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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO DE ARTES E COMUNICAÇÃO


DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO (DCI/UFPE)

INTRODUÇÃO A DIGITALIZAÇÃO

Profa. Vildeane Borba


DCI/UFPE
SUMÁRIO
1. LEGISLAÇÃO E
RECOMENDAÇÕES/DIRETRIZES
vCONARQ
vDECRETO Nº 10.278, 2020
2. PLANEJAMENTO
3. REQUISITOS TÉCNICOS
vTonalidade de Cores
vResolução da Imagem
vFormato de Arquivo
LIVROS
1 Legislação e Recomendações/Diretrizes
v Legislação

ü Lei nº 12.682, de 9 de julho de 2012


(Dispõe sobre a elaboração e o arquivamento de documentos em meios eletromagnéFcos).
ü Lei nº 13.874, de 20 de setembro de 2019
(Art. 10. A Lei nº 12.682, de 9 de julho de 2012, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 2º-A)
ü Decreto nº 10.278, de 18 de março de 2020

v Recomendações/Diretrizes
ü Resolução no 31, de 28 de abril de 2010 (CONARQ) - 2010
(Recomendações para Digitalização de Documentos ArquivísFcos Permanentes)
ü Diretrizes para a digitalização de documentos de arquivo nos termos do decreto no
10.278/2020 (2021)
1 Legislação e Recomendações/Diretrizes

vRecomendações
ü Resolução no 31, de 28 de abril de 2010 (CONARQ)
(Recomendações para Digitalização de Documentos
ArquivísHcos Permanentes)
TERMINOLOGIAS
(CONARQ)

üMatriz digital – MD, Arquivo Master


üMatriz digital com processamento de imagem
– MDPI
üDerivadas de acesso – DA, Arquivo de Acesso
üDerivada de navegação (Thumbnail) – DN
MATRIZ DIGITAL – MD
ü Os representantes digitais denominados como tal
deverão ter alta qualidade de captura (resolução
óptica em dpi e profundidade de bit) e ser
armazenados e gerenciados por profissionais
altamente qualificados em Tecnologia da
Informação;
ü o acesso deverá ser restrito e sob nenhuma
hipótese autorizado a usuários não credenciados;
ü O armazenamento desta matriz deverá ser feito
em ambiente altamente protegido e fora dos
sistemas e redes de dados para acesso remoto.
MATRIZ DIGITAL COM
PROCESSAMENTO DE IMAGEM – MDPI

Geração, com o auxílio de processamento de


imagem, em formato TIFF, de uma matriz de alta
resolução, com compressão sem perda de
qualidade aparente, mas que permita uma
melhor visualização e acesso, com a ausência de
margens pretas e das sinaléJcas presentes na
MD.
DERIVADAS DE ACESSO – DA

A parJr da Matriz Digital ou da Matriz Digital


com Processamento de Imagem (caso seja
uJlizada), serão criados um ou mais
representantes digitais, que denominamos
nessa recomendação como Derivadas de Acesso,
com compressão e menor resolução linear,
facilitando o seu acesso, disseminação e uso.
DERIVADA DE NAVEGAÇÃO
(Thumbnail) – DN

Para a visualização de imagem a Mtulo ilustraJvo


em síJos da internet, deve-se uJlizar um
representante digital com baixa resolução, do
Jpo thumbnail. Nessa modalidade os formatos
de arquivo digitais mais comuns são o GIF, BMP,
PNG e JPEG.
1 Legislação e Recomendações/Diretrizes
1 Legislação e Recomendações/Diretrizes

vLegislação
üDecreto nº 10.278, de 18 de março de
2020
ü Art. 5º O documento digitalizado destinado a se equiparar a documento físico para
todos os efeitos legais e para a comprovação de qualquer ato perante pessoa jurídica de
direito público interno deverá:
ü I - ser assinado digitalmente com certificação digital no padrão da Infraestrutura de
Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, de modo a garantir a autoria da digitalização e a
integridade do documento e de seus metadados;
ü II - seguir os padrões técnicos mínimos previstos no Anexo I; e
ü III - conter, no mínimo, os metadados especificados no Anexo II.
1 Legislação e Recomendações/Diretrizes

ü Decreto nº 10.278, de 18 de março de 2020


1 Legislação e Recomendações/Diretrizes

ü Decreto nº 10.278, de 18 de março de 2020


1 Legislação e Recomendações/Diretrizes

ü Decreto nº 10.278, de 18 de março de 2020


2 PLANEJAMENTO (DIGITALIZAÇÃO)

ALGUMAS QUESTÕES????

