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MAJESTOSA
Rio de Janeiro
(Junho de 2017)
Carolina Medeiros Tourinho
João Victor Loureiro Salgado
Karine Losque Vianna
p. 11 iii 29,7 cm
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1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 6
1.1. APRESENTAÇÃO........................................................................................ 6
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5.5 CRÍTICAS SEGUNDO OS PRINCÍPIOS DA OIT ....................................... 47
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5.3 GRÁFICO DE OPERAÇÕES (MÃO DIREITA/MÃO ESQUERDA) ............................. 98
5.4 CRÍTICAS SEGUNDO O PRINCÍPIO DA ECONOMIA DE MOVIMENTOS
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1. INTRODUÇÃO
1.1. APRESENTAÇÃO
Objetivo Geral
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Objetivos específicos
Objetivos pessoais
João Victor: "Quando entrei para Engenharia de Produção, não tinha muito
conhecimento a respeito do meu curso, nunca tinha entrada em um fábrica antes. Durante
o primeiro ano, obtive pouco contato com a real prática da profissão que escolhi. O foco
era nas matérias do ciclo básico, com conteúdo de Cálculo e Física, parecendo uma
continuação do Ensino Médio. Espero que com esse trabalho consiga viver na pratica as
funções de um engenheiro de produção, lidar com problemas reais, visita uma fábrica e
analisar sua real estrutura. Por fim, com a conclusão deste, espero sanar todas as dúvidas
que ainda possuo sobre a carreira que escolhi e já ter em mente a área que pretendo seguir
no futuro".
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Produção, vejo na disciplina de Engenharia de Métodos uma oportunidade de amadurecer
minha paixão pela profissão que desejo seguir. Espero que esse trabalho seja uma ponte
entre o ambiente acadêmico e o cotidiano de um formado, tendo em vista que estarei
exercendo um dos possíveis vieses da carreira. Além disso, desejo me enxergar, ainda que
graduanda, como uma pessoa capaz de trazer melhorias para a empresa na qual estou
envolvida e, consequentemente, me sentir, de fato, uma Engenheira”.
No início do projeto foram mapeados os dias disponíveis para realizar as visitas sem
que prejudique as aulas e compromissos de cada componente. Com isso, foi estabelecido
que as visitas aconteceriam na terça-feira ou quinta-feira. Além disso, foi considerada a
agenda pessoal de cada indivíduo e o calendário da disciplina Engenharia de Métodos. O
cronograma vem em anexo ao trabalho.
O cronograma está anexado no Apêndice 1.
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2. IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE PRODUTIVA
Esse capítulo possui como objetivo um conhecimento geral da fábrica a ser estudada.
● Contatos:
● Turnos:
- 1º Turno: 5:40-14h com 50 funcionários.
- 2º Turno: 13:40-22h com 33 funcionários.
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● Organograma da Empresa:
A Majestosa passou por três grandes reformas. A primeira em 1995 foi para a expansão
do espaço da loja a fim de melhorar o espaço para a venda de seus produtos. Em 1999
ocorreu a segunda visita, em que reformularam o espaço fabril, com a divisão em setores e
o reposicionamento dos maquinários e estoques. O objetivo dessa segunda reforma foi
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melhorar a logística de produção. Com isso, houve ampliação visual, pois, perceberam que
havia mais espaço disponível.
Em 2015, foi sua terceira e última grande reforma, com intuito de modificar
esteticamente toda a parte referente à loja. Anteriormente, não existia um foco para a
exposição dos produtos e o atendimento era apenas nos balcões. Agora, a confeitaria
apresenta um caráter mais moderno, com trabalho de luzes, televisores e maquinário novo.
Seus produtos passaram a ser expostos e iniciou-se um atendimento no local com mesas e
cadeiras, no estilo de restaurantes, o que favorece também na venda de refeições que é um
dos seus principais produtos. Resolveram investir no marketing digital, com a criação de
um site e novas estratégias de propagandas.
- Massa amarela: brioches de diversos sabores, pães doces (diversos tipos), pão
de hambúrguer, mini joelhos e mini croissants.
- Pastelaria
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- Salgados: salgadinhos, croissants, joelhos e esfiha
A organização trabalho no ramo de confeitaria e padaria que tem como público alvo os
habitantes do Rio de Janeiro, sobretudo os moradores da Ilha do Governador.
● Estrutura Jurídica
Ao ser abordada sobre o sistema de gestão da produção, a fábrica afirma não possui um
de acordo com os padrões estudados. Como a Majestosa atua sobre dois âmbitos, loja e
encomendas, a produção se adequa à demanda diária. Não há uma quantidade pré-
estabelecida e, sim um controle do consumo do balcão, feito através de um meio informal.
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Quando há uma falta de um determinado produto, o empregado telefona para o setor
respectivo falando com o responsável da produção.
Já as encomendas, a quantidade relativa a datas comemorativas consegue ser estimada
de acordo com os anos anteriores. Contudo, o auxiliar de gerência afirmou que não há um
controle adequado, é feito de modo informal com papéis.
● Sistema de informação
● Políticas de Terceirização
Atualmente, essa política não é mais adotada na organização porque acreditam que não
oferece mais tantos benefícios financeiros. Além disso, com adoção de terceirizados, não
era possível a criação de um ambiente familiar de trabalho uma vez que a rotatividade de
funcionários era frequente. Por isso, hoje, todos os funcionários são da empresa, existindo,
um baixo número de demissões.
● Modificações Estruturais
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● Organizações e participação dos funcionários
● Cronograma de eventos
Por ser uma confeitaria, em épocas festivas suas encomendas crescem. Os principais
eventos são os Dias dos Pais, Dias das Mães, Carnaval, Páscoa, Dia dos Namorados, sendo
o ápice no Natal e Ano Novo.
Cada evento possui uma maior saída de produtos específicos, por exemplo, nos dias das
mães é maior a encomenda de tortas, já no Natal, eles trabalham com encomendas de ceias
natalinas inteiras. Devido ao aumento do ritmo de trabalho, os funcionários trabalham em
cargas horárias diferenciadas, dependendo do caso, atuando nos dois turnos, com
pagamento de horas extras.
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nosso orientador interno, José Luiz, que foi estimulado pelos proprietários a investir na
educação superior, e hoje, faz graduação de Gestão Pública na Estácio.
Com relação às demissões, a empresa é bem flexível. Muitos funcionários trabalham
há mais de 10 anos, devido à política adotada pela instituição em tentar criar um ambiente
familiar, logo, são raros os casos de demissões. Além disso, alguns funcionários já são
aposentados, entretanto, fizeram acordos com a confeitaria para continuarem trabalhando.
As demissões só ocorrem em último caso, quando ocorre descumprimento dos valores
morais pregados pela instituição ou desrespeito para com os clientes.
Com respeito à reciclagem, por ser tratar de uma empresa do ramo alimentício, existem
várias leis (normas da ANVISA) que proíbem o reuso de alimentos, além do pequeno prazo
de validade. Logo, o único produto que é reutilizado são os pães para a produção de torradas
que também são comercializadas pela empresa. Além disso, os óleos gerados são
armazenados para serem descartados para uma empresa específica reutilizá-lo e a comida
vencida é descartada antes e ser vencida.
A Majestosa é a maior confeitaria do bairro onde está inserida. Com uma grande oferta
de produtos, se considera líder no ramo que atua. O orientador interno afirma que, segundo
estudo feito pelos Gerentes Proprietários e pelos Auxiliares Gerentes, a empresa abrange
de 30 a 40% do mercado na Ilha do Governador.
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Ainda nesse viés, uma prática comum na empresa é observar as novas tendências tanto
do mercado quanto dos concorrentes. No último caso, novos produtos, práticas produtivas
e maquinário utilizados pelos concorrentes são analisados pela Majestosa e, sendo positivo
para a empresa, é posto em prática
Vale ressaltar que, embora em ambiente competitivo, a empresa vê os concorrentes
como “um time”. Em casos de pico de pedidos na loja, por exemplo, há a possibilidade de
entrar em contato com uma confeitaria vizinha para que a mesma produza o excedente.
Outro fato interessante é a comunicação entre a rede quando há a mudança nos preços dos
produtos. Ao lançar uma promoção, por exemplo, a empresa contata seus concorrentes
para que, se houver interesse, eles também diminuam seu preço e não fiquem em
desvantagem.
A Majestosa afirma que seu principal diferencial é o contato com o cliente. Gostam de
conhecer a vida dos seus clientes, criar vínculos de amizade e trazer uma experiência
familiar na ida à loja. Ela propõe isso também na relação interna entre os funcionários e os
proprietários. Trazendo para o lado produtivo, a diversidade de produtos é outro ponto
forte, haja vista que na região não há outra confeitaria que a cubra.
Como dito no Tópico 2.2, a Majestosa passou por grandes reformas. Nesses processos,
o maquinário foi renovado, a estética e a logística foram aprimoradas, criou-se uma
estratégia de marketing, criou-se o Espaço para o Cliente, etc. Todo esse investimento
trouxe e vem trazendo retornos para a organização. Assim sendo, não há a pretensão de
novas obras e\ou gastos significativos em quaisquer aspectos. De qualquer forma, vale
ressaltar que a política de investimento nos funcionários permanece rodando, ou seja,
capacitações e cursos para a melhoria da mão de obra do funcionário é ação fixa (embora
não rotineira).
Quanto a capacidade de produção, as máquinas não operam em sua capacidade
máxima. Os funcionários, na verdade, não possuem conhecimento do máximo que podem
produzir e reproduzem sempre que “produzem o quanto os clientes quiserem”. Além disso,
a oferta supera a demanda. É feita uma análise do histórico de vendas de cada produto da
empresa e, tendo esse valor médio, são produzidos X + Y produtos. Atribuímos a variável
X ao valor médio de venda do produto e Y a uma variável de estoque, normalmente
direcionada para a vitrine.
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2.4. POLÍTICA DE ESTUDOS
Como mencionado no tópico 2.3, a Majestosa compõe cerca de 35% do market share
do bairro em que reside (Ilha do Governador). Os proprietários acreditam que essa porcentagem
é satisfatória considerando o número de concorrentes diretos e indiretos nas proximidades da
Confeitaria. Entretanto, sempre buscam ampliar essa porcentagem tentando atrair cada vez
mais clientes promovendo produtos diferenciados e aprimorando o sistema de Delivery. Um
projeto que está em planejamento dentro da Majestosa é a abertura de uma nova franquia em
outro bairro do Rio de Janeiro, porém está na fase de estudo de viabilidade ainda.
Ademais, os gerentes-proprietários, juntamente aos auxiliares da gerência, realizam
uma pesquisa de análise de concorrentes, com o objetivo de observar a linha de produtos nova
e as que caracterizam com as maiores vendas e satisfação do cliente. A partir disso, eles
estudam a viabilidade de implementar tais produtos na Majestosa. Com isso, ocorreu o
surgimento do cachorro-quente grande de 30cm no ano de 2017. Eles perceberam a demanda
do mercado e já tinham insumos para produzi-lo já que o pão adequado ao alimento era
comercializado na confeitaria e mini cachorros-quentes também. Desse modo, a produção
desse novo produto foi designada a um dos funcionários, gerando uma nova distribuição de
tarefas.
Além do cachorro-quente de 30cm, outro produto que foi recém introduzido à
comercialização foi o X-burguer. Com o advento do aumento da comercialização de
hambúrgueres artesanais, muitos locais do ramo alimentício aumentaram os seus investimentos
nessa área e com a Majestosa não foi diferente. Os proprietários perceberam a necessidade de
começar a comercializar o X-burguer em si e não apenas o pão. Com isso, na semana do dia
20/3/2017 ele entrou em fase de testes gerando poucas unidades e foi um sucesso de venda e
de feedback positivo dos clientes.
