As mortes começam conforme ~Créditos~

a seca afetando a vila de Asilo Redação e Projeto: Bruce R. Cordell

ameaça se estender por mais um
ano. Os moradores da vila, mortos
e secos como peles descartadas de inicial
serpentes são encontrados noite
após noite. Quem ou o que está matando o bom povo
de Asilo é o que os jogadores precisam descobrir nesta
aventura. Os personagens descobrem eventualmente que
é algo vivo dentro do poço — uma das últimas fontes de
água por vários quilômetros.
Um Ano Sem Chuva é uma aventura para personagens
iniciantes. Ela foi uma das metas da campanha de finan-
ciamento americana de Shadow of the Demon Lord, que
prometia aventuras feitas por mim (Bruce R. Cordell;
trabalhou em Dungeons & Dragons para a Wizards of
the Coast, ganhando o prêmio Origins por Return to the
Tomb of Horrors), Chris Pramas (fundador da Green
Ronin Publishing, e mais conhecido como o criador do
RPG de Dragon Age e Freeport) e Steven Winter (que
trabalhou em vários produtos para Dungeons & Dragons
desde a TSR até a Wizards of the Coast). Enquanto escrevo
esta aventura, com a maldade insana que permeia o livro
de regras de Shadow of the Demon Lord ainda dançando
Desenvolvimento: rOBERT j. sCHWALB
Edição: KIM MOHAN
Revisão: Carlos Danger
Direção de arte e Projeto Gráfico: hal mangold
Diagramação: kara hamilton
Ilustrações: Pat Loboyko E Eric Lofgren
~Créditos da versão nacional~
Tradução: Eduardo Elfman
diagramação: Leo Assis
versão 0.2
Um Ano Sem Chuva é ©2015 Schwalb Entertainment, LLC. Todos os direitos
reservados. Shadow of the Demon Lord, Um Ano Sem Chuva, Schwalb
Entertainment, e logotipos associados são marcas registradas da Schwalb
Entertainment, LLC. Pensamento Coletivo e logotipos associados são
marcas registradas da Pensamento Coletivo Editora.
PENSAMENTO

diante dos meus olhos, ouço as trevas sussurrando por

detrás de máscaras feitas de bebês mortos... Não, peraí, é
o Rob. COLETIVO www.schwalbentertainment.com
Um agradecimento especial ao Rob por me deixar brin- www.pensamentocoletivo.com.br
car em sua caixinha de areia.
 Asilo
A vila de Asilo está acostumada com problemas. Erguida
em uma junção entre duas estradas ao norte de Sesvila,
ela resistiu a mortos-vivos, bandos de orcs e monstros
famintos que saem das florestas. Apesar de suas muitas
dificuldades, Asilo sobreviveu graças as suas terras férteis
que se estendem por muitos quilômetros, onde seus habi-
tantes plantam trigo e outros grãos. A comunidade em si
é pequena, um lugar que não merece menção em grandes
mapas, mas é um lugar importante, pelo menos por agora.
A vila consiste em umas vinte construções que incluem
um ferreiro, uma carpintaria, um mercado, um armari-
nho, um estábulo, um templo dedicado ao Novo Deus
e o Viajante Cansado, que é uma hospedaria com uma
taverna.
O poço da comunidade, de onde todos os moradores re-
tiram a água, fica próximo ao centro da vila, diante de uma
estátua antiga representando um homem em um cavalo,
cujo nome e feitos há muito foram esquecidos pela popu-
lação de Asilo. Que o poço ainda produza água apesar da
longa estiagem é considerado uma benção pelos morado-
res, uma benção pela qual alguns moradores dão graças
ao Novo Deus.
Muitos dos moradores moram em casas modestas de
madeira que constituem o restante das construções locais.
Tipicamente, estas residências possuem fundações de
pedra, paredes de madeira e telhados de ardósia. A oficina
do ferreiro, a maior exceção, é uma forja com telhado mas
sem paredes e com uma pequena casa, como todas as ou-
tras, nos fundos.