• Qual a expectativa do usuário?


• Quais os índices utilizados para recuperação do documento?
• Dados históricos de acesso ao documento: o que acontece se
vc não encontra este documento?
• Existência de base de dados?
• Previsão de crescimento anual?
• Quem são os usuários? Centralizados ou descentralizados?
2 PLANEJAMENTO (DIGITALIZAÇÃO)
1) Acervo
– Inventário
– Direito Autoral
2) Recursos Humanos
3) Equipamentos
– Digitalização
– Sistema (Banco de dados)
4) Projeto de Implantação
– PolíPca de Digitalização/Preservação digital
– Padrões estabelecidos
1) Acervo (Inventário e Direito Autoral)

ü Qual a relevância intelectual do material no formato


analógico?

ü é original?

ü há outro exemplar na instituição em melhores condições?

ü o conteúdo está completo ou está faltando alguma parte?

ü a informação está atualizada?

ü o material é um interesse efêmero dos dias de hoje, ou ele


ainda será de interesse com o passar do tempo?
1)Acervo (Inventário e Direito Autoral)

vInventário: Descrição dos indicadores qualitaHvo e


quanHtaHvo
üQualitaHvo
üEstudo de conservação Tsica do acervo
üTamanho do Documento
üTonalidade de Cor
üGramatura
üQuanHtaHvo: indicadores de mensuração
1)Acervo (Inventário e Direito Autoral)

vInventário: Descrição dos indicadores qualitativo e


quantitativo
üQualitativo
üEstudo de conservação física do acervo
ü Objetos metálicos (clips, grampos)
ü Etiquetas
ü Manchas de café
ü Folhas rasgadas, quebradiças
ü Encadernado
1)Acervo (Inventário e Direito Autoral)

vInventário: Descrição dos indicadores qualitaHvo e


quanHtaHvo
üQualitaHvo
üTamanho do Documento
ü A0
ü A1
ü A2
ü A3
ü A4
ü A5
1)Acervo (Inventário e Direito Autoral)

vInventário: Descrição dos indicadores qualitaHvo e


quanHtaHvo
üQualitaHvo
üTonalidade de Cor
1)Acervo (Inventário e Direito Autoral)

vInventário: Descrição dos indicadores qualitativo e


quantitativo
üQualitativo
üGramatura
1)Acervo (Inventário e Direito Autoral)

v Direito Autoral
ü LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998.
1)Acervo (Inventário e Direito Autoral)

v Título I: Disposições Preliminares


v Título II: Das Obras Intelectuais
v Título III: Dos Direitos do Autor
v Título IV: Da U=lização de Obras Intelectuais e dos
Fonogramas
v Título V: Dos Direitos Conexos
v Título VI: Das Associações de Titulares de Direitos de
Autor e dos que lhes são Conexos
v Título VII: Das Sanções às Violações dos Direitos
Autorais
v Título VIII: Disposições Finais e Transitórias
1)Acervo (Inventário e Direito Autoral)

v Título I: Disposições Preliminares


v Título II: Das Obras Intelectuais
v Título III: Dos Direitos do Autor
v Título IV: Da U=lização de Obras Intelectuais e dos
Fonogramas
v Título V: Dos Direitos Conexos
v Título VI: Das Associações de Titulares de Direitos de
Autor e dos que lhes são Conexos
v Título VII: Das Sanções às Violações dos Direitos
Autorais
v Título VIII: Disposições Finais e Transitórias
1)Acervo (Inventário e Direito Autoral)

v Título III: Dos Direitos do Autor

ü Capítulo I: Disposições Preliminares


ü Capítulo II: Dos Direitos Morais do Autor
ü Capítulo III: Dos Direitos Patrimoniais do Autor e de
sua Duração
ü Capítulo IV: Das Limitações aos Direitos Autorais
ü Capítulo V: Da Transferência dos Direitos de Autor
1)Acervo (Inventário e Direito Autoral)

vDireito Autoral

ü Licenças CreaHve Commons


1)Acervo (Inventário e Direito Autoral)

vDireito Autoral

ü Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD)