Em relação à tecnologia utilizada na fábrica, ocorreu uma reforma geral em 2015
renovando a maioria dos equipamentos e estruturando a área de marketing da loja. Foram
instalados televisores para a divulgação dos produtos e vitrines giratórias para a amostragem
dos produtos da loja. Atualmente, no que tange o maquinário da fábrica em si, não há
perspectiva de mudanças drásticas, porém o Gerente-proprietário afirmou que eles fazem
pesquisas nessa área, além de visitar outras fábricas para análise.
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Sobre o sistema de comunicação entre os setores da fábrica, o contato ainda é feito de
forma verbal e/ou via telefone. Acreditamos que esse sistema é obsoleto em comparação com
o volume de produtos produzidos na Majestosa.
Para realizar a classificação ABC, existem diversos critérios como referência, entre
eles: custo de produção, receita, lucro e quantidade produzida. A Majestosa apresenta uma
variedade muito grande de produtos, assim, os critérios supracitados são muito variados. Por
exemplo, a produção diária de pão é muita alta, comparada com a produção de tortas, em
compensação, a receita gerada pela venda das tortas é superior a do pão. Assim, o grupo
inicialmente procurou encontrar um modo de definir a quantidade de cada produto visto que
seria desigual considerar uma unidade de torta equivalente a um pão. Com isso, unidade do
quilograma foi adotada para medir as quantidades dos produtos.
Após a análise da classificação, o grupo decidiu que o critério padrão para a
classificação é o lucro gerado por cada quilograma (Kg) de alimento produzido. Somado a isso,
ressalta-se que por se tratar de uma confeitaria, dentro de cada produto existe uma variedade
grande de sabores. A torta, por exemplo, é produzida nos sabores chocolate, limão, ricota, coco,
entre outros. Essa variedade de sabores não segue um padrão uma vez que depende da
demanda, por isso, realizamos uma classificação global dos produtos, não considerando cada
especificidade.
Por fim, existem alguns produtos em que a produção é muita baixa e típica de datas
específicas, como por exemplo as rabanadas que apresentam uma saída muito alta nas festas
de final de ano, contudo, apresentam uma produção baixa ao longo do ano. Dessa forma, por
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não constituírem dados relevantes para a classificação final, esses produtos não foram
colocados na tabela a seguir.
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Quantidade
Quantidade dia Quantidade fim Preço Porcentual Lucro Lucro total
Produto Média Semanal Custo Classificação
normal (kg) de semana (kg) (kg) Lucro por Kg semanal
(kg)
Doce 16 60 140 R$ 125,00 R$ 75,00 40% R$ 50,00 R$ 7.000,00 A
Cachorro-quente 0,8 4 8 R$ 87,80 R$ 57,07 35% R$ 30,73 R$ 245,84 A
Torta 68 238 578 R$ 76,00 R$ 49,40 35% R$ 26,60 R$ 15.374,80 A
Mini croissant 6 20 50 R$ 58,00 R$ 34,80 40% R$ 23,20 R$ 1.160,00 A
Salgadinho 3 10 25 R$ 58,00 R$ 37,70 35% R$ 20,30 R$ 507,50 A
Pão Doce 3,5 9 26,5 R$ 44,00 R$ 26,40 40% R$ 17,60 R$ 466,40 B
Torrada 0,7 2,5 6 R$ 49,50 R$ 32,18 35% R$ 17,33 R$ 103,95 B
Biscoito 1 3 8 R$ 46,58 R$ 30,28 35% R$ 16,30 R$ 130,42 B
Refeição 75 150 525 R$ 51,90 R$ 36,33 30% R$ 15,57 R$ 8.174,25 B
Sopa 8,5 20 62,5 R$ 35,60 R$ 21,36 40% R$ 14,24 R$ 890,00 B
Brioche 1,4 4 11 R$ 35,00 R$ 22,75 35% R$ 12,25 R$ 134,75 B
Pão de Hambúrguer 1,6 8 16 R$ 28,16 R$ 18,30 35% R$ 9,86 R$ 157,70 C
Pães variados 2,9 7 21,5 R$ 28,00 R$ 18,20 35% R$ 9,80 R$ 210,70 C
Sonho 3,3 7 23,5 R$ 21,00 R$ 13,65 35% R$ 7,35 R$ 172,73 C
Broa 2,45 6 18,25 R$ 20,60 R$ 13,39 35% R$ 7,21 R$ 131,58 C
Pão Francês 120 257 857 R$ 17,95 R$ 12,57 30% R$ 5,39 R$ 4.614,95 C
TOTAL 314,15 805,5 2376,25 R$ 39.475,56
Tabela 1: Classificação ABC. Fonte: Elaboração Própria.
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3.1.1. GRÁFICOS
Destaca-se nesse gráfico os produtos com um lucro por unidade de kg produzida acima
de R$20,00 reais; são eles: doce, cachorro-quente, torta, mini croissant e salgadinho. Com isso,
os produtos classe A somam 53% dos lucros por quilograma produzido na empresa.
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Figura 3: Lucro Semanal de cada classe de produto sobre o total arrecado na semana
Fonte: Elaboração própria;
Devido à falta de informações passadas pela empresa com relação aos lucros anual de
cada produto, os membros conseguiram determinar apenas o lucro semanal. Desse modo,
evidencia-se no gráfico acima que 79% da receita semanal da empresa é proveniente dos
produtos classe A, isso representa em média o valor de R$ 31.160,50 reais.
Figura 4: Comparativo entre a produção semanal e a produção no fim de semana dos produtos
analisados. Fonte: Elaboração própria;
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O gráfico da figura 5 destaca que as produções durante os finais de semana crescem,
sobretudo dos produtos classe A. Funcionando assim como um critério também de escolha uma
vez que implica diretamente no lucro por Kg de cada produto. Por fim, sábado e domingo
representam os dias em que a empresa tem sua capacidade máxima explorada.
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Figura 5: Mini croissant (também chamado de mini pão) na área de vendas em
sabores diferentes Fonte: Foto tirada na fábrica.
Ressalta-se que o número de funcionários por setor não é sempre o mesmo uma vez que
depende da demanda e o ritmo de trabalho. Caso seja necessário, aloca-se funcionários de
outros setores, podendo trabalhar até 3 nessa linha de montagem. Além disso, a fabricação da
massa não tem número de funcionários fixos porque sua produção começa muito cedo,
dependendo do número de funcionários que já se encontrarem no estabelecimento no horário
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de produção. Desse modo, caso esteja presente apenas um funcionário, este inicia a produção,
enquanto os demais chegam, ajudam o primeiro.
4.3. MAPOFLUXOGRAMA
A Majestosa não possuía uma planta atualizada do chão de fábrica, logo foi necessário
realizar medidas para atender as especificações do trabalho. Além disso, devido aos dois
fluxogramas foram realizados dois mapofluxogramas também, um apenas para a produção da
massa (considerando um único funcionário) e um para as demais etapas da produção.
A planta da fábrica se encontra no Apêndice 4, e os mapofluxogramas no Apêndice 5.
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4.4. ANÁLISE DO FLUXOGRAMA DE PROCESSOS E DO
MAPOFLUXOGRAMA
o Espaço:
O arranjo físico da fábrica é definido como de processo ou funcional. Essa
classificação se dá, pois, o layout da fábrica é dividido por setores e em cada um é
produzido variáveis do mesmo tipo de produto. Esses setores estão exemplificados na
Planta (Apêndice 4), apesar de não haver divisórias físicas separando-os. Assim, a
produção de um determinado produto é focada num determinado espaço da fábrica com
os equipamentos e funcionários necessários. Além disso, os materiais (ingredientes)
atendem diversos processos e são utilizados na produção se deslocando para cada setor
que está precisando deles.
o Tempo:
O tempo de produção do produto é caracterizado como flow-shop, pois dentro
do processo adotam-se rotas variáveis na busca por ingrediente, há uma capacidade
difícil de ser definida visto que há diferentes demandas e encomendas por dia. Assim,
a produção em caráter numérico é incerta visto que depende das vendas da loja e das
encomendas. Cada dia (útil/fim de semana) e mês especifico atribuem uma produção
diferente.
o Trabalho:
O trabalho executado na produção do produto é polivalente, visto que não
depende de alta especialização. Qualquer funcionário, desde que seja do mesmo setor
e capacitado a mexer os equipamentos (Masseira, Cilindro, Forno e Balança) que não
exigem treinamento extenso pode executar as funções para produzir. Por exemplo, o
responsável por fazer o recheio pode também ser responsável por pesar e cortar a massa.
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Foi observado que no cotidiano os funcionários revezam-se entre as funções,
confirmando a polivalência do trabalho.
o Unidade de Organização:
A distribuição da unidade é feita por Homem-tarefa-turno de forma parcial.
Cada funcionário daquele setor é responsável por executar uma determinada tarefa para
a produção do produto. Entretanto, como já mencionado, pode ocorrer rodízio entre as
tarefas, não mudando elas em si.
Apurar
O produto é feito para o consumidor ingeri-lo. Sendo assim, não gera resíduos
consideráveis e eles são de responsabilidade do cliente.
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o Existência ou possibilidade de adoção da técnica de remanufatura ou reciclagem
para o produto classe A.
A mesa de corte e pesagem da massa, como já mencionado antes é revestida
por óleo de cozinha para ela não aderir à superfície. Entretanto, ao limpar a mesa com
pano e lavar o pano, o óleo é descartado na pia, o que polui o encanamento da fábrica
e, à longo prazo, pode causar entupimento por causa do acúmulo de gordura. O ideal é
que ao ocorrer a lavagem do pano a água utilizada seja retida e descartada
separadamente para não descer pelo encanamento.
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Os estoques utilizados encontram-se em condições inapropriadas, faltando organização
dos produtos, limpeza regular e iluminação adequada. Com isso, visando melhorar a
organização, ao chegar os produtos na fábrica, uma certa quantidade poderia ser retirada das
caixas, para que seja feito o descarte apropriado delas (atualmente elas ficam acumuladas no
estoque) e colocar os produtos agrupados por nome pronto para serem utilizados.
o Combinação
No geral, as atividades são dependentes entre si e não são passíveis de
combinação paralela entre elas, com exceção da separação da gema do ovo que pode
ser realizada a qualquer momento, desde que seja antes do recheio do produto.
o Simplificação
O grupo percebeu aspectos em relação ao layout do setor de massa amarela em
relação aos estoques e frigoríferos. Contudo, esse aspecto foi abordado no tópico de "
Mudanças na organização do processo" e será exposto ao longo do trabalho.
o Mudanças na sequência
Como já exposto, há uma dependência entre as atividades não sendo possível,
num âmbito geral, a mudança de sequência.
Estudo de melhorias
Em relação ao fluxograma da produção, é observado que há muitas atividades
relacionadas ao transporte de materiais. Isso se dá, pois, o estoque dos ingredientes
necessários localizam-se em diferentes partes da fábrica, além de ser inviável o
deslocamento carregando todos (armazenados em grande quantidade). Assim, ao
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observar o layout é possível concluir que pode ocorrer um melhor aproveitamento do
setor de Massa Amarela, transportando os ingredientes para estocar dentro do setor,
evitando o translado até cada estoque.
A distância percorrida dentro da fábrica pelos funcionários desse setor pode ser
reduzida, visto que, por exemplo, há frigoríferos e estoques mais próximos do que os
utilizados para armazenamento de ingredientes.
Em relação ao sequenciamento de atividades, percebemos que há melhorias
pontuais em cada posto a serem feitas e estas serão abordadas no decorrer do trabalho.
Note que o “processo zero”, cuja função é juntar ingredientes e preparar, de fato,
uma massa para os salgados não foi considerado. Essa escolha foi tomada devido aos
seguintes fatos:
i. A massa é produzida bem antes do processo de produção dos salgados.
Esse passo se inicia às 5:40 enquanto os demais começam a partir das
8h.
ii. A massa é produzida apenas uma vez ao dia.
iii. A produção é puxada. Ou seja, é feita pensando na demanda final. Por
isso, a quantidade de massa produzida uma vez ao dia é contada para a
produção final de salgado, não sendo interessante produzir além do que
já é feito.