Quase toda a população de Asilo é composta por hu-
manos. O tráfego esporádico ao longo da Estrada do
Imperador faz com que os moradores locais estejam habi-
tuados a anões, orcs, goblins e outros seres, o que faz com
que eles não se surpreendam com a aparência e os costu-
mes destas criaturas estranhas.
Os moradores vão até Samyra, a proprietária do
Viajante Cansado, por orientação e liderança. Uma mu-
lher com pouco mais de quarenta anos, ela possui cabelos
castanhos, um sorriso fácil e uma gargalhada contagiosa.
Ela possui uma grande afeição pelo ferreiro, Peter, embora
Saul, o único guarda, vem tentando roubar a sua atenção.
Malery cuida do poço da vila. Um hemangioma que mar-
ca o lado esquerdo de seu rosto a torna uma figura fácil de
ser lembrada.
Os Personagens
A aventura assume que os personagens estejam em Asilo,
ou por nascerem aqui ou por terem vivido por tempo
suficiente para criarem raízes. Os personagens de ances-
tralidades mais incomuns podem ser recém chegados;
opcionalmente, você pode apenas decidir que os persona-
gens cheguem a vila enquanto estiverem em uma jornada
com um outro destino.
Dê um tempo para os jogadores decidirem o posiciona-
mento de seus personagens na comunidade e decidir se
eles se conhecem ou não.
2 Um Ano Sem Chuva
Problemas em Asilo
Uma seca vem castigando Asilo durante todo o último
ano, deixando os habitantes curiosos sobre os motivos.
Sem que saibam, a causa do clima estranho tem relação
com outro problema mais imediato: os moradores come-
çaram a aparecerem mortos sem motivo aparente.
Primeiro Dia: O Primeiro Cadáver
Saul, o guarda, encontrou um cadáver nos limites da vila.
E o corpo de um criador de gado chamado Braidon. O
cadáver está seco como uma casca de milho, completa-
mente seco, sem humidade e despedaçando se não for
manuseado com o devido cuidado. Todo o equipamento
de Braidon, incluindo uma bolsa com 3 cc, permanecem
em posse do cadáver.
A casa de Braidon fica na periferia de Asilo. Ele é um
cliente regular do Viajante Cansado, conhecido pela sua
capacidade de consumir uma quantidade imensa de cer-
veja e por um temperamento explosivo que piora a cada
caneca. Mais de um morador de Asilo — possivelmente
até mesmo um ou dois personagens — brigou com “o
grosseirão”, que é como Samyra o chama. Samyra nunca
o proibiu de frequentar o Viajante Cansado, pois o seu di-
nheiro sempre foi muito bem-vindo.
Na noite anterior a sua morte, Braidon foi visto indo em
direção à sua casa, cambaleante, xingando e bêbado como
um gambá bem tarde da noite.
O criador de gado vivia só, Sua casa simples fica a uns
cinco minutos à pé dos limites da vila apresentam uma
pista: Braidon fazia desenhos mal feitos com giz em uma
das paredes de sua casa. Vários desenhos parecem ser de
uma mulher de cabelos esvoaçantes, com suas vestes im-
passíveis no meio de uma tempestade de areia. A estátua
e o poço no centro de Asilo estão visíveis ao fundo. Os
personagens que examinem os desenhos de perto veem
linhas emanando do poço que sugerem um tipo de brilho
saindo deste.
Segundo Dia: O Segundo Cadáver
Enquanto o sol surge no horizonte no dia seguinte após
Saul encontrar o cadáver de Braidon, Malery descobre
um corpo próximo a estrada. Este pertence a uma tecelã
chamada Gryssandra e, como Braidon, seu corpo está seco
como um pergaminho.
