizadas na
medida em que se define quanto produzir, quando produzir e que segurança empregar.
O seqüenciamento do programa de produção segue as prioridades dos painéis porta-
kanban onde as variações da demanda são percebidas rapidamente. Os cartões kanban
são ordens de produção, pois possuem informações mínimas que permitem a produção
ou movimentação dos itens na fábrica. O próprio funcionamento do sistema kanban
executa a emissão e liberação das ordens. Além disso, ele permite o acompanhamento e
controle da produção, garantindo que não serão formados estoques desnecessários ao
programa de produção bem como informa a quantidade de trabalho necessário para
atendê- lo.
• Filosofia JIT/TQC
25
De acordo com SLACK et al. (2002) o just in time é “[...] uma abordagem de
operações que tenta atender a demanda instantaneamente, com qualidade perfeita e
nenhum desperdício”. Difere das práticas tradicionais na medida que enfatiza a
eliminação do desperdício e lead time rápido, que contribuem para estoques baixos, ou
seja, diminuição de custos.
Segundo PALADINI (1995), o JIT visa, fundamentalmente, direcionar o processo
produtivo para o atendimento à demanda que, também, é uma meta corriqueira no
âmbito da TQC. Além disso, a relação com a gestão da qualidade no processo é
evidente no just in time, até porque, em última análise, trata-se de uma metodologia que
envolve intensa racionalização das operações de produção. Considera também, que tudo
aquilo que não agrega valor ao produto deve ser eliminado, trabalhando-se apenas com
o que estiver direcionado para o atendimento da demanda, caracterizando-se, assim, a
relação entre o JIT e TQC. Então, o JIT é uma filosofia voltada para a otimização da
produção, enquanto o TQC é voltada para a identificação, análise e solução de
problemas.
Portanto, apesar de alguns autores apresentarem separadamente seus conceitos, é
conveniente tratá-los de forma conjunta, pois possuem uma interface muito grande
(TUBINO, 1997). A tabela a seguir mostra os principais conceitos e técnicas da
filosofia JIT/TQC.
Tabela 2.2: Conceitos e técnicas da filosofia JIT/TQC
Filosofia JIT/TQC
• Satisfazer as necessidades dos clientes
• Eliminar desperdícios
• Melhorar continuamente
• Envolver totalmente as pessoas
• Organização e visibilidade
JIT TQC
Produção focalizada Produção orientada pelo cliente
Produção puxada Lucro pelo domínio da qualidade
Nivelamento da produção Priorização das ações
Redução de lead times Ação com base em fatos
Fabricação de pequenos lotes Controle do processo
Redução de setups Responsabilidade na fonte
Manutenção preventiva Controle a montante
Polivalência Operações à prova de falha
Integração interna e externa Padronização
Etc. Etc.
3. O SETOR DE AUTOPEÇAS
4. METODOLOGIA PROPOSTA
Posteriormente, foi feita uma pesquisa qualitativa que assim se caracteriza por ser
descritiva, sem o uso de métodos e técnicas estatísticas, tendo o ambiente natural como
fonte dos dados e o pesquisador como instrumento-chave. Além disso, do ponto de vista
dos procedimentos técnicos é considerada como estudo de caso, pois envolve o estudo
detalhado de um ou poucos objetos de maneira que se permita um conhecimento
profundo (GIL, 1991).
O estudo de caso foi realizado numa empresa do setor de autopeças na região
metropolitana de Belo Horizonte. O critério de escolha da amostra da empresa baseou-
se no interesse dessa em contribuir com o presente trabalho, com a divulgação das
informações que fossem requisitadas. Inicialmente, foi feita uma visita na fábrica para
um breve conhecimento. Para a coleta dos dados, foi aplicado um questionário (anexo
1) ao gerente responsável pelo Planejamento e Controle da Produção na empresa
pesquisada. Esse instrumento de coleta de dados foi retirado e adaptado de TAVARES
(2001). Também foi feita uma entrevista com a mesma pessoa pra maiores
esclarecimentos. A coleta de dados buscou informações referentes aos seguintes
aspectos:
• Dados gerais da empresa pesquisada: nome, ramo de atividade, localização, início de
funcionamento, número de funcionários, linha de produtos e clientes;
• Visão geral do Planejamento e Controle da Produção: responsável, funções, áreas de
relacionamento e tipo de layout;
30
embasados nos Planos Operacionais Padrões (POPs). O cálculo desse tempo foi feito a
partir de estudos de tempos e movimentos e por meio de cronoanálises das operações
necessárias para a confecção do produto final. Então, a partir da quantidade final
requisitada pela montadora, calcula-se, as respectivas quantidades de tempo de
fabricação, ou seja, as horas- máquina para cada produto. Posteriormente, calcula-se o
número de homens-hora necessários para cumprir tal plano, levando-se em consideração
o número total de operários disponíveis no chão-de-fábrica. Por exemplo: se a
montadora requisitar a fabricação de 200 produtos cujo tempo de fabricação é de 5
horas para cada produto acabado, logo, conclui-se que o tempo total necessário será de
1000 horas. Supondo-se que os operários trabalhem 10 horas diárias, serão necessários
100 homens para cumprir o plano em cada jornada de trabalho.