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Figura 6: Unidades produzidas por hora. Fonte: Elaboração própria
A ferramenta não foi adotada nesse trabalho pois não há cruzamento entre os
fluxos na produção.
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ETAPA REFERENTE AO ALUNO JOÃO VICTOR SALGADO
O posto a ser estudado nessa etapa é o primeiro posto de trabalho, “Corte e Preparação”.
De modo geral, nesse posto retira-se a massa da batedeira, após o descanso necessário, corta a
massa em grandes pedaços, utiliza o cilindro, uma máquina, com intuito de afinar/alongar a
massa. Por fim, a massa que entra no processo em grande volume, após esse posto, torna-se
fina e comprida o que facilita nas demais etapas. Esse posto localiza-se na área de produção da
Massa Amarela, com a produção ocorrendo na parte lateral dessa região, onde encontra-se o
maquinário. Pode-se identificar no Apêndice 5, figura 12 e, no mapofluxograma, é localizado
nas posições 5, 6 e 7.
Com a análise desse posto, serão realizadas críticas segundo os princípios do Barnes, no
livro “Estudo dos Movimentos e tempos”, e da OIT (Organização Internacional do Trabalho).
Como é o primeiro posto de produção, nesse posto passa apenas a massa para ser
afinada/alongada. Como podemos observar no mapofluxograma, no Apêndice 5, na figura
11, anterior a esse posto, produz-se a massa. No entanto, a produção da massa ocorre apenas
no início do dia, estando essa sempre pronto para as atividades do posto “Corte e
Preparação”. Com isso, o único produto que atravessa essa etapa de produção é a massa.
Não existe nenhum rejeito de produto nessa etapa, uma vez que neste posto apenas
preparam a massa para as demais etapas, sem realizar nenhuma inspeção ou perda. Toda
parcela da massa selecionada pelo trabalhador para passar pelo cilindro segue adianta para
o segundo posto. No entanto, é no segundo posto que existe um corte/seleção dos pedaços
de massa para rejeito, contudo, não cabe nesse tópico discutirmos sobre esse assunto.
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Ciclos de trabalho realizados no posto, para cada produto:
Para iniciar-se o trabalho nesse posto, é necessário que a massa já esteja pronta e tenha
descansado o tempo suficiente na masseira. Além disso, a farinha necessita está separada para
a sua aplicação na massa enquanto a mesma passa pela máquina. Por fim, o cilindro precisa
estar regulado, em bom funcionamento e lubrificado com farinha nas suas rodas para que a
massa quando atravesse as mesmas, não grude.
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Nesse posto, a produção se caracteriza por homem-tarefa-turno, pois existe um
trabalhador para cada turma da fábrica e esses executam a mesma tarefa.
Assim como a maioria dos funcionários da Majestosa, o operador desse posto trabalha
na empresa há mais de 20 anos. O funcionário apresenta 49 anos, pai de família, grau de
escolaridade antigo ginásio completo e conta que a Majestosa foi seu primeiro emprego no
ramo alimentício. Não apresenta nenhuma característica necessária para sua tarefa no posto,
como por exemplo a estrutura física. Apesar disso, o único funcionário do posto conta com
anos de experiência nesse mesmo cargo, o que é evidenciado na automação de suas ações.
Comparado com os demais cargos da empresa, não existe uma capacitação específica para esse
posto.
Como citado anteriormente, não existem capacitações periódicas para esse posto de
trabalho. O funcionário entra nessa etapa como aprendiz, assim como em todos os demais
cargos da empresa. De início, seu trabalho é acompanhado por um funcionário mais
experiente enquanto o novo aprende a prática do serviço. Além disso, existem treinamentos
apenas quando são adquiridos novos maquinários, com intuito de ensinar os funcionários em
como mexer neles.
Existem dois turnos na empresa, primeiro de 6h-14h, o segundo de 14h-22h. Não existe
intervalos programados durante os turnos, contudo, os trabalhadores sempre descansam entre
as levas de produção dos mini-croissant. Além disso, todos os funcionários apresentam direito
a refeição no final dos seus turnos.
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Vestimenta dos funcionários:
A vestimenta nesse posto segue o mesmo padrão dos demais postos. Todos os
funcionários do chão de fábrica utilizam uma touca de proteção capilar, botas de cor branca
fechada, camisa de preferência branca, jaleco ¾ ou avental da empresa Majestosa. Por fim,
calça na cor branca ou tons claros.
O funcionários afirmam, também, que os donos são rígidos com uniforme, ocorrendo
inspeções ao longo do dia.
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Os trabalhadores desse posto relatam dores esporádicas na coluna, justificável pela
postura curvada ao longo do trabalho e não existência de um apoio já que as atividades ocorrem
em pé.
Além disso, é necessário uma coordenação motora boa e reflexos rápido para o uso do
cilindro, o que exige atenção e cuidado com as mãos.
o Fatores Físicos:
o Fatores Químicos:
Não se aplicam.
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o Fatores Biológicos:
o Fatores Ergonômicos:
Com relação aos acidentes, os funcionários atuais do posto não souberam relatar
nenhum caso relevante.
Segue a baixo a legenda e o mapa de risco, respectivamente.
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Figura 9: Mapa de Risco – Posto “Corte e Preparação”. Fonte: Elaboração própria
Lista de Equipamentos:
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Figura 11: Masseira. Fonte: Foto tirada na fábrica.
Não existe um mapeamento das manutenções das máquinas. As mesmas passam por
inspeção apenas quando existem problemas no seu uso ou relatos dos funcionários quando
essas não exercem de maneira controlada suas atividades.
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5.2 GRÁFICO HOMEM-MÁQUINA / GRÁFICO DE ATIVIDADES
SIMULTÂNEAS
O Gráfico de Operações permite analisar o uso das mãos durante os ciclos de trabalho
no posto estudado. Pode ser analisado qual das mãos é mais utilizada e se é possível tornar o
uso das duas de forma melhor dividida durante o ciclo, trazendo assim uma maior eficiência
para o posto gargalo, o que permite um aumento na capacidade produtiva global da fábrica.
Para este posto de trabalho, foi desenvolvido o gráfico de operações para as etapas
correspondentes ao corte e preparação da massa, incluindo o uso do cilindro. O Gráfico de
Operações encontra-se no Apêndice 7.
Por meio da análise do gráfico, percebe-se que as atividades são bem dividas pelo
operário no uso das mãos. Apenas na etapa final da produção, quando o funcionário retira a
massa do cilindro que se observa um sobrecarga da mão esquerda em detrimento à mão direita.
41
5.4 CRÍTICAS SEGUNDO OS PRINCÍPÍOS DE ECONOMIA DE MOVIMENTOS
Esse princípio não é respeitado ao longo de todo o ciclo. Existe uma grande
simultaneidade de tarefas por parte das mãos, no entanto, a mão esquerda executa tarefas 14
vezes sem acompanhamento da direita, enquanto que a direita executa 17 tarefas. Vale ressaltar
que no final do processo, a mão direita terminas suas atividades enquanto a esquerda executa
9 movimentos para retirar a massa de dentro do cilindro.
As duas mãos não devem permanecer inativas ao mesmo tempo, exceto durante os
períodos de descanso.
42
posicionada sobre a massa. Movimento parecido ocorre na hora de pegar a farinha já que o
saco encontra-se no chão ao lado do cilindro. Com isso, o funcionário precisa esticar a mão
esquerda e curvar o corpo, enquanto a mão direita permanece sobre a massa, evidenciando a
quebra de simetria dos movimentos dos braços. Tal processo de pegar a farinha repete-se duas
vezes ao longo do ciclo.
Deve ser empregado o movimento manual que corresponda à classificação mais baixa
de movimentos e com o qual seja possível executar satisfatoriamente o trabalho.
Princípio parcialmente violado. Não é necessário realizar nenhum esforço físico durante
os ciclos de produção; no entanto, existem movimentos desnecessários, como o abaixamento
para pegar a farinha, que poderiam ser evitados.
Os movimentos suaves, curvos e contínuos das mãos são preferíveis aos movimentos
em linha reta que necessitam mudanças bruscas.
43
Os movimentos parabólicos são mais rápidos, mais fáceis e mais precisos do que os
movimentos restritos ou “controlados”.
O trabalho deve ser disposto de modo a permitir ritmo suave e natural sempre que
possível.
Princípio parcialmente violado. Não existe uma fixação em excesso por parte do
trabalhador, no entanto, existe pouca fixação visual. É necessária uma fixação maior nos
movimentos de colocar a massa no cilindro, para evitar possíveis acidentes.
Princípio violado. Como não existe um lugar fixo para faca, esta não costuma se encontrar
próxima ao local de trabalho. Além disso, apesar da farinha ter local fixo, esse é abaixo do
cilindro, logo o trabalhador necessita sempre curvar-se para alcançá-la.
44
Deverão ser usados depósitos e alimentadores por gravidade para distribuírem o
material mais perto do local de uso.
Princípio violado. Não existe alimentadores por gravidades para ter acesso aos materiais.
O Operador precisa retirar a massa da masseira, abaixando-se para tal, transporta essa para o
cilindro, e no final, transportar a massa para o próximo posto. Além disso, para pegar a farinha
também é necessário se abaixar. Uma possível solução seria utilizar um alimentador de
gravidade para pôr a farinha, evitando o desgaste do movimento.
A distribuição da peça processada deve ser feita por gravidade sempre que possível.
Princípio violado. A massa processada nessa etapa segue em direção ao próximo posto sem
a utilização da gravidade, o funcionário que é responsável por carregá-la.
Princípio violado. Como já citado acima, a farinha encontra-se abaixo do maquinário, tendo
a necessidade de se abaixar e a faca não apresenta local fixo, com isso, o operário precisa buscá-
la.
Princípio não violado. Para esse posto de trabalho não é necessário uso assíduo da visão,
desse modo, a iluminação existente já é considerada satisfatória.
A altura do local de trabalho e da banqueta que lhe corresponda deve ser tal que
possibilite ao operário trabalhar alternadamente em pé e sentado.
45
Princípio violado. A altura de entrada da massa no cilindro não permite que o
trabalhador realize seus movimentos sentados. Ao longo de todo o processo, o trabalhador
encontra-se em pé.
Deve-se fornecer a cada trabalhador uma cadeira de tipo e altura tais que permitam
boa postura para os trabalhos.
As mãos devem ser aliviadas de todo o trabalho que possa ser executado mais
convenientemente por um dispositivo, um gabarito ou um mecanismo acionado por
pedal.
Princípio violado, o trabalho é em grande parte do tempo manual. O caso principal no qual
poderiam ser aliviadas as mãos é com a compra de um novo cilindro, porém a solução
necessária seria de custo médio.
Princípio violado. Não existe um lugar fixo para colocar as ferramentas, o funcionário
necessita procurar antes de cada movimento.
46
Nos casos em que cada um dos dedos executa um movimento específico, como na
datilografia, a carga deve ser distribuída de acordo com as capacidades intrínsecas de
cada dedo.
Princípio não aplicado ao posto, não existe movimento específico dos dedos.
47
Conteúdo de trabalho suplementar devido ao projeto do produto;
Princípio atendido, pois a não existe uma variedade de produtos nesse posto, respeitando o
ciclo da massa sendo cortada e passada pelo cilindro. Com isso, o processo desse posto é
padronizado.
Maquinário Inadequado.
48
Princípio parcialmente atendido. A máquina utilizada, o cilindro, se encontra em boas
condições de uso, no entanto, apresenta um risco para o trabalhador devido a sua forma de uso,
não manutenção.
Condições Inadequadas.
Ferramentas Inadequadas.
Princípio atendido. As ferramentas utilizadas nessa etapa não causam danos ao trabalhador
e atendem o seu papel.
Movimentos Desnecessários.
49
Princípio atendido. Nesse posto os produtos que passam, no caso apenas a massa, não
apresenta variedade. Como essa etapa tem como objetivo retirar a massa da masseira, cortá-la
e prepara-la no cilindro, não existe diversidade dos produtos.