• LEI Nº 13.709, DE 14 DE AGOSTO DE 2018
• Art. 1º Esta Lei dispõe sobre o tratamento de
dados pessoais, inclusive nos meios digitais, por
pessoa natural ou por pessoa jurídica de direito
público ou privado, com o obje\vo de proteger os
direitos fundamentais de liberdade e de
privacidade e o livre desenvolvimento da
personalidade da pessoa natural.
2) Recursos Humanos
üQuem vai realizar as atividades?
üQuais os perfis pessoais necessários?
üExistem profissionais da instituição para
digitalização e/ou desenvolvimento?
üExiste sistema? Ou será desenvolvido?
üAquisição de ferramentas e tecnologias já
existentes no mercado?
2) Recursos Humanos
QUEM DIGITALIZARÁ?
A PRÓPRIA INSTITUIÇÃO

Vantagens
ü Adquirir experiência no processo de digitalização de imagens
(projeto de administração, familiaridade com a tecnologia, etc.).
ü Controlar o processo de digitalização de imagem desde a
manipulação dos originais até o armazenamento.
ü Profissionais da instituição para digitalização e desenvolvimento
do sistema

Desvantagens
ü Requerer, inicialmente e durante o projeto, um grande
investimento financeiro em equipamento e pessoal.
ü Necessitar mais tempo para a implementação do processo, da
infra-estrutura técnica, e de geração de imagens.
ü Exigir grande investimento para uma produção limitada.
2) Recursos Humanos

QUEM DIGITALIZARÁ?
TERCEIRIZAÇÃO

Vantagens
ü Pagar pelo custo somente da digitalização da imagem, não pelo
equipamento ou equipe.
ü Alto nível de produção.
ü Ter especialistas no assunto.
ü Correr menos risco de perdas.

Desvantagens
ü Menor controle sobre o processo de digitalização de imagem e controle de
qualidade.
ü Necessitar transporte, manuseio e armazenamento dos originais por
equipe da empresa de terceirização.
ü Possível inexperiência do prestador de serviço com o material da
instituição.
3) Equipamentos (Digitalização e
Sistema - Banco de dados)
v Desafio: rapidez com que hardware e software se tornam obsoletos /
ciclo de vida dos materiais digitais.

COMPUTADOR
Principais componentes para a escolha do computador:

v Servidor: estação de manutenção e alimentação de dados e estação de


desenvolvimento
ü Sistema Operacional
ü Linguagem de programação
ü Banco de Dados
ü Programas
ü Construção de páginas
ü Manipulação e processamento de imagens (processador e memória)
3) Equipamentos (Digitalização e
Sistema - Banco de dados)
v MONITOR
v Um monitor de alta qualidade, com tela acima de 17 polegadas,
alta resolução, alta velocidade, sem tremulações e com suporte
para produzir imagens fidedignas do original digitalizado.

v HD EXTERNO, STORAGES

v PORTA DE TRANSFERÊNCIA DE ALTA VELOCIDADE (USB 3.0)


v Interfaces de transferências de informação permitem que o seu
computador “converse” com os periféricos, tais como: scanners,
impressoras, câmeras digitais, etc.
3) Equipamentos (Digitalização e
Sistema - Banco de dados)
v Escâneres: Transforma a imagem impressa do papel em imagem
digital, armazenada na forma de bits.
v Facilitadores
v Tampas removíveis (facilitam a digitalização de objetos de grande
espessura, como livros e revistas) e alimentador de folhas avulsas
v Para escanear slides, diapositivos, negativos ou transparências, o
ideal é que se utilize um scanner próprio para esse tipo de material.
v Flatbed: Alimentação manual
v Fedder (ADF-Automatic Document Fedder): Alimentador de
documentos automático.
SCANNERS

Documentos

Radiografia - Microfilme
SCANNERS

Livros
Documentos tecnicos
3) Equipamentos (Digitalização e
Sistema - Banco de dados)
Câmeras Digitais
as câmeras digitais manuais disponíveis atualmente no mercado não
são adequadas para escaneamento de grandes arquivos, com exceção
das câmeras digitais de alta resolução (Kontron, Zeutschel, Leica,
Canon, Nikon).