Todos os moradores da comunidade, inclusive os per-
sonagens que nela viveram por um tempo, sabem que
Gryssandra era uma tecelã e uma costureira que trabalha-
va em sua casa no interior da vila. Ela tinha uma reputa-
ção de cobrar caro, atrasando serviços pagos adiantados
e de não ser muito tolerante com crianças ou com mal-
criações. Ela estava atualmente fazendo um trabalho para
Malery.
Gryssandra ficou viúva há aproximadamente 10 anos e
permaneceu sozinha, exceto pelo seu rebanho de ovelhas,
as quais ela conhecia todas pelo nome. No interior de sua
casa desorganizada, os personagens encontram pilhas de
lã crua, várias vestes inacabadas e ferramentas de seu ofí-
cio como tesouras de tosa, pentes, carretéis e teares.
Os personagens que vasculhem sua casa podem encon-
trar uma anotação em uma ordem de serviço com uma
caligrafia estranha que diz: “Eu te pago em dobro se ter-
minar o manto muito, mas muito rápido. Eu preciso fazer
uma oferenda.” Está assinado “Malery”. O manto nunca
foi terminado e ainda está na casa.
O Segredo de Malery
Se espera que os personagens vão conversar com Malery
— ela encontra um dos corpos e pistas a implicam em
maior ou menor nível. Quando um personagem falar
com ela, eles descobrem que Malery não possui nenhum
talento de especial. Ela disfarça sua deficiência sendo in-
crivelmente grande e forte. Qualquer um que passe algum
tempo com ela começa a suspeitar que o sangue de ogro
não esteja tão diluído assim de sua ascendência.
MALERY DIFICULDADE 5
Humano Tamanho 1
Percepção 8 (-2)
Defesa 11; Saúde 15
Força 15 (-5), Agilidade 11 (+1), Intelecto 8 (-2), Vontade 9 (-1)
Deslocamento 10
OPÇÕES DE ATAQUE
Punhos Imensos +5 com 1 dádiva (1d3)
Malery cuida do poço mantendo a corda em bom estado e
a corrente do eixo bem lubrificada. Ela vigia durante a noi-
te para ter certeza de que o poço não seja profanado por
alguém descendo e dorme durante o dia, quando é mais
difícil não ser pego ao fazer tal travessura. Ela mora em
um porão conectado à loja do carpinteiro, um lugar úmido
demais para o carpinteiro poder usar como depósito. O
carpinteiro, chamado Adan, mora sobre a loja com sua
esposa Gina e seus cinco filhos.
Quando Malery for inicialmente questionada sobre o
que sabe acerca do poço, ela fica irritada. Caso as pergun-
tas continuem, ela diz que não quer falar sobre o assunto
e fica “violenta,” empurrando as pessoas para fora de
seu caminho ou as derrubando para que ela possa voltar
para o seu porão. Ela luta até a morte contra personagens
agressivos, mas qualquer esforço razoável para lidar com
ela gentilmente, talvez oferecendo um doce, irá acalmá-la
o suficiente para que ela conte a sua história. Malery sente
muita culpa, portanto pode ser convencida a compartilhar
o que sabe a alguém que demonstre a ela um pouco de
bondade.
Caso Malery não tenha uma chance de contar a sua his-
tória, os personagens precisam ouvir a informação vital de
a quem a Malery tenha confiado. Alternativamente, caso
Malery morra, eles podem descobrir o que ela sabia a par-
tir de alguns garranchos em um diário que os personagens
podem encontrar no porão.
Malery vinha ouvindo risadas de dentro do poço por
muitos meses, risadas que a amedrontava. Ela nomeou o
som de “A Risada do Poço” (ela não é a única a ouvir as ri-
sadas, embora os outros que a tenham ouvido se tornaram
as primeiras vítimas da demônio).