Princípio também atendido. Como apenas um produto passa pelo posto, a massa, as
atividades são padronizadas, não havendo uma variação ao longo dos ciclos.
Princípio não violado. O produto que passa pelo posto é sempre padrão, a massa
amarela para a produção dos mini croissants.
Princípio violado. Não existe um controle sobre a produção. O fluxo de pessoas sobre os
postos da massa amarela é elevado, não há um planejamento de quantos mini croissants serão
produzidos diariamente, o que influencia na quantidade de massa produzida. Em épocas de alta
temporada/eventos, a empresa tem conhecimento do aumento da demanda, no entanto, não é
nada definido com antecedência, caso seja necessário, os dois turnos passam a trabalhar juntos
para suprir a nova demanda. Como a empresa já apresenta esse ritmo há mais de 20 anos, não
realiza planejamentos prévios.
50
Avarias nas instalações e equipamentos.
Princípio atendido. Segundo os trabalhadores do posto, não existe histórico de quebras nos
equipamentos. Além disso. A manutenção nas máquinas é periódica.
Princípio violado. Com relação aos equipamentos, o estado é satisfatório, com maquinário
seminovo. Entretanto, com relação as instalações não existem um estado de conservação
adequado, com fios soltos e remendo nas paredes.
Princípio parcialmente violado. A temperatura e umidade do local não é a ideal, porém não
afeta tanto o trabalho. A luminosidade é satisfatória para esse posto. Com relação a limpeza,
ao longo das visitas o grupo não notou nenhuma equipe de limpeza, sendo que a quantidade de
farinha pelo chão da fábrica é elevado.
Ocorrência de acidentes.
Princípio atendido. Por meio dos relatos dos funcionários, não ocorreram acidentes graves
recentemente na fábrica.
Princípio atendido. Durante as visitas dos grupo não foram relatados nenhuma falta ou
atraso por parte dos funcionários, apenas dias de folga. Com relação a ociosidade, também não
foi relatada.
51
Geração de retrabalhos por causa de descuidos ou falta de atenção.
Princípio atendido. Nesse posto, não foi possível identificar retrabalho, o que pode ser
justificável pelo fato de não haver inspeção ao longo do ciclo.
O ambiente é fechado. Com isso, a temperatura não é satisfatória, em torno de 27° - 30°
Celsius, no entanto, esta não atrapalha o ritmo de trabalho. Por outro lado, dentro dos
52
frigoríficos a temperatura é muito baixa para manter os alimentos em conserva, numa média
de -5 ° a 0° Celsius. Como os trabalhadores precisam usar os frigoríficos com frequência para
pegar os ingredientes, as mudanças de temperaturas bruscas são constantes. Já em relação aos
ruídos e as vibrações, por se tratar de um ambiente fechado e todos os setores se localizarem
no mesmo piso (exceto o setor de pão que se localiza no primeiro andar), os sons são misturados
e abafados pelas paredes, gerando ruídos constantes de baixa escala. Por fim, o uso do cilindro
gera sonidos de alto grau.
Não existe assento ao longo de todo o ciclo de trabalho do operador nesse posto. Todos
as atividades são realizadas em pé, tendo o trabalhador que se mover durante todo o processo
e curva a coluna e o pescoço para o uso do cilindro e a farinha.
o Iluminação e cores;
A iluminação do ambiente para esse posto de trabalho é boa, uma vez que também não
existe uma necessidade de esforça das vistas.
o Agentes Químicos;
A empresa Majestosa não possui programas para prevenção de acidentes. Não foi
realizada a visita de um técnico em segurança do trabalho neste ano, assim como não foi
organizada nenhuma comissão da CIPA.
53
Trabalho em turnos;
Seleção e treinamentos;
Para o trabalho nesse posto, utiliza-se na etapa de corte, uma faca para separar o pedaço
da massa que seguirá adiante, além da máquina, o cilindro, por onde a massa passa para ser
esticada e afinada.
54
Ergonomia dos produtos, ferramentas e máquinas no posto de trabalho e ambiente
próximo;
o Consumo energético;
O posto consome energia pela demanda de iluminação e da utilização do cilindro.
A partir dos gráficos, anotações e critérios avaliados, pode ser feito um levantamento
dos principais pontos críticos do posto de “Corte e Preparação” da fábrica. Estes pontos serão
mais relevantes na concepção da proposta do novo posto.
Os principais pontos críticos encontrados foram:
55
4. Deslocamento do trabalhador e manutenção do mesmo em pé durante todo o ciclo de
trabalho;
5. Falta de inspeção no tamanho da massa que será cortada na primeira etapa do processo;
6. Ferramentas sem lugar fixo;
Com os itens citados anteriormente, formula-se um novo projeto do posto, que deverá
conter as seguintes especificações:
Depois da síntese dos pontos críticos, com um estudo em periódicos, fábricas com
trabalho semelhantes, projetos antigos de Engenharia de Métodos e dissertações de trabalhos
acadêmicos, foi possível mapear alternativas para os problemas citados. Além disso, baseado
no livro “Ergonomia – Projeto e Produção”, do Itiro Iida, definimos alternativas de implantação
imediata e baixo custo, alternativa de estado da técnica e alternativas. Por fim, estruturou-se o
novo projeto do posto estudado.
Essa etapa busca analisar um caso similar com o do posto estudado, de “Corte e
Preparação” da massa. Com isso, objetiva-se verificar se soluções que já foram implementadas
em outras fábricas são viáveis e atendem à demanda do posto em estudo.
Com a realização de uma pesquisa, encontramos uma confeitaria de médio porte em
Mossoró, RN, que realizou um estudo de tempos e de movimentos. Um dos problemas
encontrados pela panificadora no processo de produção da massa de pão era o deslocamento
dos funcionários pela planta da fábrica durante um ciclo, caracterizando movimentos
desnecessários. Para tal, foi proposto um rearranjo do layout do local em que se produz o pão.
56
Dentro os resultados apresentados, ressalta-se a diminuição do tempo de produção e menor
cansaço do trabalhador.
Uma solução de baixo custo essencial para a saúde do trabalhador que permanece o
tempo todo no posto atuando em pé. Por isso, recomenda-se a compra de um banco semi-
sentado para que o mesmo tenha conforto na hora de utilizar a máquina (cilindro). Como para
utilizar a máquina o trabalhador precisar ter seus braços livres, sugere-se um banco semi-
sentado para que mesmo tenha apoio, não precisando ficar o tempo todo em pé.
57
Figura 12: Banco Semi-sentado. Fonte: site Ergotec.
58
Figura 13: Layout do Posto atual. Fonte: Elaboração própria
Legenda:
1- Reserva de recipientes para fermentar.
2- Mesa de preparo – local do posto “Recheio”.
3- Reserva de ingredientes – local do posto “Divisão da Massa”.
4- Forno.
5- Cilindro – cilindro utilizado é o do canto direito.
6- Masseira – não existe preferência para usa das masseiras.
7- Mesa para reserva da massa e balança – local onde a massa descansa após sair
da masseira e depois é cortada.Custo:
59
Figura 14: Layout estruturado do Posto. Fonte: Elaboração própria
o Comp
Uti
60
o Custo: Valor média de R$775,00 reais.
A atual máquina utilizada pela empresa para afinar e esticar a massa é semianual, sendo
necessário posicionar a mão dentro das engrenagens para conseguir colocar a massa no cilindro.
Com isso, os riscos dos trabalhadores prenderem a mão é alto. Desse modo, pode-se adotar um
laminador de massa automático em que o papel do funcionário e operar a máquina e transportar
a massa, sem ter riscos de imprensar as mãos no cilindro.
61
o Especificações: O modelo encontrado e que pode atender a demanda do posto, é o
laminador de massa da empresa Ferneto
(http://ferneto.com/equipamentos/laminadoras), de aço inox, comprimento 1,2
metros e largura de 60 centímetros.
o Custo: Tal aplicação apresenta um custo superior. Somando os impostos, transporte
e a compra da máquina, fica por R$16.750,00 reais.
Figura 16: Modelo de laminadora de massa, marca Ferneto. Fonte: site Ferneto.
Ao longo de todo o processo de corte e passagem da massa no cilindro, não existe uma
inspeção do tamanho da massa. Os funcionários contaram que o corte inicial é realizado de
maneira aleatório, com um padrão inexistente. Por isso, a necessidade de utilizar uma balança
a fim de mensurar essas quantidades.
62
o Vantagens: Gera padronização no número e tamanho de mini-croissants
produzidos. De modo geral, as fornadas não apresentam o mesmo número, com
valores variados, tal aplicação, evitaria desperdício de massa e seria mais rentável
financeiramente para a empresa.
o Especificações: balança digital para apurar o peso mais rápido, sendo posicionada
na própria mesa de corte (número 7 no novo layout).
o Custo: Valor de R$ 701,00 reais.
Uma observação para essa alternativa é que ao longo das visitas, o grupo percebeu uma
balança nesse setor, porém, essa nunca foi utilizada. Caso esteja em funcionamento, não há a
necessidade de comprar.
63
Compra de um carrinho de suporte a fim de definir um local fixo para as ferramentas e
com altura satisfatória para o saco de farinha;
Aquisição de uma laminadora de massa de modo a evitar acidentes com o maquinário
antigo;
Utilização de uma balança para padronizar o peso da massa cortada;
O posto “Corte e Preparação” não era o gargalo do processo, pelo contrário, era o posto de
maior produção. Com as mudanças adotadas, terá novos ganhos de produtividade, desse modo,
continuará sendo o posto de menor problema no ciclo de produção dos mini-croissants.
Dentre dos benefícios financeiros, a compra da nova máquina seria ideal para os
trabalhadores, contudo, a mesma traria muitos gastos para a empresa que teriam um longo
prazo de retorno. Por isso, as alternativas imediatas e de baixo custo são melhores opções, pois
já solucionam erros graves de ergonomia, gerando um ganho de produtividade. Por fim, a
empresa não apresenta um foco de expandir mercado, sendo essa mais uma justificativa para
priorizar as medidas mais baratas.
64
Melhoria nas condições de trabalho;
Comparado com a situação atual dos postos, as novas medidas mitigam os problemas de
ergonomia. Adoção do assento e o novo rearranjo diminuem o tempo que o trabalhador
permanece em pé e se deslocando, reduzido os impactos nas costas e nas pernas.
Realocação de pessoal;
Segue os produtos necessários para compra com seus respectivos preços e o custo total
na tabela abaixo.
Cronograma de implantação;
65
Impacto do projeto do posto de trabalho para o processo como um todo;
O posto a ser estudado nessa etapa é o segundo posto de trabalho, “Recheio e Finalização”.
Resumindo, é nesse posto que acontece o recheio da massa e o preparo para cortá-la em
pequenos salgados. Ou seja, a massa ganha forma retangular, é recheada, fechada e envolta por
farinha. Esse posto localiza-se na área de produção da Massa Amarela, com a produção
ocorrendo na parte central-traseira dessa região. No centro, encontra-se uma mesa grande onde
se recheia e se fecha a massa. Na parte traseira, encontram-se suprimentos necessários para o
processo (ovo, recheios, etc). Pode-se identificar no Apêndice 5, figura 12 e, no
mapofluxograma, é localizado nas posições 5, 6 e 7.
Com a análise desse posto, serão realizadas críticas segundo os princípios do Barnes, no
livro “Estudo dos Movimentos e tempos”, e da OIT (Organização Internacional do Trabalho).
66
Percentual de produtos rejeitados por não-conformidade com os padrões
de qualidade adotados:
No projeto atual, as atividades do posto ocorrem entre a mesa central e a mesa traseira, como
pode ser verificado nos números 5, 6 e 7 na figura 12 do Apêndice 5. As atividades ocorrem
no lado esquerdo da região da Massa Amarela.
67
Preparações para o trabalho no posto:
Para iniciar-se o trabalho nesse posto, é necessário que a massa já esteja pronta, ou seja,
tenha passado pelo cilindro. Além disso, o recheio precisa estar preparado e o ovo batido.