As câmeras digitais de alta resolução podem capturar numa resolução


extremamente alta. Porém elas têm requerimentos específicos sobre
iluminação, e exigem um alto nível de habilidade do operador.

Software
Há dois tipos de software : software de escaneamento que vem com o
scanner (twain); o outro, é o software de edição de imagem.
Alguns softwares, como o Adobe Photoshop, podem servir tanto como
software de escaneamento como de edição de imagem.
3) Equipamentos (Digitalização e
Sistema - Banco de dados)
• Banco de Dados:

– Descrição de Instrumentos de pesquisa


– Mecanismos de busca
• Simples
• Total
• Avançada
• Resultados
• Sistemas de segurança
– Senhas e usuários
– Backup
– Nobreak
– Firewall
• Bloqueios a acessos indevidos
3 REQUISITOS TÉCNICOS

üTonalidade de Cores
üResolução da Imagem
üFormato de Arquivo
TONALIDADE DE CORES

üProfundidade de bits

üPreto e branco (1 bit/pixel)


üTons de cinza (8 bits/pixel)
üRGB (24 bits/pixel)
üCMYK (32 bits/pixel)
BITONAL
PRETO E BRANCO
BLACK AND WHITE

Captura de imagem onde não há gradação


entre o claro e o escuro. Recomenda-se o seu uso
somente para textos impressos e/ou
datilografados monocromáticos e muito
homogêneos, sem presença de manchas ou
escurecimento do suporte original.
ESCALA DE CINZA
GRAYSCALE

Recomenda-se o uso de escala de cinza para


evitar que pequenas manchas interfiram na
leitura final do representante digital.
COLORIDO/COLOR
ü O padrão RGB é padrão para apresentação de cores
na internet e seu uso é recomendado para documentos
originalmente coloridos ou com informações
relevantes em cor e fotografias de modo geral.
üCMYK é empregado por imprensas,
impressoras e fotocopiadoras para reproduzir a
maioria das cores do espectro visível, e é
conhecido como quadricromia. É o sistema
subtrativo de cores, em contraposição ao
sistema aditivo, o RGB.
RESOLUÇÃO DA IMAGEM

v Resoluções (DPI – dots per inchs) – IMPRESSAO


v 72/96 dpi: aplicativos em softwares para
apresentação em tela, imagens para web.
v 150 dpi: impressão doméstica.
v 300 dpi: impressão em fotocompositoras, usado
para documentos de letras menores, quando se
precisa fazer OCR e para desenhos de engenharia.
v 400 dpi: só usado para documentos em casos
excepcionais.
A resolução da imagem é estabelecida pela
quantidade de pixels por polegada e a
profundidade de bits que o scanner irá criar a
partir do original
PRESERVAÇÃO: 300 dpi

ACESSO: 72 dpi
FORMATOS DE ARQUIVOS

v GIF (Graphics Interchange Format): veloz para


troca de dados na web. (24 bits)
v PNG (Portable Network Graphics): suporta
imagens de 24 bits. Free
v JPEG (Joing Photographic Experts Group):
Utilizado para imagens em tons de cinza e
coloridas. Não permite arquivos multipaginados.
v TIFF (Tagged Image File Format): Alto nível de
compactação e arquivos multipaginados.
FORMATOS DE ARQUIVOS

v EXIF:formato para arquivos intercambiáveis.


v RAW: formato proprietário. São captadas pelo
sensor da máquina.
v PDF (Portable Document Format): Combina
diferentes tipos de compressão de dados, fontes
de imagens.
Exemplo
REFERÊNCIAS
AVEDON, DON M. GED de A a Z: tudo sobre Gerenciamento
Eletrônico de Documentos. São Paulo: CENADEM, ©2002.
200p.

BALDAM, Roquemar de Lima; VALLE, Rogerio;


CAVALCANTI, Marcos. GED: gerenciamento
eletrônico de documentos . 2. ed. rev. e atual. São Paulo:
Érica, 2004. 204 p.

MARTINS, Nelson. A imagem digital na editoração:


manipulação, conversão e fechamento de arquivos. Rio de
Janeiro: SENAC Nacional, 2003. 144p.

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