Malery diz que há uma semana atrás uma mulher cin-
tilante saiu do poço e lhe pediu um beijo, mas Malery se
afastou da mulher e fugiu. No dia seguinte, ela encomen-
dou um manto de Gryssandra pois esperava que a Risada
aceitasse o presente no lugar do beijo caso ela se aproxi-
masse novamente de Malery.
Na noite em que Braidon morreu, ela viu a mesma mu-
lher sair do poço ao mesmo tempo em que Braidon estava
cambaleando, debilitado após uma noite de bebedeira. A
mulher lhe ofereceu um beijo, o qual Braidon não recu-
sou. Após tocar os lábios dele, a mulher riu e voltou para
o poço, deixando o bêbado voltar só... apenas para ser en-
contrado morto no dia seguinte.
Quando Braidon morreu, Malery se sentiu culpada por
não contar a ninguém sobre a Risada no Poço, mas não
disse nada a ninguém sobre o que viu. Agora, descobrir
o corpo de Gryssandra foi a confirmação da sua culpa e,
portanto, ela não vai mais relutar em contar a o que sabe.
O CUSTO DE NÃO SE FAZER NADA
A aventura assume que os personagens vão buscar o proble-
ma para si após a morte de Gryssandra, se não antes. Se eles
decidirem que o melhor curso de ação é não fazer nada, ou
simplesmente manter o poço sob vigilância, Samyra pede
por voluntários entre as pessoas na vila para investigarem as
mortes.
Se Samyra souber que o poço tem alguma relação com
as mortes, ela implora a alguns dos melhores lutadores de
Asilo para descerem no poço e acabar com o que estiver de
escondendo ali. Qualquer um que aceite nunca mais é visto
com vida.
Ao mesmo tempo, a demônio clama uma nova vítima na
comunidade a cada noite por mais sete noites. Após este
tempo, a Inquisição já terá sido chamada para investigar a
questão.
Já que a demônio não precisa usar a saída do poço para dei-
xar o seu covil, ele pode sair por onde quiser, sendo assim, os
personagens que fiquem vigiando o poço não necessariamen-
te veem a demônio, embora possam ouvir uma risada femini-
na e fantasmagórica ecoando a partir de algum lugar abaixo.
Porém, caso um personagem solitário estiver por perto do
poço durante a noite, a Risada no Poço pode resolver aparecer
e pedir um beijo, o que resultará na morte do personagem.
No Poço
As evidencias encontradas pelos personagens deixa
clara a conexão do poço com as mortes recentes. Caso os
personagens decidam investigar descendo pelo poço, os
moradores da vila ajudam os personagens com importan-
tes equipamentos de presente: Peter, o ferreiro, dá uma
cota de malha para o personagem mais forte, Adan, o
carpinteiro, dá uma tocha para cada personagem e Samyra
dá uma poção de visão para um personagem e uma poção
de cura para cada um dos personagens que não ganharam
a armadura.
Descer o poço exige uma corda e um pouco de cuidado.
Descendo 10 metros é possível ver um túnel horizontal
pouco acima do nível da água, uma passagem que perfura
a parede de pedra do poço e segue através da rocha crua e
da sujeira abaixo do solo.
O túnel possui 1 metro de diâmetro e está imundo, com-
pletamente coberto por uma camada de poeira de papel
podre de 30 centímetros. Os personagens que andem pelo
túnel o acham claustrofóbico, e a poeira que cobre o chão
sobe, causando tosse e espirro. Em algum momento, fica
claro que a poeira é causada pelos restos mortais de dúzias
de vítimas, todas dessecadas e esmigalhadas. Estes eram
os restos mortais de viajantes aleatórios que foram mortos
Um Ano Sem Chuva 3
 na estrada pela Risada do Poço, que começou a caçar suas
vítimas aproximadamente quando começou o período de
seca.