Também é preciso de farinha e dos equipamentos utilizados (faca, escova, pincel).
O operador deste posto trabalha na empresa há cerca de 20 anos. Tem 49 anos, grau
de escolaridade antigo ginásio completo e teve a Majestosa como seu primeiro emprego no
ramo alimentício. Não apresenta nenhuma característica necessária para sua tarefa no posto,
como por exemplo a estrutura física. Possui anos de experiência nesse mesmo cargo, o que
fica claro na automação e precisão de suas ações. Não existe uma capacitação específica para
esse posto.
Como citado anteriormente, não existem capacitações periódicas para esse posto de
trabalho. O funcionário entra nessa etapa como aprendiz, assim como em todos os demais
cargos da empresa. De início, seu trabalho é acompanhado por um funcionário mais experiente
enquanto o novo aprende a prática do serviço. Além disso, existem treinamentos apenas quando
são adquiridos novos maquinários, com intuito de ensinar os funcionários em como mexer
neles.
68
Número de funcionários trabalhando:
Existem dois turnos na empresa, primeiro de 6h-14h, o segundo de 14h-22h. Não existem
intervalos programados durante os turnos, contudo, os trabalhadores sempre descansam entre
as levas de produção dos mini-croissant. Além disso, todos os funcionários apresentam direito
a refeição no final dos seus turnos.
A vestimenta nesse posto segue o mesmo padrão dos demais postos. Todos os funcionários
do chão de fábrica utilizam uma touca de proteção capilar, botas de cor branca fechada, camisa
de preferência branca, jaleco ¾ ou avental da empresa Majestosa. Por fim, calça na cor branca
ou tons claros.
O funcionários afirmam, também, que os donos são rígidos com uniforme, ocorrendo
inspeções ao longo do dia.
Durante todo o processo, o operador fica em pé e um pouco curvado devido à altura da mesa.
Além disso, o funcionário precisa se deslocar entre as mesas citadas anteriormente algumas
vezes pois nem todos os condimentos e ferramentas utilizadas se encontram próximos.
É comum ouvir reclamações dos operadores quanto a dores nas costas e cansaço nas pernas,
justificável pelo grande tempo em pé e com postura inadequada - além de deslocamentos
constantes não só nesse posto como na produção inteira.
69
Para análise das condições de trabalho, leva-se em consideração os fatores físicos, químicos,
biológicos e ergonômicos que influenciam no posto.
Fatores Físicos:
- Não se aplicam.
Fatores Químicos:
- Não se aplicam.
Fatores Biológicos:
- Necessidade de limpeza e manutenção do maquinário; (baixo)
- Fios soltos no teto, podendo ocasionar possíveis choques; (médio)
- Utilização da faca, o que pode ocasionar cortes; (médio)
- Massa e recheios abertos sobre as mesas sem proteção, podendo atrair insetos; (médio)
Fatores Ergonômicos:
Com relação aos acidentes, os funcionários atuais do posto não souberam relatar nenhum
caso relevante.
Seguem abaixo o mapa de risco e sua legenda, respectivamente.
70
Lista de Equipamentos:
O posto em questão não utiliza equipamentos elétricos eou complexos. São utilizadas
apenas ferramentas como facas e pincéis.
Como o posto em questão não utiliza máquinas, tendo em vista que todo o trabalho é
manual, não há gráfico homem-máquina. Logo, essa parte do tópico não é considerada. Ao
mesmo tempo, como só temos um operador no posto, não foi desenvolvido o Gráfico de
Atividades Simultâneas. Por esses motivos, esse tópico inteiro foi desconsiderado.
71
O Gráfico de Operações é utilizado para analisarmos o uso das mãos durante uma produção.
Nele, é possível notar qual das mãos é mais utilizada e se temos como transformar o uso das
duas em algo mais harmônico e bem dividido, resultando em uma maior eficiência para o posto
gargalo.
O Gráfico de Operações para esse posto encontra-se no Apêndice 8.
Por meio da análise do gráfico, percebe-se que as atividades são mais desenvolvidas na
mão direita. Isso se dá pelo fato de o operador ser destro e possuir mais habilidades com essa
mão.
No gráfico há uma coluna de "Theirbligs" que é uma classificação de movimentos
fundamentais para a descrição. Os utilizados foram: "Buscar", "Transporte Carregado",
"Transporte Vazio", "Posicionar", "Segurar", "Usar" e "Soltar".
Esse princípio não é respeitado. Existem algumas tarefas que são executadas pelas duas
mãos simultaneamente, porém a maior parte é realizada pela mão direita sozinha.
As duas mãos não devem permanecer inativas ao mesmo tempo, exceto durante os
períodos de descanso.
72
Princípio completamente respeitado. Em momento algum no ciclo, as duas mãos
permanecem sem realizar nenhum movimento, apenas nas horas de descanso. Existe sempre
uma mão realizando movimento.
O princípio não é respeitado. Como a maior parte dos movimentos são feitos por apenas
uma mão, não há simetria. Quando as duas mãos executam tarefas juntas, não há movimentos
simétricos entre elas (há apenas movimentos em direções opostas)
Deve ser empregado o movimento manual que corresponda à classificação mais baixa
de movimentos e com o qual seja possível executar satisfatoriamente o trabalho.
Os movimentos suaves, curvos e contínuos das mãos são preferíveis aos movimentos
em linha reta que necessitam mudanças bruscas.
Princípio respeitado. Os movimentos são contínuos e, embora tenham momentos que a mão
esquerda fica parada, quando ela retoma o movimento é de maneira harmoniosa.
Os movimentos parabólicos são mais rápidos, mais fáceis e mais precisos do que os
movimentos restritos ou “controlados”.
O trabalho deve ser disposto de modo a permitir ritmo suave e natural sempre que
possível.
73
Princípio respeitado. O trabalhador opera com o mesmo material (a massa e recheio) em
todos os ciclos. Com isso, o ritmo de trabalho é sempre o constante e o tempo e produção se
mantém padrão, o que não afeta os intervalos de descanso.
Fixações dos olhos deveriam ser reduzidas a um mínimo e se encontrarem tão próximas
entre si quanto possível.
Princípio violado. O ambiente é dividido em duas mesas, onde em uma estão os ovos e em
outra estão a massa e o recheio (distantes entre sí).
Princípio violado. Não existe alimentadores por gravidade. Vale ressaltar também que
nesse posto o uso de alimentador por gravidade só seria interessante para os recheios.
Princípio violado. Como já citado acima, há certa distância entre as ferramentas utilizadas.
74
A altura do local de trabalho e da banqueta que lhe corresponda deve ser tal que
possibilite ao operário trabalhar alternadamente em pé e sentado.
Princípio violado. A altura da mesa não é adequada. O operador fica levemente inclinado
e até se queixa de dores nas costas.
Deve-se fornecer a cada trabalhador uma cadeira de tipo e altura tais que permitam
boa postura para os trabalhos.
As mãos devem ser aliviadas de todo o trabalho que possa ser executado mais
convenientemente por um dispositivo, um gabarito ou um mecanismo acionado por
pedal.
Nos casos em que cada um dos dedos executa um movimento específico, como na
datilografia, a carga deve ser distribuída de acordo com as capacidades intrínsecas de
cada dedo.
Princípio não aplicado ao posto, não existe movimento específico dos dedos.
Princípio violado. Ao fazer recortes na massa para deixá-la retangular, o operador não
possui um instrumento de medida exato, fazendo no “olhometro”. Isso faz com que os salgados
possuam tamanhos variáveis entre os ciclos. Além disso, na hora de rechear, também não há
uma medição exata de quanto de recheio deve ser colocado, podendo haver excesso ou falta
dele.
Princípio atendido, pois como só há a produção de um tipo de recheio por vez, são
produzidos apenas um tipo de produto por ciclo.
76
Normas de qualidade erradas.
Maquinário Inadequado.
Condições Inadequadas.
Ferramentas Inadequadas.
Princípio atendido. As ferramentas utilizadas nessa etapa não causam danos ao trabalhador
e atendem o seu papel.
Movimentos Desnecessários.
77
Princípio violado. Com a análise do gráfico mão-esquerda X mão-direita, percebemos que
há uma concentração de movimentos na mão direita. Somado a isso, existem movimentos
desnecessários com relação ao transporte já que o layout do posto não é bem estruturado.
Princípio atendido. Há uma sequência harmônica de tarefas e o operador sabe o que fazer
após cada atividade.
Princípio atendido. Os produtos necessários para a produção dos salgados sempre estão
em quantidade adequada. Além disso, se por acaso o produto acabar na região de trabalho, há
um estoque maior em outro ambiente que os possui.
78
Avarias nas instalações e equipamentos.
Ocorrência de acidentes.
Nesta seção do trabalho, o posto será analisado segundo os critérios de ergonomia, higiene
e segurança do trabalho de acordo com o livro ministrado em aula, “Ergonomia: Projeto e
Produção”, de Itiro Iida.
O único condicionante de acidentes e doenças nesse posto é faca, passível de gerar cortes.
Além disso, como o ambiente possui fios soltos e não é limpo toda hora (o chão as vezes fica
úmido), podendo gerar outros inconvenientes.
O operador fica em pé durante todo o processo produtivo. Além disso, fica com a coluna e
o pescoço levemente curvados, causando dores e incômodos.
o Iluminação e cores;
o Agentes Químicos;
Não há programas para prevenção de acidentes. Não foi organizada comissão da CIPA e
não houve visita de um técnico em segurança do trabalho neste ano.
Trabalho em turnos;
A empresa trabalha em dois turnos, primeiro de 6h da manhã até 14h e o segundo de 14h
às 22h da noite. Não existe pausa marcada para descanso. Os funcionários descansam no meio
do expediente para lanchar.
81
Seleção e treinamentos;
A seleção do trabalhador é feita com base na experiência dele com relação ao papel que
irá desempenhar. O treinamento normalmente é advindo de um membro mais antigo da
empresa. Um repassa o conhecimento para o outro, num sistema conhecido como “aprendiz”.
No posto utiliza-se uma faca para ajustar a massa e deixá-la em formato retangular.
Também se utiliza a faca para cortar a massa em duas tiras (que originarão dois blocos de
salgado recheado). Além disso, utiliza-se um pincel para passar ovo e uma escova para retirar
o excesso de farinha em volta da massa.
As ferramentas utilizadas são: faca, pincel e escova. Todos de fácil manuseio. Não há
máquinas no posto.
Não há rejeitos no posto estudado. Tudo o que é cortado e fica em excesso retorna para o
posto 1.
Consumo energético;
A partir da análise feita no item 5, foi possível identificar alguns pontos que não respeitam
as regras ditadas. Esses pontos são:
Como vimos anteriormente, o operário fica em pé durante todo o processo produtivo. Com
isso, além de violar as regras da OIT, seu trabalho fica mais fatigante e, consequentemente, sua
produtividade vem a decair.
Vantagens: Como foi dito, a ausência de uma cadeira ou apoio é fator que causa fadiga,
diminuindo a produtividade da operária. Dessa maneira, com a aquisição de uma cadeira
ergonômica, é possível realizar o mesmo trabalho de maneira ergonomicamente correta e sem
se cansar desnecessariamente.
Especificações: Para esse posto, será necessária uma cadeira alta, sem apoio para os
braços. É imprescindível que haja apoio ergonômico para as costas, pois o operário passaria
todo o processo sentado.
Custos: R$ 483,50 pela Cadeira Ergonômica Pro Labore para caixa/produção/checkout
Linha Leven.
Site: http://www.pro-labore.com/produtos-detalhes/110 Acesso em 25.06.2017
84
Imagem: Cadeira Pro Labore
É notado que o operador faz pausas para arrumar o sachê de recheio. Com isso, perde
tempo na produção e diminui sua capacidade produtiva. Além disso, o operador precisa
movimentar os dedos, as mãos e o pulso para realizar essa atividade, obtendo um grau elevado
na classificação de movimentos. Ao utilizar um aplicador, seus movimentos se concentrariam
nos dedos, o que indica uma baixa classificação dos movimentos.