Com relação ao fluxo de informações entre montadora e empresa é feito
utilizando-se o sistema de Intercâmbio Eletrônico de Dados - Eletronic Data Exchange
(EDI) – da Empresa Brasileira de Telecomunicações - EMBRATEL, denominado de
SP400. Tal sistema mantém disponível durante as 24 horas de cada dia os bancos de
dados que pode ser consultado por ambas as partes (montadora e empresa), quando
necessário. Nesse banco de dados são depositadas/armazenadas todas as informações
referentes aos pedidos da montadora. Trata-se de um sistema de elevada confiabilidade
e segurança. Através dele, ambas as partes, usuárias do sistema, conseguem monitorar
os horários de entrega e recebimento das informações de modo que se elimina a
hipótese de extravios de dados/informações. Nesse sentido, pode-se afirmar que o
ambiente virtual é similar ao de um cartório de ofícios, que atesta a veracidade das
informações transacionadas.
De acordo com os dados coletados, a demanda da empresa não possui
sazonalidades, porém sofre alterações ao longo do tempo, o que leva à adoção de
políticas alternativas para o acompanhamento desta como: conceder férias em casos de
baixa demanda, ou ainda, horas extras ou subcontratação e estoques de produtos
acabados para compensarem os períodos de alta demanda.
No planejamento de médio prazo, tem-se a formulação do Plano-Mestre de
Produção, o qual formaliza as decisões tomadas quanto à necessidade de produtos
acabados para cada período. Esse plano trata os produtos acabados individualmente com
uma periodicidade semanal.
34
tamanhos dos lotes de reposição sejam definidos lote a lote, quantidade reposta é
sempre a quantidade líquida necessária do item e em períodos fixos. O tamanho do lote
é projetado para atender um determinado número de períodos à frente.
A empresa faz uso do cálculo do lote econômico de compra para alguns materiais e
os fatores que são levados em consideração são: o custo de manter e o custo de obter o
estoque. Também, é calculado o lote econômico de fabricação e os fatores que são
levados em consideração são: o custo de manter o estoque e o custo de preparação de
uma ordem de produção. Vale ressaltar que o último só é feito quando a necessidade
está abaixo do valor calculado do lote.
A decisão sobre a época de repor o item do estoque dos materiais para produção é
feita da seguinte maneira: com base na demanda dos produtos finais, é feito o cálculo
das necessidades de suas peças e matérias-primas, que são obtidos à medida que vão
sendo necessárias para uso no processo produtivo (uso da lógica MRP). Ainda, em
relação ao estoque, sabe-se que o giro médio dos estoques de matérias-primas é de 21
dias que é calculado através do giro de estoque por classe e origem dos materiais.
Adicionalmente às funções de curto prazo, tem-se a definição da seqüência em que
serão executadas as ordens de fabricação e montagem, o estabelecimento das datas de
início e término de cada ordem e a definição de quais recursos (máquinas, homens,
instalações, etc.) serão usados (seqüenciamento). Essa é feita pelo PCP, que define o
programa de produção em função de critérios técnicos com o uso da produção
empurrada. Tal função é auxiliada pelo software citado anteriormente, já que é um dos
módulos do sistema integrado de informatização. O seqüenciamento é apresentado com
o uso de um gráfico de Gantt e com o uso de relatórios indicando o que será feito em
cada período e qual o recurso utilizado.
A regra de seqüenciamento que estabelece a prioridade de execução das ordens é
estabelecida de acordo com a menor data de entrega. Em outras palavras, os lotes serão
processados de acordo com as menores datas de entrega (soma dos tempos de
processamento mais as horas de programação), ou seja, a ordem que possuir a menor
data de entrega será processada primeiro. Após esse estabelecimento, os dados do
pedido são lançados no sistema e, a partir de então, são calculadas as ordens e
seqüências de cada uma.