Um personagem que vasculhe pela poeira encontra
unhas, tufos de cabelos e trapos de roupas, isso tudo deixa
claro que a poeira é certamente composta por restos de
corpos de outras pessoas. O primeiro personagem a fazer
esta descoberta precisa de um sucesso em uma jogada de
desafio de Vontade ou ganha 1 de Insanidade. Os perso-
nagens que cavem através deste caos podem encontrar
alguns pertences aleatórios dos viajantes mortos que
incluem 10 cc, uma espada, uma lanterna com óleo e uma
coleira de cachorro com o nome “Isca de Dragão” escrito.
O túnel leva até a porta de uma câmara de pedra ador-
nada com um entalhe que lembra um rosto demoníaco.
A porta da câmara está quebrada na metade e sem condi-
ções de reparo. O que permite que os personagens a atra-
vessem com facilidade. A área além da porta leva a área 1.
O Templo da Risada
Obra do destino, a vila de Asilo foi erguida sobre um tem-
plo erguido para a adoração de uma demônio em tempos
antigos, uma divindade de desejo e de dessecação. O tem-
plo se comunica com outras estruturas próximas também
enterradas (algumas ainda não descobertas sob a terra).
O interior do templo é escuro. Com uma fonte de luz é
possível ver pinturas nas paredes que retratam uma bela
mulher beijando homens e mulheres que desmaiam inter-
caladas com outras imagens mostrando cadáveres anima-
dos e dessecados à cultuando aos seus pés.
No interior o ar é seco como um dia no deserto, dificul-
tando que se sinta o cheiro sutil de podridão. Personagens
sem uma quantidade de água suficiente arriscam sofrer de
insolação caso passem mais de 30 minutos se aventurando
através do templo (veja Exposição, SDL 211).
Os corredores possuem 2 metros de largura e de altura.
As câmaras possuem tamanhos variados e seus tetos pos-
suem geralmente 3 metros de altura.
Apenas a Risada se move pelo templo. Os personagens
precisam encontrar a demônio para porem um fim aos
assassinatos e, ao mesmo tempo, um fim à seca que afeta a
região. Os personagens podem encontrar a Risada no mo-
mento que você quiser.
1. Sacristia: A partir de uma fonte de areia próximo a
uma parede, a poeira se espalha pelo ar como se fosse
água. Um demônio minúsculo (SDL 241) cavou na fonte
e, se a areia for mexida, o demônio se revela de seu es-
conderijo e tenta matar o intruso ao tentar entrar pela
sua boca.
2. Corredor da Armadilha de Lâminas: Cada perso-
nagem que se mover por esta corredor precisa conseguir
um sucesso em uma jogada de desafio de Agilidade ou
receber 1d6 de dano por causa das lâminas afiadas que
brotam de cavidades ocultas na parede e retornam para
seu lugar de origem após serem ativadas.
3. Cripta: Esta câmara é severamente obscurecida por
teias grossas e pelos sarcófagos espalhados. Apenas um
sarcófago está ocupado; ele contém uma aranha grande
(SDL 228) que se esconde por entre as teias. Caso a cria-
tura não seja descoberta, ela sai e persegue secretamen-
te os personagens pelo templo, esperando encontrar
algum deles sozinho ou muito distante dos outros.
4 Um Ano Sem Chuva
(Uma porta secreta nesta sala leva até a área 10).
4. Teatro: Esta câmara contém um estrado sobre o
qual diversos instrumentos metálicos de sopro estão
amontoados. Sempre que alguma criatura entrar neste
aposento, um músico (um carniçal, SDL 233) se ergue
com dificuldade de seu lugar de descanso sob o estrado
e começa a tocar um hino fúnebre horrendo. Caso os
personagens aplaudam ou demonstrem apreciação, o
carniçal não tentará devorá-los. O carniçal é um cultista
fervoroso da Risada do Poço, embora conheça a demô-
nio por um outro nome (falso): A Princesa da Privação.
5. Sala de Observação: Uma orbe simples de vidro
descansa no centro de uma mesa baixa nesta sala. A luz
verde e pálida que sai a partir da orbe e ilumina uma
cadeira de pedra diante da mesa. A Risada utiliza esta
câmara para concentrar a sua mente na superfície, pro-
curando por seu próximo alvo.