Vantagens: O processo de rechear seria otimizado, como mencionado acima, e a
capacidade produtiva iria aumentar.
Especificações: Deve-se comprar um aplicador estilo pistola, reduzindo os movimentos
das mãos. Segue foto ilustrativa.
Custo: R$32,00 + Frete pelo Aplicador de Recheio Portátil Artesanal Alpino.
Site: http://sorvetealpino.com.br/produto/aplicador-de-recheio/ Acesso em 25.06.2017
85
Figura 19: Aplicador de recheios.
O operador por vezes precisa se deslocar entre as mesas para buscar seus utensílios e até
mesmo ingredientes. Com isso, ele perde tempo, se cansa mais rapidamente (por andar mais
que o necessário) e diminui sua capacidade produtiva.
Vantagens: Como dito anteriormente, essa é uma forma de o operador se cansar menos e
aumentar sua produtividade diminuindo o tempo de produção.
Especificações: Deve-se separar um local específico da mesa central para organizar as
ferramentas e utensílios.
Custo: Não há custo pois se trata apenas do rearranjo dos utensílios.
86
Figura 20: Modelo de organização do posto. Fonte: Elaboração Própria.
87
7.3 ALTERNATIVA DE ESTADO DA TÉCNICA
Podem ser adotadas dentro da empresa bonificações para determinados tipos de metas. Ao
fazer o operário atingir um certo objetivo, uma gratificação financeira seria dada a ele.
88
Vantagens: Aumento da capacidade produtiva do trabalhador e criação de um clima ainda
mais amigável entre a empresa e o funcionário.
Especificações: Deve-se criar metas mensais, por exemplo, e bonificações referentes a
essas metas. O funcionário com cargo imediatamente superior ao responsável pelo posto em
análise deve se encarregar de fiscalizar a produção e emitir os resultados finais.
Custo: Variável e de acordo com a meta estabelecida e/ou disponibilidade financeira da
empresa no período.
A partir das ideias explicitadas no item anterior, podemos organizar um novo projeto de
posto de trabalho, coincidindo a maior parte das alternativas propostas. São elas:
Aquisição de uma Cadeira Ergonômica
Aquisição de um Recheador
Aquisição de um Cortador de Massas
Criação de um local para guardar as ferramentas
Com a aquisição desses utensílios, o tempo de produção nesse posto será reduzido em
torno de 25%.
O posto de gargalo continuaria sendo o Posto 3, uma vez que a diferença de tempos entre
ele e todos os outros postos é bem expressiva.
89
Análise dos benefícios financeiros esperados
Realocações de pessoal
Lista de compras
Cadeira Ergonômica
Recheador
Cortador de Massas
Cronograma de implantação
Podemos concluir que o projeto traria benefícios para ambas as partes. As condições de
trabalho dos operários melhorariam grandemente, aumentando sua produtividade e sua
satisfação com o trabalho. Com isso, a capacidade produtiva da empresa cresceria, aumentando
sua receita. Com esse crescimento de receita será possível cobrir os custos com o projeto em
questão e adquirir lucros.
O posto a ser estudado nessa etapa é o terceiro na etapa de produção denominado como "
Divisão da massa recheada em pequenos salgados". Em suma, nesse posto, o funcionário é
responsável cortá-la utilizando uma faca, pincelar a gema de ovo, colocar as unidades em um
recipiente, reservar para a fermentação e colocar no forno. Como já mencionado, esse posto
localiza-se no setor de Massa Amarela da fábrica e as suas atividades acontecem na mesa
central e na mesa de ingredientes como pode ser visto no Apêndice 5, figura 12 e, no
mapofluxograma, é localizada nas posições 2 e 3.
Ademais, é importante ressaltar que o mini croissant possui diversos tipos de recheio.
Entretanto, para a análise foi decidido que o produto observado será o com recheio de
provolone. Esse foi escolhido por apresentar maior percentual de venda que os outros recheios.
91
A seguir, serão feitas críticas em relação ao posto atual e suas atividades em relação à
critérios estabelecidos pelo livro " Estudo de movimentos e de tempos: projeto e medida do
trabalho" de Ralph Mosser Barnes e pelos princípios da OIT (Organização Internacional do
Trabalho).
O produto que chega a esse posto é a massa do mini croissant já recheada e em formato
cilíndrico estirada de forma longa na mesa central. Assim, o funcionário utiliza um pincel de
cozinha para passar a gema do ovo, que já estava preparada e o queijo provolone ralado para
ser salpicado. Além da gema do ovo e do provolone não há outros produtos que são utilizados
nesse posto, visto que ele é focado na finalização. Assim, há trabalhos manuais como corte e
transporte os quais não acrescentam produtos.
Durante o corte da massa, o funcionário utiliza a faca para descartar as pontas, pois elas
não oferecem o aspecto visual desejado para o produto final, visto que têm formatos
pontiagudas. Desse modo, em um ciclo inteiro de produção seriam produzidos 69 mini
croissants, porém, com a rejeição, 65 ficam prontos caracterizando 5,7% não utilizado.
92
As atividades mencionadas acima são repetidas continuamente para cada unidade de
mini croissant.
O projeto do posto atual é focado nas duas mesas centrais (números 2 e 3 na figura 12 do
Apêndice 5) e a reserva para a fermentação (número 1) localizada atrás da mesa.
A linha de produção é interrompida somente com a falta de algum ingrediente como a gema
ou o provolone. Sendo assim, o funcionário terá que abandonar o setor de Massa Amarela e
buscar os ingredientes nos seus devidos estoques. Como a preparação da produção na maioria
das vezes garante que esses produtos estejam prontos na mesa, raramente esse fato acontece.
Além disso, a produção pode ser interrompida por falta de espaço no forno, visto que ele é
compartilhado com os funcionários da cozinha.
93
A maioria dos funcionários da Majestosa trabalham nesse local há muitos anos. No setor
de Massa Amarela isso é bem evidente. No caso desse posto, o responsável possui 17 anos de
trabalho, 46 anos de idade e possui ensino fundamental e médio completos em escola pública.
Ele afirma que antes da Majestosa não havia trabalhado no ramo alimentício antes, pelo menos
não no preparo da comida em si. Ademais, acredita que a qualificação dele veio com os anos
de prática, não ocorreram capacitações relativas a aperfeiçoamento de sua técnica.
Um turno apenas, de 6h às 14h. As pausas para descanso não são estipuladas regularmente,
porém no término de cada tipo de produto os funcionários descansam. O almoço é realizado
somente após do turno.
A vestimenta é descrita por: touca de proteção capilar, sapato branco fechado, blusa branca,
uniforme da Majestosa, jaleco de manga ¾ branco ou avental e calça que pode ser na cor
bege ou branca como pode ser visto na figura a seguir:
94
Figura 23: Vestimenta. Fonte: Foto tirada na fábrica.
O clima entre os funcionários do setor é bem amigável e descontraído visto que todos
trabalham há anos na Majestosa e se caracterizam como família. Em todos os momentos que o
grupo visitou esse setor da fábrica eles se chamam de apelidos e estavam de bom humor. Em
suma, a situação estabelecida é informal de modo que o ambiente fica tranquilo, porém é
necessária maior atenção na hora de execução das tarefas.
95
Em relação à postura física, pode-se observar na figura acima que o funcionário trabalha
com o tronco e o pescoço inclinados para baixo de modo a conseguir executar as suas tarefas
em cima da mesa.
o Físico:
- Ambiente de trabalho quente (Pequena)
- Utilização do facão muito próximo dos dedos (Média)
- Pouca proteção no manuseio dos recipientes colocados no forno (Média)
o Químico:
Não foi identificado.
o Biológico:
- Necessidade de limpeza mais regular das mesas e do chão. (Pequena)
- Fios elétricos soltos passando no alto, perigo de choque. (Grande)
o Ergonômico:
- Postura com tronco e pescoço inclinados em relação à mesa. (Média)
- Fixação da vista na mesa. (Pequena)
o Acidente:
Não foi identificado.
96
Figura 25: Mapa de Risco – Posto “Divisão da massa recheada em pequenos
salgados”. Fonte: Elaboração própria
Legenda
Tipo de Risco Gravidade
Físico Pequena
Químico
Média
Biológico
Ergonômico
Grande
Acidentes
Lista de Equipamentos:
O posto em questão somente utiliza uma máquina sendo ela o forno industrial para assar a
massa do mini croissant. Ele se localiza no canto extremo superior direito (como pode ser visto
pelo número 5 no Apêndice 5, figura 12) e os funcionários da cozinha também o utilizam.
Segundo o orientador do grupo dentro da fábrica, o forno no período de uso não apresentou
problemas graves de modo a ser reposto por quebra.
97
Manutenções ocorridas no último ano:
Segundo os dados obtidos, as manutenções realizadas e futuras não são mapeadas com
frequência e organização, não sendo passível de análise.
As etapas de produção executadas nesse posto são em sua essência manuais. Sendo assim,
foi realizado um gráfico mão direita/mão esquerda à fim de analisar os ciclos de trabalho pelos
movimentos e julgá-los de modo a propor melhorias.
Em relação ao gráfico, é importante ressaltar que as atividades são bem divididas entre as
duas mãos e isso muito se dá pela posição estratégica dos objetos. Exemplo: a porta do armário
de fermentação abre em direção ao lado esquerdo, sendo mais adequado abrir com a mão
esquerda). Entretanto, vemos que a atividade que exige maior esforço (o corte) é executada
pela mão direita visto que o funcionário responsável é destro.
Além disso, foi percebido uma quantidade excessiva de transportes pois o funcionário
precisa se deslocar entre as duas mesas para pegar os ingredientes. Uma vez que estes se
localizem mais perto dessa etapa da produção, o esforço seria menor e poderia eliminar
operações.
98
No gráfico há uma coluna de "Theirbligs" que é uma classificação de movimentos
fundamentais para a descrição. Os utilizados foram: "Buscar", "Transporte Carregado",
"Transporte Vazio", "Posicionar", "Pegar", "Segurar", "Usar" e "Soltar".
Gráfico: Apêndice 9
Princípio violado. Em diversos momentos a mão direita está ativa enquanto a esquerda
encontra-se inativa e vice e versa. Além disso, em certos momentos como a passagem da gema
e o corte da massa observamos que a mão direita executa mais tarefas de força, enquanto a
esquerda apenas segura os recipientes
As duas mãos não devem permanecer inativas ao mesmo tempo, exceto durante os
períodos de descanso.
Princípio respeitado. As mãos encontram-se inativas ao mesmo tempo apenas quando estão
em momento necessários e inevitáveis como o descanso e a espera para o mini croissant assar
no forno.
99
Princípio violado. Há momentos nos quais os braços executam movimentos simétricos,
como no transporte dos mini croissants para a bandeja e no ato de limpeza das mãos. Contudo,
na maioria nos movimentos realizados isso não acontece.
Deve ser empregado o movimento manual que corresponda à classificação mais baixa
de movimentos e com o qual seja possível executar satisfatoriamente o trabalho.
Princípio violado. Há algumas ações que exigem esforço muscular como o corte da massa,
pincelagem da gema e mexer na alavanca para abrir e fechar o forno. Esses movimentos são
realizados pela mão direita do funcionário e, apesar de não garantir um esforço muito alto, são
realizados de maneira repetitiva durante o dia podendo gerar futuros problemas. Assim, ele
poderia ser reduzido.
Os movimentos suaves, curvos e contínuos das mãos são preferíveis aos movimentos
em linha reta que necessitam mudanças bruscas.
Os movimentos parabólicos são mais rápidos, mais fáceis e mais precisos do que os
movimentos restritos ou “controlados”.
Princípio violado. Grande parte dos movimentos não são realizados de forma parabólica.
100
O trabalho deve ser disposto de modo a permitir ritmo suave e natural sempre que
possível.
Princípio respeitado. Contudo, é possível notar que o local definido para os materiais não
é o mais agradável ao executar as atividades.