Ao estabelecer o seqüenciamento das ordens, o PCP da empresa busca,
principalmente, reduzir o tempo médio de processamento (lead time médio), reduzir o
36
atraso médio (média das diferenças entre a data de entrega desejada para a ordem e a
data que será obtida com o seqüenciamento) e, também, reduzir o estoque médio em
processo de fabricação.
As emissões das ordens de fabricação e montagem são feitas em papel. As ordens
de compra são transmitidas ao setor de compras em papel e através de mensagem na tela
do terminal de computador.
O PCP possui formulários informatizados e procedimentos para controle e
acompanhamento da produção, no sentido de verificar se o que foi programado está
sendo realmente executado. As informações de controle estão subordinados ao PCP e
são obtidas no tempo real da ocorrência (on-line). Os indicadores de controle da
empresa são: índice de produtividade, índice de refugo, índice de qualidade, índ ice de
down time (hora parada) e índice de cumprimento do programa.
Ao detectar desvios entre o planejado e o executado, o PCP, normalmente,
replaneja a produção e busca as causas dos mesmos. A identificação desses desvios e
respectivas ações corretivas são de responsabilidade tanto do PCP como do setor
diretamente envolvido. A diferença observada entre a produção real e a programada
decorrem, na maioria dos casos, de falhas de planejamento da produção e deficiência
dos setores produtivos. Entre as principais alternativas utilizadas para compensar o
desvio de produção estão as horas-extras e a redução dos níveis de estoque.
No controle e acompanhamento da produção são utilizados
métodos/técnicas/ferramentas da Gestão da Qualidade Total, quais sejam: Diagrama de
Ishikawa (causa e efeito), Gráfico de Pareto, Controle estatístico do processo (CEP) e
Ciclo PDCA.
De acordo com o entrevistado, os pontos fortes do PCP de sua empresa é que o
planejamento permite a produção apenas do que será solicitado pelo cliente embasado
no lote econômico de produção, possibilitando a maior eficiência possível da fábrica e o
atendimento aos pedidos do cliente com eficiência. Já entre os pontos fracos está a
necessidade de uma maior integração com a fábrica através de sistemas informatizados,
painéis luminosos, etc. Vale lembrar que foi adquirido o pacote computacional de
Planejamento e Controle da Produção, porém esse, ainda, não foi colocado em
funcionamento.
Uma questão importante que foi mencionada é a utilização do sistema kanban.
Esse foi implantado, porém devido ao não sucesso, foi desativado pela empresa.
37
6. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
.
40
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANEXOS
43
1. Razão Social:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
2. Nome Fantasia:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
3. Localização da empresa:
___________________________________________________________________
4. Atividade Principal
( ) Bebidas
( ) Borracha
( ) Couros, Peles e Produtos Similares
( ) Impressos e Publicação
( ) Madeira
( ) Material de transporte
( ) Material Elétrico e de Comunicação
( ) Mecânica
( ) Metalurgia
( ) Minerais Metálicos
( ) Minerais não Metálicos
( ) Mobiliário
( ) Perfumaria, Sabões e Velas
( ) Produtos Alimentares
( ) Produtos de Matéria Plástica
( ) Produtos Farmacêuticos e Veterinários
( ) Química
( ) Têxtil
( ) Vestuário, Calçados e Artefatos de Tecidos
( ) Outros (favor especificar)___________________________________________
( ) Matriz
( ) Filial
( ) Estabelecimento único
44
( ) Nacional Regiões__________________________________
( ) Internacional Regiões __________________________________
( ) Pessoa Física
( ) Empresa
( ) Órgãos públicos
( ) Outros__________________________________________________________
9. Produtos Produzidos:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
12. Público-alvo que os produtos da empresa pretendem atingir (pode ser marcada mais
de uma alternativa):
( ) Sim ( ) Não
14. Quais as principais atribuições desse órgão? (pode ser marcada mais de uma
alternativa)
( ) Ao diretor Industrial
( ) Ao Gerente Industrial
( ) Ao Gerente de Produção
( ) Ao Diretor Geral
( ) Ao Gerente Geral
( ) Ao Diretor Administrativo
( ) Ao Gerente Administrativo
( ) Ao Diretor Comercial
( ) Ao Gerente Comercial
( ) Outra subordinação: _______________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
17. Caso a Empresa não possua um órgão específico de PCP, qual (ou quais) órgãos
exercem suas atribuições? (pode ser marcada mais de uma alternativa)
( ) Diretoria Industrial
( ) Gerência de produção
( ) Vendas
( ) Engenharia Industrial
( ) Outros: _________________________________________________________
___________________________________________________________________
46
18. Como você classifica o relacionamento da função P.C.P * de sua empresa com as
seguintes áreas:
* Função P.C.P significa as atribuições que são pertinentes a ele, podendo ser
exercidas por um órgão específico ou por uma ou mais áreas diferentes que tenham
por preocupação planejar e controlar o processo produtivo.