Um personagem que visualize a luz da orbe vislum-
bra a área acima e em volta de Asilo e descobre que a
Risada do Poço é uma demônio que esteve antes ligado a
uma cultista mortal e vil conhecida como a Princesa da
Privação. A demônio se libertou de sua compulsão mági-
ca após a sua mestre ser morta por rivais. Hoje, a Risada
busca recuperar o status de sua antiga mestre trazendo
a seca e, eventualmente, a morte para cada criatura viva
que more ou esteja de passagem por Asilo, um objetivo
que está muito próximo de ser alcançado.
Quando a visão se encerra, o personagem precisa de
um sucesso em uma jogada de desafio de Vontade ou ga-
nha 1d3 de Insanidade. Enquanto estiver assustado por
ganhar Insanidade em razão deste efeito, o personagem
sofre de uma sede a qual ele crê só poder ser saciada ao
beber o sangue de seus aliados ou, se não o deles, o seu
próprio. A sede é mitigada caso o personagem consiga
beber o sangue de qualquer fonte (ou se lhe derem
água). Até a sede ser saciada, o personagem recebe -1d6
de penalidade em sua Saúde que perdura até que o per-
sonagem complete um descanso. Caso o personagem
suceda em conseguir algum sangue, ele também ganha 1
de Corrupção.
6. Vestiário: Uma bloco de pedra é onde a Risada se
deita quando não está à caça de outras criaturas. Há
uma gravação em baixo relevo ilustrando uma bela mu-
lher nua de braços abertos — parecida com os desenhos
ao lado da casa de Braidon. Qualquer um que suba na
cavidade criada a partir da gravação se torna alvo de ata-
que do toque dessecante da Risada (Veja as estatísticas
da Risada ao final desta aventura).
Um compartimento secreto no bloco de pedra contém
um item mágico chamado Cálice de Lágrimas. Um de-
mônio minúsculo (SDL 241) emerge do interior do de-
cantador para matar qualquer um que tente usá-lo com
exceção da Princesa da Privação.
7. Área Explodida: A porta de ferro enferrujada que
leva até esta câmara não passa de entulho retorcido
próximo a entrada aberta. A parte interior da sala está
enegrecida e com diversas rachaduras, como se houves-
se ocorrido uma grande explosão há muito tempo atrás.
Mesmo com o nível dos danos, um círculo gravado no
solo e rodeado por diversas runas está parcialmente
visível.
 Cálice de Lágrimas
O decantador é um cálice de bronze com gravações em alto
relevo de diversas atividades demoníacas ocorrendo no fundo
de um lago. O decantador despeja dez galões de água salgada
por dia. O cálice possui uma falha secreta: a cada dia que é
utilizado, há uma chance em 20 de que o mesmo não pare de
produzir água por um ano inteiro na quantidade de um galão
por minuto.
Os personagens que violem a câmara despertam um
construto médio (SDL 236) antes estirado no solo, que
se revela uma criatura com um círculo inscrito em sua
carapaça e não no solo. O constructo é hostil e ataca os
personagens com seus apêndices pesados e flexíveis.
8. Corredor com Armadilha: O chão no centro deste
corredor possui um piso falso que cobre um buraco.
Quando uma criatura de Tamanho ½ ou maior passe
sobre a armadilha precisa conseguir um sucesso em
uma jogada de desafio de Agilidade com 1 perdição.
Em caso de falha, a criatura cai em um buraco e recebe
1d6 de dano ao cair no fundo, a 5 metros abaixo. O chão
falso quebra e cai sobre o personagem causando 1d3 de
dano extra.
Caso a aranha da área 4 esteja perseguindo os perso-
nagens, ela considera esta uma oportunidade perfeita
para atacar um único personagem que não tenha caído
no buraco ou, em um grupo maior, o que tenha caído.