101
A distribuição da peça processada deve ser feita por gravidade sempre que possível.
A altura do local de trabalho e da banqueta que lhe corresponda deve ser tal que
possibilite ao operário trabalhar alternadamente em pé e sentado.
Princípio violado. A altura das mesas não contribui para a colocação de assentos no
ambiente de trabalho. Além disso, a disposição deles dificultaria a passagem dos outros
funcionários em volta da mesa.
Deve-se fornecer a cada trabalhador uma cadeira de tipo e altura tais que permitam
boa postura para os trabalhos.
As mãos devem ser aliviadas de todo o trabalho que possa ser executado mais
convenientemente por um dispositivo, um gabarito ou um mecanismo acionado por
pedal.
102
Princípio violado. A atividade do corte, por exemplo, poderia ser facilitada por uma
máquina.
Não se aplica.
Princípio violado. A gema, por exemplo, não é preparada no setor da Massa Amarela e, o
setor responsável a coloca em um recipiente grande. O funcionário, então, precisa passar o
material para um recipiente menor de modo a conseguir pincelar com mais facilidade.
Nos casos em que cada um dos dedos executa um movimento específico, como na
datilografia, a carga deve ser distribuída de acordo com as capacidades intrínsecas de
cada dedo.
A seguir serão encontradas críticas baseadas nos princípios do livro " Introducción al
Estudio del Trabajo”, pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). Os critérios utilizados
avaliam as condições do conteúdo de trabalho. Esse conteúdo é definido como “o tempo
mínimo irredutível que se necessita teoricamente para obter uma unidade de produção”.
103
Contudo, as condições perfeitas não são aplicáveis na prática, mesmo podendo ocorrer
ocasionalmente aproximações que possam considerar o trabalho executado como perfeito. Para
a prática, os tempos de trabalho são superiores aos tempos de trabalho teóricos por conta do
conteúdo excessivo de trabalho.
Os tópicos a seguir têm o propósito de avaliar a presença de conteúdo excessivo de
trabalho, suas causas e consequências. A listagem desses tópicos será com base na seguinte
divisão:
- Conteúdo de trabalho suplementar devido ao projeto do produto;
- Conteúdo de trabalho suplementar devido a métodos ineficazes de produção e
ao posto de trabalho;
- Tempo improdutivo devido às deficiências da direção;
- Tempo improdutivo imputável ao trabalhador;
104
Princípio violado. Segundo a norma da ABNT NBR 15635 sobre o controle de produção
de alimentos visto que observa-se a ausência de um método de limpeza efetivo das mãos dos
trabalhadores e do ambiente de trabalho em si.
Princípio violado. Antes de executar o corte das unidades, são descartados as pontas da
massa já recheada. Esse descarte é feito de modo aleatório visto que não há medições relativas
a isso, o funcionário mesmo observa e faz a retirada.
Maquinário Inadequado.
Princípio parcialmente violado. O forno é o único maquinário existente no posto e gera uma
temperatura quente próximo a ele, como não há um mecanismo de ventilação no setor, esse
fato ocasiona desconforto aos funcionários.
Condições Inadequadas.
Ferramentas Inadequadas.
Movimentos Desnecessários.
105
Métodos no posto Inadequados.
Princípio parcialmente violado. Não são realizadas medições para aferir a quantidade e
tamanho do produto, apenas de caráter observatório
106
Princípio respeitado. Não foi informado sobre dificuldades em relação à falta de matérias-
primas, visto que o estoque é extenso e as que são utilizadas nesse processo produtivo também
circulam por outros setores da empresa, sendo necessária uma grande quantidade.
Ocorrência de acidentes.
Princípio respeitado. Apesar de apresentar certos perigos, foi informado que nunca ocorreu
um acidente de trabalho nesse posto.
Princípio respeitado. Não foram registradas ausências sem justificativa e/ou atrasos. Em
relação à ociosidade, o trabalhador realiza atividades durante todo o tempo disposto, com
exceção do momento em que os mini croissants estão no forno.
107
Princípio respeitado. O funcionário possui experiência e não realiza retrabalhos.
Princípio respeitado. Não foi informado sobre histórico de acidentes dos funcionários.
Com os dados coletados sobre o terceiro posto de trabalho, serão julgados a seguir
princípios abordados no livro "Ergonomia: Projeto e Produção" do autor Itiro Iida.
Além disso, para complementar o entendimento dos tópicos, foi utilizado o site do
Ministério do Trabalho, tendo acesso às Normas Regulamentadores (NR) relativas à Segurança
e Saúde do trabalho previstas na legislação.
108
Em relação aos ruídos, a fábrica respeita a "Norma Regulamentadora Nº 18 - Condições e
Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção" visto que a exposição para o ruído
contínuo, que seria condizente com as máquinas utilizadas no primeiro posto e nos outros
setores da fábrica, está dentro do limite de tempo estipulado.
Segundo a norma de "Limites de Tolerância para exposição ao calor" a fábrica não respeita
os limites aplicados visto que não há mecanismos de ventilação no setor de Massa Amarela.
Com isso, até nos momentos de descanso os trabalhadores estão expostos a essa situação.
Sobre as vibrações, não há níveis significativos a serem julgados nesse posto.
o Iluminação e cores
o Agentes químicos
Trabalho em turnos
109
Motivação, fadiga e monotonia
Seleção e treinamentos
A massa recheada fica disposta na mesa, enquanto o funcionário realiza o corte com uma
faca, pincela a gema, transporta para uma bandeja reservando para fermentação e, por fim,
coloca-a no forno. Durante esse processo, o trabalhador precisa se deslocar pelo setor para
pegar os materiais e ingredientes necessários e realiza todas as atividades em pé.
Eles demonstram ter um sentimento especial pela fábrica Majestosa, que gera um ambiente
familiar. Durante os anos, fizeram amizades que consideram para a vida toda. Não
demonstraram aspectos negativos.
110
As ferramentas utilizadas são faca e pincel e a única máquina presente é o forno industrial.
No ambiente próximo a esse posto, se localiza a cozinha e estão dispostos mesas e máquinas
para os outros postos.
O único descarte é em relação às pontas da massa recheada estirada na mesa que são
destinadas ao lixo orgânico.
Não se aplica.
o Consumo energético
O forno atualmente encontra-se em bom estado e nos últimos anos não foi realizado
descarte.
Com a análise concluída do panorama atual do terceiro posto de trabalho e posto gargalo
"Divisão da massa recheada em pequenos salgados", foi possível identificar diversos problemas
referentes ao processo produtivo.
Em síntese, são listados a seguir os pontos críticos do posto:
1. Localização dos ingredientes e materiais necessários à execução das atividades.
2. Concentração de atividades de força repetitiva na mão direita.
111
3. Ausência de um assento para o trabalhador no setor da Massa Amarela.
4. Método de limpeza das mãos e dos equipamentos ineficaz durante o processo
produtivo.
5. Perigo de choque com o excesso de fios elétricos no ambiente de trabalho.
6. Manuseio de objetos pontiagudos que exigem esforço repetitivo gerando um
perigo ao trabalhador.
7. Ausência de uma política de motivação dos trabalhadores da fábrica.
8. Falta de ventilação no setor de Massa Amarela.
9. Ausência de capacitação de segurança na fábrica.
De acordo com os itens listados acima, foi elaborado um novo projeto para o posto gargalo
da fábrica:
Nessa etapa será abordado o desenvolvimento das soluções previstas para o posto em
questão. Primeiramente será realizada uma pesquisa acerta dos problemas atuais do posto, de
modo a encontrar situações e, por sua vez, soluções pré-existentes que possam ser aplicadas.
Em seguida, estarão expostas três alternativas: implantação imediata e baixo custo,
estado da técnica e alternativa livre. Nessas três, serão abordadas as especificações contidas no
6.1, de modo a melhorar o processo produtivo.
112
Alguns problemas atuais foram notados nos três postos de trabalho estudos e, por isso,
serão abordados posteriormente, em uma solução unificada
Como a situação da limpeza do posto foi considerado o mais alarmante, foi observado e
estudado o Trabalho de Conclusão de Curso da Mariana de Alburquerque e Souza, formada em
Engenharia de Alimentos na UFRGS. Esse trabalho tem como título "Boas fábricas para
padarias e confeitarias". Pela fábrica Majestosa ser considerada uma Confeitaria, ela se
adequava ao objeto de estudo do TCC.
O conteúdo presente no TCC expõe diversas práticas que devem ser adotadas nas
confeitarias, fazendo referências a documentos relativos à normas e resoluções.
113
Figura 26: Modelo de assento.
o Custo: Foi realizado o contato com a empresa que disponibiliza o assento da figura
e o custo orçado é de R$360,00.
114
Sistema de ventilação no setor
Por estar próximo ao forno Industrial e pela ausência de um sistema de ventilação adequado
para o trabalho se faz necessário a compra de um ventilador para o setor. Esse objeto deve se
posicionar de modo a não interferir na fermentação e na massa que fica reservada na mesa.
O funcionário precisa executar o movimento do corte segurando a faca trinta e uma vezes
durante um ciclo do processo produtivo. Assim, pela faca garantir perigo ao empregado e, pelo
esforço repetitivo executado, seria necessária a compra de uma máquina de corte. Na procura
115
por um gabarito de corte, não foram encontrados artefatos que se adequassem aos mini
croissants no formato que ele é feito atualmente. Com isso, a procura pela solução desse ponto
crítico voltou-se para a máquina.
A máquina encontrada que se adequasse ao tipo de massa utilizada (amarela) e ao formato
do produto da Majestosa é a que se encontra a seguir, da marca "Bralyx".
116
o Custo: R$16.000,00 reais
Pincel:
- Em cima da mesa dos ingredientes
117
Figura 30: Layout da mesa. Fonte: Elaboração Própria
A vista lateral acima é apenas da mesa de preparo, ou seja, a que está à esquerda na
vista de cima.
118
2- Piso Antiderrapante
119
Transporte das unidades de mini croissant para a bandeja
Esse fato não caracteriza um ponto crítico alarmante em si. Contudo, foi observado na
filmagem que o funcionário executa o transporte das unidades do mini croissant de um modo
que pode ser otimizado.
- Método atual:
Os 52 mini croissants (vídeo filmado na fábrica) colocados na bandeja em 1min e 5
segundos. Na figura a seguir, a seta vermelha indica a mão direita, enquanto a seta azul
indica a mão esquerda. A figura é meramente ilustrativa para demonstrar o método, não
aferindo as proporções reais.
Figura 32: Modelo atual de organização. Fonte: Elaboração própria via Desenhos
Google
- Método proposto
A colocação dos 52 croissants no método proposto durou 55 segundos, dez a menos do
que o outro método garantindo uma vantagem temporal.
Figura 33: Modelo proposto. Fonte: Elaboração própria via Desenhos Google
120
7.5 DESENVOLVIMENTO DE PROJETO BÁSICO PARA POSTO DE
TRABALHO
Com base nos últimos tópicos, podemos concluir que o conjunto de soluções propostas
para a fábrica Majestosa são:
Realocações de pessoal
O posto continuaria tendo um funcionário.
121
Cadeira ergonômica R$360,00
Máquina de recheio e corte R$16.000,00
Ventilador R$239,00
Tapete antiderrapante R$118,99
Total: R$16.717,99
Cronograma de implantação:
As empresas relativas à cadeira ergonômica, ao ventilador e ao tapete
estipularam prazo de entrega de 10 dias úteis. Enquanto isso, o prazo para a
máquina é de 20 dias úteis.
Durante a análise dos postos de trabalho, mais especificamente nos tópicos 6 e 7 foi
notado que há problemas comuns aos três postos. Com o objetivo de não se tornar o trabalho
repetitivo e heterogêneo, o grupo optou por unificar as soluções de modo que fique mais
organizado na hora da aplicação. Tais pontos críticos foram:
o Perigo de choque com o excesso de fios elétricos no ambiente de trabalho.
o Ausência de uma política de motivação dos trabalhadores da fábrica.
o Ausência de capacitação de segurança na fábrica.