Nesta pesquisa, salvo indicação em contrário, P.C.P significa também função
P.C.P, não sendo necessariamente um órgão.
( ) Produtos padronizados
( ) Produtos sob medida
( ) Outra alternativa. Especifique: ___________________________________
_______________________________________________________________
( ) Roteiro de produção
( ) Tempos-padrão
( ) Recursos necessários
( ) Tempos de preparação
( ) Nenhuma das alternativas
Médio Prazo:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Longo prazo:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
1 2 3 4 6
5
A empresa
não utiliza
Critério
este critério mais
importa
( ) Custo: produzir produtos a um custo mais baixo que a concorrência.
( ) Qualidade: produzir produtos com desempenho de qualidade melhor que a
concorrência.
( ) Desempenho de entrega: ter confiabilidade e velocidade nos prazos de entrega
dos produtos melhor que a concorrência.
( ) Flexibilidade: ser capaz de reagir de forma rápida a eventos repentinos e
inesperados.
( ) Inovatividade: capacidade do sistema produtivo introduzir de forma rápida em
seu processo produtivo nova gama de produtos.
( ) Não agressão ao meio ambiente: possui um sistema de produção integrado ao
meio ambiente.
( ) Outros: ________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
25. Quais filosofias/técnicas que a empresa utiliza, com efeitos efetivos sobre o sistema
de produção da empresa:
( ) Just-in-time
( ) Qualidade total
( ) Reengenharia
( ) Benchmarking
( ) Custeio ABC
( ) kaizen
( ) Kanban
( ) Troca rápida de ferramentas
( ) Poka Yoke
( ) ISO 9000
( ) Manufatura integrada por computador ( CIM )
( ) Manutenção produtiva total ( MPT )
( ) Outros. Especificar: _______________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
27. Para produtos que possuem demanda sazonal, existe as seguintes opções:
(1) Manter a taxa de produção constante, formando estoques na baixa demanda para
venda com sua elevação.
(2) Produzir de acordo com a demanda, demitindo pessoal na baixa demanda e
contratando na alta.
(3) Trabalhar em patamares de produção, produzindo um pouco acima da demanda
nos períodos de baixa e um pouco abaixo da demanda nos períodos de alta,
utilizando a diferença de estoque gerado em um período para cobrir o outro.
(4) Tentar “compensar” a sazonalidade com descontos no preço de venda nos
períodos de baixa demanda.
Demanda sazonal?
Produtos Sim Não Opção
( ) Família de produtos
( ) Produtos individualmente
( ) Admissões
( ) Oferecimento de preços diferenciados
( ) Desenvolvimento de serviços complementares
( ) Política de preços que se destina a deslocar porções da demanda no tempo
( ) Criação de capacidade ajustável
( ) Absorver as variações da demanda “estocando” clientes através de formação
de filas, sistema de reserva e gerenciamento de overbooking
51
( ) Uma semana
( ) Um mês
( ) Dois meses
( ) Outro período. Especificar: _________________________________________
( ) Família de produtos
( ) Produtos acabados individualmente
( ) Para componentes
( ) Outra alternativa. Especificar: _______________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
( ) Sim ( ) Não
52
41. A empresa possui a seqüência das operações necessárias para a confecção das partes
e do produto final devidamente documentada?
( ) Sim ( ) Não
( ) Por estimativa
( ) Pelo tempo médio histórico
( ) Por cronometragem, usando procedimentos técnicos para cálculo do tempo
padrão
( ) Por amostragem de trabalho
( ) Outros meios. Especificar: __________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
46. Se tiver assinalado a opção “classificação ABC dos estoques”, qual o critério de
decisão usado para esta classificação:
47. A empresa tem conhecimento do custo médio anual de seu sistema de estoque?
( ) Sim ( ) Não
( ) Sim ( ) Não
( ) Sim ( ) Não
50. Quais os fatores que são levados em consideração para seu cálculo?
( ) Sim ( ) Não
52. Caso não utilize o lote econômico de compra, como é definida a quantidade de
material que deve ser adquirido a cada pedido de compra:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
( ) Sim ( ) Não
54. Quais os fatores que são levados em consideração para o seu cálculo:
55. Caso não utilize o lote econômico de fabricação, como é definida a quantidade que
deve ser fabricada em cada lote de peças/produtos:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
56. Como é definida a época para repor o item do estoque dos materiais para produção:
57. Caso use intervalos fixos (segunda opção da questão 56), como são definidos esses
períodos:
Caso use a Lógica do MRP (terceira opção da questão 56), responda às questões 58
e 59.