Da mesma forma, a Risada pode escolher este mo-
mento inoportuno para cercar os intrusos, caso ainda
não tenha feito isso.
9. Cripta: Seis sarcófagos estão espalhados por esta
câmara, cada um deles contém um cadáver animado
(SDL 232) ressecado e enrugado com Saúde 5. Quando a
tampa de um sarcófago é aberta, as outras também são.
Vasculhar os sarcófagos revela uma grande recompen-
sa, uma bolsa de moedas puída contendo 12 cc e 1 co!
(Uma porta secreta nesta sala leva até a área 10).
Cofre do Tesouro da Risada: Sendo uma entidade
que foi conjurada e aprisionada, a Risada não foi capas
de acumular grande fortuna. Os vários baús de tesouro
nesta área estão aparentemente cheios com o pó de
vítimas dessecadas. Apesar disso os personagens que
decidirem vasculhar e espalhar a poeira encontram 10
cc, 3 xp e 1co.
Um Ano Sem Chuva 5
 A Risada do Poço
A Risada é uma demônio menor que viveu no mundo
mortal por muitos anos, desde o tempo em que os lordes e
as ladies feéricos reinavam na Extensão Norte. A demônio
aprendeu com os seus patronos feéricos e este conheci-
mento a permitiu conduzir um ritual que assolasse a re-
gião com a seca e também a permitiu ir além dos confins
de seu templo (sua prisão) recentemente para se alimentar
da umidade das criaturas vivas, um de cada vez. Caso não
seja impedida, ela pode se tornar uma demônio poderoso
de grande poder e estatura e assim, tudo e todos ao redor
de Asilo se tornariam suas presas.
Algumas vezes a demônio pode ser vista como uma mu-
lher humana e imaterial. Quando ela se revela, a demônio
se parece com um cadáver dessecado com olhos que pare-
cem mais como o solo rachado pela seca.
Matar ou afugentar a demônio acaba com a matança e
com a seca.
6 Um Ano Sem Chuva
A RISADA DO POÇO DIFICULDADE 25
Demônio horripilante Tamanho 1
Percepção 13; Visão da Verdade
Defesa 17; Saúde 20
Força 16 (+6), Agilidade 13 (+3), Intelecto 11 (+1), Vontade 15 (+5)
Deslocamento 18
Imune dano de doença ou veneno; ganhar Insanidade;
assustado, atordoado, debilitado, envenenado, fatiga-
do, imobilizado, lento, pasmo
Defesa Contra Magias A Risada do Poço sofre metade
do dano por magias e faz jogadas de desafio para
resistir a magias com 1 dádiva. Quando uma criatura
ataca a demônio com uma magia, suas jogadas de
ataque são feitas com 1 perdição.
Drenar a Humidade Criaturas à 1 metro em volta da de-
mônio são acometidos por uma grande sede.
OPÇÕES DE ATAQUE
Garras (corpo a corpo) +6 com 2 dádivas (2d6 mais to-
que dessecante em jogadas de ataque 20+)
Toque Dessecante Contra uma criatura viva com sis-
tema circulatório ativo, a Risada faz uma jogada de
ataque de Força contra a Força do alvo. Em caso de
sucesso, o alvo seca por 1 minuto. No final de cada
rodada, o alvo precisa conseguir um sucesso
em uma jogada de desafio de Força com 1
perdição ou recebe 1d6 de dano. Um alvo
incapacitado por este dano morre e seu
corpo se torna uma casca completa-
mente seca.
AÇÕES ESPECIAIS
Transpassar o Vazio A Risada
do Poço utiliza uma ação
ou ação desencadeada
em seu turno para se
teleportar para um
espaço que possa
ver, a média distân-
cia. Jogue um d6.
Caso o resultado
seja 1, a demônio
não pode utilizar
Transpassar o
Vazio novamente
por 1 minuto.