Com isso, definiu-se 3 alternativas e caráter livre para compor esses problemas
recorrentes em todo a fábrica.
ALTERNATIVA LIVRE
122
Podem ser adotadas dentro da empresa bonificações para determinados tipos de metas. Ao
fazer o operário atingir um certo objetivo, uma gratificação financeira seria dada a ele.
No ambiente do setor de Massa Amarela da fábrica, há fios elétricos pendurados que geram
perigo de choque aos trabalhadores que circulam por ali. Pelos fios atingirem a altura da cabeça
e estarem embolados eles garantem não só um aspecto visual negativo para a fábrica como
também garantem aos funcionários um perigo biológico. Essa situação ocorre na fábrica pois
123
os fios provenientes das máquinas são pendurados até próximo do teto e dispostos de modo a
ir ao encontro da tomada/extensão mais próxima. Com isso, os fios ficam expostos.
Assim, seria necessária uma reforma nas instalações elétricas da fábrica, de modo que esses
fios fiquem embutidos no próprio chão, ou se conectassem a tomadas próximas da disposição
das máquinas.
As mesas utilizadas no setor da Massa amarela são de altura baixa em comparação com os
trabalhadores da área. Assim, eles necessitam se curvar, prejudicando o pescoço e a coluna, ou
seja, a ergonomia do trabalho.
9. CONCLUSÃO DO TRABALHO
125
No início do semestre, em uma análise inicial dos postos abordados no trabalho, o grupo
não havia observado tantos aspectos passíveis de melhora. Com o mecanismo de registro em
filmagem, fotos e anotações pode perceber o potencial que os estudantes, mesmo em um
período inicial da faculdade (terceiro) pode oferecer para fábricas como a Majestosa. Com isso,
acredita-se que as soluções abordadas estão embasadas em fatos observados nas contínuas
visitas à fábrica e trabalharão em prol dela trazendo benefícios.
Em relação à reunião de apresentação, a fábrica se mostrou disposta a ouvir a opinião dos
alunos, para analisar a possível implantação dos conteúdos abordados no trabalho. O orientador
se programou para ler o atual documento e apresentar aos gerente-proprietários e, a partir daí,
seria analisada a implantação.
O curso de engenharia de métodos atuou como um despertar de interesse mais profundo
sobre a prática de Engenharia de Produção. Apesar de ser um curso trabalhoso, de modo ao
grupo dedicar bastante tempo a ele, o resultado é imensurável tendo em vista todo o conteúdo
não só aprendido, como aplicado.
10. BIBLIOGRAFIA
http://www.oitbrasil.org.br/node/468
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/56098/000858879.pdf
http://trabalho.gov.br/seguranca-e-saude-no-trabalho/normatizacao/normas-
regulamentadoras
BARNES, Ralph M., “Estudo de Movimentos e Tempos: Projeto e Medida do
Trabalho”, tradução da sexta edição americana, quinta reimpressão 1991, editor
Edgard Blücher Ltda, São Paulo, Brasil;
IIDA, Itiro. “Ergonomia: Projeto e Produção”. 2a edição, 2005, Blücher, p. 193
126
TAYLOR, Frederick W., “Princípios da Administração Científica”, oitava
edição, 1990, Editora Atlas S.A., São Paulo, Brasil.
FONSECA, Ricardo Seidl da, “Conceituação e Análise dos Modelos
Esquemáticos da Engenharia de Métodos” 1978, D.A.P., Universidade Federal
do Rio de Janeiro.
APÊNDICE 1
Cronograma do projeto:
127
Figura 34: Cronograma. Fonte: Elaboração Própria
128
APÊNDICE 2
1ª Visita
Data: 21/3/2017
Horário: 8:30h
Orientador interno: José Luís Assumpção Nunes
Cargo: Auxiliar da Gerência
129
2ª Visita
Data: 30/3/2017
Horário: 10h
Orientador interno: José Luís Assumpção Nunes
Pessoas em contato:
Conversamos com o Orientador e com os responsáveis de todos os setores da
fábrica: José (Pão Francês/Baguete), Naldo (Massa Amarela), Manuel e Carlos
(Cozinha), Igor (Embalagem), Doces (Maria de Melo), Marcos (Tortas), Esiva
(Empadas/Empadões) e Severino (Salgados Fritos).
Primeiramente conversamos com o Auxiliar da Gerência José Luís para coletar
informações sobre o tópico 2.4 e questioná-lo sobre os produtos atualmente vendidos na
Majestosa. Após isso, colocamos a vestimenta necessária e o Sr. José deu permissão para
conversarmos com os funcionários da cozinha, além de registrar o momento com
fotografias e vídeos.
Assim, começamos a visita e conversando com os funcionários coletamos
informações sobre cada processo de produção em linhas gerais. Além disso, procuramos
um contato mais íntimo com eles realizando perguntas acerca da relação deles com a
Majestosa, há quantos anos trabalham ali, críticas sobre o trabalho, entre outras. Nós
acreditamos que essas conversas seriam agregadoras pois o gerente nos ofereceu uma visão
idealizada da Majestosa e, no chão de fábrica, acreditamos que o olhar seria diferente.
Com essa visita à fábrica, o grupo notou que há dois setores de produção que
incluem três postos de trabalho no mínimo, ou seja, apenas esses dois setores poderiam ser
utilizados no trabalho. O setor de Massa Amarela possui quatro postos enquanto o de Pão
Francês/Baguete possui três.
3ª Visita
Data: 09/05/2017
Horário: 8:30h
Orientador interno: José Luís Assumpção Nunes
Cargo: Auxiliar da Gerência
130
Verificamos por telefone anteriormente que a Majestosa não poderia nos fornecer a
planta do estabelecimento. Entretanto, acordamos de o Sr. José Luís nos emprestar uma trena
a laser para realizar as medidas nós mesmos.
Após as medições da fábrica, verificamos a quantidade de venda de cada produto por
semana em uma média feita pelos funcionários e também o preço dos produtos que o grupo
colocaria na Classificação ABC.
4ª Visita
Data: 23/05/2017
Horário: 10:30h
Orientador interno: José Luís Assumpção Nunes
Cargo: Auxiliar da Gerência
5ª Visita
Data: 06/06/2017
Horário: 10h
Orientador Interno: Magno
Cargo: Supervisor
O grupo marcou a visita com o orientador José Luís como de costume, mas ao chegar
na fábrica recebemos a notícia que ele não poderia nos acompanhar.
Esse fato prejudicou a análise do grupo que não pode executar filmagens, apenas
anotações sobre o processo produtivo.
6ª Visita
Data: 13/06/2017
Horário: 9h
Orientador interno: José Luís Assumpção Nunes
131
Cargo: Auxiliar da Gerência
Fizemos filmagens, fotos e anotações sobre o processo. Além disso, pegamos todas as
medições necessárias para as possíveis aplicações que seriam mais à frente adotadas. Por fim,
nessa visita também tentamos mapear todos os riscos presentes nos postos de trabalho
estudados.
7ª Visita
Data: 29/06/2017
Horário: 11h
Orientador interno: José Luís Assumpção Nunes
Cargo: Auxiliar da Gerência
132
APÊNDICE 3
FABRICAÇÃO DA MASSA
5 Colocar na masseira 20
7 Colocar na masseira 5
9 Colocar na masseira 30
11 Colocar na masseira 15
12 Ligar a máquina 2
133
Figura 35: Fluxograma da produção de massa. Fonte: Elaboração Própria
134
FABRICAÇÃO DO MINI CROISSANT
8 Descartar o excesso 5
135
18 Passar gema de ovo na parte de fora 31
136
Figura 36: Fluxograma de todo o processo. Fonte: Elaboração própria;
137
APÊNDICE 4:
Layout da fábrica
Figura 37: Planta 1ª e 2º pavimentos. Fonte: Elaboração própria via AutoCad 2017
138
Figura 38: Planta fora de escala setor Massa Amarela. Fonte: Elaboração Própria
via AutoCad 2017
139
APÊNDICE 5:
Mapofluxograma
Figura 39: Mapofluxograma produção do mini croissant. Fonte: Elaboração Própria via Microsoft Power Point 2016
140
Figura 40: Mapofluxograma da fabricação do mini croissant. Fonte: Elaboração Própria via Microsoft Power Point 2016
Legenda:
1- Reserva de recipientes para fermentar.
2- Mesa de preparo
3- Reserva de ingredientes
4- Forno
5- Cilindro
6- Masseira
7- Mesa para reserva da massa e balança
141
APÊNDICE 6:
Mão auxiliam a passar a máquina pelo cilindro 6,4 Trabalha no automático 6,4
Quadro Resumo
Tempo em segundos (s) Operador Máquina
142
APÊNDICE 7:
Usar Cortar - -
Posicionar a mão na
Transporte
Elevar a faca parte de massa que Posicionar
carregado
foi cortada
Colocar a faca na
Soltar - -
bancada
Posicionar a mão na
- - parte de massa que Posicionar
foi cortada
143
Transporte Levantar a mão até
- -
carregado a altura da massa
Colocar a mão
Posicionar Ligar a máquina Usar
sobre a massa
Colocar a mão
- - Posicionar
sobre a massa
Transporte Transportar a
- -
carregado farinha até a massa
Soltar a farinha
Soltar - -
sobre a massa 144
Transporte Levar a mão até a
Levantar a massa Segurar
vazio massa
Posicionar a mão na
Posicionar - -
massa
Soltar a massa
Segurar Segurar a massa Soltar
sobre o cilindro
Levar a mão até a Transporte
- -
saída do cilíndro vazio
Pegar a massa que
- - Segurar
sai do cilindro
Soltar a massa para
Soltar - -
entrar no cilindro
Transporte Levar a mão ao
- -
vazio encontro da outra
Soltar a massa na
- - Soltar
outra mão
Soltar a massa na
- - Soltar
outra mão
145
Levar a mão até a
Transporte
- - massa que sai do
vazio
cilindro
Soltar a massa na
- - Soltar
outra mão
Transporte Levar a mão até o Transporte
Levantar a massa
carregado botão de ligar vazio
Legenda
Transporte
Operação
146
APÊNDICE 8:
Transporte
Deslocar a mão até o recheio - -
vazio
Posicionar a mão no saco do
Posicionar - -
recheio
Colocar a mão no saco do
Segurar Segurar o recheio Usar
recheio para dar apoio
Transporte Deslocar o recheio até a Colocar a mão no saco do
Usar
carregado massa recheio para guiar
Manter a mão no saco do
Usar Rechear até o final da massa Usar
recheio para guiar
Transporte Manter a mão no saco do
Elevar o recheio Usar
carregado recheio para dar apoio
A operação de recheio se repete mais uma vez
147
Usar Pegar o outro pote - -
Transporte
Deslocar a mão até a escova - -
vazio
Usar Pegar a escova - -
Trasnporte Passar a escova para a mão
/ Pegar a escova Usar
carregado esquerda
Usar Passar a mão na massa / / Passa a escova na massa Usar
Legenda
Transporte
Operação
148
APÊNDICE 9:
149
Usar Pincelar a massa Segurar o recipiente Segurar
150
Soltar o recipiente na mesa de
- - Soltar
origem
Transporte Deslocar-se até o armário da Deslocar-se até o armário da Transporte
vazio fermentação fermentação vazio
Posicionar a mão na porta do
Posicionar - -
armário de fermentação
Usar Abrir a porta - -
Transporte Transporte
Deslocar-se para o forno Deslocar-se para o forno
carregado carregado
Posicionar Colocar a mão na alavanca / / - -
Transporte
- - Levar o pano até o forno
carregado
- - / Posicionar o pano na bandeja Posicionar
151
- - / Pegar a bandeja Pegar
Transporte
- - Tirar a bandeja do forno
carregado
Posicionar Colocar a mão na alavanca / - -
Legenda
Transporte
Operação
152
APÊNDICE 10:
Fichas de avaliação
153
154
155