( ) Manualmente
( ) Totalmente por computador
( ) Parte manualmente, parte utilizando computador
55
59. Com o MRP, como são definidos os tamanhos dos lotes de reposição:
( ) Sim ( ) Não
( ) Pela prática
( ) Utilizando fórmulas matemáticas/estatísticas. Especificar: _________________
___________________________________________________________________
( ) Outro critério. Especificar: _________________________________________
62. O estoque de segurança é usado para (pode ser marcado mais de uma opção):
( ) Produtos acabados
( ) Produtos semi-acabados
( ) Peças confeccionadas na fábrica
( ) Matérias-primas
68. Qual a regra do seqüenciamento utilizada (pode ser marcada mais de uma
alternativa):
69. Ao estabelecer o seqüenciamento das ordens, o que o PCP de sua empresa busca
princ ipalmente (marcar uma só alternativa):
( ) Em papel
( ) Através do terminal de computador de cada setor executante, autorizando a
produção ( não usa papel para a ordem ).
( ) Outra forma. Especificar: ___________________________________________
58
( ) Em papel
( ) Através de mensagem na tela do terminal de computador para o órgão de
compras da empresa (não usa papel para a ordem).
( ) Outra forma. Especificar: ___________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
( ) Em papel
( ) Através de mensagem na tela do terminal de computador para o órgão de
compras da empresa (não usa papel para a ordem).
( ) Outra forma. Especificar: __________________________________________
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( ) Sim ( ) Não
( ) Em papel
( ) Informatizados, sem o uso de papéis
( ) Parte em papel, parte informatizados
( ) São coletados em papel e depois é dada entrada das informações no computador
( ) Outra alternativa. Especificar: _______________________________________
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75. Estas informações de controle são obtidas da produção com que periodicidade:
( ) Subordinados ao PCP
( ) Do próprio setor produtivo que está sendo controlado
( ) Outra alternativa. Especificar: _______________________________________
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77. Que atitudes o PCP normalmente toma quando são detectados desvios entre o
planejado e o executado:
78. Caso seja feito replanejamento, normalmente, quais são as alternativas utilizadas
para compensar o desvio de produção:
( ) Horas-extras
( ) Terceirizar, mandando executar os serviços necessários por outra empresa
( ) Outra alternativa. Especificar: _______________________________________
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80. Caso o PCP busque identificar as causas dos desvios real x planejado, esta
identificação e a correspondente ação corretiva é tomada:
81. Caso a identificação das causas dos desvios envolva o setor produtivo ligado ao
problema, quem participa desta identificação:
( ) Sim ( ) Não
( ) Sim ( ) Não
85. Quais tipos de cartões Kanban existem na fábrica: (pode ser marcada mais de uma
alternativa)
( ) Sim ( ) Não
Em caso negativo, qual a outra alternativa usada para cumprir esta função e em
quais situações específicas ela é utilizada?
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87. Que tipos de kanbans existem na fábrica? (pode ser marcada mais de uma
alternativa)
( ) Cartão-kanban
( ) Kanban contenedor, onde o cartão Kanban é substituído por um cartão afixado
diretamente no contenedor.
( ) Quadrado Kanban, onde é identificado no chão da fábrica um espaço pré-
definido, ao lado do centro de trabalho. No momento que esse quadrado estiver
vazio, será preenchido com novos itens.
( ) Painel eletrônico, onde são usadas lâmpadas coloridas para cada tipo de item,
junto ao centro de trabalho produtor, em substituição ao cartão kanban
convencional.
( ) Kanban informatizado, onde são empregados computadores para interligar
centros de trabalho.
( ) Outros tipos de kanbans. Especificar: _________________________________
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88. Que sistema kanban é utilizado na fábrica? (pode ser marcada mais de uma
alternativa)
90. Quais as principais vantagens que o sistema kanban trouxe para o seu sistema
produtivo?
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91. Qual o giro médio dos estoques de matérias-primas? Como ele é calculado?
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( ) Sim ( ) Não
94. A partir de sua visão, quais os pontos fortes e fracos do sistema de PCP de sua
empresa?
Pontos Fortes:
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Pontos Fracos:
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